7. Mesmo feliz com os
resultados espirituais
alcançados em sua ausência
(1.2-5; 2.13-15; 3.9), no
entender de Paulo algumas
coisas precisavam ser
trabalhadas.
8. 1) Ele destaca a participação
deles numa nova sociedade
(2,7,8,11,12,17-20) – Aqui
Paulo realça a afeição familiar
mutua dos cristãos: somos
família de Deus.
9. 2) Ele os assegura da
autenticidade da sua fé (1.8,9;
3.3-6; 4.1,2,9; 5.1-2). Os
tessalonicenses estavam
colocando em prática as
orientações de Paulo,
4.1,9,10.
10. 3) Ele os encoraja a preservar
a santidade (4.1-8, 11-12;
5.14). Paulo destaca a
necessidade de pureza sexual,
4.1-8. O mundo em que vivia
os crentes de Tessalônica
estava cercado de um
imaginário sexual.
11. Paulo os orienta
também a buscar uma
“vida tranquila” e
trabalhar com as
próprias mãos, 4.11,12.
12. 4) Ele os incentiva a
considerar as implicações
da esperança cristã (1.9,10;
2.12; 2.19,20, 4.13-18; 5.1-
11).
13. Os que creram e morreram
não seriam preteridos na vinda
do Senhor. A certeza da
ressurreição do corpo do
crente era tanta que Paulo usa
a metáfora do sono. Os
cristãos tem a esperança, 4.13.
14. Deus trará os crentes
mortos à vida e os cristãos
vivos serão transformados e
os dois grupos se unirão
com o Senhor. Faz sentido
a combinação fé, amor e
esperança! 1.3; 5.8.
16. Conteúdo Teológico:
Após ter enviado a primeira
carta, Paulo recebeu um relato
verbal das condições
existentes ali, 3.11, e as
notícias não eram boas. A
situação tinha se deteriorado
em 3 frentes:
17. Primeira, a perseguição por
parte dos que ignoram a Deus
e desobedeciam o evangelho,
3.4,6,7. Paulo diz que no justo
juízo de Deus, Ele retribuirá
aos perseguidores dos
tessalonicenses com uma justa
retribuição, 3.8,9.
18. Segunda, de caráter
interno, era o falso ensino
acerca do tempo da vinda
do Senhor, o que gerara
confusão nos crentes de
Tessalônica 2.1-13.
19. Paulo reforça o que ensinara
em 1 Ts 1.9,10. Destaca os
sinais da vinda do Senhor e,
dentre esses sinais, a
manifestação do "homem do
pecado" e do "mistério da
iniquidade", 2.3,7...
20. ... aludindo ainda à sua
capacidade de ludibriar e
enganar, 2.9,10. O v. 8
destaca que este será
vencido com o sopro da
boca do Senhor!
21. Terceira, também de
caráter interno, alguns
indivíduos da igreja de
Tessalônica continuavam a
negligenciar o trabalho
diário e, vivendo as custas
da comunidade...
22. ... e estavam se tornando
inoportunos se intrometendo na
vida alheia, 3.6-16. Paulo
estabeleceu a regra do 1 Ts 4.11 e
2 Ts 3.10. Lembrando que ele
mesmo trabalhou enquanto
pregava aos tessalonicenses para
tornar-se modelo a ser seguido,
3.9.
23. O controle de Deus sobre a
história, o que inclui o sofrimento
e a perseguição, leva Paulo a
incentivar os crentes a sempre
dar graças a Deus, visto que Deus
os escolhera para serem os
primeiros frutos da salvação,
2.13,14.
25. Por que a mescla de
fé e obras da lei é
letal para a verdade
do evangelho?
26. Primeiro, indica a inutilidade
da obra de Cristo, pois, se é
possível que pessoas que
realizam obras da lei sejam
aceitas na corte de Deus no
Dia Final, então Cristo morreu
inutilmente, 2.21.
27. Segundo, querer voltar a lei é
querer estar debaixo da lei e
ser justificado por ela, 4.21;
5.4. E ninguém pode ser
justificado pelas obras da lei,
2.16; 6.13. Visto que a lei
pronuncia uma maldição sobre
quem a infringir, 3.10.
28. O que o evangelho anuncia é a
iniciativa divina no
estabelecimento de um
relacionamento correto com o
homem, por meio da obra de
Jesus Cristo! Negar isso é por de
lado a graça de Deus demonstrada
na morte de Jesus, 1.6; 5.4.
30. A dimensão cronológica - Paulo acusa
um erro crasso! Ao voltar para a lei
mosaica, os gálatas estão trazendo o
relógio para o período no qual Deus
iniciara o cumprimento de suas
promessas registradas na Escritura,
regressando ao tempo onde
predominavam "os elementos fracos
e pobres", 4.9.
31. Assim, o ouvir, a fé e a obra
do Espírito tiverem lugar
entre os gentios sem a
aceitação da lei mosaica,
mostrando que a fé é o
princípio normativo do
povo de Deus.
32. A dimensão antropológica - Paulo não
crê que apenas o povo de Israel tenha
pecado contra Deus e necessite de
restauração escatológica divina, mas
que todos os homens, judeus e
gentios, são incapazes de observar as
ordens de Deus, e encontram-se
individual e existencialmente sob a
maldição de Deus.
33. Restabelecer a lei mosaica
à vida de quem Deus
chamou por sua graça
equivale a menosprezar a
graça de Deus ou cair dela,
2.21; 5.4.
34. A dimensão étnica - Quando os
gálatas abandonaram a idolatria e
aceitaram o evangelho, 4.8, eles
também deixaram de lado seu
estilo de vida tradicional. A família
e os amigos deles poderiam ter
cortado o contato com eles.
35. A lei mosaica, todavia,
provia identificação
imediata com um
respeitável grupo social e
orientações éticas
detalhadas. É a chamada
coerção social.
36. Em 6.2 e 5.14 Paulo fala da
"lei de Cristo“, que é o
resumo da lei mosaica e,
ao mesmo tempo, a
ampliação desta feito por
Jesus, Mt 22.37-39; Mc 12.31; Lc
10.27; Jo 13.34; 15.12,17;1 Jo 4.11.
37. O Espírito veio sobre eles
quando creram no
evangelho, 3.1-5,14. E Ele
conduz e guia crentes no
caminho da ética,
5.16,18,25.
38. Paulo nutria uma forte
convicção a respeito
da justificação pela fé
à parte das obras da
lei.
39. Uma vez mais, a
verdade do evangelho
preconiza o caráter
totalmente gracioso
de Deus.
41. Conteúdo Teológico:
Uma primeira grande
ênfase e preocupação
de Paulo é a UNIDADE
DA IGREJA. Em Corinto, os
gentios eram maioria, 12.2.
42. A natureza dos problemas da igreja
também indica isso: facções em torno de
certos líderes: Paulo, Apolo, Céfas e Cristo,
1.11,12; incesto, 5.1-14; litígio em
tribunal pagão, 6.1-11; prostituição, 6.12-
20; abstinência sexual entre casados, 7.1-
7; idolatria, 8.1-11.1; desordem que
dividem e comprometem a adoração,
11.1-14.40 e abandono a crença da
ressurreição dos mortos, 15.1-58.
43. Os sintomas indicavam o cerne
do problema: entendimento
equivocado do evangelho, cuja
essência é a escolha graciosa
de Deus, à parte de qualquer
mérito pessoal, e a comunhão
em Cristo Jesus, 1.26-31.
44. O trabalho dos líderes que
passaram por Corinto não
tinha por objetivo conduzí-los
a si mesmos, mas, conduzí-los
em direção ao próprio Deus! E
o dia revelará a obra de cada
um, 3.9,12-14,16,17.
45. Em 8.1-11.1, Paulo trabalha a
questão de os crentes
deveriam participar dos
banquetes pagãos. Os cristãos
de Corinto, na sua maioria
gentios, valorizavam a
liberdade, 5.2,6; 6.12,13;
10.23.
46. Paulo concorda com a
convicção fundamental de que
o ídolo não significa nada, 8.4-
6, porém, resiste à conclusão
de que "tudo" é permitido,
10.23, aliás, assevera que fazer
refeição em templo pagão é
idolatria, 10.1-22.
47. Em síntese, Paulo argui que o
conhecimento deve submeter-se
ao amor, 8.1; 10.23. Uma coisa é
ter o direito (exousia), outra coisa
é abrir mão do direito para
evitar qualquer impedimento
ao evangelho, 8.11-13;
9.3,12,18-22.
49. a) Em 11.2-16, a difícil
questão das mulheres
orarem com a cabeça
descoberta. Poucos
estudiosos responderam a
essa questão exatamente
do mesmo modo.
50. b) Quanto a Ceia do Senhor, ao que
se parece, imperava a imposição
social e a humilhação dos pobres,
visto que se tratava da Ceia do
Senhor junto com uma refeição
completa, e, os membros abastados
patrocinavam essas reuniões
comuns, só que comiam na frente,
11.20-22.
51. c) Em 12.1-14.40 temos o
problema da exaltação do dom de
línguas acima dos demais. O
ensinamento metafórico de Paulo
destaca que todos os membros
são importantes no corpo, bem
como, inexiste superioridade de
dons.
52. Insiste que os mesmos são
para a edificação da igreja,
apontando línguas ao fim
da lista, apontando para o
caminho de excelência que
é o amor, 12.8-10,28-30;
13.1.
53. Diferente dos dons exaltados
(profecia, línguas e
conhecimento), o amor
permanecerá para sempre,
13.8,13. E mais, o efeito do
amor é a unidade da
igreja.
54. A segunda grande ênfase e
preocupação de Paulo,
além da unidade, é a
SANTIDADE DA
IGREJA AOS OLHOS DE
DEUS E DO MUNDO.
55. O propósito primário é
chamar os coríntios de
volta ao entendimento
correto dos limites que
devem separá-los, como povo
escatológico de Deus, do
mundo em que vivem.
56. a) Paulo trata a questão do
incesto, 5.1-13 nos termos de Lv
18.8. Entretanto, e diferente da
prática judaica, no v. 5 sugere que
o tal deve ser entregue a Satanás,
para que o corpo seja destruído, e
seu espírito seja salvo no dia do
Senhor.
57. b) Outra questão envolvia os litígios
civis, 6 1-11, e até onde isso
comprometia a santidade. Na verdade,
o propósito desses litígios era proteger
ou destacar a posição social de alguém,
melhorando a reputação do
demandante e maculando a reputação
do demandado. Tais casos eram levados
a juízes tendenciosos que deviam
favores aos de classes superiores.
58. c) Quanto a questão da
prostituição, 6 12-20, que
diferencia do adultério, 6.9-10, o
que se dava em Corinto era a
prática dos jovens solteiros em
aventuras sexuais com prostitutas,
o que era costume da elite romana
para os jovens iniciados na fase
adulta.
59. O pano de fundo era o
conceito em voga de
que "tudo é
permitido", 6.12.
61. Em 7.12-16, Paulo introduz
uma temática nova da
inclusividade do cônjuge na
santidade, 7.12-16, de sorte a
desaconselhar o repúdio,
diferente da solução de Esdras,
Ed 9.14; 10.10,11; 13.26.
62. Por fim, Paulo se
preocupa e apela
para a FIDELIDADE
AO EVANGELHO.
63. Aqui Paulo resgata a doutrina da
ressurreição, 15.1-58. Os coríntios
estavam negando o ensino, 15.12,
por não entenderem o seu
significado, 15.12-19, ou por
conceituar erroneamente como
ele se opera, 15.35.
64. Para Paulo a doutrina da
ressurreição do corpo era um
ponto fundamental da fé
cristã. Na sociedade greco-
romana era comum a crença
de que a morte libertava a
alma dos grilhões do corpo.
66. Para Paulo há um VINCULO
INDISSOLÚVEL ENTRE A
RESSURREIÇÃO FUTURA DOS
CRENTES E A RESSURREIÇÃO
PASSADA DE CRISTO, ENTRE A
RESSURREIÇÃO DOS CRENTES E
SUA ESPERANÇA DE
IMORTALIDADE, 15.20-28,42-57.
68. Essa ressurreição não se trata
de reanimação de corpo, mas,
a ressurreição para uma
existência imortal, 15.54. E até
os que estiverem vivos na
vinda do Senhor serão
transformados para a
eternidade no Reino de Deus.
69. Esses corpos novos serão:
imperecíveis, gloriosos e
espirituais (celestiais),
15.40,42,43,47-49,52. Assim,
como a ressurreição aponta para
a frente, faz sentido a santidade e
a vida de serviço dos crentes em
meio às dificuldades, 15.58.
70. Por fim, a unidade da igreja, sua
santidade perante o mundo e sua
fidelidade ao evangelho não são
tópicos teológicos que Paulo
analisa em três seções diferentes.
São facetas de um prisma
interconectado, e cada faceta é
parte do todo.