12. A cena passa-se numa feira.
Um francês resolve comprar nozes. Para isso dirige-se à dona
de uma tenda de fruta:
- Comment s'appelle?
- Se se come com a pele?
- Comment?
- Com a mão? Não, sem casca.
- Je ne comprends pas.
- Se não quer comprar para que me
fez perder o meu tempo?
Como vê, a vendedora e o seu cliente não se chegaram a
compreender: PORQUÊ?
Porque falavam línguas diferentes.
13. Então, LÍNGUA:
É um conjunto de sons, palavras e
regras gramaticais que podem ser
utilizados por um determinado grupo.
14. Que formas de uso da língua são
usadas através dos telemóveis?
21. Emissor, receptor e mensagem
Observando o cartoon verificamos que a
Mafalda diz qualquer coisa ao Manelinho,
que a escuta, isto é, a Mafalda é o
EMISSOR de uma MENSAGEM destinada
ao Manelinho, o RECEPTOR. No entanto,
ao conversar um com o outro, ora são
receptores ora são emissores de
mensagens.
23. As setas indicam, precisamente que,
num diálogo, o EMISSOR da
mensagem se pode transformar em
RECEPTOR e que este, por sua vez,
se pode transformar em EMISSOR.
Ambos são agentes activos da
comunicação.
24. No entanto, nas figuras que se seguem, não
se estabelece o circuito da comunicação.
Porquê?
Porque o receptor
apenas capta a
mensagem, não se
transforma, por
sua vez, em
emissor.
25. CÓDIGO
Mas voltemos à nossa banda
desenhada. Como é que a Mafalda
transmitiu a sua mensagem a
Manelinho? Ela utilizou uma série de
palavras que constituem um código,
um instrumento de comunicação.
(Neste caso o código utilizado para a
transmissão da mensagem é
constituído por palavras, ou seja,
mensagens verbais).
26. E nos telemóveis, o que é que
sucede, no que respeita ao circuito
de comunicação?
27. CONTEXTO
Fixe a sua atenção na frase que se segue:
Um sonho e um cimbalino.
Como a interpreta?
Não lhe parece estranha, com falta de lógica? De facto,
tomada assim, isoladamente, é difícil encontrar-lhe o
sentido. No entanto, se a integrarmos num texto ou na
situação onde surgiu, tudo se tornará mais claro:
Temos um vulgaríssimo pedido feito a um empregado de
mesa por um cliente que acabou o seu almoço:
- E o que deseja como sobremesa? - pergunta o
empregado atencioso.
- Um sonho e um cimbalino - responde o senhor Vieira.
28. Porque é que o sentido destas
palavras era obscuro?
O que permitiu clarificá-lo?
A dificuldade de interpretação
provinha do facto da frase nos surgir
isolada do CONTEXTO em que foi
proferida.
29. CONTACTO/CANAL
E no intervalo das aulas, quando conversa
com os seus colegas, o que permite que eles
captem o que diz?
É o ar, através do qual se propagam as
ondas sonoras que produz quando fala.
30. Gosta de ler? De que meio se serviu o seu autor
preferido para lhe transmitir as suas ideias?
Pegou numa folha de papel e numa caneta e
escreveu o que tinha no pensamento.
31. Quando fala ao telefone ou ao
telemóvel como é que as suas palavras
chegam ao seu destino?
32. Para que um receptor possa captar a
mensagem enviada por um emissor é
necessário que ambos contactem um com
o outro, ou seja, que utilizem
determinados canais de comunicação:
O telefone, os fios telefónicos, o ar, a folha
de papel ou, ainda, a televisão, a rádio,
etc., podem constituir o contacto entre
emissor e receptor.
33. CÓDIGO
A todos os momentos enviamos
mensagens uns aos outros através de um
código: a língua,
Em princípio os portugueses entendem-se
uns aos outros porque, quando falam,
utilizam o mesmo código. Mas, se um de
nós quisesse falar com um italiano ou um
alemão, por exemplo, tinha, primeiro, que
aprender a utilizar o seu código, a sua
língua.
34. Código oral/código escrito
A linguagem verbal pode usar um código oral e
um código escrito.
A mensagem oral coloca emissor e receptor num
contexto situacional idêntico, com emissão e
recepção sucessivas, o que lhe dá características
próprias.
35. A Maria foi ver os horários do novo ano, encontrou
o Zé e estão a comentá-los:
Tentando transcrever na Tentando transcrever a língua oral
escrita,chegava-se mais ou menos a do mesmo texto, chegava-se mais ou
este resultado: menos a este resultado:
- Que estás aqui a fazer? - Qu'estás/ aqui/ a fazer (e)?
- Vim ver isto! - Vim ver (e) isto!
- Há quatro dias que os sabia... - Há quatro dias/ cos sabia...
- Bolas, nem piaste... - Bolas/nem piaste!...
- Disseste que querias, caramba?! - Disseste que querias/ caramba?!
- Para quê? Via-se logo, pá... - P'ra quê?/ Via-se logo/ pá...
- Eh! Pá, desculpa lá, não foi por mal. - Eh! Pá/ desculpa lá/ não foi por mal...
(O Zé olha para o horário da Maria) - Que tal?
- Que tal? - Porreiro! Or'olha...
- Porreiro! Ora olha... (Põe-lhe o horário - Bem melhor co meu. Sem furos!
mesmo diante dos olhos) - São sortes/pá...
(O Zé dá dois assobios).
- Bem melhor do que o meu. Sem furos!
- São sortes, pá...
36. Apesar das marcas de oralidade que o texto escrito apresenta a imitar
a língua falada (frases muito curtas, palavras usadas na conversa
familiar de jovens) há aspectos distintos:
CÓDIGO ORAL CÓDIGO ESCRITO
O emissor, está presente O emissor normalmente está
fisicamente (pelo menos através ausente.
da voz). Sinais de pontuação;
São utilizadas, sobretudo, frases pausas na pontuação;
curtas que podem ser muitas
vezes cortadas e portanto
ritmo da escrita.
inacabadas. Frases mais longas e
São frequentes as repetições, aperfeiçoadas com vocabulário
hesitações e exclamações. escolhido;
São também vulgares as
maior rigor gramatical.
omissões de palavras e as formas
contraídas.
Entoação; pausas na voz; ritmo
da fala; gestos.
Menos rigor no cumprimento das
regras gramaticais.
Bordões de fala (digamos;
justamente, prontos, tipo...).
37. Na comunicação através do
telemóvel, o que é que marca ou
caracteriza o código oral?
E o que é que marca ou caracteriza o
código escrito?
38. p tclar rpdo em pt
abrvtras, sgls & acrnmos
Dd tc? dd és? h/m? cmo és? Tdo bem? k
fzes? hobbies? Kres dar o EM* e o TLM?
$ - dinheiro
+/- - mais ou menos
+trd – mais tarde
= mente - igualmente
@ t – escrevo-te um mail
1 mnt – um minuto
2 - tu
7D - semana
39. Abreviaturas – é a grafia de palavras
mas com a omissão de algumas
letras.
Siglas ou acrónimos - são formadas
pelas letras iniciais de vários
vocábulos, pronunciados letra a letra
ou de forma contínua.
40. Simbolgia - smileys & emoticons
sorrisos e risos...
:’ -~) chorar de alegria
B-) feliz e de óculos
):-):-):-) gargalhada ruidosa e grosseira
:- ) ha ha
:-)))) muito feliz
(hmmm)Ooo .. :- ) pensamentos felizes
41. (^_^)/~~ rindo e dizendo adeus com um lenço
:-D rindo muito
(^O^) rindo muito
:- )))) rir às gargalhadas
(^_^;) rir contendo o nervosismo
42. O processo de comunicação nos
telemóveis
Atenda:
Aos elementos da comunicação;
Às formas de uso da língua;
Aos aspectos verbais e não verbais;
Aos símbolos e códigos;
Ao código oral e código escrito;
Às funções das imagens;
À intencionalidade comunicativa.