SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 7
Baixar para ler offline
SÍFILIS: UMA REALIDADE PREVENÍVEL.
SUA ERRADICAÇÃO, UM DESAFIO ATUAL
RESUMO: Um dos grandes problemas de saúde na contemporaneidade é o
elevado índice das Doenças Sexualmente Transmissíveis, o que vem acarre-
tando grande motivo de preocupação na área da saúde. Quando se fala em
patologias provindas desta via de transmissão, muitos se ressalvam, primor-
dialmente, da Imunodeficiência Adquirida, devido ao seu maior impacto so-
cial. No entanto, a Sífilis vem ganhando destaque num linear internacional.
Atualmente a Sífilis congênita infecta mais criança por transmissão vertical
pelo Treponema Pallidum do que o próprio Vírus da Imunodeficiência Hu-
mana tão temida pela população, isto por ser consequência da Sífilis adquiri-
da não tratada no período gestacional. A relevância deste estudo é ressaltar a
necessidade em conhecer os predisponentes que levam o indivíduo a adquirir
a Sífilis e acrescentar diferentes conhecimentos que possam servir de parâ-
metro para sua prevenção. Trata de uma revisão bibliográfica que teve como
dados secundários livros, sites e revistas científicas. Esta pesquisa tem como
objetivo geral enfatizar a importância da prevenção como ação primordial
na erradicação da Sífilis e como objetivos específicos, abordar de maneira
sindrômica a caracterização da Sífilis com seus respectivos estágios e mani-
festações e enfatizar a Sífilis congênita e o papel da equipe multidisciplinar
na atenção primária. Contudo, é possível notar que a Sífilis é uma patologia
que, como relata o velho paradigma do senso comum, “é melhor prevenir do
que remediar”. Então, desta forma, é possível vencer o desafio e alcançar a
sua erradicação.
PALAVRAS- CHAVE: Treponema Pallidum; Sífilis; Sífilis Congênita; Preven-
ção.
Syphilis: A PREVENTABLE REALITY. ITS
ERADICATION, A CURRENT
CHALLENGE
ABSTRACT: One of the major health problems in contemporary society is
the high rate of sexually transmitted diseases, which is causing great concern
on health. When it comes to diseases that have their origins linked to this
route of transmission, many people protect themselves primarily from AIDS,
due to its greatest social impact. However, Syphilis has been gaining promi-
nence of international dimension. Nowadays, congenital Syphilis infects
more children by vertical transmission of the Treponema Pallidum than the
Human Immunodeficiency Virus, so feared by the population, being a conse-
quence of the lack of treatment for acquired Syphilis during pregnancy. The
relevance of this study is to emphasize the need to meet the leading factors
that predispose the individual to acquire Syphilis and to add different knowl-
edge that can serve as a parameter to its prevention. It deals with a literature
review that collected secondary data from books, websites and journals. The
general goal of this research is to emphasize the importance of prevention as
a primary action on the eradication of Syphilis. The specific goals are to per-
form a syndromic approach to the characterization of Syphilis with its stages
and manifestations and to emphasize congenital Syphilis and the role of the
Vanessa Cruz Santos
Discente de Enfermagem na Faculdade de Tecnolo-
gia e Ciência - FTC. E-mail: autoraautoria@hotmail.
com
Karla Ferraz dos Anjos
Discente de Enfermagem na Faculdade de Tecnolo-
gia e Ciência - FTC. E-mail: autoraautoria@hotmail.
com
Revista Saúde e Pesquisa, v. 2, n. 2, p. 257-263, mai./ago. 2009 - ISSN 1983-1870
258 Status Antioxidante, Diabetes Mellitus II e Aterosclerose
multidisciplinary team in primary care. However, it is noticeable that Syphilis
is a disease that can be described by the old paradigm of common sense: "pre-
vention is better than cure”. This way, it is possible to win the challenge and
to achieve its eradication.
KEYWORDS: Treponema Pallidum; Syphilis; Congenital Syphilis; Preven-
tion.
INTRODUÇÃO
Atualmente, a alta incidência das Doença Sexualmen-
te Transmissíveis tem se tornado grande problema de saúde
pública. Vale refletir que estamos em pleno terceiro milênio,
vivendo num mundo globalizado com avanços e descobertas
acontecendo constantemente na área da saúde. Consideran-
do a Sífilis dentro deste parâmetro, notamos um visível des-
conexo, pois um dos problemas que necessita do mínimo de
sofisticação tecnológica é motivo de preocupação na saúde do
Brasil.
A Sífilis não tratada ou tratada de maneira ineficaz no es-
tado do estado gestacional pode acarretar a manifestação da
Sífilis Congênita, e esta tem como vítima os fetos. Além disso,
é a que ocasiona as maiores sequelas, bem como maior índice
de óbito fetal e de recém nascidos.
Conforme os fundamentos científicos, ao ser acometido
pela Sífilis, os indivíduos podem não se curar desta, mesmo
após seu tratamento, permanecendo o vírus em estado de la-
tência. Então, é viável enfatizar a necessidade em discorrer por
meio de estudos a relevância em aprofundar a ideologia que
vise a prevenção como proposta de tratamento primordial à
sociedade, no intuito de promover meios alternativos que não
seja apenas o tratamento farmacológico após a patologia ins-
talada, mas também a prevenção como promoção à saúde dos
indivíduos susceptíveis.
Os profissionais da área da saúde têm participação impor-
tante em ser um veículo de informações baseadas na atenção
primária, que inclua as Doença Sexualmente Transmissíveis,
promovendo, assim, ações nas quais incluam novas formas,
não utilizando de fórmulas igualitárias para “as sociedades”. É
preciso suscitar a compreensão de que os custos e benefícios
da prevenção da Sífilis se tornam mais favoráveis do que o tra-
tamento, pois esta é uma oportunidade que os cofres públicos
têm de remanejar as verbas para outros setores da saúde com
novos investimentos.
Esta pesquisa tem como objetivo geral enfatizar a impor-
tância da prevenção como ação primordial na erradicação da
Sífilis e como objetivos específicos abordar de maneira sindrô-
mica a caracterização da Sífilis com seus respectivos estágios
e manifestações e enfatizar a Sífilis Congênita e o papel da
equipe multidisciplinar na atenção primária.
Este trabalho quanto aos procedimentos técnico-científi-
cos se classifica como revisão de literatura, pois foi desenvolvi-
da tentando explicar os problemas utilizando o conhecimento
disponível a partir das teorias publicadas em livros ou obras
congêneres, conhecendo e analisando as principais contribui-
ções teóricas existentes sobre a temática (KOCHE, 1997, p.
122).
A coleta de dados para a realização deste se deu por meio
da WEB, na qual considerou-se a inclusão de artigos publica-
dos em periódicos da área da saúde e sociais, no período de
1999 a 2009, sendo lidos 24 artigos, dissertações e teses, dos
quais foram selecionados 17 das seguintes revistas: Scientia
Médica, Scielo, Brasileira de Dermatologia, dentre outras. 7
livros publicados no intervalo de 1997 a 2005 foram lidos,
dentre os quais 5 foram selecionados.
2 REVISÃO DE LITERATURA
2.1 Sífilis
Muitas pessoas têm a concepção de que a Sífilis (SF) é ape-
nas uma Doença Sexualmente Transmissível (DST). Até em
algumas escritas é possível perceber na conceituação do autor
com essa abordagem. No entanto, esta não é transmitida ape-
nas pelo contato sexual ou de forma congênita.
É uma doença infecciosa aguda e crônica, causada pela es-
piroqueta Treponema Pallidum (T. Pallidum), adquirida pelo
contato sexual e de origem congênita (SMELTZER; BARE,
2005, p. 2256). Pode ocorrer também por contato com lesões
mucocutâneas ricas em treponemas, por meio de transfusão
de sangue contaminado, via transplacentária. O risco de o
parceiro passar a bactéria por meio do ato sexual é estimado
em torno de 60% (SARACENI, 2005).
2.1.1 Estágios e manifestações
Suas manifestações estão interligadas com os estágios da
SF, que se diferenciam a depender do tempo da infecção, e es-
tão classificados em primária, secundária e terciária, também
chamada de tardia.
2.1.2 Sífilis Primária
A lesão específica da Sífilis é o cancro duro ou protossifi-
loma, que surge no local da inoculação após a infecção, isto
em torno de três semanas, surge inicialmente uma pápula de
cor rósea, que evolui para um vermelho mais intenso e exul-
ceração, geralmente é único, indolor, praticamente sem ma-
nifestações inflamatórias perilesionais, as bordas induradas
descem suavemente até um fundo liso e limpo, recoberto por
material seroso. Após uma ou duas semanas aparece uma re-
ação ganglionar regional múltipla e bilateral, não supurativa,
de nódulos duros e indolor. Localiza-se na região genital em
90% a 95% dos casos. No homem é mais comum no sulco
balanoprepucial, prepúcio, meato uretral ou mais raramente
intra-uretral (AVELLEIRA; BOTTINO, 2006, p. 111-126),
conforme a Figura 1.
259Santos e Anjos
Revista Saúde e Pesquisa, v. 2, n. 2, p. 257-263, mai./ago. 2009 - ISSN 1983-1870
Figura 1 Sífilis Primária em órgão masculino – cancro duro
Fonte: Hirschfeld (2009)
No sexo feminino, as lesões podem ocorrer no interior
do trato genital, o que as torna difíceis de serem notadas, ou
ainda nas partes externas, notadamente nos grandes e peque-
nos lábios ou na fúrcula (SARACENI, 2005) de acordo com
a Figura 2.
Figura 2 Sífilis Primária em órgão feminino com ulceração
Fonte: Hirschfeld (2009)
2.1.3 Sífilis Secundária
Geralmente se inicia entre quatro e oito semanas após a
lesão primária. Em muitos dos casos o paciente não se lembra
de ter tido lesão primária. Por outro lado, em um quarto dos
casos de SF secundária a lesão primária ainda está presente.
Isto pelo fato de que o cancro primário pode surgir de 7 a
90 dias após o contágio sexual. Os sintomas gerais do secun-
darismo luético mais relatados são: mal-estar, cefaleia, dor
nos olhos, dor óssea, artralgia, meningismo, irite e rouqui-
dão, exantema no corpo e face, conforme Figura 3, na região
palmar; linfadenopatia, cancro primário residual, condiloma
plano, hepatoesplenomegalia, placas mucosas e alopecia (OLI-
VEIRA et al., 2007).
Figura 3 Sífilis Secundária na região facial.
Fonte: Aveleira e Bottino (2006)
2.1.4 Sífilis Terciária
Também conhecida como tardia, é o resultado final na
história natural da doença. Estima-se que entre 20 e 40% dos
infectados não exibem este nível do quadro patológico, nem
tais achados clínicos. Apresenta-se como uma doença inflama-
tória lentamente progressiva e nesse estágio tem um grande
potencial de evoluir e afetar múltiplos órgãos. As manifesta-
ções mais comuns são: aortite, neurosSífilis, psicose, paresia,
acidente vascular cerebral ou meningite (SMELTZER; BARE,
2002, p. 1808), explícito na Figura 4. Algumas pessoas não
têm conhecimento de que a doença está instalada, pois exis-
tem casos em que o teste sanguíneo apresenta-se negativo mes-
mo quando portador da bactéria.
Figura 4- Sífilis Terciária na face
Fonte: Diapositivos de Doenças Transmissíveis (BRASIL, 2009)
2.2 Sífilis Congênita
“É transmitida de uma mãe doente para seu filho não
nascido através da placenta. Quase sempre, isto se resulta em
aborto espontâneo ou natimorto” (MILLER, 2003, p. 1102).
A Sífilis Congênita (SC) é o resultado da disseminação hema-
togênica do T. Pallidum da gestante infectada que não tenha
recebido tratamento ou que o recebeu de maneira inadequa-
da para o concepto por via transplacentária, sendo conhecida
como transmissão vertical. Os principais fatores que determi-
nam a probabilidade de transmissão vertical são o estágio da
doença na mãe e a duração de exposição do feto no útero,
sendo maior nas fases iniciais devido ao maior número de es-
piroquetas na circulação (AVELLEIRA; BOTTINO, 2006). A
contaminação pode ocorrer também no momento do parto,
no período expulsivo.
A prevenção para a SC começa com o tratamento antes
mesmo do nascimento do bebê. É no período gravídico que
esta deve ser tratada o mais precoce possível.
2.2.1 Estágios e manifestações clínicas
A depender do tipo das manifestações, que pode ser pre-
coce ou tardia, os sinais e sintomas se diferenciam, além de
ter a possibilidade de permanecer assintomática por muito
tempo.
2.2.2 Sífilis Congênita precoce
Revista Saúde e Pesquisa, v. 2, n. 2, p. 257-263, mai./ago. 2009 - ISSN 1983-1870
260 Status Antioxidante, Diabetes Mellitus II e Aterosclerose
Além de gerar a prematuridade e baixo peso ao nascimen-
to, suas principais características são: hepatomegalia com ou
sem esplenomegalia, demonstrado na Figura 5, lesões cutâne-
as como o pênfigopalmo-plantar e condiloma plano, periostite
ou osteíte ou osteocondrite, pseudoparalisia dos membros,
sofrimento respiratório com ou sem pneumonia, rinite sero-
sanguinolenta, icterícia, anemia e linfadenopatia generalizada,
principalmente a epitroclear (BRASIL, 2005, p.10-11).
Figura 5 Sífilis Congênita precoce: Bebê com Hepatoesplenomega-
lia
Fonte: Prefeitura Municipal de São Carlos (2007)
2.2.3 Sífilis Congênita tardia
Surge após o segundo ano de vida e o diagnóstico deve ser
estabelecido por critérios epidemiológicos, clínicos e labora-
toriais, atentando-se para a possibilidade de a criança ter sido
exposta ao T. Pallidum por meio de exposição sexual. As prin-
cipais características incluem: tíbia em “Lâmina de Sabre”,
articulações de Clutton, fronte “olímpica”, nariz “em sela”,
dentes incisivos medianos superiores deformados (dentes de
Hutchinson), molares em “amora”, rágades periorais, mandí-
bula curta, arco palatino elevado, ceratite intersticial, surdez
neurológica e dificuldade no aprendizado (BRASIL, 2005, p.
10)
2.3 PREVENÇÃO E TRATAMENTO DA Sífilis E Sífilis
Congênita
Ao começar trabalhar com a prevenção da Sífilis, é neces-
sário refletir sobre o seu modo de transmissão, promovendo
ações que incluam antes do tratamento medicamentoso o pre-
ventivo. Contudo, se a infecção estiver instalada na gestante,
inicia-se outro tipo de prevenção, para evitar a transmissão da
mãe para o feto.
O intuito do controle da SF é a interrupção da cadeia
de transmissão e a prevenção de novos casos, evitando que
a doença se propague. No entanto, é necessário a detecção e
um tratamento individualizado precoce e adequado para cada
cliente. A introdução do teste rápido em parceiros de pacien-
tes ou de gestantes poderá ser muito importante (AVELLEI-
RA; BOTTINO, 2006).
Para prevenir a SC, todas as gestantes deverão realizar o
teste para a Sífilis durante os meses iniciais da gravidez. Para
prevenir as infecções do feto é preciso antes do quinto mês
começar o tratamento, pois quanto mais precoce, maior será a
probabilidade de a criança nascer saudável. Se a criança nascer
com Sífilis, o tratamento imediato pode ser eficaz, com menor
chance de complicações, isto se a doença não progrediu muito
(MILLER, 2003, p. 1102).
O que acontece em parte da sociedade, sendo de certa for-
ma prejudicial, são as condutas tomadas pelo companheiro,
como o uso do mecanismo de deslocamento, em apontar a
mulher como culpada, pois é em seu útero que está o concep-
to e é lá que se dá a transmissão vertical. Lembrando-se que
o parceiro vem sendo apontado como o maior vetor desta, e
que o mesmo, em grande parte dos casos, não se trata jun-
to com sua companheira, ocorrendo a reinfecção da mesma,
consequentemente acarretando danos cada vez em maior es-
cala para o feto.
No Brasil, é pequeno o número de parceiros de gestantes
com SF que comparecem aos serviços para realizar o trata-
mento. Isto deve-se ao fato de que grande parte da sociedade
é preconceituosa e machista, na qual tanto a gravidez e a cria-
ção dos filhos são de responsabilidade exclusiva das mulheres,
o que contribui para o aumento deste quadro negativo. Por
isso, torna-se necessário uma atitude mais firme dos gestores
e trabalhadores de saúde para captação destes parceiros, bem
como a extensão da assistência do pré-natal para estes, como
estratégia no combate à transmissão vertical, sugerindo, inclu-
sive, que o mesmo faça de rotina os seguintes testes: VDRL,
Hepatite B e C e sorologia HIV (OLIVEIRA; LOPES, 2008).
Se pensarmos em prevenção de maneira global, não res-
tringindo a um grupo específico, é aconselhável o uso de pre-
servativos nas relações sexuais, bem como o uso do papel filme
quando forem praticar o sexo oral-genital, reduzir o número
de parceiros sexuais, realizar diagnóstico precoce em mulheres
em idade fértil.
Várias foram as drogas utilizadas na tentativa de tratar
a Sífilis, como o mercúrio, arsênico, bismuto e iodetos. No
entanto, mostraram baixa eficácia, toxidade e dificuldades
operacionais. Também mostraram pouca eficácia tratamentos
que, inspirados na pouca resistência do T. Pallidum ao calor,
preconizam o aumento da temperatura corporal por meios
físicos como banhos quentes de vapor ou com a inoculação de
plasmódios na circulação, chamado de malarioterapia (AVEL-
LERA; BOTTINO, 2006), conforme a Figura 6.
Figura 6- Sífilis: tratamento - Stufa Sicca
Fonte: Avelera e Bottino (2006)
O antibiótico preferencial para o tratamento de pacientes
261Santos e Anjos
Revista Saúde e Pesquisa, v. 2, n. 2, p. 257-263, mai./ago. 2009 - ISSN 1983-1870
com SF é a penicilina, por mostrar eficácia no tratamento.
Consiste na única terapia comprovada e amplamente usada
para pacientes com neurosSífilis, com Sífilis Congênita ou
com SF durante a gestação. O recém nascido reage a esta me-
dicação com mais um sofrimento que atinge a pele (LOW-
DERMILK; PERRY; BOBAK, 2002, p. 119).
Esta patologia é preocupante devido aos agravos à saúde
da população, bem como o maior custo do tratamento devi-
do às complicações que se instalam, comparado à prevenção.
Tomando como base o elevado número de casos de Sífilis e,
consequentemente, Sífilis Congênita, o que se percebe em ter-
mos financeiros são maiores gastos para os cofres públicos.
Alguns profissionais de saúde têm se preocupado em fazer
parte de programas intervencionistas para melhorar a assistên-
cia prestada à população que apresenta quadro patológico de
SF, embora a prevenção seja o que deve ser priorizado neste
contexto.
2.4 EQUIPE MULTIDISCIPLINAR E O DESAFIO DA
ERRADICAÇÃO DA SÍFILIS
Devido a não existência de “vacinas antisSífilis”, a equi-
pe multidisciplinar tem o papel de enfocar a prevenção desta
por meio de ações assistenciais, lembrando que é necessário a
participação de cada indivíduo como contribuição para que
a solução da SF não fique cada vez mais distante. É cabível
mencionar a importância da enfermagem e sua ligação posi-
tiva neste contexto, pois o planejamento de suas ações para
intervir neste quadro trará bons resultados se colocados em
prática. Por isso, as informações, as ações, campanhas e quais-
quer recursos utilizados em prol desta patologia estão voltados
para a prevenção, ou seja: o “antibiótico” da responsabilidade
de cada cidadão e suas contribuições é a conscientização de
buscarem, juntos, o fim de um mal, melhorando as suas pró-
prias condições de saúde.
O profissional de enfermagem deve enfatizar que é neces-
sário a realização de testes sorológicos a longo prazo mesmo
com a ausência de sintomas, recomendando à paciente infec-
tada pela SF a abstinência das atividades sexuais até o fim do
tratamento e após toda evidência de SF primária e secundária
ter desaparecido e ser demonstrada a comprovação sorológica
negativa (LOWDERMILK; PERRY; BOBAK, 2002, p. 119).
Os países que tiveram sucesso no controle da SF foram
aqueles que, além de eficientes medidas de Saúde Pública,
tiveram melhoria nas condições gerais de vida da população
e no exercício da cidadania. Por isso espera-se que no Brasil
ocorram também essas mudanças e, enquanto essas não acon-
tecem, os profissionais de saúde devem aumentar os esforços
para que os serviços se tornem mais eficientes e organizados,
aumentando as opções de acesso. Pequenos avanços nos apro-
ximarão do objetivo de controle e até eliminação desse mal
que assola a saúde de vários da sociedade, até que não seja
mais motivo de vergonha para os brasileiros. Espera-se, ainda,
não levar outro meio século para apagar do mapa esta doença,
cuja presença é uma evidência da falência do sistema de saúde
(RAMOS, 2001).
Os profissionais de saúde devem mensurar esforços na ten-
tativa de informar às gestantes a importância do pré-natal no
sentido de minimizar os riscos e complicações de várias pato-
logias que podem ser preveníveis ou tratadas nos primeiros
meses de gestação, evitando assim complicações de maiores
proporções como a SC. Porém, não está ocorrendo o êxito
que se espera.
Apesar das iniciativas para erradicar a SC, a mesma ainda
persiste em nosso país num índice elevado. Há má qualidade
no pré-natal, apesar do número de consultas registradas nos
Cartões de Gestante, e déficit de capacitação e atualização de
alguns profissionais de saúde no manejo das DSTs. É neces-
sário destacar a importância do comprometimento dos profis-
sionais desta área quando o objeto de discussão for a saúde da
população (LORENZI; MADI, 2001).
Os profissionais da área de saúde precisam estar reforçan-
do as ações de prevenção e diagnóstico o mais precoce possí-
vel, especialmente no pré-natal, além de informar às gestantes
o direito que elas têm de realizar os testes que detectam a
SF e quantas vezes são necessários no período gestacional. A
população geral deve estar inserida em campanhas educativas
com uma perspectiva de conscientizar quanto à importância
da realização de exames periódicos.
Por ser a mais antiga infecção congênita, a Sífilis ainda
representa significativo problema de saúde pública. A dimi-
nuição de sua incidência é observada após a Segunda Guerra
Mundial, sendo atribuída ao efeito da nicilina, desenvolvimen-
to de testes sorológicos, diagnósticos e controle dos contatos.
Na década de 1980, pode-se notar o novo aumento dessa in-
cidência, relacionado à epidemia da AIDS e, assim como esta
última, também associada ao abuso de drogas, à troca de sexo
por drogas, comportamento sexual mais livre e associado a
parceiros múltiplos, sexo desprotegido, gravidez indesejada na
adolescência, acesso limitado aos serviços de saúde e ausência
de avaliação pré-natal (PEREIRA et al., 2000).
Em 1943 veio a melhoria dos cuidados de saúde à popu-
lação. Após o advento da penicilina, a SF e a SC tiveram seus
números reduzidos de maneira tão abrupta que se chegou a
prever, na década de 60, sua erradicação no final do século
XX. No entanto, parece verdadeira a observável que quando
um programa de controle de uma doença aproxima-se de sua
erradicação é mais provável que o programa acabe e não a
doença seja erradicada. Assim, a partir da década de 80 até
meados dos anos 90, observou-se um recrudescimento na in-
cidência de SF em mulheres na idade fértil (GUINSBURG,
2008). A incidência de SC manteve-se elevada em todo o perí-
odo analisado, o que sugere deficiências na atenção necessária
a saúde, em todas as regiões brasileiras.
2.5 REFLEXÕES
Se compararmos o tempo de existência da Sífilis e de ou-
tras patologias que surgiram mais recentemente, é possível
afirmar que ela não deveria ainda ser um problema de grande
escala, pois a mesma já deveria ter sido erradicada ou varrida
da face da terra como foram outras enfermidades, ainda mais
complexas – como exemplo a varíola, em 1977.
“Há mais recém-nascidos afectados por Sífilis Congêni-
ta do que por qualquer outra infecção neonatal, incluindo
pelo Vírus da Imunodeficiência Humana (VIH) e tétano, que
Revista Saúde e Pesquisa, v. 2, n. 2, p. 257-263, mai./ago. 2009 - ISSN 1983-1870
262 Status Antioxidante, Diabetes Mellitus II e Aterosclerose
atualmente estão a receber atenção mundial” (OMS, 2008, p.
1). Não apenas no Brasil, mas em várias partes do mundo, a
Sífilis Congênita permanece na lista de doenças prioritárias,
com um nível de controle em situação pior do que a própria
transmissão vertical da infecção pelo Vírus da Imunodeficiên-
cia Humana (HIV) (PAZ, 2004, p. 12).
A Sífilis é antiga, conhecida a mais de 500 anos, pois seu
agente etiológico foi descoberto em 1905. Após a década de
40, pensou-se que a penicilina levaria ao desaparecimento da
doença. Entretanto, embora o T. Pallidum continue sensível
à mesma, ainda atinge milhões de pessoas no mundo todo
(KOMKA; LAGO, 2007, p. 205-211).
A maioria dos pacientes que foram infectados com SF per-
manecerão com testes de anticorpos treponêmicos positivos
e permanecerá positivo para sempre, independente do trata-
mento ou do estágio da doença. Mais do que 11,5 a 20% das
pacientes tratadas durante o estágio primário podem retornar
a não-reatividade depois de dois a três anos (CDC, 1998 apud
LOWDERMILK; PERRY; BOBAK, 2002, p. 114).
A erradicação da SF é uma perspectiva almejada há quase
meio século, desde o período em que não havia tanta dispo-
nibilidade de recursos humanos e financeiros. Na atualidade,
continua sendo foco de preocupação para a saúde individual e
coletiva. Logo, fica a reflexão de um paradoxo, no qual a área
da saúde evoluiu tanto e alguns de seus problemas que têm
grande chance de ser abolidos se estacionam ou, até mesmo,
progridem.
3 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Com a concretização deste estudo, foi possível a compreen-
são de que a erradicação da Sífilis e da Sífilis Congênita é um
desafio prevenível que pode se transformar em uma realidade.
No entanto, o que intriga é o paradoxo de se tratar de uma
patologia não tão complexa de exterminar do planeta, uma
vez que outras epidemiologicamente difíceis de ser controla-
das já foram extirpadas. É chegado o momento de não apenas
lançar o desafio da erradicação da Sífilis, que já foi almejado
e quase contemplado há várias décadas – este desafio deve ser
vencido, ultrapassado e ter como mérito pessoas saudáveis e
libertas deste mal. Afinal, este é o propósito primordial dos
profissionais da saúde.
Por que uma doença com diagnóstico fácil e tratamento
acessível continua a infectar milhares de indivíduos no Bra-
sil? Muitas seriam as respostas para esta pergunta que não se
“cala”. Porém, é necessário analisar dados atuais em que seja
primeiramente visto o nível de conhecimento das pessoas no
que se refere à Sífilis. É preciso buscar as possíveis respostas
desse agravo, como foi explanado no conteúdo deste estudo,
que teve o intuito de clarear as percepções essenciais, na qual
cada indivíduo é parte fundamental para o controle e até mes-
mo erradicação dessa enfermidade. Afinal, se a saúde é dever
do estado, é também compromisso de cada cidadão, principal-
mente neste caso, ao se tratar de moléstia que se dá de pessoa
para pessoa.
Esta pesquisa abordou fatos evolutivos que ocorreram na
área das ciências humanas até a atualidade como tentativa de
erradicação, suscitando desde os tratamentos anteriores ao
advento da penicilina até a atenção primária dos serviços de
saúde atual. Porém, tais mudanças ainda não foram capazes
de surtir efeito esperado, que não busca apenas o paliativo,
mas sim o fim de um agravo à saúde ao qual possamos nos
referir, ainda neste século, como uma patologia que existiu
no passado.
REFERÊNCIAS
AVELLEIRA, João Carlos Regazzi; BOTTINO, Giuliana.
Sífilis: Diagnóstico, Tratamento e controle. Educação Mé-
dica continuada. Rev. Bras. Dermatol, v. 81, n. 2, p. 111-
126, 2006. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/abd/
v81n2/v81n02a02.pdf> Acesso em: 15 Jan. 2009.
BRASIL. Ministério da Saúde. Programa Nacional de DST
e Aids. Diretrizes para o Controle da Sífilis Congênita.
Brasília, DF: MS, 2005. 52p. Série Manuais, n. 62. Dis-
ponível em: <http://www.aids.gov.br/data/documents/
storedDocuments/%7BB8EF5DAF-23AE-4891-AD36-
1903553A3174%7D/%7B86CA38F4-3354-4A60-B7D7-
CE562DB11742%7D/sifilis_%20cong.pdf >. Acesso em: 8
Jan. 2009.
_________. Dispositivo de Doenças sexualmente Trans-
missiveis. Coordenação Nacional de DST e Aids. Secre-
taria de Políticas de Saúde. Brasília, DF: MS, 1999. Dis-
ponível em: <http://www.aids.gov.br/data/documents/
storedDocuments/%7BB8EF5DAF-23AE-4891-AD36-
1903553A3174%7D/%7BF599591D-7900-4518-8174-
B41B62A13E84%7D/Imagens_de_Casos_Cl%EDnicos_
de_DST.pdf>. Acesso em: 23 Jan. 2009.
HIRSCHFELD, Magnus. DST’s Curáveis – Infecções. Dispo-
nível em: <http://www2.hu-berlin.de/sexology/ECP4/html/
syphilis_ii.html>. Acesso em: 4 Fev. 2009.
GUINSBURG, Ruth. Medidas para Erradicação da Sífi-
lis Congênita. Sociedade Brasileira de Pediatria. Dispo-
nível em: <http://www.sbp.com.br/show_item2.cfm?id_
categoria=89&id_detalhe=2218&tipo_detalhe=s>. Acesso
em: 3 dez. 2008.
KOCHE, José Carlos. Fundamentos de Metodologia Cientí-
fica: teoria da ciência e iniciação à pesquisa. 22. ed. Petrópo-
lis, RJ: Editora Vozes, 1997.
KOMKA, Maria Regina; LAGO, Eleonor Gastal. Sífilis Con-
gênita: Notificação e Realidade. Scientia Médica, Porto Ale-
gre, v. 17, n. 4, p. 205-211, out./dez. 2007. Disponível em:
<http://revistaseletronicas.pucrs.br/ojs/index.php/scientia-
medica/article/viewFile/2115/2630>. Acesso em: 11 mar.
2009.
LOWDERMILK, Deitra Leonard; PERRY, Shannon E.; BO-
BAK, Irene M. O cuidado em enfermagem materna. 5. ed.
263Santos e Anjos
Revista Saúde e Pesquisa, v. 2, n. 2, p. 257-263, mai./ago. 2009 - ISSN 1983-1870
Porto Alegre, RS: Artmed, 2002.
LORENZI, Dino Roberto Soares de; MADI, José Mauro. Sífi-
lis Congênita como Indicador de Assistência Pré-natal. Revis-
ta Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia, Rio de Janeiro, v.
23, n. 10, p. 647-652, nov./dez. 2001. Disponível em: <http://
www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100-
72032001001000006&lng=pt&nrm=iso>. Acesso em: 28 fev.
2009.
MILLER, Benjamin Frank. Enciclopédia e dicionário médico
para enfermeiros e outros profissionais da saúde. Tradução
de Paulo Marcos Agria de Oliveira e Silvia M. Spada. 6. ed.
São Paulo, SP: Roca, 2003.
OLIVEIRA, Ederson Valei Lopes et al. Sífilis Secundária com
acometimento pulmonar. An Brás Dermatol., v. 82, n. 2, p.
163-167, 2007. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/
abd/v82n2/a08v82n2.pdf >. Acesso em: 8 abr. 2009.
OLIVEIRA, Maria Liz Cunha de; LOPES, Luiz Antônio
Bueno. Situação Epidemiológica da Sífilis em Gestantes e
da Sífilis Congênita no DF. Boletim especial: Secretaria
de Estado de Saúde do Distrito Federal- SES- DF, v. 1, n.
1, out. 2008. Disponível em: <http://www.saude.df.gov.br/
sites/300/373/00000212.pdf>. Acesso em: 11 abr. 2009.
OMS. Organização Mundial da Saúde. Eliminação Mundial
da Sífilis Congênita: fundamento lógico e estratégia para ação.
2008. Disponível em:
http://forum.aids.gov.br/sites/default/files/arquivos/
WHO_ELIMINACAO_MUNDIAL_DA_SIFILIS.pdf >.
Acesso em: 1 de Fev. 2009.
PAZ, Leidijany Costa et al. Vigilância epidemiológica da Sífilis
Congênita no Brasil: definição de casos, 2004. Boletim Epi-
demiológico AIDST, v. 1, n. 1, 2004. Disponível em: <http://
www.saude.rio.rj.gov.br/media/dstaids_sifilis_nova_def.pdf>.
Acesso em: 17 abr. 2009.
PEREIRA, Luciana Baptista et al. Sífilis Congênita: uma apre-
sentação cutânea incomum. Caso clínico. An. bras. Derma-
tol., Rio de Janeiro, v. 75, n. 1, p. 65-72, jan./fev. 2000. Dispo-
nível em: <http://www.anaisdedermatologia.org.br/public/
artigo.aspx?id=10181>. Acesso em: 15 dez. 2008.
PREFEITURA MUNICIPA DE SÃO CARLOS. Saúde trei-
na profissional para erradicar a Sífilis Congênita. Portal do
cidadão. 7 nov. 2007. Disponível em: <http://www.saocarlos.
sp.gov.br/index.php/noticias/2007/151501-saude-treina-pro-
fissionais-para-erradicar-sifilis-congenita.html>. Acesso em: 5
jan. 2009.
RAMOS, Mauro Cunha. Sífilis Congênita, ainda um desafio.
DST . J bras Doenças Sex Transm, v. 13, n. 2, p. 3-4, 2001.
Disponível em: <http://www.uff.br/dst/revista13-3-2001/edi-
torial.pdf>. Acesso em: 26 Jan. 2009.
SARACENI, Valéria. A Sífilis, a gravidez e a Sífilis Congêni-
ta. 2005. Disponível em: <http://www.saude.rio.rj.gov.br/me-
dia/dstaids_sifilis_e_gravidez.pdf> Acesso em: 22 dez. 2008.
SMELTZER, Suzanne C.; BARE, Brenda G. Tratado de enfer-
magem médico-cirurgica. 10. ed. [S. l.]: Guanabara kaoogan,
2005. v. 2.
Recebido em: 26 Junho 2009
Aceito em: 02 Julho 2009

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

A DENGUE EM SOBRAL (CE): ANÁLISE EPIDEMIOLÓGICA DO PERÍODO DE 2008 A 2011
A DENGUE EM SOBRAL (CE): ANÁLISE EPIDEMIOLÓGICA DO PERÍODO DE 2008 A 2011A DENGUE EM SOBRAL (CE): ANÁLISE EPIDEMIOLÓGICA DO PERÍODO DE 2008 A 2011
A DENGUE EM SOBRAL (CE): ANÁLISE EPIDEMIOLÓGICA DO PERÍODO DE 2008 A 2011Débora Freire
 
8 projeto saúde, nosso bem maior
8 projeto saúde, nosso bem maior8 projeto saúde, nosso bem maior
8 projeto saúde, nosso bem maiorjuniorfuleragem
 
AIDS vamos multiplicar o conhecimento mais rápido que o vírus.
AIDS vamos multiplicar o conhecimento mais rápido que o vírus.AIDS vamos multiplicar o conhecimento mais rápido que o vírus.
AIDS vamos multiplicar o conhecimento mais rápido que o vírus.Wilton Kevin Silva Alencar
 
Aula 8 epidemiologia das doenças e agravos não transmissíveis
Aula 8   epidemiologia das doenças e agravos não transmissíveisAula 8   epidemiologia das doenças e agravos não transmissíveis
Aula 8 epidemiologia das doenças e agravos não transmissíveisMario Gandra
 
Epidemiologia e saúde pública
Epidemiologia e saúde públicaEpidemiologia e saúde pública
Epidemiologia e saúde públicaAline Santos
 
Indicadores de saúde
Indicadores de saúdeIndicadores de saúde
Indicadores de saúdeKênia Paula
 
Ciências métodos anticoncepcionais-dorilêo de pina-nathalia benicia e thali...
Ciências   métodos anticoncepcionais-dorilêo de pina-nathalia benicia e thali...Ciências   métodos anticoncepcionais-dorilêo de pina-nathalia benicia e thali...
Ciências métodos anticoncepcionais-dorilêo de pina-nathalia benicia e thali...Rodrigo Exteca
 
Sexualidade Na Adolescência
Sexualidade Na AdolescênciaSexualidade Na Adolescência
Sexualidade Na AdolescênciaPedui
 
Vigilância Epidemiológica e o Uso da Epidemiologia
Vigilância Epidemiológica e o Uso da Epidemiologia Vigilância Epidemiológica e o Uso da Epidemiologia
Vigilância Epidemiológica e o Uso da Epidemiologia Instituto Consciência GO
 

Mais procurados (18)

A DENGUE EM SOBRAL (CE): ANÁLISE EPIDEMIOLÓGICA DO PERÍODO DE 2008 A 2011
A DENGUE EM SOBRAL (CE): ANÁLISE EPIDEMIOLÓGICA DO PERÍODO DE 2008 A 2011A DENGUE EM SOBRAL (CE): ANÁLISE EPIDEMIOLÓGICA DO PERÍODO DE 2008 A 2011
A DENGUE EM SOBRAL (CE): ANÁLISE EPIDEMIOLÓGICA DO PERÍODO DE 2008 A 2011
 
DSTs
DSTsDSTs
DSTs
 
8 projeto saúde, nosso bem maior
8 projeto saúde, nosso bem maior8 projeto saúde, nosso bem maior
8 projeto saúde, nosso bem maior
 
EPIDEMIOLOGIA
EPIDEMIOLOGIAEPIDEMIOLOGIA
EPIDEMIOLOGIA
 
AIDS vamos multiplicar o conhecimento mais rápido que o vírus.
AIDS vamos multiplicar o conhecimento mais rápido que o vírus.AIDS vamos multiplicar o conhecimento mais rápido que o vírus.
AIDS vamos multiplicar o conhecimento mais rápido que o vírus.
 
Aula 8 epidemiologia das doenças e agravos não transmissíveis
Aula 8   epidemiologia das doenças e agravos não transmissíveisAula 8   epidemiologia das doenças e agravos não transmissíveis
Aula 8 epidemiologia das doenças e agravos não transmissíveis
 
Epidemiologia e saúde pública
Epidemiologia e saúde públicaEpidemiologia e saúde pública
Epidemiologia e saúde pública
 
Indicadores de saúde
Indicadores de saúdeIndicadores de saúde
Indicadores de saúde
 
Turma 3002
Turma 3002Turma 3002
Turma 3002
 
Revisão epidemiologia
Revisão epidemiologiaRevisão epidemiologia
Revisão epidemiologia
 
Epidemiologia
EpidemiologiaEpidemiologia
Epidemiologia
 
Ciências métodos anticoncepcionais-dorilêo de pina-nathalia benicia e thali...
Ciências   métodos anticoncepcionais-dorilêo de pina-nathalia benicia e thali...Ciências   métodos anticoncepcionais-dorilêo de pina-nathalia benicia e thali...
Ciências métodos anticoncepcionais-dorilêo de pina-nathalia benicia e thali...
 
Cartilha de DST
Cartilha de  DST Cartilha de  DST
Cartilha de DST
 
Caso clinico e.s.f hiv na gestaçâo.
Caso clinico e.s.f hiv na gestaçâo.Caso clinico e.s.f hiv na gestaçâo.
Caso clinico e.s.f hiv na gestaçâo.
 
Sexualidade Na Adolescência
Sexualidade Na AdolescênciaSexualidade Na Adolescência
Sexualidade Na Adolescência
 
introduçao epidemio
 introduçao epidemio introduçao epidemio
introduçao epidemio
 
Epidemiologia descritiva
Epidemiologia descritivaEpidemiologia descritiva
Epidemiologia descritiva
 
Vigilância Epidemiológica e o Uso da Epidemiologia
Vigilância Epidemiológica e o Uso da Epidemiologia Vigilância Epidemiológica e o Uso da Epidemiologia
Vigilância Epidemiológica e o Uso da Epidemiologia
 

Destaque

Destaque (7)

Tetanos
TetanosTetanos
Tetanos
 
Cuidado del niño
Cuidado del niñoCuidado del niño
Cuidado del niño
 
Difteria
Difteria Difteria
Difteria
 
PROCEDIMENTOS DE ENFERMAGEM
PROCEDIMENTOS DE ENFERMAGEMPROCEDIMENTOS DE ENFERMAGEM
PROCEDIMENTOS DE ENFERMAGEM
 
La enfermera en la Edad Media
La enfermera en la Edad MediaLa enfermera en la Edad Media
La enfermera en la Edad Media
 
Difteria
DifteriaDifteria
Difteria
 
Provas Comentadas Cespe de Direito Previdenciario p/ INSS
Provas Comentadas Cespe de Direito Previdenciario p/ INSSProvas Comentadas Cespe de Direito Previdenciario p/ INSS
Provas Comentadas Cespe de Direito Previdenciario p/ INSS
 

Semelhante a 1027 3133-2-pb

Apostila dst eps dr.jefferson oliveira
Apostila dst eps dr.jefferson oliveiraApostila dst eps dr.jefferson oliveira
Apostila dst eps dr.jefferson oliveiradrjeffersontst
 
Sociedade tecnologia e ciência doenças contagiosas
Sociedade tecnologia e ciência doenças contagiosasSociedade tecnologia e ciência doenças contagiosas
Sociedade tecnologia e ciência doenças contagiosasstcnsaidjv
 
Marcos gabrielo-8ºc-trabalho de sexualidade
Marcos gabrielo-8ºc-trabalho de sexualidadeMarcos gabrielo-8ºc-trabalho de sexualidade
Marcos gabrielo-8ºc-trabalho de sexualidadeoitavocprado
 
Infecção pelo HIV/aids: uma doença crônica e tratável - 2007
Infecção pelo HIV/aids: uma doença crônica e tratável - 2007Infecção pelo HIV/aids: uma doença crônica e tratável - 2007
Infecção pelo HIV/aids: uma doença crônica e tratável - 2007Alexandre Naime Barbosa
 
Ascensão das dst entre os jovens
Ascensão das dst entre os jovensAscensão das dst entre os jovens
Ascensão das dst entre os jovensIsabelle Santos
 
Sexualidade na-adolescncia1-1232369927059987-2
Sexualidade na-adolescncia1-1232369927059987-2Sexualidade na-adolescncia1-1232369927059987-2
Sexualidade na-adolescncia1-1232369927059987-2Elson Gomes
 
Doenças sexualmente transmissíveis
Doenças sexualmente transmissíveisDoenças sexualmente transmissíveis
Doenças sexualmente transmissíveisMarina
 
1188746976 saude reprodutiva-doencas_infecciosas_e_gravidez_orientacoes_tecni...
1188746976 saude reprodutiva-doencas_infecciosas_e_gravidez_orientacoes_tecni...1188746976 saude reprodutiva-doencas_infecciosas_e_gravidez_orientacoes_tecni...
1188746976 saude reprodutiva-doencas_infecciosas_e_gravidez_orientacoes_tecni...Pelo Siro
 
Trabalho sobre campanhas públicas - POLIOMIELITE
Trabalho sobre campanhas públicas - POLIOMIELITETrabalho sobre campanhas públicas - POLIOMIELITE
Trabalho sobre campanhas públicas - POLIOMIELITEDanone
 
SOCIOLOGIA DOENÇAS SEXUALMENTE TRANSMISSIVEIS
SOCIOLOGIA DOENÇAS SEXUALMENTE TRANSMISSIVEISSOCIOLOGIA DOENÇAS SEXUALMENTE TRANSMISSIVEIS
SOCIOLOGIA DOENÇAS SEXUALMENTE TRANSMISSIVEISJonathan Coelho
 
Manual pediatria; Normas da ANVISA para controle de infecção hospitalar em Pe...
Manual pediatria; Normas da ANVISA para controle de infecção hospitalar em Pe...Manual pediatria; Normas da ANVISA para controle de infecção hospitalar em Pe...
Manual pediatria; Normas da ANVISA para controle de infecção hospitalar em Pe...João Antônio Granzotti
 
Trabalho de pesquisa SIDA biologia 12º ano
Trabalho de pesquisa SIDA biologia 12º anoTrabalho de pesquisa SIDA biologia 12º ano
Trabalho de pesquisa SIDA biologia 12º anoFilipaFonseca
 
OBJECTIVOS DO PAV-TOE-4.pptx
OBJECTIVOS DO PAV-TOE-4.pptxOBJECTIVOS DO PAV-TOE-4.pptx
OBJECTIVOS DO PAV-TOE-4.pptxMarcosErnestoCome
 
Guia de-vigilancia-em-saude-2017-volume-2
Guia de-vigilancia-em-saude-2017-volume-2Guia de-vigilancia-em-saude-2017-volume-2
Guia de-vigilancia-em-saude-2017-volume-2helonasc
 

Semelhante a 1027 3133-2-pb (20)

Apostila dst eps dr.jefferson oliveira
Apostila dst eps dr.jefferson oliveiraApostila dst eps dr.jefferson oliveira
Apostila dst eps dr.jefferson oliveira
 
Sida nascimento
Sida nascimentoSida nascimento
Sida nascimento
 
Sociedade tecnologia e ciência doenças contagiosas
Sociedade tecnologia e ciência doenças contagiosasSociedade tecnologia e ciência doenças contagiosas
Sociedade tecnologia e ciência doenças contagiosas
 
Marcos gabrielo-8ºc-trabalho de sexualidade
Marcos gabrielo-8ºc-trabalho de sexualidadeMarcos gabrielo-8ºc-trabalho de sexualidade
Marcos gabrielo-8ºc-trabalho de sexualidade
 
Infecção pelo HIV/aids: uma doença crônica e tratável - 2007
Infecção pelo HIV/aids: uma doença crônica e tratável - 2007Infecção pelo HIV/aids: uma doença crônica e tratável - 2007
Infecção pelo HIV/aids: uma doença crônica e tratável - 2007
 
Ascensão das dst entre os jovens
Ascensão das dst entre os jovensAscensão das dst entre os jovens
Ascensão das dst entre os jovens
 
Sexualidade na-adolescncia1-1232369927059987-2
Sexualidade na-adolescncia1-1232369927059987-2Sexualidade na-adolescncia1-1232369927059987-2
Sexualidade na-adolescncia1-1232369927059987-2
 
Guia de vacinas
Guia de vacinasGuia de vacinas
Guia de vacinas
 
EPIDEMIOLOGIA - Copia.pdf
EPIDEMIOLOGIA - Copia.pdfEPIDEMIOLOGIA - Copia.pdf
EPIDEMIOLOGIA - Copia.pdf
 
Doenças sexualmente transmissíveis
Doenças sexualmente transmissíveisDoenças sexualmente transmissíveis
Doenças sexualmente transmissíveis
 
1188746976 saude reprodutiva-doencas_infecciosas_e_gravidez_orientacoes_tecni...
1188746976 saude reprodutiva-doencas_infecciosas_e_gravidez_orientacoes_tecni...1188746976 saude reprodutiva-doencas_infecciosas_e_gravidez_orientacoes_tecni...
1188746976 saude reprodutiva-doencas_infecciosas_e_gravidez_orientacoes_tecni...
 
Trabalho sobre campanhas públicas - POLIOMIELITE
Trabalho sobre campanhas públicas - POLIOMIELITETrabalho sobre campanhas públicas - POLIOMIELITE
Trabalho sobre campanhas públicas - POLIOMIELITE
 
SOCIOLOGIA DOENÇAS SEXUALMENTE TRANSMISSIVEIS
SOCIOLOGIA DOENÇAS SEXUALMENTE TRANSMISSIVEISSOCIOLOGIA DOENÇAS SEXUALMENTE TRANSMISSIVEIS
SOCIOLOGIA DOENÇAS SEXUALMENTE TRANSMISSIVEIS
 
Manual pediatria; Normas da ANVISA para controle de infecção hospitalar em Pe...
Manual pediatria; Normas da ANVISA para controle de infecção hospitalar em Pe...Manual pediatria; Normas da ANVISA para controle de infecção hospitalar em Pe...
Manual pediatria; Normas da ANVISA para controle de infecção hospitalar em Pe...
 
Sida
SidaSida
Sida
 
Doenças Infecciosas em idosos
Doenças Infecciosas em idososDoenças Infecciosas em idosos
Doenças Infecciosas em idosos
 
Trabalho de pesquisa SIDA biologia 12º ano
Trabalho de pesquisa SIDA biologia 12º anoTrabalho de pesquisa SIDA biologia 12º ano
Trabalho de pesquisa SIDA biologia 12º ano
 
OBJECTIVOS DO PAV-TOE-4.pptx
OBJECTIVOS DO PAV-TOE-4.pptxOBJECTIVOS DO PAV-TOE-4.pptx
OBJECTIVOS DO PAV-TOE-4.pptx
 
Guia de-vigilancia-em-saude-2017-volume-2
Guia de-vigilancia-em-saude-2017-volume-2Guia de-vigilancia-em-saude-2017-volume-2
Guia de-vigilancia-em-saude-2017-volume-2
 
Gravidez e VIH / SIDA
Gravidez e  VIH / SIDAGravidez e  VIH / SIDA
Gravidez e VIH / SIDA
 

Último

Música Meu Abrigo - Texto e atividade
Música   Meu   Abrigo  -   Texto e atividadeMúsica   Meu   Abrigo  -   Texto e atividade
Música Meu Abrigo - Texto e atividadeMary Alvarenga
 
1.ª Fase do Modernismo Brasileira - Contexto histórico, autores e obras.
1.ª Fase do Modernismo Brasileira - Contexto histórico, autores e obras.1.ª Fase do Modernismo Brasileira - Contexto histórico, autores e obras.
1.ª Fase do Modernismo Brasileira - Contexto histórico, autores e obras.MrPitobaldo
 
Slide língua portuguesa português 8 ano.pptx
Slide língua portuguesa português 8 ano.pptxSlide língua portuguesa português 8 ano.pptx
Slide língua portuguesa português 8 ano.pptxssuserf54fa01
 
AULA SOBRE AMERICA LATINA E ANGLO SAXONICA.pptx
AULA SOBRE AMERICA LATINA E ANGLO SAXONICA.pptxAULA SOBRE AMERICA LATINA E ANGLO SAXONICA.pptx
AULA SOBRE AMERICA LATINA E ANGLO SAXONICA.pptxLaurindo6
 
D9 RECONHECER GENERO DISCURSIVO SPA.pptx
D9 RECONHECER GENERO DISCURSIVO SPA.pptxD9 RECONHECER GENERO DISCURSIVO SPA.pptx
D9 RECONHECER GENERO DISCURSIVO SPA.pptxRonys4
 
AD2 DIDÁTICA.KARINEROZA.SHAYANNE.BINC.ROBERTA.pptx
AD2 DIDÁTICA.KARINEROZA.SHAYANNE.BINC.ROBERTA.pptxAD2 DIDÁTICA.KARINEROZA.SHAYANNE.BINC.ROBERTA.pptx
AD2 DIDÁTICA.KARINEROZA.SHAYANNE.BINC.ROBERTA.pptxkarinedarozabatista
 
GÊNERO TEXTUAL - TIRINHAS - Charges - Cartum
GÊNERO TEXTUAL - TIRINHAS - Charges - CartumGÊNERO TEXTUAL - TIRINHAS - Charges - Cartum
GÊNERO TEXTUAL - TIRINHAS - Charges - CartumAugusto Costa
 
Manual da CPSA_1_Agir com Autonomia para envio
Manual da CPSA_1_Agir com Autonomia para envioManual da CPSA_1_Agir com Autonomia para envio
Manual da CPSA_1_Agir com Autonomia para envioManuais Formação
 
Bullying - Atividade com caça- palavras
Bullying   - Atividade com  caça- palavrasBullying   - Atividade com  caça- palavras
Bullying - Atividade com caça- palavrasMary Alvarenga
 
“Sobrou pra mim” - Conto de Ruth Rocha.pptx
“Sobrou pra mim” - Conto de Ruth Rocha.pptx“Sobrou pra mim” - Conto de Ruth Rocha.pptx
“Sobrou pra mim” - Conto de Ruth Rocha.pptxthaisamaral9365923
 
A Arte de Escrever Poemas - Dia das Mães
A Arte de Escrever Poemas - Dia das MãesA Arte de Escrever Poemas - Dia das Mães
A Arte de Escrever Poemas - Dia das MãesMary Alvarenga
 
William J. Bennett - O livro das virtudes para Crianças.pdf
William J. Bennett - O livro das virtudes para Crianças.pdfWilliam J. Bennett - O livro das virtudes para Crianças.pdf
William J. Bennett - O livro das virtudes para Crianças.pdfAdrianaCunha84
 
activIDADES CUENTO lobo esta CUENTO CUARTO GRADO
activIDADES CUENTO  lobo esta  CUENTO CUARTO GRADOactivIDADES CUENTO  lobo esta  CUENTO CUARTO GRADO
activIDADES CUENTO lobo esta CUENTO CUARTO GRADOcarolinacespedes23
 
Bullying - Texto e cruzadinha
Bullying        -     Texto e cruzadinhaBullying        -     Texto e cruzadinha
Bullying - Texto e cruzadinhaMary Alvarenga
 
Nova BNCC Atualizada para novas pesquisas
Nova BNCC Atualizada para novas pesquisasNova BNCC Atualizada para novas pesquisas
Nova BNCC Atualizada para novas pesquisasraveccavp
 
LEMBRANDO A MORTE E CELEBRANDO A RESSUREIÇÃO
LEMBRANDO A MORTE E CELEBRANDO A RESSUREIÇÃOLEMBRANDO A MORTE E CELEBRANDO A RESSUREIÇÃO
LEMBRANDO A MORTE E CELEBRANDO A RESSUREIÇÃOColégio Santa Teresinha
 
UFCD_10392_Intervenção em populações de risco_índice .pdf
UFCD_10392_Intervenção em populações de risco_índice .pdfUFCD_10392_Intervenção em populações de risco_índice .pdf
UFCD_10392_Intervenção em populações de risco_índice .pdfManuais Formação
 
Literatura Brasileira - escolas literárias.ppt
Literatura Brasileira - escolas literárias.pptLiteratura Brasileira - escolas literárias.ppt
Literatura Brasileira - escolas literárias.pptMaiteFerreira4
 
Gerenciando a Aprendizagem Organizacional
Gerenciando a Aprendizagem OrganizacionalGerenciando a Aprendizagem Organizacional
Gerenciando a Aprendizagem OrganizacionalJacqueline Cerqueira
 

Último (20)

Música Meu Abrigo - Texto e atividade
Música   Meu   Abrigo  -   Texto e atividadeMúsica   Meu   Abrigo  -   Texto e atividade
Música Meu Abrigo - Texto e atividade
 
1.ª Fase do Modernismo Brasileira - Contexto histórico, autores e obras.
1.ª Fase do Modernismo Brasileira - Contexto histórico, autores e obras.1.ª Fase do Modernismo Brasileira - Contexto histórico, autores e obras.
1.ª Fase do Modernismo Brasileira - Contexto histórico, autores e obras.
 
Slide língua portuguesa português 8 ano.pptx
Slide língua portuguesa português 8 ano.pptxSlide língua portuguesa português 8 ano.pptx
Slide língua portuguesa português 8 ano.pptx
 
Orientação Técnico-Pedagógica EMBcae Nº 001, de 16 de abril de 2024
Orientação Técnico-Pedagógica EMBcae Nº 001, de 16 de abril de 2024Orientação Técnico-Pedagógica EMBcae Nº 001, de 16 de abril de 2024
Orientação Técnico-Pedagógica EMBcae Nº 001, de 16 de abril de 2024
 
AULA SOBRE AMERICA LATINA E ANGLO SAXONICA.pptx
AULA SOBRE AMERICA LATINA E ANGLO SAXONICA.pptxAULA SOBRE AMERICA LATINA E ANGLO SAXONICA.pptx
AULA SOBRE AMERICA LATINA E ANGLO SAXONICA.pptx
 
D9 RECONHECER GENERO DISCURSIVO SPA.pptx
D9 RECONHECER GENERO DISCURSIVO SPA.pptxD9 RECONHECER GENERO DISCURSIVO SPA.pptx
D9 RECONHECER GENERO DISCURSIVO SPA.pptx
 
AD2 DIDÁTICA.KARINEROZA.SHAYANNE.BINC.ROBERTA.pptx
AD2 DIDÁTICA.KARINEROZA.SHAYANNE.BINC.ROBERTA.pptxAD2 DIDÁTICA.KARINEROZA.SHAYANNE.BINC.ROBERTA.pptx
AD2 DIDÁTICA.KARINEROZA.SHAYANNE.BINC.ROBERTA.pptx
 
GÊNERO TEXTUAL - TIRINHAS - Charges - Cartum
GÊNERO TEXTUAL - TIRINHAS - Charges - CartumGÊNERO TEXTUAL - TIRINHAS - Charges - Cartum
GÊNERO TEXTUAL - TIRINHAS - Charges - Cartum
 
Manual da CPSA_1_Agir com Autonomia para envio
Manual da CPSA_1_Agir com Autonomia para envioManual da CPSA_1_Agir com Autonomia para envio
Manual da CPSA_1_Agir com Autonomia para envio
 
Bullying - Atividade com caça- palavras
Bullying   - Atividade com  caça- palavrasBullying   - Atividade com  caça- palavras
Bullying - Atividade com caça- palavras
 
“Sobrou pra mim” - Conto de Ruth Rocha.pptx
“Sobrou pra mim” - Conto de Ruth Rocha.pptx“Sobrou pra mim” - Conto de Ruth Rocha.pptx
“Sobrou pra mim” - Conto de Ruth Rocha.pptx
 
A Arte de Escrever Poemas - Dia das Mães
A Arte de Escrever Poemas - Dia das MãesA Arte de Escrever Poemas - Dia das Mães
A Arte de Escrever Poemas - Dia das Mães
 
William J. Bennett - O livro das virtudes para Crianças.pdf
William J. Bennett - O livro das virtudes para Crianças.pdfWilliam J. Bennett - O livro das virtudes para Crianças.pdf
William J. Bennett - O livro das virtudes para Crianças.pdf
 
activIDADES CUENTO lobo esta CUENTO CUARTO GRADO
activIDADES CUENTO  lobo esta  CUENTO CUARTO GRADOactivIDADES CUENTO  lobo esta  CUENTO CUARTO GRADO
activIDADES CUENTO lobo esta CUENTO CUARTO GRADO
 
Bullying - Texto e cruzadinha
Bullying        -     Texto e cruzadinhaBullying        -     Texto e cruzadinha
Bullying - Texto e cruzadinha
 
Nova BNCC Atualizada para novas pesquisas
Nova BNCC Atualizada para novas pesquisasNova BNCC Atualizada para novas pesquisas
Nova BNCC Atualizada para novas pesquisas
 
LEMBRANDO A MORTE E CELEBRANDO A RESSUREIÇÃO
LEMBRANDO A MORTE E CELEBRANDO A RESSUREIÇÃOLEMBRANDO A MORTE E CELEBRANDO A RESSUREIÇÃO
LEMBRANDO A MORTE E CELEBRANDO A RESSUREIÇÃO
 
UFCD_10392_Intervenção em populações de risco_índice .pdf
UFCD_10392_Intervenção em populações de risco_índice .pdfUFCD_10392_Intervenção em populações de risco_índice .pdf
UFCD_10392_Intervenção em populações de risco_índice .pdf
 
Literatura Brasileira - escolas literárias.ppt
Literatura Brasileira - escolas literárias.pptLiteratura Brasileira - escolas literárias.ppt
Literatura Brasileira - escolas literárias.ppt
 
Gerenciando a Aprendizagem Organizacional
Gerenciando a Aprendizagem OrganizacionalGerenciando a Aprendizagem Organizacional
Gerenciando a Aprendizagem Organizacional
 

1027 3133-2-pb

  • 1. SÍFILIS: UMA REALIDADE PREVENÍVEL. SUA ERRADICAÇÃO, UM DESAFIO ATUAL RESUMO: Um dos grandes problemas de saúde na contemporaneidade é o elevado índice das Doenças Sexualmente Transmissíveis, o que vem acarre- tando grande motivo de preocupação na área da saúde. Quando se fala em patologias provindas desta via de transmissão, muitos se ressalvam, primor- dialmente, da Imunodeficiência Adquirida, devido ao seu maior impacto so- cial. No entanto, a Sífilis vem ganhando destaque num linear internacional. Atualmente a Sífilis congênita infecta mais criança por transmissão vertical pelo Treponema Pallidum do que o próprio Vírus da Imunodeficiência Hu- mana tão temida pela população, isto por ser consequência da Sífilis adquiri- da não tratada no período gestacional. A relevância deste estudo é ressaltar a necessidade em conhecer os predisponentes que levam o indivíduo a adquirir a Sífilis e acrescentar diferentes conhecimentos que possam servir de parâ- metro para sua prevenção. Trata de uma revisão bibliográfica que teve como dados secundários livros, sites e revistas científicas. Esta pesquisa tem como objetivo geral enfatizar a importância da prevenção como ação primordial na erradicação da Sífilis e como objetivos específicos, abordar de maneira sindrômica a caracterização da Sífilis com seus respectivos estágios e mani- festações e enfatizar a Sífilis congênita e o papel da equipe multidisciplinar na atenção primária. Contudo, é possível notar que a Sífilis é uma patologia que, como relata o velho paradigma do senso comum, “é melhor prevenir do que remediar”. Então, desta forma, é possível vencer o desafio e alcançar a sua erradicação. PALAVRAS- CHAVE: Treponema Pallidum; Sífilis; Sífilis Congênita; Preven- ção. Syphilis: A PREVENTABLE REALITY. ITS ERADICATION, A CURRENT CHALLENGE ABSTRACT: One of the major health problems in contemporary society is the high rate of sexually transmitted diseases, which is causing great concern on health. When it comes to diseases that have their origins linked to this route of transmission, many people protect themselves primarily from AIDS, due to its greatest social impact. However, Syphilis has been gaining promi- nence of international dimension. Nowadays, congenital Syphilis infects more children by vertical transmission of the Treponema Pallidum than the Human Immunodeficiency Virus, so feared by the population, being a conse- quence of the lack of treatment for acquired Syphilis during pregnancy. The relevance of this study is to emphasize the need to meet the leading factors that predispose the individual to acquire Syphilis and to add different knowl- edge that can serve as a parameter to its prevention. It deals with a literature review that collected secondary data from books, websites and journals. The general goal of this research is to emphasize the importance of prevention as a primary action on the eradication of Syphilis. The specific goals are to per- form a syndromic approach to the characterization of Syphilis with its stages and manifestations and to emphasize congenital Syphilis and the role of the Vanessa Cruz Santos Discente de Enfermagem na Faculdade de Tecnolo- gia e Ciência - FTC. E-mail: autoraautoria@hotmail. com Karla Ferraz dos Anjos Discente de Enfermagem na Faculdade de Tecnolo- gia e Ciência - FTC. E-mail: autoraautoria@hotmail. com
  • 2. Revista Saúde e Pesquisa, v. 2, n. 2, p. 257-263, mai./ago. 2009 - ISSN 1983-1870 258 Status Antioxidante, Diabetes Mellitus II e Aterosclerose multidisciplinary team in primary care. However, it is noticeable that Syphilis is a disease that can be described by the old paradigm of common sense: "pre- vention is better than cure”. This way, it is possible to win the challenge and to achieve its eradication. KEYWORDS: Treponema Pallidum; Syphilis; Congenital Syphilis; Preven- tion. INTRODUÇÃO Atualmente, a alta incidência das Doença Sexualmen- te Transmissíveis tem se tornado grande problema de saúde pública. Vale refletir que estamos em pleno terceiro milênio, vivendo num mundo globalizado com avanços e descobertas acontecendo constantemente na área da saúde. Consideran- do a Sífilis dentro deste parâmetro, notamos um visível des- conexo, pois um dos problemas que necessita do mínimo de sofisticação tecnológica é motivo de preocupação na saúde do Brasil. A Sífilis não tratada ou tratada de maneira ineficaz no es- tado do estado gestacional pode acarretar a manifestação da Sífilis Congênita, e esta tem como vítima os fetos. Além disso, é a que ocasiona as maiores sequelas, bem como maior índice de óbito fetal e de recém nascidos. Conforme os fundamentos científicos, ao ser acometido pela Sífilis, os indivíduos podem não se curar desta, mesmo após seu tratamento, permanecendo o vírus em estado de la- tência. Então, é viável enfatizar a necessidade em discorrer por meio de estudos a relevância em aprofundar a ideologia que vise a prevenção como proposta de tratamento primordial à sociedade, no intuito de promover meios alternativos que não seja apenas o tratamento farmacológico após a patologia ins- talada, mas também a prevenção como promoção à saúde dos indivíduos susceptíveis. Os profissionais da área da saúde têm participação impor- tante em ser um veículo de informações baseadas na atenção primária, que inclua as Doença Sexualmente Transmissíveis, promovendo, assim, ações nas quais incluam novas formas, não utilizando de fórmulas igualitárias para “as sociedades”. É preciso suscitar a compreensão de que os custos e benefícios da prevenção da Sífilis se tornam mais favoráveis do que o tra- tamento, pois esta é uma oportunidade que os cofres públicos têm de remanejar as verbas para outros setores da saúde com novos investimentos. Esta pesquisa tem como objetivo geral enfatizar a impor- tância da prevenção como ação primordial na erradicação da Sífilis e como objetivos específicos abordar de maneira sindrô- mica a caracterização da Sífilis com seus respectivos estágios e manifestações e enfatizar a Sífilis Congênita e o papel da equipe multidisciplinar na atenção primária. Este trabalho quanto aos procedimentos técnico-científi- cos se classifica como revisão de literatura, pois foi desenvolvi- da tentando explicar os problemas utilizando o conhecimento disponível a partir das teorias publicadas em livros ou obras congêneres, conhecendo e analisando as principais contribui- ções teóricas existentes sobre a temática (KOCHE, 1997, p. 122). A coleta de dados para a realização deste se deu por meio da WEB, na qual considerou-se a inclusão de artigos publica- dos em periódicos da área da saúde e sociais, no período de 1999 a 2009, sendo lidos 24 artigos, dissertações e teses, dos quais foram selecionados 17 das seguintes revistas: Scientia Médica, Scielo, Brasileira de Dermatologia, dentre outras. 7 livros publicados no intervalo de 1997 a 2005 foram lidos, dentre os quais 5 foram selecionados. 2 REVISÃO DE LITERATURA 2.1 Sífilis Muitas pessoas têm a concepção de que a Sífilis (SF) é ape- nas uma Doença Sexualmente Transmissível (DST). Até em algumas escritas é possível perceber na conceituação do autor com essa abordagem. No entanto, esta não é transmitida ape- nas pelo contato sexual ou de forma congênita. É uma doença infecciosa aguda e crônica, causada pela es- piroqueta Treponema Pallidum (T. Pallidum), adquirida pelo contato sexual e de origem congênita (SMELTZER; BARE, 2005, p. 2256). Pode ocorrer também por contato com lesões mucocutâneas ricas em treponemas, por meio de transfusão de sangue contaminado, via transplacentária. O risco de o parceiro passar a bactéria por meio do ato sexual é estimado em torno de 60% (SARACENI, 2005). 2.1.1 Estágios e manifestações Suas manifestações estão interligadas com os estágios da SF, que se diferenciam a depender do tempo da infecção, e es- tão classificados em primária, secundária e terciária, também chamada de tardia. 2.1.2 Sífilis Primária A lesão específica da Sífilis é o cancro duro ou protossifi- loma, que surge no local da inoculação após a infecção, isto em torno de três semanas, surge inicialmente uma pápula de cor rósea, que evolui para um vermelho mais intenso e exul- ceração, geralmente é único, indolor, praticamente sem ma- nifestações inflamatórias perilesionais, as bordas induradas descem suavemente até um fundo liso e limpo, recoberto por material seroso. Após uma ou duas semanas aparece uma re- ação ganglionar regional múltipla e bilateral, não supurativa, de nódulos duros e indolor. Localiza-se na região genital em 90% a 95% dos casos. No homem é mais comum no sulco balanoprepucial, prepúcio, meato uretral ou mais raramente intra-uretral (AVELLEIRA; BOTTINO, 2006, p. 111-126), conforme a Figura 1.
  • 3. 259Santos e Anjos Revista Saúde e Pesquisa, v. 2, n. 2, p. 257-263, mai./ago. 2009 - ISSN 1983-1870 Figura 1 Sífilis Primária em órgão masculino – cancro duro Fonte: Hirschfeld (2009) No sexo feminino, as lesões podem ocorrer no interior do trato genital, o que as torna difíceis de serem notadas, ou ainda nas partes externas, notadamente nos grandes e peque- nos lábios ou na fúrcula (SARACENI, 2005) de acordo com a Figura 2. Figura 2 Sífilis Primária em órgão feminino com ulceração Fonte: Hirschfeld (2009) 2.1.3 Sífilis Secundária Geralmente se inicia entre quatro e oito semanas após a lesão primária. Em muitos dos casos o paciente não se lembra de ter tido lesão primária. Por outro lado, em um quarto dos casos de SF secundária a lesão primária ainda está presente. Isto pelo fato de que o cancro primário pode surgir de 7 a 90 dias após o contágio sexual. Os sintomas gerais do secun- darismo luético mais relatados são: mal-estar, cefaleia, dor nos olhos, dor óssea, artralgia, meningismo, irite e rouqui- dão, exantema no corpo e face, conforme Figura 3, na região palmar; linfadenopatia, cancro primário residual, condiloma plano, hepatoesplenomegalia, placas mucosas e alopecia (OLI- VEIRA et al., 2007). Figura 3 Sífilis Secundária na região facial. Fonte: Aveleira e Bottino (2006) 2.1.4 Sífilis Terciária Também conhecida como tardia, é o resultado final na história natural da doença. Estima-se que entre 20 e 40% dos infectados não exibem este nível do quadro patológico, nem tais achados clínicos. Apresenta-se como uma doença inflama- tória lentamente progressiva e nesse estágio tem um grande potencial de evoluir e afetar múltiplos órgãos. As manifesta- ções mais comuns são: aortite, neurosSífilis, psicose, paresia, acidente vascular cerebral ou meningite (SMELTZER; BARE, 2002, p. 1808), explícito na Figura 4. Algumas pessoas não têm conhecimento de que a doença está instalada, pois exis- tem casos em que o teste sanguíneo apresenta-se negativo mes- mo quando portador da bactéria. Figura 4- Sífilis Terciária na face Fonte: Diapositivos de Doenças Transmissíveis (BRASIL, 2009) 2.2 Sífilis Congênita “É transmitida de uma mãe doente para seu filho não nascido através da placenta. Quase sempre, isto se resulta em aborto espontâneo ou natimorto” (MILLER, 2003, p. 1102). A Sífilis Congênita (SC) é o resultado da disseminação hema- togênica do T. Pallidum da gestante infectada que não tenha recebido tratamento ou que o recebeu de maneira inadequa- da para o concepto por via transplacentária, sendo conhecida como transmissão vertical. Os principais fatores que determi- nam a probabilidade de transmissão vertical são o estágio da doença na mãe e a duração de exposição do feto no útero, sendo maior nas fases iniciais devido ao maior número de es- piroquetas na circulação (AVELLEIRA; BOTTINO, 2006). A contaminação pode ocorrer também no momento do parto, no período expulsivo. A prevenção para a SC começa com o tratamento antes mesmo do nascimento do bebê. É no período gravídico que esta deve ser tratada o mais precoce possível. 2.2.1 Estágios e manifestações clínicas A depender do tipo das manifestações, que pode ser pre- coce ou tardia, os sinais e sintomas se diferenciam, além de ter a possibilidade de permanecer assintomática por muito tempo. 2.2.2 Sífilis Congênita precoce
  • 4. Revista Saúde e Pesquisa, v. 2, n. 2, p. 257-263, mai./ago. 2009 - ISSN 1983-1870 260 Status Antioxidante, Diabetes Mellitus II e Aterosclerose Além de gerar a prematuridade e baixo peso ao nascimen- to, suas principais características são: hepatomegalia com ou sem esplenomegalia, demonstrado na Figura 5, lesões cutâne- as como o pênfigopalmo-plantar e condiloma plano, periostite ou osteíte ou osteocondrite, pseudoparalisia dos membros, sofrimento respiratório com ou sem pneumonia, rinite sero- sanguinolenta, icterícia, anemia e linfadenopatia generalizada, principalmente a epitroclear (BRASIL, 2005, p.10-11). Figura 5 Sífilis Congênita precoce: Bebê com Hepatoesplenomega- lia Fonte: Prefeitura Municipal de São Carlos (2007) 2.2.3 Sífilis Congênita tardia Surge após o segundo ano de vida e o diagnóstico deve ser estabelecido por critérios epidemiológicos, clínicos e labora- toriais, atentando-se para a possibilidade de a criança ter sido exposta ao T. Pallidum por meio de exposição sexual. As prin- cipais características incluem: tíbia em “Lâmina de Sabre”, articulações de Clutton, fronte “olímpica”, nariz “em sela”, dentes incisivos medianos superiores deformados (dentes de Hutchinson), molares em “amora”, rágades periorais, mandí- bula curta, arco palatino elevado, ceratite intersticial, surdez neurológica e dificuldade no aprendizado (BRASIL, 2005, p. 10) 2.3 PREVENÇÃO E TRATAMENTO DA Sífilis E Sífilis Congênita Ao começar trabalhar com a prevenção da Sífilis, é neces- sário refletir sobre o seu modo de transmissão, promovendo ações que incluam antes do tratamento medicamentoso o pre- ventivo. Contudo, se a infecção estiver instalada na gestante, inicia-se outro tipo de prevenção, para evitar a transmissão da mãe para o feto. O intuito do controle da SF é a interrupção da cadeia de transmissão e a prevenção de novos casos, evitando que a doença se propague. No entanto, é necessário a detecção e um tratamento individualizado precoce e adequado para cada cliente. A introdução do teste rápido em parceiros de pacien- tes ou de gestantes poderá ser muito importante (AVELLEI- RA; BOTTINO, 2006). Para prevenir a SC, todas as gestantes deverão realizar o teste para a Sífilis durante os meses iniciais da gravidez. Para prevenir as infecções do feto é preciso antes do quinto mês começar o tratamento, pois quanto mais precoce, maior será a probabilidade de a criança nascer saudável. Se a criança nascer com Sífilis, o tratamento imediato pode ser eficaz, com menor chance de complicações, isto se a doença não progrediu muito (MILLER, 2003, p. 1102). O que acontece em parte da sociedade, sendo de certa for- ma prejudicial, são as condutas tomadas pelo companheiro, como o uso do mecanismo de deslocamento, em apontar a mulher como culpada, pois é em seu útero que está o concep- to e é lá que se dá a transmissão vertical. Lembrando-se que o parceiro vem sendo apontado como o maior vetor desta, e que o mesmo, em grande parte dos casos, não se trata jun- to com sua companheira, ocorrendo a reinfecção da mesma, consequentemente acarretando danos cada vez em maior es- cala para o feto. No Brasil, é pequeno o número de parceiros de gestantes com SF que comparecem aos serviços para realizar o trata- mento. Isto deve-se ao fato de que grande parte da sociedade é preconceituosa e machista, na qual tanto a gravidez e a cria- ção dos filhos são de responsabilidade exclusiva das mulheres, o que contribui para o aumento deste quadro negativo. Por isso, torna-se necessário uma atitude mais firme dos gestores e trabalhadores de saúde para captação destes parceiros, bem como a extensão da assistência do pré-natal para estes, como estratégia no combate à transmissão vertical, sugerindo, inclu- sive, que o mesmo faça de rotina os seguintes testes: VDRL, Hepatite B e C e sorologia HIV (OLIVEIRA; LOPES, 2008). Se pensarmos em prevenção de maneira global, não res- tringindo a um grupo específico, é aconselhável o uso de pre- servativos nas relações sexuais, bem como o uso do papel filme quando forem praticar o sexo oral-genital, reduzir o número de parceiros sexuais, realizar diagnóstico precoce em mulheres em idade fértil. Várias foram as drogas utilizadas na tentativa de tratar a Sífilis, como o mercúrio, arsênico, bismuto e iodetos. No entanto, mostraram baixa eficácia, toxidade e dificuldades operacionais. Também mostraram pouca eficácia tratamentos que, inspirados na pouca resistência do T. Pallidum ao calor, preconizam o aumento da temperatura corporal por meios físicos como banhos quentes de vapor ou com a inoculação de plasmódios na circulação, chamado de malarioterapia (AVEL- LERA; BOTTINO, 2006), conforme a Figura 6. Figura 6- Sífilis: tratamento - Stufa Sicca Fonte: Avelera e Bottino (2006) O antibiótico preferencial para o tratamento de pacientes
  • 5. 261Santos e Anjos Revista Saúde e Pesquisa, v. 2, n. 2, p. 257-263, mai./ago. 2009 - ISSN 1983-1870 com SF é a penicilina, por mostrar eficácia no tratamento. Consiste na única terapia comprovada e amplamente usada para pacientes com neurosSífilis, com Sífilis Congênita ou com SF durante a gestação. O recém nascido reage a esta me- dicação com mais um sofrimento que atinge a pele (LOW- DERMILK; PERRY; BOBAK, 2002, p. 119). Esta patologia é preocupante devido aos agravos à saúde da população, bem como o maior custo do tratamento devi- do às complicações que se instalam, comparado à prevenção. Tomando como base o elevado número de casos de Sífilis e, consequentemente, Sífilis Congênita, o que se percebe em ter- mos financeiros são maiores gastos para os cofres públicos. Alguns profissionais de saúde têm se preocupado em fazer parte de programas intervencionistas para melhorar a assistên- cia prestada à população que apresenta quadro patológico de SF, embora a prevenção seja o que deve ser priorizado neste contexto. 2.4 EQUIPE MULTIDISCIPLINAR E O DESAFIO DA ERRADICAÇÃO DA SÍFILIS Devido a não existência de “vacinas antisSífilis”, a equi- pe multidisciplinar tem o papel de enfocar a prevenção desta por meio de ações assistenciais, lembrando que é necessário a participação de cada indivíduo como contribuição para que a solução da SF não fique cada vez mais distante. É cabível mencionar a importância da enfermagem e sua ligação posi- tiva neste contexto, pois o planejamento de suas ações para intervir neste quadro trará bons resultados se colocados em prática. Por isso, as informações, as ações, campanhas e quais- quer recursos utilizados em prol desta patologia estão voltados para a prevenção, ou seja: o “antibiótico” da responsabilidade de cada cidadão e suas contribuições é a conscientização de buscarem, juntos, o fim de um mal, melhorando as suas pró- prias condições de saúde. O profissional de enfermagem deve enfatizar que é neces- sário a realização de testes sorológicos a longo prazo mesmo com a ausência de sintomas, recomendando à paciente infec- tada pela SF a abstinência das atividades sexuais até o fim do tratamento e após toda evidência de SF primária e secundária ter desaparecido e ser demonstrada a comprovação sorológica negativa (LOWDERMILK; PERRY; BOBAK, 2002, p. 119). Os países que tiveram sucesso no controle da SF foram aqueles que, além de eficientes medidas de Saúde Pública, tiveram melhoria nas condições gerais de vida da população e no exercício da cidadania. Por isso espera-se que no Brasil ocorram também essas mudanças e, enquanto essas não acon- tecem, os profissionais de saúde devem aumentar os esforços para que os serviços se tornem mais eficientes e organizados, aumentando as opções de acesso. Pequenos avanços nos apro- ximarão do objetivo de controle e até eliminação desse mal que assola a saúde de vários da sociedade, até que não seja mais motivo de vergonha para os brasileiros. Espera-se, ainda, não levar outro meio século para apagar do mapa esta doença, cuja presença é uma evidência da falência do sistema de saúde (RAMOS, 2001). Os profissionais de saúde devem mensurar esforços na ten- tativa de informar às gestantes a importância do pré-natal no sentido de minimizar os riscos e complicações de várias pato- logias que podem ser preveníveis ou tratadas nos primeiros meses de gestação, evitando assim complicações de maiores proporções como a SC. Porém, não está ocorrendo o êxito que se espera. Apesar das iniciativas para erradicar a SC, a mesma ainda persiste em nosso país num índice elevado. Há má qualidade no pré-natal, apesar do número de consultas registradas nos Cartões de Gestante, e déficit de capacitação e atualização de alguns profissionais de saúde no manejo das DSTs. É neces- sário destacar a importância do comprometimento dos profis- sionais desta área quando o objeto de discussão for a saúde da população (LORENZI; MADI, 2001). Os profissionais da área de saúde precisam estar reforçan- do as ações de prevenção e diagnóstico o mais precoce possí- vel, especialmente no pré-natal, além de informar às gestantes o direito que elas têm de realizar os testes que detectam a SF e quantas vezes são necessários no período gestacional. A população geral deve estar inserida em campanhas educativas com uma perspectiva de conscientizar quanto à importância da realização de exames periódicos. Por ser a mais antiga infecção congênita, a Sífilis ainda representa significativo problema de saúde pública. A dimi- nuição de sua incidência é observada após a Segunda Guerra Mundial, sendo atribuída ao efeito da nicilina, desenvolvimen- to de testes sorológicos, diagnósticos e controle dos contatos. Na década de 1980, pode-se notar o novo aumento dessa in- cidência, relacionado à epidemia da AIDS e, assim como esta última, também associada ao abuso de drogas, à troca de sexo por drogas, comportamento sexual mais livre e associado a parceiros múltiplos, sexo desprotegido, gravidez indesejada na adolescência, acesso limitado aos serviços de saúde e ausência de avaliação pré-natal (PEREIRA et al., 2000). Em 1943 veio a melhoria dos cuidados de saúde à popu- lação. Após o advento da penicilina, a SF e a SC tiveram seus números reduzidos de maneira tão abrupta que se chegou a prever, na década de 60, sua erradicação no final do século XX. No entanto, parece verdadeira a observável que quando um programa de controle de uma doença aproxima-se de sua erradicação é mais provável que o programa acabe e não a doença seja erradicada. Assim, a partir da década de 80 até meados dos anos 90, observou-se um recrudescimento na in- cidência de SF em mulheres na idade fértil (GUINSBURG, 2008). A incidência de SC manteve-se elevada em todo o perí- odo analisado, o que sugere deficiências na atenção necessária a saúde, em todas as regiões brasileiras. 2.5 REFLEXÕES Se compararmos o tempo de existência da Sífilis e de ou- tras patologias que surgiram mais recentemente, é possível afirmar que ela não deveria ainda ser um problema de grande escala, pois a mesma já deveria ter sido erradicada ou varrida da face da terra como foram outras enfermidades, ainda mais complexas – como exemplo a varíola, em 1977. “Há mais recém-nascidos afectados por Sífilis Congêni- ta do que por qualquer outra infecção neonatal, incluindo pelo Vírus da Imunodeficiência Humana (VIH) e tétano, que
  • 6. Revista Saúde e Pesquisa, v. 2, n. 2, p. 257-263, mai./ago. 2009 - ISSN 1983-1870 262 Status Antioxidante, Diabetes Mellitus II e Aterosclerose atualmente estão a receber atenção mundial” (OMS, 2008, p. 1). Não apenas no Brasil, mas em várias partes do mundo, a Sífilis Congênita permanece na lista de doenças prioritárias, com um nível de controle em situação pior do que a própria transmissão vertical da infecção pelo Vírus da Imunodeficiên- cia Humana (HIV) (PAZ, 2004, p. 12). A Sífilis é antiga, conhecida a mais de 500 anos, pois seu agente etiológico foi descoberto em 1905. Após a década de 40, pensou-se que a penicilina levaria ao desaparecimento da doença. Entretanto, embora o T. Pallidum continue sensível à mesma, ainda atinge milhões de pessoas no mundo todo (KOMKA; LAGO, 2007, p. 205-211). A maioria dos pacientes que foram infectados com SF per- manecerão com testes de anticorpos treponêmicos positivos e permanecerá positivo para sempre, independente do trata- mento ou do estágio da doença. Mais do que 11,5 a 20% das pacientes tratadas durante o estágio primário podem retornar a não-reatividade depois de dois a três anos (CDC, 1998 apud LOWDERMILK; PERRY; BOBAK, 2002, p. 114). A erradicação da SF é uma perspectiva almejada há quase meio século, desde o período em que não havia tanta dispo- nibilidade de recursos humanos e financeiros. Na atualidade, continua sendo foco de preocupação para a saúde individual e coletiva. Logo, fica a reflexão de um paradoxo, no qual a área da saúde evoluiu tanto e alguns de seus problemas que têm grande chance de ser abolidos se estacionam ou, até mesmo, progridem. 3 CONSIDERAÇÕES FINAIS Com a concretização deste estudo, foi possível a compreen- são de que a erradicação da Sífilis e da Sífilis Congênita é um desafio prevenível que pode se transformar em uma realidade. No entanto, o que intriga é o paradoxo de se tratar de uma patologia não tão complexa de exterminar do planeta, uma vez que outras epidemiologicamente difíceis de ser controla- das já foram extirpadas. É chegado o momento de não apenas lançar o desafio da erradicação da Sífilis, que já foi almejado e quase contemplado há várias décadas – este desafio deve ser vencido, ultrapassado e ter como mérito pessoas saudáveis e libertas deste mal. Afinal, este é o propósito primordial dos profissionais da saúde. Por que uma doença com diagnóstico fácil e tratamento acessível continua a infectar milhares de indivíduos no Bra- sil? Muitas seriam as respostas para esta pergunta que não se “cala”. Porém, é necessário analisar dados atuais em que seja primeiramente visto o nível de conhecimento das pessoas no que se refere à Sífilis. É preciso buscar as possíveis respostas desse agravo, como foi explanado no conteúdo deste estudo, que teve o intuito de clarear as percepções essenciais, na qual cada indivíduo é parte fundamental para o controle e até mes- mo erradicação dessa enfermidade. Afinal, se a saúde é dever do estado, é também compromisso de cada cidadão, principal- mente neste caso, ao se tratar de moléstia que se dá de pessoa para pessoa. Esta pesquisa abordou fatos evolutivos que ocorreram na área das ciências humanas até a atualidade como tentativa de erradicação, suscitando desde os tratamentos anteriores ao advento da penicilina até a atenção primária dos serviços de saúde atual. Porém, tais mudanças ainda não foram capazes de surtir efeito esperado, que não busca apenas o paliativo, mas sim o fim de um agravo à saúde ao qual possamos nos referir, ainda neste século, como uma patologia que existiu no passado. REFERÊNCIAS AVELLEIRA, João Carlos Regazzi; BOTTINO, Giuliana. Sífilis: Diagnóstico, Tratamento e controle. Educação Mé- dica continuada. Rev. Bras. Dermatol, v. 81, n. 2, p. 111- 126, 2006. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/abd/ v81n2/v81n02a02.pdf> Acesso em: 15 Jan. 2009. BRASIL. Ministério da Saúde. Programa Nacional de DST e Aids. Diretrizes para o Controle da Sífilis Congênita. Brasília, DF: MS, 2005. 52p. Série Manuais, n. 62. Dis- ponível em: <http://www.aids.gov.br/data/documents/ storedDocuments/%7BB8EF5DAF-23AE-4891-AD36- 1903553A3174%7D/%7B86CA38F4-3354-4A60-B7D7- CE562DB11742%7D/sifilis_%20cong.pdf >. Acesso em: 8 Jan. 2009. _________. Dispositivo de Doenças sexualmente Trans- missiveis. Coordenação Nacional de DST e Aids. Secre- taria de Políticas de Saúde. Brasília, DF: MS, 1999. Dis- ponível em: <http://www.aids.gov.br/data/documents/ storedDocuments/%7BB8EF5DAF-23AE-4891-AD36- 1903553A3174%7D/%7BF599591D-7900-4518-8174- B41B62A13E84%7D/Imagens_de_Casos_Cl%EDnicos_ de_DST.pdf>. Acesso em: 23 Jan. 2009. HIRSCHFELD, Magnus. DST’s Curáveis – Infecções. Dispo- nível em: <http://www2.hu-berlin.de/sexology/ECP4/html/ syphilis_ii.html>. Acesso em: 4 Fev. 2009. GUINSBURG, Ruth. Medidas para Erradicação da Sífi- lis Congênita. Sociedade Brasileira de Pediatria. Dispo- nível em: <http://www.sbp.com.br/show_item2.cfm?id_ categoria=89&id_detalhe=2218&tipo_detalhe=s>. Acesso em: 3 dez. 2008. KOCHE, José Carlos. Fundamentos de Metodologia Cientí- fica: teoria da ciência e iniciação à pesquisa. 22. ed. Petrópo- lis, RJ: Editora Vozes, 1997. KOMKA, Maria Regina; LAGO, Eleonor Gastal. Sífilis Con- gênita: Notificação e Realidade. Scientia Médica, Porto Ale- gre, v. 17, n. 4, p. 205-211, out./dez. 2007. Disponível em: <http://revistaseletronicas.pucrs.br/ojs/index.php/scientia- medica/article/viewFile/2115/2630>. Acesso em: 11 mar. 2009. LOWDERMILK, Deitra Leonard; PERRY, Shannon E.; BO- BAK, Irene M. O cuidado em enfermagem materna. 5. ed.
  • 7. 263Santos e Anjos Revista Saúde e Pesquisa, v. 2, n. 2, p. 257-263, mai./ago. 2009 - ISSN 1983-1870 Porto Alegre, RS: Artmed, 2002. LORENZI, Dino Roberto Soares de; MADI, José Mauro. Sífi- lis Congênita como Indicador de Assistência Pré-natal. Revis- ta Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia, Rio de Janeiro, v. 23, n. 10, p. 647-652, nov./dez. 2001. Disponível em: <http:// www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100- 72032001001000006&lng=pt&nrm=iso>. Acesso em: 28 fev. 2009. MILLER, Benjamin Frank. Enciclopédia e dicionário médico para enfermeiros e outros profissionais da saúde. Tradução de Paulo Marcos Agria de Oliveira e Silvia M. Spada. 6. ed. São Paulo, SP: Roca, 2003. OLIVEIRA, Ederson Valei Lopes et al. Sífilis Secundária com acometimento pulmonar. An Brás Dermatol., v. 82, n. 2, p. 163-167, 2007. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/ abd/v82n2/a08v82n2.pdf >. Acesso em: 8 abr. 2009. OLIVEIRA, Maria Liz Cunha de; LOPES, Luiz Antônio Bueno. Situação Epidemiológica da Sífilis em Gestantes e da Sífilis Congênita no DF. Boletim especial: Secretaria de Estado de Saúde do Distrito Federal- SES- DF, v. 1, n. 1, out. 2008. Disponível em: <http://www.saude.df.gov.br/ sites/300/373/00000212.pdf>. Acesso em: 11 abr. 2009. OMS. Organização Mundial da Saúde. Eliminação Mundial da Sífilis Congênita: fundamento lógico e estratégia para ação. 2008. Disponível em: http://forum.aids.gov.br/sites/default/files/arquivos/ WHO_ELIMINACAO_MUNDIAL_DA_SIFILIS.pdf >. Acesso em: 1 de Fev. 2009. PAZ, Leidijany Costa et al. Vigilância epidemiológica da Sífilis Congênita no Brasil: definição de casos, 2004. Boletim Epi- demiológico AIDST, v. 1, n. 1, 2004. Disponível em: <http:// www.saude.rio.rj.gov.br/media/dstaids_sifilis_nova_def.pdf>. Acesso em: 17 abr. 2009. PEREIRA, Luciana Baptista et al. Sífilis Congênita: uma apre- sentação cutânea incomum. Caso clínico. An. bras. Derma- tol., Rio de Janeiro, v. 75, n. 1, p. 65-72, jan./fev. 2000. Dispo- nível em: <http://www.anaisdedermatologia.org.br/public/ artigo.aspx?id=10181>. Acesso em: 15 dez. 2008. PREFEITURA MUNICIPA DE SÃO CARLOS. Saúde trei- na profissional para erradicar a Sífilis Congênita. Portal do cidadão. 7 nov. 2007. Disponível em: <http://www.saocarlos. sp.gov.br/index.php/noticias/2007/151501-saude-treina-pro- fissionais-para-erradicar-sifilis-congenita.html>. Acesso em: 5 jan. 2009. RAMOS, Mauro Cunha. Sífilis Congênita, ainda um desafio. DST . J bras Doenças Sex Transm, v. 13, n. 2, p. 3-4, 2001. Disponível em: <http://www.uff.br/dst/revista13-3-2001/edi- torial.pdf>. Acesso em: 26 Jan. 2009. SARACENI, Valéria. A Sífilis, a gravidez e a Sífilis Congêni- ta. 2005. Disponível em: <http://www.saude.rio.rj.gov.br/me- dia/dstaids_sifilis_e_gravidez.pdf> Acesso em: 22 dez. 2008. SMELTZER, Suzanne C.; BARE, Brenda G. Tratado de enfer- magem médico-cirurgica. 10. ed. [S. l.]: Guanabara kaoogan, 2005. v. 2. Recebido em: 26 Junho 2009 Aceito em: 02 Julho 2009