O documento discute o mesotelioma, um câncer raro causado pela exposição ao amianto. Apresenta informações sobre as membranas do corpo onde o câncer se desenvolve, sintomas, diagnóstico, tratamento e prevenção. Também explica os usos históricos do amianto e riscos à saúde relacionados à exposição a este material.

1. Cássio Campos & José Rodrigo da Silva

2. Membrana que envolve os órgãos:
o No pulmão: pleura.
o No coração: pericárdio.
o Na cavidade abdominal: peritônio.

3.  Câncer que se desenvolve nas células do
tecido mesotelial.
 Atinge mais frequentemente a pleura, em 81%
dos casos, o peritônio em 15%, e o pericárdio
em 4%.

5.  A incidência esperada para a população mundial é
de 1 a 2 casos por milhão de pessoas;
 Ocorre mais em homens a partir dos 40 anos do que
em mulheres;
 Nos Estados Unidos anualmente são registrados 1
caso para cada 100 mil habitantes (1,9/100mil homens
e 0,4/100mil mulheres);

6. O Mesotelioma, surge devido a
exposição ao Amianto, nome
comercial do abesto.

7.  É uma fibra mineral natural. Foi
intensivamente utilizado na indústria por
existir abundantemente na natureza e ser
barato.

8.  Grande resistência mecânica e às altas
temperaturas, ao ataque ácido, alcalino, e de
bactérias.
 É incombustível, durável, flexível, indestrutível,
resistente, sedoso, facilmente tecido e tem boa
qualidade isolante.

10.  Na Construção Civil:
Pisos vinílicos, telhas, caixas d’água, divisórias,
forros falsos, tubulações, vasos de decoração e
para plantio e outros artefatos de cimento-
amianto
• Isolamento acústico ou térmico.
• Guarnições de freio (lonas e pastilhas)

11.  Juntas, gaxetas e outros materiais de vedação;
 Tecidos para vestimentas e acessórios anti chamas
ou calor;
 Tintas;
 Instrumentos para laboratórios;
 E nas indústrias: bélicas, têxtil, aeroespacial,
petrolíferas, papel e papelão, naval, funcições, e de
cloro e soda;

12.  Durante o processo de manufatura, pequenas
partículas desse material se desprendem, flutuando
no ar, sendo inalado pelo trabalhador.
 O pó de amianto pode ainda aumentar o risco de
outros tipos de câncer, como de fígado, pulmão e
laringe.
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14.  O Brasil está entre os cinco maiores produtores,
consumidores e exportadores mundiais de amianto.
Estados como São Paulo, Rio de Janeiro, Rio Grande
do Sul, Pernambuco e diversos municípios já proíbem
a produção e utilização do amianto.
 A única mina de amianto ainda em atividade no
Brasil situa-se no município de Minaçu, no Estado de
Goiás.

15.  Dificuldade para respirar e dor no peito, devido ao
acúmulo de líquido na pleura, podendo ser
acompanhados de tosse, febre e astenia.
 Esses sintomas podem ser causados por diversas
doenças. Somente o médico, após os exames, é capaz
de diagnosticar suas causas.

16.  Raio –X;
 Tomografia computadorizada;
 O diagnóstico preciso e conclusivo só pode ser
obtido com uma amostra do tecido mesotelial, cujas
células serão examinadas à luz do microscópio.

18.  Um diagnóstico preciso e rápido melhora a
sobrevida.
 O prognóstico é reservado e mais de 80% de óbitos
ocorrem nos primeiros 12 meses.
 Cerca de 95% dos pacientes vão a óbito até 24 meses
após o diagnóstico. A evolução é ainda pior quando o
diagnóstico correto não é alcançado.

20.  Manuseio e exposição a produtos contendo
amianto;
 Contato dos familiares com roupas e objetos dos
trabalhadores contaminados pela fibra;
 Residir nas proximidades de fábricas, minerações
ou em áreas contaminadas (solo e ar) por amianto;
 Frequentar ambientes onde haja produtos de
amianto degradados.

21.  Achados clínicos e radiológicos compatíveis;
 Uma boa anamnese identificando possível
exposição pregressa ao amianto no trabalho
ou outro tipo de exposição (ambiental ou
indireta).

22.  Investigue sempre o histórico ocupacional dos
pacientes com sintomas respiratórios, principalmente
se suspeitar de câncer;
 Seja específico na investigação ocupacional e
pergunte diretamente se o paciente trabalha ou
trabalhou com amianto;
 Avalie também a exposição indireta: familiar ou
ambiental, pergunte pelo entorno da residência ou a
ocupação dos familiares;

23. 30/01/2015