Em uma edição anterior do UXConf falei sobre a angústia do fim de jornada que teve como objetivo identificar os discursos da colonialidade na produção de pesquisa em design, utilizando uma abordagem teórica baseada na Modernidade/Colonialidade. A análise revelou, como era de se esperar, a presença de discursos que reforçam privilégios epistêmicos dos centros de poder global, concentração de produção local no país e a invisibilização de pesquisadoras, bem como o apagamento de questões de raça. Naquele momento a constatação foi tão impactante e eram tantas as necessidades de combates às opressões e forças da Colonialidade que a minha fala era a busca de um caminho por onde recomeçar, agora no doutorado. Agora quero contar como surgiu, esse caminho, a partir do olhar para minha história, e de métodos que trouxe das ações políticas/artisticas (por exemplo, priorizando mapas no lugar de diagramas hierarquizados, entendendo o conhecimento não como representação do mundo, mas como invenção de si e do mundo) reconhecendo nessas cartografias, o diálogo imediato entre práticas de um design do sul global e um horizonte de possibilidades de descolonização, na pesquisa, educação e fazer design.