O documento discute o plágio acadêmico, com coordenadores de cursos da Unijorge comentando sobre o assunto. Eles afirmam que o plágio é crime e prejudica o aprendizado do aluno, sugerindo que os estudantes devem se esforçar para produzir trabalhos originais através de pesquisa. A tecnologia facilita o plágio, mas também ajuda a detectá-lo, e a reprovação é vista como solução caso o aluno insista no ato.

1. A prática do plágio é
conhecida como
“ctrl c+ctrlv”
ou copia e cola
CAPA

2. PLÁGIO
ACADÊMICO
O PLÁGIO SEMPRE FEZ PARTE DO AMBIENTE ACADÊMICO.
COORDENADORES DE CURSOS SUPERIORES COMENTAM EM
RELAÇÃO AO ATO ILEGAL QUE, HOJE, TEM A TECNOLOGIA
COMO ALIADA E COMO INIMIGA
N
o dicionário encon-
tramos o Plágio como
“violação da proprie-
dade intelectual que
se caracteriza pela imitação to-
tal ou parcial de obra literária
alheia, inculcando-se a qualida-
de de seu autor. Ocorre tanto em
livros, como em músicas, fil-
mes, pinturas etc”, ou seja, pla-
giar significa copiar ou assinar
uma obra com partes ou total-
mente reproduzida de outra pes-
soa, dizendo que é sua própria.
O Plágio é considerado um
crime previsto no Código Penal
Brasileiro, lei 9610. Em vários
países o plágio é visto como
uma atitude antiética e, além do
Brail, em muitos outros como
um crime de violação de direi-
tos autorais. Esse ato percebido
também como corrupção é mui-
to comum no mundo acadêmi-
co, em faculdades, cursos de
pós-graduação, mestrado e dou-
torado. Alunos em suas teses de
conclusão de curso, utilizam tra-
balhos prontos, de outras pesso-
as, ao invés de buscar através do
próprio conhecimento o conteú-
do necessário para enriquecer o
trabalho. Mesmo com o consen-
timento de outros autores, a có-
pia é considerada plágio e refe-
renciar as citações alheias é uma
forma de utilizar ideias de ou-
tros sem que o ato seja ilegal. .
De acordo com as normas
da ABNT que devem ser segui-
das nos trabalhos acadêmicos,
mesmo os trechos pequenos que
ALFA NOVEMBRO 2015 02
Matéria e Diagramação: VINÍCIUS PASSOS, FILIPE OLIVEIRA e LEONARDO NERI
Foto VINÍCIUS PASSOS

3. não são da autoria da pessoa
que está executando o trabalho,
o autor deve ser identificado,
seguindo as nomas estipuladas.
Atualmente existem vários pro-
gramas que identificam o plá-
gio, seja ele na internet, com o
programa fazendo a varredura
em diversos sites para detectar
o plágio, ou programas pesso-
ais onde o interessado coloca as
informações e o programa exe-
cuta a busca em diversas fontes.
CURSO:CIÊNCIAS
BIOLÓGICAS
Para, Camila Pigozzo, coor-
denadora do curso de Ciências
biológicas - Unijorge - há dois
anos, no curso coordenado por
ela, o plágio não é algo frequen-
te. Segundo Pigozzo, a coor-
denação, em parceria com os
professores, acompanha os alu-
nos desde o começo do curso e
antecipa à quem chega que esse
ato é crime e, por isso, diz que
é necessário ter muito cuidado,
pois muitos alunos cometem o
plágio sem saber que estão co-
metendo um crime. “O primeiro
passo é informar e caso insista,
reprovação!” Afirma a coor-
denadora quando questionada
sobre uma medida que possa
solucionar o problema. Ela ain-
da deixou uma mensagem para
aqueles que insistem no plágio
como caminho para o sucesso:
“Isso é um engano, não é su-
cesso, eles estão enganando a
si mesmo, você sabe que não
está fazendo seu trabalho e por
isso nem consegue se orgulhar”
e completa: “Um bom trabalho
traz satisfação e felicidade, por-
tanto, busque essa felicidade”.
CURSO:DESIGN E
PROD. MULTIMÍDIA
A coordenadora dos cursos de
Design e Produção multimídia,
Unijorge, Suzana de Almeida,
conta que nos cursos coordena-
do por ela, o plágio normalmen-
te não ocorre nas etapas proje-
tuais, mas “quando entra para a
parte de TCC, principalmente
para a parte acadêmica, encon-
tra-se muito, porque hoje em dia
a tecnologia favorece bastan-
te a questão do ‘ctrl c-ctrl v’”.
Apesar de haver uma grande
conscientização, para Ameida,
o maior motivo para a ocor-
rência do plágio é a “dificulda-
de que os alunos tem quanto a
metodologia de pesquisa”. Ela
ainda afirma que uma forma
de amenizar o problema é au-
mentar o rigor do professor no
acompanhamento desses proje-
tos, pois ele tem que observar
o que está sendo escrito. “O
professor é um dos responsá-
veis pela execução do proje-
to” afirma a coordenadora e
para solucionar o problema,
ela diz que o caminho é o es-
tudo: “Estudem! Porque se
vocês não tiverem a compe-
tência de produzir algo novo,
de construir um conhecimento
de fato, a gente não avança”.
CURSO: JORNALISMO
E PUBLICIDADE
Patrícia Moraes, coordenadora
do curso de Comunicação so-
cial, Unijorge, afirma que no
curso coordenado por ela o plá-
gio é algo frequente, mas que
não possui números. Moraes
avalia o plágio como algo gra-
ve que precisa ser observado de
uma forma mais atenta e cuida-
dosa, porém, se o aluno insiste,
o meio mais correto de puni-lo
é a reprovação, e a conscienti-
zação é a melhor maneira de
conter. Para ela, essa cópia “é
uma forma de auto engano. É
uma privação de si mesmo. O
aluno deixa de saber, de se co-
nhecer.” Para ela, a fraude nada
mais é do que o espelho do
profissional que esse estudan-
te será em um futuro próximo.
03 ALFA NOVEMBRO 2015
“ESSE
ATO É
CRIME”
Camila Pigozzo,
coordenadora
CAPA

4. FOTOSVINÍCIUSPASSOSEFILIPEOLIVEIRA
ALFA NOVEMBRO 2015 04
Camila Pigozzo
Coordenadora do curso de
Ciências Biológicas - Unijorge
Patrícia Moraes
Coordenadora do curso de
Comunicação Social - Unijorge
Suzana de Almeida
Coordenadora dos cursos de
Design e Produção Multimídia - Unijorge
Alunos da Unijorge em momento de estudo