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TEXTO I
Má alimentação potencializa desenvolvimento de doenças crônicas
Alimentos ultraprocessados são pobres nutricionalmente, ricos em açúcares e gorduras e têm
sabor realçado por meio de aditivos químicos. O Ministério da Saúde aconselha evitar esse tipo
de comida, e pesquisas divulgadas recentemente corroboram com essa ideia. Teses indicam a
relação entre consumo de ultraprocessados e o desenvolvimento de doenças cardiovasculares
e crônicas. Para saber mais sobre esse assunto, o Jornal da USP no Ar conversou com a
pesquisadora Eurídice Martínez Steele, do Núcleo de Pesquisas Epidemiológicas em Nutrição e
Saúde (Nupens) da Faculdade de Saúde Pública (FSP) da USP.
Eurídice conta que a Universidade de Paris foi a primeira a fazer uma pesquisa relacionando
ultraprocessados e risco para doenças cardiovasculares. O estudo francês foi baseado em
aproximadamente 105 mil adultos, com média de idade de 43 anos, que responderam
questionários dietéticos de 24h, a cada seis meses, durante dois anos. Os participantes foram
acompanhados por cinco anos. Os resultados foram interessantes: “A pesquisa mostrou que
aqueles que consumiram mais alimentos ultraprocessados tiveram mais problemas cardíacos.
Isso é, o acréscimo de 10% de alimentos ultraprocessados na dieta aumentava em 12% o risco
relativo de doenças cardiovasculares, coronárias e cerebrovasculares”, conta.
A Universidade de Navarra, na Espanha, complementou essa descoberta. Foram avaliadas as
possíveis associações entre a ingestão de alimentos ultraprocessados e o risco de morte, por
qualquer causa. Nesse estudo, cerca de 20 mil pessoas, com média de 38 anos, foram
acompanhadas durante uma década. Os participantes nesse caso responderam a questionários,
assim como na metodologia francesa, e os resultados mostraram que o consumo de alimentos
ultraprocessados estava associado ao aumento de 62% no risco de mortalidade. “Para se ter
uma ideia, consumir mais de quatro porções de ultraprocessados ao dia aumentou em 62% o
risco de morrer por qualquer motivo em comparação à ingestão de duas porções diárias. Para
cada porção extra, o risco de morte sobe em 18%”, revela a especialista.
Disponível em: https://jornal.usp.br
TEXTO II
Má alimentação está relacionada com uma em cada cinco mortes no mundo
Uma em cada cinco mortes no mundo em 2017 esteve relacionada a uma alimentação ruim, seja
por consumo excessivo de sal, açúcar ou carne, ou por carência de cereais integrais e frutas,
afirma um estudo divulgado na revista The Lancet.
Quase todas as 11 milhões de mortes foram provocadas por doenças cardiovasculares e as
demais por câncer ou diabetes tipo 2, associada geralmente à obesidade e ao modo de vida
(sedentarismo, alimentação desequilibrada), destaca a pesquisa.
O estudo está alinhado com outros dois relatórios publicados em janeiro que ressaltaram o
vínculo entre alimentação, meio ambiente e mudança climática.
“Estes três fenômenos interagem: o sistemaalimentar não é apenas responsável pela pandemias
de obesidade e desnutrição, como também gera entre 25 e 30% das emissões de gases do efeito
estufa”, afirmam os especialistas, que apontam em particular a pecuária.
“Estes três fenômenos interagem: o sistemaalimentar não é apenas responsável pela pandemias
de obesidade e desnutrição, como também gera entre 25 e 30% das emissões de gases do efeito
estufa”, afirmam os especialistas, que apontam em particular a pecuária.
Para alimentar de maneira saudável os 10 bilhões de seres humanos que a Terra deve ter em
2050 e, ao mesmo tempo, proteger o meio ambiente, um dos estudos já defendia a divisão por
dois do consumo mundial de carne vermelha e de açúcar, além de dobrar a ingestão de frutas,
verduras e nozes.
Por outro lado, alcançar o objetivo recomendado de comer cinco frutas e verduras por dia
representaria apenas 2% da renda familiar nos países ricos, porém mais da metade nos países
mais pobres.
O estudo publicado nesta quinta-feira sobre 195 países calcula que mais de metade das mortes
em 2017 foram provocadas por carências de nozes, grãos integrais, leite e cereais integrais. Ao
mesmo tempo, as bebidas açucaradas, carnes processadas e os sal registram um consumo em
excesso.
Quase 2 bilhões de pessoas estão “sobrealimentadas”, enquanto um bilhão sofrem desnutrição,
segundo a ONU.
“O estudo mostra o que muitos pensam há vários anos: uma alimentação ruim é o principal fator
de risco de morte prematura no mundo”, afirmou um dos autores, Christopher Murray, que dirige
o Instituto de Metrologia e Avaliação da Saúde, organismo financiado pela fundação Bill e
Melinda Gates.
Disponível em: https://exame.abril.com.br
PROPOSTA DE REDAÇÃO
A partir da leitura dos textos motivadores e com base nos conhecimentos construídos ao longo
de sua formação, redija texto dissertativo-argumentativo em modalidade escrita formal da
língua portuguesa sobre o tema O crescimento de doenças causadas pela má alimentação,
apresentando proposta de intervenção que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e
relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.
TEXTO I
Desigualdade é a face da globalização, diz secretário-geral da ONU
O secretário-geral da ONU, Antonio Guterres, lamentou nesta terça-feira (8), em Cuba, que a
globalização, apesar de ter tirado muitos da pobreza, também aumenta a desigualdade no mundo
e gera instabilidade social.
"O aumento da desigualdade se tornou a face da globalização e gerou descontentamento,
intolerância e instabilidade social, sobretudo entre nossos jovens", disse Guterres durante a
inauguração do 37º período de sessões da Comissão Econômica para a América Latina e o
Caribe (Cepal), em Havana.
"É verdade que a globalização trouxe diversos benefícios. Mais pessoas deixaram a pobreza
extrema que nunca (...), mas há demasiadas pessoas que ficaram para trás", acrescentou.
O líder da ONU lembrou que "por mais de uma geração, a renda do 1% mais rico do mundo
cresceu em um ritmo duas vezes maior que a dos 50% mais pobres".
Guterres destacou que "o desemprego entre os jovens alcança níveis alarmantes, com trágica
repercussão" em seu bem-estar, "nas possibilidades de desenvolvimento dos países e até
mesmo em algumas regiões do mundo, com impacto negativo em matéria de segurança".
Ele afirmou que as mulheres continuam a ter menos possibilidades de participar do mercado de
trabalho "e a desigualdade salarial por gênero continua a ser uma preocupação mundial".
Ainda neste tema, a secretária-executiva da Cepal, Alicia Bárcena, garantiu que "a pobreza tem
o rosto de mulher", já que "um terço das mulheres da região não consegue ter renda própria".
Guterres defendeu a busca por uma "globalização equitativa" e pelo potencial da "quarta
revolução industrial" que o planeta vive seja aproveitado.
"Este é, provavelmente, o desafio mais difícil que teremos nas próximas duas décadas: fazer da
quarta revolução industrial uma fonte de bem-estar e progresso, e não um risco que pode ter
consequências muito negativas", apontou.
Fonte: http://w w w.diariodepernambuco.com.br/app/noticia/mundo/2018/05/08/interna_mundo,751337/desiguald
ade-e-a-face-da-globalizacao-diz-secretario-geral-da-onu.shtml
TEXTO II
Gráficos mostram como mundo está se tornando (realmente) um lugar melhor
Segundo acadêmico sueco, pouco lembramos que 200 mil pessoas em todo o mundo deixam a
linha de pobreza de US$ 2 por dia
[...] Embora seja verdade que a globalização tenha pressionado para baixo os salários da classe
média nas últimas décadas, também ajudou a levantar centenas de milhões de pessoas acima
da linha de pobreza global — desenvolvimento que ocorreu principalmente no Sudeste Asiático.
O acadêmico sueco Hans Rosling alerta, no entanto, que o aumento do populismo nos países
ocidentes, com "Trump, Brexit e a eleição de populistas na Hungria e na Itália" traz preocupações
para o bem-estar global. "A globalização é o único caminho a seguir para garantir que a
prosperidade econômica seja compartilhada entre todos os países e não apenas algumas
poucas economias avançadas", escreveu.
Enquanto algumas pessoas glorificam o passado, um dos grandes fatos da história econômica é
que, até muito recentemente, uma parte significativa da população mundial vivia em condições
bastante miseráveis — e isso tem sido verdade em toda a história humana.
Os gráficos a seguir mostram como o mundo se tornou um lugar muito melhor em comparaçã o
com apenas algumas décadas atrás:
EXPECTATIVA DE VIDA DA POPULAÇÃO NO MUNDO CRESCE DESDE 1970
QUEDA DA MORTALIDADE INFANTIL
Dados das crianças (nascidas vivas) que faleceram antes de completar cinco anos de idade.
PIB PER CAPITA
O PIB per capita é medido usando US$ e a inflação ajustada nos preços de 2011.
Fonte: https://epocanegocios.globo.com/Economia/noticia/2019/01/graficos-mostram-como-mundo-esta-se-
tornando-realmente-um-lugar-melhor.html
Proposta de redação
A partir da leitura dos textos motivadores e com base nos conhecimentos construídos ao
longo de sua formação, redija texto dissertativo-argumentativo em modalidade escrita formal da
língua portuguesa sobre o tema “embate entre igualdade e globalização na sociedade
contemporânea”, apresentando proposta de intervenção que respeite os direitos humanos.
Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de
seu ponto de vista.
Instruções de Envio:
1. A sua redação deve ser escrita à mão, assim como no ENEM. Não serão aceitas redações
digitadas.
2. Tire uma foto do seu texto e envie clicando no botão abaixo.
Dica: Você pode enviar uma foto do seu celular para o computador utilizando o WhatsApp
Web.
TEXTO I
cidades para que(m)?
Políticas de "higienização social" não combinam com esta gestão
É comum que o poder público confunda, de maneira preconceituosa, "crime, lixo e moradores de
rua", como se fosse tudo um problema só. A limpeza pública rapidamente serve de disfarce para
uma política de "higienização social". Há muitos anos, me envolvi em polêmica pelos jornais,
com o então prefeito Serra, justamente em razão da criação de bancos e rampas anti-mendigos.
Uma sociedade que "produz" moradores de rua como a nossa deve, em primeiro lugar, assumir
a responsabilidade pelo fato de ser tão injusta, e o primeiro passo para isso, é ter a grandeza de
implementar políticas de atendimento e reinserção social, e não reproduzir práticas de
intolerância.
Barracas nas ruas, colchões sobre as calçadas, fogueirinhas para refeições e moradias
provisórias. Nada disso mais é admitido nas ruas da Mooca e do Brás, na zona leste de São
Paulo, onde as autoridades declararam "tolerância zero" a crime, lixo e moradores de rua. O
termo foi escolhido pelo capitão Aldrin Córpas, da Polícia Militar, para as operações que passou
a fazer em apoio aos trabalhos de limpeza urbana da Subprefeitura da Mooca. Ele ainda postou
fotos do "tolerância zero da Mooca" no Facebook, pedindo apoio da população.
Eliana Andressa, de 37 anos, é uma das moradoras dos arredores do Viaduto Bresser que
perdeu documentos nas abordagens municipais. Ela chegou a São Paulo faz três meses, vinda
de Dois Córregos, no interior do Estado. "Eles disseram que era para recolher meus objetos
pessoais. Corri, mas não deu tempo de pegar a minha bolsa com meus documentos. Agora,
preciso retirar os documentos para ir embora para casa", disse.
Fonte: https://cidadesparaquem.org/
TEXTO II
Fonte: http://10paezinhos.blog.uol.com.br/arch2009-01-01_2009-01-31.html#2009_01-18_11_21_11-2677714-25
TEXTO III
De 0,6% a 1%, essa é a porcentagem da população morando nas ruas do país segundo
dados do censo do IBGE.
O jornalista e escritor Tomás Chiaverini, de 28 anos, viveu em meio aos moradores de rua, se
disfarçando como um deles para poder sentir na pela como era a situação vivida por essas
pessoas, experiência que deu origem ao seu livro, Cama de Cimento. Durante esse período, ele
notou um grande descaso por parte da sociedade em geral e explicou que o motivo de muitos
dos moradores de rua não irem para os albergues, que oferecem programas de moradia, deve-
se ao fato de não ser permitido que se leve grandes pertences como carroças e cachorros, bens
que a maioria deles não consegue deixar para trás. Outro motivo é o rompimento dessas pessoas
com a sociedade e, por consequência disso, não conseguirem se adaptar às regras dos
albergues.
O importante ao se analisar essa realidade encontrada no Brasil, é lembrar que essas pessoas
fazem parte de nossa sociedade, que todos possuem os mesmos direitos perante às leis e que
devemos rever nossos conceitos e incentivar o respeito ao próximo, tratando a todos com
dignidade, independente da situação socioeconômica em que esse se encontra.
Fonte: http://www.pucrs.br/blog/projeto-alerta-para-condicao-de-pessoas-em-situacao-de-rua/
PROPOSTA DE REDAÇÃO
Com base na leitura dos textos motivadores e nos conhecimentos construídos ao longo de sua
formação, redija texto dissertativo-argumentativo em norma culta escrita da língua portuguesa
sobre o tema "Os moradores de rua e política higienista no Brasil", apresentando proposta
de ação social que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma
coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.
Instruções:
1. Sua redação deve ser escrita à mão em uma folha padrão do Me Salva! ou em uma folha de
caderno comum
2. O texto definitivo deve ser escrito em até 30 linhas.
3. A redação que apresentar cópia dos textos da Proposta de Redação ou do Caderno de
Questões terá o número de linhas copiadas descontado para efeito de correção.
Receberá nota zero, em qualquer das situações expressas a seguir, a redação que:
- tiver até 7 (sete) linhas escritas, sendo considerada "insuficiente".
- fugir ao tema ou que não atender ao tipo dissertativo-argumentativo.
- apresentar parte do texto deliberadamente desconectada com o tema proposto.
TEXTO I
Fonte: http://zh.clicrbs.com.br/rs/vida-e-estilo/noticia/2016/05/crise-economica-entenda-a-ascensao-e-a-queda-
da-classe-c-no-brasil-5795332.html
TEXTO II
“A classe média, ou classe C, como definem os institutos de pesquisa, representa hoje 54% da
população brasileira. Na política, ela pode, sozinha, selar uma eleição. Na economia, transforma
um pequeno investimento em um negócio gigante. [...] Os empresários perceberam que é essa
classe média crescente que dará aos negócios escala econômica. [...] Aloísio Pinto, vice -
presidente de planejamento da WMcCann, uma das principais agências de publicidade do país,
afirma que os publicitários tiveram que estudar esse novo consumidor para entender o que ele
quer. [...] O mercado chama as linhas de consumo mais populares de “marcas de combate”. Você
mantém os produtos “premium”, para uma elite que pode pagar mais, e cria uma linha diferente
para disputar um novo consumidor, que já supriu suas necessidades mais básicas e vai em busca
de qualidade.”
MARINHEIRO, Vaguinaldo. Todos querem tirar a nova classe média para dançar. Folha de SP, 15/07/2012.
TEXTO III
Por que a classe média está ficando muito endividada em vários lugares do mundo,
segundo a OCDE
Relatório da organização mostra que um em cada cinco lares de classe média gasta mais do
que ganha nos países que fazem parte da instituição. No Brasil, índice chega 27%.
Uma classe média forte e próspera é fundamental para o sucessoe desenvolvimento de qualque r
economia. Ela sustenta o consumo, possibilita muito do investimento em saúde, educação e
construção civil, e permite a existência de serviços por meio de sua contribuição tributária,
segundo a OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico).
No entanto, em diversos países do mundo, a classe média tem visto seu padrão de vida estagnar
ou cair, enquanto grupos com rendas mais altas continuaram a acumular renda e riqueza, diz a
organização.
Grande parte da classe média está financeiramente vulnerável – ou seja, se encontra incapaz
de lidar com gastos inesperados ou quedas repentinas na renda – e endividada.
Nos países que fazem parte da organização, mais de um em cada cinco lares de classe média
gasta mais do que ganha, o que gera um risco altíssimo de endividamento excessivo. Esse nível
varia de 10% em países como a Estônia e a Polônia a mais de 50% no Chile e na Grécia. No
Brasil (que aguarda resposta para seu pedido de integrar a instituição) o índice chega a 27 %
dos lares de classe média.
Quase 40% dos lares de classe média em 18 países europeus da OCDE estão financeiramente
vulneráveis – índice que varia de 12% na Noruega a 70% na Grécia. E metade dos lares nesses
países tem dificuldade em pagar suas despesas recorrentes.
Os dados foram publicados nesta quarta em um relatório da organização sobre as dificuldades
financeiras, os crescentes riscos e as pressões enfrentadas pela classe média. Chamado Under
Pressure: The Squeezed Middle Class (Sob Pressão: A Classe Média Espremida, em traduçã o
livre), o estudo analisou dados dos 36 países da instituição e de países emergentes como Brasil
e África do Sul.
O relatório é o quinto de uma série de estudos sobre as tendências, causas e consequências da
desigualdade no mundo.
Ele mostra que em todas as gerações desde os baby boomers (nascidos após a Segunda Guerra
Mundial) a classe média diminuiu e sua influência econômica enfraqueceu. Três décadas atrás,
a renda agregada dos lares de classe média era quatro vezes maior do que a renda agregada
dos lares de renda alta. Hoje, essa proporção é menor do que três.
Segundo a OCDE, isso alimentou a percepção de que o atual sistema socio-econômico é injusto
e que a classe média não se beneficiou do crescimento proporcionalmente à sua contribuição
para ele.
A instituição sugere a criação de políticas públicas que possam reverter esse quadro e aliviar as
pressões sofridas por esse grupo, que é um "motor do crescimento econômico e pilar da
estabilidade social".
"Sociedades com classes médias fortes têm índices de criminalidade menores, maiores níveis
de confiança e satisfação com a vida, além de maior estabilidade política e boa governança", diz
Gabriela Ramos, responsável pela iniciativa de Crescimento Inclusivo da organização, na
abertura do estudo.
Fonte: https://g1.globo.com/economia/noticia/2019/04/10/por-que-a-classe-media-ficando-muito-endividada-em-
varios-lugares-do-mundo-segundo-a-ocde.ghtml
PROPOSTA DE REDAÇÃO
Desenvolva um texto de caráter dissertativo-argumentativo sobre o tema "Ascensão e
queda da classe média brasileiro no século XXI".
Instruções:
1. O rascunho da redação deve ser feito no espaço apropriado.
2. O texto definitivo deve ser escrito à tinta, na folha definitiva, em até 30 linhas.
3. A redação que apresentar cópia dos textos da Proposta de Redação terá o número de linhas
copiadas desconsiderado para efeito de correção.
Receberá nota zero, em qualquer das situações expressas a seguir, a redação que:
1. tiver até 7 (sete) linhas escritas, sendo considerada texto-insuficiente;
2. fugir ao tema ou que não atender ao tipo dissertativo-argumentativo;
3. apresentar proposta de intervenção que desrespeite os direitos humanos;
4. apresentar parte do texto deliberadamente desconectada do tema proposto.
TEXTO I
"Art. 5º - Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos
brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade,
à igualdade, à segurança e à propriedade."
(Constituição Federal, Art. 5º, 1988)
TEXTO II
TEXTO III
Em 1988, a promulgação da chamada Constituição Cidadã classificou o Brasil como um Estado
Democrático de Direito. A partir de então, tinha–se como objetivo assegurar “o bem-estar, o
desenvolvimento, a igualdade e a justiça como valores supremos de uma sociedade fraterna,
pluralista e sem preconceitos” para todos os cidadãos. Aqui reside o paradoxo da realidade
brasileira, pois o Estado Democrático de Direito criou uma enorme expectativa com relação à
promoção, aplicação e extensão dos direitos humanos, condições indispensáveis para o
exercício da plena cidadania. Todavia, revelou-se, na prática, uma garantia de direitos seletiva,
com grupos visivelmente excluídos ou em situações evidentes de vulnerabilidade – marcados
pelo descaso, ilegalidade e arbítrio –, como é o caso dos homossexuais.
Pragmatismo Político, 18/04/2016
PROPOSTA DE REDAÇÃO
A partir das reflexões, elabore um texto dissertativo-argumentativo sobre "A necessidade de
luta por igualdade mesmo em sociedade democráticas".
 Instruções:
 1. O rascunho da redação deve ser feito no espaço apropriado.
 2. O texto definitivo deve ser escrito a tinta, na folha definitiva, em até 30 linhas.
 3. A redação que apresentar cópia dos textos da Proposta de Redação terá o número de linhas
copiadas desconsiderado para efeito de correção.

 Receberá nota zero, em qualquer das situações expressas a seguir, a redação que:
 1. tiver até 7 (sete) linhas escritas, sendo considerada texto-insuficiente.
 2. fugir ao tema ou que não atender ao tipo dissertativo-argumentativo.
 3. apresentar proposta de intervenção que desrespeite os direitos humanos
 4. apresentar parte do texto deliberadamente desconectada do tema proposto.
Comentário:
Diante de um sistema (social, governamental, cultural e etc.) corrupto e preconceituoso, a grande
questão que entra em jogo aqui é a contradição presente em sistemas democráticos que não
têm como valor a igualdade, uma vez que nem todos têm os mesmos direitos. No caso dos
LGBTT’s, exemplos vão desde a impossibilidade de doar sangue até a negação do direito ao
casamento (e toda a série de benefícios que advém desse ato). Por outro lado, nenhuma pessoa
não-LGBTT jamais teve qualquer dificuldade de realizar essas ações. A partir desse cenário,
parece, para você, que a democracia em que vivemos é de fato democrática (assegura os
mesmos direitos e deveres a todos)? Ou ela ainda mantem uns poucos privilegiados? Para você,
a democracia deve ser para todos, levando em conta as diferenças de cada um, ou deve servir
apenas para manter as instancias de poder? Defina seu ponto de vista e não esqueça de
apresentar possibilidades de resolução para essa questão como não somente a conscientização
da população contra o preconceito, mas também o desenvolvimento de políticas públicas
nacionais que assegurem direitos e deveres iguais a todos os cidadãos.
Abaixo você irá ler um trecho do discurso do escritor brasileiro Luiz Ruffato, proferido na última
Feira do Livro de Frankfurt (Alemanha), um dos maiores eventos de literatura do mundo.
Ruffato tem sido aclamado pela crítica literária pela publicação de Eles eram muitos
cavalos (2001), texto híbrido em que o autor (des)constrói um panorama da babilônica
sociedade paulistana, revelando as mazelas de um povo brasileiro marginalizado. Aplaudido
por alguns, vaiado por outros, inclusive representantes do governo federal, com este discurso,
Ruffato lembra-nos, uma vez mais, das efemérides do país em que vivemos.
TEXTO I
“Nós somos um país paradoxal. Ora o Brasil surge como uma região exótica, de praias
paradisíacas, florestas edênicas, carnaval, capoeira e futebol; ora como um lugar execrável, de
violência urbana, exploração da prostituição infantil, desrespeito aos direitos humanos e desdém
pela natureza. Ora festejado como um dos países mais bem preparados para ocupar o lugar de
protagonista no mundo – amplos recursos naturais, agricultura, pecuária e indústria
diversificadas, enorme potencial de crescimento de produção e consumo; ora destinado a um
eterno papel acessório, de fornecedor de matéria-prima e produtos fabricados com mão de obra
barata, por falta de competência para gerir a própria riqueza.
Agora, somos a sétima economia do planeta. E permanecemos em terceiro lugar entre os mais
desiguais entre todos...
Volto, então, à pergunta inicial: o que significa habitar essa região situada na periferia do
mundo, escrever em português para leitores quase inexistentes, lutar, enfim, todos os
dias, para construir, em meio a adversidades, um sentido para a vida?”
TEXTO II
Observe ambas as obras da pintora modernista Tarsila do Amaral:
(Os Operários - Tarsila do Amaral)
(Abaporu - Tarsila do Amaral)
PROPOSTA DE REDAÇÃO
A partir da leitura atenta dos textos acima redija um texto dissertativo-argumentativo sobre “A
identidade brasileira entre a diversidade cultural e a precariedade social”.
 Instruções:
 1. O rascunho da redação deve ser feito no espaço apropriado.
 2. O texto definitivo deve ser escrito a tinta, na folha definitiva, em até 30 linhas.
 3. A redação que apresentar cópia dos textos da Proposta de Redação terá o número de linhas
copiadas desconsiderado para efeito de correção.

 Receberá nota zero, em qualquer das situações expressas a seguir, a redação que:
 1. tiver até 7 (sete) linhas escritas, sendo considerada texto-insuficiente.
 2. fugir ao tema ou que não atender ao tipo dissertativo-argumentativo.
 3. apresentar proposta de intervenção que desrespeite os direitos humanos.
 4. apresentar parte do texto deliberadamente desconectada do tema proposto.
TEXTO I
Cérebro Eletrônico
O cérebro eletrônico faz tudo
Faz quase tudo
Faz quase tudo
Mas ele é mudo
O cérebro eletrônico comanda
Manda e desmanda
Ele é quem manda
Mas ele não anda
Só eu posso pensar
Se Deus existe
Só eu
Só eu posso chorar
Quando estou triste
Só eu
Eu cá com meus botões
De carne e osso
Eu falo e ouço.
Eu penso e posso
Eu posso decidir
Se vivo ou morro por que
Porque sou vivo
Vivo pra cachorro e sei
Que cérebro eletrônico nenhum me dá socorro
No meu caminho inevitável para a morte
Porque sou vivo
Sou muito vivo e sei
Que a morte é nosso impulso primitivo e sei
Que cérebro eletrônico nenhum me dá socorro
Com seus botões de ferro e seus
Olhos de vidro
Gilberto Gil. Cérebro Eletrônico. In: Gilberto Gil (CD), 1969.
TEXTO II
Assista ao trailler: https://www.youtube.com/watch?v=TggD91pV6KE
TEXTO III
Analfabetismo Afetivo
O tema da afetividade é uma magnífica porta de entrada para começar uma reflexão sobre os
maus-tratos e a intolerância que se propagam, de maneira sutil, no mundo contemporâneo. Não
conseguimos conceitualizar ainda o importantíssimo papel da afetividade, não só na vida
cotidiana, mas também em dimensões onde até há pouco ela era considerada um estorvo, como
é o caso da pesquisa científica. Assunto claro para os que se preocupam, a nível mundial, com
a formação de pesquisadores, pois sabem que a atitude científica é produto da partilha de rotinas
com mestres treinados em orientar sua paixão para a formulação de hipóteses pertinentes que
serão validadas com escrúpulo e esmero num jogo de distinções analíticas. Cada vez estamos
mais dispostos a reconhecer que o tipicamente humano, o genuinamente formativo, não é a
operação fria da inteligência binária, pois as máquinas sabem dizer melhor que nós dois mais
dois são quatro. O que nos caracteriza e diferencia da inteligência artificial é a capacidade de
emocionar-nos, de reconstruir o mundo e o conhecimento a partir dos laços afetivos que nos
impactam.
Há alguns anos, ainda acreditávamos que as máquinas poderiam substituir-nos nas tarefas
fundamentais. Por isso era frequente representar o futuro como uma sociedade robotizada. Este
sonho terrível foi-se dissipando no horizonte científico e social, porque agora é claro que, se o
robô pode reproduzir certas funções ou atividades humanas, ninguém conseguiu inventar um
computador capaz de sentir, de comprometer-se com o entorno, de chorar ou de rir. E este não
é um fato intranscendente. Como nós, seres humanos, só podemos descobrir-nos nos espelhos
deformantes que a cultura nos oferece, hoje podemos constatar que o pesadelo do homem -
máquina, tão perseguido pelo Ocidente, também serviu para ratificar de maneira profunda e
certeira a autêntica dimensão do humano. O que caracteriza nosso pensamento, nossa
cognição, o que nenhuma máquina jamais poderá suplantar, é precisamente esse componente
afetivo presente em todas as manifestações da convivência interpessoal. Mesmo aceita esta
afirmação em sua validade geral, continuamos tendo dificuldade para reconhecer, em cada um
de nossos espaços cotidianos, o que consiste esse componente afetivo e de que maneira
devemos fomentá-lo.
Luis Carlos Restrepo. O Direito à Ternura. Petrópolis, RJ: Vozes, 1998.
PROPOSTA DE REDAÇÃO
Redija uma redação, de caráter dissertativo-argumentativo, justificando sua escolha e
defendendo seu ponto de vista sobre o tema "Os efeitos da relação entre homem e as
tecnologias no século XXI".
Instruções:
1. O rascunho da redação deve ser feito no espaço apropriado.
2. O texto definitivo deve ser escrito à tinta, na folha definitiva, em até 30 linhas.
3. A redação que apresentar cópia dos textos da Proposta de Redação terá o número de linhas
copiadas desconsiderado para efeito de correção.
Receberá nota zero, em qualquer das situações expressas a seguir, a redação que:
1. tiver até 7 (sete) linhas escritas, sendo considerada texto-insuficiente.
2. fugir ao tema ou que não atender ao tipo dissertativo-argumentativo.
3. apresentar proposta de intervenção que desrespeite os direitos humanos.
4. apresentar parte do texto deliberadamente desconectada do tema proposto.
Comentário: No mundo em que vivemos, o homem defronta-se diariamente com o império das
máquinas, que surgiram para facilitar a rotina e otimizar o tempo, atenuar o desgaste físico em
atividades diárias e, ainda, estreitar as longas distâncias que nos separavam há poucos séculos.
Nós, sujeitos da contemporaneidade, não podemos nos reconhecer sem a presença dessas
máquinas. Entretanto, hoje refletimos sobre as condições que tais máquinas estabeleceram para
que possamos fazer parte desse mundo; refletimos, sobretudo, sobre que tipo de humanidade
temos exercido e construído. O homem, criador e criatura diante de uma máquina, percebe-se,
muitas vezes, em um desamparo que também constrói sua existência – espaço que finalmente
nos encontramos na atualidade à procura de satisfazer as necessidades mais básicas do ser. É
estranho olharmos um mundo em total crescimento e abundância quando se trata de tecnologia
e percebermos, ao mesmo tempo, que falta o que nos é mais importante para continuar vivendo,
a nossa humanidade. Sendo assim, procure estabelecer uma relação crítica entre o homem e
a máquina na sociedade contemporânea e globalizada, levando em consideração o
questionamento a respeito do que se pode considerar ser humano. Não esqueça de apresentar
alguma proposta de intervenção para minimizar os efeitos negativos dessa relação. Seria uma
possibilidade voltar a viver como nossos antepassados, sem acesso a todas as tecnologias que
somos acostumados hoje?
TEXTO I
Apesar de você - Chico Buarque
Apesar de você
Amanhã há de ser
Outro dia
Eu pergunto a você
Onde vai se esconder
Da enorme euforia
Como vai proibir
Quando o galo insistir
Em cantar
Água nova brotando
E a gente se amando
Sem parar
Fonte: https://w w w.letras.mus.br/chico-buarque/7582/
TEXTO II
Como nossos pais - Elis Regina
Nossos ídolos ainda são os mesmos
E as aparências não enganam não
Você diz que depois deles não apareceu mais ninguém
Você pode até dizer que eu tô por fora
Ou então que eu tô inventando...
Mas é você que ama o passado e que não vê
É você que ama o passado e que não vê
Que o novo sempre vem.
Fonte: https://w w w.letras.mus.br/elis-regina/45670/
TEXTO III
Sinistros Resíduos de um Samba
Não chore meu amor não chore
Que amanhã não será outro dia.
(In: BRITO, Antônio Carlos de. Lero-lero. Rio de Janeiro: 7 Letras, 2002. São Paulo. Cosac e Naif. p.131)
PROPOSTA DE REDAÇÃO
Com base nos textos anteriores, reflita a respeito da seguinte pergunta: de que maneira o fim,
independente da instância em que ele ocorra, pode representar a reconstrução, a
reorganização do que não está ou não se mostra bem? De que ma neira o fim pode
representar um começo? Redija um texto dissertativo-argumentativo para responder essa
pergunta.
Instruções:
1. O rascunho da redação deve ser feito no espaço apropriado.
2. O texto definitivo deve ser escrito à tinta, na folha definitiva, em até 30 linhas.
3. A redação que apresentar cópia dos textos da Proposta de Redação terá o número de linhas
copiadas desconsiderado para efeito de correção.
Receberá nota zero, em qualquer das situações expressas a seguir, a redação que:
- tiver até 7 (sete) linhas escritas, sendo considerada texto-insuficiente.
- fugir ao tema ou que não atender ao tipo dissertativo-argumentati vo.
- apresentar proposta de intervenção que desrespeite os direitos humanos.
- apresentar parte do texto deliberadamente desconectada do tema proposto.
Comentário:
Assim como são inesgotáveis as dúvidas sobre a origem do planeta Terra e da existência
humana nele, muito se tem falado a respeito do fim do mundo e, consequentemente, da
humanidade. Discussões das mais diversas procuram encontrar razões para tanto alvoroço.
Programas de televisão se aproveitam da insegurança de alguns para erguer sua escala no
Ibope, charlatões religiosos angariam devotos, empresas de turismo faturam com as rotas para
os paraísos ainda existentes. Certas culturas, inclusive, acreditam tanto nessa hipótese que se
preparam para o fatídico momento. Algumas filosofias refletem sobre o estado das relações
humanas, sejam elas políticas, culturais, sociais, e atestam que as discrepantes desigualdades,
os atentados à vida em sociedade, o inescrupuloso sistema de governo, de certa forma, já
indicam o fim dos tempos. A partir desse cenário, você deve se questionar: Cada encerramento
de época, de experiência, de vivência inicia um momento totalmente novo ou estaríamos nós
sempre presos em um mesmo sistema, que, no fundo, em nada se altera? Pense a partir dos
exemplos dados no texto de apoio escritos durante a ditadura brasileira. Frente ao atual cenário
político brasileiro, o que mudou? Algo mudou?
Primeiramente, leia, observe e reflita sobre os textos abaixo:
Não é de hoje que ouvimos o músico e compositor Lobão criar polêmicas. Recentemente, com
a publicação de seu novo livro, intitulado “Manifesto do Nada na Terra do Nunca” (2013), Lobão
abre os debates novamente. Acompanhe trechos do livro na reportagem em seguida, publicada
no jornal Folha de São Paulo, no dia 02 de maio.
Independentemente de concordarmos ou não com Lobão, é interessante observar o quanto a
liberdade de expressão, assumida com veemência pelo músico, o qual defende suas ideias sem
parecer se preocupar com as opiniões alheias, causou tamanho alvoroço nos meios de
comunicação, sobretudo, nas redes sociais – lugar conhecido por sua liberdade. De tal forma,
foram diversas as críticas, os comentários, os tweets sobre questões que dali surgiram.
Por outro lado, leia um trecho da entrevista feita pelo jornal Estadão com a defensora
pública Vanessa Vieira, responsável por ajuizar ação contra Levi Fidelix, na época
candidato a presidência do Brasil, devido ao seu discurso em relação as minorias:
ESTADÃO: Como ensinar a diferença entre liberdade de expressão e incitação ao ódio?
VANESSA: A diferença entre as duas coisas nem sempre é fácil de fazer. Muitas vezes, discurso
de ódio está travestido de liberdade de expressão, de liberdade religiosa. O critério que a gente
procura utilizar é que discurso de ódio é aquele que de fato incita a violência, a discriminação,
coloca que aquele grupo social merece menos respeito, menos direitos que outros grupos. Muitas
vezes, as pessoas falam coisas discriminatórias, preconceituosas, sob o manto da liberdade de
expressão e da liberdade religiosa.
ESTADÃO: Qual foi a estratégia usada para chegar à condenação?
VANESSA: Nós entendemos que não foram apenas as pessoas que denunciaram ou as pessoas
que de algum forma reclamaram para a gente as prejudicadas e lesadas, mas toda a população
LGBT. Nós baseamos nossa ação no argumento de que a liberdade de expressão tem, sim,
limites e afirmamos para a juíza que todo esse discurso homofóbico, transfóbico, discriminatório
gera danos reais à sociedade. Nós vimos o ano passado, nesse ano, vemos sempre, pessoas
sendo agredidas, assassinadas em virtude da sua orientação sexual ou da sua identidade de
gênero. Muitas vezes pessoas heterossexuais são assassinadas por serem confundidas com
homossexuais. Juntamos, na ação, recortes de jornal de mortes e agressões em virtude da
orientação sexual e da identidade de gênero.
Fonte: Estadão, 22/03/2015
PROPOSTA DE REDAÇÃO
A partir das reflexões, elabore um texto dissertativo-argumentativo sobre "Os limites entre
liberdade de expressão e discurso de ódio".
Instruções:
1. O rascunho da redação deve ser feito no espaço apropriado.
2. O texto definitivo deve ser escrito à tinta, na folha definitiva, em até 30 linhas.
3. A redação que apresentar cópia dos textos da Proposta de Redação terá o número de linhas
copiadas desconsiderado para efeito de correção.
Receberá nota zero, em qualquer das situações expressas a seguir, a redação que:
- tiver até 7 (sete) linhas escritas, sendo considerada texto-insuficiente.
- fugir ao tema ou que não atender ao tipo dissertativo-argumentati vo.
- apresentar proposta de intervenção que desrespeite os direitos humanos.
- apresentar parte do texto deliberadamente desconectada do tema proposto.
Comentário:
Para um país como o nosso, que já passou por momentos históricos de grande censura, a
liberdade de expressão certamente é algo de grande valor. A possibilidade de falar ou escrever
sem que haja um cerceamento por parte das instituições é um direito democrático, isto é,
premissa para a construção de uma sociedade justa e igualitária, pois possibilita a todas e todos
o direito a fala. No entanto, em muitos casos, o direito a liberdade de expressão, ou seja, falar
livremente sem quaisquer amassas sociais, pessoais, políticas etc acaba revelando opiniões
preconceituosas e infundamentadas, que além de revelar a ignorância daquele que as enuncia,
reforça um sistema de preconceito e descriminação ainda tão presente em nossa sociedade.
Assim, perceber os limites entre a liberdade de expressão e o discurso de ódio é a grande
questão posta por esse tema. Pense: Deve ser permitido falar sobre tudo e todos independente
de sermos ofensivos com determinados grupos sociais/culturais sob a premissa de não censura?
Ou não? Devemos combater esse tipo de discurso, pois essa é também uma forma de combater
o próprio preconceito e evitar seus efeitos mais extremos, como violência e mortes? Não esqueça
de evidenciar sua proposta de intervenção: quem, afinal, é responsável por controlar esses
discursos? De que forma esse controle deve ser feito?
TEXTO I
Disponível em https://pt.w ikipedia.org/w iki/Identidade_de_gênero. Acesso 31 jan 2018.
TEXTO II
Em 2014, após reclamações de usuários que queriam mais opções em seus perfis, o Facebook
passou a oferecer mais de 50 opções de termos para classificar gêneros. É possível ainda
escolher por qual pronome você deseja ser chamado, “ele”, “ela” ou “neutro”.
A novidade já existe em países como EUA, Reino Unido e Argentina e incluem classificações
como andrógino, transgênero, entre outros. Em entrevista ao jornal inglês The Independent,
Simon Milner, diretor do Facebook no Reino Unido, afirmou que, com essas inclusões, “o
Facebook está permitindo que as pessoas sejam elas mesmas e fazendo que os usuários se
sintam confortáveis em expressar quem são”.
[...] No mundo atual onde pessoas se expressam de forma tão diversa e plural, o respeito à
singularidade e a tolerância de cada individuo torna-se fator de extrema importância. Olhar para
um mundo com mais respeito à diversidade dos gêneros é entender que o outro, independente
de sua orientação é alguém que merece respeito e direitos políticos, sociais e econômicos.
(UOL, 26/12/2014)
TEXTO III
Disponível em https://w w w.pinterest.pt/pin/476044623090246400/ Acesso 31 jan 2018.
TEXTO IV
Disponível em reporterunesp.jor.br/2015/06/17/transexualidade-vivencia-e-dificuldades/ Acesso 31 jan 2018.
PROPOSTA DE REDAÇÃO
A partir dos textos de apoio e o seu conhecimento de mundo, redija um texto dissertativo-
argumentativo sobre o tema "A necessidade de respeito à identidade de gênero no Brasil".
Instruções:
1. O rascunho da redação deve ser feito no espaço apropriado.
2. O texto definitivo deve ser escrito à tinta, na folha definitiva, em até 30 linhas.
3. A redação que apresentar cópia dos textos da Proposta de Redação terá o número de linhas
copiadas desconsiderado para efeito de correção.
Receberá nota zero, em qualquer das situações expressas a seguir, a redação que:
- tiver até 7 (sete) linhas escritas, sendo considerada texto-insuficiente.
- fugir ao tema ou que não atender ao tipo dissertativo-argumentativo.
- apresentar proposta de intervenção que desrespeite os direitos humanos.
- apresentar parte do texto deliberadamente desconectada do tema proposto.
Comentário:
Sabemos que, em nossa sociedade, um conjunto de práticas e símbolos nos fazem quem somos.
Ser quem somos não é só um processo natural, mas também sócio-cultural. Podemos observar
que, atualmente, a construção de nossa identidade de gênero tem se mostrado uma tarefa
bastante complexa e, talvez por isso, muitos conflitos ocorram. Sendo assim, é nesse cenário
que uma série de preconceitos e estereótipos manifestam-se, o que acaba legitimando desde
violência simbólica interpessoal (quando as próprias pessoas excluem ou constrangem outras
pessoas devido ao seu gênero) e institucional (com o não reconhecimento de uma série de
direitos e ainda a patologização dessas identidades) até violência física (com requintes de
crueldade!). Nesse sentido, o respeito às identidades de gênero no Brasil se mostra
extremamente necessário para assegurar a construção de uma sociedade igualitária, isto é, que
todos e todas tenham os mesmos direito enquanto cidadãos. Não esqueça de apresentar uma
proposta de intervenção para alteração dessa realidade social. Indique, por exemplo, que a
conscientização por meio da informação é o caminho para combater diversos preconceitos, mas
que apenas com políticas públicas sérias e efetivas esse cenário poderá finalmente ser alterado.
TEXTO I
Segundo dados da Anistia Internacional, dos 30 mil jovens vítimas de homicídios por ano, 77%
são negros. O movimento negro vem denunciando há tempos o que chama de extermínio da
juventude negra.
[...]
A verdade é que as vidas negras não importam dentro dessa lógica racista. Judith Butler define
bem isso em entrevista a George Yancy: “Quando algumas pessoas refazem a mensagem ‘a
vida da população negra importa’ para ‘Toda Vida Importa’, elas não entendem o problema, mas
não porque a mensagem delas é falsa. É verdade que todas as vidas importam, mas é
igualmente verdade que nem todas as vidas são construídas para importar. E é precisamente
por isso que é mais importante nomear as vidas que não importam e estão lutando para isso no
modo que elas merecem".
E é por isso que nós, feminismo negro, movimento negro e aliados, seguiremos dizendo: a vida
negra importa. E é necessário que essa sociedade, além de chorar essas mortes, se
responsabilize por elas. Nós não esqueceremos.
(Djamila Ribeiro, Carta Capital, 03/03/2016)
TEXTO II
Disponível em w ww.capitalteresina.com.br Acesso 31 jan de 2018
TEXTO III
O número de denúncias de racismo no Distrito Federal foi multiplicado por 11 nos últimos quatro
anos, segundo dados registrados pelo Ministério Público local. Desde janeiro, o órgão registrou
90 ocorrências de injúria racial e racismo. A pilha de casos é 87% maior que os 48 identificados
no ano passado [2014], e 1025% maior que os nove casos de 2011. [...] “As práticas
discriminatórias não podem ser toleradas, porque elas são um câncer social. Elas anulam o que
tem de mais importante em uma sociedade democrática, que é o princípio da igualdade”, afirma.
A legislação sobre o tema foi alterada em 2010, quando o MP começou a ajuizar processos sobre
o tema.
(G1, 20/12/2015)
PROPOSTA DE REDAÇÃO
A partir do seu conhecimento de mundo e após a leitura desses dois textos,
redija um texto de caráter dissertativo-argumentativo sobre o tema "A
persistência do racismo na sociedade brasileira".
Instruções:
1. O rascunho da redação deve ser feito no espaço apropriado.
2. O texto definitivo deve ser escrito à tinta, na folha definitiva, em até 30 linhas.
3. A redação que apresentar cópia dos textos da Proposta de Redação terá o número de linhas
copiadas desconsiderado para efeito de correção.
Receberá nota zero, em qualquer das situações expressas a seguir, a redação que:
- tiver até 7 (sete) linhas escritas, sendo considerada texto-insuficiente.
- fugir ao tema ou que não atender ao tipo dissertativo-argumentati vo.
- apresentar proposta de intervenção que desrespeite os direitos humanos.
- apresentar parte do texto deliberadamente desconectada do tema proposto.
Comentário:
Por mais que muitos ainda insistam em negar, o racismo presente em nossa sociedade é cada
dia mais evidente. Podemos dizer que a escravidão, presente em grande parte da história do
país, foi a primeira manifestação de subordinação do negro pelo branco. Nesse período homens
e mulheres eram retirados de suas casas, caçados e obrigados a executar trabalhos forçados
em um nova terra. Esse fato histórico certamente ainda hoje necessita de reparação histórica,
tanto pelo própria escravidão quanto pela falta de planejamento e inserção social na época, uma
vez que a população negra liberta era condenada a condições ainda muito degradantes de
trabalho e de vida. Devido a todo esse sistema de segregação (que ainda hoje existe!), grande
parte da população negra ainda mantem-se à margem dos grandes centros em periferias e
favelas. No entanto, o racismo não se limita a segregação espacial, mas também na manutenção
de uma série de estereótipos construídos em torno da identidade negra no períodos colonial com
a finalidade de animalizar e inferiorizar essas pessoas. Pense nos casos mais conhecidos de
racismo, como os ocorridos em partidas de futebol, em que negros são frequentemente
chamados de “macacos”. Procure pensar em outros casos, mas não se limite aos que se tornam
noticias. Olhe no seu cotidiano. Tente lembrar de situações em que você presenciou racismo e
o que você fez para resolver a situação. Essa pode ser sua proposta de intervenção! Não
esqueça de comentar sobre a necessidade sobretudo de conscientização sobre o racismo e do
desenvolvimento e aplicação de leis mais severas para casos como esses.
TEXTO I
Causa repúdio a nota publicada pela Associação Brasileira de Bares e Casas Noturnas (Abrabar)
no dia 18, em sua página no Facebook, em que, além de solicitar que essas pessoas sejam
forçadas a deixar as ruas, pede que sejam colocadas cercas sob as marquises. São supostas
soluções para um sério problema social que se revelam inconstitucionais e contrárias aos
ditames internacionais de direitos humanos, por violar o direito de ir e vir e o direito à cidade.
Configura-se um pleito de caráter “higienista”, uma verdadeira tentativa de promoção de uma
espécie de “limpeza social” que não merece ser acolhida nem pela sociedade, nem pelo poder
público.
Pessoas em situação de rua são indivíduos detentores dos mesmos direitos civis e políticos que
qualquer outro cidadão.
Fonte: Gazeta do povo, 26/01/2016
TEXTO II
Na última semana, os mais afetados pela baixa temperatura do Sul e Sudeste do Brasil foram os
moradores de rua. Em meio às cinco mortes na capital paulistana e denúncias divulgadas pela
imprensa de que a Guarda Civil Municipal (GCM) retirava colchões e papelões de quem tinha
poucas condições de se abrigar do frio, o prefeito Fernando Haddad (PT) declarou: “O que
estamos tentando impedir é a refavelização, que acontecia com muita frequência”. Na quinta -
feira (16), ele pediu desculpas e disse que um novo decreto será baixado para proibir a retirada
dos pertences dessas pessoas.
Rosalina Santa Cruz, professora de Serviço Social da PUC de São Paulo e ex-secretária da
AssistênciaSocial da Prefeitura de São Paulo na gestão de Luiza Erundina (1989-1993), defende
uma política mais humanitária, com abordagem gentis, além do direito do morador de rua de
decidir permanecer na rua ou de ser transferido ao abrigo. Fabio Fortes, presidente do Conselho
de Segurança Comunitária do bairro de Santa Cecília, em São Paulo, diz que a afirmação do
prefeito de que é preciso impedir a “refavelização” das praças públicas estava correta – mas diz
que a “favelização” é resultado da ausência de políticas públicas por parte da prefeitura de São
Paulo.
Fonte: Revista Época, 17/06/2016
PROPOSTA DE REDAÇÃO
A partir da leitura dos textos de apoio somados ao seu conhecimento de mundo, redija um
texto dissertativo-argumentativo com o intuito de responder a questão: "Quem tem direito à
cidade?"
Instruções:
1. O rascunho da redação deve ser feito no espaço apropriado.
2. O texto definitivo deve ser escrito à tinta, na folha definitiva, em até 30 linhas.
3. A redação que apresentar cópia dos textos da Proposta de Redação terá o número de linhas
copiadas desconsiderado para efeito de correção.
Receberá nota zero, em qualquer das situações expressas a seguir, a redação que:
- tiver até 7 (sete) linhas escritas, sendo considerada texto-insuficiente.
- fugir ao tema ou que não atender ao tipo dissertativo-argumentati vo.
- apresentar proposta de intervenção que desrespeite os direitos humanos.
- apresentar parte do texto deliberadamente desconectada do tema proposto.
Comentário:
Por mais óbvio que possa parecer, é sempre importante ressaltar que todos os cidadãos devem
ter os mesmos direitos. No entanto, para alguns grupos de pessoas os valores de uma sociedade
democrática, igualitária e humanista são negados: É o caso dos moradores de rua. Pessoas
ignoradas, invisibilizadas e sem qualquer auxílio vivem nas ruas atualmente tentando sobreviver.
No entanto, tanto instituições públicas quanto instituições privadas excluem e segregam cada
vez mais essas pessoas, principalmente, no que diz respeito aos seus direitos básicos enquanto
cidadãos. Dessa forma, a partir desse cenário, você deve se questionar sobre, afinal, quem tem
o direito de ocupar a cidade, uma vez que a igualdade de oportunidades não é a mesma para os
moradores de rua. Não esqueça também de indicar formas de resolver esse problema. Proibir
determinadas pessoas de transitarem por determinados locais da cidade parece uma solução?
Talvez, visando a resolução ou mesmo diminuição dessa problemática, o desenvolvimento de
políticas públicas tanto de saúde quanto de segurança para moradores de rua seja a alternativa
mais humana.
TEXTO I
Sob os ecos das explosões de terça-feira e em meio ao luto pelas vítimas da
tragédia, Bruxelas procura retomar uma normalidade cotidiana, ainda atormentada por muitas
questões sem respostas. Ao mesmo tempo em que os mortos dos ataques começaram a ganhar
um nome e uma história, as investigações policiais avançaram na identificação dos autores da
chacina, estabelecendo uma ligação concreta entre os atentados ocorridos em Paris, em
novembro, e agora na capital belga. Em nível europeu, as autoridades acumulam reuniões na
busca de formas de enfrentar a crescente ameaça terrorista no continente. Os três extremistas
dos ataques de Bruxelas tiveram suas identidades formalmente confirmadas por meio de suas
impressões digitais.
Ibrahim el-Bakraoui e Najim Laachraoui detonaram os explosivos por volta das 8h no
aeroporto de Zavantem. Khalid el-Bakraoui fez o mesmo pouco depois das 9h, na estação de
metrô Maelbeek. A identificação indica que os atentados de Paris e de Bruxelas teriam sido
planejados e cometidos pela mesma célula terrorista, da qual participava também Salah
Abdeslam, envolvido nos ataques na capital francesa e preso na última sexta-feira.
Ibrahim el-Bakraoui, 30 anos, teria sido detido na Turquia em junho do ano passado, e expulso
do país um mês depois, segundo autoridades de Ankara. Antes, em 2010, havia sido sentenciado
pela Justiça belga a uma pena de nove anos de prisão por ter atirado com um fuzil kalashnikov
contra policiais, ferindo um deles. Seu irmão Khalil, 27 anos, tinha sido condenado em 2011 a
cinco anos de detenção por roubo de carros e é suspeito de ter alugado o apartamento em
Bruxelas que serviu de base para a preparação dos ataques na capital francesa.
NajimLaachraoui, 24 anos, o terceiro elemento, é apontado como o coordenador da logística dos
atentados de Paris, desde Bruxelas.
À parte das investigações, o dia foi marcado por fortes emoções para os belgas. Na Place de la
Bourse, Leila Nabad, 38 anos, nascida em Bruxelas e muçulmana de origem marroquina,
chorava durante o minuto de silêncio respeitado em todo país, ao meio-dia, em memória das
vítimas dos ataques:
— Sinto um desgosto enorme. Mas não queria sentir ódio. Nasci aqui, sempre vivi aqui, e nunca
deixarei Bruxelas — declarou.
Leila, que mora no bairro de Molenbeek, foco do jihadismo europeu, defende o multiculturalismo
de Bruxelas, e teme que os últimos acontecimentos possam influenciar negativamente no reforço
dos comunitarismos.
— Deveríamos ter cotas de nacionalidades nos bairros das cidades, tínhamos de viver
misturados — sugere.
Ao final dos 60 segundos, o silêncio da Place de la Bourse foi interrompido por uma onda de
aplausos, entremeados por gritos de "Viva a Bélgica!" e "Estamos todos juntos!".
De acordo com os últimos números oficiais, os ataques causaram pelo menos 31 mortos e cerca
de 300 feridos, dos quais em torno de 150 ainda estão hospitalizados, sendo 61 em estado grave.
O consulado do Brasil informou que quatro brasileiros estavam entre os feridos, mas já foram
liberados de atendimento médico.
No plano político, o presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, acusou os países
da União Europeia de "passividade" diante da ameaça terrorista, e também denunciou o atraso
na aplicação do registro de identificação de passageiros (o PNR, na sigla em inglês) no
continente:
— Se todos os governos tivessem aplicado as propostas da comissão, não estaríamos na
situação de hoje.
Fonte: http://zh.clicrbs.com.br/rs/noticias/noticia/2016/03/um-dia-depois-dos-ataques-terroristas-
dor-e-duvidas-marcam-bruxelas-5238449.html
TEXTO II
Episódios envolvendo tiroteios, execuções, morte de criança por bala perdida, ônibus incendiado,
sequestro e desaparecimento nos últimos 25 dias realçam o crescimento de um fenômeno cada
vez mais em evidência em Porto Alegre.
A exemplo do que ocorre há décadas no Rio de Janeiro, onde o tráfico desce o morro para acertar
as contas no asfalto, a capital gaúcha padece com o avanço de quadrilhas pela cidade, fruto de
guerras pelo controle de pontos de tráfico e o descontrole sobre a criminalidade.
— A insegurança é enorme. Não é só traficante matando rival. Está atingindo a todos nós. Não
tem dia, hora ou lugar. Estamos expostos a esses desatinos — lamenta a promotora Lúcia
Helena Callegari, que atua junto à 1ª Vara do Júri de Porto Alegre.
A promotora diz faltar organização na segurança pública e critica a escassez de vagas em
cadeias, que tem gerado a soltura de presos para cumprir pena em casa, alguns sob
monitoramento de tornozeleiras eletrônicas.
— Há uma liberalidade para concessão desses benefícios aos criminosos e isso tem reflexo forte
nas ruas — assegura.
O recrudescimento da violência coincide com a falta de dinheiro do Estado para investimentos.
Em janeiro, o governador José Ivo Sartori restringiu contratações por 180 dias e determinou
cortes no pagamento de horas extras.
Na Polícia Civil, a investigação de homicídios na Capital, por exemplo, está comprometida porque
policiais que trabalhavam até 40 horas a mais por mês, agora não passam de oito horas
adicionais. De acordo com Wilson Müller, presidente da Associação dos Delegados da Polícia
Civil, o principal problema da corporação é "absoluta falta de pessoal".
— A defasagem é imensa. O policial escolhe o crime que vai investigar, sempre os mais graves
e os mais recentes — observa Müller.
A Ugeirm-Sindicato, que representa escrivães, inspetores e investigadores, marcou paralisação
para 28 de abril.
Na Brigada Militar (BM), o corte nas horas extras se soma à diminuição natural na tropa por conta
de aposentadorias e a um antigo déficit de policiais militares (PMs), que beira 40%. O resultado
é um enxugamento no patrulhamento. Nos cálculos da Associação Beneficente Antônio Mendes
Filhos (Abamf), entidade que representa cabos e soldados da BM, o efetivo nas ruas emagreceu
em 20%.
— Falta planejamento para segurança — reclama Leonel Lucas, presidente da Abamf.
Oficialmente, os gaúchos desconhecem os resultados do trabalho das polícias em 2015. Na
semana passada, a Secretaria da Segurança Pública (SSP) se limitou a divulgar percentuais de
redução e elevação de alguns crimes, sem revelar detalhes. Segundo o coronel Paulo Moacyr
Stocker, subcomandante-geral da BM, a criminalidade de um modo geral está em baixa no
Estado. Ele também garante que a redução das horas extras atingiu apenas 2% dos PMs nas
ruas:
— Não falta policiamento. Poderia ser melhor? Sim. Há desafasagem histórica. Mas, hoje, os
resultados provam que as ações melhoram em relação a anos anteriores.
Para Stocker, não existe uma onda de violência. Na opinião de Cléber Ferreira, delegado regional
da Polícia Civil em Porto Alegre, a sequência de crimes é anormal e tende a reduzir.
Fonte: http://zh.clicrbs.com.br/rs/noticias/noticia/2015/04/violencia-assusta-e-desafia-porto-alegre-
4744455.html#
PROPOSTA DE REDAÇÃO
Com base nos textos de apoio, redija sua redação de caráter dissertativo-argumentativo acerca
da "Falta de segurança na vida urbana". Você pode se basear em sua experiência pessoal e
relatos que já tenha ouvido para discorrer sobre a violência que impera nas cidades atualmente
e que enche as revistas e telejornais, violência, esta, a que estão submetidas tanto as cidades
europeias quanto as cidades brasileiras.
Comentário
Sobre o tema "Falta de segurança urbana", você pode tanto a partir do contexto europeu quanto
do contexto brasileiro apresentar fatos e acontecimentos, inclusive, do seu cotidiano. Você acha
que existe uma crise na segurança pública? Pense nos hábitos de seus pais e avós: eles tinham
medo de sair na rua à noite? Costumavam trancar as portas? E você? Ao que você atribui essa
mudança de comportamentos? Os textos de apoio levantam algumas hipóteses: a desigualdade
social, por exemplo, pois, se existe uma parcela da população completamente marginalizada e
sem acesso aos principais espaços de socialização e lazer, não parece “normal” que a interação
entre esses grupos e a sociedade em geral seja violenta? No entanto, como podemos lidar com
essas problemáticas? Quais programas e políticas de promoção de igualdade podem ser
promovidas? Além disso, outro aspecto muito importante em relação a essa questão é a falta de
planejamento da segurança, pelo menos, no Rio Grande do Sul, o que resulta, dentre outras
coisas, na desvalorização dos policiais. Procure apontar possibilidades de reversão desse
cenário a curto e a longo prazo.
Leia atentamente o texto abaixo, publicado em março de 2016 pelo jornal Metro, em Porto
Alegre, e de autoria do economista Marcos Silvestre.
TEXTO I
O país dos corruptos! (Mas só "os outros"...)
Na veia! Corrupção é a palavra que está em quase toda frase formulada hoje no país.
Infelizmente a corrupção está nas nossas vidas, é parte da cultura cotidiana brasileira. Dê uma
olhada nestes exemplos, e você me dirá se não são coisas com as quais a gente esteja
“acostumado”.
Vaselina. Dar “uma graninha”, qualquer quantia, a qualquer funcionário público ou seu
representante, ou mesmo a funcionários de empresas privadas, para que as coisas “se
resolvam”, apesar da burocracia. “Cara, se não for assim, não sai”! Se não for assim… começa
a sair do jeito certo! Servicinho extra. Pagar o zelador ou funcionários do seu condomínio para,
durante seu expediente de trabalho, prestar pequenos serviços particulares em seu apartamento.
“Tô ajudando eles…” Errado! Na moita… Perceber, em uma compra de vários itens, que algum
produto não foi cobrado, ou que foi cobrado a menor, ou ainda que o troco veio a maior. “Que
mal tem? Tá bem pago, né?!” Errado! Tchauzinho. Bater em carro alheio no estacionamento, e
sair de fininho (torcendo para ninguém ter anotado a placa). Não vai ser legal o dia que acontecer
com você? Daí não adianta xingar “o fdp que…”. Quer notinha? Simplesmente deixar de pedir
nota fiscal (ou até recusá-la, quando oferecida) naquele posto de combustíveis que,
espertamente, primeiro passa o cartão… e só depois pergunta se quer nota. Um uisquinho! Dar
gorjeta ao garçom no começo de uma festa (como um casamento, por exemplo) para ser “melhor
atendido”. (Se for no final, como gratificação pelos bons serviços prestados, tudo bem. Deduz
aê! Tentar lançar despesa falsa para aumentar a restituição do Imposto de Renda. “Mas os caras
já arrecadam demais”! Sonegação é sonegação, não tem a ver com a (in)competência do
governo. Mude… e exija mudança! Particularmente, não sou da opinião que, quem comete algum
destes erros “menores” na conduta de sua vida financeira, não chega a ter o direito de criticar a
corrupção de políticos e empresários que roubam milhões. Até tem. Mas creio que toda pessoa
nestas circunstâncias deve cair na real, perceberque o país está mudando e mudar também,
exigindo mudança geral a partir daí. Afinal, das virtudes humanas, coerência é a maior, porque
sem ela as outras não se sustentam.
Fonte: http://w w w.metrojornal.com.br/nacional/marcos-silvestre/o-pais-dos-corruptos-mas-so-os-outros-268334
PROPOSTA DE REDAÇÃO
A corrupção tem sido pauta de muitas discussões atualmente mas esse não é um fato novo na
política do país nem mesmo nas ações cotidianas de sua população. Sua redação deverá
discorrer sobre a "Corrupção em grande e pequena escala". De que forma incitamos uma
índole corrupta com nossas ações diárias? Haveria uma solução para a corrupção?
Comentário: O tema "Corrupção e pequenas corruptelas do cotidiano" pode ser desenvolvido a
partir de duas esferas, ou seja, tanto a vida pública de forma ampla, com foco nas ações de
nossos governantes, quanto nas suas próprias ações diárias. Reflita sobre a relação entre
ambas. Se no fundo ambas as formas de corrupção acabam prejudicando um terceiro (mesmo
que nas pequenas corruptelas do cotidiano não seja tão fácil perceber, pois já estamos
“acostumados”), qual a diferença essencial entre elas? Como devemos mudar a mentalidade das
pessoas para que percebam que as críticas em relação aos nossos governantes deveria ser
aplicada também na nossa própria vida?
Incentivo à cultura
Ao mesmo tempo em que diz sobre um povo - sobre seus costumes, crenças e tradições -, o
termo cultura pode ser empregado também como sinônimo de educação, cabendo ao governo
proporcionar aos cidadãos eventos ligados à arte, literatura, música, dança, etc. Vivemos uma
situação paradoxal no Brasil, na qual, de um lado, todos querem mais recursos para a Cultura
e, de outro, ocorrem desvio de verbas destinadas a este fim.
Leia atentamente as manchetes abaixo extraídas do Portal Brasil:
TEXTO I
Ministério da Cultura certifica 27 Pontos de Cultura no País
Acesso à cultura
O reconhecimento facilita a obtenção de apoios, parcerias e permite que as entidades se
articulem com os outros pontos de cultura.
Fonte: http://w w w .brasil.gov.br/cultura/2016/07/ministerio-da-cultura-certifica-27-pontos-de-cultura-no-pais
TEXTO II
Campanha incentiva brasileiros a conhecer museus do País
Acesso à cultura
Instituto Brasileiro de Museus quer valorizar os mais de 3,6 mil museus em
funcionamento no País
Fonte: http://w w w .brasil.gov.br/cultura/2016/07/campanha-incentiva-brasileiros-a-conhecer-museus-do-pais
TEXTO III
Comissão aprova 236 projetos para receber recursos via Rouanet
Incentivo à cultura
Produtores culturais beneficiados devem aguardar a autorização ser divulgada
no Diário Oficial da União
Fonte: http://w w w .brasil.gov.br/cultura/2016/07/comissao-aprova-236-projetos-para-receber-recursos-via-
rouanet
Leia agora a reportagem a seguir publicada recentemente no Correio do Povo:
TEXTO IV
Comissão de Incentivo à Cultura analisa projetos da Lei Rouanet
Operação Lava Jato investiga desvio de recursos federais para contemplados
A Comissão Nacional de Incentivo à Cultura (CNIC) reúne-se em Brasília - de terça-feira a
quinta-feira - para analisar cerca de 300 projetos, que solicitam autorização do Ministério da
Cultura (MinC) para captar recursos por meio do mecanismo de incentivo fiscal da lei 8.313/91
(Lei Rouanet). Criada em 1991, a Lei de Incentivo à Cultura, mais conhecida como Lei Rouanet,
concede incentivos fiscais a projetos e ações culturais. Por meio dela, cidadãos (pessoa física)
e empresas (pessoa jurídica) podem aplicar nestes fins parte do Imposto de Renda devido.
Atualmente, mais de 3 mil projetos são apoiados a cada ano por meio da lei. A reunião será
presidida pelo secretário de Fomento e Incentivo à Cultura, José Paulo Martins. Na quinta-feira,
a reunião da CNIC será transmitida ao vivo pelo site e redes sociais do MinC, com o propósito
de garantir a transparência das discussões. Os projetos aprovados por meio da Lei Rouanet
podem ser acompanhados pelo sistema SalicNet, que oferece acesso aos dados básicos dos
projetos apresentados, aprovados e apoiados, assim como aos valores de cada um deles.
Investigação
A Polícia Federal deflagrou no dia 28 de junho a Operação Boca Livre para
apurar o desvio de recursos federais em projetos culturais com benefícios de
isenção fiscal previstos na Lei Rouanet. A operação - feita em conjunto com o
Ministério da Transparência, Fiscalização e Controle - cumpriu 14 mandados de
prisão temporária e 37 mandados de busca e apreensão em São Paulo, Rio de
Janeiro e no Distrito Federal. Segundo a denúncia, eventos corporativos, shows
com artistas famosos em festas privadas para grandes empresas, livros
institucionais e até mesmo uma festa de casamento foram custeados com
recursos da Lei Rouanet. A ação investiga mais de 10 empresas patrocinadoras
que trabalharam com um grupo de produtores culturais e estima-se que mais de
250 projetos tiveram recursos desviados. As empresas recebiam os valores
captados com a lei e ainda faturavam com a dedução fiscal do imposto de renda.
Com isso, o montante desviado pode ser ainda maior do que R$ 180 milhões,
conforme a Polícia Federal.
Fonte: http://www.correiodopovo.com.br/Noticias/Politica/2016/7/591669/Comissao -de-
Incentivo-a-Cultura-analisa-projetos-da-Lei-Rouanet
PROPOSTA DE REDAÇÃO
Com base nos textos de apoio, redija sua redação dissertativo-argumentativa
sobre o "Incentivo à cultura no Brasil". Não deixe de considerar o dilema
paradoxal que envolve verbas públicas e corrupção, e aponte, se achar
necessário, outras questões que sejam relevantes na discussão este tema.
Comentário: Embora toda a manifestação humana que pressuponha alguma
coletividade seja considerada expressão da cultura, muito ainda relaciona-se
cultura com representação e/ou performance artística (como dança, música,
teatro, literatura, cinema, artes plásticas em geral etc). Nesse sentido, leis de
incentivo à cultura são criadas para assegurar a criação e execução de eventos
culturais tendo em vista o caráter humanizador das artes e da cultura. Sendo
assim, parece imprescindível que seja uma preocupação estatal e que existam
políticas públicas de incentivo à cultura. No entanto, dado ao atual cenário
político brasileiro, já não parece mais novidade que diversos sejam os
escândalos de corrupção que envolvem esses editais. Frente a esse cenário,
para definir seu ponto de vista, questione: Qual a importância da cultura em
nossa sociedade e para cada sujeito individualmente? Na sua opinião, devem
haver políticas e incentivos fiscais para organização de eventos culturais? Por
fim, como combater a corrupção que assola as diversas esferas da sociedade,
mas que nesse caso, relaciona-se diretamente com o setor cultural? Procure
indicar agentes e ações concretas de forma detalhada para fortalecer a sua
proposta de intervenção.

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TEXTO I.docx

  • 1. TEXTO I Má alimentação potencializa desenvolvimento de doenças crônicas Alimentos ultraprocessados são pobres nutricionalmente, ricos em açúcares e gorduras e têm sabor realçado por meio de aditivos químicos. O Ministério da Saúde aconselha evitar esse tipo de comida, e pesquisas divulgadas recentemente corroboram com essa ideia. Teses indicam a relação entre consumo de ultraprocessados e o desenvolvimento de doenças cardiovasculares e crônicas. Para saber mais sobre esse assunto, o Jornal da USP no Ar conversou com a pesquisadora Eurídice Martínez Steele, do Núcleo de Pesquisas Epidemiológicas em Nutrição e Saúde (Nupens) da Faculdade de Saúde Pública (FSP) da USP. Eurídice conta que a Universidade de Paris foi a primeira a fazer uma pesquisa relacionando ultraprocessados e risco para doenças cardiovasculares. O estudo francês foi baseado em aproximadamente 105 mil adultos, com média de idade de 43 anos, que responderam questionários dietéticos de 24h, a cada seis meses, durante dois anos. Os participantes foram acompanhados por cinco anos. Os resultados foram interessantes: “A pesquisa mostrou que aqueles que consumiram mais alimentos ultraprocessados tiveram mais problemas cardíacos. Isso é, o acréscimo de 10% de alimentos ultraprocessados na dieta aumentava em 12% o risco relativo de doenças cardiovasculares, coronárias e cerebrovasculares”, conta. A Universidade de Navarra, na Espanha, complementou essa descoberta. Foram avaliadas as possíveis associações entre a ingestão de alimentos ultraprocessados e o risco de morte, por qualquer causa. Nesse estudo, cerca de 20 mil pessoas, com média de 38 anos, foram acompanhadas durante uma década. Os participantes nesse caso responderam a questionários, assim como na metodologia francesa, e os resultados mostraram que o consumo de alimentos ultraprocessados estava associado ao aumento de 62% no risco de mortalidade. “Para se ter uma ideia, consumir mais de quatro porções de ultraprocessados ao dia aumentou em 62% o risco de morrer por qualquer motivo em comparação à ingestão de duas porções diárias. Para cada porção extra, o risco de morte sobe em 18%”, revela a especialista. Disponível em: https://jornal.usp.br TEXTO II Má alimentação está relacionada com uma em cada cinco mortes no mundo Uma em cada cinco mortes no mundo em 2017 esteve relacionada a uma alimentação ruim, seja por consumo excessivo de sal, açúcar ou carne, ou por carência de cereais integrais e frutas, afirma um estudo divulgado na revista The Lancet. Quase todas as 11 milhões de mortes foram provocadas por doenças cardiovasculares e as demais por câncer ou diabetes tipo 2, associada geralmente à obesidade e ao modo de vida (sedentarismo, alimentação desequilibrada), destaca a pesquisa. O estudo está alinhado com outros dois relatórios publicados em janeiro que ressaltaram o vínculo entre alimentação, meio ambiente e mudança climática. “Estes três fenômenos interagem: o sistemaalimentar não é apenas responsável pela pandemias de obesidade e desnutrição, como também gera entre 25 e 30% das emissões de gases do efeito estufa”, afirmam os especialistas, que apontam em particular a pecuária. “Estes três fenômenos interagem: o sistemaalimentar não é apenas responsável pela pandemias de obesidade e desnutrição, como também gera entre 25 e 30% das emissões de gases do efeito estufa”, afirmam os especialistas, que apontam em particular a pecuária. Para alimentar de maneira saudável os 10 bilhões de seres humanos que a Terra deve ter em 2050 e, ao mesmo tempo, proteger o meio ambiente, um dos estudos já defendia a divisão por dois do consumo mundial de carne vermelha e de açúcar, além de dobrar a ingestão de frutas, verduras e nozes. Por outro lado, alcançar o objetivo recomendado de comer cinco frutas e verduras por dia representaria apenas 2% da renda familiar nos países ricos, porém mais da metade nos países mais pobres. O estudo publicado nesta quinta-feira sobre 195 países calcula que mais de metade das mortes em 2017 foram provocadas por carências de nozes, grãos integrais, leite e cereais integrais. Ao mesmo tempo, as bebidas açucaradas, carnes processadas e os sal registram um consumo em excesso. Quase 2 bilhões de pessoas estão “sobrealimentadas”, enquanto um bilhão sofrem desnutrição, segundo a ONU. “O estudo mostra o que muitos pensam há vários anos: uma alimentação ruim é o principal fator de risco de morte prematura no mundo”, afirmou um dos autores, Christopher Murray, que dirige o Instituto de Metrologia e Avaliação da Saúde, organismo financiado pela fundação Bill e Melinda Gates. Disponível em: https://exame.abril.com.br
  • 2. PROPOSTA DE REDAÇÃO A partir da leitura dos textos motivadores e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija texto dissertativo-argumentativo em modalidade escrita formal da língua portuguesa sobre o tema O crescimento de doenças causadas pela má alimentação, apresentando proposta de intervenção que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista. TEXTO I Desigualdade é a face da globalização, diz secretário-geral da ONU O secretário-geral da ONU, Antonio Guterres, lamentou nesta terça-feira (8), em Cuba, que a globalização, apesar de ter tirado muitos da pobreza, também aumenta a desigualdade no mundo e gera instabilidade social. "O aumento da desigualdade se tornou a face da globalização e gerou descontentamento, intolerância e instabilidade social, sobretudo entre nossos jovens", disse Guterres durante a inauguração do 37º período de sessões da Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal), em Havana. "É verdade que a globalização trouxe diversos benefícios. Mais pessoas deixaram a pobreza extrema que nunca (...), mas há demasiadas pessoas que ficaram para trás", acrescentou. O líder da ONU lembrou que "por mais de uma geração, a renda do 1% mais rico do mundo cresceu em um ritmo duas vezes maior que a dos 50% mais pobres". Guterres destacou que "o desemprego entre os jovens alcança níveis alarmantes, com trágica repercussão" em seu bem-estar, "nas possibilidades de desenvolvimento dos países e até mesmo em algumas regiões do mundo, com impacto negativo em matéria de segurança". Ele afirmou que as mulheres continuam a ter menos possibilidades de participar do mercado de trabalho "e a desigualdade salarial por gênero continua a ser uma preocupação mundial". Ainda neste tema, a secretária-executiva da Cepal, Alicia Bárcena, garantiu que "a pobreza tem o rosto de mulher", já que "um terço das mulheres da região não consegue ter renda própria". Guterres defendeu a busca por uma "globalização equitativa" e pelo potencial da "quarta revolução industrial" que o planeta vive seja aproveitado. "Este é, provavelmente, o desafio mais difícil que teremos nas próximas duas décadas: fazer da quarta revolução industrial uma fonte de bem-estar e progresso, e não um risco que pode ter consequências muito negativas", apontou. Fonte: http://w w w.diariodepernambuco.com.br/app/noticia/mundo/2018/05/08/interna_mundo,751337/desiguald ade-e-a-face-da-globalizacao-diz-secretario-geral-da-onu.shtml TEXTO II Gráficos mostram como mundo está se tornando (realmente) um lugar melhor Segundo acadêmico sueco, pouco lembramos que 200 mil pessoas em todo o mundo deixam a linha de pobreza de US$ 2 por dia [...] Embora seja verdade que a globalização tenha pressionado para baixo os salários da classe média nas últimas décadas, também ajudou a levantar centenas de milhões de pessoas acima da linha de pobreza global — desenvolvimento que ocorreu principalmente no Sudeste Asiático. O acadêmico sueco Hans Rosling alerta, no entanto, que o aumento do populismo nos países ocidentes, com "Trump, Brexit e a eleição de populistas na Hungria e na Itália" traz preocupações para o bem-estar global. "A globalização é o único caminho a seguir para garantir que a prosperidade econômica seja compartilhada entre todos os países e não apenas algumas poucas economias avançadas", escreveu. Enquanto algumas pessoas glorificam o passado, um dos grandes fatos da história econômica é que, até muito recentemente, uma parte significativa da população mundial vivia em condições bastante miseráveis — e isso tem sido verdade em toda a história humana. Os gráficos a seguir mostram como o mundo se tornou um lugar muito melhor em comparaçã o com apenas algumas décadas atrás: EXPECTATIVA DE VIDA DA POPULAÇÃO NO MUNDO CRESCE DESDE 1970
  • 3. QUEDA DA MORTALIDADE INFANTIL Dados das crianças (nascidas vivas) que faleceram antes de completar cinco anos de idade. PIB PER CAPITA O PIB per capita é medido usando US$ e a inflação ajustada nos preços de 2011.
  • 4. Fonte: https://epocanegocios.globo.com/Economia/noticia/2019/01/graficos-mostram-como-mundo-esta-se- tornando-realmente-um-lugar-melhor.html Proposta de redação A partir da leitura dos textos motivadores e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija texto dissertativo-argumentativo em modalidade escrita formal da língua portuguesa sobre o tema “embate entre igualdade e globalização na sociedade contemporânea”, apresentando proposta de intervenção que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista. Instruções de Envio: 1. A sua redação deve ser escrita à mão, assim como no ENEM. Não serão aceitas redações digitadas. 2. Tire uma foto do seu texto e envie clicando no botão abaixo. Dica: Você pode enviar uma foto do seu celular para o computador utilizando o WhatsApp Web. TEXTO I cidades para que(m)? Políticas de "higienização social" não combinam com esta gestão É comum que o poder público confunda, de maneira preconceituosa, "crime, lixo e moradores de rua", como se fosse tudo um problema só. A limpeza pública rapidamente serve de disfarce para uma política de "higienização social". Há muitos anos, me envolvi em polêmica pelos jornais, com o então prefeito Serra, justamente em razão da criação de bancos e rampas anti-mendigos. Uma sociedade que "produz" moradores de rua como a nossa deve, em primeiro lugar, assumir
  • 5. a responsabilidade pelo fato de ser tão injusta, e o primeiro passo para isso, é ter a grandeza de implementar políticas de atendimento e reinserção social, e não reproduzir práticas de intolerância. Barracas nas ruas, colchões sobre as calçadas, fogueirinhas para refeições e moradias provisórias. Nada disso mais é admitido nas ruas da Mooca e do Brás, na zona leste de São Paulo, onde as autoridades declararam "tolerância zero" a crime, lixo e moradores de rua. O termo foi escolhido pelo capitão Aldrin Córpas, da Polícia Militar, para as operações que passou a fazer em apoio aos trabalhos de limpeza urbana da Subprefeitura da Mooca. Ele ainda postou fotos do "tolerância zero da Mooca" no Facebook, pedindo apoio da população. Eliana Andressa, de 37 anos, é uma das moradoras dos arredores do Viaduto Bresser que perdeu documentos nas abordagens municipais. Ela chegou a São Paulo faz três meses, vinda de Dois Córregos, no interior do Estado. "Eles disseram que era para recolher meus objetos pessoais. Corri, mas não deu tempo de pegar a minha bolsa com meus documentos. Agora, preciso retirar os documentos para ir embora para casa", disse. Fonte: https://cidadesparaquem.org/ TEXTO II Fonte: http://10paezinhos.blog.uol.com.br/arch2009-01-01_2009-01-31.html#2009_01-18_11_21_11-2677714-25 TEXTO III De 0,6% a 1%, essa é a porcentagem da população morando nas ruas do país segundo dados do censo do IBGE. O jornalista e escritor Tomás Chiaverini, de 28 anos, viveu em meio aos moradores de rua, se disfarçando como um deles para poder sentir na pela como era a situação vivida por essas pessoas, experiência que deu origem ao seu livro, Cama de Cimento. Durante esse período, ele notou um grande descaso por parte da sociedade em geral e explicou que o motivo de muitos dos moradores de rua não irem para os albergues, que oferecem programas de moradia, deve- se ao fato de não ser permitido que se leve grandes pertences como carroças e cachorros, bens que a maioria deles não consegue deixar para trás. Outro motivo é o rompimento dessas pessoas com a sociedade e, por consequência disso, não conseguirem se adaptar às regras dos albergues. O importante ao se analisar essa realidade encontrada no Brasil, é lembrar que essas pessoas fazem parte de nossa sociedade, que todos possuem os mesmos direitos perante às leis e que
  • 6. devemos rever nossos conceitos e incentivar o respeito ao próximo, tratando a todos com dignidade, independente da situação socioeconômica em que esse se encontra. Fonte: http://www.pucrs.br/blog/projeto-alerta-para-condicao-de-pessoas-em-situacao-de-rua/ PROPOSTA DE REDAÇÃO Com base na leitura dos textos motivadores e nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija texto dissertativo-argumentativo em norma culta escrita da língua portuguesa sobre o tema "Os moradores de rua e política higienista no Brasil", apresentando proposta de ação social que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista. Instruções: 1. Sua redação deve ser escrita à mão em uma folha padrão do Me Salva! ou em uma folha de caderno comum 2. O texto definitivo deve ser escrito em até 30 linhas. 3. A redação que apresentar cópia dos textos da Proposta de Redação ou do Caderno de Questões terá o número de linhas copiadas descontado para efeito de correção. Receberá nota zero, em qualquer das situações expressas a seguir, a redação que: - tiver até 7 (sete) linhas escritas, sendo considerada "insuficiente". - fugir ao tema ou que não atender ao tipo dissertativo-argumentativo. - apresentar parte do texto deliberadamente desconectada com o tema proposto. TEXTO I
  • 7. Fonte: http://zh.clicrbs.com.br/rs/vida-e-estilo/noticia/2016/05/crise-economica-entenda-a-ascensao-e-a-queda- da-classe-c-no-brasil-5795332.html TEXTO II “A classe média, ou classe C, como definem os institutos de pesquisa, representa hoje 54% da população brasileira. Na política, ela pode, sozinha, selar uma eleição. Na economia, transforma um pequeno investimento em um negócio gigante. [...] Os empresários perceberam que é essa classe média crescente que dará aos negócios escala econômica. [...] Aloísio Pinto, vice - presidente de planejamento da WMcCann, uma das principais agências de publicidade do país, afirma que os publicitários tiveram que estudar esse novo consumidor para entender o que ele quer. [...] O mercado chama as linhas de consumo mais populares de “marcas de combate”. Você mantém os produtos “premium”, para uma elite que pode pagar mais, e cria uma linha diferente para disputar um novo consumidor, que já supriu suas necessidades mais básicas e vai em busca de qualidade.”
  • 8. MARINHEIRO, Vaguinaldo. Todos querem tirar a nova classe média para dançar. Folha de SP, 15/07/2012. TEXTO III Por que a classe média está ficando muito endividada em vários lugares do mundo, segundo a OCDE Relatório da organização mostra que um em cada cinco lares de classe média gasta mais do que ganha nos países que fazem parte da instituição. No Brasil, índice chega 27%. Uma classe média forte e próspera é fundamental para o sucessoe desenvolvimento de qualque r economia. Ela sustenta o consumo, possibilita muito do investimento em saúde, educação e construção civil, e permite a existência de serviços por meio de sua contribuição tributária, segundo a OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico). No entanto, em diversos países do mundo, a classe média tem visto seu padrão de vida estagnar ou cair, enquanto grupos com rendas mais altas continuaram a acumular renda e riqueza, diz a organização. Grande parte da classe média está financeiramente vulnerável – ou seja, se encontra incapaz de lidar com gastos inesperados ou quedas repentinas na renda – e endividada. Nos países que fazem parte da organização, mais de um em cada cinco lares de classe média gasta mais do que ganha, o que gera um risco altíssimo de endividamento excessivo. Esse nível varia de 10% em países como a Estônia e a Polônia a mais de 50% no Chile e na Grécia. No Brasil (que aguarda resposta para seu pedido de integrar a instituição) o índice chega a 27 % dos lares de classe média. Quase 40% dos lares de classe média em 18 países europeus da OCDE estão financeiramente vulneráveis – índice que varia de 12% na Noruega a 70% na Grécia. E metade dos lares nesses países tem dificuldade em pagar suas despesas recorrentes. Os dados foram publicados nesta quarta em um relatório da organização sobre as dificuldades financeiras, os crescentes riscos e as pressões enfrentadas pela classe média. Chamado Under Pressure: The Squeezed Middle Class (Sob Pressão: A Classe Média Espremida, em traduçã o livre), o estudo analisou dados dos 36 países da instituição e de países emergentes como Brasil e África do Sul. O relatório é o quinto de uma série de estudos sobre as tendências, causas e consequências da desigualdade no mundo. Ele mostra que em todas as gerações desde os baby boomers (nascidos após a Segunda Guerra Mundial) a classe média diminuiu e sua influência econômica enfraqueceu. Três décadas atrás, a renda agregada dos lares de classe média era quatro vezes maior do que a renda agregada dos lares de renda alta. Hoje, essa proporção é menor do que três. Segundo a OCDE, isso alimentou a percepção de que o atual sistema socio-econômico é injusto e que a classe média não se beneficiou do crescimento proporcionalmente à sua contribuição para ele. A instituição sugere a criação de políticas públicas que possam reverter esse quadro e aliviar as pressões sofridas por esse grupo, que é um "motor do crescimento econômico e pilar da estabilidade social". "Sociedades com classes médias fortes têm índices de criminalidade menores, maiores níveis de confiança e satisfação com a vida, além de maior estabilidade política e boa governança", diz Gabriela Ramos, responsável pela iniciativa de Crescimento Inclusivo da organização, na abertura do estudo. Fonte: https://g1.globo.com/economia/noticia/2019/04/10/por-que-a-classe-media-ficando-muito-endividada-em- varios-lugares-do-mundo-segundo-a-ocde.ghtml PROPOSTA DE REDAÇÃO Desenvolva um texto de caráter dissertativo-argumentativo sobre o tema "Ascensão e queda da classe média brasileiro no século XXI". Instruções: 1. O rascunho da redação deve ser feito no espaço apropriado. 2. O texto definitivo deve ser escrito à tinta, na folha definitiva, em até 30 linhas. 3. A redação que apresentar cópia dos textos da Proposta de Redação terá o número de linhas copiadas desconsiderado para efeito de correção. Receberá nota zero, em qualquer das situações expressas a seguir, a redação que: 1. tiver até 7 (sete) linhas escritas, sendo considerada texto-insuficiente;
  • 9. 2. fugir ao tema ou que não atender ao tipo dissertativo-argumentativo; 3. apresentar proposta de intervenção que desrespeite os direitos humanos; 4. apresentar parte do texto deliberadamente desconectada do tema proposto. TEXTO I "Art. 5º - Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade." (Constituição Federal, Art. 5º, 1988) TEXTO II TEXTO III Em 1988, a promulgação da chamada Constituição Cidadã classificou o Brasil como um Estado Democrático de Direito. A partir de então, tinha–se como objetivo assegurar “o bem-estar, o desenvolvimento, a igualdade e a justiça como valores supremos de uma sociedade fraterna, pluralista e sem preconceitos” para todos os cidadãos. Aqui reside o paradoxo da realidade brasileira, pois o Estado Democrático de Direito criou uma enorme expectativa com relação à promoção, aplicação e extensão dos direitos humanos, condições indispensáveis para o exercício da plena cidadania. Todavia, revelou-se, na prática, uma garantia de direitos seletiva, com grupos visivelmente excluídos ou em situações evidentes de vulnerabilidade – marcados pelo descaso, ilegalidade e arbítrio –, como é o caso dos homossexuais. Pragmatismo Político, 18/04/2016
  • 10. PROPOSTA DE REDAÇÃO A partir das reflexões, elabore um texto dissertativo-argumentativo sobre "A necessidade de luta por igualdade mesmo em sociedade democráticas".  Instruções:  1. O rascunho da redação deve ser feito no espaço apropriado.  2. O texto definitivo deve ser escrito a tinta, na folha definitiva, em até 30 linhas.  3. A redação que apresentar cópia dos textos da Proposta de Redação terá o número de linhas copiadas desconsiderado para efeito de correção.   Receberá nota zero, em qualquer das situações expressas a seguir, a redação que:  1. tiver até 7 (sete) linhas escritas, sendo considerada texto-insuficiente.  2. fugir ao tema ou que não atender ao tipo dissertativo-argumentativo.  3. apresentar proposta de intervenção que desrespeite os direitos humanos  4. apresentar parte do texto deliberadamente desconectada do tema proposto. Comentário: Diante de um sistema (social, governamental, cultural e etc.) corrupto e preconceituoso, a grande questão que entra em jogo aqui é a contradição presente em sistemas democráticos que não têm como valor a igualdade, uma vez que nem todos têm os mesmos direitos. No caso dos LGBTT’s, exemplos vão desde a impossibilidade de doar sangue até a negação do direito ao casamento (e toda a série de benefícios que advém desse ato). Por outro lado, nenhuma pessoa não-LGBTT jamais teve qualquer dificuldade de realizar essas ações. A partir desse cenário, parece, para você, que a democracia em que vivemos é de fato democrática (assegura os mesmos direitos e deveres a todos)? Ou ela ainda mantem uns poucos privilegiados? Para você, a democracia deve ser para todos, levando em conta as diferenças de cada um, ou deve servir apenas para manter as instancias de poder? Defina seu ponto de vista e não esqueça de apresentar possibilidades de resolução para essa questão como não somente a conscientização da população contra o preconceito, mas também o desenvolvimento de políticas públicas nacionais que assegurem direitos e deveres iguais a todos os cidadãos. Abaixo você irá ler um trecho do discurso do escritor brasileiro Luiz Ruffato, proferido na última Feira do Livro de Frankfurt (Alemanha), um dos maiores eventos de literatura do mundo. Ruffato tem sido aclamado pela crítica literária pela publicação de Eles eram muitos cavalos (2001), texto híbrido em que o autor (des)constrói um panorama da babilônica sociedade paulistana, revelando as mazelas de um povo brasileiro marginalizado. Aplaudido por alguns, vaiado por outros, inclusive representantes do governo federal, com este discurso, Ruffato lembra-nos, uma vez mais, das efemérides do país em que vivemos. TEXTO I “Nós somos um país paradoxal. Ora o Brasil surge como uma região exótica, de praias paradisíacas, florestas edênicas, carnaval, capoeira e futebol; ora como um lugar execrável, de violência urbana, exploração da prostituição infantil, desrespeito aos direitos humanos e desdém pela natureza. Ora festejado como um dos países mais bem preparados para ocupar o lugar de protagonista no mundo – amplos recursos naturais, agricultura, pecuária e indústria diversificadas, enorme potencial de crescimento de produção e consumo; ora destinado a um eterno papel acessório, de fornecedor de matéria-prima e produtos fabricados com mão de obra barata, por falta de competência para gerir a própria riqueza. Agora, somos a sétima economia do planeta. E permanecemos em terceiro lugar entre os mais desiguais entre todos... Volto, então, à pergunta inicial: o que significa habitar essa região situada na periferia do mundo, escrever em português para leitores quase inexistentes, lutar, enfim, todos os dias, para construir, em meio a adversidades, um sentido para a vida?” TEXTO II Observe ambas as obras da pintora modernista Tarsila do Amaral:
  • 11. (Os Operários - Tarsila do Amaral) (Abaporu - Tarsila do Amaral) PROPOSTA DE REDAÇÃO A partir da leitura atenta dos textos acima redija um texto dissertativo-argumentativo sobre “A identidade brasileira entre a diversidade cultural e a precariedade social”.  Instruções:  1. O rascunho da redação deve ser feito no espaço apropriado.  2. O texto definitivo deve ser escrito a tinta, na folha definitiva, em até 30 linhas.  3. A redação que apresentar cópia dos textos da Proposta de Redação terá o número de linhas copiadas desconsiderado para efeito de correção.   Receberá nota zero, em qualquer das situações expressas a seguir, a redação que:  1. tiver até 7 (sete) linhas escritas, sendo considerada texto-insuficiente.  2. fugir ao tema ou que não atender ao tipo dissertativo-argumentativo.  3. apresentar proposta de intervenção que desrespeite os direitos humanos.  4. apresentar parte do texto deliberadamente desconectada do tema proposto. TEXTO I Cérebro Eletrônico O cérebro eletrônico faz tudo Faz quase tudo Faz quase tudo
  • 12. Mas ele é mudo O cérebro eletrônico comanda Manda e desmanda Ele é quem manda Mas ele não anda Só eu posso pensar Se Deus existe Só eu Só eu posso chorar Quando estou triste Só eu Eu cá com meus botões De carne e osso Eu falo e ouço. Eu penso e posso Eu posso decidir Se vivo ou morro por que Porque sou vivo Vivo pra cachorro e sei Que cérebro eletrônico nenhum me dá socorro No meu caminho inevitável para a morte Porque sou vivo Sou muito vivo e sei Que a morte é nosso impulso primitivo e sei Que cérebro eletrônico nenhum me dá socorro Com seus botões de ferro e seus Olhos de vidro Gilberto Gil. Cérebro Eletrônico. In: Gilberto Gil (CD), 1969. TEXTO II Assista ao trailler: https://www.youtube.com/watch?v=TggD91pV6KE TEXTO III Analfabetismo Afetivo O tema da afetividade é uma magnífica porta de entrada para começar uma reflexão sobre os maus-tratos e a intolerância que se propagam, de maneira sutil, no mundo contemporâneo. Não conseguimos conceitualizar ainda o importantíssimo papel da afetividade, não só na vida cotidiana, mas também em dimensões onde até há pouco ela era considerada um estorvo, como é o caso da pesquisa científica. Assunto claro para os que se preocupam, a nível mundial, com a formação de pesquisadores, pois sabem que a atitude científica é produto da partilha de rotinas com mestres treinados em orientar sua paixão para a formulação de hipóteses pertinentes que serão validadas com escrúpulo e esmero num jogo de distinções analíticas. Cada vez estamos mais dispostos a reconhecer que o tipicamente humano, o genuinamente formativo, não é a operação fria da inteligência binária, pois as máquinas sabem dizer melhor que nós dois mais dois são quatro. O que nos caracteriza e diferencia da inteligência artificial é a capacidade de emocionar-nos, de reconstruir o mundo e o conhecimento a partir dos laços afetivos que nos impactam. Há alguns anos, ainda acreditávamos que as máquinas poderiam substituir-nos nas tarefas fundamentais. Por isso era frequente representar o futuro como uma sociedade robotizada. Este sonho terrível foi-se dissipando no horizonte científico e social, porque agora é claro que, se o robô pode reproduzir certas funções ou atividades humanas, ninguém conseguiu inventar um computador capaz de sentir, de comprometer-se com o entorno, de chorar ou de rir. E este não é um fato intranscendente. Como nós, seres humanos, só podemos descobrir-nos nos espelhos
  • 13. deformantes que a cultura nos oferece, hoje podemos constatar que o pesadelo do homem - máquina, tão perseguido pelo Ocidente, também serviu para ratificar de maneira profunda e certeira a autêntica dimensão do humano. O que caracteriza nosso pensamento, nossa cognição, o que nenhuma máquina jamais poderá suplantar, é precisamente esse componente afetivo presente em todas as manifestações da convivência interpessoal. Mesmo aceita esta afirmação em sua validade geral, continuamos tendo dificuldade para reconhecer, em cada um de nossos espaços cotidianos, o que consiste esse componente afetivo e de que maneira devemos fomentá-lo. Luis Carlos Restrepo. O Direito à Ternura. Petrópolis, RJ: Vozes, 1998. PROPOSTA DE REDAÇÃO Redija uma redação, de caráter dissertativo-argumentativo, justificando sua escolha e defendendo seu ponto de vista sobre o tema "Os efeitos da relação entre homem e as tecnologias no século XXI". Instruções: 1. O rascunho da redação deve ser feito no espaço apropriado. 2. O texto definitivo deve ser escrito à tinta, na folha definitiva, em até 30 linhas. 3. A redação que apresentar cópia dos textos da Proposta de Redação terá o número de linhas copiadas desconsiderado para efeito de correção. Receberá nota zero, em qualquer das situações expressas a seguir, a redação que: 1. tiver até 7 (sete) linhas escritas, sendo considerada texto-insuficiente. 2. fugir ao tema ou que não atender ao tipo dissertativo-argumentativo. 3. apresentar proposta de intervenção que desrespeite os direitos humanos. 4. apresentar parte do texto deliberadamente desconectada do tema proposto. Comentário: No mundo em que vivemos, o homem defronta-se diariamente com o império das máquinas, que surgiram para facilitar a rotina e otimizar o tempo, atenuar o desgaste físico em atividades diárias e, ainda, estreitar as longas distâncias que nos separavam há poucos séculos. Nós, sujeitos da contemporaneidade, não podemos nos reconhecer sem a presença dessas máquinas. Entretanto, hoje refletimos sobre as condições que tais máquinas estabeleceram para que possamos fazer parte desse mundo; refletimos, sobretudo, sobre que tipo de humanidade temos exercido e construído. O homem, criador e criatura diante de uma máquina, percebe-se, muitas vezes, em um desamparo que também constrói sua existência – espaço que finalmente nos encontramos na atualidade à procura de satisfazer as necessidades mais básicas do ser. É estranho olharmos um mundo em total crescimento e abundância quando se trata de tecnologia e percebermos, ao mesmo tempo, que falta o que nos é mais importante para continuar vivendo, a nossa humanidade. Sendo assim, procure estabelecer uma relação crítica entre o homem e a máquina na sociedade contemporânea e globalizada, levando em consideração o questionamento a respeito do que se pode considerar ser humano. Não esqueça de apresentar alguma proposta de intervenção para minimizar os efeitos negativos dessa relação. Seria uma possibilidade voltar a viver como nossos antepassados, sem acesso a todas as tecnologias que somos acostumados hoje? TEXTO I Apesar de você - Chico Buarque Apesar de você Amanhã há de ser Outro dia
  • 14. Eu pergunto a você Onde vai se esconder Da enorme euforia Como vai proibir Quando o galo insistir Em cantar Água nova brotando E a gente se amando Sem parar Fonte: https://w w w.letras.mus.br/chico-buarque/7582/ TEXTO II Como nossos pais - Elis Regina Nossos ídolos ainda são os mesmos E as aparências não enganam não Você diz que depois deles não apareceu mais ninguém Você pode até dizer que eu tô por fora Ou então que eu tô inventando... Mas é você que ama o passado e que não vê É você que ama o passado e que não vê Que o novo sempre vem. Fonte: https://w w w.letras.mus.br/elis-regina/45670/ TEXTO III Sinistros Resíduos de um Samba Não chore meu amor não chore Que amanhã não será outro dia. (In: BRITO, Antônio Carlos de. Lero-lero. Rio de Janeiro: 7 Letras, 2002. São Paulo. Cosac e Naif. p.131) PROPOSTA DE REDAÇÃO Com base nos textos anteriores, reflita a respeito da seguinte pergunta: de que maneira o fim, independente da instância em que ele ocorra, pode representar a reconstrução, a reorganização do que não está ou não se mostra bem? De que ma neira o fim pode representar um começo? Redija um texto dissertativo-argumentativo para responder essa pergunta. Instruções: 1. O rascunho da redação deve ser feito no espaço apropriado. 2. O texto definitivo deve ser escrito à tinta, na folha definitiva, em até 30 linhas. 3. A redação que apresentar cópia dos textos da Proposta de Redação terá o número de linhas copiadas desconsiderado para efeito de correção. Receberá nota zero, em qualquer das situações expressas a seguir, a redação que: - tiver até 7 (sete) linhas escritas, sendo considerada texto-insuficiente. - fugir ao tema ou que não atender ao tipo dissertativo-argumentati vo. - apresentar proposta de intervenção que desrespeite os direitos humanos. - apresentar parte do texto deliberadamente desconectada do tema proposto. Comentário: Assim como são inesgotáveis as dúvidas sobre a origem do planeta Terra e da existência humana nele, muito se tem falado a respeito do fim do mundo e, consequentemente, da humanidade. Discussões das mais diversas procuram encontrar razões para tanto alvoroço. Programas de televisão se aproveitam da insegurança de alguns para erguer sua escala no Ibope, charlatões religiosos angariam devotos, empresas de turismo faturam com as rotas para os paraísos ainda existentes. Certas culturas, inclusive, acreditam tanto nessa hipótese que se preparam para o fatídico momento. Algumas filosofias refletem sobre o estado das relações humanas, sejam elas políticas, culturais, sociais, e atestam que as discrepantes desigualdades, os atentados à vida em sociedade, o inescrupuloso sistema de governo, de certa forma, já indicam o fim dos tempos. A partir desse cenário, você deve se questionar: Cada encerramento de época, de experiência, de vivência inicia um momento totalmente novo ou estaríamos nós sempre presos em um mesmo sistema, que, no fundo, em nada se altera? Pense a partir dos exemplos dados no texto de apoio escritos durante a ditadura brasileira. Frente ao atual cenário político brasileiro, o que mudou? Algo mudou?
  • 15. Primeiramente, leia, observe e reflita sobre os textos abaixo: Não é de hoje que ouvimos o músico e compositor Lobão criar polêmicas. Recentemente, com a publicação de seu novo livro, intitulado “Manifesto do Nada na Terra do Nunca” (2013), Lobão abre os debates novamente. Acompanhe trechos do livro na reportagem em seguida, publicada no jornal Folha de São Paulo, no dia 02 de maio. Independentemente de concordarmos ou não com Lobão, é interessante observar o quanto a liberdade de expressão, assumida com veemência pelo músico, o qual defende suas ideias sem parecer se preocupar com as opiniões alheias, causou tamanho alvoroço nos meios de
  • 16. comunicação, sobretudo, nas redes sociais – lugar conhecido por sua liberdade. De tal forma, foram diversas as críticas, os comentários, os tweets sobre questões que dali surgiram. Por outro lado, leia um trecho da entrevista feita pelo jornal Estadão com a defensora pública Vanessa Vieira, responsável por ajuizar ação contra Levi Fidelix, na época candidato a presidência do Brasil, devido ao seu discurso em relação as minorias: ESTADÃO: Como ensinar a diferença entre liberdade de expressão e incitação ao ódio? VANESSA: A diferença entre as duas coisas nem sempre é fácil de fazer. Muitas vezes, discurso de ódio está travestido de liberdade de expressão, de liberdade religiosa. O critério que a gente procura utilizar é que discurso de ódio é aquele que de fato incita a violência, a discriminação, coloca que aquele grupo social merece menos respeito, menos direitos que outros grupos. Muitas vezes, as pessoas falam coisas discriminatórias, preconceituosas, sob o manto da liberdade de expressão e da liberdade religiosa. ESTADÃO: Qual foi a estratégia usada para chegar à condenação? VANESSA: Nós entendemos que não foram apenas as pessoas que denunciaram ou as pessoas que de algum forma reclamaram para a gente as prejudicadas e lesadas, mas toda a população LGBT. Nós baseamos nossa ação no argumento de que a liberdade de expressão tem, sim, limites e afirmamos para a juíza que todo esse discurso homofóbico, transfóbico, discriminatório gera danos reais à sociedade. Nós vimos o ano passado, nesse ano, vemos sempre, pessoas sendo agredidas, assassinadas em virtude da sua orientação sexual ou da sua identidade de gênero. Muitas vezes pessoas heterossexuais são assassinadas por serem confundidas com homossexuais. Juntamos, na ação, recortes de jornal de mortes e agressões em virtude da orientação sexual e da identidade de gênero. Fonte: Estadão, 22/03/2015 PROPOSTA DE REDAÇÃO A partir das reflexões, elabore um texto dissertativo-argumentativo sobre "Os limites entre liberdade de expressão e discurso de ódio". Instruções: 1. O rascunho da redação deve ser feito no espaço apropriado. 2. O texto definitivo deve ser escrito à tinta, na folha definitiva, em até 30 linhas. 3. A redação que apresentar cópia dos textos da Proposta de Redação terá o número de linhas copiadas desconsiderado para efeito de correção. Receberá nota zero, em qualquer das situações expressas a seguir, a redação que: - tiver até 7 (sete) linhas escritas, sendo considerada texto-insuficiente. - fugir ao tema ou que não atender ao tipo dissertativo-argumentati vo. - apresentar proposta de intervenção que desrespeite os direitos humanos. - apresentar parte do texto deliberadamente desconectada do tema proposto. Comentário: Para um país como o nosso, que já passou por momentos históricos de grande censura, a liberdade de expressão certamente é algo de grande valor. A possibilidade de falar ou escrever sem que haja um cerceamento por parte das instituições é um direito democrático, isto é, premissa para a construção de uma sociedade justa e igualitária, pois possibilita a todas e todos o direito a fala. No entanto, em muitos casos, o direito a liberdade de expressão, ou seja, falar livremente sem quaisquer amassas sociais, pessoais, políticas etc acaba revelando opiniões preconceituosas e infundamentadas, que além de revelar a ignorância daquele que as enuncia, reforça um sistema de preconceito e descriminação ainda tão presente em nossa sociedade. Assim, perceber os limites entre a liberdade de expressão e o discurso de ódio é a grande questão posta por esse tema. Pense: Deve ser permitido falar sobre tudo e todos independente de sermos ofensivos com determinados grupos sociais/culturais sob a premissa de não censura? Ou não? Devemos combater esse tipo de discurso, pois essa é também uma forma de combater o próprio preconceito e evitar seus efeitos mais extremos, como violência e mortes? Não esqueça de evidenciar sua proposta de intervenção: quem, afinal, é responsável por controlar esses discursos? De que forma esse controle deve ser feito? TEXTO I
  • 17. Disponível em https://pt.w ikipedia.org/w iki/Identidade_de_gênero. Acesso 31 jan 2018. TEXTO II
  • 18. Em 2014, após reclamações de usuários que queriam mais opções em seus perfis, o Facebook passou a oferecer mais de 50 opções de termos para classificar gêneros. É possível ainda escolher por qual pronome você deseja ser chamado, “ele”, “ela” ou “neutro”. A novidade já existe em países como EUA, Reino Unido e Argentina e incluem classificações como andrógino, transgênero, entre outros. Em entrevista ao jornal inglês The Independent, Simon Milner, diretor do Facebook no Reino Unido, afirmou que, com essas inclusões, “o Facebook está permitindo que as pessoas sejam elas mesmas e fazendo que os usuários se sintam confortáveis em expressar quem são”. [...] No mundo atual onde pessoas se expressam de forma tão diversa e plural, o respeito à singularidade e a tolerância de cada individuo torna-se fator de extrema importância. Olhar para um mundo com mais respeito à diversidade dos gêneros é entender que o outro, independente de sua orientação é alguém que merece respeito e direitos políticos, sociais e econômicos. (UOL, 26/12/2014) TEXTO III Disponível em https://w w w.pinterest.pt/pin/476044623090246400/ Acesso 31 jan 2018. TEXTO IV
  • 19.
  • 20. Disponível em reporterunesp.jor.br/2015/06/17/transexualidade-vivencia-e-dificuldades/ Acesso 31 jan 2018. PROPOSTA DE REDAÇÃO A partir dos textos de apoio e o seu conhecimento de mundo, redija um texto dissertativo- argumentativo sobre o tema "A necessidade de respeito à identidade de gênero no Brasil". Instruções: 1. O rascunho da redação deve ser feito no espaço apropriado. 2. O texto definitivo deve ser escrito à tinta, na folha definitiva, em até 30 linhas. 3. A redação que apresentar cópia dos textos da Proposta de Redação terá o número de linhas copiadas desconsiderado para efeito de correção. Receberá nota zero, em qualquer das situações expressas a seguir, a redação que: - tiver até 7 (sete) linhas escritas, sendo considerada texto-insuficiente. - fugir ao tema ou que não atender ao tipo dissertativo-argumentativo. - apresentar proposta de intervenção que desrespeite os direitos humanos. - apresentar parte do texto deliberadamente desconectada do tema proposto. Comentário: Sabemos que, em nossa sociedade, um conjunto de práticas e símbolos nos fazem quem somos. Ser quem somos não é só um processo natural, mas também sócio-cultural. Podemos observar que, atualmente, a construção de nossa identidade de gênero tem se mostrado uma tarefa bastante complexa e, talvez por isso, muitos conflitos ocorram. Sendo assim, é nesse cenário que uma série de preconceitos e estereótipos manifestam-se, o que acaba legitimando desde violência simbólica interpessoal (quando as próprias pessoas excluem ou constrangem outras pessoas devido ao seu gênero) e institucional (com o não reconhecimento de uma série de direitos e ainda a patologização dessas identidades) até violência física (com requintes de crueldade!). Nesse sentido, o respeito às identidades de gênero no Brasil se mostra extremamente necessário para assegurar a construção de uma sociedade igualitária, isto é, que todos e todas tenham os mesmos direito enquanto cidadãos. Não esqueça de apresentar uma proposta de intervenção para alteração dessa realidade social. Indique, por exemplo, que a conscientização por meio da informação é o caminho para combater diversos preconceitos, mas que apenas com políticas públicas sérias e efetivas esse cenário poderá finalmente ser alterado. TEXTO I Segundo dados da Anistia Internacional, dos 30 mil jovens vítimas de homicídios por ano, 77% são negros. O movimento negro vem denunciando há tempos o que chama de extermínio da juventude negra. [...] A verdade é que as vidas negras não importam dentro dessa lógica racista. Judith Butler define bem isso em entrevista a George Yancy: “Quando algumas pessoas refazem a mensagem ‘a vida da população negra importa’ para ‘Toda Vida Importa’, elas não entendem o problema, mas não porque a mensagem delas é falsa. É verdade que todas as vidas importam, mas é igualmente verdade que nem todas as vidas são construídas para importar. E é precisamente por isso que é mais importante nomear as vidas que não importam e estão lutando para isso no modo que elas merecem". E é por isso que nós, feminismo negro, movimento negro e aliados, seguiremos dizendo: a vida negra importa. E é necessário que essa sociedade, além de chorar essas mortes, se responsabilize por elas. Nós não esqueceremos. (Djamila Ribeiro, Carta Capital, 03/03/2016) TEXTO II
  • 21. Disponível em w ww.capitalteresina.com.br Acesso 31 jan de 2018 TEXTO III
  • 22. O número de denúncias de racismo no Distrito Federal foi multiplicado por 11 nos últimos quatro anos, segundo dados registrados pelo Ministério Público local. Desde janeiro, o órgão registrou 90 ocorrências de injúria racial e racismo. A pilha de casos é 87% maior que os 48 identificados no ano passado [2014], e 1025% maior que os nove casos de 2011. [...] “As práticas discriminatórias não podem ser toleradas, porque elas são um câncer social. Elas anulam o que tem de mais importante em uma sociedade democrática, que é o princípio da igualdade”, afirma. A legislação sobre o tema foi alterada em 2010, quando o MP começou a ajuizar processos sobre o tema. (G1, 20/12/2015) PROPOSTA DE REDAÇÃO A partir do seu conhecimento de mundo e após a leitura desses dois textos, redija um texto de caráter dissertativo-argumentativo sobre o tema "A persistência do racismo na sociedade brasileira". Instruções: 1. O rascunho da redação deve ser feito no espaço apropriado. 2. O texto definitivo deve ser escrito à tinta, na folha definitiva, em até 30 linhas. 3. A redação que apresentar cópia dos textos da Proposta de Redação terá o número de linhas copiadas desconsiderado para efeito de correção. Receberá nota zero, em qualquer das situações expressas a seguir, a redação que: - tiver até 7 (sete) linhas escritas, sendo considerada texto-insuficiente. - fugir ao tema ou que não atender ao tipo dissertativo-argumentati vo. - apresentar proposta de intervenção que desrespeite os direitos humanos. - apresentar parte do texto deliberadamente desconectada do tema proposto. Comentário: Por mais que muitos ainda insistam em negar, o racismo presente em nossa sociedade é cada dia mais evidente. Podemos dizer que a escravidão, presente em grande parte da história do país, foi a primeira manifestação de subordinação do negro pelo branco. Nesse período homens e mulheres eram retirados de suas casas, caçados e obrigados a executar trabalhos forçados em um nova terra. Esse fato histórico certamente ainda hoje necessita de reparação histórica, tanto pelo própria escravidão quanto pela falta de planejamento e inserção social na época, uma vez que a população negra liberta era condenada a condições ainda muito degradantes de trabalho e de vida. Devido a todo esse sistema de segregação (que ainda hoje existe!), grande parte da população negra ainda mantem-se à margem dos grandes centros em periferias e favelas. No entanto, o racismo não se limita a segregação espacial, mas também na manutenção de uma série de estereótipos construídos em torno da identidade negra no períodos colonial com a finalidade de animalizar e inferiorizar essas pessoas. Pense nos casos mais conhecidos de racismo, como os ocorridos em partidas de futebol, em que negros são frequentemente chamados de “macacos”. Procure pensar em outros casos, mas não se limite aos que se tornam noticias. Olhe no seu cotidiano. Tente lembrar de situações em que você presenciou racismo e o que você fez para resolver a situação. Essa pode ser sua proposta de intervenção! Não esqueça de comentar sobre a necessidade sobretudo de conscientização sobre o racismo e do desenvolvimento e aplicação de leis mais severas para casos como esses.
  • 23. TEXTO I Causa repúdio a nota publicada pela Associação Brasileira de Bares e Casas Noturnas (Abrabar) no dia 18, em sua página no Facebook, em que, além de solicitar que essas pessoas sejam forçadas a deixar as ruas, pede que sejam colocadas cercas sob as marquises. São supostas soluções para um sério problema social que se revelam inconstitucionais e contrárias aos ditames internacionais de direitos humanos, por violar o direito de ir e vir e o direito à cidade. Configura-se um pleito de caráter “higienista”, uma verdadeira tentativa de promoção de uma espécie de “limpeza social” que não merece ser acolhida nem pela sociedade, nem pelo poder público. Pessoas em situação de rua são indivíduos detentores dos mesmos direitos civis e políticos que qualquer outro cidadão. Fonte: Gazeta do povo, 26/01/2016
  • 24. TEXTO II Na última semana, os mais afetados pela baixa temperatura do Sul e Sudeste do Brasil foram os moradores de rua. Em meio às cinco mortes na capital paulistana e denúncias divulgadas pela imprensa de que a Guarda Civil Municipal (GCM) retirava colchões e papelões de quem tinha poucas condições de se abrigar do frio, o prefeito Fernando Haddad (PT) declarou: “O que estamos tentando impedir é a refavelização, que acontecia com muita frequência”. Na quinta - feira (16), ele pediu desculpas e disse que um novo decreto será baixado para proibir a retirada dos pertences dessas pessoas. Rosalina Santa Cruz, professora de Serviço Social da PUC de São Paulo e ex-secretária da AssistênciaSocial da Prefeitura de São Paulo na gestão de Luiza Erundina (1989-1993), defende uma política mais humanitária, com abordagem gentis, além do direito do morador de rua de decidir permanecer na rua ou de ser transferido ao abrigo. Fabio Fortes, presidente do Conselho de Segurança Comunitária do bairro de Santa Cecília, em São Paulo, diz que a afirmação do prefeito de que é preciso impedir a “refavelização” das praças públicas estava correta – mas diz que a “favelização” é resultado da ausência de políticas públicas por parte da prefeitura de São Paulo. Fonte: Revista Época, 17/06/2016 PROPOSTA DE REDAÇÃO A partir da leitura dos textos de apoio somados ao seu conhecimento de mundo, redija um texto dissertativo-argumentativo com o intuito de responder a questão: "Quem tem direito à cidade?" Instruções: 1. O rascunho da redação deve ser feito no espaço apropriado. 2. O texto definitivo deve ser escrito à tinta, na folha definitiva, em até 30 linhas. 3. A redação que apresentar cópia dos textos da Proposta de Redação terá o número de linhas copiadas desconsiderado para efeito de correção. Receberá nota zero, em qualquer das situações expressas a seguir, a redação que: - tiver até 7 (sete) linhas escritas, sendo considerada texto-insuficiente. - fugir ao tema ou que não atender ao tipo dissertativo-argumentati vo. - apresentar proposta de intervenção que desrespeite os direitos humanos. - apresentar parte do texto deliberadamente desconectada do tema proposto. Comentário: Por mais óbvio que possa parecer, é sempre importante ressaltar que todos os cidadãos devem ter os mesmos direitos. No entanto, para alguns grupos de pessoas os valores de uma sociedade democrática, igualitária e humanista são negados: É o caso dos moradores de rua. Pessoas ignoradas, invisibilizadas e sem qualquer auxílio vivem nas ruas atualmente tentando sobreviver. No entanto, tanto instituições públicas quanto instituições privadas excluem e segregam cada vez mais essas pessoas, principalmente, no que diz respeito aos seus direitos básicos enquanto cidadãos. Dessa forma, a partir desse cenário, você deve se questionar sobre, afinal, quem tem o direito de ocupar a cidade, uma vez que a igualdade de oportunidades não é a mesma para os moradores de rua. Não esqueça também de indicar formas de resolver esse problema. Proibir determinadas pessoas de transitarem por determinados locais da cidade parece uma solução? Talvez, visando a resolução ou mesmo diminuição dessa problemática, o desenvolvimento de políticas públicas tanto de saúde quanto de segurança para moradores de rua seja a alternativa mais humana. TEXTO I
  • 25. Sob os ecos das explosões de terça-feira e em meio ao luto pelas vítimas da tragédia, Bruxelas procura retomar uma normalidade cotidiana, ainda atormentada por muitas questões sem respostas. Ao mesmo tempo em que os mortos dos ataques começaram a ganhar um nome e uma história, as investigações policiais avançaram na identificação dos autores da chacina, estabelecendo uma ligação concreta entre os atentados ocorridos em Paris, em novembro, e agora na capital belga. Em nível europeu, as autoridades acumulam reuniões na busca de formas de enfrentar a crescente ameaça terrorista no continente. Os três extremistas dos ataques de Bruxelas tiveram suas identidades formalmente confirmadas por meio de suas impressões digitais. Ibrahim el-Bakraoui e Najim Laachraoui detonaram os explosivos por volta das 8h no aeroporto de Zavantem. Khalid el-Bakraoui fez o mesmo pouco depois das 9h, na estação de metrô Maelbeek. A identificação indica que os atentados de Paris e de Bruxelas teriam sido planejados e cometidos pela mesma célula terrorista, da qual participava também Salah Abdeslam, envolvido nos ataques na capital francesa e preso na última sexta-feira. Ibrahim el-Bakraoui, 30 anos, teria sido detido na Turquia em junho do ano passado, e expulso do país um mês depois, segundo autoridades de Ankara. Antes, em 2010, havia sido sentenciado pela Justiça belga a uma pena de nove anos de prisão por ter atirado com um fuzil kalashnikov contra policiais, ferindo um deles. Seu irmão Khalil, 27 anos, tinha sido condenado em 2011 a cinco anos de detenção por roubo de carros e é suspeito de ter alugado o apartamento em Bruxelas que serviu de base para a preparação dos ataques na capital francesa. NajimLaachraoui, 24 anos, o terceiro elemento, é apontado como o coordenador da logística dos atentados de Paris, desde Bruxelas. À parte das investigações, o dia foi marcado por fortes emoções para os belgas. Na Place de la Bourse, Leila Nabad, 38 anos, nascida em Bruxelas e muçulmana de origem marroquina, chorava durante o minuto de silêncio respeitado em todo país, ao meio-dia, em memória das vítimas dos ataques: — Sinto um desgosto enorme. Mas não queria sentir ódio. Nasci aqui, sempre vivi aqui, e nunca deixarei Bruxelas — declarou.
  • 26. Leila, que mora no bairro de Molenbeek, foco do jihadismo europeu, defende o multiculturalismo de Bruxelas, e teme que os últimos acontecimentos possam influenciar negativamente no reforço dos comunitarismos. — Deveríamos ter cotas de nacionalidades nos bairros das cidades, tínhamos de viver misturados — sugere. Ao final dos 60 segundos, o silêncio da Place de la Bourse foi interrompido por uma onda de aplausos, entremeados por gritos de "Viva a Bélgica!" e "Estamos todos juntos!". De acordo com os últimos números oficiais, os ataques causaram pelo menos 31 mortos e cerca de 300 feridos, dos quais em torno de 150 ainda estão hospitalizados, sendo 61 em estado grave. O consulado do Brasil informou que quatro brasileiros estavam entre os feridos, mas já foram liberados de atendimento médico. No plano político, o presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, acusou os países da União Europeia de "passividade" diante da ameaça terrorista, e também denunciou o atraso na aplicação do registro de identificação de passageiros (o PNR, na sigla em inglês) no continente: — Se todos os governos tivessem aplicado as propostas da comissão, não estaríamos na situação de hoje. Fonte: http://zh.clicrbs.com.br/rs/noticias/noticia/2016/03/um-dia-depois-dos-ataques-terroristas- dor-e-duvidas-marcam-bruxelas-5238449.html TEXTO II Episódios envolvendo tiroteios, execuções, morte de criança por bala perdida, ônibus incendiado, sequestro e desaparecimento nos últimos 25 dias realçam o crescimento de um fenômeno cada vez mais em evidência em Porto Alegre. A exemplo do que ocorre há décadas no Rio de Janeiro, onde o tráfico desce o morro para acertar as contas no asfalto, a capital gaúcha padece com o avanço de quadrilhas pela cidade, fruto de guerras pelo controle de pontos de tráfico e o descontrole sobre a criminalidade. — A insegurança é enorme. Não é só traficante matando rival. Está atingindo a todos nós. Não tem dia, hora ou lugar. Estamos expostos a esses desatinos — lamenta a promotora Lúcia Helena Callegari, que atua junto à 1ª Vara do Júri de Porto Alegre.
  • 27. A promotora diz faltar organização na segurança pública e critica a escassez de vagas em cadeias, que tem gerado a soltura de presos para cumprir pena em casa, alguns sob monitoramento de tornozeleiras eletrônicas. — Há uma liberalidade para concessão desses benefícios aos criminosos e isso tem reflexo forte nas ruas — assegura. O recrudescimento da violência coincide com a falta de dinheiro do Estado para investimentos. Em janeiro, o governador José Ivo Sartori restringiu contratações por 180 dias e determinou cortes no pagamento de horas extras. Na Polícia Civil, a investigação de homicídios na Capital, por exemplo, está comprometida porque policiais que trabalhavam até 40 horas a mais por mês, agora não passam de oito horas adicionais. De acordo com Wilson Müller, presidente da Associação dos Delegados da Polícia Civil, o principal problema da corporação é "absoluta falta de pessoal". — A defasagem é imensa. O policial escolhe o crime que vai investigar, sempre os mais graves e os mais recentes — observa Müller. A Ugeirm-Sindicato, que representa escrivães, inspetores e investigadores, marcou paralisação para 28 de abril. Na Brigada Militar (BM), o corte nas horas extras se soma à diminuição natural na tropa por conta de aposentadorias e a um antigo déficit de policiais militares (PMs), que beira 40%. O resultado é um enxugamento no patrulhamento. Nos cálculos da Associação Beneficente Antônio Mendes Filhos (Abamf), entidade que representa cabos e soldados da BM, o efetivo nas ruas emagreceu em 20%. — Falta planejamento para segurança — reclama Leonel Lucas, presidente da Abamf. Oficialmente, os gaúchos desconhecem os resultados do trabalho das polícias em 2015. Na semana passada, a Secretaria da Segurança Pública (SSP) se limitou a divulgar percentuais de redução e elevação de alguns crimes, sem revelar detalhes. Segundo o coronel Paulo Moacyr Stocker, subcomandante-geral da BM, a criminalidade de um modo geral está em baixa no Estado. Ele também garante que a redução das horas extras atingiu apenas 2% dos PMs nas ruas: — Não falta policiamento. Poderia ser melhor? Sim. Há desafasagem histórica. Mas, hoje, os resultados provam que as ações melhoram em relação a anos anteriores. Para Stocker, não existe uma onda de violência. Na opinião de Cléber Ferreira, delegado regional da Polícia Civil em Porto Alegre, a sequência de crimes é anormal e tende a reduzir. Fonte: http://zh.clicrbs.com.br/rs/noticias/noticia/2015/04/violencia-assusta-e-desafia-porto-alegre- 4744455.html# PROPOSTA DE REDAÇÃO Com base nos textos de apoio, redija sua redação de caráter dissertativo-argumentativo acerca da "Falta de segurança na vida urbana". Você pode se basear em sua experiência pessoal e relatos que já tenha ouvido para discorrer sobre a violência que impera nas cidades atualmente e que enche as revistas e telejornais, violência, esta, a que estão submetidas tanto as cidades europeias quanto as cidades brasileiras. Comentário Sobre o tema "Falta de segurança urbana", você pode tanto a partir do contexto europeu quanto do contexto brasileiro apresentar fatos e acontecimentos, inclusive, do seu cotidiano. Você acha que existe uma crise na segurança pública? Pense nos hábitos de seus pais e avós: eles tinham medo de sair na rua à noite? Costumavam trancar as portas? E você? Ao que você atribui essa mudança de comportamentos? Os textos de apoio levantam algumas hipóteses: a desigualdade social, por exemplo, pois, se existe uma parcela da população completamente marginalizada e sem acesso aos principais espaços de socialização e lazer, não parece “normal” que a interação entre esses grupos e a sociedade em geral seja violenta? No entanto, como podemos lidar com essas problemáticas? Quais programas e políticas de promoção de igualdade podem ser
  • 28. promovidas? Além disso, outro aspecto muito importante em relação a essa questão é a falta de planejamento da segurança, pelo menos, no Rio Grande do Sul, o que resulta, dentre outras coisas, na desvalorização dos policiais. Procure apontar possibilidades de reversão desse cenário a curto e a longo prazo. Leia atentamente o texto abaixo, publicado em março de 2016 pelo jornal Metro, em Porto Alegre, e de autoria do economista Marcos Silvestre. TEXTO I O país dos corruptos! (Mas só "os outros"...) Na veia! Corrupção é a palavra que está em quase toda frase formulada hoje no país. Infelizmente a corrupção está nas nossas vidas, é parte da cultura cotidiana brasileira. Dê uma olhada nestes exemplos, e você me dirá se não são coisas com as quais a gente esteja “acostumado”. Vaselina. Dar “uma graninha”, qualquer quantia, a qualquer funcionário público ou seu representante, ou mesmo a funcionários de empresas privadas, para que as coisas “se resolvam”, apesar da burocracia. “Cara, se não for assim, não sai”! Se não for assim… começa a sair do jeito certo! Servicinho extra. Pagar o zelador ou funcionários do seu condomínio para, durante seu expediente de trabalho, prestar pequenos serviços particulares em seu apartamento. “Tô ajudando eles…” Errado! Na moita… Perceber, em uma compra de vários itens, que algum produto não foi cobrado, ou que foi cobrado a menor, ou ainda que o troco veio a maior. “Que mal tem? Tá bem pago, né?!” Errado! Tchauzinho. Bater em carro alheio no estacionamento, e sair de fininho (torcendo para ninguém ter anotado a placa). Não vai ser legal o dia que acontecer com você? Daí não adianta xingar “o fdp que…”. Quer notinha? Simplesmente deixar de pedir nota fiscal (ou até recusá-la, quando oferecida) naquele posto de combustíveis que, espertamente, primeiro passa o cartão… e só depois pergunta se quer nota. Um uisquinho! Dar gorjeta ao garçom no começo de uma festa (como um casamento, por exemplo) para ser “melhor atendido”. (Se for no final, como gratificação pelos bons serviços prestados, tudo bem. Deduz aê! Tentar lançar despesa falsa para aumentar a restituição do Imposto de Renda. “Mas os caras já arrecadam demais”! Sonegação é sonegação, não tem a ver com a (in)competência do governo. Mude… e exija mudança! Particularmente, não sou da opinião que, quem comete algum destes erros “menores” na conduta de sua vida financeira, não chega a ter o direito de criticar a corrupção de políticos e empresários que roubam milhões. Até tem. Mas creio que toda pessoa nestas circunstâncias deve cair na real, perceberque o país está mudando e mudar também, exigindo mudança geral a partir daí. Afinal, das virtudes humanas, coerência é a maior, porque sem ela as outras não se sustentam. Fonte: http://w w w.metrojornal.com.br/nacional/marcos-silvestre/o-pais-dos-corruptos-mas-so-os-outros-268334 PROPOSTA DE REDAÇÃO A corrupção tem sido pauta de muitas discussões atualmente mas esse não é um fato novo na política do país nem mesmo nas ações cotidianas de sua população. Sua redação deverá discorrer sobre a "Corrupção em grande e pequena escala". De que forma incitamos uma índole corrupta com nossas ações diárias? Haveria uma solução para a corrupção? Comentário: O tema "Corrupção e pequenas corruptelas do cotidiano" pode ser desenvolvido a partir de duas esferas, ou seja, tanto a vida pública de forma ampla, com foco nas ações de nossos governantes, quanto nas suas próprias ações diárias. Reflita sobre a relação entre ambas. Se no fundo ambas as formas de corrupção acabam prejudicando um terceiro (mesmo que nas pequenas corruptelas do cotidiano não seja tão fácil perceber, pois já estamos “acostumados”), qual a diferença essencial entre elas? Como devemos mudar a mentalidade das pessoas para que percebam que as críticas em relação aos nossos governantes deveria ser aplicada também na nossa própria vida? Incentivo à cultura Ao mesmo tempo em que diz sobre um povo - sobre seus costumes, crenças e tradições -, o termo cultura pode ser empregado também como sinônimo de educação, cabendo ao governo proporcionar aos cidadãos eventos ligados à arte, literatura, música, dança, etc. Vivemos uma
  • 29. situação paradoxal no Brasil, na qual, de um lado, todos querem mais recursos para a Cultura e, de outro, ocorrem desvio de verbas destinadas a este fim. Leia atentamente as manchetes abaixo extraídas do Portal Brasil: TEXTO I Ministério da Cultura certifica 27 Pontos de Cultura no País Acesso à cultura O reconhecimento facilita a obtenção de apoios, parcerias e permite que as entidades se articulem com os outros pontos de cultura. Fonte: http://w w w .brasil.gov.br/cultura/2016/07/ministerio-da-cultura-certifica-27-pontos-de-cultura-no-pais TEXTO II Campanha incentiva brasileiros a conhecer museus do País Acesso à cultura Instituto Brasileiro de Museus quer valorizar os mais de 3,6 mil museus em funcionamento no País Fonte: http://w w w .brasil.gov.br/cultura/2016/07/campanha-incentiva-brasileiros-a-conhecer-museus-do-pais TEXTO III Comissão aprova 236 projetos para receber recursos via Rouanet Incentivo à cultura Produtores culturais beneficiados devem aguardar a autorização ser divulgada no Diário Oficial da União Fonte: http://w w w .brasil.gov.br/cultura/2016/07/comissao-aprova-236-projetos-para-receber-recursos-via- rouanet Leia agora a reportagem a seguir publicada recentemente no Correio do Povo: TEXTO IV Comissão de Incentivo à Cultura analisa projetos da Lei Rouanet Operação Lava Jato investiga desvio de recursos federais para contemplados A Comissão Nacional de Incentivo à Cultura (CNIC) reúne-se em Brasília - de terça-feira a quinta-feira - para analisar cerca de 300 projetos, que solicitam autorização do Ministério da Cultura (MinC) para captar recursos por meio do mecanismo de incentivo fiscal da lei 8.313/91 (Lei Rouanet). Criada em 1991, a Lei de Incentivo à Cultura, mais conhecida como Lei Rouanet, concede incentivos fiscais a projetos e ações culturais. Por meio dela, cidadãos (pessoa física) e empresas (pessoa jurídica) podem aplicar nestes fins parte do Imposto de Renda devido. Atualmente, mais de 3 mil projetos são apoiados a cada ano por meio da lei. A reunião será presidida pelo secretário de Fomento e Incentivo à Cultura, José Paulo Martins. Na quinta-feira, a reunião da CNIC será transmitida ao vivo pelo site e redes sociais do MinC, com o propósito de garantir a transparência das discussões. Os projetos aprovados por meio da Lei Rouanet podem ser acompanhados pelo sistema SalicNet, que oferece acesso aos dados básicos dos projetos apresentados, aprovados e apoiados, assim como aos valores de cada um deles. Investigação A Polícia Federal deflagrou no dia 28 de junho a Operação Boca Livre para apurar o desvio de recursos federais em projetos culturais com benefícios de isenção fiscal previstos na Lei Rouanet. A operação - feita em conjunto com o Ministério da Transparência, Fiscalização e Controle - cumpriu 14 mandados de prisão temporária e 37 mandados de busca e apreensão em São Paulo, Rio de Janeiro e no Distrito Federal. Segundo a denúncia, eventos corporativos, shows com artistas famosos em festas privadas para grandes empresas, livros
  • 30. institucionais e até mesmo uma festa de casamento foram custeados com recursos da Lei Rouanet. A ação investiga mais de 10 empresas patrocinadoras que trabalharam com um grupo de produtores culturais e estima-se que mais de 250 projetos tiveram recursos desviados. As empresas recebiam os valores captados com a lei e ainda faturavam com a dedução fiscal do imposto de renda. Com isso, o montante desviado pode ser ainda maior do que R$ 180 milhões, conforme a Polícia Federal. Fonte: http://www.correiodopovo.com.br/Noticias/Politica/2016/7/591669/Comissao -de- Incentivo-a-Cultura-analisa-projetos-da-Lei-Rouanet PROPOSTA DE REDAÇÃO Com base nos textos de apoio, redija sua redação dissertativo-argumentativa sobre o "Incentivo à cultura no Brasil". Não deixe de considerar o dilema paradoxal que envolve verbas públicas e corrupção, e aponte, se achar necessário, outras questões que sejam relevantes na discussão este tema. Comentário: Embora toda a manifestação humana que pressuponha alguma coletividade seja considerada expressão da cultura, muito ainda relaciona-se cultura com representação e/ou performance artística (como dança, música, teatro, literatura, cinema, artes plásticas em geral etc). Nesse sentido, leis de incentivo à cultura são criadas para assegurar a criação e execução de eventos culturais tendo em vista o caráter humanizador das artes e da cultura. Sendo assim, parece imprescindível que seja uma preocupação estatal e que existam políticas públicas de incentivo à cultura. No entanto, dado ao atual cenário político brasileiro, já não parece mais novidade que diversos sejam os escândalos de corrupção que envolvem esses editais. Frente a esse cenário, para definir seu ponto de vista, questione: Qual a importância da cultura em nossa sociedade e para cada sujeito individualmente? Na sua opinião, devem haver políticas e incentivos fiscais para organização de eventos culturais? Por fim, como combater a corrupção que assola as diversas esferas da sociedade, mas que nesse caso, relaciona-se diretamente com o setor cultural? Procure indicar agentes e ações concretas de forma detalhada para fortalecer a sua proposta de intervenção.