11oC_-_Mural_de_Portugues_4m35.pptxTrabalho do Ensino Profissional turma do 1...
teste de português 8_ano.docxSAGA.docx NEE.docx
1. 8º ano ***
Nome:___________________________________ N.º: ____ Turma: ____ Data: _______
Classificação:_________________ A Professora: _____________ O E.E.: _______________________
Lê atentamente todas as questões! Redige respostas completas e cuidadas. A caligrafia deve ser
legível. No final, relê todas as tuas respostas!
GRUPO I
Para responderes aos quatro itens que se seguem, vais ouvir uma notícia televisiva
1
.
1. Para cada item (1.1. a 1.3.), seleciona a opção que completa a frase, de acordo
com o sentido do texto ouvido. Escreve o número do item e a letra que identifica a
opção escolhida.
1.1. Na sua primeira intervenção, a jornalista faz referência
A. à convivência nem sempre pacífica que existe entre os pescadores e os
banhistas de Monte Gordo.
B. à rotina dos pescadores desde que vão ao mar até ao momento em que
chegam ao varadouro de Monte Gordo.
C. à vida difícil dos pescadores só compensada com a venda de peixe no
varadouro de Monte Gordo.
1.2. Para o pescador entrevistado, o maior problema da sua profissão é
A. a concorrência entre os 38 barcos existentes.
B. a falta de compradores para o peixe pescado.
C. a incerteza face ao futuro.
1.3. De acordo com a notícia, a Associação de Pescadores de Monte Gordo tem
como objetivo
A. preservar o mar para garantir o futuro dos pescadores.
B. auxiliar no reboque dos barcos que vão à pesca.
C. ajudar na manutenção dos barcos dos pescadores.
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in https://www.rtp.pt/noticias/pais/pescadores-queixam-se-da-incerteza-da-vida-do-mar_v757368,
“Pescadores queixam-se da incerteza da vida do mar”, desde o início da notícia até aos 2min57segs
(transmitido em 03/08/2014)
2. GRUPO II
Texto A
Lê o texto. Se necessário, consulta as notas.
O mar sempre como pano de fundo na vida de Manuel Dantas
03.11.2007 || Nysse Arruda
Numa prancha ou no convés de um veleiro, o mar por companhia
As noites de luar são sempre especiais para o velejador e surfista Manuel
Dantas, 30 anos, atual chefe de equipa do Porto de Recreio de Oeiras, empresa que
é também o seu patrocinador oficial. É durante as longas horas das madrugadas
claras que ele cuida do vai e vem de embarcações que demandam o porto de Oeiras
em busca de serviços, combustível ou um pouco de descanso por entre a faina da
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pesca, ou o transporte de algum veleiro pela costa europeia, ou mesmo vindo de uma
travessia oceânica.
“É o único porto em Portugal a ter serviços 24 horas por dia. É o único sítio em
que se pode encontrar um bom banho de água quente depois de dias no mar”, declara
Manuel Dantas, que já soma mais de dez anos de andanças marítimas, seja como
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surfista ou como velejador profissional – proa de um dos melhores iates portugueses,
o Bigamist, veterano em circuitos náuticos nacionais e europeus.
Foi também nas noites de luar no estado do Maranhão, no Brasil, que Manuel
Dantas ficou a apreciar um dos maiores fenómenos naturais do planeta – a “pororoca”
amazónica, este poderoso encontro das correntes fluviais com as marés oceânicas,
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que acontece nos principais rios amazónicos e também na foz do rio Mearim, no
Maranhão. […]
A 600 km da capital do Maranhão, S. Luís, e a mais duas horas de estrada de
terra e ainda mais duas horas de viagem a bordo de um pequeno barco de alumínio,
Manuel Dantas assombrou-se com a força da “pororoca”. “Muito antes de ver a onda,
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já se viam os pássaros a levantar voo e uma grande agitação na selva. Depois era o
estrondoso ruído das águas a assustar-nos. E aí, enfim, vimos a pororoca, aquela
monumental parede de água barrenta a explodir com uma força incalculável”, disse
Manuel Dantas, contando que só rezava para o pequeno barco não se virar na
aproximação daquela massa de água.
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Sempre ao compasso das marés, o surfista português surfou infinitas vezes
aquelas ondas míticas, aproveitando todo o treino prévio em apneia1 para suster a
respiração por cerca de 1min e 40 seg no meio do turbilhão de espuma daquelas
águas selvagens. “Ficámos de 6 a 8 horas na água, apanhando todos os momentos
daquela onda e surfando continuamente por cerca de 8 a 10 minutos, uma experiência
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extraordinária, visto que no mar um surfista só se aguenta numa mesma onda por
escassos 20-30 segundos”, descreveu Dantas, acostumado com as vagas mais
ordenadas da zona da praia de S. Pedro do Estoril […].
O culminar desta expedição foi o surf no Paredão da Morte, o local em que se
anuncia a chegada da “pororoca”, numa curva pronunciada na foz do rio Mearim, onde
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as poderosas águas avançam lavrando a ravina, escavando as margens, arrastando
a lama, a vegetação, os animais. “Fizemos questão de surfar este setor, que os nativos
3. diziam ser impossível. Na primeira tentativa, eu e o Miguel Ruivo fomos apanhados
pela espuma e projetados contra as margens, onde ele ficou enrolado nos troncos de
árvores e eu tive de ir ajudá-lo a safar-se”, relembrou Dantas […].
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in Diário de Notícias, disponível em https://www.dn.pt/arquivo/2007/interior/o-mar-sempre-como-pano-de-fundo-na-vida-de-
manuel-dantas-988078.html [cons. 04-10-2018, adaptado e com supressões]
NOTAS
1. apneia: modalidade desportiva de mergulho livre (em piscinas, lagos, rios ou no mar), em que o atleta se submerge durante
o maior tempo possível, sem recurso a equipamentos para respirar, usando apenas a reserva de ar dos seus pulmões.
1. Para cada item (1.1. a 1.5.), seleciona a opção que permite obter uma afirmação
adequada ao sentido do texto.
Escreve o número do item e a letra que identifica a opção escolhida.
1.1. Para Manuel Dantas, as noites de luar são especiais porque permitem que o
velejador
A. tenha uma melhor visão do oceano.
B. auxilie mais pessoas.
1.2. No contexto em que surge, a palavra “veterano” (linha 12) significa
A. envelhecido.
B. experiente.
1.3. A “pororoca” é um fenómeno natural
A. que surge, de forma inesperada, sem qualquer sinal de aviso.
B. que resulta do encontro das correntes do rio com as marés do oceano.
1.4. Para descrever a “chegada da ‘pororoca’” (linha 35), a jornalista recorre a
A. uma enumeração.
B. uma personificação.
1.5. As expressões “As noites de luar são sempre especiais para o velejador” (linha 1)
e “O culminar desta expedição foi o surf no Paredão da Morte” (linha 34) são
A. dois factos.
B. duas opiniões.
C. uma opinião e um facto, respetivamente.
Texto B
Lê o texto. Se necessário, consulta as notas.
A família de Hans morava no interior da ilha. Ali, o rumor marítimo só em dias de
temporal, através da floresta longínqua, se ouvia.
Mas ele vinha muitas vezes até à pequena vila costeira e, esgueirando-se pelas
ruelas, caminhava ao longo do cais, ao lado de botes e veleiros, atravessava a praia
e subia ao extremo do promontório. Ali, no respirar da vaga, ouvia o respirar
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indecifrado da sua própria paixão.
Nesse dia, quando ao cair da noite entrou em casa, Hans curvou a cabeça. Pois
aos catorze anos já tinha quase a altura de um homem e, em Vig, as portas de entrada
são baixas.
Assim é desde o tempo antigo das guerras, quando os invasores que ocupavam
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a ilha penetravam nas casas de cabeça erguida, mas exigiam que a gente da ilha se
4. curvasse para os saudar. Então, os homens de Vig baixaram o lintel das suas portas,
para obrigarem o vencedor a baixar a cabeça.
Sören, pai de Hans, era um homem alto, magro, com os olhos cor de porcelana
azul, os traços secos e belas mãos sensíveis, que mais tarde, durante gerações, os
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seus descendentes herdaram. Nele, como na igreja luterana, havia algo de austero1
e solene, apaixonado e frio. À casa e à família imprimia uma inominada lei de silêncio
e reserva, onde o espírito de cada um concentrava a sua força. De certa forma Sören
reconhecia o risco que corria: sabia que é no silêncio que se escuta o tumulto, é no
silêncio que o desafio se concentra. Mas ele impunha a si mesmo e aos outros uma
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disciplina de responsabilidade e de escolha, dentro da qual cada um ficava
terrivelmente livre. Havia porém algo de taciturno2 e ansioso em Sören: ele pensava
talvez que a integridade humana, mesmo a mais perfeita, nada podia contra o destino.
Do dever cumprido, da liberdade assumida, não esperava sucesso nem prosperidade,
nem mesmo paz.
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Os seus irmãos mais novos – Gustav e Niels – tinham morrido no naufrágio de
um veleiro que lhe pertencia. Sören sabia que o seu barco era um bom barco, onde
ele próprio inspecionara com minúcia cada cabo e cada tábua, sabia que os seus
jovens irmãos eram perfeitos homens do mar, e hábil e competente o capitão a quem
tudo entregara. No entanto, o navio naufragou quando a experiência e o cálculo não
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mediram exatamente a força e a proximidade do temporal.
Mal a notícia do naufrágio foi confirmada pelo cargueiro inglês que dois dias
depois recolhera ao largo os destroços do veleiro desmantelado – o mastro partido,
as boias, o bote virado –, Sören vendeu os seus barcos e comprou terras no interior
da ilha. Dizia-se mesmo que nunca mais olhara o mar. Dizia-se mesmo que nesse dia
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tinha chicoteado o mar.
No entanto Hans suspirava e nas longas noites de inverno procurava ouvir,
quando o vento soprava do Sul, entre o sussurrar dos abetos, o distante, adivinhado,
rumor da rebentação. Carregado de imaginações, queria ser, como os seus tios e
avós, marinheiro. Não para navegar apenas entre as ilhas e as costas do Norte,
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seguindo nas ondas frias os cardumes de peixe. Queria navegar para o Sul. Imaginava
as grandes solidões do oceano, o surgir solene dos promontórios, as praias onde
baloiçam coqueiros e onde chega até ao mar a respiração dos desertos. Imaginava
as ilhas de coral azul, que são como os olhos azuis do mar. Imaginava o tumulto, o
calor, o cheiro a canela e laranja das terras meridionais.
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Queria ser um daqueles homens que, a bordo do seu barco, viviam rente ao
maravilhamento e ao pavor, um daqueles homens de andar baloiçado, com a cara
queimada por mil sóis, a roupa desbotada e rija de sal, o corpo direito como um
mastro, os ombros largos de remar e o peito dilatado pela respiração dos temporais.
Um daqueles homens cuja ausência era sonhada e cujo regresso, mal o navio ao
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longe se avistava, fazia acorrer ao cais as mulheres e as crianças de Vig, e a história
que eles contavam era repetida e contada de boca em boca, de geração em geração,
como se cada um a tivesse vivido.
Sophia de Mello Breyner Andresen, Saga. Porto: Porto Editora, 2014 [pp. 8-10]
NOTAS
1. austero: severo. 2. taciturno: reservado, tristonho.
5. 2. As frases de (A) a (F) referem-se à forma como o narrador organiza o relato. Escreve
o número do item e a sequência de letras que corresponde à ordem do texto. Começa
a sequência pela letra (D)e termina na (E).
A. Descrição psicológica de Sören._____
B. Reação de Sören à morte dos irmãos._____
C. Referência aos irmãos de Sören e ao seu destino._____
D. Referência ao local onde a família de Hans morava. 1
E. Enumeração das razões pelas quais Hans queria ser marinheiro. 6
F. Explicação do motivo pelo qual as portas de entrada em Vig são baixas._____
3. As palavras seguintes permitem caracterizar Sören, tendo em conta as informações
transmitidas ao longo do texto.
Severo perfeccionista Amargurado/revoltado
Seleciona uma destas palavras e explica por que razão ela é adequada para caracterizar
o pai de Hans.
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4. Hans era um rapaz de 14 anos.
Apresenta duas caractertísticas psicológicas de Hans, justificando a tua resposta com
excertos do texto.
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5. “Queria ser um daqueles homens que […] viviam rente ao maravilhamento e ao pavor”
(linhas 46-47).
Explica, por palavras tuas, o sentido destas palavras.
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6. “Dizia-se mesmo que nesse dia tinha chicoteado o mar.” (linhas 35-36).
Tendo em conta esta reação de Sören ao naufrágio dos irmãos, imagina como reagiria
ele perante o grande desejo do filho.
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6. GRUPO III
1. Identifica a classe a que pertencem as palavras destacadas em cada frase.
Escreve a letra da frase e o número da classe a que a palavra destacada corresponde.
Frases
Classes
de palavras
A. “seguindo nas ondas frias os cardumes”
(linhas 40-41)
1. Conjunção coordenativa
B. “Mas ele vinha muitas vezes” (linha 3) 2. Verbo copulativo
C.“Assim é desde o tempo antigo” (linha 10) 3. Nome comum coletivo
D. “um veleiro que lhe pertencia” (linha 27) 4. Pronome pessoal
A _____ B _____ C _____ D _____
2. Identifica as funções sintáticas dos elementos sublinhados.
A) Hans quando era um jovem fugiu de Vig. _________________________________
B) Avô, estás sempre a olhar para o mar, porquê?_____________________________
C) Ontem, Hoyle acolheu Hans na sua casa. _________________________________
3. Reescreve as frases seguintes, substituindo cada expressão destacada pelo pronome
pessoal adequado. Faz apenas as alterações necessárias.
Hans tinha um grande desejo mas não contou o desejo ao pai.
___________________________________________________________________
Esperava que, com o tempo, pudesse contar ao pai a verdade.
___________________________________________________________________
4. Reescreve as frases seguintes, transformando-as em frases complexas e utilizando
as locuções conjuncionais indicadas entre parênteses. Faz apenas as alterações
necessárias.
A. Hans ia à vila. O rapaz subia até ao promontório. (sempre que)
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B. Sören nunca mais olhou para o mar. Os seus irmãos morreram num naufrágio.
(uma vez que)
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