SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 92
Baixar para ler offline
Ana Paula Lopes, Manuel Mendes Monteiro, Mário Nuno Fernandes
Licenciatura em Contabilidade e Administração
2023/2024
1
Cálculo Financeiro
Capítulo 2 – Regime Composto
Ana Paula Lopes, Manuel Mendes Monteiro, Mário Nuno Fernandes
2. Regime Composto
2.1. Capitalização
2.2. Taxas de juro
2.3. Atualização
2.4. Taxa Anual de Encargos Efetiva Global (T.A.E.G.)
Regime Composto
Ana Paula Lopes, Manuel Mendes Monteiro, Mário Nuno Fernandes
2. Regime Composto
2.1 Capitalização
Regime de Capitalização Composta
Valor acumulado em Regime Composto
Fórmula Fundamental do Juro Composto
2.2. Taxas de juro
2.3. Atualização
2.4. Taxa Anual de Encargos Efetiva Global (T.A.E.G.)
Regime Composto
Ana Paula Lopes, Manuel Mendes Monteiro, Mário Nuno Fernandes
Regime de Capitalização Composta
Este regime carateriza-se pelo facto de existirem juros de juros,
isto é, os juros produzidos em cada período da capitalização
são adicionados ao capital inicial e passam também eles as
vencer juros nos períodos seguintes.
O juro de cada período k é igual ao produto do capital no
início do período Ck-1, pela taxa de juro:
Regime Composto - Capitalização
1
−
= k
j C i
Ana Paula Lopes, Manuel Mendes Monteiro, Mário Nuno Fernandes 5
Regime Composto - Capitalização
Representação Gráfica
Reta do tempo com unidade igual ao período da taxa de juro i
Capitalização
Cn Capitais
n Tempo
Períodos de capitalização
…
C0
0
C1= C0+C0i
1
C2= C1+C1i
2
C3= C2+C2i
3 …
Capitalização Capitalização
Ana Paula Lopes, Manuel Mendes Monteiro, Mário Nuno Fernandes
Valor Acumulado em Regime Composto
Exemplo 1
Considere uma aplicação de 100 000,00 €, durante 10 anos, à
taxa de juro composto anual de 10%.
Regime Composto - Capitalização
Ana Paula Lopes, Manuel Mendes Monteiro, Mário Nuno Fernandes
Valor Acumulado em Regime Composto
Exemplo 1 (continuação)
Regime Composto - Capitalização
( )
( ) ( )
( ) ( )
=
= +  
 =  + =
= +  
 =  + =  + =
= +  
 =  + =  + =
0
1
1
2
2
2
3
3
3
10
C 100 000
C 100 000 100 000 0,1
C 100 000 1 0,1 110 000
C 110 000 110 000 0,1
C 110 000 1 0,1 100 000 1 0,1 121000
C 121000 121000 0,1
C 121000 1 0,1 100 000 1 0,1 133 100
C ( )
=  + =
10
100 000 1 0,1 259 374,25
Ana Paula Lopes, Manuel Mendes Monteiro, Mário Nuno Fernandes
Valor Acumulado em Regime Composto
Generalizando
Consideremos na época zero um capital C0.
Capitalizando C0 durante n períodos de uma taxa i obtemos:
Regime Composto - Capitalização
( ) ( ) ( ) ( )
0 0
1 0 1 0 0 0
2
2 1 2 1 1 1 0 0
2 3
3 2 3 2 2 2 0 0
2 1
1 2 1 2 2 2 0 0
1 1
1
1 1 1 1
1 1 1 1
1 1 1 1
− −
− − − − − −
− −
=
= + = + = +
= + = + = + = + + = +
= + = + = + = + + = +
= + = +  =  + =  +  + =  +
= + = +
n n
n n n n n n
n n n n n
C C
C C j C C i C ( i)
C C j C C i C ( i) C ( i)( i) C ( i)
C C j C C i C ( i) C ( i) ( i) C ( i)
...
C C j C C i C i C i i C i
C C j C C ( ) ( ) ( ) ( )
1
1 1 0 0
1 1 1 1
−
− −
 =  + =  +  + =  +
n n
n
i C i C i i C i
Ana Paula Lopes, Manuel Mendes Monteiro, Mário Nuno Fernandes
Valor Acumulado em Regime Composto
Tem-se, então, a Fórmula Fundamental do Valor Acumulado
em regime composto:
em que:
C0 - representa o capital inicial
n - representa o prazo (número de períodos da capitalização)
i - representa a taxa de juro
Regime Composto - Capitalização
( )
0 1
=  +
n
n
C C i
Ana Paula Lopes, Manuel Mendes Monteiro, Mário Nuno Fernandes
Valor Acumulado em Regime Composto
Em relação à fórmula fundamental do valor acumulado
podemos afirmar que:
• É válida para um único capital e pressupõe taxa fixa;
• Pressupõe a existência de concordância temporal entre o
n e o i;
• O valor acumulado em regime composto é diretamente
proporcional ao capital (C0), mas não ao número de
períodos da capitalização (ou seja, ao prazo) (n).
• Ao longo dos sucessivos períodos de capitalização, o valor
acumulado em regime composto varia em progressão
geométrica de razão igual a (1+i).
Regime Composto - Capitalização
Ana Paula Lopes, Manuel Mendes Monteiro, Mário Nuno Fernandes
Valor Acumulado em Regime Composto
A fórmula do valor acumulado em regime composto, nos termos
definidos só é válida para um único capital e pressupõe taxa fixa.
Analisemos, alguns casos em que isso não se verifica.
1º Caso - Um capital e várias taxas (taxa variável)
Exemplo 2
Considere uma aplicação de 20 000,00€, durante 10 anos, em que
nos primeiros seis vigorou a taxa anual de juro composto de 1% e no
restante prazo a taxa anual de 2%. Calcule o valor acumulado obtido
no final do prazo.
Regime Composto - Capitalização
Ana Paula Lopes, Manuel Mendes Monteiro, Mário Nuno Fernandes
Valor Acumulado em Regime Composto
1º Caso - Um capital e várias taxas (taxa variável)
Exemplo 2
Resposta: 22 980,47€
Regime Composto - Capitalização
( ) ( )
=  +  + =
6 4
10
C 20 000 1 0,01 1 0,02 22 980,47
C6
Ana Paula Lopes, Manuel Mendes Monteiro, Mário Nuno Fernandes
Valor Acumulado em Regime Composto
2º Caso - Vários capitais e uma taxa (taxa fixa)
Exemplo 3
Numa conta bancária, remunerada à taxa anual de 1%, foram
efetuados dois depósitos: o primeiro de 20 000,00€ e o segundo, 2
anos depois, de 10 000,00€. Calcule o valor acumulado (regime
composto) obtido 10 anos depois do primeiro depósito.
Regime Composto - Capitalização
( ) ( )
=  + +  + =
10 8
10
C 20 000 1 0,01 10 000 1 0,01 32 921,01
Resposta: 32 921,01€
Ana Paula Lopes, Manuel Mendes Monteiro, Mário Nuno Fernandes
Valor Acumulado em Regime Composto
3º Caso - Vários capitais e várias taxas
Exemplo 4
Numa conta bancária foram efetuados dois depósitos: um de
20 000,00€ e outro, 2 anos depois, de 10 000,00€. Sabendo que 4
anos após o segundo depósito a taxa de juro anual que remunera a
conta passou de 1% para 2%, calcule o valor acumulado (regime
composto) obtido 4 anos depois da referida alteração.
Regime Composto - Capitalização
Ana Paula Lopes, Manuel Mendes Monteiro, Mário Nuno Fernandes
Valor acumulado em regime composto
3º Caso - Vários capitais e várias taxas
Exemplo 4
Ou
Resposta: 34 244,30€
Regime Composto - Capitalização
( ) ( ) ( )
 
=  + +  +  + =
 
6 4 4
10
C 20 000 1 0,01 10 000 1 0,01 1 0,02 34 244,3
C6
( ) ( ) ( ) ( )
=  +  + +  +  + 
 =
6 4 4 4
10
10
C 20 000 1 0,01 1 0,02 10 000 1 0,01 1 0,02
C 34 244,3
Ana Paula Lopes, Manuel Mendes Monteiro, Mário Nuno Fernandes
Fórmula Fundamental do Juro Composto
Juro periódico (jk)
Como se viu, o juro de um qualquer período (k) é sempre
calculado a partir do valor acumulado no período
imediatamente anterior (k-1).
Assim,
Regime Composto - Capitalização
( )
1
1 0 1
−
−
=   =  + 
k
k k k
j C i j C i i
Ana Paula Lopes, Manuel Mendes Monteiro, Mário Nuno Fernandes
Fórmula fundamental do Juro Composto
Juro Composto
O juro total ou rendimento, obtido ao fim de n períodos de
capitalização pode ser obtido:
A expressão do Juro Composto ou Juro total na época k:
17
Regime Composto - Capitalização
0
0 0
0
1
1 1
= −
= + −
 
= + −
 
n
n n
n
C
n
Jt C C
C ( i) C
C ( i)
0 1 1
 
= + −
 
k
k
Jt C ( i)
Ana Paula Lopes, Manuel Mendes Monteiro, Mário Nuno Fernandes
Fórmula fundamental do Juro Composto
Juro composto (Jtn)
O juro composto corresponde à soma de todas as parcelas de
juro periódicas que se vencem ao longo de uma capitalização.
Assim,
Regime Composto - Capitalização
( ) ( ) ( )
( ) ( ) ( )
−
−
−
= + + + + 
 =  +  +  + +  
 =  +  +  +  +  + +  +  
 
 =   + + + + + + +
 
n 1 2 3 n
n 0 1 2 n 1
2 n 1
n 0 0 0 0
2 n 1
n 0
Jt j j j ... j
Jt C i C i C i ... C i
Jt C i C 1 i i C 1 i i ... C 1 i i
Jt C i 1 1 i 1 i ... 1 i
Soma de n termos variáveis em progressão
geométrica de razão igual a (1+i)
Ana Paula Lopes, Manuel Mendes Monteiro, Mário Nuno Fernandes
Fórmula fundamental do Juro Composto
Assim, aplicando a fórmula da soma dos termos de uma
progressão geométrica, vem:
Tem-se, então, a fórmula fundamental do juro composto:
Regime Composto - Capitalização
( ) ( ) ( )
( )
( )
( )
−
 
=   + + + + + + + 
 
+ −
 =  
+ −
 
 =  + −
 
2 n 1
n 0
n
n 0
n
n 0
Jt C i 1 1 i 1 i ... 1 i
1 i 1
Jt C i
1 i 1
Jt C 1 i 1
( )
 
=  + −
 
n
n 0
Jt C 1 i 1
Ana Paula Lopes, Manuel Mendes Monteiro, Mário Nuno Fernandes
Fórmula fundamental do Juro Composto
Em relação à fórmula fundamental do juro composto
podemos afirmar que:
• É válida para um único capital e pressupõe taxa fixa.
• Pressupõe a existência de concordância temporal entre o
n e o i.
• O juro composto é diretamente proporcional ao capital (C0),
mas não ao número de períodos da capitalização (ou seja,
ao prazo) (n).
Regime Composto - Capitalização
Ana Paula Lopes, Manuel Mendes Monteiro, Mário Nuno Fernandes
Fórmula fundamental do Juro Composto
A fórmula fundamental do juro composto, nos termos
definidos, só é válida para um único capital e pressupõe taxa
fixa.
Analisemos, alguns casos em que isso não se verifica.
1º Caso - Um capital e várias taxas (taxa variável)
Exemplo 5
Considere uma aplicação de 20 000,00€, durante 10 anos, em que
nos primeiros seis vigorou a taxa anual de juro composto de 1% e no
restante prazo a taxa anual de 2%. Calcule o juro obtido no final do
prazo.
Regime Composto - Capitalização
Ana Paula Lopes, Manuel Mendes Monteiro, Mário Nuno Fernandes
Fórmula fundamental do Juro Composto
1º Caso - Um capital e várias taxas (taxa variável)
Exemplo 5
Resposta: 2 980,47€
Regime Composto - Capitalização
( ) ( )
 
=  +  + − =
 
6 4
10
J 20 000 1 0,01 1 0,02 1 2 980,47
Ana Paula Lopes, Manuel Mendes Monteiro, Mário Nuno Fernandes
Fórmula fundamental do Juro Composto
2º Caso - Vários capitais e uma taxa (taxa fixa)
Exemplo 6
Numa conta bancária, remunerada à taxa anual de 1%, foram
efetuados dois depósitos: o primeiro de 20 000,00 € e o segundo, 2
anos depois, de 10 000,00 €. Calcule o juro total (regime composto)
obtido 10 anos depois do primeiro depósito.
Regime Composto - Capitalização
( ) ( )
   
=  + − +  + − =
   
10 8
n
Jt 20 000 1 0,01 1 10 000 1 0,01 1 2 921
,01
Resposta: 2 921,01€
Ana Paula Lopes, Manuel Mendes Monteiro, Mário Nuno Fernandes
Fórmula fundamental do Juro Composto
3º Caso - Vários capitais e várias taxas
Exemplo 7
Numa conta bancária foram efetuados dois depósitos: um de
20 000,00 € e outro, 2 anos depois, de 10 000,00€. Sabendo que 4
anos após o segundo depósito a taxa de juro anual que remunera a
conta passou de 1% para 2%, calcule o juro total (regime composto)
obtido 4 anos depois da referida alteração.
Regime Composto - Capitalização
Ana Paula Lopes, Manuel Mendes Monteiro, Mário Nuno Fernandes
Fórmula fundamental do Juro Composto
3º Caso - Vários capitais e várias taxas
Exemplo 7 (Continuação)
Ou
Resposta: 4 244,30€
Regime Composto - Capitalização
( ) ( )
( ) ( )
 
=  +  + − +
 
 
+  +  + −
 
 =
6 4
4 4
J 20 000 1 0,01 1 0,02 1
10 000 1 0,01 1 0,02 1
J 4 244,3
( ) ( )
( ) ( )
=  +  + +
+  +  + − −
 =
6 4
4 4
J 20 000 1 0,01 1 0,02
10 000 1 0,01 1 0,02 20 000 10 000
J 4 244,3
Ana Paula Lopes, Manuel Mendes Monteiro, Mário Nuno Fernandes
Fórmula fundamental do Juro Composto - Aplicações
Exercício 1
Numa conta bancária foram efetuados dois movimentos: um
depósito de 30 000,00 € e um levantamento, 4 anos depois, de
8 000,00 €.
a) Sabendo que a conta é remunerada à taxa de juro composto
anual de 3%, calcule o seu saldo 6 anos depois do último
movimento.
b) Admitindo que não foi feito o levantamento, calcule o total de
juros de juros.
c) Sabendo que 2 anos após o segundo movimento a taxa de
juro composto anual que remunera a conta passou de 3% para
4%, calcule:
c1) o saldo da conta 6 anos depois do último movimento.
c2) o juro produzido no segundo triénio.
Regime Composto - Capitalização
Ana Paula Lopes, Manuel Mendes Monteiro, Mário Nuno Fernandes
Aplicações (Continuação)
Exercício 1 (Resolução)
a)
Resposta: 30 765,07€
Regime Composto - Capitalização
( ) ( )
=  + −  +  =
10 6
n n
C 30 000 1 0,03 8 000 1 0,03 C 30 765,07
Ana Paula Lopes, Manuel Mendes Monteiro, Mário Nuno Fernandes
Aplicações (Continuação)
Exercício 1 (Resolução)
b)
Resposta: 1 317,49€
Regime Composto - Capitalização
( )
 
=  + − −   =
 
10
JJ 30 000 1 0,03 1 30 000 10 0,03 1317,49
Juro Composto Juro Simples
Ana Paula Lopes, Manuel Mendes Monteiro, Mário Nuno Fernandes
Aplicações (Continuação)
Exercício 1 (Resolução)
c)
Regime Composto - Capitalização
Ana Paula Lopes, Manuel Mendes Monteiro, Mário Nuno Fernandes
Aplicações (Continuação)
Exercício 1 (Resolução)
c1) O saldo da conta 6 anos
depois do último movimento.
Ou
Resposta: 31 977,35€
Regime Composto - Capitalização
( ) ( ) ( ) ( )
=  +  + −  +  + 
 =
6 4 2 4
n
n
C 30 000 1 0,03 1 0,04 8 000 1 0,03 1 0,04
C 31977,35
( ) ( ) ( )
 
=  + −  +  + 
 
 =
6 2 4
n
n
C 30 000 1 0,03 8 000 1 0,03 1 0,04
C 31977,35
C6
Ana Paula Lopes, Manuel Mendes Monteiro, Mário Nuno Fernandes
Aplicações (Continuação)
Exercício 1 (Resolução)
c2) O juro produzido no segundo triénio.
Resposta: 2 552,56 €
Regime Composto - Capitalização
( ) ( )
( ) ( )
= + +  =  +  +  
 
 =   +  −  +
 
 
+  −   
 
 =
4 5 6 3 4 5
3 4
5
J j j j J C 0,03 C 0,03 C 0,03
J 30 000 1
,03 0,03 30 000 1
,03 8 000 0,03
30 000 1
,03 8 000 1
,03 0,03
J 2 552,56
Ana Paula Lopes, Manuel Mendes Monteiro, Mário Nuno Fernandes
Aplicações (Continuação)
Exercício 2
Numa conta bancária foi efetuado um depósito de 20 000,00 €.
Sabendo que 2 semestres depois do referido depósito a taxa de juro
composto semestral que remunera a conta passou de 5% para 2% e
que no final do prazo a conta apresentava um saldo de 23 867,63 €,
determine o prazo da aplicação.
Regime Composto - Capitalização
Ana Paula Lopes, Manuel Mendes Monteiro, Mário Nuno Fernandes
Aplicações (Continuação)
Exercício 2 (Resolução)
Resposta: 6 semestres (ou 3 anos)
Regime Composto - Capitalização
( ) ( )
( )
( )
( ) ( )
( ) ( ) ( ) ( )
( )
( )
−
− −
 +  + = 
 + =  + =
 +
 −  + =  − = 
 − =  =
2 n 2
n 2 n 2
2
20 000 1 0,05 1 0,02 23 867,63
23 867,63
1 0,02 ln 1 0,02 ln 1
,082431746
20 000 1 0,05
ln 1
,082431746
n 2 ln 1 0,02 ln 1
,082431746 n 2
ln 1
,02
n 2 4 n 6
Ana Paula Lopes, Manuel Mendes Monteiro, Mário Nuno Fernandes
Aplicações (Continuação)
Exercício 3
O Sr. C fez, no mesmo dia, dois investimentos em produtos
financeiros distintos. O primeiro de 41 000,00 €, em regime
composto, à taxa semestral de 1%, e o segundo em regime simples,
à mesma taxa.
a) Sabendo que ao fim de doze semestres o total de juros obtido com
o primeiro corresponde ao dobro do total de juros obtido com o
segundo, determine o valor do segundo investimento.
b) Sabendo que ao fim de doze semestres o valor acumulado obtido
com o primeiro corresponde a metade do valor acumulado obtido
com o segundo, determine o valor do segundo investimento.
Regime Composto - Capitalização
Ana Paula Lopes, Manuel Mendes Monteiro, Mário Nuno Fernandes
Aplicações (Continuação)
Exercício 3 (Resolução)
a)
Resposta: 21 665,94€
b)
Resposta: 82 499,69€
Regime Composto - Capitalização
( )
 
 + − =     =
 
12
41000 1 0,01 1 2 Y 12 0,01 Y 21665,94
( ) ( )
 + =   +   =
12 1
41000 1 0,01 Y 1 12 0,01 Y 82 499,69
2
Juro Composto Juro Simples
Valor acumulado
composto
Valor acumulado
simples
Ana Paula Lopes, Manuel Mendes Monteiro, Mário Nuno Fernandes
2. Regime Composto
2.1. Capitalização
2.2. Taxas de juro
Taxas equivalentes
Concordância temporal
Taxas nominais
2.3. Atualização
2.4. Taxa anual de encargos efetiva global (T.A.E.G.)
Regime Composto
Ana Paula Lopes, Manuel Mendes Monteiro, Mário Nuno Fernandes
2.2. Taxas de juro
Taxas equivalentes
Exemplo 8
Considere uma aplicação de 10 000,00 €, durante 1 ano, à taxa
de juro anual de 21%.
Se esta aplicação fosse feita a uma taxa semestral, qual
deveria ser o seu valor de modo a que o valor acumulado
obtido, em regime composto, fosse igual?
Regime Composto – Taxas de juro
Ana Paula Lopes, Manuel Mendes Monteiro, Mário Nuno Fernandes
Taxas equivalentes (Continuação)
Regime Composto – Taxas de juro
0 1 2
Semestres
i `= 10,5% a.s.
10 000 10 000. (1+0,105)2 = 12 210,25
C0 C1
Anos
i = 21% a.a.
10 000 10 000. (1+0,21) = 12 100
C`0 C`1 C`2
0 1
10 000. (1+0,105) = 11 050
Ana Paula Lopes, Manuel Mendes Monteiro, Mário Nuno Fernandes
Taxas equivalentes (Continuação)
Como se verifica, os valores acumulados em regime composto
obtidos são diferentes quando se utiliza a taxa anual de 21%
ou a taxa semestral que lhe é proporcional, 10,5%.
Qual deverá ser, então, a taxa semestral (i`) de modo a que o
valor acumulado obtido (em regime composto) seja igual ao
que se obteve quando se utiliza a taxa anual de 21%?
Diz-se, assim, que a taxa de juro anual de 21% e a taxa de juro
semestral de 10% são equivalentes (em regime composto).
Regime Composto – Taxas de juro
( ) ( )
2
2 1
C` C 10 000 1 i` 10 000 1 0,21 i` 10%
=   + =  +  =
Ana Paula Lopes, Manuel Mendes Monteiro, Mário Nuno Fernandes
Taxas equivalentes (Continuação)
Assim, pode-se, pois, definir taxas equivalentes (em regime
composto) do seguinte modo:
Antes de definirmos a fórmula que nos permite relacionar duas
taxas de períodos diferentes, impõe-se estabelecer a notação
que vamos passar a usar:
Regime Composto – Taxas de juro
“Duas taxas de períodos diferentes dizem-se equivalentes
(em regime composto) quando aplicadas alternativamente
ao mesmo capital, durante o mesmo intervalo de tempo,
originam valores acumulados em regime composto (bem
como os respetivos juros compostos) iguais.”
Ana Paula Lopes, Manuel Mendes Monteiro, Mário Nuno Fernandes
Taxas equivalentes (Continuação)
Notação
Regime Composto – Taxas de juro
Taxa Período
i →Taxa anual 1 ano
i2 →Taxa semestral 1/2 ano
i3 →Taxa quadrimestral 1/3 ano
i4 →Taxa trimestral 1/4 ano
i6 →Taxa bimestral 1/6 ano
i12 →Taxa mensal 1/12 ano
Ana Paula Lopes, Manuel Mendes Monteiro, Mário Nuno Fernandes
Taxas equivalentes (Continuação)
Considere-se, então, as duas taxas efetivas seguintes:
ip 1/p ano
ik 1/k ano
Então, de acordo com a definição, para que estas duas taxas
sejam equivalentes é necessário que:
Em suma:
Regime Composto – Taxas de juro
( ) ( ) ( ) ( )
( ) ( ) ( ) ( ) ( )
p p
k k
p k 0 p 0 k p k
p k k k
p p p p
p k p k p k
C C` C 1 i C 1 i 1 i 1 i
1 i 1 i 1 i 1 i i 1 i 1
=   + =  +  + = +
 + = +  + = +  = + −
( )
= + −
k
p
p k
i 1 i 1
Ana Paula Lopes, Manuel Mendes Monteiro, Mário Nuno Fernandes
Taxas equivalentes (Continuação)
Exemplo 9
Considere uma taxa trimestral de 5%
Qual a taxa semestral que lhe é equivalente? E a bimestral?
Uma vez que i2 é equivalente a i4 e i6 também é equivalente a
i4, então as taxas i2 e i6 são também elas equivalentes.
Regime Composto – Taxas de juro
( ) ( )
( ) ( )
=
= + −  = + −  = =
= + −  = + −   =
4
4 2
2
2 4 2 2
4 4
6 6
6 4 2 6
Taxa trimestral i 0,05
Taxa semestral equivalente
i 1 i 1 i 1 0,05 1 i 0,1025 10,25%
Taxa bimestral equivalente
i 1 i 1 i 1 0,05 1 i 0,0330616 3,30616%
Ana Paula Lopes, Manuel Mendes Monteiro, Mário Nuno Fernandes
A concordância temporal
Como se disse, a Concordância Temporal significa que as
variáveis prazo (n) e taxa de juro (i) têm que ter o mesmo
período de referência, isto é, têm de estar expressas na
mesma unidade de tempo.
Quando tal não acontece, veremos que é indiferente:
• encontrar a taxa de juro i’ com o mesmo período em que está
expresso o prazo n;
ou
• converter o prazo n no mesmo período da taxa de juro i.
Regime Composto – Taxas de juro
Ana Paula Lopes, Manuel Mendes Monteiro, Mário Nuno Fernandes
A concordância temporal (Continuação)
Exemplo 10
Considere uma aplicação de 40 000,00€, durante 9 meses, à
taxa de juro composto semestral de 3%. Calcule o valor
acumulado obtido.
Sugestão de resolução - Alternativa 1
Considerar n = 9 (meses) e utilizar uma taxa mensal (i12)
equivalente à taxa semestral (i2) de 3%.
Assim,
Regime Composto – Taxas de juro
( ) ( )
=  + =  + =
9 9
n 12
C 40 000 1 i 40 000 1 0,00493862 41607,02
( )
= + −  = =
2
12
12 12
i 1 0,03 1 i 0,00493862 0,493862%
Ana Paula Lopes, Manuel Mendes Monteiro, Mário Nuno Fernandes
A concordância temporal (Continuação)
Sugestão de resolução - Alternativa 2
Utilizar a taxa semestral (i2) de 3% e converter o prazo (n) de 9
meses para o mesmo período da taxa, isto é, semestres.
Então,
Regime Composto – Taxas de juro
( ) ( ) ( )
 +
= = +
+ 
9
2
2
1
1
12 2
n 2
C 40 000 1 1 i
i 1 i
( )
 
=   =  + 
 
 
=  =
+
 +
9
18
12
6
2
12
2
n n
9
n
C 40 000 C 40 000 (1 0,03)
C 40 000 (1 0,03) 41607,02
1 i
Ana Paula Lopes, Manuel Mendes Monteiro, Mário Nuno Fernandes
A concordância temporal (Continuação)
Sugestão de resolução - Alternativa 3
Utilizar uma unidade de tempo diferente do mês e do semestre.
Considere-se, por exemplo, o ano:
Então,
Sem surpresa, verifica-se que, independentemente da
alternativa utilizada, o valor acumulado obtido é sempre o
mesmo.
Regime Composto – Taxas de juro
( ) ( ) ( )
=  +  = + −  = + − =
9
2 2
12
n 2
C 40 000 1 i i 1 i 1 i 1 0,03 1 0,0609
( )
=  + =
9
12
n
C 40 000 1 0,0609 41607,02
Ana Paula Lopes, Manuel Mendes Monteiro, Mário Nuno Fernandes
Taxas nominais
• Quando se fala em “taxas nominais” pressupõe-se que se está em
regime composto.
• Em termos teórico, as taxas nominais podem ser de qualquer
período (mensal, bimestral,…, anual). Contudo, na prática, quando
se fala em “taxas nominais” admite-se que o período é anual. Assim,
pode ler-se “taxa anual nominal”.
• Em regime composto, não se efetua cálculo de juros com taxas
nominais, apenas com taxas efetivas.
Neste sentido, quando somos confrontados com uma taxa nominal é
necessário obter, a partir dela, uma taxa efetiva. O modo como se obtém
essa taxa efetiva remete para a regra da proporcionalidade, que vimos no
regime simples.
O período da taxa efetiva vai depender da frequência da taxa nominal, isto
é, quantas vezes é capitalizável durante um ano.
Regime Composto – Taxas de juro
Ana Paula Lopes, Manuel Mendes Monteiro, Mário Nuno Fernandes
Taxas nominais (Continuação)
Seja,
i(k): a taxa (anual) nominal de frequência k ou capitalizável
k vezes por ano.
ik : a taxa efetiva de período igual a 1/k do ano.
Então, diz-se que uma taxa (anual) nominal i(k) é a taxa
proporcional à taxa efetiva ik, de período k vezes superior.
Assim,
Regime Composto – Taxas de juro
( )
( )
=   =
k k
i k
i k k i i
k
Ana Paula Lopes, Manuel Mendes Monteiro, Mário Nuno Fernandes
Taxas nominais (Continuação)
Exemplo 11
Considere-se uma taxa anual nominal de frequência 3, isto é,
capitalizável 3 vezes ao ano.
Regime Composto – Taxas de juro
( )
( )
( )
( )
( )
3
k
k
p
p k
3
4
4 3
i 3 9%
0,09
i 3%
3
i
i k
i k
i
k
i 1 i 1 i 1 2,241
1 67%
=
= =
= + − 
=
= + −
Taxas
proporcionais
Taxas
equivalentes
Ana Paula Lopes, Manuel Mendes Monteiro, Mário Nuno Fernandes
Taxas nominais (Continuação)
Exemplo 12
Considere uma aplicação feita à taxa i(4)=4%. Se tivesse sido feita a
uma taxa i(3), isto é, a uma taxa nominal capitalizável
quadrimestralmente, qual deveria ser o seu valor de modo a que o
juro composto obtido ao fim de n anos fosse o mesmo?
Regime Composto – Taxas de juro
( )
( )
( ) ( )
( ) ( )
4
4 4
3 3
3 4
4
3
3
i 4 0,04
i 4 0,04
i 0,01
4 4
i 1 i 1 1 0,01 1
i 3 3 i 3 1 0,01 1 4,006652%
=
= = =
= + − = + −
 
=  =  + − 
 
Taxas
proporcionais
Taxas
equivalentes
Taxas
proporcionais
Ana Paula Lopes, Manuel Mendes Monteiro, Mário Nuno Fernandes
Ideias a reter:
•Em regime composto, o cálculo de juros deve ser feito apenas com
taxas efetivas. Nunca com taxas nominais.
•Em regime composto, quando se pretende calcular a partir de uma
taxa efetiva de um dado período uma taxa efetiva de um período
diferente deve recorrer-se à fórmula das taxas equivalentes.
•A fórmula das taxas equivalentes só é válida para taxas efetivas.
Nunca para taxas nominais.
•Quando somos confrontados com uma taxa nominal é a frequência
dessa taxa que determina o período da taxa efetiva a qual se obtém
pela regra da proporcionalidade. Qualquer taxa efetiva de outro
período deve ser calculada a partir da regra (fórmula) das taxas
equivalentes.
Regime Composto – Taxas de juro
Ana Paula Lopes, Manuel Mendes Monteiro, Mário Nuno Fernandes
Aplicações
Exercício 4
Admita que fez uma aplicação a uma taxa (anual) nominal de
6%. O que é preferível, que esta taxa seja capitalizável
bimestralmente ou capitalizável quadrimestralmente?
Sugestão de resolução
O que está aqui em causa é saber qual das taxas é preferível:
Ora, quando se está perante duas taxas nominais de igual valor,
aquela que apresenta uma frequência maior é a que origina um juro
composto (e, por conseguinte, um valor acumulado) maior.
Regime Composto – Taxas de juro
( ) ( )
= =
i 6 6% ou i 3 6%
Ana Paula Lopes, Manuel Mendes Monteiro, Mário Nuno Fernandes
Aplicações (Continuação)
Exercício 4 (Resolução - Continuação)
Esta conclusão decorre do seguinte:
Resposta: A taxa i(6)=6% é preferível.
Regime Composto – Taxas de juro
( )
( )
( )
( )
3
3
6
6
6
6
3
3
i 3 0,06
i 6 0,
0
06
0,06
i 0,01
6
i' 1 0,
,0
01 1
0,0
6
i 0,02
201
3
i' 1 0,02 1
0,00995 0,995%
2,01%
=
= =
= + −
 =
=
= =
= + −
= =
Taxas
proporcionais
Taxas
equivalentes
Ana Paula Lopes, Manuel Mendes Monteiro, Mário Nuno Fernandes
Aplicações (Continuação)
Exercício 5
O Sr. C fez um investimento de 50 000,00 €, por um prazo de cinco
anos. Nos dois primeiros anos vigorou a taxa i(2)=2% e no restante
prazo a taxa i(4)=3%.
Qual a taxa anual efetiva (i) deste investimento?
Regime Composto – Taxas de juro
Ana Paula Lopes, Manuel Mendes Monteiro, Mário Nuno Fernandes
Aplicações (Continuação)
Exercício 5 (Resolução)
A taxa anual efetiva (i) deste investimento deve ser tal, de modo a que
quando aplicada ao capital de 50 000,00€, durante os 5 anos, permita obter
um valor acumulado em regime composto (ou um juro composto) igual
àquele que se obtém quando se aplica as taxas i(2)=2% (durante 2 anos) e
i(4)=3% (durante 3 anos) ao mesmo capital (50 000,00€).
Regime Composto – Taxas de juro
Ana Paula Lopes, Manuel Mendes Monteiro, Mário Nuno Fernandes
Aplicações (Continuação)
Exercício 5 (Resolução - Continuação)
Em primeiro lugar, é necessário calcular as taxas efetivas que
derivam das taxas nominais dadas. Assim,
Pretende-se, então, que:
Logo,
Resposta: 2,6231%
Regime Composto – Taxas de juro
( ) ( )
( )
( ) ( ) ( )
 =  +  +

 + = +  +

=  +


4 12
5 4 12
5 2 4
5
5
C 50 000 1 i 1 i
1 i 1 0,01 1 0,0075
C 50 000 1 i
( ) ( )
 
=  − =
 
1
5
4 12
i 1
,01 1
,0075 1 0,026231
= =  = =
2 4
0,02 0,03
i 0,01 i 0,0075
2 4
Ana Paula Lopes, Manuel Mendes Monteiro, Mário Nuno Fernandes
2. Regime Composto
2.1. Capitalização
2.2. Taxas de juro
2.3. Atualização
Introdução
Valor Atual e Desconto por Dentro
Valor Atual e Desconto por Fora
2.4. Taxa anual de encargos efetiva global (T.A.E.G.)
Regime Composto - Atualização
Ana Paula Lopes, Manuel Mendes Monteiro, Mário Nuno Fernandes
Introdução
Capital diferido
É um capital que se vence numa data futura.
Valor nominal do capital diferido (C)
É o valor que um capital assume na época (data) do seu
vencimento.
Diferimento (n)
É o intervalo de tempo que decorre entre a época em que se
pretende calcular o valor atual de um capital (V) e a época de
vencimento desse capital (C).
Regime Composto - Atualização
Ana Paula Lopes, Manuel Mendes Monteiro, Mário Nuno Fernandes
Introdução (Continuação)
Valor atual de um capital diferido (V)
É o valor que se deve atribuir a um capital numa época (data)
anterior ao seu vencimento.
Atualização
É o processo através do qual se atribui valor a um capital para
uma época (data) anterior ao seu vencimento.
Desconto
É o decréscimo de valor sofrido pelo capital C. É, portanto, a
diferença entre o valor nominal do capital (C) e o seu valor
atual (V).
Regime Composto - Atualização
Ana Paula Lopes, Manuel Mendes Monteiro, Mário Nuno Fernandes
Valor Atual e Desconto por Dentro
Exemplo 13
Um indivíduo tem na sua posse um cheque pré-datado, que se vence
daqui a nove meses, no valor de 5 468,43€. Qual o valor que deveria
receber hoje, admitindo uma taxa de juro composto mensal de 1%?
Regime Composto - Atualização
( )
 
 + − =
 
9
5 000+5 000 1 0,01 1 5 468,43
Juro composto
V V C
Ana Paula Lopes, Manuel Mendes Monteiro, Mário Nuno Fernandes
Valor Atual e Desconto por Dentro (Continuação)
O Valor Atual por Dentro em Regime Composto (V) é o valor
que capitalizado em regime composto durante um intervalo de
tempo igual ao diferimento e à mesma taxa de juro a que foi
feita a atualização produz um valor acumulado igual ao valor
nominal do capital (C).
Regime Composto - Atualização
Ana Paula Lopes, Manuel Mendes Monteiro, Mário Nuno Fernandes
Valor Atual e Desconto por Dentro (Continuação)
Assim, nos termos definidos, vem:
Tem-se, então, a Fórmula do Valor Atual por Dentro em
Regime Composto:
Regime Composto - Atualização
( ) ( )
( )
n n
n
C
V V 1 i 1 C V. 1 i C V
1 i
 
+  + − =  + =  =
  +
( )
−
=  +
n
V C 1 i
Ana Paula Lopes, Manuel Mendes Monteiro, Mário Nuno Fernandes
Valor Atual e Desconto por Dentro (Continuação)
Em relação à Fórmula do Valor Atual por Dentro em Regime
Composto podemos afirmar que:
•É válida para um único capital e pressupõe uma taxa única.
•Pressupõe a existência de concordância temporal entre o
n e o i.
(Quando a concordância temporal não se verifica, deve-se proceder da
maneira que vimos para o caso da capitalização.)
•O valor atual (V) é diretamente proporcional ao valor
nominal do capital (C), mas não ao diferimento (n).
Regime Composto
Ana Paula Lopes, Manuel Mendes Monteiro, Mário Nuno Fernandes
Valor Atual e Desconto por Dentro (Continuação)
Exemplo 14
O Sr. F tem de pagar daqui a 4 e 9 meses, respetivamente, as
quantias de 8 000,00€ e 12 000,00€. Se estas quantias fossem
pagas de imediato, qual deveria ser o valor a pagar (VP),
admitindo que o desconto é feito por dentro à taxa de juro
composto anual de 6%?
Resposta: 19 332,99€
Regime Composto
( ) ( )
− −
=  +  + =
4 9
12 12
VP 8 000 1 0,06 +12 000 1 0,06 19 332,99
Ana Paula Lopes, Manuel Mendes Monteiro, Mário Nuno Fernandes
Valor Atual e Desconto por Dentro (Continuação)
Exemplo 15
O Sr. F tem de pagar daqui a 4 e 9 meses, respetivamente, as
quantias de 8 000,00€ e 12 000,00€. Se estas quantias fossem
pagas daqui a 6 meses, qual deveria ser o valor a pagar
admitindo que os cálculos são feitos à taxa de juro simples
anual de 6%?
Resposta: 19 904,53€
Regime Composto
( ) ( )
−
=  +  + =
2 3
12 12
VP 8 000 1 0,06 +12 000 1 0,06 19 904,53
Ana Paula Lopes, Manuel Mendes Monteiro, Mário Nuno Fernandes
Valor Atual e Desconto por Dentro (Continuação)
Exemplo 16
A empresa Beta vendeu a um cliente uma máquina no valor de
50 000,00 €, tendo aquele aceitado para seu pagamento duas
letras de igual valor nominal com vencimentos a 6 e 10 meses.
a) Sabendo que os valores nominais das letras foram
calculados de modo a incluírem juros compostos calculados à
taxa anual de 9%, determine o valor nominal de cada letra.
b) Se o cliente tivesse aceitado apenas uma letra, com
vencimento a 6 meses, qual deveria o seu valor nominal,
admitindo que os juros tinham sido calculados nos termos
referidos anteriormente?
Regime Composto
Ana Paula Lopes, Manuel Mendes Monteiro, Mário Nuno Fernandes
Valor Atual e Desconto por Dentro (Continuação)
a)
Resposta: 26 475,62€
b)
Resposta: 47 891,31€
Regime Composto
( ) ( )
− −
=  +  + =
6 10
12 12
50 000 C 1 0,09 +C 1 0,09 26 475,62
V1 =25 359,05. V2 =24 640,95.
( )
−
=  + =
6
12
50 000 C 1 0,09 47 891
,31
Ana Paula Lopes, Manuel Mendes Monteiro, Mário Nuno Fernandes
Valor Atual e Desconto por Dentro (Continuação)
O desconto por dentro em regime composto ou desconto
racional (d) é, por definição, a diferença entre o valor nominal
do capital (C) e o seu valor atual em regime composto (V).
Assim,
Daqui, vem:
Tem-se, então, a Fórmula do Desconto por Dentro em
Regime Composto (ou Desconto Racional):
Regime Composto
( )
n
d C V V C 1 i
−
= −  =  +
( ) ( )
n n
d C C 1 i d C 1 1 i
− −
 
= −  +  =  − +
 
( )
−
 
=  − +
 
n
d C 1 1 i
Ana Paula Lopes, Manuel Mendes Monteiro, Mário Nuno Fernandes
Valor Atual e Desconto por Dentro (Continuação)
Pode-se, no entanto, exprimir o desconto por dentro em regime
composto em função do valor atual. Com efeito, o desconto por
dentro em regime composto corresponde ao juro composto
produzido pelo valor atual quando capitalizado à mesma taxa a
que foi feito o desconto e por um prazo igual ao diferimento.
Assim,
Daqui vem:
Regime Composto
( ) ( )
n n
d C 1 1 i C V 1 i
−
 
=  − +  =  +
 
( ) ( )
( ) ( ) ( ) ( )
n n
n n n n
d V 1 i 1 1 i
d V 1 i V 1 i 1 i d V 1 i 1
−
−
 
=  +  − + 
 
 
 =  + −  +  +  =  + −
 
Ana Paula Lopes, Manuel Mendes Monteiro, Mário Nuno Fernandes
Valor Atual e Desconto por Dentro (Continuação)
Em suma:
Três aspetos que estão subjacentes a esta fórmula:
•É válida para um único capital e pressupõe uma taxa única.
•Pressupõe a existência de concordância temporal entre o n e o i.
(Quando a concordância temporal não se verifica, deve-se proceder da
maneira que vimos para o caso da capitalização.)
•O desconto por dentro (d) é diretamente proporcional ao valor nominal
do capital (C), mas não ao diferimento (n).
Regime Composto
( )
−
 
=  − +
 
n
d C 1 1 i ( )
 
=  + −
 
n
d V 1 i 1
Ana Paula Lopes, Manuel Mendes Monteiro, Mário Nuno Fernandes
Valor Atual e Desconto por Dentro (Continuação)
Exemplo 17
Uma empresa tinha em carteira as duas letras seguintes:
- a primeira, diferida de 3 meses, de valor nominal 10 000,00€;
- a segunda, diferida de 10 meses, de valor nominal 8 000,00€.
Na data de vencimento da primeira, a empresa procedeu à sua
cobrança e descontou a segunda à taxa de juro composto
anual de 6%.
a) Determine o valor recebido pela empresa.
b) Se a letra tivesse sido descontada um mês antes do seu
vencimento, qual seria o valor do produto liquido de desconto
recebido pela empresa?
Regime Composto
Ana Paula Lopes, Manuel Mendes Monteiro, Mário Nuno Fernandes
Valor Atual e Desconto por Dentro (Continuação)
a) Determine o valor recebido pela empresa.
Resposta: 17 732,65€
b) Se a letra tivesse sido descontada um mês antes do seu
vencimento, qual seria o valor do produto liquido de desconto
recebido pela empresa?
Resposta: 7 961,25€
Regime Composto
( )
−
= +  + =
7
12
VR 10 000 8 000 1 0,06 17 732,65
( )
−
=  + =
1
12
PLD 8 000 1 0,06 7 961
,25
Ana Paula Lopes, Manuel Mendes Monteiro, Mário Nuno Fernandes
Valor Atual e Desconto por Fora
No Capítulo 1, vimos que é possível estabelecer a relação
entre a taxa de juro (i) e a taxa de desconto (θ), ou seja:
Se considerarmos um diferimento de um período da taxa de
juro (θ), isto é, n=1, vem:
Por outro lado, sabe-se que o valor atual por dentro em regime
composto pode obter-se do seguinte modo:
Regime Composto
θ
i
1 n θ
=
− 
( )
n
V C 1 i
−
=  +
θ
i
1 θ
=
−
Ana Paula Lopes, Manuel Mendes Monteiro, Mário Nuno Fernandes
Valor Atual e Desconto por Fora (Continuação)
Então, como
Tem-se, então, a Fórmula do Valor Atual por Fora em
Regime Composto:
Regime Composto
( )
( ) ( )
−
−
− −
−
−
=  +  =
−
 
 =  + 
 
−
 
− +
   
 =   =  
   
− −
   
 
 =  −  =  −
 
n
n
n n
n
1 n
θ
V C 1 i i
1 θ
θ
V C 1
1 θ
1 θ θ 1
V C V C
1 θ 1 θ
V C 1 θ V C 1 θ
( )
=  −
n
V C 1 θ
Ana Paula Lopes, Manuel Mendes Monteiro, Mário Nuno Fernandes
Valor Atual e Desconto por Fora (Continuação)
Três aspetos que estão subjacentes a esta fórmula:
•É válida para um único capital e pressupõe uma taxa única.
•Pressupõe a existência de concordância temporal entre o
n e o θ.
(Quando a concordância temporal não se verifica, deve-se proceder da
maneira que vimos para o caso da capitalização.)
•O valor atual (V) é diretamente proporcional ao valor
nominal do capital (C), mas não ao diferimento (n).
Regime Composto
Ana Paula Lopes, Manuel Mendes Monteiro, Mário Nuno Fernandes
Valor atual e desconto por fora (Continuação)
O desconto por fora em regime composto (D) é, por
definição, a diferença entre o valor nominal do capital (C) e o
seu valor atual em regime composto (V).
Assim,
Daqui, vem:
Tem-se, então, a Fórmula do Desconto por Fora em Regime
Composto:
Regime Composto
( )
n
D C V V C 1 θ
= −  =  −
( ) ( )
n n
D C C 1 θ D C 1 1 θ
 
= −  −  =  − −
 
( )
 
=  − −
 
n
D C 1 1 θ
Ana Paula Lopes, Manuel Mendes Monteiro, Mário Nuno Fernandes
Valor Atual e Desconto por Fora (Continuação)
Três aspetos que estão subjacentes àquela fórmula:
• É válida para um único capital e pressupõe uma taxa única.
• Pressupõe a existência de concordância temporal entre o
n e o θ.
(Quando a concordância temporal não se verifica, deve-se proceder da
maneira que vimos para o caso da capitalização.)
• O desconto por fora (D) é diretamente proporcional ao valor
nominal do capital (C), mas não ao diferimento (n).
Regime Composto
Ana Paula Lopes, Manuel Mendes Monteiro, Mário Nuno Fernandes
Aplicações
Exercício 6
O Sr. A contraiu um empréstimo de 20 000,00 €, à taxa
i(12)=12%, que deverá liquidar através de três pagamentos
mensais, os dois primeiros de igual valor e o último o dobro
daqueles.
a) Sabendo que o primeiro pagamento ocorreu meio ano após
a contração do empréstimo, determine o valor do último
pagamento.
b) Se aquela taxa fosse uma taxa de desconto, qual seria o
valor do último pagamento.
Regime Composto
Ana Paula Lopes, Manuel Mendes Monteiro, Mário Nuno Fernandes
Aplicações (Continuação)
Exercício 6 (Resolução)
a) Sabendo que o primeiro pagamento ocorreu meio ano após a contração
do empréstimo, determine o valor do último pagamento.
Resposta: O último pagamento será de 10 747,70€.
b) Se aquela taxa fosse uma taxa de desconto, qual seria o valor do último
pagamento.
Resposta: O último pagamento seria de 10 755,48€.
Regime Composto
( ) ( ) ( )
=  − +  − +  −
 =
6 7 8
20 000 Y 1 0,01 Y 1 0,01 2.Y 1 0,01
Y 5 377,74
( ) ( ) ( )
− − −
=  + +  + +  +
 =
6 7 8
20 000 Y 1 0,01 Y 1 0,01 2.Y 1 0,01
Y 5 373,85
Ana Paula Lopes, Manuel Mendes Monteiro, Mário Nuno Fernandes
Aplicações (Continuação)
Exercício 7
O Sr. A descontou hoje duas letras:
- a primeira, de valor nominal 6 000,00 € e diferida de 5 meses,
à taxa de desconto composto anual de 10%; e
- a segunda, diferida de 11 meses, à taxa i(2)=9%.
a) Calcule o valor nominal da segunda letra.
b) Se a segunda letra fosse descontada daqui a 5 meses, à
mesma taxa de desconto da primeira, qual seria o valor do
desconto?
Regime Composto
Ana Paula Lopes, Manuel Mendes Monteiro, Mário Nuno Fernandes
Aplicações (Continuação)
Exercício 7 (Resolução)
a) Calcule o valor nominal da segunda letra.
Resposta: 8 951,71€.
b) Se a segunda letra fosse descontada daqui a 5 meses, à mesma taxa de
desconto da primeira, qual seria o valor do desconto?
Resposta: 459,37€.
Regime Composto
( ) ( )
−
= =
=  − +  +  =
2
5 11
12 6
0,09
i 0,045
2
14 000 6 000 1 0,1 Y 1 0,045 Y 8 951
,71
( )
 
=  − −  =
 
 
6
12
D 8 951
,71 1 1 0,1 D 459,37
Ana Paula Lopes, Manuel Mendes Monteiro, Mário Nuno Fernandes
2. Regime Composto
2.1. Capitalização
2.2. Taxas de juro
2.3. Atualização
2.4. Taxa anual de encargos efetiva global (T.A.E.G.)
Regime Composto
Ana Paula Lopes, Manuel Mendes Monteiro, Mário Nuno Fernandes
Taxa Anual de Encargos Efetiva Global (T.A.E.G.)
Exemplo 18
O Sr. B contraiu um empréstimo de 10 000,00 €, à taxa i(2),
que vai liquidar, através de um pagamento de 11 576,25 €, um
ano e meio depois.
a) Determine i(2).
b) Determine a taxa anual efetiva deste empréstimo.
c) Admita que na data da contração do empréstimo foi cobrada
uma comissão de abertura de crédito de 100,00 €.
Determine a T.A.E.G. do empréstimo.
Regime Composto
Ana Paula Lopes, Manuel Mendes Monteiro, Mário Nuno Fernandes
Taxa Anual de Encargos Efetiva Global (T.A.E.G.)
Exemplo 18
a) Determine i(2).
Então,
Resposta: i(2) é igual a 10%.
Regime Composto
( ) ( )
( )
− −
−
=  +  = + 
 
 + =  =
 
 
3 3
2 2
1
3
2 2
10 000
10 000 11576,25 1 i 1 i
11576,25
10 000
1 i i 0,05
11576,25
( ) ( ) ( )
=   =   =
2
i 2 2 i i 2 2 0,05 i 2 0,1
Ana Paula Lopes, Manuel Mendes Monteiro, Mário Nuno Fernandes
Taxa Anual de Encargos Efetiva Global (T.A.E.G.)
Exemplo 18 (Continuação)
b) Determine a taxa anual efetiva deste empréstimo.
Pode-se calcular a taxa anual efetiva (i) de outra maneira.
Com efeito, uma vez que se sabe que a taxa semestral efetiva é
igual a 5%, bastava recorrer à regra das taxas equivalentes:
Resposta: A taxa anual efetiva é de 10,25%.
Regime Composto
( ) ( )
( )
− −
−
=  +  = + 
 
 + =  =
 
 
1,5 1,5
1
1,5
10 000
10 000 11576,25 1 i 1 i
11576,25
10 000
1 i i 0,1025
11576,25
( ) ( )
= + −  = + −  =
2 2
2
i 1 i 1 i 1 0,05 1 i 0,1025
Ana Paula Lopes, Manuel Mendes Monteiro, Mário Nuno Fernandes
Taxa Anual de Encargos Efetiva Global (T.A.E.G.)
Exemplo 18 (Continuação)
c) Admita que na data da contração do empréstimo foi cobrada uma
comissão de abertura de crédito de 100,00 €.
Determine a T.A.E.G. do empréstimo.
No cálculo da T.A.E.G. deve incluir-se não apenas o encargo
suportado com os juros, mas também os demais encargos
relacionados com o empréstimo.
A T.A.E.G. – que sublinhe-se, não é uma taxa de juro – é a taxa que
faz com que o valor atual dos cash inflows seja igual ao valor atual
dos cash outflows.
Regime Composto
Ana Paula Lopes, Manuel Mendes Monteiro, Mário Nuno Fernandes
Taxa Anual de Encargos Efetiva Global (T.A.E.G.)
Exemplo 18 (Continuação)
c)
Resposta: A T.A.E.G. é de 10,99118%.
Conclusão:
TAEG > TAE (i) > TAN [i(k)]
Regime Composto
( ) ( )
( )
− −
−
= +  +  = + 
 
 + =  
 
 
1,5 1,5
1
1,5
9 900
10 000 100 11576,25 1 TAEG 1 TAEG
11576,25
9 900
1 TAEG TAEG 0,1099118
11576,25
Cash
inflow
Cash
outflow
Cash
outflow
Ana Paula Lopes, Manuel Mendes Monteiro, Mário Nuno Fernandes
Taxa Anual de Encargos Efetiva Global (T.A.E.G.)
Exemplo 19
O Sr. B contraiu um empréstimo de 20 000,00 €, à taxa i(2)=10%,
que vai liquidar através de dois pagamentos semestrais de igual
valor, o primeiro dos quais seis meses depois da contração do
empréstimo.
Com este empréstimo, o mutuário suportou ainda os seguintes
encargos: comissão de processamento da prestação de 2,60 € (a
pagar na data de cada semestralidade) e comissão de abertura de
crédito (paga na data da contração do empréstimo). Determine:
a) O valor de cada prestação semestral.
b) O valor da comissão de abertura de crédito, sabendo que a TAEG
do empréstimo é de 11,7869%.
Regime Composto
Ana Paula Lopes, Manuel Mendes Monteiro, Mário Nuno Fernandes
Taxa Anual de Encargos Efetiva Global (T.A.E.G.)
Exemplo 19 (Continuação)
a) O valor de cada prestação semestral.
Resposta: 10 756,10 €
Regime Composto
( ) ( )
− −
= =
=  + +  +  =
2
1 2
0,1
i 0,05
2
20 000 Y 1 0,05 Y 1 0,05 Y 10 756,1
Ana Paula Lopes, Manuel Mendes Monteiro, Mário Nuno Fernandes
Regime Composto
( ) ( ) ( ) ( )
− −
= + +  + + +  +
1
1
2
20 000 y 10 756,1 2,6 1 TAEG 10 756,1 2,6 1 TAEG
Taxa Anual de Encargos Efetiva Global (T.A.E.G.)
Exemplo 19 (Continuação)
b) O valor da comissão de abertura de crédito, sabendo que a TAEG
do empréstimo é de 11,7869%.
Resposta: 200,00€
Cash
inflow
Cash
outflows
Cash
outflows
( ) ( )
− −
= −  + −  + 
 =
1 1
2
y 20 000 10 758,7 1 0,117869 10 758,7 1 0,117869
y 200
Ana Paula Lopes, Manuel Mendes Monteiro, Mário Nuno Fernandes
FIM
do
Capítulo 2
Regime Composto

Mais conteúdo relacionado

Semelhante a Slides de Cálculo Financeiro_Capitulo_02_RC_2023_24.pdf

CAPITAL MONTANTE E JUROS.pptx
CAPITAL MONTANTE E JUROS.pptxCAPITAL MONTANTE E JUROS.pptx
CAPITAL MONTANTE E JUROS.pptxEJZAGO1
 
Mat financeira
Mat financeiraMat financeira
Mat financeiraprsimon
 
Apostila matemática financeira básica - concurso cef-2012 2
Apostila matemática financeira   básica - concurso cef-2012 2Apostila matemática financeira   básica - concurso cef-2012 2
Apostila matemática financeira básica - concurso cef-2012 2profzoom
 
Apostila Matemática Financeira
Apostila Matemática FinanceiraApostila Matemática Financeira
Apostila Matemática Financeiraprofzoom
 
Fgv exerc juros simples e composto
Fgv exerc juros simples e compostoFgv exerc juros simples e composto
Fgv exerc juros simples e compostomiguel dmazza
 
Cálculo Financeiro aula nº1.pdf
Cálculo Financeiro aula nº1.pdfCálculo Financeiro aula nº1.pdf
Cálculo Financeiro aula nº1.pdfmartinaoliveira1
 
Matemática Financeira
Matemática FinanceiraMatemática Financeira
Matemática Financeiralucasjatem
 
Matemática Financeira Básica
Matemática Financeira BásicaMatemática Financeira Básica
Matemática Financeira BásicaMarcus Santos
 
apresentação serie de pagamentos aula 4.pptx
apresentação serie de pagamentos aula 4.pptxapresentação serie de pagamentos aula 4.pptx
apresentação serie de pagamentos aula 4.pptxVladiaArruda
 
Matematica financeira regular 7
Matematica financeira regular 7Matematica financeira regular 7
Matematica financeira regular 7J M
 
Cc apostila -mat. fin. - fesp
Cc   apostila -mat. fin. - fespCc   apostila -mat. fin. - fesp
Cc apostila -mat. fin. - fespPaulo Franca
 
Calculo financeiro_-_sp20_4e6e565eddd9a
 Calculo financeiro_-_sp20_4e6e565eddd9a Calculo financeiro_-_sp20_4e6e565eddd9a
Calculo financeiro_-_sp20_4e6e565eddd9aingelafernacio
 
Matemática financeira pronatec aula 2
Matemática financeira pronatec   aula 2Matemática financeira pronatec   aula 2
Matemática financeira pronatec aula 2Augusto Junior
 
Juros simples e compostos
Juros simples e compostosJuros simples e compostos
Juros simples e compostosDanilo Pereira
 
Matematica Financeira
Matematica FinanceiraMatematica Financeira
Matematica FinanceiraEstude Mais
 

Semelhante a Slides de Cálculo Financeiro_Capitulo_02_RC_2023_24.pdf (20)

CAPITAL MONTANTE E JUROS.pptx
CAPITAL MONTANTE E JUROS.pptxCAPITAL MONTANTE E JUROS.pptx
CAPITAL MONTANTE E JUROS.pptx
 
Mat Financeira
Mat FinanceiraMat Financeira
Mat Financeira
 
Mat financeira
Mat financeiraMat financeira
Mat financeira
 
Apostila matemática financeira básica - concurso cef-2012 2
Apostila matemática financeira   básica - concurso cef-2012 2Apostila matemática financeira   básica - concurso cef-2012 2
Apostila matemática financeira básica - concurso cef-2012 2
 
Juros Simples
Juros SimplesJuros Simples
Juros Simples
 
Apostila Matemática Financeira
Apostila Matemática FinanceiraApostila Matemática Financeira
Apostila Matemática Financeira
 
Fgv exerc juros simples e composto
Fgv exerc juros simples e compostoFgv exerc juros simples e composto
Fgv exerc juros simples e composto
 
Pós - Matemática Financeira
Pós - Matemática FinanceiraPós - Matemática Financeira
Pós - Matemática Financeira
 
Cálculo Financeiro aula nº1.pdf
Cálculo Financeiro aula nº1.pdfCálculo Financeiro aula nº1.pdf
Cálculo Financeiro aula nº1.pdf
 
Matemática Financeira
Matemática FinanceiraMatemática Financeira
Matemática Financeira
 
Matemática Financeira Básica
Matemática Financeira BásicaMatemática Financeira Básica
Matemática Financeira Básica
 
apresentação serie de pagamentos aula 4.pptx
apresentação serie de pagamentos aula 4.pptxapresentação serie de pagamentos aula 4.pptx
apresentação serie de pagamentos aula 4.pptx
 
Matematica financeira regular 7
Matematica financeira regular 7Matematica financeira regular 7
Matematica financeira regular 7
 
Matemática financeira
Matemática financeiraMatemática financeira
Matemática financeira
 
12 C Juros[1]
12 C Juros[1]12 C Juros[1]
12 C Juros[1]
 
Cc apostila -mat. fin. - fesp
Cc   apostila -mat. fin. - fespCc   apostila -mat. fin. - fesp
Cc apostila -mat. fin. - fesp
 
Calculo financeiro_-_sp20_4e6e565eddd9a
 Calculo financeiro_-_sp20_4e6e565eddd9a Calculo financeiro_-_sp20_4e6e565eddd9a
Calculo financeiro_-_sp20_4e6e565eddd9a
 
Matemática financeira pronatec aula 2
Matemática financeira pronatec   aula 2Matemática financeira pronatec   aula 2
Matemática financeira pronatec aula 2
 
Juros simples e compostos
Juros simples e compostosJuros simples e compostos
Juros simples e compostos
 
Matematica Financeira
Matematica FinanceiraMatematica Financeira
Matematica Financeira
 

Último

5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdf
5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdf5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdf
5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdfLeloIurk1
 
Construção (C)erta - Nós Propomos! Sertã
Construção (C)erta - Nós Propomos! SertãConstrução (C)erta - Nós Propomos! Sertã
Construção (C)erta - Nós Propomos! SertãIlda Bicacro
 
2° ano_PLANO_DE_CURSO em PDF referente ao 2° ano do Ensino fundamental
2° ano_PLANO_DE_CURSO em PDF referente ao 2° ano do Ensino fundamental2° ano_PLANO_DE_CURSO em PDF referente ao 2° ano do Ensino fundamental
2° ano_PLANO_DE_CURSO em PDF referente ao 2° ano do Ensino fundamentalAntônia marta Silvestre da Silva
 
Atividade sobre os Pronomes Pessoais.pptx
Atividade sobre os Pronomes Pessoais.pptxAtividade sobre os Pronomes Pessoais.pptx
Atividade sobre os Pronomes Pessoais.pptxDianaSheila2
 
Música Meu Abrigo - Texto e atividade
Música   Meu   Abrigo  -   Texto e atividadeMúsica   Meu   Abrigo  -   Texto e atividade
Música Meu Abrigo - Texto e atividadeMary Alvarenga
 
COMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcante
COMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcanteCOMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcante
COMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcanteVanessaCavalcante37
 
Rotas Transaarianas como o desrto prouz riqueza
Rotas Transaarianas como o desrto prouz riquezaRotas Transaarianas como o desrto prouz riqueza
Rotas Transaarianas como o desrto prouz riquezaronaldojacademico
 
o ciclo do contato Jorge Ponciano Ribeiro.pdf
o ciclo do contato Jorge Ponciano Ribeiro.pdfo ciclo do contato Jorge Ponciano Ribeiro.pdf
o ciclo do contato Jorge Ponciano Ribeiro.pdfCamillaBrito19
 
JOGO FATO OU FAKE - ATIVIDADE LUDICA(1).pptx
JOGO FATO OU FAKE - ATIVIDADE LUDICA(1).pptxJOGO FATO OU FAKE - ATIVIDADE LUDICA(1).pptx
JOGO FATO OU FAKE - ATIVIDADE LUDICA(1).pptxTainTorres4
 
Literatura Brasileira - escolas literárias.ppt
Literatura Brasileira - escolas literárias.pptLiteratura Brasileira - escolas literárias.ppt
Literatura Brasileira - escolas literárias.pptMaiteFerreira4
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...azulassessoria9
 
CRUZADINHA - Leitura e escrita dos números
CRUZADINHA   -   Leitura e escrita dos números CRUZADINHA   -   Leitura e escrita dos números
CRUZADINHA - Leitura e escrita dos números Mary Alvarenga
 
Aula de História Ensino Médio Mesopotâmia.pdf
Aula de História Ensino Médio Mesopotâmia.pdfAula de História Ensino Médio Mesopotâmia.pdf
Aula de História Ensino Médio Mesopotâmia.pdfFernandaMota99
 
COMPETÊNCIA 4 NO ENEM: O TEXTO E SUAS AMARRACÕES
COMPETÊNCIA 4 NO ENEM: O TEXTO E SUAS AMARRACÕESCOMPETÊNCIA 4 NO ENEM: O TEXTO E SUAS AMARRACÕES
COMPETÊNCIA 4 NO ENEM: O TEXTO E SUAS AMARRACÕESEduardaReis50
 
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdf
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdfENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdf
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdfLeloIurk1
 
Análise poema país de abril (Mauel alegre)
Análise poema país de abril (Mauel alegre)Análise poema país de abril (Mauel alegre)
Análise poema país de abril (Mauel alegre)ElliotFerreira
 
VARIEDADES LINGUÍSTICAS - 1. pptx
VARIEDADES        LINGUÍSTICAS - 1. pptxVARIEDADES        LINGUÍSTICAS - 1. pptx
VARIEDADES LINGUÍSTICAS - 1. pptxMarlene Cunhada
 
Considere a seguinte situação fictícia: Durante uma reunião de equipe em uma...
Considere a seguinte situação fictícia:  Durante uma reunião de equipe em uma...Considere a seguinte situação fictícia:  Durante uma reunião de equipe em uma...
Considere a seguinte situação fictícia: Durante uma reunião de equipe em uma...azulassessoria9
 
Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"
Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"
Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"Ilda Bicacro
 
FASE 1 MÉTODO LUMA E PONTO. TUDO SOBRE REDAÇÃO
FASE 1 MÉTODO LUMA E PONTO. TUDO SOBRE REDAÇÃOFASE 1 MÉTODO LUMA E PONTO. TUDO SOBRE REDAÇÃO
FASE 1 MÉTODO LUMA E PONTO. TUDO SOBRE REDAÇÃOAulasgravadas3
 

Último (20)

5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdf
5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdf5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdf
5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdf
 
Construção (C)erta - Nós Propomos! Sertã
Construção (C)erta - Nós Propomos! SertãConstrução (C)erta - Nós Propomos! Sertã
Construção (C)erta - Nós Propomos! Sertã
 
2° ano_PLANO_DE_CURSO em PDF referente ao 2° ano do Ensino fundamental
2° ano_PLANO_DE_CURSO em PDF referente ao 2° ano do Ensino fundamental2° ano_PLANO_DE_CURSO em PDF referente ao 2° ano do Ensino fundamental
2° ano_PLANO_DE_CURSO em PDF referente ao 2° ano do Ensino fundamental
 
Atividade sobre os Pronomes Pessoais.pptx
Atividade sobre os Pronomes Pessoais.pptxAtividade sobre os Pronomes Pessoais.pptx
Atividade sobre os Pronomes Pessoais.pptx
 
Música Meu Abrigo - Texto e atividade
Música   Meu   Abrigo  -   Texto e atividadeMúsica   Meu   Abrigo  -   Texto e atividade
Música Meu Abrigo - Texto e atividade
 
COMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcante
COMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcanteCOMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcante
COMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcante
 
Rotas Transaarianas como o desrto prouz riqueza
Rotas Transaarianas como o desrto prouz riquezaRotas Transaarianas como o desrto prouz riqueza
Rotas Transaarianas como o desrto prouz riqueza
 
o ciclo do contato Jorge Ponciano Ribeiro.pdf
o ciclo do contato Jorge Ponciano Ribeiro.pdfo ciclo do contato Jorge Ponciano Ribeiro.pdf
o ciclo do contato Jorge Ponciano Ribeiro.pdf
 
JOGO FATO OU FAKE - ATIVIDADE LUDICA(1).pptx
JOGO FATO OU FAKE - ATIVIDADE LUDICA(1).pptxJOGO FATO OU FAKE - ATIVIDADE LUDICA(1).pptx
JOGO FATO OU FAKE - ATIVIDADE LUDICA(1).pptx
 
Literatura Brasileira - escolas literárias.ppt
Literatura Brasileira - escolas literárias.pptLiteratura Brasileira - escolas literárias.ppt
Literatura Brasileira - escolas literárias.ppt
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
 
CRUZADINHA - Leitura e escrita dos números
CRUZADINHA   -   Leitura e escrita dos números CRUZADINHA   -   Leitura e escrita dos números
CRUZADINHA - Leitura e escrita dos números
 
Aula de História Ensino Médio Mesopotâmia.pdf
Aula de História Ensino Médio Mesopotâmia.pdfAula de História Ensino Médio Mesopotâmia.pdf
Aula de História Ensino Médio Mesopotâmia.pdf
 
COMPETÊNCIA 4 NO ENEM: O TEXTO E SUAS AMARRACÕES
COMPETÊNCIA 4 NO ENEM: O TEXTO E SUAS AMARRACÕESCOMPETÊNCIA 4 NO ENEM: O TEXTO E SUAS AMARRACÕES
COMPETÊNCIA 4 NO ENEM: O TEXTO E SUAS AMARRACÕES
 
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdf
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdfENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdf
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdf
 
Análise poema país de abril (Mauel alegre)
Análise poema país de abril (Mauel alegre)Análise poema país de abril (Mauel alegre)
Análise poema país de abril (Mauel alegre)
 
VARIEDADES LINGUÍSTICAS - 1. pptx
VARIEDADES        LINGUÍSTICAS - 1. pptxVARIEDADES        LINGUÍSTICAS - 1. pptx
VARIEDADES LINGUÍSTICAS - 1. pptx
 
Considere a seguinte situação fictícia: Durante uma reunião de equipe em uma...
Considere a seguinte situação fictícia:  Durante uma reunião de equipe em uma...Considere a seguinte situação fictícia:  Durante uma reunião de equipe em uma...
Considere a seguinte situação fictícia: Durante uma reunião de equipe em uma...
 
Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"
Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"
Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"
 
FASE 1 MÉTODO LUMA E PONTO. TUDO SOBRE REDAÇÃO
FASE 1 MÉTODO LUMA E PONTO. TUDO SOBRE REDAÇÃOFASE 1 MÉTODO LUMA E PONTO. TUDO SOBRE REDAÇÃO
FASE 1 MÉTODO LUMA E PONTO. TUDO SOBRE REDAÇÃO
 

Slides de Cálculo Financeiro_Capitulo_02_RC_2023_24.pdf

  • 1. Ana Paula Lopes, Manuel Mendes Monteiro, Mário Nuno Fernandes Licenciatura em Contabilidade e Administração 2023/2024 1 Cálculo Financeiro Capítulo 2 – Regime Composto
  • 2. Ana Paula Lopes, Manuel Mendes Monteiro, Mário Nuno Fernandes 2. Regime Composto 2.1. Capitalização 2.2. Taxas de juro 2.3. Atualização 2.4. Taxa Anual de Encargos Efetiva Global (T.A.E.G.) Regime Composto
  • 3. Ana Paula Lopes, Manuel Mendes Monteiro, Mário Nuno Fernandes 2. Regime Composto 2.1 Capitalização Regime de Capitalização Composta Valor acumulado em Regime Composto Fórmula Fundamental do Juro Composto 2.2. Taxas de juro 2.3. Atualização 2.4. Taxa Anual de Encargos Efetiva Global (T.A.E.G.) Regime Composto
  • 4. Ana Paula Lopes, Manuel Mendes Monteiro, Mário Nuno Fernandes Regime de Capitalização Composta Este regime carateriza-se pelo facto de existirem juros de juros, isto é, os juros produzidos em cada período da capitalização são adicionados ao capital inicial e passam também eles as vencer juros nos períodos seguintes. O juro de cada período k é igual ao produto do capital no início do período Ck-1, pela taxa de juro: Regime Composto - Capitalização 1 − = k j C i
  • 5. Ana Paula Lopes, Manuel Mendes Monteiro, Mário Nuno Fernandes 5 Regime Composto - Capitalização Representação Gráfica Reta do tempo com unidade igual ao período da taxa de juro i Capitalização Cn Capitais n Tempo Períodos de capitalização … C0 0 C1= C0+C0i 1 C2= C1+C1i 2 C3= C2+C2i 3 … Capitalização Capitalização
  • 6. Ana Paula Lopes, Manuel Mendes Monteiro, Mário Nuno Fernandes Valor Acumulado em Regime Composto Exemplo 1 Considere uma aplicação de 100 000,00 €, durante 10 anos, à taxa de juro composto anual de 10%. Regime Composto - Capitalização
  • 7. Ana Paula Lopes, Manuel Mendes Monteiro, Mário Nuno Fernandes Valor Acumulado em Regime Composto Exemplo 1 (continuação) Regime Composto - Capitalização ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) = = +    =  + = = +    =  + =  + = = +    =  + =  + = 0 1 1 2 2 2 3 3 3 10 C 100 000 C 100 000 100 000 0,1 C 100 000 1 0,1 110 000 C 110 000 110 000 0,1 C 110 000 1 0,1 100 000 1 0,1 121000 C 121000 121000 0,1 C 121000 1 0,1 100 000 1 0,1 133 100 C ( ) =  + = 10 100 000 1 0,1 259 374,25
  • 8. Ana Paula Lopes, Manuel Mendes Monteiro, Mário Nuno Fernandes Valor Acumulado em Regime Composto Generalizando Consideremos na época zero um capital C0. Capitalizando C0 durante n períodos de uma taxa i obtemos: Regime Composto - Capitalização ( ) ( ) ( ) ( ) 0 0 1 0 1 0 0 0 2 2 1 2 1 1 1 0 0 2 3 3 2 3 2 2 2 0 0 2 1 1 2 1 2 2 2 0 0 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 − − − − − − − − − − = = + = + = + = + = + = + = + + = + = + = + = + = + + = + = + = +  =  + =  +  + =  + = + = + n n n n n n n n n n n n n C C C C j C C i C ( i) C C j C C i C ( i) C ( i)( i) C ( i) C C j C C i C ( i) C ( i) ( i) C ( i) ... C C j C C i C i C i i C i C C j C C ( ) ( ) ( ) ( ) 1 1 1 0 0 1 1 1 1 − − −  =  + =  +  + =  + n n n i C i C i i C i
  • 9. Ana Paula Lopes, Manuel Mendes Monteiro, Mário Nuno Fernandes Valor Acumulado em Regime Composto Tem-se, então, a Fórmula Fundamental do Valor Acumulado em regime composto: em que: C0 - representa o capital inicial n - representa o prazo (número de períodos da capitalização) i - representa a taxa de juro Regime Composto - Capitalização ( ) 0 1 =  + n n C C i
  • 10. Ana Paula Lopes, Manuel Mendes Monteiro, Mário Nuno Fernandes Valor Acumulado em Regime Composto Em relação à fórmula fundamental do valor acumulado podemos afirmar que: • É válida para um único capital e pressupõe taxa fixa; • Pressupõe a existência de concordância temporal entre o n e o i; • O valor acumulado em regime composto é diretamente proporcional ao capital (C0), mas não ao número de períodos da capitalização (ou seja, ao prazo) (n). • Ao longo dos sucessivos períodos de capitalização, o valor acumulado em regime composto varia em progressão geométrica de razão igual a (1+i). Regime Composto - Capitalização
  • 11. Ana Paula Lopes, Manuel Mendes Monteiro, Mário Nuno Fernandes Valor Acumulado em Regime Composto A fórmula do valor acumulado em regime composto, nos termos definidos só é válida para um único capital e pressupõe taxa fixa. Analisemos, alguns casos em que isso não se verifica. 1º Caso - Um capital e várias taxas (taxa variável) Exemplo 2 Considere uma aplicação de 20 000,00€, durante 10 anos, em que nos primeiros seis vigorou a taxa anual de juro composto de 1% e no restante prazo a taxa anual de 2%. Calcule o valor acumulado obtido no final do prazo. Regime Composto - Capitalização
  • 12. Ana Paula Lopes, Manuel Mendes Monteiro, Mário Nuno Fernandes Valor Acumulado em Regime Composto 1º Caso - Um capital e várias taxas (taxa variável) Exemplo 2 Resposta: 22 980,47€ Regime Composto - Capitalização ( ) ( ) =  +  + = 6 4 10 C 20 000 1 0,01 1 0,02 22 980,47 C6
  • 13. Ana Paula Lopes, Manuel Mendes Monteiro, Mário Nuno Fernandes Valor Acumulado em Regime Composto 2º Caso - Vários capitais e uma taxa (taxa fixa) Exemplo 3 Numa conta bancária, remunerada à taxa anual de 1%, foram efetuados dois depósitos: o primeiro de 20 000,00€ e o segundo, 2 anos depois, de 10 000,00€. Calcule o valor acumulado (regime composto) obtido 10 anos depois do primeiro depósito. Regime Composto - Capitalização ( ) ( ) =  + +  + = 10 8 10 C 20 000 1 0,01 10 000 1 0,01 32 921,01 Resposta: 32 921,01€
  • 14. Ana Paula Lopes, Manuel Mendes Monteiro, Mário Nuno Fernandes Valor Acumulado em Regime Composto 3º Caso - Vários capitais e várias taxas Exemplo 4 Numa conta bancária foram efetuados dois depósitos: um de 20 000,00€ e outro, 2 anos depois, de 10 000,00€. Sabendo que 4 anos após o segundo depósito a taxa de juro anual que remunera a conta passou de 1% para 2%, calcule o valor acumulado (regime composto) obtido 4 anos depois da referida alteração. Regime Composto - Capitalização
  • 15. Ana Paula Lopes, Manuel Mendes Monteiro, Mário Nuno Fernandes Valor acumulado em regime composto 3º Caso - Vários capitais e várias taxas Exemplo 4 Ou Resposta: 34 244,30€ Regime Composto - Capitalização ( ) ( ) ( )   =  + +  +  + =   6 4 4 10 C 20 000 1 0,01 10 000 1 0,01 1 0,02 34 244,3 C6 ( ) ( ) ( ) ( ) =  +  + +  +  +   = 6 4 4 4 10 10 C 20 000 1 0,01 1 0,02 10 000 1 0,01 1 0,02 C 34 244,3
  • 16. Ana Paula Lopes, Manuel Mendes Monteiro, Mário Nuno Fernandes Fórmula Fundamental do Juro Composto Juro periódico (jk) Como se viu, o juro de um qualquer período (k) é sempre calculado a partir do valor acumulado no período imediatamente anterior (k-1). Assim, Regime Composto - Capitalização ( ) 1 1 0 1 − − =   =  +  k k k k j C i j C i i
  • 17. Ana Paula Lopes, Manuel Mendes Monteiro, Mário Nuno Fernandes Fórmula fundamental do Juro Composto Juro Composto O juro total ou rendimento, obtido ao fim de n períodos de capitalização pode ser obtido: A expressão do Juro Composto ou Juro total na época k: 17 Regime Composto - Capitalização 0 0 0 0 1 1 1 = − = + −   = + −   n n n n C n Jt C C C ( i) C C ( i) 0 1 1   = + −   k k Jt C ( i)
  • 18. Ana Paula Lopes, Manuel Mendes Monteiro, Mário Nuno Fernandes Fórmula fundamental do Juro Composto Juro composto (Jtn) O juro composto corresponde à soma de todas as parcelas de juro periódicas que se vencem ao longo de uma capitalização. Assim, Regime Composto - Capitalização ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) − − − = + + + +   =  +  +  + +    =  +  +  +  +  + +  +      =   + + + + + + +   n 1 2 3 n n 0 1 2 n 1 2 n 1 n 0 0 0 0 2 n 1 n 0 Jt j j j ... j Jt C i C i C i ... C i Jt C i C 1 i i C 1 i i ... C 1 i i Jt C i 1 1 i 1 i ... 1 i Soma de n termos variáveis em progressão geométrica de razão igual a (1+i)
  • 19. Ana Paula Lopes, Manuel Mendes Monteiro, Mário Nuno Fernandes Fórmula fundamental do Juro Composto Assim, aplicando a fórmula da soma dos termos de uma progressão geométrica, vem: Tem-se, então, a fórmula fundamental do juro composto: Regime Composto - Capitalização ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) −   =   + + + + + + +    + −  =   + −    =  + −   2 n 1 n 0 n n 0 n n 0 Jt C i 1 1 i 1 i ... 1 i 1 i 1 Jt C i 1 i 1 Jt C 1 i 1 ( )   =  + −   n n 0 Jt C 1 i 1
  • 20. Ana Paula Lopes, Manuel Mendes Monteiro, Mário Nuno Fernandes Fórmula fundamental do Juro Composto Em relação à fórmula fundamental do juro composto podemos afirmar que: • É válida para um único capital e pressupõe taxa fixa. • Pressupõe a existência de concordância temporal entre o n e o i. • O juro composto é diretamente proporcional ao capital (C0), mas não ao número de períodos da capitalização (ou seja, ao prazo) (n). Regime Composto - Capitalização
  • 21. Ana Paula Lopes, Manuel Mendes Monteiro, Mário Nuno Fernandes Fórmula fundamental do Juro Composto A fórmula fundamental do juro composto, nos termos definidos, só é válida para um único capital e pressupõe taxa fixa. Analisemos, alguns casos em que isso não se verifica. 1º Caso - Um capital e várias taxas (taxa variável) Exemplo 5 Considere uma aplicação de 20 000,00€, durante 10 anos, em que nos primeiros seis vigorou a taxa anual de juro composto de 1% e no restante prazo a taxa anual de 2%. Calcule o juro obtido no final do prazo. Regime Composto - Capitalização
  • 22. Ana Paula Lopes, Manuel Mendes Monteiro, Mário Nuno Fernandes Fórmula fundamental do Juro Composto 1º Caso - Um capital e várias taxas (taxa variável) Exemplo 5 Resposta: 2 980,47€ Regime Composto - Capitalização ( ) ( )   =  +  + − =   6 4 10 J 20 000 1 0,01 1 0,02 1 2 980,47
  • 23. Ana Paula Lopes, Manuel Mendes Monteiro, Mário Nuno Fernandes Fórmula fundamental do Juro Composto 2º Caso - Vários capitais e uma taxa (taxa fixa) Exemplo 6 Numa conta bancária, remunerada à taxa anual de 1%, foram efetuados dois depósitos: o primeiro de 20 000,00 € e o segundo, 2 anos depois, de 10 000,00 €. Calcule o juro total (regime composto) obtido 10 anos depois do primeiro depósito. Regime Composto - Capitalização ( ) ( )     =  + − +  + − =     10 8 n Jt 20 000 1 0,01 1 10 000 1 0,01 1 2 921 ,01 Resposta: 2 921,01€
  • 24. Ana Paula Lopes, Manuel Mendes Monteiro, Mário Nuno Fernandes Fórmula fundamental do Juro Composto 3º Caso - Vários capitais e várias taxas Exemplo 7 Numa conta bancária foram efetuados dois depósitos: um de 20 000,00 € e outro, 2 anos depois, de 10 000,00€. Sabendo que 4 anos após o segundo depósito a taxa de juro anual que remunera a conta passou de 1% para 2%, calcule o juro total (regime composto) obtido 4 anos depois da referida alteração. Regime Composto - Capitalização
  • 25. Ana Paula Lopes, Manuel Mendes Monteiro, Mário Nuno Fernandes Fórmula fundamental do Juro Composto 3º Caso - Vários capitais e várias taxas Exemplo 7 (Continuação) Ou Resposta: 4 244,30€ Regime Composto - Capitalização ( ) ( ) ( ) ( )   =  +  + − +     +  +  + −    = 6 4 4 4 J 20 000 1 0,01 1 0,02 1 10 000 1 0,01 1 0,02 1 J 4 244,3 ( ) ( ) ( ) ( ) =  +  + + +  +  + − −  = 6 4 4 4 J 20 000 1 0,01 1 0,02 10 000 1 0,01 1 0,02 20 000 10 000 J 4 244,3
  • 26. Ana Paula Lopes, Manuel Mendes Monteiro, Mário Nuno Fernandes Fórmula fundamental do Juro Composto - Aplicações Exercício 1 Numa conta bancária foram efetuados dois movimentos: um depósito de 30 000,00 € e um levantamento, 4 anos depois, de 8 000,00 €. a) Sabendo que a conta é remunerada à taxa de juro composto anual de 3%, calcule o seu saldo 6 anos depois do último movimento. b) Admitindo que não foi feito o levantamento, calcule o total de juros de juros. c) Sabendo que 2 anos após o segundo movimento a taxa de juro composto anual que remunera a conta passou de 3% para 4%, calcule: c1) o saldo da conta 6 anos depois do último movimento. c2) o juro produzido no segundo triénio. Regime Composto - Capitalização
  • 27. Ana Paula Lopes, Manuel Mendes Monteiro, Mário Nuno Fernandes Aplicações (Continuação) Exercício 1 (Resolução) a) Resposta: 30 765,07€ Regime Composto - Capitalização ( ) ( ) =  + −  +  = 10 6 n n C 30 000 1 0,03 8 000 1 0,03 C 30 765,07
  • 28. Ana Paula Lopes, Manuel Mendes Monteiro, Mário Nuno Fernandes Aplicações (Continuação) Exercício 1 (Resolução) b) Resposta: 1 317,49€ Regime Composto - Capitalização ( )   =  + − −   =   10 JJ 30 000 1 0,03 1 30 000 10 0,03 1317,49 Juro Composto Juro Simples
  • 29. Ana Paula Lopes, Manuel Mendes Monteiro, Mário Nuno Fernandes Aplicações (Continuação) Exercício 1 (Resolução) c) Regime Composto - Capitalização
  • 30. Ana Paula Lopes, Manuel Mendes Monteiro, Mário Nuno Fernandes Aplicações (Continuação) Exercício 1 (Resolução) c1) O saldo da conta 6 anos depois do último movimento. Ou Resposta: 31 977,35€ Regime Composto - Capitalização ( ) ( ) ( ) ( ) =  +  + −  +  +   = 6 4 2 4 n n C 30 000 1 0,03 1 0,04 8 000 1 0,03 1 0,04 C 31977,35 ( ) ( ) ( )   =  + −  +  +     = 6 2 4 n n C 30 000 1 0,03 8 000 1 0,03 1 0,04 C 31977,35 C6
  • 31. Ana Paula Lopes, Manuel Mendes Monteiro, Mário Nuno Fernandes Aplicações (Continuação) Exercício 1 (Resolução) c2) O juro produzido no segundo triénio. Resposta: 2 552,56 € Regime Composto - Capitalização ( ) ( ) ( ) ( ) = + +  =  +  +      =   +  −  +     +  −       = 4 5 6 3 4 5 3 4 5 J j j j J C 0,03 C 0,03 C 0,03 J 30 000 1 ,03 0,03 30 000 1 ,03 8 000 0,03 30 000 1 ,03 8 000 1 ,03 0,03 J 2 552,56
  • 32. Ana Paula Lopes, Manuel Mendes Monteiro, Mário Nuno Fernandes Aplicações (Continuação) Exercício 2 Numa conta bancária foi efetuado um depósito de 20 000,00 €. Sabendo que 2 semestres depois do referido depósito a taxa de juro composto semestral que remunera a conta passou de 5% para 2% e que no final do prazo a conta apresentava um saldo de 23 867,63 €, determine o prazo da aplicação. Regime Composto - Capitalização
  • 33. Ana Paula Lopes, Manuel Mendes Monteiro, Mário Nuno Fernandes Aplicações (Continuação) Exercício 2 (Resolução) Resposta: 6 semestres (ou 3 anos) Regime Composto - Capitalização ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) − − −  +  + =   + =  + =  +  −  + =  − =   − =  = 2 n 2 n 2 n 2 2 20 000 1 0,05 1 0,02 23 867,63 23 867,63 1 0,02 ln 1 0,02 ln 1 ,082431746 20 000 1 0,05 ln 1 ,082431746 n 2 ln 1 0,02 ln 1 ,082431746 n 2 ln 1 ,02 n 2 4 n 6
  • 34. Ana Paula Lopes, Manuel Mendes Monteiro, Mário Nuno Fernandes Aplicações (Continuação) Exercício 3 O Sr. C fez, no mesmo dia, dois investimentos em produtos financeiros distintos. O primeiro de 41 000,00 €, em regime composto, à taxa semestral de 1%, e o segundo em regime simples, à mesma taxa. a) Sabendo que ao fim de doze semestres o total de juros obtido com o primeiro corresponde ao dobro do total de juros obtido com o segundo, determine o valor do segundo investimento. b) Sabendo que ao fim de doze semestres o valor acumulado obtido com o primeiro corresponde a metade do valor acumulado obtido com o segundo, determine o valor do segundo investimento. Regime Composto - Capitalização
  • 35. Ana Paula Lopes, Manuel Mendes Monteiro, Mário Nuno Fernandes Aplicações (Continuação) Exercício 3 (Resolução) a) Resposta: 21 665,94€ b) Resposta: 82 499,69€ Regime Composto - Capitalização ( )    + − =     =   12 41000 1 0,01 1 2 Y 12 0,01 Y 21665,94 ( ) ( )  + =   +   = 12 1 41000 1 0,01 Y 1 12 0,01 Y 82 499,69 2 Juro Composto Juro Simples Valor acumulado composto Valor acumulado simples
  • 36. Ana Paula Lopes, Manuel Mendes Monteiro, Mário Nuno Fernandes 2. Regime Composto 2.1. Capitalização 2.2. Taxas de juro Taxas equivalentes Concordância temporal Taxas nominais 2.3. Atualização 2.4. Taxa anual de encargos efetiva global (T.A.E.G.) Regime Composto
  • 37. Ana Paula Lopes, Manuel Mendes Monteiro, Mário Nuno Fernandes 2.2. Taxas de juro Taxas equivalentes Exemplo 8 Considere uma aplicação de 10 000,00 €, durante 1 ano, à taxa de juro anual de 21%. Se esta aplicação fosse feita a uma taxa semestral, qual deveria ser o seu valor de modo a que o valor acumulado obtido, em regime composto, fosse igual? Regime Composto – Taxas de juro
  • 38. Ana Paula Lopes, Manuel Mendes Monteiro, Mário Nuno Fernandes Taxas equivalentes (Continuação) Regime Composto – Taxas de juro 0 1 2 Semestres i `= 10,5% a.s. 10 000 10 000. (1+0,105)2 = 12 210,25 C0 C1 Anos i = 21% a.a. 10 000 10 000. (1+0,21) = 12 100 C`0 C`1 C`2 0 1 10 000. (1+0,105) = 11 050
  • 39. Ana Paula Lopes, Manuel Mendes Monteiro, Mário Nuno Fernandes Taxas equivalentes (Continuação) Como se verifica, os valores acumulados em regime composto obtidos são diferentes quando se utiliza a taxa anual de 21% ou a taxa semestral que lhe é proporcional, 10,5%. Qual deverá ser, então, a taxa semestral (i`) de modo a que o valor acumulado obtido (em regime composto) seja igual ao que se obteve quando se utiliza a taxa anual de 21%? Diz-se, assim, que a taxa de juro anual de 21% e a taxa de juro semestral de 10% são equivalentes (em regime composto). Regime Composto – Taxas de juro ( ) ( ) 2 2 1 C` C 10 000 1 i` 10 000 1 0,21 i` 10% =   + =  +  =
  • 40. Ana Paula Lopes, Manuel Mendes Monteiro, Mário Nuno Fernandes Taxas equivalentes (Continuação) Assim, pode-se, pois, definir taxas equivalentes (em regime composto) do seguinte modo: Antes de definirmos a fórmula que nos permite relacionar duas taxas de períodos diferentes, impõe-se estabelecer a notação que vamos passar a usar: Regime Composto – Taxas de juro “Duas taxas de períodos diferentes dizem-se equivalentes (em regime composto) quando aplicadas alternativamente ao mesmo capital, durante o mesmo intervalo de tempo, originam valores acumulados em regime composto (bem como os respetivos juros compostos) iguais.”
  • 41. Ana Paula Lopes, Manuel Mendes Monteiro, Mário Nuno Fernandes Taxas equivalentes (Continuação) Notação Regime Composto – Taxas de juro Taxa Período i →Taxa anual 1 ano i2 →Taxa semestral 1/2 ano i3 →Taxa quadrimestral 1/3 ano i4 →Taxa trimestral 1/4 ano i6 →Taxa bimestral 1/6 ano i12 →Taxa mensal 1/12 ano
  • 42. Ana Paula Lopes, Manuel Mendes Monteiro, Mário Nuno Fernandes Taxas equivalentes (Continuação) Considere-se, então, as duas taxas efetivas seguintes: ip 1/p ano ik 1/k ano Então, de acordo com a definição, para que estas duas taxas sejam equivalentes é necessário que: Em suma: Regime Composto – Taxas de juro ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) p p k k p k 0 p 0 k p k p k k k p p p p p k p k p k C C` C 1 i C 1 i 1 i 1 i 1 i 1 i 1 i 1 i i 1 i 1 =   + =  +  + = +  + = +  + = +  = + − ( ) = + − k p p k i 1 i 1
  • 43. Ana Paula Lopes, Manuel Mendes Monteiro, Mário Nuno Fernandes Taxas equivalentes (Continuação) Exemplo 9 Considere uma taxa trimestral de 5% Qual a taxa semestral que lhe é equivalente? E a bimestral? Uma vez que i2 é equivalente a i4 e i6 também é equivalente a i4, então as taxas i2 e i6 são também elas equivalentes. Regime Composto – Taxas de juro ( ) ( ) ( ) ( ) = = + −  = + −  = = = + −  = + −   = 4 4 2 2 2 4 2 2 4 4 6 6 6 4 2 6 Taxa trimestral i 0,05 Taxa semestral equivalente i 1 i 1 i 1 0,05 1 i 0,1025 10,25% Taxa bimestral equivalente i 1 i 1 i 1 0,05 1 i 0,0330616 3,30616%
  • 44. Ana Paula Lopes, Manuel Mendes Monteiro, Mário Nuno Fernandes A concordância temporal Como se disse, a Concordância Temporal significa que as variáveis prazo (n) e taxa de juro (i) têm que ter o mesmo período de referência, isto é, têm de estar expressas na mesma unidade de tempo. Quando tal não acontece, veremos que é indiferente: • encontrar a taxa de juro i’ com o mesmo período em que está expresso o prazo n; ou • converter o prazo n no mesmo período da taxa de juro i. Regime Composto – Taxas de juro
  • 45. Ana Paula Lopes, Manuel Mendes Monteiro, Mário Nuno Fernandes A concordância temporal (Continuação) Exemplo 10 Considere uma aplicação de 40 000,00€, durante 9 meses, à taxa de juro composto semestral de 3%. Calcule o valor acumulado obtido. Sugestão de resolução - Alternativa 1 Considerar n = 9 (meses) e utilizar uma taxa mensal (i12) equivalente à taxa semestral (i2) de 3%. Assim, Regime Composto – Taxas de juro ( ) ( ) =  + =  + = 9 9 n 12 C 40 000 1 i 40 000 1 0,00493862 41607,02 ( ) = + −  = = 2 12 12 12 i 1 0,03 1 i 0,00493862 0,493862%
  • 46. Ana Paula Lopes, Manuel Mendes Monteiro, Mário Nuno Fernandes A concordância temporal (Continuação) Sugestão de resolução - Alternativa 2 Utilizar a taxa semestral (i2) de 3% e converter o prazo (n) de 9 meses para o mesmo período da taxa, isto é, semestres. Então, Regime Composto – Taxas de juro ( ) ( ) ( )  + = = + +  9 2 2 1 1 12 2 n 2 C 40 000 1 1 i i 1 i ( )   =   =  +      =  = +  + 9 18 12 6 2 12 2 n n 9 n C 40 000 C 40 000 (1 0,03) C 40 000 (1 0,03) 41607,02 1 i
  • 47. Ana Paula Lopes, Manuel Mendes Monteiro, Mário Nuno Fernandes A concordância temporal (Continuação) Sugestão de resolução - Alternativa 3 Utilizar uma unidade de tempo diferente do mês e do semestre. Considere-se, por exemplo, o ano: Então, Sem surpresa, verifica-se que, independentemente da alternativa utilizada, o valor acumulado obtido é sempre o mesmo. Regime Composto – Taxas de juro ( ) ( ) ( ) =  +  = + −  = + − = 9 2 2 12 n 2 C 40 000 1 i i 1 i 1 i 1 0,03 1 0,0609 ( ) =  + = 9 12 n C 40 000 1 0,0609 41607,02
  • 48. Ana Paula Lopes, Manuel Mendes Monteiro, Mário Nuno Fernandes Taxas nominais • Quando se fala em “taxas nominais” pressupõe-se que se está em regime composto. • Em termos teórico, as taxas nominais podem ser de qualquer período (mensal, bimestral,…, anual). Contudo, na prática, quando se fala em “taxas nominais” admite-se que o período é anual. Assim, pode ler-se “taxa anual nominal”. • Em regime composto, não se efetua cálculo de juros com taxas nominais, apenas com taxas efetivas. Neste sentido, quando somos confrontados com uma taxa nominal é necessário obter, a partir dela, uma taxa efetiva. O modo como se obtém essa taxa efetiva remete para a regra da proporcionalidade, que vimos no regime simples. O período da taxa efetiva vai depender da frequência da taxa nominal, isto é, quantas vezes é capitalizável durante um ano. Regime Composto – Taxas de juro
  • 49. Ana Paula Lopes, Manuel Mendes Monteiro, Mário Nuno Fernandes Taxas nominais (Continuação) Seja, i(k): a taxa (anual) nominal de frequência k ou capitalizável k vezes por ano. ik : a taxa efetiva de período igual a 1/k do ano. Então, diz-se que uma taxa (anual) nominal i(k) é a taxa proporcional à taxa efetiva ik, de período k vezes superior. Assim, Regime Composto – Taxas de juro ( ) ( ) =   = k k i k i k k i i k
  • 50. Ana Paula Lopes, Manuel Mendes Monteiro, Mário Nuno Fernandes Taxas nominais (Continuação) Exemplo 11 Considere-se uma taxa anual nominal de frequência 3, isto é, capitalizável 3 vezes ao ano. Regime Composto – Taxas de juro ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) 3 k k p p k 3 4 4 3 i 3 9% 0,09 i 3% 3 i i k i k i k i 1 i 1 i 1 2,241 1 67% = = = = + −  = = + − Taxas proporcionais Taxas equivalentes
  • 51. Ana Paula Lopes, Manuel Mendes Monteiro, Mário Nuno Fernandes Taxas nominais (Continuação) Exemplo 12 Considere uma aplicação feita à taxa i(4)=4%. Se tivesse sido feita a uma taxa i(3), isto é, a uma taxa nominal capitalizável quadrimestralmente, qual deveria ser o seu valor de modo a que o juro composto obtido ao fim de n anos fosse o mesmo? Regime Composto – Taxas de juro ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) 4 4 4 3 3 3 4 4 3 3 i 4 0,04 i 4 0,04 i 0,01 4 4 i 1 i 1 1 0,01 1 i 3 3 i 3 1 0,01 1 4,006652% = = = = = + − = + −   =  =  + −    Taxas proporcionais Taxas equivalentes Taxas proporcionais
  • 52. Ana Paula Lopes, Manuel Mendes Monteiro, Mário Nuno Fernandes Ideias a reter: •Em regime composto, o cálculo de juros deve ser feito apenas com taxas efetivas. Nunca com taxas nominais. •Em regime composto, quando se pretende calcular a partir de uma taxa efetiva de um dado período uma taxa efetiva de um período diferente deve recorrer-se à fórmula das taxas equivalentes. •A fórmula das taxas equivalentes só é válida para taxas efetivas. Nunca para taxas nominais. •Quando somos confrontados com uma taxa nominal é a frequência dessa taxa que determina o período da taxa efetiva a qual se obtém pela regra da proporcionalidade. Qualquer taxa efetiva de outro período deve ser calculada a partir da regra (fórmula) das taxas equivalentes. Regime Composto – Taxas de juro
  • 53. Ana Paula Lopes, Manuel Mendes Monteiro, Mário Nuno Fernandes Aplicações Exercício 4 Admita que fez uma aplicação a uma taxa (anual) nominal de 6%. O que é preferível, que esta taxa seja capitalizável bimestralmente ou capitalizável quadrimestralmente? Sugestão de resolução O que está aqui em causa é saber qual das taxas é preferível: Ora, quando se está perante duas taxas nominais de igual valor, aquela que apresenta uma frequência maior é a que origina um juro composto (e, por conseguinte, um valor acumulado) maior. Regime Composto – Taxas de juro ( ) ( ) = = i 6 6% ou i 3 6%
  • 54. Ana Paula Lopes, Manuel Mendes Monteiro, Mário Nuno Fernandes Aplicações (Continuação) Exercício 4 (Resolução - Continuação) Esta conclusão decorre do seguinte: Resposta: A taxa i(6)=6% é preferível. Regime Composto – Taxas de juro ( ) ( ) ( ) ( ) 3 3 6 6 6 6 3 3 i 3 0,06 i 6 0, 0 06 0,06 i 0,01 6 i' 1 0, ,0 01 1 0,0 6 i 0,02 201 3 i' 1 0,02 1 0,00995 0,995% 2,01% = = = = + −  = = = = = + − = = Taxas proporcionais Taxas equivalentes
  • 55. Ana Paula Lopes, Manuel Mendes Monteiro, Mário Nuno Fernandes Aplicações (Continuação) Exercício 5 O Sr. C fez um investimento de 50 000,00 €, por um prazo de cinco anos. Nos dois primeiros anos vigorou a taxa i(2)=2% e no restante prazo a taxa i(4)=3%. Qual a taxa anual efetiva (i) deste investimento? Regime Composto – Taxas de juro
  • 56. Ana Paula Lopes, Manuel Mendes Monteiro, Mário Nuno Fernandes Aplicações (Continuação) Exercício 5 (Resolução) A taxa anual efetiva (i) deste investimento deve ser tal, de modo a que quando aplicada ao capital de 50 000,00€, durante os 5 anos, permita obter um valor acumulado em regime composto (ou um juro composto) igual àquele que se obtém quando se aplica as taxas i(2)=2% (durante 2 anos) e i(4)=3% (durante 3 anos) ao mesmo capital (50 000,00€). Regime Composto – Taxas de juro
  • 57. Ana Paula Lopes, Manuel Mendes Monteiro, Mário Nuno Fernandes Aplicações (Continuação) Exercício 5 (Resolução - Continuação) Em primeiro lugar, é necessário calcular as taxas efetivas que derivam das taxas nominais dadas. Assim, Pretende-se, então, que: Logo, Resposta: 2,6231% Regime Composto – Taxas de juro ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( )  =  +  +   + = +  +  =  +   4 12 5 4 12 5 2 4 5 5 C 50 000 1 i 1 i 1 i 1 0,01 1 0,0075 C 50 000 1 i ( ) ( )   =  − =   1 5 4 12 i 1 ,01 1 ,0075 1 0,026231 = =  = = 2 4 0,02 0,03 i 0,01 i 0,0075 2 4
  • 58. Ana Paula Lopes, Manuel Mendes Monteiro, Mário Nuno Fernandes 2. Regime Composto 2.1. Capitalização 2.2. Taxas de juro 2.3. Atualização Introdução Valor Atual e Desconto por Dentro Valor Atual e Desconto por Fora 2.4. Taxa anual de encargos efetiva global (T.A.E.G.) Regime Composto - Atualização
  • 59. Ana Paula Lopes, Manuel Mendes Monteiro, Mário Nuno Fernandes Introdução Capital diferido É um capital que se vence numa data futura. Valor nominal do capital diferido (C) É o valor que um capital assume na época (data) do seu vencimento. Diferimento (n) É o intervalo de tempo que decorre entre a época em que se pretende calcular o valor atual de um capital (V) e a época de vencimento desse capital (C). Regime Composto - Atualização
  • 60. Ana Paula Lopes, Manuel Mendes Monteiro, Mário Nuno Fernandes Introdução (Continuação) Valor atual de um capital diferido (V) É o valor que se deve atribuir a um capital numa época (data) anterior ao seu vencimento. Atualização É o processo através do qual se atribui valor a um capital para uma época (data) anterior ao seu vencimento. Desconto É o decréscimo de valor sofrido pelo capital C. É, portanto, a diferença entre o valor nominal do capital (C) e o seu valor atual (V). Regime Composto - Atualização
  • 61. Ana Paula Lopes, Manuel Mendes Monteiro, Mário Nuno Fernandes Valor Atual e Desconto por Dentro Exemplo 13 Um indivíduo tem na sua posse um cheque pré-datado, que se vence daqui a nove meses, no valor de 5 468,43€. Qual o valor que deveria receber hoje, admitindo uma taxa de juro composto mensal de 1%? Regime Composto - Atualização ( )    + − =   9 5 000+5 000 1 0,01 1 5 468,43 Juro composto V V C
  • 62. Ana Paula Lopes, Manuel Mendes Monteiro, Mário Nuno Fernandes Valor Atual e Desconto por Dentro (Continuação) O Valor Atual por Dentro em Regime Composto (V) é o valor que capitalizado em regime composto durante um intervalo de tempo igual ao diferimento e à mesma taxa de juro a que foi feita a atualização produz um valor acumulado igual ao valor nominal do capital (C). Regime Composto - Atualização
  • 63. Ana Paula Lopes, Manuel Mendes Monteiro, Mário Nuno Fernandes Valor Atual e Desconto por Dentro (Continuação) Assim, nos termos definidos, vem: Tem-se, então, a Fórmula do Valor Atual por Dentro em Regime Composto: Regime Composto - Atualização ( ) ( ) ( ) n n n C V V 1 i 1 C V. 1 i C V 1 i   +  + − =  + =  =   + ( ) − =  + n V C 1 i
  • 64. Ana Paula Lopes, Manuel Mendes Monteiro, Mário Nuno Fernandes Valor Atual e Desconto por Dentro (Continuação) Em relação à Fórmula do Valor Atual por Dentro em Regime Composto podemos afirmar que: •É válida para um único capital e pressupõe uma taxa única. •Pressupõe a existência de concordância temporal entre o n e o i. (Quando a concordância temporal não se verifica, deve-se proceder da maneira que vimos para o caso da capitalização.) •O valor atual (V) é diretamente proporcional ao valor nominal do capital (C), mas não ao diferimento (n). Regime Composto
  • 65. Ana Paula Lopes, Manuel Mendes Monteiro, Mário Nuno Fernandes Valor Atual e Desconto por Dentro (Continuação) Exemplo 14 O Sr. F tem de pagar daqui a 4 e 9 meses, respetivamente, as quantias de 8 000,00€ e 12 000,00€. Se estas quantias fossem pagas de imediato, qual deveria ser o valor a pagar (VP), admitindo que o desconto é feito por dentro à taxa de juro composto anual de 6%? Resposta: 19 332,99€ Regime Composto ( ) ( ) − − =  +  + = 4 9 12 12 VP 8 000 1 0,06 +12 000 1 0,06 19 332,99
  • 66. Ana Paula Lopes, Manuel Mendes Monteiro, Mário Nuno Fernandes Valor Atual e Desconto por Dentro (Continuação) Exemplo 15 O Sr. F tem de pagar daqui a 4 e 9 meses, respetivamente, as quantias de 8 000,00€ e 12 000,00€. Se estas quantias fossem pagas daqui a 6 meses, qual deveria ser o valor a pagar admitindo que os cálculos são feitos à taxa de juro simples anual de 6%? Resposta: 19 904,53€ Regime Composto ( ) ( ) − =  +  + = 2 3 12 12 VP 8 000 1 0,06 +12 000 1 0,06 19 904,53
  • 67. Ana Paula Lopes, Manuel Mendes Monteiro, Mário Nuno Fernandes Valor Atual e Desconto por Dentro (Continuação) Exemplo 16 A empresa Beta vendeu a um cliente uma máquina no valor de 50 000,00 €, tendo aquele aceitado para seu pagamento duas letras de igual valor nominal com vencimentos a 6 e 10 meses. a) Sabendo que os valores nominais das letras foram calculados de modo a incluírem juros compostos calculados à taxa anual de 9%, determine o valor nominal de cada letra. b) Se o cliente tivesse aceitado apenas uma letra, com vencimento a 6 meses, qual deveria o seu valor nominal, admitindo que os juros tinham sido calculados nos termos referidos anteriormente? Regime Composto
  • 68. Ana Paula Lopes, Manuel Mendes Monteiro, Mário Nuno Fernandes Valor Atual e Desconto por Dentro (Continuação) a) Resposta: 26 475,62€ b) Resposta: 47 891,31€ Regime Composto ( ) ( ) − − =  +  + = 6 10 12 12 50 000 C 1 0,09 +C 1 0,09 26 475,62 V1 =25 359,05. V2 =24 640,95. ( ) − =  + = 6 12 50 000 C 1 0,09 47 891 ,31
  • 69. Ana Paula Lopes, Manuel Mendes Monteiro, Mário Nuno Fernandes Valor Atual e Desconto por Dentro (Continuação) O desconto por dentro em regime composto ou desconto racional (d) é, por definição, a diferença entre o valor nominal do capital (C) e o seu valor atual em regime composto (V). Assim, Daqui, vem: Tem-se, então, a Fórmula do Desconto por Dentro em Regime Composto (ou Desconto Racional): Regime Composto ( ) n d C V V C 1 i − = −  =  + ( ) ( ) n n d C C 1 i d C 1 1 i − −   = −  +  =  − +   ( ) −   =  − +   n d C 1 1 i
  • 70. Ana Paula Lopes, Manuel Mendes Monteiro, Mário Nuno Fernandes Valor Atual e Desconto por Dentro (Continuação) Pode-se, no entanto, exprimir o desconto por dentro em regime composto em função do valor atual. Com efeito, o desconto por dentro em regime composto corresponde ao juro composto produzido pelo valor atual quando capitalizado à mesma taxa a que foi feito o desconto e por um prazo igual ao diferimento. Assim, Daqui vem: Regime Composto ( ) ( ) n n d C 1 1 i C V 1 i −   =  − +  =  +   ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) n n n n n n d V 1 i 1 1 i d V 1 i V 1 i 1 i d V 1 i 1 − −   =  +  − +       =  + −  +  +  =  + −  
  • 71. Ana Paula Lopes, Manuel Mendes Monteiro, Mário Nuno Fernandes Valor Atual e Desconto por Dentro (Continuação) Em suma: Três aspetos que estão subjacentes a esta fórmula: •É válida para um único capital e pressupõe uma taxa única. •Pressupõe a existência de concordância temporal entre o n e o i. (Quando a concordância temporal não se verifica, deve-se proceder da maneira que vimos para o caso da capitalização.) •O desconto por dentro (d) é diretamente proporcional ao valor nominal do capital (C), mas não ao diferimento (n). Regime Composto ( ) −   =  − +   n d C 1 1 i ( )   =  + −   n d V 1 i 1
  • 72. Ana Paula Lopes, Manuel Mendes Monteiro, Mário Nuno Fernandes Valor Atual e Desconto por Dentro (Continuação) Exemplo 17 Uma empresa tinha em carteira as duas letras seguintes: - a primeira, diferida de 3 meses, de valor nominal 10 000,00€; - a segunda, diferida de 10 meses, de valor nominal 8 000,00€. Na data de vencimento da primeira, a empresa procedeu à sua cobrança e descontou a segunda à taxa de juro composto anual de 6%. a) Determine o valor recebido pela empresa. b) Se a letra tivesse sido descontada um mês antes do seu vencimento, qual seria o valor do produto liquido de desconto recebido pela empresa? Regime Composto
  • 73. Ana Paula Lopes, Manuel Mendes Monteiro, Mário Nuno Fernandes Valor Atual e Desconto por Dentro (Continuação) a) Determine o valor recebido pela empresa. Resposta: 17 732,65€ b) Se a letra tivesse sido descontada um mês antes do seu vencimento, qual seria o valor do produto liquido de desconto recebido pela empresa? Resposta: 7 961,25€ Regime Composto ( ) − = +  + = 7 12 VR 10 000 8 000 1 0,06 17 732,65 ( ) − =  + = 1 12 PLD 8 000 1 0,06 7 961 ,25
  • 74. Ana Paula Lopes, Manuel Mendes Monteiro, Mário Nuno Fernandes Valor Atual e Desconto por Fora No Capítulo 1, vimos que é possível estabelecer a relação entre a taxa de juro (i) e a taxa de desconto (θ), ou seja: Se considerarmos um diferimento de um período da taxa de juro (θ), isto é, n=1, vem: Por outro lado, sabe-se que o valor atual por dentro em regime composto pode obter-se do seguinte modo: Regime Composto θ i 1 n θ = −  ( ) n V C 1 i − =  + θ i 1 θ = −
  • 75. Ana Paula Lopes, Manuel Mendes Monteiro, Mário Nuno Fernandes Valor Atual e Desconto por Fora (Continuação) Então, como Tem-se, então, a Fórmula do Valor Atual por Fora em Regime Composto: Regime Composto ( ) ( ) ( ) − − − − − − =  +  = −    =  +    −   − +      =   =       − −        =  −  =  −   n n n n n 1 n θ V C 1 i i 1 θ θ V C 1 1 θ 1 θ θ 1 V C V C 1 θ 1 θ V C 1 θ V C 1 θ ( ) =  − n V C 1 θ
  • 76. Ana Paula Lopes, Manuel Mendes Monteiro, Mário Nuno Fernandes Valor Atual e Desconto por Fora (Continuação) Três aspetos que estão subjacentes a esta fórmula: •É válida para um único capital e pressupõe uma taxa única. •Pressupõe a existência de concordância temporal entre o n e o θ. (Quando a concordância temporal não se verifica, deve-se proceder da maneira que vimos para o caso da capitalização.) •O valor atual (V) é diretamente proporcional ao valor nominal do capital (C), mas não ao diferimento (n). Regime Composto
  • 77. Ana Paula Lopes, Manuel Mendes Monteiro, Mário Nuno Fernandes Valor atual e desconto por fora (Continuação) O desconto por fora em regime composto (D) é, por definição, a diferença entre o valor nominal do capital (C) e o seu valor atual em regime composto (V). Assim, Daqui, vem: Tem-se, então, a Fórmula do Desconto por Fora em Regime Composto: Regime Composto ( ) n D C V V C 1 θ = −  =  − ( ) ( ) n n D C C 1 θ D C 1 1 θ   = −  −  =  − −   ( )   =  − −   n D C 1 1 θ
  • 78. Ana Paula Lopes, Manuel Mendes Monteiro, Mário Nuno Fernandes Valor Atual e Desconto por Fora (Continuação) Três aspetos que estão subjacentes àquela fórmula: • É válida para um único capital e pressupõe uma taxa única. • Pressupõe a existência de concordância temporal entre o n e o θ. (Quando a concordância temporal não se verifica, deve-se proceder da maneira que vimos para o caso da capitalização.) • O desconto por fora (D) é diretamente proporcional ao valor nominal do capital (C), mas não ao diferimento (n). Regime Composto
  • 79. Ana Paula Lopes, Manuel Mendes Monteiro, Mário Nuno Fernandes Aplicações Exercício 6 O Sr. A contraiu um empréstimo de 20 000,00 €, à taxa i(12)=12%, que deverá liquidar através de três pagamentos mensais, os dois primeiros de igual valor e o último o dobro daqueles. a) Sabendo que o primeiro pagamento ocorreu meio ano após a contração do empréstimo, determine o valor do último pagamento. b) Se aquela taxa fosse uma taxa de desconto, qual seria o valor do último pagamento. Regime Composto
  • 80. Ana Paula Lopes, Manuel Mendes Monteiro, Mário Nuno Fernandes Aplicações (Continuação) Exercício 6 (Resolução) a) Sabendo que o primeiro pagamento ocorreu meio ano após a contração do empréstimo, determine o valor do último pagamento. Resposta: O último pagamento será de 10 747,70€. b) Se aquela taxa fosse uma taxa de desconto, qual seria o valor do último pagamento. Resposta: O último pagamento seria de 10 755,48€. Regime Composto ( ) ( ) ( ) =  − +  − +  −  = 6 7 8 20 000 Y 1 0,01 Y 1 0,01 2.Y 1 0,01 Y 5 377,74 ( ) ( ) ( ) − − − =  + +  + +  +  = 6 7 8 20 000 Y 1 0,01 Y 1 0,01 2.Y 1 0,01 Y 5 373,85
  • 81. Ana Paula Lopes, Manuel Mendes Monteiro, Mário Nuno Fernandes Aplicações (Continuação) Exercício 7 O Sr. A descontou hoje duas letras: - a primeira, de valor nominal 6 000,00 € e diferida de 5 meses, à taxa de desconto composto anual de 10%; e - a segunda, diferida de 11 meses, à taxa i(2)=9%. a) Calcule o valor nominal da segunda letra. b) Se a segunda letra fosse descontada daqui a 5 meses, à mesma taxa de desconto da primeira, qual seria o valor do desconto? Regime Composto
  • 82. Ana Paula Lopes, Manuel Mendes Monteiro, Mário Nuno Fernandes Aplicações (Continuação) Exercício 7 (Resolução) a) Calcule o valor nominal da segunda letra. Resposta: 8 951,71€. b) Se a segunda letra fosse descontada daqui a 5 meses, à mesma taxa de desconto da primeira, qual seria o valor do desconto? Resposta: 459,37€. Regime Composto ( ) ( ) − = = =  − +  +  = 2 5 11 12 6 0,09 i 0,045 2 14 000 6 000 1 0,1 Y 1 0,045 Y 8 951 ,71 ( )   =  − −  =     6 12 D 8 951 ,71 1 1 0,1 D 459,37
  • 83. Ana Paula Lopes, Manuel Mendes Monteiro, Mário Nuno Fernandes 2. Regime Composto 2.1. Capitalização 2.2. Taxas de juro 2.3. Atualização 2.4. Taxa anual de encargos efetiva global (T.A.E.G.) Regime Composto
  • 84. Ana Paula Lopes, Manuel Mendes Monteiro, Mário Nuno Fernandes Taxa Anual de Encargos Efetiva Global (T.A.E.G.) Exemplo 18 O Sr. B contraiu um empréstimo de 10 000,00 €, à taxa i(2), que vai liquidar, através de um pagamento de 11 576,25 €, um ano e meio depois. a) Determine i(2). b) Determine a taxa anual efetiva deste empréstimo. c) Admita que na data da contração do empréstimo foi cobrada uma comissão de abertura de crédito de 100,00 €. Determine a T.A.E.G. do empréstimo. Regime Composto
  • 85. Ana Paula Lopes, Manuel Mendes Monteiro, Mário Nuno Fernandes Taxa Anual de Encargos Efetiva Global (T.A.E.G.) Exemplo 18 a) Determine i(2). Então, Resposta: i(2) é igual a 10%. Regime Composto ( ) ( ) ( ) − − − =  +  = +     + =  =     3 3 2 2 1 3 2 2 10 000 10 000 11576,25 1 i 1 i 11576,25 10 000 1 i i 0,05 11576,25 ( ) ( ) ( ) =   =   = 2 i 2 2 i i 2 2 0,05 i 2 0,1
  • 86. Ana Paula Lopes, Manuel Mendes Monteiro, Mário Nuno Fernandes Taxa Anual de Encargos Efetiva Global (T.A.E.G.) Exemplo 18 (Continuação) b) Determine a taxa anual efetiva deste empréstimo. Pode-se calcular a taxa anual efetiva (i) de outra maneira. Com efeito, uma vez que se sabe que a taxa semestral efetiva é igual a 5%, bastava recorrer à regra das taxas equivalentes: Resposta: A taxa anual efetiva é de 10,25%. Regime Composto ( ) ( ) ( ) − − − =  +  = +     + =  =     1,5 1,5 1 1,5 10 000 10 000 11576,25 1 i 1 i 11576,25 10 000 1 i i 0,1025 11576,25 ( ) ( ) = + −  = + −  = 2 2 2 i 1 i 1 i 1 0,05 1 i 0,1025
  • 87. Ana Paula Lopes, Manuel Mendes Monteiro, Mário Nuno Fernandes Taxa Anual de Encargos Efetiva Global (T.A.E.G.) Exemplo 18 (Continuação) c) Admita que na data da contração do empréstimo foi cobrada uma comissão de abertura de crédito de 100,00 €. Determine a T.A.E.G. do empréstimo. No cálculo da T.A.E.G. deve incluir-se não apenas o encargo suportado com os juros, mas também os demais encargos relacionados com o empréstimo. A T.A.E.G. – que sublinhe-se, não é uma taxa de juro – é a taxa que faz com que o valor atual dos cash inflows seja igual ao valor atual dos cash outflows. Regime Composto
  • 88. Ana Paula Lopes, Manuel Mendes Monteiro, Mário Nuno Fernandes Taxa Anual de Encargos Efetiva Global (T.A.E.G.) Exemplo 18 (Continuação) c) Resposta: A T.A.E.G. é de 10,99118%. Conclusão: TAEG > TAE (i) > TAN [i(k)] Regime Composto ( ) ( ) ( ) − − − = +  +  = +     + =       1,5 1,5 1 1,5 9 900 10 000 100 11576,25 1 TAEG 1 TAEG 11576,25 9 900 1 TAEG TAEG 0,1099118 11576,25 Cash inflow Cash outflow Cash outflow
  • 89. Ana Paula Lopes, Manuel Mendes Monteiro, Mário Nuno Fernandes Taxa Anual de Encargos Efetiva Global (T.A.E.G.) Exemplo 19 O Sr. B contraiu um empréstimo de 20 000,00 €, à taxa i(2)=10%, que vai liquidar através de dois pagamentos semestrais de igual valor, o primeiro dos quais seis meses depois da contração do empréstimo. Com este empréstimo, o mutuário suportou ainda os seguintes encargos: comissão de processamento da prestação de 2,60 € (a pagar na data de cada semestralidade) e comissão de abertura de crédito (paga na data da contração do empréstimo). Determine: a) O valor de cada prestação semestral. b) O valor da comissão de abertura de crédito, sabendo que a TAEG do empréstimo é de 11,7869%. Regime Composto
  • 90. Ana Paula Lopes, Manuel Mendes Monteiro, Mário Nuno Fernandes Taxa Anual de Encargos Efetiva Global (T.A.E.G.) Exemplo 19 (Continuação) a) O valor de cada prestação semestral. Resposta: 10 756,10 € Regime Composto ( ) ( ) − − = = =  + +  +  = 2 1 2 0,1 i 0,05 2 20 000 Y 1 0,05 Y 1 0,05 Y 10 756,1
  • 91. Ana Paula Lopes, Manuel Mendes Monteiro, Mário Nuno Fernandes Regime Composto ( ) ( ) ( ) ( ) − − = + +  + + +  + 1 1 2 20 000 y 10 756,1 2,6 1 TAEG 10 756,1 2,6 1 TAEG Taxa Anual de Encargos Efetiva Global (T.A.E.G.) Exemplo 19 (Continuação) b) O valor da comissão de abertura de crédito, sabendo que a TAEG do empréstimo é de 11,7869%. Resposta: 200,00€ Cash inflow Cash outflows Cash outflows ( ) ( ) − − = −  + −  +   = 1 1 2 y 20 000 10 758,7 1 0,117869 10 758,7 1 0,117869 y 200
  • 92. Ana Paula Lopes, Manuel Mendes Monteiro, Mário Nuno Fernandes FIM do Capítulo 2 Regime Composto