1) O documento discute a linguagem dramática na educação da pequena infância e a importância da formação continuada de professores nesta área.
2) Atualmente, o teatro na educação infantil é utilizado principalmente como ferramenta didática ou para apresentações, em vez de privilegiar a expressão criativa da criança.
3) É proposta uma abordagem centrada no processo, considerando o desenvolvimento da criança e valorizando a imitação, brincadeira e cultura infantil.
O documento resume a metodologia do ensino do teatro para crianças proposta por Peter Slade, dividindo-a em faixas etárias. Na 1a a 4a série, as crianças fazem jogos dramáticos de forma independente, com orientação sutil do educador. Dos 7 aos 9 anos há distribuição organizada de papéis e histórias mais complexas. Dos 9 aos 11 anos o adulto acrescenta complexidade às criações das crianças, aproximando-se mais do teatro.
[1] O documento discute os benefícios do teatro na educação infantil e como ele pode contribuir para o desenvolvimento integral das crianças.
[2] Ele apresenta entrevistas com um professor de teatro que destaca como o teatro estimula a imaginação, criatividade e autonomia das crianças.
[3] Conclui que o teatro na educação infantil ajuda no desenvolvimento das crianças de forma crítica e prazerosa, desde que seja trabalhado de forma adequada pelos educadores.
Projeto de teatro que através da linguagem permite que a criança utilize as diferentes formas de comunicação da sociedade como a corporal, a verbal, a plástica, a escrita, entre outras para mediar a aprendizagem.
O documento discute a importância do teatro na educação infantil, definindo teatro como uma oportunidade para as crianças se expressarem e mostrarem sua personalidade. Ele também lista diversas possibilidades de atividades teatrais como teatro de bonecos, máscaras e fantoches, e explica como essas atividades podem desenvolver habilidades das crianças como criatividade, socialização e coordenação. Por fim, dá exemplos de exercícios que professores podem propor para estimular a expressão dramática e criatividade das crianças.
O documento discute a importância do teatro na educação escolar. Apesar de alguns educadores acreditarem no poder do teatro para promover aprendizagem, muitas escolas ainda não aceitam ou valorizam atividades teatrais. O teatro permite que os alunos expressem sentimentos e perspectivas de forma lúdica e criativa. Ele também ajuda os alunos a se desenvolverem de forma mais crítica e integrada ao grupo.
Este documento discute o uso do teatro como ferramenta de evangelização de crianças. Ele define teatro, explora seus benefícios psicológicos, sociais e pedagógicos, e fornece diretrizes para seu uso em sala de aula, incluindo a seleção de peças apropriadas e a criação de um ambiente favorável. O documento também descreve diferentes modalidades de teatro e papéis para educadores, visando utilizar o teatro de forma a promover uma experiência de aprendizagem envolvente e significativa para os estudantes.
O Teatro na Educação Artigo- Claudineia da Silva BarbosaClaudinéia Barbosa
O documento discute a importância do teatro na educação. Apresenta uma oficina sobre teatro e educação com estudantes de graduação e pesquisa com professores sobre como o ensino de arte/teatro tem contribuído para o desenvolvimento dos alunos. A pesquisa indica que o teatro pode resignificar o ensino-aprendizagem ao valorizar a criatividade no aqui e agora.
1) O documento descreve o livro "As Cem Linguagens da Criança", que discute a abordagem educacional adotada em Reggio Emilia, na Itália, que valoriza as múltiplas formas de expressão e pensamento das crianças.
2) A abordagem de Reggio Emilia enfatiza a escuta das crianças, o trabalho em projetos que partem dos interesses delas, e o uso de diversas linguagens como desenho, dramatização e música.
3) O documento também menciona um projeto específico realizado
O documento resume a metodologia do ensino do teatro para crianças proposta por Peter Slade, dividindo-a em faixas etárias. Na 1a a 4a série, as crianças fazem jogos dramáticos de forma independente, com orientação sutil do educador. Dos 7 aos 9 anos há distribuição organizada de papéis e histórias mais complexas. Dos 9 aos 11 anos o adulto acrescenta complexidade às criações das crianças, aproximando-se mais do teatro.
[1] O documento discute os benefícios do teatro na educação infantil e como ele pode contribuir para o desenvolvimento integral das crianças.
[2] Ele apresenta entrevistas com um professor de teatro que destaca como o teatro estimula a imaginação, criatividade e autonomia das crianças.
[3] Conclui que o teatro na educação infantil ajuda no desenvolvimento das crianças de forma crítica e prazerosa, desde que seja trabalhado de forma adequada pelos educadores.
Projeto de teatro que através da linguagem permite que a criança utilize as diferentes formas de comunicação da sociedade como a corporal, a verbal, a plástica, a escrita, entre outras para mediar a aprendizagem.
O documento discute a importância do teatro na educação infantil, definindo teatro como uma oportunidade para as crianças se expressarem e mostrarem sua personalidade. Ele também lista diversas possibilidades de atividades teatrais como teatro de bonecos, máscaras e fantoches, e explica como essas atividades podem desenvolver habilidades das crianças como criatividade, socialização e coordenação. Por fim, dá exemplos de exercícios que professores podem propor para estimular a expressão dramática e criatividade das crianças.
O documento discute a importância do teatro na educação escolar. Apesar de alguns educadores acreditarem no poder do teatro para promover aprendizagem, muitas escolas ainda não aceitam ou valorizam atividades teatrais. O teatro permite que os alunos expressem sentimentos e perspectivas de forma lúdica e criativa. Ele também ajuda os alunos a se desenvolverem de forma mais crítica e integrada ao grupo.
Este documento discute o uso do teatro como ferramenta de evangelização de crianças. Ele define teatro, explora seus benefícios psicológicos, sociais e pedagógicos, e fornece diretrizes para seu uso em sala de aula, incluindo a seleção de peças apropriadas e a criação de um ambiente favorável. O documento também descreve diferentes modalidades de teatro e papéis para educadores, visando utilizar o teatro de forma a promover uma experiência de aprendizagem envolvente e significativa para os estudantes.
O Teatro na Educação Artigo- Claudineia da Silva BarbosaClaudinéia Barbosa
O documento discute a importância do teatro na educação. Apresenta uma oficina sobre teatro e educação com estudantes de graduação e pesquisa com professores sobre como o ensino de arte/teatro tem contribuído para o desenvolvimento dos alunos. A pesquisa indica que o teatro pode resignificar o ensino-aprendizagem ao valorizar a criatividade no aqui e agora.
1) O documento descreve o livro "As Cem Linguagens da Criança", que discute a abordagem educacional adotada em Reggio Emilia, na Itália, que valoriza as múltiplas formas de expressão e pensamento das crianças.
2) A abordagem de Reggio Emilia enfatiza a escuta das crianças, o trabalho em projetos que partem dos interesses delas, e o uso de diversas linguagens como desenho, dramatização e música.
3) O documento também menciona um projeto específico realizado
A autora discute três pontos principais sobre teatro e educação formal:
1) A natureza única do conhecimento proporcionado pelo teatro de assumir diferentes perspectivas corporalmente.
2) A importância de se pensar nos conteúdos específicos da linguagem teatral, como ação, personagem e espaço cênico.
3) A necessidade de se refletir sobre o sentido das práticas teatrais para os envolvidos, não apenas o resultado final.
Faculdade integrada avm teoria da alfabetizacaolicenciaturaavm
Este documento resume as entrevistas realizadas com professores da educação infantil e do 1o ano do ensino fundamental sobre o desenvolvimento linguístico de seus alunos. As professoras concordam que as crianças estão construindo suas habilidades de linguagem oral, mas divergem quanto à abordagem da escrita e leitura. O documento também aponta a necessidade de melhor formação dos professores nessas áreas.
Este trabalho analisa a contribuição do desenho infantil para a aquisição da língua escrita na alfabetização de crianças. Discute-se o conceito de infância, as diferentes linguagens da criança no processo de alfabetização e as fases do desenho infantil. Argumenta-se que o desenho contribui significativamente para o desenvolvimento da escrita e auxilia na coordenação motora das crianças.
1) O documento discute a reinstitucionalização da infância na modernidade tardia, onde as ideias sobre crianças e suas condições de vida estão passando por transformações significativas.
2) Na modernidade inicial, a infância foi institucionalizada através da criação da escola pública e da família centrada nos cuidados infantis.
3) Também surgiram novos saberes sobre o desenvolvimento infantil, como a pediatria e psicologia desenvolvimentista, que influenciaram as práticas com crianças.
Projeto Interdisciplinar de Teoria e prática da Alfabetização 4° Período AVMproativo
Este documento discute as visões de professores da educação infantil e da alfabetização sobre o desenvolvimento linguístico de crianças e identifica convergências e divergências. As professoras buscam formar leitores e escritores, mas sua prática se concentra mais em aspectos fonológicos da linguagem. O documento também aponta a necessidade de projetos de educação digital na escola desde a educação infantil.
Arte e metáforas contemporaneas para pensar infância e educaçãopiaprograma
O documento discute as relações entre arte, educação e infância. A autora argumenta que a arte contemporânea pode ampliar as maneiras como professoras veem arte, imagens e as produções das crianças. Ela também explora como artistas buscam inspiração na infância e como a infância pode ser vista como um acontecimento, não algo previsível.
Este artigo discute a noção de "criança performer" baseada na pesquisa da autora sobre teatro para crianças pequenas. A criança performer se aproxima da visão de infância de Merleau-Ponty e da abordagem da Sociologia da Infância, vendo a criança como parte do mesmo mundo dos adultos e capaz de criação e performance se provocada de forma sensível. O texto reflete sobre como o teatro pós-dramático se alinha com a experiência infantil e pode ser usado para educação estética na infância.
Projeto de Teoria e Prática da Alfabetizaçãojanamelo
Este documento discute as abordagens de professores para alfabetização e desenvolvimento da linguagem em estudantes da educação infantil e do 1o ano. Ele descreve como as atividades lúdicas, artísticas, musicais e de movimento são usadas para estimular as habilidades linguísticas e de escrita das crianças de forma apropriada para sua idade. O grupo discute a importância de respeitar o ritmo de desenvolvimento individual de cada criança no processo de alfabetização.
Este texto apresenta uma reflexão sobre currículo em arte propondo um ensino "em espiral" que valorize a experiência sensível e a perspectiva do aluno. A autora sugere que os professores se aproximem das culturas da infância e se tornem "performers", catalisadores de novas percepções por meio de atividades integradas entre teatro, música, corporalidade e espaço. O objetivo é contribuir para um debate mais aberto sobre currículo artístico.
O documento discute como a linguagem é trabalhada na educação infantil e nos primeiros anos do ensino fundamental, com foco na construção de significados através da leitura, escrita, expressão corporal e artística. Também reflete sobre o papel da escola na sociedade da informação e a possibilidade de usar tecnologias de forma a estimular a aprendizagem.
O documento discute práticas de leitura e escrita na alfabetização, enfatizando:
1) A importância de usar objetos significativos para os alunos para estimular o interesse e desenvolvimento da alfabetização.
2) As atividades como brincar, dramatizar e desenhar são valiosas para o desenvolvimento da alfabetização.
3) É necessário que os alunos percebam que a língua escrita representa a fala através do uso de símbolos.
O documento discute as vantagens de contar e ler histórias para crianças, sugerindo que ambas as atividades estimulam de forma diferente e demandam habilidades específicas. Contar histórias envolve ativamente o ouvinte e valoriza a oralidade, enquanto ler histórias estabelece uma relação imaginada com o autor por meio do livro. Além disso, o documento aborda a complexidade do mundo da escrita e a importância da multimodalidade no ensino e aprendizagem da leitura.
O documento discute a importância de se trabalhar intencionalmente com a linguagem oral na educação infantil. Aprender a falar não é um processo natural, mas sim cultural e mediado pelo outro. As crianças desenvolvem a linguagem por meio da interação com professores e outros adultos. Algumas atividades como conversar, narrar, brincar e se comunicar no cotidiano podem ser eixos fundamentais para o trabalho com a linguagem oral na escola.
O documento discute a importância da leitura e da literatura infantil no desenvolvimento das crianças. Ele descreve um projeto realizado em uma escola fundamental que teve como objetivo promover o contato das crianças com livros e histórias por meio de atividades lúdicas e estimular os professores a incorporarem mais a leitura em suas práticas pedagógicas. O documento também reflete sobre como o brincar é fundamental na infância e pode ser utilizado para aproximar as crianças da literatura.
1) O documento descreve vários jogos teatrais e exercícios para uma oficina de teatro, com o objetivo de desenvolver a expressão corporal e criatividade dos participantes.
2) Os jogos e exercícios incluem alongamentos, aquecimento físico, improvisação teatral e exercícios em grupo para estimular a interação.
3) A oficina usa técnicas de teatro para promover o desenvolvimento pessoal dos participantes e discutir temas sociais.
Por uma (des)necessária pedagogia do espectador taís ferreiraTaís Ferreira
Este documento discute a necessidade de se desenvolver ações voltadas à formação do espectador nas escolas atuais. Argumenta-se que as crianças e jovens já são espectadores devido ao mundo contemporâneo de mídias, mas que isso não os torna sujeitos da experiência teatral. Questiona-se se é preciso ensinar a ser espectador ou se basta alfabetizar as linguagens cênicas.
O documento discute as visões de professores sobre o desenvolvimento da linguagem oral, escrita, expressão plástica e corporal na educação infantil e na alfabetização. As professoras enfatizam a importância de estimular todas as linguagens de forma lúdica e significativa em ambas as etapas.
O TEATRO DE IMPROVISO COMO PRÁTICA EDUCATIVA NO ENSINO DE HISTÓRIA srentesupor
Este documento discute o uso do teatro de improviso como prática educativa no ensino de história para combater discriminações raciais. Argumenta que o teatro de improviso promove a diversidade, o respeito mútuo e a valorização das diferenças, ajudando a desconstruir preconceitos. Também defende que o teatro estimula a criatividade dos estudantes e permite novas formas de aprendizagem significativa.
Este documento discute a importância da contação de histórias no desenvolvimento da educação infantil. A contação de histórias estimula a imaginação, desenvolve a linguagem e o pensamento das crianças. As histórias também ajudam as crianças a lidar com emoções e resolver conflitos. Os educadores devem escolher histórias adequadas para a idade das crianças e contá-las de forma envolvente para maximizar os benefícios do desenvolvimento.
1) O documento descreve a pedagogia de Loris Malaguzzi na Itália, que enfatiza a imaginação e as "cem linguagens" das crianças.
2) Ele também discute o projeto "A Creche e o Teatro" em Bolonha, que explora a linguagem teatral com bebês e crianças pequenas desde 1985.
3) O objetivo é investigar como as crianças pequenas podem experimentar formas diversificadas de se relacionar com o mundo por meio da linguagem teatral.
O documento discute como o teatro pode ser usado como uma ferramenta pedagógica efetiva para educar sobre trânsito de forma preventiva e reflexiva. Ele explora como as atividades teatrais podem ajudar a desenvolver habilidades importantes em potenciais condutores e também conduzir condutores atuais à autorreflexão sobre suas ações no trânsito. Além disso, argumenta que abordagens lúdicas podem ajudar a modificar atitudes culturais em relação ao trânsito a longo prazo.
Este documento descreve um projeto desenvolvido por alunos de pedagogia sobre a importância das histórias infantis no desenvolvimento das crianças. O projeto consiste em contar histórias para crianças da educação infantil e fundamental com o objetivo de promover o desenvolvimento da imaginação, autoconhecimento e aprendizagem de valores. A fundamentação teórica cita autores como Freud, Piaget e Bettelheim que discutem o papel das histórias no processo de amadurecimento psicológico das crianças.
A autora discute três pontos principais sobre teatro e educação formal:
1) A natureza única do conhecimento proporcionado pelo teatro de assumir diferentes perspectivas corporalmente.
2) A importância de se pensar nos conteúdos específicos da linguagem teatral, como ação, personagem e espaço cênico.
3) A necessidade de se refletir sobre o sentido das práticas teatrais para os envolvidos, não apenas o resultado final.
Faculdade integrada avm teoria da alfabetizacaolicenciaturaavm
Este documento resume as entrevistas realizadas com professores da educação infantil e do 1o ano do ensino fundamental sobre o desenvolvimento linguístico de seus alunos. As professoras concordam que as crianças estão construindo suas habilidades de linguagem oral, mas divergem quanto à abordagem da escrita e leitura. O documento também aponta a necessidade de melhor formação dos professores nessas áreas.
Este trabalho analisa a contribuição do desenho infantil para a aquisição da língua escrita na alfabetização de crianças. Discute-se o conceito de infância, as diferentes linguagens da criança no processo de alfabetização e as fases do desenho infantil. Argumenta-se que o desenho contribui significativamente para o desenvolvimento da escrita e auxilia na coordenação motora das crianças.
1) O documento discute a reinstitucionalização da infância na modernidade tardia, onde as ideias sobre crianças e suas condições de vida estão passando por transformações significativas.
2) Na modernidade inicial, a infância foi institucionalizada através da criação da escola pública e da família centrada nos cuidados infantis.
3) Também surgiram novos saberes sobre o desenvolvimento infantil, como a pediatria e psicologia desenvolvimentista, que influenciaram as práticas com crianças.
Projeto Interdisciplinar de Teoria e prática da Alfabetização 4° Período AVMproativo
Este documento discute as visões de professores da educação infantil e da alfabetização sobre o desenvolvimento linguístico de crianças e identifica convergências e divergências. As professoras buscam formar leitores e escritores, mas sua prática se concentra mais em aspectos fonológicos da linguagem. O documento também aponta a necessidade de projetos de educação digital na escola desde a educação infantil.
Arte e metáforas contemporaneas para pensar infância e educaçãopiaprograma
O documento discute as relações entre arte, educação e infância. A autora argumenta que a arte contemporânea pode ampliar as maneiras como professoras veem arte, imagens e as produções das crianças. Ela também explora como artistas buscam inspiração na infância e como a infância pode ser vista como um acontecimento, não algo previsível.
Este artigo discute a noção de "criança performer" baseada na pesquisa da autora sobre teatro para crianças pequenas. A criança performer se aproxima da visão de infância de Merleau-Ponty e da abordagem da Sociologia da Infância, vendo a criança como parte do mesmo mundo dos adultos e capaz de criação e performance se provocada de forma sensível. O texto reflete sobre como o teatro pós-dramático se alinha com a experiência infantil e pode ser usado para educação estética na infância.
Projeto de Teoria e Prática da Alfabetizaçãojanamelo
Este documento discute as abordagens de professores para alfabetização e desenvolvimento da linguagem em estudantes da educação infantil e do 1o ano. Ele descreve como as atividades lúdicas, artísticas, musicais e de movimento são usadas para estimular as habilidades linguísticas e de escrita das crianças de forma apropriada para sua idade. O grupo discute a importância de respeitar o ritmo de desenvolvimento individual de cada criança no processo de alfabetização.
Este texto apresenta uma reflexão sobre currículo em arte propondo um ensino "em espiral" que valorize a experiência sensível e a perspectiva do aluno. A autora sugere que os professores se aproximem das culturas da infância e se tornem "performers", catalisadores de novas percepções por meio de atividades integradas entre teatro, música, corporalidade e espaço. O objetivo é contribuir para um debate mais aberto sobre currículo artístico.
O documento discute como a linguagem é trabalhada na educação infantil e nos primeiros anos do ensino fundamental, com foco na construção de significados através da leitura, escrita, expressão corporal e artística. Também reflete sobre o papel da escola na sociedade da informação e a possibilidade de usar tecnologias de forma a estimular a aprendizagem.
O documento discute práticas de leitura e escrita na alfabetização, enfatizando:
1) A importância de usar objetos significativos para os alunos para estimular o interesse e desenvolvimento da alfabetização.
2) As atividades como brincar, dramatizar e desenhar são valiosas para o desenvolvimento da alfabetização.
3) É necessário que os alunos percebam que a língua escrita representa a fala através do uso de símbolos.
O documento discute as vantagens de contar e ler histórias para crianças, sugerindo que ambas as atividades estimulam de forma diferente e demandam habilidades específicas. Contar histórias envolve ativamente o ouvinte e valoriza a oralidade, enquanto ler histórias estabelece uma relação imaginada com o autor por meio do livro. Além disso, o documento aborda a complexidade do mundo da escrita e a importância da multimodalidade no ensino e aprendizagem da leitura.
O documento discute a importância de se trabalhar intencionalmente com a linguagem oral na educação infantil. Aprender a falar não é um processo natural, mas sim cultural e mediado pelo outro. As crianças desenvolvem a linguagem por meio da interação com professores e outros adultos. Algumas atividades como conversar, narrar, brincar e se comunicar no cotidiano podem ser eixos fundamentais para o trabalho com a linguagem oral na escola.
O documento discute a importância da leitura e da literatura infantil no desenvolvimento das crianças. Ele descreve um projeto realizado em uma escola fundamental que teve como objetivo promover o contato das crianças com livros e histórias por meio de atividades lúdicas e estimular os professores a incorporarem mais a leitura em suas práticas pedagógicas. O documento também reflete sobre como o brincar é fundamental na infância e pode ser utilizado para aproximar as crianças da literatura.
1) O documento descreve vários jogos teatrais e exercícios para uma oficina de teatro, com o objetivo de desenvolver a expressão corporal e criatividade dos participantes.
2) Os jogos e exercícios incluem alongamentos, aquecimento físico, improvisação teatral e exercícios em grupo para estimular a interação.
3) A oficina usa técnicas de teatro para promover o desenvolvimento pessoal dos participantes e discutir temas sociais.
Por uma (des)necessária pedagogia do espectador taís ferreiraTaís Ferreira
Este documento discute a necessidade de se desenvolver ações voltadas à formação do espectador nas escolas atuais. Argumenta-se que as crianças e jovens já são espectadores devido ao mundo contemporâneo de mídias, mas que isso não os torna sujeitos da experiência teatral. Questiona-se se é preciso ensinar a ser espectador ou se basta alfabetizar as linguagens cênicas.
O documento discute as visões de professores sobre o desenvolvimento da linguagem oral, escrita, expressão plástica e corporal na educação infantil e na alfabetização. As professoras enfatizam a importância de estimular todas as linguagens de forma lúdica e significativa em ambas as etapas.
O TEATRO DE IMPROVISO COMO PRÁTICA EDUCATIVA NO ENSINO DE HISTÓRIA srentesupor
Este documento discute o uso do teatro de improviso como prática educativa no ensino de história para combater discriminações raciais. Argumenta que o teatro de improviso promove a diversidade, o respeito mútuo e a valorização das diferenças, ajudando a desconstruir preconceitos. Também defende que o teatro estimula a criatividade dos estudantes e permite novas formas de aprendizagem significativa.
Este documento discute a importância da contação de histórias no desenvolvimento da educação infantil. A contação de histórias estimula a imaginação, desenvolve a linguagem e o pensamento das crianças. As histórias também ajudam as crianças a lidar com emoções e resolver conflitos. Os educadores devem escolher histórias adequadas para a idade das crianças e contá-las de forma envolvente para maximizar os benefícios do desenvolvimento.
1) O documento descreve a pedagogia de Loris Malaguzzi na Itália, que enfatiza a imaginação e as "cem linguagens" das crianças.
2) Ele também discute o projeto "A Creche e o Teatro" em Bolonha, que explora a linguagem teatral com bebês e crianças pequenas desde 1985.
3) O objetivo é investigar como as crianças pequenas podem experimentar formas diversificadas de se relacionar com o mundo por meio da linguagem teatral.
O documento discute como o teatro pode ser usado como uma ferramenta pedagógica efetiva para educar sobre trânsito de forma preventiva e reflexiva. Ele explora como as atividades teatrais podem ajudar a desenvolver habilidades importantes em potenciais condutores e também conduzir condutores atuais à autorreflexão sobre suas ações no trânsito. Além disso, argumenta que abordagens lúdicas podem ajudar a modificar atitudes culturais em relação ao trânsito a longo prazo.
Este documento descreve um projeto desenvolvido por alunos de pedagogia sobre a importância das histórias infantis no desenvolvimento das crianças. O projeto consiste em contar histórias para crianças da educação infantil e fundamental com o objetivo de promover o desenvolvimento da imaginação, autoconhecimento e aprendizagem de valores. A fundamentação teórica cita autores como Freud, Piaget e Bettelheim que discutem o papel das histórias no processo de amadurecimento psicológico das crianças.
A abordagem triangular em um contexto de educacao infantil multietariaVeronica Almeida
1. O documento discute a abordagem triangular para o ensino da arte em contextos de educação infantil multiética.
2. A autora realizou um projeto nesta abordagem com crianças de 2 a 5 anos para proporcionar experiências que envolvessem leitura, contextualização e produção artística.
3. O projeto refletiu em claro enriquecimento não só nas colocações das crianças sobre suas percepções, mas também na qualidade de suas produções artísticas.
A importância do teatro na escola - PROFAP 2° ENCONTROjosivaldopassos
O documento discute como o teatro na educação pode promover o aprendizado e desenvolvimento dos alunos ao fornecer uma forma de expressão criativa e lúdica. Apesar de alguns educadores apoiarem o uso do teatro, muitas escolas ainda não o valorizam como parte do processo educativo. O teatro permite que os alunos explorem diferentes formas de comunicação e expressão, melhorando sua auto-imagem e visão crítica do mundo.
Este documento discute a importância da ludicidade na Educação Infantil. Apresenta a problemática central da pesquisa: qual a percepção dos diretores, coordenadores e professores sobre atividades lúdicas. O objetivo é identificar e analisar as percepções destes profissionais. A seguir, discute a concepção de criança ao longo da história e a evolução da Educação Infantil, enfatizando a importância do brincar no desenvolvimento infantil.
1) O documento discute como as atividades artísticas e a afetividade contribuem para o desenvolvimento integral de crianças na pequena infância.
2) Ele explica que a educação infantil no Brasil visa o desenvolvimento físico, cognitivo, emocional e social das crianças por meio de relações afetivas e experiências com diferentes linguagens artísticas.
3) As teorias de Piaget e Vygotsky são citadas para mostrar como o desenvolvimento infantil depende da interação da criança com o meio ambiente e com
Este documento apresenta uma proposta curricular para a educação infantil com foco nas múltiplas linguagens. Ele discute a importância de valorizar as linguagens artística, oral, corporal e de gênero na educação infantil, enfatizando que nenhuma linguagem deve ser superior à outra. Também destaca a necessidade de registrar o trabalho pedagógico para avaliação e a participação fundamental das famílias no processo educativo.
Este documento descreve uma experiência de ensino na educação infantil sobre a função social da escrita. A professora Eliane Tramontin Silveira Moleta desenvolveu um projeto pedagógico com crianças de 4 anos usando o nome do grupo como fio condutor para atividades que estimulam a linguagem oral e escrita de forma lúdica e significativa. Experiências como escrever nomes, cartas e bilhetes ajudaram as crianças a se familiarizarem com a escrita de forma prazerosa e significativa.
Este documento discute a importância do brincar na vida e desenvolvimento da criança. Primeiramente, apresenta uma breve história da concepção de criança ao longo dos séculos, desde ser vista como um adulto em miniatura até ganhar direitos próprios. Em seguida, destaca que ser criança é viver em um mundo de fantasia e descobertas através do brincar, que é fundamental para a aprendizagem. Por fim, ressalta a educação infantil como responsável pelo desenvolvimento pleno das crianças.
1) O documento discute a importância da arte na formação da criança, argumentando que a arte estimula a criatividade e sensibilidade das crianças.
2) No início do desenvolvimento das crianças, entre 2-3 anos, elas começam a se expressar através de "garatujas", rabiscos que não têm significado para adultos, mas são importantes para o desenvolvimento da criança.
3) A arte na educação das crianças deve estimular a expressão criativa, em vez de impor "técnicas" ou estilos,
Este documento apresenta uma introdução sobre a pesquisa realizada com artistas/professores na cidade de Senhor do Bonfim. O objetivo foi analisar como esses professores que são também artistas desenvolvem suas práticas pedagógicas dentro das escolas. O documento é estruturado em quatro capítulos que abordam a problematização, fundamentação teórica, metodologia e resultados da pesquisa.
O documento discute as artes visuais na educação infantil. Ele argumenta que as artes visuais podem ser uma forma real de brincadeira e desenvolvimento para crianças pequenas. Também discute a importância de ter uma perspectiva diferenciada sobre as produções artísticas das crianças e vê-las como uma expressão de seu desenvolvimento cognitivo e afetivo.
O documento descreve a evolução histórica da educação infantil, desde os primeiros pensadores como Comenius e Rousseau até as teorias modernas de Piaget e Vygotsky. Também discute o papel do lúdico e dos brinquedos no processo de ensino-aprendizagem, destacando como eles contribuem para o desenvolvimento cognitivo e social das crianças.
A arte como um direito da criança - o papel do professor na construção de um ...Ateliê Giramundo
A arte como um direito da criança - o papel do professor na construção de um mundo sensível
A proposta deste artigo é apresentar um panorama da pesquisa realizada pela
autora sobre a concepção de arte do professor na Educação Infantil assim como a arte e sua
contribuição para a educação infantil: uma política em defesa da arte como um direito da
criança. Apresentam-se inicialmente algumas leis de proteção à criança, visando à
contextualização do tema. A criança nos seus primeiros anos de vida (de zero a seis anos)
ainda é bastante vulnerável no que se refere a sua proteção e atenção. São várias as leis e
tratados comprometidos com essa atenção, mas que ainda caminham para efetiva implantação.
Por isso, apresentam-se algumas dessas leis assim como materiais que servem de subsídios
para a prática pedagógica nas escolas de educação infantil. O material de análise aqui
apresentado é o Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil (BRASIL, 1998).
Este constitui-se em um conjunto de referências e orientações pedagógicas que visam
contribuir com a implantação ou implementação de práticas educativas de qualidade que
possam promover e ampliar as condições necessárias para o exercício da cidadania das
crianças brasileiras. Sua função é contribuir com as políticas e programas de educação
infantil, socializando informações, discussões e pesquisas, subsidiando o trabalho educativo
de técnicos, professores e demais profissionais da educação infantil, apoiando os sistemas de
ensino estaduais e municipais. No Referencial, tem-se como enfoque o princípio que se refere
ao “acesso das crianças aos bens socioculturais disponíveis, ampliando o desenvolvimento das
capacidades relativas à expressão, à comunicação, à interação social, ao pensamento, à ética e
à estética”. Aborda-se também no artigo a questão da polivalência do professor, que deve
trabalhar as linguagens artísticas: Movimento, Artes Visuais e Música, todas elas necessárias
ao desenvolvimento da criança. O que se observa em sala de aula é que este professor não
consegue contemplar essas linguagens e quando propõe atividades na área de artes visuais,
seu enfoque principal é o desenho, apresentando, em sua grande parte, cópias ou temas
fechados, o que prejudica a criatividade e o desenvolvimento sensível da criança.
Apresentam-se alguns desenhos como forma de registros dessas aulas e colocam-se questões
referentes à concepção de arte desse professor e o modo como consegue dar conta dessa
polivalência que lhe é atribuída. Questão para se pensar.
Artigo de Euzânia B. F. ANDRADE
A arte como um direito da criança - o papel do professor na construção de um ...Ateliê Giramundo
O documento discute a importância da arte na educação infantil e o papel do professor em estimular a criatividade das crianças. A arte deve ser uma atividade que envolva o corpo todo da criança e promova a liberdade de expressão. No entanto, observa-se que os professores muitas vezes controlam demais os desenhos das crianças e não estimulam sua criatividade. É importante que valorizem a imaginação das crianças e encontrem formas de ampliar suas experiências artísticas.
O ensino da arte na educação infantil erlonmoreira
A Educação em Arte no ensino infantil tem um papel primordial envolvendo os aspectos reflexivos, sensíveis, expressivos e culturais. Mas, primeiramente, podemos iniciar essa discussão comentando sobre a formação do Professor de Arte.
O documento discute a arte e o movimento na educação infantil. Primeiro, define arte e discute sua importância no desenvolvimento infantil. Também aborda diferentes abordagens pedagógicas ao ensino das artes e a importância de valorizar a criatividade e expressão das crianças. Finalmente, destaca como o brincar e movimento são essenciais na aprendizagem das crianças.
O documento discute as abordagens pedagógicas em educação infantil, incluindo o desenvolvimento da linguagem oral, grafismo, expressão plástica, sonora e corporal. Também aborda a educação para a sustentabilidade, trabalhando temas ambientais por meio de projetos, rodas de conversa e atividades que utilizam materiais reciclados.
[1] O documento é um trabalho de conclusão de curso sobre o ensino da arte na educação infantil, apresentado por Kerlini Guimarães de Albuquerque no Centro Universitário Favini em Taboão da Serra, SP, em 2022.
[2] O trabalho discute a importância da arte no desenvolvimento das crianças e como ela pode contribuir para a aprendizagem, expressão e acesso a padrões estéticos na educação infantil.
[3] Aborda como as linguagens artísticas podem ser usadas com diferentes intenções
Slides Lição 11, Central Gospel, Os Mortos Em CRISTO, 2Tr24.pptxLuizHenriquedeAlmeid6
Slideshare Lição 11, Central Gospel, Os Mortos Em Cristo, 1Tr24, Pr Henrique, EBD NA TV, Revista ano 11, nº 1, Revista Estudo Bíblico Jovens E Adultos, Central Gospel, 2º Trimestre de 2024, Professor, Tema, Os Grandes Temas Do Fim, Comentarista, Pr. Joá Caitano, estudantes, professores, Ervália, MG, Imperatriz, MA, Cajamar, SP, estudos bíblicos, gospel, DEUS, ESPÍRITO SANTO, JESUS CRISTO, Com. Extra Pr. Luiz Henrique, 99-99152-0454, Canal YouTube, Henriquelhas, @PrHenrique
Slides Lição 11, CPAD, A Realidade Bíblica do Inferno, 2Tr24.pptxLuizHenriquedeAlmeid6
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Sistema de Bibliotecas UCS - Chronica do emperador Clarimundo, donde os reis ...Biblioteca UCS
A biblioteca abriga, em seu acervo de coleções especiais o terceiro volume da obra editada em Lisboa, em 1843. Sua exibe
detalhes dourados e vermelhos. A obra narra um romance de cavalaria, relatando a
vida e façanhas do cavaleiro Clarimundo,
que se torna Rei da Hungria e Imperador
de Constantinopla.
Educação trabalho HQ em sala de aula uma excelente ideia
Seminário uel
1. A LINGUAGEM DRAMÁTICA NA EDUCAÇÃO DA PEQUENA INFÂNCIA: UMA
EXPERIÊNCIA NA FORMAÇÃO CONTINUADA
*Elisangela Christiane de Pinheiro Leite (SME)
elileite@sme.curitiba.pr.gov.br
**Jeórgia de Fátima Rodrigues (SME)
jeorgiacomjota@hotmail.com
Resumo
Aborda-se neste a formação continuada de professores acerca da linguagem
dramática na pequena infância, discutindo a problemática do teatro como
ferramenta pedagógica e a exposição das crianças em apresentações teatrais
e tomando como base teórica a psicologia histórico-cultural de VYGOTSKY
(1988, 1991, 2009), para compreender o desenvolvimento infantil e as
possibilidades com o processo imitativo da criança, e para discussão de novas
propostas com o teatro. Neste sentido dialoga-se com a Sociologia da infância:
SARMENTO (2005), e CORSARO (2011) contribuem na visão e conceito de
criança da contemporaneidade. Propõe-se, assim, uma estratégia dentro do
teatro que coloca o professor como personagem na ação dramática com e para
crianças, tendo como aporte teórico da pedagogia do teatro, BOAL (2006,
2009) e SLADE (1978). Por fim, ilustra-se com uma das experiências
formativas ocorrentes em 2010, com berçário II, em que a proposta foi
experimentada com alcances interessantes para a pesquisa com crianças.
Palavras chave: teatro; pequena infância; formação continuada
*Teatro-educadora, formada pela FAP, especialização em Metodologia do Ensino da Arte
(FAP), mestranda em Educação (UFPR), atua na Secretaria Municipal de Educação de
Curitiba, como coordenadora de teatro no Departamento de Educação Infantil desde 2008.
**Graduanda do curso de Pedagogia pela Faculdade Padre João Bagozzi, com conclusão em
2011 e graduanda do curso de Licenciatura em Teatro pela FAP.
1. Linguagem dramática na educação da pequena infância
(...)enquanto o comportamento imaginativo é
excepcional no adulto, denominando-se então sentido
poético, sentido artístico ou capacidade criadora, nas
crianças ele é natural e necessário.
Leenhardt, 1974, p. 17
Muitas são as discussões acerca do tema infância e educação, como
a articulação entre o cuidar e o educar, o papel da brincadeira no
desenvolvimento infantil, a organização do espaço-tempo e a formação dos
profissionais que nela atuam. As discussões são pertinentes e interligadas
entre si e demonstram o quanto há preocupação com a qualidade na educação
infantil. Não basta atender a criança nas unidades educativas, é necessário
2. refletir sobre ela enquanto sujeito que está em plena construção de sua
personalidade e se inserindo no mundo com tudo para descobrir e aprender.
Concorda-se com Meira, quando enfatiza que, ao refletir sobre o sensível e o
afeto nas práxis educativas, é importante compreender o conhecimento, não
como algo a ser dado, mas como algo a ser construído e sentido, capaz de
tocar nosso ser profundamente (2010 p. 41). Por isso, é necessário que a
educação da pequena infânciai
enxergue com lentes especiais e diferenciadas
o âmbito pedagógico, para que assim se considere a criança, e tudo o que a
cerca de modo a privilegiar as linguagens artísticas tão expressas nas ações
infantis.
Dentre as linguagens artísticas o teatro ganha espaço considerado
nas ações da pequena infância, porque está relacionado diretamente ao modo
de brincar da criança, caracterizado pela imitação e pelo jogo de papéisii
.
Contudo, faz-se necessário refletir sobre a maneira como se tem trabalhado o
teatro na educação infantil. Ainda se encontram práticas em que não
predominam a experiência estética e sensível. Algumas propostas são
caracterizadas pela didatização e em outras pela exposição das crianças.
Estas práticas nos remetem à urgência que se faz, na atualidade, de uma nova
visão acerca da linguagem dramática na educação infantil.
Quando o teatro na educação é concebido unicamente como uma
prática utilizada como ferramenta ou recurso para se trabalhar determinados
conteúdos, percebe-se que esta ação vai na contramão da ideologia da
linguagem dramática, entendida como expressividade do ser humano.
Compreende-se, obviamente, que, na educação infantil, os professores se
preocupam com os múltiplos conhecimentos necessários para as crianças, e
talvez por isso é comumente utilizado o teatro didatizante, como forma de
trabalhar conceitos como higiene e alimentação, entre outros conteúdos. No
entanto, esta maneira de trabalhar com o teatro não o caracteriza como
linguagem da criança, necessitando assim ser revista esta forma de trabalho.
Neste quesito defende-se a idéia de equilíbrio, ou seja, trabalhar o teatro como
linguagem artística para que se possa utilizá-lo também como possibilidade
lúdica no ensinamento de conteúdos de outras áreas de formação humana.
Cabe o bom senso na equilibração das propostas com o teatro.
Outra prática muito comum, relacionada ao teatro na educação
infantil, é a apresentação por parte das crianças em determinadas datas
comemorativas. Estes eventos são caracterizados por momentos em que a
comunidade vai à instituição educativa e assiste às apresentações das
crianças. Porém, é importante destacar que, para acontecer de fato tais
apresentações, muitas vezes o processo de ensaios caracteriza-se por
exaustivos momentos em que as crianças necessitam decorar suas falas e
exercitar marcações de palco. Simultaneamente a isso, muitas vezes tais
textos apresentados, ou músicas, geralmente aquelas que estão em voga pela
mídia, apresentam letras que são mimicamente e mecanicamente ensaiadas
com temáticas que não abarcam a cultura infantil.
Quando se trata de um texto persiste a idéia de que a criança precisa
falar em voz alta, e clara. Mas será que uma criança, por exemplo, de três
anos, tem realmente desenvolvido o seu aparelho vocal para exercer esta
competência? E será que isto é necessário para ela, nesta etapa de seu
3. desenvolvimento? Outra questão importante a ser refletida é a exposição das
crianças que, por vezes, ao perceber que seus pais estão na plateia, desejam
colo e assim choram no palco ou travam na hora da apresentação. Esta idéia
de teatro na educação infantil que tem o foco no produto, não condiz com um
trabalho que privilegie a cultura da infância e a expressividade da criança.
Defende-se neste trabalho a idéia em prol de um processo
pedagógico, referente à linguagem dramática na pequena infância, que
considere o desenvolvimento dramático infantil. Para isso é necessário
conhecer a criança, e assim valorizar sua infância. Nas palavras de Vygotsky:
(...) a criança é um mau ator para os outros, mas um ator magnífico
para si própria, e todo o espetáculo deve ser organizado de tal modo
que as crianças percebam que representam para si próprias e se
deixem penetrar pelo interesse da intriga, pelo próprio curso das
coisas, e não pelos seus resultados finais. O prêmio principal, a
colher do espetáculo deverá residir na satisfação que as próprias
crianças experimentem na preparação do espetáculo e no processo
da sua representação _ e não no sucesso obtido junto dos mais
velhos e nos seus aplausos. (p. 91, 2009).
Como seria um trabalho de teatro na educação da pequena infância
que considere a cultura infantiliii
? Para responder a esta questão basta ter uma
experiência com o olhar para a criança, num processo pedagógico que ressalte
a essência artística do teatro como linguagem expressiva.
(...) as crianças criam e participam de suas próprias e exclusivas
culturas de pares quando selecionam ou se apropriam criativamente
de informações do mundo adulto para lidar com suas próprias e
exclusivas preocupações. (CORSARO, 2011, p. 31).
Quando Corsaro traz este apontamento, pode-se perceber o quanto
verdadeiramente a criança está inserida numa cultura própria, e o quanto é
necessário perceber isto se quisermos efetivamente trabalhar no sentido de
contribuir com sua imaginação e, assim, seu desenvolvimento potencial.
Considerar este fato é importante quando se pensa em propostas para a
pequena infância e, principalmente, em como estas propostas são
direcionadas. Para isto é necessário que o adulto no papel do professor
considere suas potencialidades criativas.
É pensando na infância e suas linguagens expressivas que o faz de
conta marca sua presença no contexto pedagógico da educação infantil. Haja
vista que a criança brinca de faz de conta e, neste brincar, desempenha papéis
lúdicos, pois, conforme Boal, a linguagem teatral é a linguagem humana por
excelência e a mais essencial. (2009, p. ix) É o instinto de teatralidade se
fazendo presente com toda a sua potencialidade. Slade (1978) enfatiza que o
teatro para crianças dessa faixa etária se denomina jogo dramático infantil e
que é uma forma de arte por excelência, caracterizado pelo brincar de faz de
conta da criança. Sendo assim, compreende-se a fundamental importância do
processo como base para este trabalho. Concorda-se com Vygotsky (2009, p.
16), quando aponta que:
4. Já na primeira infância, identificamos nas crianças processos de
criação que se expressam melhor em suas brincadeiras. A criança
que monta um cabo de vassoura e imagina-se cavalgando um cavalo;
a menina que brinca com a boneca e imagina-se a mãe [...] todas
estas crianças brincantes representam exemplos da mais autêntica e
verdadeira criação.
As crianças dramatizam para si juntamente com seus pares nos
momentos brincantes: elas ainda não o fazem para os outros. Elas gostam de
brincar com o teatro, ou seja, ele não é um mero instrumento didatizador, é
antes de qualquer coisa sua maneira expressiva de brincar, como pode ser
avistada nos seus jogos.
(...) o teatro das crianças, quando pretende reproduzir diretamente as
formas do teatro adulto, constitui uma ocupação pouco recomendável
para as crianças. Partir de um texto literário, memorizar palavras
estranhas como fazem os atores profissionais, palavras que nem
sempre correspondem à compreensão e aos sentimentos das
crianças, refreia a criação infantil e transforma as crianças em porta-
vozes de frases alheias que a distribuição dos papéis impõe.
(VYGOTSKY, p. 90, 2009)
A imitação para a criança é um processo de vida, faz parte da sua
linguagem, diferente do ator que usa a imitação de determinados personagens
ciente de sua tarefa de mímese. A criança protagoniza papéis fictícios agindo
num mundo imaginário, o ator tem diante de si um texto teatral que o serve
como guia para as falas do seu personagem. Embora o ator possa também
utilizar o recurso da improvisação teatral nas situações dramáticas, assim
mesmo há um roteiro ou um tema anteriormente esquematizado para que a
ação teatral aconteça. O fato é que, para a criança, esta manifestação é
espontânea e, para o adulto, ela é planejada de alguma maneira.
Assim podemos dizer que as modernas teorias da cognição e
lingüística indicam que há um processo fundamental para o
aprendizado: percepção, imitação e jogo, conceito. Percebemos uma
ação ou um processo. Imitamos os vários elementos dentro dele e
então o descrevemos (através do jogo dramático, se somos crianças,
ou por meio de palavras, se somos adultos). Esse processo culmina
como na formação do conceito como um todo. (COURTNEY, 2010, p.
277,278).
Uma característica da imitação considerada por Vygotsky, é que a
criança, ao imitar, jamais o faz de maneira mecânica, e que nesta característica
residem a imaginação e os processos criativos. Para ele, a imitação não é
cópia fidedigna da realidade: é, antes, a possibilidade de realizar ações que
estão além de sua capacidade. Por exemplo, uma criança não pode dirigir um
carro, mas no faz de conta ela pode imitar as ações dos adultos na direção do
veículo.
A diferença substancial no caso da criança é que esta pode imitar um
grande número de ações, (...) que superam os limites da sua
capacidade atual. Com o auxilio da imitação na atividade coletiva
guiada pelos adultos, a criança pode fazer muito mais do que com a
5. sua capacidade de compreensão de modo independente.
(VYGOTSKY, p. 112, 1988).
Os processos criativos se fazem presentes nas brincadeiras de faz
de conta. Brincadeira é coisa séria para a criança da educação infantil.
Portanto, há que se considerar o papel fundamental do professor que nela
atua, pois é o grande incentivador das ações. Conforme Vygotsky (2009, p. 17),
[...] em suas brincadeiras, elas reproduzem muito do que viram. Todos
conhecem o enorme papel da imitação nas brincadeiras das crianças. As
brincadeiras infantis, frequentemente, são apenas um eco do que a criança viu
e ouviu dos adultos. Quando Vygotsky aponta que é apenas um eco, faz refletir
sobre a criação neste momento, pois ela não imita igualmente o adulto com
riqueza de detalhes, mas faz reelaborações, e esta ação caracteriza um
complexo desenvolvimento por parte da criança.
Compreende-se que o trabalho com a linguagem dramática na
educação infantil é pertinente, principalmente, aliado ao faz de conta infantil.
Porém, cabe dizer que considerar esta importância perpassa pela formação de
professores, e pela constituição de saberes com a pequena infância e o teatro,
como possibilidade estética e sensível.
2. Formação de professores na educação infantil e a linguagem dramática
Considera-se de suma importância a formação de professores para
este trabalho, pois sabe-se que não é tarefa fácil para quem nunca teve contato
com a linguagem dramática. Faz parte do desenvolvimento profissional a
formação continuada, o que indica pensar na qualidade de atendimento às
crianças que estão inseridas no contexto de unidades que atendem essa faixa
etária. Qualidade principalmente no que se refere ao educar e aos seus
processos pedagógicos. Desta perspectiva, entende-se o que Machado (2005,
p. 139) enfatiza,
O desenvolvimento profissional é uma caminhada que envolve
crescer, ser, sentir, agir. Envolve crescimento, como o da criança,
requer empenhamento, com a criança, sustenta-se na integração do
conhecimento e da paixão. Cultivar as disposições para ser, saber,
sentir e agir, em contexto é um desafio que requer processos de
sustentação, colaboração, pois não se faz no isolamento.
Certamente que uma formação que trabalhe com o processo
dramático como linguagem na educação da pequena infância, não pode ignorar
que nesta fase há peculiaridades encontradas que se diferenciam de um
trabalho de formação em outras instâncias de ensino. Sendo assim, merece
destaque a importância do contato do adulto com crianças pequenas,
prevalecendo neste contato a relação em que sentidos e subjetividades são
elaborados diante do vínculo estabelecido entre ambos. Pois não se pode
negar que há uma certa vulnerabilidade da criança, que é um ser frágil, e
assim, necessita de cuidados físicos e psicológicos cotidianos. Segundo
Oliveira-Formosinho (2005, p. 136),
6. De facto, o educador da criança pequena necessita de um saber
fazer que, por um lado, reconheça esta “vulnerabilidade” social das
crianças, e, por outro lado, reconheça as suas competências
sociopsicológicas que se manifestam desde a mais tenra idade, por
exemplo, nas suas formas precoces de comunicação.
É relevante considerar que os bebês inseridos no contexto educativo
se comunicam por meios sensíveis, que se manifestam por meio das suas
ações corporais. O professor, como agente envolvido nesta interação, precisa
compreender esta corporeidade sensível para efetivar sua comunicação com
as crianças. E como se processa isto na linguagem dramática? A idéia é, a
principio, colocar-se no lugar da criança em alguns momentos, de forma
consciente, como o fazem os atores ao representar um papel. Quanto menor a
criança, mais são exigidos do adulto no papel do professor a expressividade
corporal, vocal e o uso de sua imaginação para melhor interagir com as
crianças.
Neste ponto, é importante considerar o trabalho corporal do professor
que adentra o universo da pequena infância. Chama-se a atenção aqui para as
universidades e cursos de formação de professores para esta faixa etária, para
que reconheçam esta importância, pois a comunicação com a criança pequena
é primeiro pela via da sensibilidade. Compreende-se que a educação infantil é
uma modalidade recente no nosso país, mas não podemos esquecer que há
um crescimento em termos quantitativos das unidades que atendem a pequena
infância. Nas recentes discussões acerca da educação infantil, predomina em
suas pautas a formação do professor nesta modalidade.
Dentre as várias ações formativas, destaca-se neste documento a
experiência do município de Curitiba, em caráter de formação continuada
presencial, para professores atuantes na educação infantil. O curso intitulado
Encontro com a linguagem dramática na educação infantil ocorreu ao longo do
ano de 2010, com o objetivo de ampliar as possibilidades pedagógicas dos
profissionais, por meio da experiência artística teatral. Nele se ofereceu um
estudo que envolveu desde o desenvolvimento dramático infantil, passando
pelas possibilidades com o jogo dramático e destacando a importância do
corpo do professor na ação dramática com crianças.
O último encontro do curso foi destinado para um momento de troca
de experiências, em que os professores expressavam, por meio de registros
fotográficos ou filmagens, suas experiências a partir do curso com a linguagem
dramática em sua turma. Esta foi uma estratégia de formação encontrada pelo
docente, para ampliar as discussões acerca das práticas dramáticas, bem
como para que se consolidasse um momento de reflexão. Cada profissional
expôs suas práticas, e observou-se que o teatro na educação infantil é uma
experiência significativa quando se pensa como linguagem expressiva da
criança.
3. Professor em ação dramática na educação da pequena infância
Quando encontramos a coragem de fazer coisas impossíveis,
fazemos a descoberta de que o nosso corpo não nos bloqueia. (...)
São os limites que nos impomos que bloqueiam o processo criativo,
porque a criatividade nunca é confortável.
7. Grotowski, 1992, p. 204
Dentre as possibilidades dramáticas na educação infantil, uma
proposta que merece destaque é o professor em ação dramáticaiv
no faz de
conta com as crianças. Caracteriza-se como uma estratégia em que o
professor pode se expressar pelo jogo pessoal ou no jogo projetado.
No jogo pessoal, o professor utiliza o seu potencial corporal para
dramatizar, o personagem está no corpo e na voz de maneira expressiva.
Desta maneira, pode-se utilizar figurinos e caracterização, mas o potencial
humano já é um grande componente.
Jogo pessoal é o drama óbvio: a pessoa inteira, ou eu total é usado.
Ele se caracteriza por movimento e caracterização, e notamos a
dança entrando e a experiência de ser coisas ou pessoas. No drama
pessoal, a criança perambula pelo local e toma sobre si a
responsabilidade de representar um papel. (...) a tendência é para o
barulho e esforço físico por parte de uma pessoa envolvida; e se o
barulho não é usado, o esforço é. (...) Desenvolve a qualidade da
sinceridade, pela fé absoluta no papel representado. (SLADE, 1978,
p. 19).
Slade, nesta citação, caracteriza o jogo pessoal na possibilidade da
criança no ato de brincar, porém não podemos esquecer que o adulto-educador
também já foi criança. Aliado a este conceito do jogo pessoal é interessante
articular a idéia de Boal (2006), sobre a questão corporal e a criança, quando
diz que nós já pensamos de outra forma que não o pensamento verbal e sim o
pensamento sensível. Este autor nos aponta que o pensamento sensível é
anterior ao pensamento simbólico, e que nele está inserido o corpo total com
todas as suas possibilidades, um corpo de ordem sensorial, e, portanto
estética.
(...) perceber o mundo, associar-se a ele e transformá-lo - estes são
os primeiros contatos da criança com o mundo que a cerca: contatos
estéticos, artísticos, organizadores de sensações, às quais atribui
valores e qualidades. Essa forma de pensar e se relacionar com o
mundo é uma forma estética de conhecê-lo e, com ele, dialogar. As
linguagens estéticas são cognitivas - são, em si mesmas,
conhecimento. (BOAL, p. 191).
Se observarmos o bebê nos seus primeiros meses de vida,
concluiremos o quanto neste início a forma de comunicação se dá por meio do
corpo. Por que perdemos isso, com o advento do pensamento simbólico? Será
que não nos é permitido equilibrar as duas possibilidades comunicativas?
Como anteriormente apontado, o trabalho com o jogo projetado
também é uma possibilidade com a linguagem dramática. Neste caso, o teatro
de formas animadas é uma estratégia da qual o professor pode se apropriar
para o trabalho com as crianças da pequena infância. Vejamos o conceito de
Slade para jogo projetado:
Jogo projetado é o drama no qual é usada a mente toda, mas o corpo
não é usado tão totalmente. Usam-se tesouros que ou assumem
caracteres da mente ou se tornam parte do local onde o drama
8. acontece. No jogo projetado típico não vemos o corpo inteiro sendo
usado. (...) É mais evidente nos estágios mais precoces da criança
pequena, que ainda não está pronta para usar o seu corpo totalmente
(1978, p. 19, 20).
Nesta estratégia o professor projeta por meio de fantoches ou
objetos animados e assim empresta sua voz e inventividade para animar
personagens, e estabelecer uma comunicação sensível com as crianças.
Possibilitar experiências em sala é permitir novos olhares sobre algo.
O mesmo ocorre com a prática teatral: tanto no jogo pessoal quanto no jogo
projetado signos do teatro podem ser acessíveis às crianças. É neste espaço
intermediário que o professor tem abertura para possibilitar experiências hoje
que terão repercussões futuras. Dessa maneira, a estratégia professor em
ação dramática justifica sua inserção no espaço infantil, considerando a sala de
aula como um espaço mediador.
4. Uma experiência significativa com a linguagem dramática no berçário
Entre muitas experiências destaca-se aqui a do CMEI Piquiri na
turma de berçário II, em que a professora utilizou-se do teatro como
possibilidade educativa, por meio do jogo pessoal. O ponto de partida, para
esta experiência se deu na observação das crianças em suas brincadeiras,
ficando evidentes suas interações. No início, a professora, se questionava e
procurava ver sentido nas práticas teatrais para esta faixa etária, perguntando-
se: será possível a formação do espectador desde a mais tenra infância?
Segundo Desgranges (2003) a promoção de experiências é um dos
fatores de grande importância na formação do espectador.
[…] a pedagogia do espectador está calcada fundamentalmente em
procedimentos adotados para criar o gosto pelo debate estético, para
estimular no espectador o desejo de lançar um olhar particular à peça
teatral, de empreender uma pesquisa pessoal na interpretação que
faz da obra, despertando seu interesse para uma batalha que se
trava nos campos da linguagem. Assim se contribui para formar
espectadores que estejam aptos a decifrar os signos propostos, a
elaborar um percurso próprio no ato de leitura da encenação […].
(2003, p.30).
Tendo em vistas tais necessidades, o professor assume o papel de
personagem permitindo-se ser outro, conscientemente, na busca de alcançar
os seus objetivos pedagógicos com a linguagem dramática. Este trabalho não
teve seu início e fim apenas nos momentos em que o professor em ação
dramática, no papel de um personagem, esteve em sala. Houve a necessidade
de criar um ambiente próprio para o acesso do personagem escolhido, uma
mediação de maneira a preparar a visita do personagem. Para isso criaram-se
repertórios com elementos que remetessem ao visitante, o que foi realizado por
meio da apreciação de imagens fotográficas, áudio, filmagens curtas,
manipulação de adereços cênicos (figurinos, maquiagem e também com
elementos de iluminação como o uso de sombras).
9. Após as atividades as crianças assistiam às filmagens realizadas.
Este procedimento visava o fortalecimento da identidade das mesmas
contribuindo com sua formação espectadora. Para Rosseto (2008, p. 78) os
professores podem [...] utilizar exibições de trechos de registros em vídeo das
atividades desenvolvidas em sala de aula. Os alunos geralmente demonstram
muito interesse em se descobrir por meio das imagens apresentadas.
As crianças desta faixa etária estão adquirindo gradativamente o
próprio domínio corporal. O adulto por sua vez, possuidor desta habilidade,
pode promover em si tal experiência, mas compreendendo que as crianças
necessitam de um espaço aberto para a experimentação com o seu corpo e o
do outro. (...) o professor renuncia à centralização, à onisciência e ao controle
onipotente, e reconhece o aluno ativo nas situações de ensino, sendo sujeito
de sua aprendizagem; sua espontaneidade e criatividade são constantemente
estimuladas. (LOMBARDI, 2005.p.53).
Na primeira caracterização, a professora optou em personificar-se de
cachorro. A escolha deste personagem se baseou no fato deste animal chamar
a atenção das crianças durante a apreciação de materiais. Algumas crianças
referiam-se como: “au, au” outras já o chamavam de cachorro. Nesta idade,
mesmo não apresentando um vocabulário oral extenso, elas já elaboravam um
entendimento de diversas situações:
O que a criança compreende, de início, é certamente muito ligado à
situação, ao desenvolvimento concreto de uma forma familiar. O
caráter particular da linguagem que o adulto dirige à criança lhe
fornece índices que lhe permitem progressivamente descobrir-se no
discurso de outrem [...] (AIMARD,1986. P.42).
O primeiro encontro durou cerca de 20 minutos com 14 crianças
presentes. Por detrás da porta da sala o cachorro latiu por um instante, ao que
G.V.F.Pv
(1 ano e 8 meses) esboçou um choro e se aconchegou no colo da
outra professora. As crianças estavam sentadas sobre um grande tapete
emborrachado. O cão entra no espaço cheirando o chão e também as próprias
crianças, aos poucos elas se aproximam do personagem um pouco inseguras
em tocá-lo.
K.T.S.A (1 ano e 7 meses) se interessa por um pequeno tambor que
o animal segurava, percebendo isto o cachorro chacoalha o instrumento
emitindo um som e o vínculo entre personagem e criança vai sendo efetivado,
pois o menino faz carícias no cão. Y.V.S.P (1 ano e 5 meses), por sua vez,
rodeia o personagem por diversas vezes e ao aproximar-se sorri saindo
rapidamente começando uma brincadeira de pega-pega, o cachorro se
esconde por de trás de uma cortina e as crianças se aproximaram em uma
procura.
A atividade desenrola-se tranquilamente e o fato do personagem
escolhido estar disposto na altura das crianças facilita sua comunicação e
proximidade com elas, que respondem com toques, acariciando ou
aparentemente brigando com o cão.
A segunda experiência foi focada na exploração de tecidos coloridos.
A personagem utilizou um figurino todo preto e maquiagem branca em todo o
rosto. As crianças estavam presentes durante a pintura, A.L.O.P (1 ano e 7
10. meses) observa atentamente este momento, porém não querendo se
aproximar. Na sala as crianças demonstraram insegurança no primeiro
encontro, algumas reagiram com choro, a personagem ajoelhou-se na sala e
com uma pequena caixa de madeira fez sons ao batê-la na parede, aos poucos
a turma foi se acalmando.
Do interior da caixa eis que surge um grande tecido lilás e G.V.F.P se
aproxima tentando assoprá-lo. Ao surgir o tecido amarelo G.V.F.P. pega o
primeiro pano, cobre sua própria cabeça e sai pela sala. Y.V.S.P. fica
interessado por uma caixa de sapato em que a personagem dava pequenas
batidas e assim partilha da mesma ação. De dentro desta caixa surgem mais
dois tecidos, um preto e outro branco, com os quais a personagem se cobre e
movimenta-se pelo espaço. Ao final todos os tecidos foram amarrados
formando uma grande corrente colorida onde as crianças interagiram ora
cobrindo o próprio corpo e também puxando os tecidos para si.
Outra ilustração da estratégia professor em ação dramática ocorreu
no mês de setembro e estavam presentes em sala 15 crianças. A
caracterização planejada foi de gato, a vestimenta da personagem foi feita com
uma roupa toda preta, uma touca peluciada e a cauda feita com o mesmo
tecido da touca.
Ao entrar na sala simulando o caminhar de um gato a professora foi
acompanhada por Y.V.S.P que também estava engatinhando .Instantes depois
L.S.O. (2 anos completos) começou a participar da ação. Neste momento
grande parte da turma estava sentada próxima a outra professora da turma.
G.V.F.P pegou uma bola de plástico e jogou para o gato, que entrou na
brincadeira. Nesta altura da atividade as crianças estavam mais soltas e
caminhavam pela sala interagindo com o personagem, Y.V.S.P. , L.V.L.S (1
ano e 10 meses), C.G.P (1 ano e 9 meses) e L.S.O participaram de uma
brincadeira de perseguição com o gato. Um dos pontos marcantes nesta
prática foi o fato das crianças traçarem corporalmente um diálogo com o
personagem, buscando formas corporais semelhantes a do animal.
Ilustrou-se neste trabalho apenas três experiências ocorridas na
turma de berçário II utilizando o trabalho do professor em ação dramática,
porém muitas outras propostas foram executadas.
5. Considerações finais
As crianças estão abertas para as descobertas, cabe ao professor
trazer experiências significativas, com vivências interessantes para as suas
aprendizagens. Trabalhar com a educação infantil requer do professor olhar e
escuta sensíveis, pois com base em Ostetto (2007, p. 35),
Para uma prática educativa que pretenda respeitar o tempo da
infância, é essencial olhar a criança, os movimentos dos grupos:
vendo, ouvindo e acolhendo suas perguntas, seus achados, suas
descobertas – seja por meio do choro, balbucio, do gesto, do
movimento ou da palavra.
11. Desta maneira, é pertinente discutir o papel do professor no faz de
conta infantil, como personagem que atua para e com as crianças, inserindo-as
no universo mágico de histórias e narrativas que permeiam a construção do
imaginário infantil. Na ampliação de repertórios brincantes, ele participa das
ações dramáticas, indo ao encontro das crianças com personagens, criando
uma comunicação pelo canal sensível com elas. O professor na ação
dramática é uma proposta em que pela via do lúdico e do encantamento,
acentua-se o ser criança, constituindo-se num respeito pela infância na ação
educativa.
i
Pequena infância – Crianças de 0 a 6 anos de idade.
ii
Jogos de papeis – Também denominado jogo simbólico, jogo protagonizado, jogo de faz de
conta ou jogo dramático, a ênfase aqui é para as ações brincantes das crianças nesta faixa
etária, quando brincam de ser outra pessoa ou outro personagem espontaneamente ou com
mediação.
iii
Cultura infantil ou cultura da infância – termo utilizado por estudiosos como Sarmento (2005),
Corsaro (2011), entre outros... da Sociologia da Infância, que compreendem a criança como
ator social, agente ativo de seu tempo e espaço, na sua cultura.
iv
Professor em ação dramática – conceito usado em caráter experimental para a estratégia
com a educação infantil, no ensino fundamental a estratégia chama-se professor-personagem
conceituado e estudado por CABRAL, B. A. V. Drama como método de ensino. São Paulo:
Hucitec, 2006.
v
As siglas foram utilizadas para garantir o anonimato das crianças.
REFERÊNCIAS
AIMARD, P. A linguagem da Criança. Porto Alegre : Artes Médicas, 1986.
BOAL, A. Jogos para atores e não atores. Rio de Janeiro: civilização brasileira,
2009.
_________ Quando nasce um bebê. O pensamento sensível e o pensamento
simbólico no teatro do oprimido. Revista Sala Preta, São Paulo, n. 6, 2006, p.
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