1. Composição Química de
Baccharis dracunculifolia,
Fonte Botânica das Própolis
dos
Estados de São Paulo e
Minas Gerais
Caetana Aparecida Coevas
Fatec Capão Bonito – Tecnologia em Silvicultura
Disciplina: Bioquímica – 2º semestre / 2010
2. Severino Matias de Alencar
Cláudio Lima de Aguiar
Julio Paredes-Guzmán
Yong Kun Park
Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz”
(ESALQ)
Universidade Norte do Paraná (UNOPAR)
Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP)
Ciência Rural, v.35, n.4, jul-ago, 2005
3. Introdução
A própolis é uma substância
resinosa coletada pelas
abelhas africanizadas (Apis
mellifera) de diversas partes
das plantas como: gemas
vegetativas, botões florais e
dos cortes nas cascas dos
vegetais
Sua composição, cor, odor e
propriedades medicinais
dependem da época,
vegetação disponível e local
de coleta.
4. A própolis possui várias
propriedades biológicas como
atividade antimicrobiana,
antiinflamatória, cicatrizantes,
anestésica, entre outras.
Atualmente, a própolis é
usada, principalmente,pelas
indústrias de cosméticos e
farmacêutica
5. Justificativa
A determinação da origem botânica da própolis
revela-se de importância fundamental, já que é o
principal fator determinante da sua composição e
portanto das suas propriedades.
A sua origem geográfica e, principalmente, a
origem botânica aliada à fenologia da planta
hospedeira, faz-se importante no controle de
qualidade e até mesmo na padronização das
amostras de própolis para uma efetiva aplicação
terapêutica.
6. Objetivos
O objetivo deste trabalho foi
avaliar por meio de técnicas
de análise fitoquímica, se a
espécie vegetal de B.
dracunculifolia (alecrim-do-
campo), família Asteraceae, é
a fonte vegetal utilizada pelas
abelhas Apis mellifera para a
elaboração da própolis
produzida nos estados de São
Paulo e Minas Gerais.
7. Materiais e Métodos
As amostras de própolis
foram coletadas em
municípios do estado de
São Paulo (Mogi Mirim,
Mogi Guaçu, Amparo,
Socorro, Campos de
Jordão e Pinhalzinho) e
em Minas Gerais (Belo
Horizonte, Carvalhópolis,
Bambuí, Juiz de Fora e
Nova Lima), num total de
58 amostras.
8. As gemas vegetativas
contendo a resina
vegetal da Baccharis
dracunculifolia foram
coletadas nas cidades
de Mogi Mirim-SP e
Campinas-SP e em
Bambuí-MG.
9. Os E.E.P (extratos etanólicos de própolis ) foram
preparados a partir da adição de 15mL de etanol
(80%) a 2 gramas de própolis trituradas e
homogeneizada.
A extração foi feita a 70°C por 30 minutos e sob
agitação constante. Em seguida foi realizada
centrifugação a 5°C por 10 minutos. Os
sobrenadantes obtidos foram homogeneizados e
acondicionados a 5°C.
10. Os E.M.V (extratos metanólicos vegetais) foram
obtidos pela extração de 2 gramas de gemas
vegetativas em 10 mL de metanol por 30
minutos a 60°C, seguida de centrifugação a 5°C
por 10 minutos. Os sobrenadantes obtidos
foram armazenados a 5°C.
11. Os extratos alcoólicos
foram analisados através
de espectrofotometria
na região U.V. Visível,
cromatografia em
camada delgada de alta
eficiência em fase Conjunto Cromatógrafo Gasoso –
Espectrômetro de Massa
reversa (CCDAE-FR),
cromatografia líquida de
alta eficiência em fase
reversa (CLAE-FR) e
cromatografia gasosa
com espectrometria de
massas (CG-EM). Espectrofotômetro UV-Visível
12. Resultados e Discussão
Os resultados obtidos mostram um perfil químico
semelhante entre o E.E.P e o E.M.V, sendo
confirmados 18 substâncias químicas idênticas nas
duas amostras.
Entre as substâncias identificadas estão alta
proporção de artepilin C, vários derivados do ácido
cinâmico entre outras substâncias de valor medicinal.
13. Quando se comparam os picos não identificados
do E.E.P e o E.M.V observa-se o mesmo padrão
de fragmentação indicando que podem se tratar
da mesma substância química.
Através da análise dos resultados obtidos pode-
se dizer que o perfil das própolis desses estados
é similar à resina de B. dracunculifolia, tendo
possivelmente a sua origem nessa espécie
vegetal.
14.
15.
16. Conclusões
Nos estados de Minas Gerais e São Paulo, há
somente um tipo majoritário de própolis, isso indica
que são poucas espécies vegetais fornecedoras de
resina para a elaboração da própolis.
O grande número de compostos identificados e
confirmados pelas técnicas usadas, pode-se
concluir que a resina da espécie vegetal de B.
dracunculifolia é a principal fonte de resina para a
elaboração da própolis nesses estados.