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Rdf 9 supl1_p35-36
1. 108 Revista de Fitoterapia 2009; 9 (S1)
P36 Inadequabilidade de Leito de Jorro como preparação farmacêutica para Bauhinia forficata no trata-
mento do diabetes experimental
M.T. Pepato a
, C.Q. Conceição a
, V.O. Gutierres a
, R.C. Vendramini a
, C.R.F. Souza b
, W.P. Oliveria b
, I.L. Brunetti a
a
Fac. Ciências Farmac-UNESP-Depto. Análises Clínicas- R Expedicionários do Brasil no
1621, CP 502, Araraquara-SP-Brasil.
b
Fac. Ciências Farmac-USP- Lab Processos Farmacêuticos-Av do café s/no
, Ribeirão Preto-SP-Brasil.
Em trabalho anterior evidenciamos o efeito benéfico do decocto de Bauhinia forficata sobre o diabetes experimental, porém não
com a potencialidade da insulina (1)
. Para a continuidade do estudo, avaliamos os parâmetros fisiológicos, bioquímicos e toxicoló-
gicos no tratamento com B. forficata através da preparação Leito de Jorro, o que permitiu a duplicação da concentração. Extracto:
folhas sêcas e moídas em EtOH:H2
O 70%-50o
C-1h, filtragem e concentração em evaporador rotativo. O extracto acrescido de
Tixosil 333 foi secado em Leito de Jorro (2)
. Após a indução do diabetes (50 mg estreptozotocina/kg peso) os ratos foram tratados 2
vezes/dia (35 dias) com: H2
O (DA-0,5mL), insulina subcutânea (DI-8,33U/mL/rato), Tixosil de menor concentração (DT< -4,69x10-2
g/
mL) e de maior concentração (DT> - 9,37x10-2
g/mL), B. forficata de menor concentração (DB< - 0,125g/mL) e de maior concentração
(DB> - 0,25g/mL). A cada 7 e/ou 15 dais determinamos: ingestão hídrica e alimentar, volume urinário, peso corporal, uréia e glicose
urinárias, proteinúria, glicemia. Marcadores de toxicidade hepática (transaminases e ALP séricas) foram quantificados antes e
após o tratamento e os lipídeos séricos e os pesos de tecidos adiposos e de músculos esqueléticos foram avaliados no sacrifício.
A análise estatística revelou: i) DI mostrou redução de todos os parâmetros e aumento do peso corporal; ii) ausência de efeito
sobre os parâmetros fisiológicos e metabólicos caracteristicamente alterados, exceto DI; iii) presença de toxicidade decorrente do
diabetes (3)
e do tratamento com B. forficata-Leito de Jorro uma vez que os grupos DB< e DB> apresentaram maiores actividades
das 3 enzimas que o grupo DA. Sugerimos que a toxicidade pode ter sido originada por produtos secundários dos constituintes da
planta e/ou por interação com Tixosil. Concluímos que Leito de Jorro não é indicado ao tratamento e que a forma farmacêutica é
essencial para o efeito terapêutico e/ou para a toxidade.
Agradecimento: Apoio financeiro- FUNDUNESP, FAPESP e PADC-Araraquara e auxílio técnico- Marcos A. Dangona.
Referências: 1. Pepato MT, Keller EH (et al. (2002) J Ethnopharmacol 81:191-7. 2. Souza CRF, Bott RF et al. (2007) Lat Am J Pharm 26:
682-90. 3. Mori DM, Baviera AM et al. (2003) Biotechnol Appl Biochem (2003) 38: 183-91.
P35 Composição e actividade antimicrobiana dos óleos voláteis de Drimys brasiliensis Miers colectadas
em duas áreas distintas da Mata Atlântica
Juliana de Freitas a
, Marcos E. L. Lima a,b
, Inês Cordeiro b
, Paulo R. H. Moreno a
a
Instituto de Química - USP, P.O. Box 26077, 05513-970, São Paulo, SP, Brasil.
b
Instituto de Botânica/SMA, P.O. Box 3005, 01061-970, São Paulo, SP, Brasil.
Infusões das cascas de Drimys spp. (Winteraceae) são empregadas na medicina popular no tratamento de várias afecções incluin-
do úlceras, câncer, dores e como substituto da quinina no tratamento da malária e em outras condições febris (1)
. D. brasiliensis
Miers é a única espécie reportada para o Brasil, nos óleo voláteis de plantas colectadas no sul do Brasil e no bioma Cerrado, a
ciclocolorenona foi composto majoritário (2-3)
. Assim, o objectivo desse trabalho foi analisar a composição química de espécimes
de D. brasiliensis com ocorrência em duas áreas de Mata Atlântica (Campos do Jordão e Paranapiacaba, SP, Brasil) e sua activi-
dade antimicrobiana. Os óleos voláteis foram extraídos das folhas secas por hidrodestilação durante 4 h e a composição química
foi determinada por CG/EM. A actividade antimicrobiana foi avaliada pelo método de microdiluição (4)
frente a Aspergillus niger,
Candida albicans, Escherichia coli e Staphylococcus aureus. Os óleos de ambos espécimes apresentaram uma composição seme-
lhante com excepção do sesquiterpeno maioritário, nas plantas de Campos do Jordão o composto maioritário foi a ciclocolorenona
(21,0 %) e nas de Paranapicaba foi o espatulenol (13,9 %). Esses resultados, em conjunto com publicações anteriores, indicam
que existem duas variedades químicas para esta espécie no Brasil. O ensaio antimicrobiano demonstrou que ambas variedades
eram capazes de inibir quase completamente o crescimento dos fungos, A. niger and C. albicans, e a bactéria Gram+ S. aureus.
Contudo, o óleo das plantas de Paranapiacaba não foi capaz de inibir o crescimento de E. coli, enquanto o outro grupo apresentou
uma leve inibição (17,5 %) a qual poderia ser atribuída á presença da ciclocolorenona nestas plantas, uma vez que esse composto
não foi detectado nas plantas.
Agradecimentos: FAPESP, CNPq.
Referências: 1. Cechinel-Filho, V et al. (1998) J. Ethnopharmacol. 62:223-7. 2. Limberger, R.P. et al. (2007) Biochem. System. Ecol. 35:130-7.
3. Limberger, R.P. et al. (2008) J. Essent. Oil Res. 20:504-5 4. Devienne, K.F., Raddi, M.S.G (2002) Braz. J. Microbiol. 33:166-8.