Seminários LabPC I
Design Computacional – Aula 02



Prof. Hugo Cristo, Msc.
Doutorando em Psicologia PPGP/UFES
@hugocristo / www.hugocristo.com.br

Universidade Federal do Espírito Santo
Centro de Artes / Departamento de Desenho Industrial
Laboratório de Psicologia da Computação - LabPC
@ufeslabpc / www.labpc.com.br

Projeto Computação para Todos
@computacaotodos / www.computacaoparatodos.com.br


UFES · JULHO DE 2012
temas




Quinta
3. Abstração e Automação: Algoritmos como projeto
4. A formalização de sistemas cognitivos

Sexta
5. Teoria e prática do Design Computacional
Abstração e
Automação.
Abstração e
Automação.
Elementos da UX
Garret propôs um modelo onde a
experiência do usuário seria estruturada
em cinco planos, do abstrato (estratégia)
ao concreto (superfície).Valores do
negócio transformam-se em design visual
por um processo de abstração.
Abstração da caixa-preta
Um objeto pode ter um comportamento
inexplicável apenas por observação. Seu
funcionamento é perfeito apesar do
usuário desconhecer os detalhes das suas
operações internas. Uma vez aberto, esse
objeto pode conter outras caixas-pretas.
Dois níveis de análise para as abstrações
Wing (2008) defende que primeiro nível
contempla a abstração de procedimentos
em algoritmos, os sistemas formais
nos termos de expressões válidas
em linguagens de programação, ou na
previsão de falhas e erros a partir de
restrições e limitações de projeto.
A abstração do trabalho em camadas
O segundo nível de abstração descreve
três camadas: 1) a de interesse; 2) aquela
imediatamente abaixo onde ocorrem os
processos computacionais subjacentes;
e 3) outra imediatamente acima, onde
os resultados das ações na camada de
interesse seriam observados.
Abstração e
Automação.
Abstração versus automação
Wing (2008) afirma que o processo de
automação consiste na mecanização das
abstrações, das camadas de abstração e
das relações entre elas.
Abstração e Automação
Os dois processos são lados de uma
mesma moeda: a atividade, operação ou
existência (vida?) do sistema cibernético.
Algoritmos, por Donald Knuth
Cinco características importantes para
além da noção de “receita”: finitude,
distintividade, entradas, saídas e eficácia.
A formalização
de sistemas
cognitivos.
A formalização
de sistemas
cognitivos.
Design, computação e cognição
William J. Mitchell propôs um sistema
formal para o projeto arquitetônico
inspirado nas ciências cognitivas.
Vocabulário, transformação, combinação
A proposta de Mitchell estabeleceu uma
lógica do discurso arquitetônico baseada
numa gramática das formas projetuais.
A formalização da síntese
Christopher Alexander propôs um
esquema similar ao de Mitchell em 1964,
sendo o precursor dos design patterns.
Gramáticas computacionais universais
Mitchell e Alexander compartilham
das raízes lógicas e computacionais da
linguagem elaboradas por Chomsky.
F

      SN               SV

Det        N       V          SN

O      Hugo    bebeu    Q                N

                       toda        Det       N

                                    a    Coca-cola
Ordem

          Pedestal                       Coluna

Cornija   Sóculo     Dado       Fuste     Base    Capitel

 A-D        E-H       I-L       M ou N    O-T      U-Z


                      Estilo Toscano
Estado 1             operador                   Estado 2




Instanciamento         Transformações   Combinações        Substituição        Álgebras
Formas primitivas      Translação       Operação Unária    A por B             Um vocabulário V
Formas abstratas       Rotação          Operação Binária   Todos os As por B   Operadores T
Vocabulário            Reflexão         União              As por Bs           Combinações C
                       Escala           Intersecção
                       Estiramento      Substração
                       Projeções        Booleanas
Arquitetura Paramétrica
http://tinyurl.com/labpc-descomp-1
Kunsthaus Graz: Bix Facade
http://youtu.be/Uq1lkrtAJ_0
Identidades Generativas
http://tinyurl.com/labpc-descomp-2
Sagmeister: Casa da Música
http://tinyurl.com/labpc-descomp-3
Cop15
http://tinyurl.com/labpc-descomp-4
Sketch Chair
https://vimeo.com/9488518
A formalização
de sistemas
cognitivos.
unidades


perturbações


meio
Como formalizar a “vida” cibernética?
Um sistema autônomo e autopoiético
precisa ser definido nos termos das suas
operações internas – ser “ele mesmo”.
produção

sistema aberto                    1          2    3



                       intervenção externa




                                       produção

sistema fechado                   1          2    3




                  feedback
[ G R E E N F I E L D ] E V E RY WA R E   [ STERLING ] SPIME   [ M E I R A ] S P I M E WA R E
spimeware 1. está na rede; 2. é wireless; 3. é múltiplo [pode haver uma infinidade de
cópias] mas 4. é identificável de forma única e 5. obedece ao princípio SFO [search, find,
obtain] mas 6. é imperceptível [a “olho nu”] porque 7. está embarcado, embutido em coisas
e, também por causa disso, 8. tem interface “invisível”. ainda mais, spimeware 9. carrega seu
próprio plano de construção, uso e reciclagem e 10. guarda ou deposita na rede seu rastro
histórico. [adam greenfield + bruce sterling + silvio meira]
Perguntas para uma teoria acerca da formalização
computacional de sistemas cognitivos:

Como formalizar um sistema autônomo e autopoiético
capaz de estabelecer acoplamentos estruturais com o
meio ou outros sistemas?

Como conceber suas operações internas nos termos
de computações? Como abstrair e automatizar sua ação
de forma a exibir um comportamento típico de uma
entidade da sua “natureza”?

Quais são os estados, gramáticas, sintaxes, vocabulários
e operadores necessários para descrever e escrever, de
modo universal, um comportamento a ser projetado?
Debate! :)




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Centro de Artes / Departamento de Desenho Industrial
Laboratório de Psicologia da Computação - LabPC
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Projeto Computação para Todos
@computacaotodos / www.computacaoparatodos.com.br


UFES · JULHO DE 2012

Seminários do LabPC I: Design Computacional (Aula 02)

  • 1.
    Seminários LabPC I DesignComputacional – Aula 02 Prof. Hugo Cristo, Msc. Doutorando em Psicologia PPGP/UFES @hugocristo / www.hugocristo.com.br Universidade Federal do Espírito Santo Centro de Artes / Departamento de Desenho Industrial Laboratório de Psicologia da Computação - LabPC @ufeslabpc / www.labpc.com.br Projeto Computação para Todos @computacaotodos / www.computacaoparatodos.com.br UFES · JULHO DE 2012
  • 2.
    temas Quinta 3. Abstração eAutomação: Algoritmos como projeto 4. A formalização de sistemas cognitivos Sexta 5. Teoria e prática do Design Computacional
  • 3.
  • 4.
  • 7.
    Elementos da UX Garretpropôs um modelo onde a experiência do usuário seria estruturada em cinco planos, do abstrato (estratégia) ao concreto (superfície).Valores do negócio transformam-se em design visual por um processo de abstração.
  • 8.
    Abstração da caixa-preta Umobjeto pode ter um comportamento inexplicável apenas por observação. Seu funcionamento é perfeito apesar do usuário desconhecer os detalhes das suas operações internas. Uma vez aberto, esse objeto pode conter outras caixas-pretas.
  • 10.
    Dois níveis deanálise para as abstrações Wing (2008) defende que primeiro nível contempla a abstração de procedimentos em algoritmos, os sistemas formais nos termos de expressões válidas em linguagens de programação, ou na previsão de falhas e erros a partir de restrições e limitações de projeto.
  • 13.
    A abstração dotrabalho em camadas O segundo nível de abstração descreve três camadas: 1) a de interesse; 2) aquela imediatamente abaixo onde ocorrem os processos computacionais subjacentes; e 3) outra imediatamente acima, onde os resultados das ações na camada de interesse seriam observados.
  • 14.
  • 15.
    Abstração versus automação Wing(2008) afirma que o processo de automação consiste na mecanização das abstrações, das camadas de abstração e das relações entre elas.
  • 16.
    Abstração e Automação Osdois processos são lados de uma mesma moeda: a atividade, operação ou existência (vida?) do sistema cibernético.
  • 17.
    Algoritmos, por DonaldKnuth Cinco características importantes para além da noção de “receita”: finitude, distintividade, entradas, saídas e eficácia.
  • 18.
  • 19.
  • 20.
    Design, computação ecognição William J. Mitchell propôs um sistema formal para o projeto arquitetônico inspirado nas ciências cognitivas.
  • 21.
    Vocabulário, transformação, combinação Aproposta de Mitchell estabeleceu uma lógica do discurso arquitetônico baseada numa gramática das formas projetuais.
  • 22.
    A formalização dasíntese Christopher Alexander propôs um esquema similar ao de Mitchell em 1964, sendo o precursor dos design patterns.
  • 23.
    Gramáticas computacionais universais Mitchelle Alexander compartilham das raízes lógicas e computacionais da linguagem elaboradas por Chomsky.
  • 24.
    F SN SV Det N V SN O Hugo bebeu Q N toda Det N a Coca-cola
  • 25.
    Ordem Pedestal Coluna Cornija Sóculo Dado Fuste Base Capitel A-D E-H I-L M ou N O-T U-Z Estilo Toscano
  • 26.
    Estado 1 operador Estado 2 Instanciamento Transformações Combinações Substituição Álgebras Formas primitivas Translação Operação Unária A por B Um vocabulário V Formas abstratas Rotação Operação Binária Todos os As por B Operadores T Vocabulário Reflexão União As por Bs Combinações C Escala Intersecção Estiramento Substração Projeções Booleanas
  • 28.
  • 31.
    Kunsthaus Graz: BixFacade http://youtu.be/Uq1lkrtAJ_0
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  • 35.
    Sagmeister: Casa daMúsica http://tinyurl.com/labpc-descomp-3
  • 36.
  • 37.
  • 38.
  • 39.
  • 40.
    Como formalizar a“vida” cibernética? Um sistema autônomo e autopoiético precisa ser definido nos termos das suas operações internas – ser “ele mesmo”.
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    produção sistema aberto 1 2 3 intervenção externa produção sistema fechado 1 2 3 feedback
  • 44.
    [ G RE E N F I E L D ] E V E RY WA R E [ STERLING ] SPIME [ M E I R A ] S P I M E WA R E
  • 45.
    spimeware 1. estána rede; 2. é wireless; 3. é múltiplo [pode haver uma infinidade de cópias] mas 4. é identificável de forma única e 5. obedece ao princípio SFO [search, find, obtain] mas 6. é imperceptível [a “olho nu”] porque 7. está embarcado, embutido em coisas e, também por causa disso, 8. tem interface “invisível”. ainda mais, spimeware 9. carrega seu próprio plano de construção, uso e reciclagem e 10. guarda ou deposita na rede seu rastro histórico. [adam greenfield + bruce sterling + silvio meira]
  • 46.
    Perguntas para umateoria acerca da formalização computacional de sistemas cognitivos: Como formalizar um sistema autônomo e autopoiético capaz de estabelecer acoplamentos estruturais com o meio ou outros sistemas? Como conceber suas operações internas nos termos de computações? Como abstrair e automatizar sua ação de forma a exibir um comportamento típico de uma entidade da sua “natureza”? Quais são os estados, gramáticas, sintaxes, vocabulários e operadores necessários para descrever e escrever, de modo universal, um comportamento a ser projetado?
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    Debate! :) Prof. HugoCristo, Msc. Doutorando em Psicologia PPGP/UFES @hugocristo / www.hugocristo.com.br Universidade Federal do Espírito Santo Centro de Artes / Departamento de Desenho Industrial Laboratório de Psicologia da Computação - LabPC @ufeslabpc / www.labpc.com.br Projeto Computação para Todos @computacaotodos / www.computacaoparatodos.com.br UFES · JULHO DE 2012