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As provisões caracterizam-se por expectativas de obrigações ou de perdas de ativos
resultantes da aplicação do princípio contábil da prudência, que acarretam em uma
diminuição do patrimônio líquido da empresa. Enquanto as reservas são entendidas
como um reforço do patrimônio líquido da empresa, sendo que o valor guardado
evitará que este venha a ser afetado por eventuais resultados negativos nos exercícios
futuros. Ambas podem ser usadas em qualquer regime tributário. Provisão é uma
reserva de um valor para atender as despesas que se esperam. A provisão visa a
cobertura de um gasto já considerado certo ou de grande possibilidade de ocorrência,
enquanto as reservas são recursos acumulados no patrimônio líquido e visam manter a
integridade do capital social, garantir a realização de investimentos com recursos
próprios, além de serem utilizadas na compensação de prejuízos e no aumento do
capital. Existem dois tipos de reservas: Reservas de lucros; Reservas de capital e
existem dois tipos de provisões: Provisões ativas e Provisões passivas; São exemplos
de Provisões ativas: Provisão para redução ao valor de mercado, Provisão para perdas
prováveis na realização de investimentos; Exemplos de Provisões passivas: Provisão
para férias e encargos, Provisão para 13º salário, Provisão para gratificações a
empregados, Provisão para contribuição social e Provisão para imposto de renda. Em
relação às reservas, são exemplos destas: Reserva Legal, Reservas para Contingências,
Reservas Estatutárias; entre outras . A
depreciação é a perda de valor de um bem decorrente de seu uso, do desgaste natural
ou de sua obsolescência. Na contabilidade das empresas, essa depreciação é registrada
como um percentual do valor contábil do bem que é descontado ao longo do tempo, de
acordo com sua expectativa de vida útil. A depreciação se aplica no caso dos bens que
compõem o ativo permanente da empresa, aqueles que foram adquiridos com a
expectativa de serem usados por mais de um ano, alguns exemplos são as máquinas,
equipamentos e os veículos. Para fins tributários, a depreciação deve ser registrada no
balanço das empresas de acordo com as regras e os limites estabelecidos na legislação
fiscal. É a Receita Federal quem determina qual a vida útil estimada de um bem e,
com base nela, sua taxa anual de depreciação. A depreciação pode começar a ser
contada a partir da instalação do bem e, ao final do período de vida útil, não poderá
ultrapassar o custo de aquisição do ativo. A taxa de depreciação depende do desgaste
que o bem sofre com o uso. Por exemplo, as correias transportadoras e de transmissão
feitas de borracha, que precisam ser trocadas com alguma frequência, têm taxas de
depreciação anual de 50%. A partir dessa expectativa de vida útil é possível calcular a
depreciação anual de um bem.
Amortização Contábil é a operação usada na contabilidade para calcular e registrar a
perda de valor dos bens intangíveis da empresa. Bens intangíveis são aqueles que não
existem fisicamente, não têm existência material; é o caso de um direito de patente,
por exemplo. Assim como os bens materiais, eles perdem valor com o tempo. Os bens
intangíveis entram no ativo permanente, também chamado de fixo ou não circulante,
da empresa; uma categoria que reúne os ativos que não vão ser alienados em curto
prazo. Em outra palavra, reúne ativos que, a princípio, vão ficar com a empresa por
um bom tempo. O registro da depreciação dos bens intangíveis é o que é chamado de
amortização contábil. Também pode-se dizer que a amortização contábil corresponde
à perda de valor, não do bem intangível em si, mas do capital que foi usado para
adquirir esse bem. Um exemplo de amortização contábil: se o direito de patente foi
registrado com o valor de R$ 100 mil em 2015, porque foi esse o preço que a empresa
pagou por ele, esse mesmo direito vai ser registrado com valor inferior a R$ 100 mil
no balanço do ano seguinte, e ainda menor no próximo ano, até chegar a zero. O
cálculo dessa variação período a período é a amortização contábil.
A Exaustão se trata da redução do valor de investimentos necessários à exploração de
recursos minerais ou florestais. À medida que os recursos minerais vão se exaurindo,
registra-se na contabilidade, simetricamente conhecida como jazida, a quota de
exaustão. Alguns exemplos de bens que sofrem os efeitos da Exaustão: Florestas,
Jazidas de metais (ferro, ouro, alumínio, etc.), Jazidas de rochas, Canaviais ou
pastagens e Reservas de petróleo; entre outros.

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  • 1. As provisões caracterizam-se por expectativas de obrigações ou de perdas de ativos resultantes da aplicação do princípio contábil da prudência, que acarretam em uma diminuição do patrimônio líquido da empresa. Enquanto as reservas são entendidas como um reforço do patrimônio líquido da empresa, sendo que o valor guardado evitará que este venha a ser afetado por eventuais resultados negativos nos exercícios futuros. Ambas podem ser usadas em qualquer regime tributário. Provisão é uma reserva de um valor para atender as despesas que se esperam. A provisão visa a cobertura de um gasto já considerado certo ou de grande possibilidade de ocorrência, enquanto as reservas são recursos acumulados no patrimônio líquido e visam manter a integridade do capital social, garantir a realização de investimentos com recursos próprios, além de serem utilizadas na compensação de prejuízos e no aumento do capital. Existem dois tipos de reservas: Reservas de lucros; Reservas de capital e existem dois tipos de provisões: Provisões ativas e Provisões passivas; São exemplos de Provisões ativas: Provisão para redução ao valor de mercado, Provisão para perdas prováveis na realização de investimentos; Exemplos de Provisões passivas: Provisão para férias e encargos, Provisão para 13º salário, Provisão para gratificações a empregados, Provisão para contribuição social e Provisão para imposto de renda. Em relação às reservas, são exemplos destas: Reserva Legal, Reservas para Contingências, Reservas Estatutárias; entre outras . A depreciação é a perda de valor de um bem decorrente de seu uso, do desgaste natural ou de sua obsolescência. Na contabilidade das empresas, essa depreciação é registrada como um percentual do valor contábil do bem que é descontado ao longo do tempo, de acordo com sua expectativa de vida útil. A depreciação se aplica no caso dos bens que compõem o ativo permanente da empresa, aqueles que foram adquiridos com a expectativa de serem usados por mais de um ano, alguns exemplos são as máquinas, equipamentos e os veículos. Para fins tributários, a depreciação deve ser registrada no balanço das empresas de acordo com as regras e os limites estabelecidos na legislação fiscal. É a Receita Federal quem determina qual a vida útil estimada de um bem e, com base nela, sua taxa anual de depreciação. A depreciação pode começar a ser contada a partir da instalação do bem e, ao final do período de vida útil, não poderá ultrapassar o custo de aquisição do ativo. A taxa de depreciação depende do desgaste que o bem sofre com o uso. Por exemplo, as correias transportadoras e de transmissão feitas de borracha, que precisam ser trocadas com alguma frequência, têm taxas de depreciação anual de 50%. A partir dessa expectativa de vida útil é possível calcular a depreciação anual de um bem. Amortização Contábil é a operação usada na contabilidade para calcular e registrar a perda de valor dos bens intangíveis da empresa. Bens intangíveis são aqueles que não existem fisicamente, não têm existência material; é o caso de um direito de patente, por exemplo. Assim como os bens materiais, eles perdem valor com o tempo. Os bens
  • 2. intangíveis entram no ativo permanente, também chamado de fixo ou não circulante, da empresa; uma categoria que reúne os ativos que não vão ser alienados em curto prazo. Em outra palavra, reúne ativos que, a princípio, vão ficar com a empresa por um bom tempo. O registro da depreciação dos bens intangíveis é o que é chamado de amortização contábil. Também pode-se dizer que a amortização contábil corresponde à perda de valor, não do bem intangível em si, mas do capital que foi usado para adquirir esse bem. Um exemplo de amortização contábil: se o direito de patente foi registrado com o valor de R$ 100 mil em 2015, porque foi esse o preço que a empresa pagou por ele, esse mesmo direito vai ser registrado com valor inferior a R$ 100 mil no balanço do ano seguinte, e ainda menor no próximo ano, até chegar a zero. O cálculo dessa variação período a período é a amortização contábil. A Exaustão se trata da redução do valor de investimentos necessários à exploração de recursos minerais ou florestais. À medida que os recursos minerais vão se exaurindo, registra-se na contabilidade, simetricamente conhecida como jazida, a quota de exaustão. Alguns exemplos de bens que sofrem os efeitos da Exaustão: Florestas, Jazidas de metais (ferro, ouro, alumínio, etc.), Jazidas de rochas, Canaviais ou pastagens e Reservas de petróleo; entre outros.