O livro analisa a filosofia brasileira, examinando seus autores e contribuições mais importantes. Cabrera defende uma concepção pluralista da filosofia e critica a visão reducionista dos "técnicos da filosofia". Ele também desenvolve seu próprio pensamento sobre lógica, ética e a relação entre filosofia e cinema.
Conceito de Raça Aplicado ao Contexto Brasileiro Ontem e HojeKatia Monteiro
1) O documento discute o conceito de raça aplicado ao contexto brasileiro segundo autores como Boas, Lévi-Strauss, Schwarcz, José Jorge de Carvalho e Peter Fry.
2) Boas e Lévi-Strauss rejeitam a noção de raça como biológica e defendem o relativismo cultural, enquanto Schwarcz descreve duas visões de raça no Brasil do século XIX.
3) José Jorge de Carvalho defende cotas raciais e Peter Fry prioriza a conceituação cultural e escola pública
Resenha da acadêmica Sintea Rause para a disciplina de Antropologia & cosmovisão, contrastando os textos de François Laplantine e Adalberto Dias Carvalho.
1) O documento discute reflexões sobre o "Homo Sociologicus", ou seja, como a sociologia representa o ser humano típico.
2) Existem dois modelos principais: o homem durkheimiano, que vê a sociedade como precedente ao indivíduo, e o homem weberiano, que enfatiza mais a agência individual.
3) Há uma tensão entre essas visões na sociologia, refletindo o dilema entre solidariedade social versus emancipação individual.
O documento discute a evolução do paradigma científico dominante nos últimos 20 anos e a consolidação de um novo paradigma sócio-epistemológico. Boaventura de Sousa Santos afirma que as principais mudanças foram: 1) o deslocamento do discurso epistemológico da física para as ciências da vida; 2) o surgimento de novas fracturas entre paradigmas; 3) o reconhecimento do caráter parcial do conhecimento científico. Defende que o novo paradigma emergente promove o diá
Neste artigo a autora tem como propósito discutir a relação entre perspectivas teóricas e o meio
histórico e sócio-cultural no qual se desenvolvem, tema que toca de leve a
grande questão da universalidade da ciência.
Renovar a teoria crítica e reinventar a emancipação social (boaventura de sou...Lívia Willborn
Este documento apresenta informações sobre a equipe responsável pela publicação do livro "Renovar a teoria crítica e reinventar a emancipação social" de Boaventura de Sousa Santos, incluindo editora, tradução, revisão, design da capa e produção.
1) O documento apresenta resumos de 25 obras filosóficas essenciais, incluindo livros de autores como Kant, Debord, Beauvoir e Russell.
2) As obras datam de diferentes épocas e abordam temas como moral, religião, gênero, poder e história da filosofia.
3) Entre os destaques estão "A Sociedade do Espetáculo" de Guy Debord, "O Segundo Sexo" de Simone de Beauvoir e "Crítica da Razão Pura" de Kant.
Condição humana contra natureza diálogo entre adriana cavarero e judith butlerÉderson Luís Silveira
Este artigo resume um diálogo entre as filósofas feministas Judith Butler e Adriana Cavarero sobre a existência de uma natureza humana. Cavarero defende que a diferença entre homens e mulheres é fundamental e essencial, enquanto Butler argumenta que o gênero é construído socialmente. O artigo também fornece contexto biográfico sobre o trabalho de Cavarero.
Conceito de Raça Aplicado ao Contexto Brasileiro Ontem e HojeKatia Monteiro
1) O documento discute o conceito de raça aplicado ao contexto brasileiro segundo autores como Boas, Lévi-Strauss, Schwarcz, José Jorge de Carvalho e Peter Fry.
2) Boas e Lévi-Strauss rejeitam a noção de raça como biológica e defendem o relativismo cultural, enquanto Schwarcz descreve duas visões de raça no Brasil do século XIX.
3) José Jorge de Carvalho defende cotas raciais e Peter Fry prioriza a conceituação cultural e escola pública
Resenha da acadêmica Sintea Rause para a disciplina de Antropologia & cosmovisão, contrastando os textos de François Laplantine e Adalberto Dias Carvalho.
1) O documento discute reflexões sobre o "Homo Sociologicus", ou seja, como a sociologia representa o ser humano típico.
2) Existem dois modelos principais: o homem durkheimiano, que vê a sociedade como precedente ao indivíduo, e o homem weberiano, que enfatiza mais a agência individual.
3) Há uma tensão entre essas visões na sociologia, refletindo o dilema entre solidariedade social versus emancipação individual.
O documento discute a evolução do paradigma científico dominante nos últimos 20 anos e a consolidação de um novo paradigma sócio-epistemológico. Boaventura de Sousa Santos afirma que as principais mudanças foram: 1) o deslocamento do discurso epistemológico da física para as ciências da vida; 2) o surgimento de novas fracturas entre paradigmas; 3) o reconhecimento do caráter parcial do conhecimento científico. Defende que o novo paradigma emergente promove o diá
Neste artigo a autora tem como propósito discutir a relação entre perspectivas teóricas e o meio
histórico e sócio-cultural no qual se desenvolvem, tema que toca de leve a
grande questão da universalidade da ciência.
Renovar a teoria crítica e reinventar a emancipação social (boaventura de sou...Lívia Willborn
Este documento apresenta informações sobre a equipe responsável pela publicação do livro "Renovar a teoria crítica e reinventar a emancipação social" de Boaventura de Sousa Santos, incluindo editora, tradução, revisão, design da capa e produção.
1) O documento apresenta resumos de 25 obras filosóficas essenciais, incluindo livros de autores como Kant, Debord, Beauvoir e Russell.
2) As obras datam de diferentes épocas e abordam temas como moral, religião, gênero, poder e história da filosofia.
3) Entre os destaques estão "A Sociedade do Espetáculo" de Guy Debord, "O Segundo Sexo" de Simone de Beauvoir e "Crítica da Razão Pura" de Kant.
Condição humana contra natureza diálogo entre adriana cavarero e judith butlerÉderson Luís Silveira
Este artigo resume um diálogo entre as filósofas feministas Judith Butler e Adriana Cavarero sobre a existência de uma natureza humana. Cavarero defende que a diferença entre homens e mulheres é fundamental e essencial, enquanto Butler argumenta que o gênero é construído socialmente. O artigo também fornece contexto biográfico sobre o trabalho de Cavarero.
Antropologia e psicologia apontamentos para um diálogo aberto, 2004Jailda Gama
O documento discute as bases epistemológicas da antropologia e psicologia e como elas se relacionam. A autora argumenta que a antropologia enfatiza o contexto social enquanto a psicologia foca no indivíduo. No entanto, ambas as disciplinas reconhecem a influência mútua entre indivíduo e sociedade. A autora também discute como conceitos como "cultura" evoluíram para incorporar dinamicidade e agência individual.
Este documento resume um livro de ensaios escrito por Ciro Flamarion Cardoso sobre teoria e metodologia histórica. O autor discute várias correntes historiográficas como o marxismo, a Escola dos Annales, o pós-modernismo e a História Cultural. Ele também analisa questões como narrativa histórica, religião, identidade nacional, arte e como sociedade e cultura foram entendidas ao longo do tempo.
O livro discute o conceito de "lugar de fala" e como ele reconhece as experiências das mulheres negras que historicamente tiveram suas vozes silenciadas. A autora argumenta que as mulheres negras ocupam uma posição subalterna na sociedade devido ao racismo e ao patriarcado, e que seu ponto de vista é essencial para entender as desigualdades estruturais.
1) O texto discute a ruptura radical de Caio Prado Júnior com a ordem social existente e sua evolução para posições cada vez mais radicais, culminando no comunismo.
2) Florestan Fernandes argumenta que essa ruptura se deve principalmente a uma "ruptura moral interior" de Caio Prado Júnior, ao invés de apenas fatores intelectuais ou políticos.
3) O texto também resume os principais livros e ideias desenvolvidas por Caio Prado Júnior ao longo de sua carreira, que refletiram sua
Este documento apresenta o roteiro de um módulo sobre identidades na contemporaneidade em um curso de mestrado. O roteiro inclui seminários sobre diversos textos que abordam temas como identidade e globalização, identidade de gênero e travestilidade, e multiculturalismo. As perspectivas contemporâneas sobre identidade são agrupadas em três grandes plataformas: tradicionais, críticas e pós-críticas.
Margareth rago o anarquismo e a históriamoratonoise
Este documento discute as semelhanças e diferenças entre o pensamento de Michel Foucault e a tradição anarquista, particularmente o trabalho da anarquista italiana Luce Fabbri. Ambos enfatizam a importância de diagnosticar os problemas do presente e encontrar novas saídas, e criticam o poder em suas manifestações. No entanto, eles divergem na questão do sujeito e no anti-humanismo presente em Foucault.
O texto resume o livro "Questões fundamentais da sociologia: indivíduo e sociedade", de Georg Simmel. A obra é apresentada como um resumo conciso da grande obra de Simmel "Sociologia", buscando apresentar de forma sintética os principais conceitos da sociologia de Simmel. O autor argumenta que a obra de Simmel pode ser entendida como uma "sociologia menor", no sentido de desterritorializar fronteiras disciplinares e abordar temas de forma não ortodoxa, contribuindo para uma reflexão sociológica original sobre a modernidade.
Resenha do Livro: História & Ensino de História. Por: Silvânio Paulo de Barce...guest750a1ab
O livro discute a trajetória do ensino de História no Brasil até o final do século XX e levanta questões importantes sobre as práticas de ensino. A autora critica o descaso com a produção de conhecimento sobre a história do ensino de História no país. Ela também analisa como temas como a escravidão têm sido abordados nos livros didáticos e defende uma revisão dos processos de construção do saber histórico nas escolas.
História da história no brasil. resenha do livro história & ensino de históri...Silvânio Barcelos
Este resumo descreve:
1) O livro analisa a trajetória do ensino de História no Brasil até o final do século XX e levanta questões importantes para educadores.
2) A autora critica o descaso com a produção de conhecimento sobre a própria história do ensino de História no país.
3) O livro discute as tendências contemporâneas na construção de um saber histórico que responda aos problemas do Brasil.
As oito Questões sobre o Anarquismo - Noam ChomskyBlackBlocRJ
Este documento contém as respostas de Noam Chomsky a oito perguntas sobre anarquismo. Chomsky argumenta que: 1) o anarquismo tem origens no Iluminismo e liberalismo clássico e foi vivificado por movimentos como a Revolução Espanhola; 2) o anarquismo desafia a autoridade e opõe-se a todas as formas de dominação, mas não prescreve uma forma fixa de organização social; 3) uma sociedade anarquista ideal seria baseada na solidariedade humana, mas os detalhes de como funcionaria precisam
1) O documento discute o livro "Um corpo estranho: ensaios sobre sexualidade e teoria queer" de Guacira Lopes Louro.
2) O livro aplica a teoria queer para questionar categorias como identidade de gênero e sexualidade que são vistas como construções sociais.
3) Ao invés de normalizar corpos "estranhos", o livro defende que a educação deve enfatizar a produção das diferenças e a instabilidade das identidades.
O documento discute dois ensaios de Lévi-Strauss sobre a relação entre História e Etnologia. No primeiro ensaio de 1949, Lévi-Strauss argumenta que a Etnologia deve se diferenciar da História focando no presente em vez do passado. No segundo ensaio de 1983, Lévi-Strauss adota uma abordagem mais conciliatória entre as disciplinas.
Este documento discute o impacto da publicação do livro "Vigiar e Punir", de Michel Foucault, na historiografia brasileira na década de 1970. O livro questionou visões humanistas sobre a prisão e inspirou uma nova geração de historiadores a pensar o poder de forma diferente e a incluir novos objetos de estudo. Sua publicação coincidiu com um período de redemocratização no Brasil e mobilização social, tornando as ideias de Foucault particularmente influentes.
Este documento resume o pensamento da filósofa feminista francesa Elisabeth Badinter, que defende uma perspectiva racionalista e igualitária do feminismo, herdeira do Iluminismo. O documento analisa a polêmica gerada pelo livro de Badinter "Fausse Route" e discute como o feminismo pode dialogar entre a modernidade e a pós-modernidade de forma consistente e eficaz.
Este diálogo entre Pierre Bourdieu e Roger Chartier discute as tensões entre abordagens objetivistas e subjetivistas nas ciências sociais. Bourdieu argumenta que essa é uma falsa oposição enraizada em problemas políticos reais. Ele defende uma abordagem que engloba tanto a objetividade quanto o ponto de vista subjetivo dos agentes sociais.
Este documento discute as resenhas em diferentes mídias e suas condições de produção. Apresenta exemplos de resenhas de filmes, peças teatrais e DVDs publicadas em jornais e revistas, destacando que fornecem comentários e avaliações sobre lançamentos e sucessos culturais de forma concisa. Também aborda aspectos como prazos e seções dedicadas a cada mídia nos veículos.
O documento discute as temporalidades humanas na obra poética de Manoel de Barros, destacando que o poeta apresenta as fases humanas pautadas no princípio ético-político, reconhecendo o "individual-múltiplo" em cada pessoa. Defende que a fruição da poesia pode movimentar sentimentos humanos e que a educação precisa ser mais sensível às temporalidades por meio da descontinuidade do tempo percebida na obra do poeta.
O documento discute as temporalidades humanas a partir da poesia de Manoel de Barros. Apresenta como o poeta mostra as fases humanas pautadas no princípio ético-político e como cada um de nós abriga o individual-múltiplo. Defende que é preciso uma ressignificação dos valores instituídos na educação para compreender melhor os ciclos de formação humana e que a poesia pode ajudar nisso ao trazer fluidez e humanização.
O documento resume um estudo de Clovis Beviláqua sobre a influência da doutrina de Kant no Brasil. Clovis argumenta que o kantismo não teve muitos adeptos no Brasil devido ao fato de que, quando o país despertou para a filosofia, outras correntes já estavam estabelecidas. Além disso, Kant era apresentado através de Cousin e não de forma pura, e suas ideias eram difíceis de assimilar.
1. The study analyzed treatment patterns over time in patients receiving first-line chemotherapy for advanced or metastatic esophageal or gastric cancer based on data from 2,808 patients documented in Therapiemonitor from 2006-2013.
2. Treatment intensity increased over time, with 49.3% of patients receiving triplet chemotherapy in 2013 compared to just 10.1% in 2006. HER2 testing rates increased from 49.1% in earlier studies to 79.1% in 2012-2013, though testing was still not always performed according to guidelines.
3. Usage of fluoropyrimidine/cisplatin combinations with trastuzumab declined from 67% in 2010-2011 to 50% in 2012-2013
Antropologia e psicologia apontamentos para um diálogo aberto, 2004Jailda Gama
O documento discute as bases epistemológicas da antropologia e psicologia e como elas se relacionam. A autora argumenta que a antropologia enfatiza o contexto social enquanto a psicologia foca no indivíduo. No entanto, ambas as disciplinas reconhecem a influência mútua entre indivíduo e sociedade. A autora também discute como conceitos como "cultura" evoluíram para incorporar dinamicidade e agência individual.
Este documento resume um livro de ensaios escrito por Ciro Flamarion Cardoso sobre teoria e metodologia histórica. O autor discute várias correntes historiográficas como o marxismo, a Escola dos Annales, o pós-modernismo e a História Cultural. Ele também analisa questões como narrativa histórica, religião, identidade nacional, arte e como sociedade e cultura foram entendidas ao longo do tempo.
O livro discute o conceito de "lugar de fala" e como ele reconhece as experiências das mulheres negras que historicamente tiveram suas vozes silenciadas. A autora argumenta que as mulheres negras ocupam uma posição subalterna na sociedade devido ao racismo e ao patriarcado, e que seu ponto de vista é essencial para entender as desigualdades estruturais.
1) O texto discute a ruptura radical de Caio Prado Júnior com a ordem social existente e sua evolução para posições cada vez mais radicais, culminando no comunismo.
2) Florestan Fernandes argumenta que essa ruptura se deve principalmente a uma "ruptura moral interior" de Caio Prado Júnior, ao invés de apenas fatores intelectuais ou políticos.
3) O texto também resume os principais livros e ideias desenvolvidas por Caio Prado Júnior ao longo de sua carreira, que refletiram sua
Este documento apresenta o roteiro de um módulo sobre identidades na contemporaneidade em um curso de mestrado. O roteiro inclui seminários sobre diversos textos que abordam temas como identidade e globalização, identidade de gênero e travestilidade, e multiculturalismo. As perspectivas contemporâneas sobre identidade são agrupadas em três grandes plataformas: tradicionais, críticas e pós-críticas.
Margareth rago o anarquismo e a históriamoratonoise
Este documento discute as semelhanças e diferenças entre o pensamento de Michel Foucault e a tradição anarquista, particularmente o trabalho da anarquista italiana Luce Fabbri. Ambos enfatizam a importância de diagnosticar os problemas do presente e encontrar novas saídas, e criticam o poder em suas manifestações. No entanto, eles divergem na questão do sujeito e no anti-humanismo presente em Foucault.
O texto resume o livro "Questões fundamentais da sociologia: indivíduo e sociedade", de Georg Simmel. A obra é apresentada como um resumo conciso da grande obra de Simmel "Sociologia", buscando apresentar de forma sintética os principais conceitos da sociologia de Simmel. O autor argumenta que a obra de Simmel pode ser entendida como uma "sociologia menor", no sentido de desterritorializar fronteiras disciplinares e abordar temas de forma não ortodoxa, contribuindo para uma reflexão sociológica original sobre a modernidade.
Resenha do Livro: História & Ensino de História. Por: Silvânio Paulo de Barce...guest750a1ab
O livro discute a trajetória do ensino de História no Brasil até o final do século XX e levanta questões importantes sobre as práticas de ensino. A autora critica o descaso com a produção de conhecimento sobre a história do ensino de História no país. Ela também analisa como temas como a escravidão têm sido abordados nos livros didáticos e defende uma revisão dos processos de construção do saber histórico nas escolas.
História da história no brasil. resenha do livro história & ensino de históri...Silvânio Barcelos
Este resumo descreve:
1) O livro analisa a trajetória do ensino de História no Brasil até o final do século XX e levanta questões importantes para educadores.
2) A autora critica o descaso com a produção de conhecimento sobre a própria história do ensino de História no país.
3) O livro discute as tendências contemporâneas na construção de um saber histórico que responda aos problemas do Brasil.
As oito Questões sobre o Anarquismo - Noam ChomskyBlackBlocRJ
Este documento contém as respostas de Noam Chomsky a oito perguntas sobre anarquismo. Chomsky argumenta que: 1) o anarquismo tem origens no Iluminismo e liberalismo clássico e foi vivificado por movimentos como a Revolução Espanhola; 2) o anarquismo desafia a autoridade e opõe-se a todas as formas de dominação, mas não prescreve uma forma fixa de organização social; 3) uma sociedade anarquista ideal seria baseada na solidariedade humana, mas os detalhes de como funcionaria precisam
1) O documento discute o livro "Um corpo estranho: ensaios sobre sexualidade e teoria queer" de Guacira Lopes Louro.
2) O livro aplica a teoria queer para questionar categorias como identidade de gênero e sexualidade que são vistas como construções sociais.
3) Ao invés de normalizar corpos "estranhos", o livro defende que a educação deve enfatizar a produção das diferenças e a instabilidade das identidades.
O documento discute dois ensaios de Lévi-Strauss sobre a relação entre História e Etnologia. No primeiro ensaio de 1949, Lévi-Strauss argumenta que a Etnologia deve se diferenciar da História focando no presente em vez do passado. No segundo ensaio de 1983, Lévi-Strauss adota uma abordagem mais conciliatória entre as disciplinas.
Este documento discute o impacto da publicação do livro "Vigiar e Punir", de Michel Foucault, na historiografia brasileira na década de 1970. O livro questionou visões humanistas sobre a prisão e inspirou uma nova geração de historiadores a pensar o poder de forma diferente e a incluir novos objetos de estudo. Sua publicação coincidiu com um período de redemocratização no Brasil e mobilização social, tornando as ideias de Foucault particularmente influentes.
Este documento resume o pensamento da filósofa feminista francesa Elisabeth Badinter, que defende uma perspectiva racionalista e igualitária do feminismo, herdeira do Iluminismo. O documento analisa a polêmica gerada pelo livro de Badinter "Fausse Route" e discute como o feminismo pode dialogar entre a modernidade e a pós-modernidade de forma consistente e eficaz.
Este diálogo entre Pierre Bourdieu e Roger Chartier discute as tensões entre abordagens objetivistas e subjetivistas nas ciências sociais. Bourdieu argumenta que essa é uma falsa oposição enraizada em problemas políticos reais. Ele defende uma abordagem que engloba tanto a objetividade quanto o ponto de vista subjetivo dos agentes sociais.
Este documento discute as resenhas em diferentes mídias e suas condições de produção. Apresenta exemplos de resenhas de filmes, peças teatrais e DVDs publicadas em jornais e revistas, destacando que fornecem comentários e avaliações sobre lançamentos e sucessos culturais de forma concisa. Também aborda aspectos como prazos e seções dedicadas a cada mídia nos veículos.
O documento discute as temporalidades humanas na obra poética de Manoel de Barros, destacando que o poeta apresenta as fases humanas pautadas no princípio ético-político, reconhecendo o "individual-múltiplo" em cada pessoa. Defende que a fruição da poesia pode movimentar sentimentos humanos e que a educação precisa ser mais sensível às temporalidades por meio da descontinuidade do tempo percebida na obra do poeta.
O documento discute as temporalidades humanas a partir da poesia de Manoel de Barros. Apresenta como o poeta mostra as fases humanas pautadas no princípio ético-político e como cada um de nós abriga o individual-múltiplo. Defende que é preciso uma ressignificação dos valores instituídos na educação para compreender melhor os ciclos de formação humana e que a poesia pode ajudar nisso ao trazer fluidez e humanização.
O documento resume um estudo de Clovis Beviláqua sobre a influência da doutrina de Kant no Brasil. Clovis argumenta que o kantismo não teve muitos adeptos no Brasil devido ao fato de que, quando o país despertou para a filosofia, outras correntes já estavam estabelecidas. Além disso, Kant era apresentado através de Cousin e não de forma pura, e suas ideias eram difíceis de assimilar.
1. The study analyzed treatment patterns over time in patients receiving first-line chemotherapy for advanced or metastatic esophageal or gastric cancer based on data from 2,808 patients documented in Therapiemonitor from 2006-2013.
2. Treatment intensity increased over time, with 49.3% of patients receiving triplet chemotherapy in 2013 compared to just 10.1% in 2006. HER2 testing rates increased from 49.1% in earlier studies to 79.1% in 2012-2013, though testing was still not always performed according to guidelines.
3. Usage of fluoropyrimidine/cisplatin combinations with trastuzumab declined from 67% in 2010-2011 to 50% in 2012-2013
This document provides background information on the Muslim Brotherhood in Egypt from its founding in 1928 until the late 1940s. It discusses the Brotherhood's ideology and goals of establishing an Islamic state and caliphate. It outlines the Brotherhood's evolution over time in response to different political environments and governments in Egypt. Specifically, it discusses the Brotherhood's relationship and stances towards the British colonial government, the Egyptian monarchy, and nationalist leader Gamal Abdel Nasser's regime. The document also examines the Brotherhood's use of both non-violent and violent tactics like the establishment of a "Secret Apparatus" to advance its mission over the decades.
Will the recovery bulls wilt quickly this week?Hantec Markets
There is an air of fear and concern that is sweeping through markets now. It is almost as though traders and investors have lost faith in the ability of central banks to control global markets. In the two weeks following the Bank of Japan moving to negative interest rates, the Japanese yen perversely strengthened by over 1000 pips against the dollar.
This document provides tips and resources for students to effectively research projects, including search tips like using keywords, phrases, and Boolean operators to narrow or broaden results. It encourages students to explore resources beyond Google like subject guides and to consider the currency and authority of information sources when evaluating results. Contact information is provided for library staff who can assist with research.
O documento discute as visões de Franz Boas, Clifford Geertz e Claude Lévi-Strauss sobre cultura e alteridade. Boas rejeitou as teses evolucionistas e fundou o relativismo cultural, enquanto Geertz viu a cultura como um conjunto de significados simbólicos. Lévi-Strauss defendeu a existência de leis universais, vendo a cultura como um sistema estrutural de parentesco e trocas.
O debate entre Salazar Bondy e Leopoldo ZeaAna Vilela
1) O documento discute o debate entre os filósofos latino-americanos Salazar Bondy e Leopoldo Zea sobre a existência de uma filosofia autêntica e original na América Latina.
2) Cerutti analisou as obras e debates de Salazar Bondy e Zea, vendo-os como precursores da Filosofia da Libertação.
3) O documento propõe uma análise comparativa dos conceitos de originalidade e autenticidade em Salazar Bondy e Zea.
O documento apresenta uma avaliação de filosofia para alunos do 3o ano do ensino médio. A avaliação contém 5 questões sobre temas como o neoliberalismo, o Iluminismo, a noção de alteridade e a teoria do discurso de Habermas.
1. O documento discute como diferentes pensadores ao longo da história, como Aristóteles e Thomas Hobbes, tiveram visões divergentes sobre a natureza humana, influenciadas por seus respectivos contextos históricos.
2. Marx e Engels posteriormente criticaram essas visões, propondo que sob o capitalismo a "condição humana" é de alienação, onde os indivíduos são regidos por ideologias em vez de pensarem por si mesmos.
3. Atualmente, a filosofia é importante para combater a imposição de ideolog
O documento discute a Psicologia Humanista e Existencialista. A Psicologia Humanista surgiu nos EUA nos anos 1950-1960 em resposta às limitações do Behaviorismo e da Psicanálise, focando no potencial humano e no livre-arbítrio. A Psicologia Existencial surgiu na Europa após a 2a Guerra Mundial e nos EUA, influenciada por pensadores como Kierkegaard, Sartre e Heidegger, questionando o significado da existência humana diante da liberdade e finitude.
Pinho, L. C. Por uma existência artística - ética e estética em Nietzsche e F...LuizCelso1966
A reflexão ética em Nietzsche possui diversos objetivos: a dissecação psicológica das contradições da moralidade de rebanho (Humano, demasiado humano); a fidelidade ao que cada um tem de singular (A gaia ciência); o antagonismo entre “senhores” e “escravos” (Genealogia da
moral); a afirmação incondicional do eterno retorno (Assim falou Zaratustra); o imperativo de autossuperação trágica (Ecce homo). A problematização foucaultiana da conduta individual, por sua vez, abrange a cultura greco-romana no intuito de formular as bases do que seria uma “vida
bela”. Essa postura tem por objetivo circunscrever todo um conjunto de “tecnologias de si” que permitam a nvenção de modalidades inovadoras de governo de si e dos outros na modernidade. Apesar da especificidade do
projeto filosófico de cada um, os dois autores possuem, como denominador comum, o imperativo de promover uma existência artística.
O documento discute a evolução da psicologia como ciência independente. Afirma que a psicologia só emergiu como disciplina autônoma no século XIX, quando cientistas passaram a estudar a mente e o comportamento humanos como objetos de estudo próprios. No entanto, reconhece que os estudos psicológicos permanecem intimamente ligados a outras áreas como a biologia e as ciências sociais.
O documento discute a evolução da psicologia como ciência independente no século XIX. Apresenta os desafios enfrentados pela psicologia em estabelecer seu objeto e métodos próprios, já que conceitos psicológicos eram estudados por outras áreas. Também descreve as condições sócio-culturais necessárias para o surgimento da psicologia científica, como a experiência da subjetividade privada em sociedades de crise e a constituição do sujeito moderno na passagem do Renascimento para a Idade Moderna.
An dreas hofbauer entre olhares antropológicos e perspectivas dos estudos cul...Douglas Evangelista
O documento discute as perspectivas antropológicas e dos estudos culturais e pós-coloniais sobre as diferenças humanas. A antropologia tradicionalmente enfatizou a noção de cultura como sistemas distintos, mas pesquisadores recentes destacam mais a agência individual e a dinâmica cultural. Os estudos culturais e pós-coloniais analisam também questões de poder e representação. O autor argumenta que estas abordagens podem se complementar para entender melhor as complexidades das diferenças humanas hoje.
1. O relatório descreve as discussões do grupo de estudos "Gênero, Feminismo e Ciências" ao longo de oito encontros no segundo semestre de 2012.
2. Na primeira reunião, houve uma mesa redonda sobre feminismo, arte e história da ciência. A segunda reunião focou na corrente feminista materialista francesa e no texto "El patriarcado al desnudo".
3. Discussões subsequentes trataram de temas como a objetividade na ciência, a produção antropológica sobre a Índia, e a
Democracia Racial E Multiculturalismo. A Ambivalente Singularidade Cultural B...janioguga
Este documento discute a obra de Gilberto Freyre e sua análise da formação social brasileira. Apresenta a crítica de Anthony Marx à teoria da "democracia racial" de Freyre e argumenta que Freyre via a sociedade brasileira como estruturalmente sadomasoquista devido à ausência do Estado e instituições, o que levou ao domínio pessoal. A dialética entre os princípios despótico e inclusivo do patriarcalismo brasileiro explica a singularidade cultural do país.
O documento discute o conceito de liberdade no pensamento de Paulo Freire até 1979. Apresenta brevemente o contexto do exílio de Freire e divide sua obra em três períodos: de 1967 a 1979, marcado pelo exílio; de 1980 a 1991, marcado pelo retorno ao Brasil; e de 1992 a 1999, marcado por uma reflexão crítica sobre seus escritos iniciais. Também apresenta brevemente o personalismo como corrente filosófica que enfatiza a noção de pessoa.
Este documento fornece um guia de estudos sobre sociologia e ciências sociais. Ele discute visões prévias das relações humanas e da sociedade, apresenta os principais conceitos de várias ciências sociais e fatos históricos, e aborda tópicos como emoções humanas, consciência, cultura, educação e desenvolvimento. O guia tem como objetivo induzir os estudantes a pensar de forma sistêmica sobre essas áreas do conhecimento aplicadas à realidade brasileira.
Nem toda-brasileira-c3a9-bunda-gc3aanero-e-brasilidade-no-cinema-nacional-pat...Nayara Souza
Este documento discute a representação da "mulher brasileira" no cinema nacional, analisando cenas que retratam estereótipos de mulheres sensuais e sedutoras. A autora analisa uma cena contemporânea que sugere que o corpo feminino pode ser usado para "ir para o exterior", e depois discute figuras femininas emblemáticas em quatro filmes entre 1952 e 1983, buscando entender como essas mulheres subvertem ou reforçam normas de gênero.
1) O documento discute as formas sociais de consciência segundo o pensamento de Antonio Gramsci, incluindo senso comum, bom senso, folclore, religião, ideologia e filosofia.
2) Gramsci acreditava que essas formas constituem a "filosofia de uma época" e explicam como a ideologia se torna o terreno para os conflitos sociais.
3) A linguagem é vista como uma forma de consciência que reflete diferenças culturais e carrega concepções de mundo do passado e presente.
A Mulher na Teledramaturgia Mexicana: Representações no Visível e InvisívelPhillipe Xavier
Este documento discute as representações das mulheres na teledramaturgia mexicana. Apresenta uma revisão dos estudos feministas sobre representações culturais, mostrando como as mulheres foram retratadas de forma estereotipada e subordinada aos homens. Também analisa como as telenovelas mexicanas perpetuam estes estereótipos através das personagens femininas.
1. O documento apresenta a biografia e pensamento do cientista político Robert Cox sobre civilizações;
2. Cox define civilização como um ajuste entre condições materiais e significados compartilhados, destacando dimensões como noção de tempo/espaço, individualismo/comunitarismo e espiritualidade;
3. Cox discute questões atuais sobre desenvolvimento de civilizações, como contradições internas e influências externas.
Este documento discute a abordagem do corpo na teoria antropológica. Aponta que autores como Michael Jackson argumentam que a subjectividade está localizada no corpo, contrariando a ideia de cultura como algo superorgânico. Também discute como Mauss e Douglas viam o corpo como inscrito pela sociedade, enquanto outras perspectivas enfatizam a agência do corpo. Por fim, mapeia as principais áreas de estudo do corpo na antropologia contemporânea, incluindo incorporação, construção do self, corpos d
Este documento apresenta resumos de comunicações e conferências para o VI Encontro Hannah Arendt sobre pluralidade, mundo e política. Os resumos abordam diversos temas relacionados ao pensamento de Hannah Arendt como a educação, o perdão, a justiça, o mal, entre outros. Os autores dos resumos são pesquisadores de diferentes universidades brasileiras e argentinas.
1. O documento discute a analogia entre o trabalho filosófico de Descartes e o cinema, mostrando como Descartes antecipou conceitos fundamentais do cinema através de experimentos com espelhos e projeções.
2. Valéry descreve os livros de Descartes como um "túmulo de dar inveja" que mantém vivo o espírito de seu autor, similarmente aos filmes.
3. O documento argumenta que Descartes não só fundou a possibilidade técnica do cinema como criou e teorizou um sistema primitivo de projeção através de
O livro Filosofando no cinema discute o desejo através de 25 filmes, mostrando como pensadores como Sartre, Hegel e Deleuze podem ser entendidos por meio de obras de Wong Kar Wai, George Lucas e Martin Scorsese. O autor analisa como os brinquedos de Toy Story representam o desejo de reconhecimento e como A Fantástica Fábrica de Chocolate exemplifica o desejo de diferença.
1. O documento lista vários filmes sugeridos para aulas de filosofia, organizados por tema, incluindo cultura, trabalho, consciência crítica, filosofia medieval, moderna, contemporânea, ciência, ética e política.
2. Os filmes abordam tópicos como a evolução humana, a natureza da humanidade, as condições de trabalho, movimentos operários, nazismo, racismo, pensamento medieval, Renascimento, Iluminismo, imperialismo e revoluções.
3. Muitos são adaptações literárias
O documento discute o ensino de filosofia no ensino médio nas escolas públicas do Distrito Federal. Apresenta a história do ensino de filosofia no Brasil e no DF. Também analisa aspectos da formação e prática dos professores de filosofia e perspectivas para o ensino da disciplina. Os autores refletem sobre o encontro entre filosofia e escola e os desafios de pensar a filosofia no contexto escolar.
Este documento apresenta um mapeamento das condições atuais do ensino de filosofia no Brasil, realizado a pedido da UNESCO em 2003. O texto descreve o contexto legal do ensino de filosofia no ensino médio brasileiro e fornece detalhes sobre a implementação do currículo de filosofia em cada região do país. Além disso, discute programas, métodos e materiais pedagógicos utilizados, bem como a formação de professores de filosofia.
1. CABRERA, Júlio. Diário de um filósofo no Brasil. Unijuí, 2010
O livro de Júlio Cabrera foi concebido em três partes. Na primeira, ele examina a
filosofia brasileira, em que ela consiste, quais são seus autores mais importantes,
contribuições, perfil e valor. Na segunda parte, expõe as linhas gerais de uma reflexão
própria sobre Lógica e Linguagem, Ética, relação entre Filosofia e Cinema, e, finalmente,
na última, volta à reflexão sobre o sentido de uma filosofia brasileira. Ele conclui o trabalho
com uma entrevista por meio do qual se defende de críticas que lhe poderiam ser feitas.
A evolução da sociedade ocidental provocou o surgimento de profissionais de
Filosofia, lembrava nos Ortega y Gasset. No início de sua história, a Filosofia era uma
atividade livre e a ela se dedicavam homens movidos pela admiração diante do cosmo ou
pela consciência da perdição. O surgimento da Filosofia foi um fenômeno temporal, sua
origem histórica se deu na Antiga Grécia por volta do século VI a.C. Aos poucos, esta
forma de conhecimento ganhou importância na vida social e, para ensiná-la, surgiu o que
Cabrera chama de profissionais da Filosofia.
Na parte inicial do livro, Cabrera examina se há no Brasil filósofos autênticos ou
apenas intérpretes e comentadores que ele denomina “técnicos da filosofia” (p. 11). Para
dirimir a questão, coloca-se diante da necessidade de explicar em que consiste a Filosofia.
A ela responde com um conceito plural: “A Filosofia não é uma coisa única, mas muitas
coisas” (p. 12). Ao pensar filosoficamente não se pode renunciar a questionar seu
fundamento, pois isto faz parte do filosofar. Ele avalia que os técnicos em filosofia, que
ocupam atualmente a quase totalidade dos departamentos acadêmicos de Filosofia das
universidades brasileiras, não enxergam no país originalidade filosófica. Assim ocorre
porque possuem uma compreensão restrita de Filosofia e adotam “definição permanente e
redutiva das suas múltiplas formas” (p. 15). Para não fazer o mesmo, prefere adotar
múltiplas definições. Por conta dessa abertura, ele se revolta contra a odiosa crítica que é
desqualificar como sem sentido ou “como não sendo Filosofia” (p. 17) aquilo que não se
enquadra num certo conceito de filosofia.
Em seguida, distingue Filosofia Brasileira no Brasil e desde o Brasil. Rejeita a
ideia de Filosofia Brasileira no sentido de filosofia nacional e defende uma filosofia
elaborada desde o Brasil. Afirma que ela não se consolida pela ausência de “mecanismos
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2. informacionais, institucionais e valorativos que permita visualizá-los” (p. 21). O filosofar
desde o Brasil seria o resultado do esforço despendido mediante um modo de ser brasileiro
que será mais bem esclarecido na terceira parte. Cabrera rejeita o argumento dos técnicos
em filosofia que julgam necessário construir primeiro um time de profissionais de Filosofia
antes que um pensamento original e profundo se desenvolva no país. Assevera que o que
levou à reflexão foram outras coisas, a saber, “uma experiência primordial e a vontade de
explicitá-la por meio da escrita e da exposição oral” (p. 25), e, completa, “a infelicidade, o
desamparo, certo tipo de sensibilidade diante da desonestidade das pessoas, um grande
inconformismo com maneiras falaciosas com que as pessoas raciocinavam” (p. 25).
Considera que a mentalidade reinante na universidade brasileira impossibilita, por
princípio, “o surgimento de filósofos desde o Brasil” (p. 28). E justifica que se ela fosse
adotada rigorosamente, “o aluno Kant seria reprovado numa boa pós-graduação brasileira,
pois apesar de ter feito muitas leituras de história da filosofia, esses conhecimentos sempre
vêm à tona, em suas obras, num viés crítico e dentro do seu próprio projeto filosófico” (p.
29). A adoção de um amplo conceito de Filosofia permite rejeitar a tese de que nunca
houve, há ou haverá filósofos brasileiros. Observa, em seguida, que o nível de
profissionalização obtido pelas universidades brasileiras é importante, mas que com ele se
perderam a autonomia e a liberdade reveladas por autores como Farias Brito, Tobias
Barreto, Djacir Menezes, Miguel Reale, Vicente Ferreira da Silva, Vilém Flusser, entre
tantos outros. Na tentativa de esclarecer como se formou a mentalidade redutivista aponta a
adoção do critério estruturalista pela USP nos anos de 1960. O método desqualificou o
trabalho dos filósofos brasileiros. Explica: “assumindo o método estrutural uspiano, as
obras de Tobias Barreto, Farias Brito ou Mário Ferreira dos Santos simplesmente
desaparecem” (p. 41). Acrescenta que muitos filósofos brasileiros da era pré-profissionalização
produziram Filosofia. O estudioso que a ele se dedica vê-se prejudicado
nas relações proveitosas para a política universitária e sente que tais estudos não lhe dão
futuro na vida acadêmica. Mesmo os mais sérios e dedicados trabalhadores da filosofia
“não pensam, nem fazem questão de terem um pensamento próprio ou de viverem uma
experiência filosófica que os identifique como pensadores” (p. 49). Finalmente, observa
que será preciso vencer essa circunstância para se modificar essa mentalidade quase
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3. hegemônica. Se isso for feito, ninguém precisará deixar de ser um competente intérprete de
Husserl ou Heidegger para pensar por si mesmo ou estudar Tobias Barreto. Como
resultado, a História da Filosofia no Brasil deixará de ser uma disciplina marginal dos
cursos de Filosofia.
Na segunda parte do livro, o autor se empenha em realizar um trabalho próprio de
reflexão filosófica em três áreas: “Filosofia da lógica e da linguagem, ética negativa e
relação da Filosofia com cinema” (p. 73). No primeiro terreno, propõe uma espécie de
existencialismo analítico nascido de um diálogo com Nietzsche. Aí menciona a existência
de uma distância entre a linguagem, as formas lógicas e o mundo. Contesta ideias gerais
consagradas pela lógica como ultra generalidade e formalidade que considera de impossível
efetivação. Outro aspecto que rejeita é a reconhecida inadequação da lógica para certos
assuntos e a terceira posição que contesta é a exclusão das formas lexicais que “não são tão
materiais e extralógicas quanto habitualmente se supõe” (p. 81). Suas contestações
culminam na defesa do pluralismo lógico resultado do pluralismo das filosofias. Em
seguida, faz uma síntese de seu livro Inferências lexicais e interpretação-rede predicados,
escrito em parceria com Olavo D. D. Filho, e lembra que os princípios fundamentais de seu
pensamento sobre o assunto estão em outra obra: Filosofias da linguagem (2003).
O segundo campo onde desenvolve reflexão própria é o da Ética. No caso defende
a tese de que “a vida humana está afetada por uma fundamental desvalia” (p. 97). Ele
constata que a deslealdade e a crueldade é o que caracterizam as relações humanas. Estas
atitudes nascem da crença de que o outro é o culpado pelos males do mundo. Seu
pensamento ético se estrutura em três eixos. O primeiro é o de que “não existe diferença
entre nascer e morrer” (p. 102). Diz Cabrera que “o valor da vida humana não pode ser
aceito como pressuposto inicial e aproblemático da ética” (p. 104). Parte da distinção entre
morte pontual e estrutural, a primeira, referindo-se ao momento histórico da morte e, a
segunda, à condição mortal de todo vivente. O segundo eixo prende-se à ideia que “a vida
humana é dolorosa e antiética” (p. 109). A morte pontual é acompanhada, frequentemente,
de sofrimento; então, a condição corpórea do homem inabilita a moral positiva, isto é, não
justifica o valor da vida. Em resumo, o orgulho, o desamparo, a miséria e a
desconsideração, típicas da condição humana destroem o reconhecimento axiológico da
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4. vida do homem. Como o raciocínio se aplica a todos os sujeitos, ele chega ao terceiro eixo
que é a inviolabilidade da vida humana, já que a vida de todos é igualmente sem valor. Esta
inviolabilidade aplica-se aos próprios bandidos, cuja conduta, reprovável, não legitima o
seu assassinato. Admitir matar outrem é parte da circunstância terrível que nos obriga a
viver parte da vida fora da moralidade. A única moralidade “compatível com a condição
humana, tal como o Existencialismo a visualizava, é algum tipo de moralidade negativa” (p.
124). Daí decorrem conclusões inusitadas: o suicídio é uma conduta ética possível bem
como escolher não procriar. A segunda opção vem desta primeira “o suicídio não pode
resolver nenhum problema ético que o não nascimento não pudesse radicalmente ter
resolvido” (p. 125).
O terceiro campo em que desenvolve ideias próprias é o da relação entre cinema e
filosofia. Afirma: “Penso que o cinema tem muitíssimo a dizer ao filósofo, inclusive muito
mais do que Deleuze foi capaz de descobrir a partir de uma visão muito direcionada aos
seus específicos interesses” (p. 127). O cinema enfrenta grande variedade de problemas,
nos quais as abordagens universais se redefinem em soluções abertas. Ele não utiliza
articulações conceituais apressadas, como faz a Filosofia. O que impede a aproximação
entre cinema e Filosofia é a linguagem acadêmica da segunda.
Na terceira parte ele retoma a discussão iniciada na primeira refletindo sobre a
originalidade na Filosofia. Lembra que René Descartes repete o argumento agostiniano sem
deixar de ser tido como pensador original. Lembrar o caso Descartes é importante para
legitimar a reflexão dos filósofos latino-americanos acusados frequentemente de plágio. Ele
lembra que Gilson justifica a originalidade de Descartes com quatro pontos: 1 – o que ele
quer dizer com as mesmas palavras é algo diferente do que Agostinho afirmara; 2 –
pensadores distintos podem concluir coisas parecidas por conta da objetividade do
problema; 3 – a referência é proposital: usar a autoridade reconhecida do filósofo
mencionado; 4 – o autor repete a ideia, porém, desenvolve-a melhor que o primeiro.
Cabrera concorda apenas com o 1º e o 4º argumentos, e os usa para defender a
originalidade dos autores brasileiros. Adicionalmente, lembra que é muito difícil repetir
literalmente em Filosofia, porque cada autor, ao pensar, insere aspectos de sua própria
reflexão. O caso de Descartes mostra que “alguém pode ser reconhecido como grande
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5. pensador mesmo que tenha repetido autores anteriores” (p. 146). É o que conclui sobre
Farias Brito, considerando-o “um filósofo original (na mesma linha que inocentara
Descartes)” (p. 147).
Outro problema a ser superado pela Filosofia brasileira é a avaliação da herança
lusitana vinda de análises como a de Sérgio Buarque de Holanda. Explica Cabrera: “As
características lusitanas do brasileiro não são algo que o impeça de fazer Filosofia, mas
algo que deveria levar a fazer Filosofia com essas características” (p. 150). Considera mais
equilibrada a posição de Flusser. Em Fenomenologia do Brasileiro, Flusser considera que a
cultura ocidental revela ódio pela natureza e que o brasileiro, por não se integrar
perfeitamente a ela, possui elementos para superar o que o europeu não consegue. Diz:
“Flusser vê uma esperança ainda para o mundo, para aquele mundo supercivilizado e
progressista que deu duas guerras mundiais e perseguições ideológicas de dimensões nunca
vistas” (p. 156). O ato de filosofar do brasileiro poderá usar com proveito o conceito
oswaldiano de antropofagia no sentido que comer algo significa apropriar-se apenas de
parte do ingerido. É esta atitude inovadora de receber, incorporar e excretar elementos da
tradição filosófica o caminho a ser seguido pelos brasileiros.
O livro de Júlio Cabrera chama atenção para uma questão crucial: a especialização
obtida no pensamento de um autor não desobriga o professor de filosofia de pensar por si
mesmo. É o que também defendeu Delfim Santos, em Portugal, num ambiente parecido.
Nesse ponto é preciso dar-lhe razão. É fundamental pensar por conta própria, pois não fazê-lo
é já um ato filosófico. No desenvolvimento desta idéia, o autor revela, assim nos parece,
uma compreensão inadequada do que seja a originalidade da filosofia brasileira. Ele tem
razão quando diz que filosofia brasileira não é uma forma de tratar filosoficamente
problemas brasileiros perdendo o sentido de universalidade. O que ele denomina de
filosofia brasileira parece ser apenas certa tradição na abordagem dos temas universais da
filosofia. Considero resolvida a questão da originalidade da filosofia brasileira com as
considerações de Miguel Reale e Antônio Paim. A filosofia brasileira, com suas
características, é parte da tradição filosófica ocidental. Esta tradição brasileira privilegia
alguns problemas e espera construir para eles uma solução universal. Enfim, o que importa
é desenvolver reflexão própria que, de acordo com Cabrera, significa fazer filosofia desde o
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6. Brasil. Como ele reconhece significado filosófico aos pensamentos de Tobias Barreto,
Farias Brito, Djacir Menezes, Miguel Reale, pode-se auferir, daí, a existência de uma escola
culturalista brasileira. Se esta lacuna de sua análise fica a merecer aprofundamento, sua
observação isenta, honesta e perspicaz explica porque não floresce no país um estudo
sistemático da filosofia brasileira. No que se refere ao fundamento da sua ética negativa
parece-nos que o problema principal é o entendimento de como surgem os valores. De fato,
o valor não aparece naturalmente do ato de viver, mas a sociedade ocidental reconheceu o
valor da vida como incondicional porque entendeu que há razões plausíveis para identificá-lo
como uma espécie de exigência absoluta da vida humana. Por conta disto, Miguel Reale
considera a pessoa humana o invariante axiológico à volta do qual é possível pensar e
justificar outros valores, e, sem o qual, não há como admiti-los.
Avalie-se como quiser a obra, ela merece ser lida e meditada, quer pelos
esclarecimentos que traz para a filosofia brasileira, quer pelo esforço que faz para pensar
problemas filosóficos da maior importância.
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Prof. Dr. José Mauricio de Carvalho
(UFSJ – São João del – Rei–MG - Brasil)
mauricio@ufsj.edu.br
Data de apresentação: 10/12/2010
Data de aceite: 24/01/2011