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HIDROLOGIA – HIDROGRAMA DE CHEIAS DO RIO MESSINGAZE
1 UEM – Faculdade de Engenharia – Curso de Licenciatura em Engenharia Civil,3o
ano – Hidrologia: Grupo XII
INDICE
1. INTRODUÇÃO ......................................................................................................................3
2. OBJECTIVOS ........................................................................................................................4
2.1. Objectivo geral.....................................................................................................................4
2.2. Objectivos específicos..........................................................................................................4
3. METODOLOGIA USADA....................................................................................................5
4. CONCEITOS TEÓRICOS....................................................................................................6
4.1. Caracterização de cheias ......................................................................................................6
4.2. Precipitação útil....................................................................................................................7
4.3. Determinação do caudal de ponta ........................................................................................8
4.3.1. Tempo de concentração................................................................................................8
4.3.2. Fórmula do Soil Conservation Service (SCS)..............................................................9
4.3.3. Fórmula de Giandotti....................................................................................................9
4.3.4. Fórmula de Kirpich.......................................................................................................9
4.3.5. Fórmula Temez...........................................................................................................10
4.4. Fórmulas cinemáticas.........................................................................................................10
4.4.1. Fórmula racional.........................................................................................................10
4.4.2. Fórmula racional.........................................................................................................10
4.4.3. Fórmula de Giandotti..................................................................................................11
4.4.4. Fórmula do SCS..........................................................................................................11
4.5. DO HIDROGRAMA UNITÁRIO.....................................................................................11
4.5.1. Conceitos gerais e definições......................................................................................11
5. OBTENÇÃO DO HIDROGRAMA DE CHEIA NATURAL NA SECÇÃO DE
REFERÊNCIA DA BACIA DO RIO MESSINGAZE .............................................................15
5.1. Descrição d rio Messingaze ...............................................................................................15
5.2. Características da bacia d rio Messingaze .........................................................................15
5.3. Cálculo do tempo de concentração ....................................................................................16
5.4. CÁLCULO DA PRECIPITAÇÃO DO PROJETO ...........................................................16
5.4.1. Cálculo da intensidade de precipitação ......................................................................16
5.4.2. Cálculo precipitação total...........................................................................................16
5.4.3. Cálculo da precipitação útil........................................................................................17
5.4.4. Obtenção do hidrograma unitário sintético de Mockus..............................................17
HIDROLOGIA – HIDROGRAMA DE CHEIAS DO RIO MESSINGAZE
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5.4.5. Obtenção do hidrograma resultante de uma chuvada de duração 22,8 h e uma altura
de precipitação de 188,6 mm.....................................................................................................18
5.5. OBTENÇÃO DO HIDROGRAMA DE CHEIA NATURAL, PARA PRECIPITAÇÃO
VARIÁVEL..................................................................................................................................19
5.5.1. Método do hietograma do projeto definido pelo USACE..........................................19
5.6. DETERMINAÇÃO DO COEFICIENTE C ......................................................................21
5.6.1. Cálculo do volume escoado........................................................................................21
5.6.2. Cálculo de volume precipitado...................................................................................22
5.6.3. Obtenção do coeficiente de escoamento pela fórmula racional com base nas
características da bacia em estudo.............................................................................................23
6. CONCLUSÃO ......................................................................................................................24
7. BIBLIOGRAFIA..................................................................................................................25
8. ANEXO.....................................................................................................................................26
HIDROLOGIA – HIDROGRAMA DE CHEIAS DO RIO MESSINGAZE
3 UEM – Faculdade de Engenharia – Curso de Licenciatura em Engenharia Civil,3o
ano – Hidrologia: Grupo XII
1. INTRODUÇÃO
Devido à crescente importância da água como recurso natural e aos avanços tecnológicos no decorrer
das últimas décadas, aumentou a necessidade de melhorar os critérios de dimensionamento das obras
hidráulicas de forma a obter uma melhor relação entre o aproveitamento e o custo das mesmas.
As cheias podem resultar também de fusão da neve ou de rotura de barragens. HIPOLITO & Vaz,
2013.
Neste presente trabalho serão apresentadas algumas fórmulas para determinação de tempo de
concentração.
Para determinar os caudais de ponta de cheia em bacias hidrográficas, apresenta-se um conjunto de
técnicas e modelos de cálculo. O método racional e a fórmula de Mockus são metodologias de
simples aplicação e com resultados aceitáveis no dimensionamento de passagens hidráulicas, pelo
que são muito utilizadas em projetos.
Com o intuito de averiguar a exatidão destes princípios elaborou-se este trabalho, que pretende
estudar a influência das características das bacias hidrográficas, traduzidas pela forma do
hidrograma unitário que as caracteriza, na escolha do hidrograma de projeto a adotar para a obra
HIDROLOGIA – HIDROGRAMA DE CHEIAS DO RIO MESSINGAZE
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2. OBJECTIVOS
2.1.Objectivo geral
 Consolidar os conhecimentos adquiridos nas aulas de Hidrologia concernentes à
caracterização de cheias.
2.2.Objectivos específicos
 Obter hidrograma de cheia natural na secção de referência da bacia hidrográfica do Rio
Messingaze, resultante de uma precipitação intensa com duração igual ao tempo de
concentração e com período de retorno de 50 anos, considerada como precipitação de
projeto.
 Obter o hidrograma de cheia natural, considerando que a precipitação não se distribui
uniformemente, mas de acordo com o hietograma de projeto definido pelo USACE.
 Determinar do coeficiente C da Fórmula Racional a partir dos valores de caudal de ponta
obtidos nos dois casos anteriores.
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ano – Hidrologia: Grupo XII
3. METODOLOGIA USADA
Para a elaboração deste trabalho, foi usada a metodologia seguinte:
 Consulta consultas bibliográficas;
 Pesquisas na internet;
 Consultas aos docentes da disciplina de Hidrologia durante o período concebido à
consultas.
 Divisão de tarefas entre membros do grupo e Discussão dos resultados entre os membros
do grupo;
 Uso de pacotes do Microsoft Office 2013 (Word e Excel) para digitação e representação
de gráficos e tabelas e Adobe Reader para visualização do trabalho em Pdf.
HIDROLOGIA – HIDROGRAMA DE CHEIAS DO RIO MESSINGAZE
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ano – Hidrologia: Grupo XII
4. CONCEITOS TEÓRICOS
4.1.Caracterização de cheias
Pode-se definir cheia como um fenómeno hidrológico extremo causado por precipitação intensa
de duração mais ou menos prolongada numa bacia hidrográfica ou em parte dela, originando
caudais que excedem a capacidade de vazão do leito menor do rio. HIPÓLITO & VAZ, 2013
O estudo de cheias serve de base para o dimensionamento dos órgãos hidráulicos de segurança
da barragem, principalmente o evacuador de cheias. Os valores da probabilidade de não
excedência normalmente adotados são função da possibilidade de haver ou não perda de vidas
humanas, é corrente adotarem-se valores da probabilidade de não excedência de 0.99 (em média,
uma excedência de 100 em 100 anos, ou seja, um período de retorno T = 100 anos) e superiores
enquanto, se isso não acontece, podem adotar-se valores que vão desde 0.80 (período de retorno
T = 5 anos) a 0.98 (período de retorno T = 50 anos).
Do ponto de vista hidrológico, uma determinada cheia fica conhecida pelo seu hidrograma, onde
se distingue o ramo ascendente, o valor máximo ou caudal de ponta e o ramo descendente. No
entanto, para diversas aplicações como o dimensionamento das secções de vazão de pontes,
aquedutos ou coletores pluviais, é suficiente o conhecimento do caudal de ponta.
Diversos fatores influenciam a forma do hidrograma da cheia, as perdas por retenção superficial
e por infiltração, as condições meteorológicas antecedentes e a distribuição temporal e espacial
que dá origem à cheia.
No que se respeita aos fatores relacionados com as características da bacia, que influenciam
significativamente o tempo de concentração, têm importância a área da bacia, a sua forma e o
relevo. As características da rede de drenagem têm também grande importância, principalmente
a densidade de drenagem, a capacidade de transporte e o armazenamento da água em trânsito.
Quanto mais alta forem a densidade de drenagem e a capacidade de transporte, mais facilmente
o escoamento se concentra na secção de saída e maior será o caudal de ponta. Pelo contrário, o
efeito do armazenamento consiste na redução do caudal de ponta, e tanto mais quanto maior for
o armazenamento.
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ano – Hidrologia: Grupo XII
As perdas por retenção superficial e por infiltração reduzem a parte da precipitação que se
transforma em escoamento superficial e em caudal de cheia. Elas são influenciadas por diversos
factores, como a temperatura, o tipo de solos, o uso da terra, a cobertura vegetal e o teor de
humidade antecedente. A temperatura é um dos fatores climáticos determinante da evaporação e
da evapotranspiração, que esgotam a água retida, embora se admita que sejam pouco significativas
durante a ocorrência de uma cheia, porque o défice de humidade na atmosfera é pequeno. O tipo
de solos influencia a infiltração e a percolação para camadas mais profundas em função da sua
permeabilidade. O uso do solo também influencia a infiltração, sendo exemplos disso o efeito da
urbanização no aumento da percentagem de área impermeável ou a substituição de floresta nativa
por áreas agrícolas. A cobertura vegetal é um dos fatores determinantes da evapotranspiração, para
além de favorecer a detenção superficial e a infiltração. Finalmente, a intensidade da infiltração
reduz-se tanto mais quanto mais húmido estiver o solo.
A distribuição espacial e temporal da precipitação tem grande influência nas características
da cheia. Por exemplo, se a precipitação se mover, afastando-se da secção de saída no sentido
de montante da bacia, o caudal de ponta de cheia resultante será inferior ao resultante de uma
precipitação equivalente que se mova a partir de montante no sentido da secção de saída.
4.2.Precipitação útil
Apenas uma parte da precipitação que ocorre numa bacia hidrográfica contribui para o
escoamento directo, designando-se essa parte por precipitação útil, precipitação efetiva ou
excesso de precipitação, e a parte que não contribui para o escoamento direto por perdas.
Existem vários métodos ou modelos para determinação direta ou indireta da precipitação útil.
O Soil Conservation Service (SCS) do Departamento de Agricultura dos EUA (USDA),
Actualmente integrado no Natural Resources Conservation Service (NRCS) do mesmo
departamento, estabeleceu um método para a determinação da precipitação útil, que tem sido
muito utilizado em todo o mundo na análise e síntese de cheias, ou seja, em escalas de tempo
correspondentes à duração de uma cheia e, portanto, inferiores à escala mensal e mesmo
HIDROLOGIA – HIDROGRAMA DE CHEIAS DO RIO MESSINGAZE
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inferiores à escala semanal em pequenas e médias bacias. Designa-se tal método por curva
da precipitação útil do SCS.
Define-se a perda de precipitação para o escoamento direto por
∆ = ∆ (P) = P – Pu [1] Onde
∆(P) representa a perda acumulada
P, a precipitação acumulada; Pu , a precipitação útil acumulada.
4.3.Determinação do caudal de ponta
4.3.1. Tempo de concentração
Um dos parâmetros com mais importância prática na análise e síntese de cheias em bacias
hidrográficas é o tempo de concentração, tc, que se define como sendo o tempo necessário para
que a gota de água caída no ponto da bacia hidrográfica cinematicamente mais distante da secção
de referência a atinja em percurso superficial, ou estritamente, na teoria do hidrograma unitário,
o tempo necessário para que, com precipitação útil de intensidade constante, se atinja o caudal
máximo do escoamento direto na secção de referência, ou ainda que medeia entre o fim da
precipitação útil e o fim do escoamento direto na secção de referência.
Embora geralmente se admita que é aproximadamente constante em cada bacia, na ocorrência de
precipitações intensas, essa constância é apenas um dos pressupostos na teoria do hidrograma
unitário, não sendo verificável em outras várias abordagens.
Para a determinação do tempo de concentração, o percurso e o declive dos terrenos são os fatores
mais importantes, não sendo a área da bacia muito relevante. Diversas fórmulas empíricas, como
as que se apresentam abaixo, têm sido propostas para se fazer sua determinação. Nenhuma
considera o efeito do armazenamento nas depressões do terreno, que pode ser muito significativo.
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4.3.2. Fórmula do Soil Conservation Service (SCS)
A fórmula proposta em USDA-NRCS (2004) corresponde à seguinte:
𝑡 𝑐 = 0,057
𝐿0,8
𝑖0,5
(
1000
𝑁𝐶
− 9)0,7
[2]
Onde:
tc representa o tempo de concentração (h),
L, a distância à secção de referência do ponto cinemático mais afastado (km),
i, o declive médio da bacia hidrográfica (-)
NC, o número da curva da precipitação útil (-).
Esta fórmula é recomendada para pequenas bacias rurais com áreas na superiores a 50 𝑘𝑚2
.
4.3.3. Fórmula de Giandotti
A fórmula de Giandotti é a seguinte:
𝑡 𝑐 =
4√𝐴+1,5𝐿
0,8√ℎ 𝑚
[3]
tc - horas, A - km2
, L - comprimento da principal linha de água da bacia em km, hm – altura média
da bacia em metros.
Só deve ser usada para bacias com áreas superiores a 300 𝑘𝑚2
4.3.4. Fórmula de Kirpich
tc - horas, L - km, ∆H (diferença de cotas entre as extremidades do rio principal), m
Expressão geral
𝑡 𝑐 = 0,946
𝐿1,155
∆𝐻0,385
(6)
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4.3.5. Fórmula Temez
𝑡 𝑐 = 1,115
𝐿0,95
∆𝐻0,19
[4]
tc, L, ∆H com os mesmos significados que na fórmula de Kirpich.
A fórmula de Témez é recomendada para bacias naturais com áreas até 3000 km2.
4.4.Fórmulas cinemáticas
Diversas fórmulas utilizadas
 Fórmula racional
 Fórmula de Giandotti
 Fórmula do Soil Conservation Service
-Estimar com as várias fórmulas e comparar os resultados
-Considerar os limites de aplicação de cada Formula
4.4.1. Fórmula racional
Dimensionamento homogénea
Qp = c i A [5]
Qp - caudal de ponta, c, coeficiente de escoamento, i- intensidade média de precipitação com
duração igual ao tempo de concentração e período de retorno desejado, e A - área da bacia
Assume: precipitação uniforme sobre toda a bacia, intensidade constante, bacia com características
fisiográficas homogéneas - pequenas bacias.
Hipólito e Vaz (2ª Edição).
4.4.2. Fórmula racional
 Correção proposta por Hipólito, 2006, por comparação com resultados com precipitação
com distribuição temporal não uniforme
Qp = f c i A [6]
f = 2 - √n(T) [7]
onde n(T) é o expoente na curva de possibilidade udométrica.
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 Correção proposta por Hipólito, Vaz (2ª Edição) por comparação com resultados com
precipitação com distribuição temporal não uniforme, tem a expressão:
𝑄 = 0,278 𝐶𝐼𝐴 [8]
4.4.3. Fórmula de Giandotti
𝑄 =
𝜆𝐴𝑃
𝑡 𝑐
[9]
Q- m3/s, A - km2, h - altura de precipitação em mm correspondente a uma duração igual à do
tempo de concentração e para um período de retorno T, tc -tempo de concentração em horas, 𝜆-
parâmetro função da área da bacia, imed -intensidade média em mm/h, Área, A, (km)2
e
C = 3,6𝜆. Aplicável a bacia com mais de 300 km2
Hipólito e Vaz (2ª Edição).
4.4.4. Fórmula do SCS
Q - m3/s, A - km2
, Pu (precipitação útil) - mm, tp (tempo para o pico) - horas.
𝑄 =
0,278 𝐴 𝑃 𝑢
𝑡 𝑐
[10]
Comparando a fórmula do SCS (12), com a fórmula racional [6], obtemos:
𝐶 =
𝑃 𝑢
𝑃
[11]
4.5. DO HIDROGRAMA UNITÁRIO
4.5.1. Conceitos gerais e definições
O método do hidrograma unitário foi proposto por Sherman (1932) nos Estados Unidos e tornou-
se a partir de então um dos métodos mais utilizados para a obtenção do hidrograma do escoamento
resultante de uma precipitação intensa, aplicando-se fundamentalmente ao estudo de cheia.
Na teoria do hidrograma unitário, apenas se estabelecem relações entre a precipitação útil e o
escoamento direto. Assim, utilizando o hidrograma unitário, pode-se obter um hidrograma de
escoamento direto, ao qual depois se tem de adicionar o escoamento de base para obter o
escoamento total.
No estudo de cheias é frequente a componente do escoamento de base ser relativamente pequena
em comparação com a ponta do escoamento direto, em especial em pequenas bacias hidrográficas.
HIDROLOGIA – HIDROGRAMA DE CHEIAS DO RIO MESSINGAZE
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ano – Hidrologia: Grupo XII
4.5.1.1.Hidrogramas sintéticos
Pode acontecer que em determinadas bacias hidrográficas não exista informação
hidrometeorológica suficiente para se obter o hidrograma unitário, frequentemente por falta de
medições de escoamento. Para essas situações, diversos autores sugeriram hidrogramas
sintéticos, como Snyder (1938) e Clark (1945), definidos a partir de características físicas da
bacia.
Neste trabalho irá fazer-se menção de apenas um hidrograma sintético, o hidrograma unitário do
SCS.
4.5.1.2.Hidrograma unitário do SCS
Mockus (1957), a partir da análise de dados hidrometeorológicos em bacias hidrográficas com
áreas e localizações diversas, estabeleceu o hidrograma unitário padrão do SCS, que definiu de
modo adimensional em forma tabular. O referido hidrograma unitário padrão pode ser
aproximado por um hidrograma triangular.
Procede-se à adimensionalização do tempo, dividindo-o pelo tempo de crescimento ou tempo
para a ponta, t/tp, e à dimensionalização do caudal do hidrograma unitário, dividindo-o pelo
caudal máximo ou de ponta, u/umax.
No método do SCS, o tempo de concentração, é definido como sendo o tempo que decorre desde
o fim da precipitação útil até ao ponto de inflexão no hidrograma unitário padrão a que dá origem.
Na definição apresentada acima, o tempo de concentração, tc, é o tempo que decorre desde o fim
da precipitação útil até ao fim do hidrograma unitário a que dá origem. A relação entre os dois
tempos é
𝑆𝐶𝑆𝑡 𝑐 = 0,6𝑡 𝑐 [12]
Sendo assim, na descrição que se segue, obedecendo ao método do SCS, procedeu-se à
adaptação necessária, com base no hidrograma unitário triangular.
𝑡 𝑐 = 0,057
𝐿0,8
𝑖0,5
(
1000
𝑁𝐶
− 9)
0,7
[13]
𝐷 = 0,133𝑡 𝐶 [14]
𝑡 𝑏 = 𝐷 + 𝑡 𝑐 = 1,133𝑡 𝑐 [15]
Resultando para o hidrograma unitário:
HIDROLOGIA – HIDROGRAMA DE CHEIAS DO RIO MESSINGAZE
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ano – Hidrologia: Grupo XII
𝑡 𝑝 = 1,133 ∝ 𝑡 𝑐 [16]
𝑈 𝑚𝑎𝑥 =
5
9
∝
𝐴
𝑡 𝑐
[17]
Onde A representa a área da bacia hidrográfica (km2) e os tempos se exprimem em h.
Para o ajustamento do hidrograma unitário triangular ao hidrograma unitário padrão, ou a
qualquer outro, considera-se a fração do tempo de base que determina o tempo para a ponta.
No hidrograma triangular, este parâmetro representa também a fração do escoamento total que
ocorre até à ponta do hidrograma.
No hidrograma unitário padrão, a fração do escoamento até à ponta é ∝= 0,375, que se faz igual
à do hidrograma unitário triangular que se ajusta. Obtém-se:
𝑡 𝑝 = 0,405𝑡 𝑐 [18]
𝑡 𝑏 = 2,67𝑡 𝑝 [19]
𝑈 𝑚𝑎𝑥 = 0,208
𝐴
𝑡 𝑐
[20]
4.5.1.3.Hietograma de projecto
Quando se pretende estudar uma cheia de projeto, é necessário conhecer a precipitação que lhe
dá origem, o hietograma de projeto.
Na teoria do hidrograma unitário, dados blocos de precipitação útil, a combinação de blocos
que conduz ao máximo dos caudais de ponta, que se vai designar por supremo, Qsup,
corresponde a:
𝑄 𝑆𝑈𝑃 = ∑ 𝑃𝑢(𝑖) ∗ 𝑈(𝑖)
𝑁
𝑖=1 [21]
Onde (i) representa o número de ordem não crescente quer dos blocos de precipitação útil, quer
das ordenadas do hidrograma unitário. O resultado anterior obtém-se colocando em sequência
temporal a ordem dos blocos de precipitação útil, ao contrário da sequência temporal da ordem
das ordenadas do hidrograma unitário. Efetivamente, designado o maior por (1), o segundo maior
por (2) e assim sucessivamente, se a sequência temporal dos números de ordem do hidrograma
unitário for (5), (3), (2), (1), (4), (6), (7), (8), então a sequência temporal dos blocos de precipitação
útil que conduz ao supremo é (8), (7), (6), (4), (1), (2), (3), (5). Para que a contiguidade seja
mantida, é necessário que o bloco (i) seja colocado de modo adjacente de um ou do outro lado dos
i – 1 blocos anteriores.
HIDROLOGIA – HIDROGRAMA DE CHEIAS DO RIO MESSINGAZE
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Sendo a precipitação útil determinada descontando as perdas à precipitação total, a disposição
anterior é simples de obter nos casos de uma perda em cada bloco que seja proporcional à
precipitação nesse bloco ou de uma perda constante de valor inferior ao do menor bloco de
precipitação. No entanto, pode acontecer noutros métodos de determinação das perdas que a
duração total e a ordem dos blocos não sejam as mesmas nos dois tipos de precipitação.
Uma outra questão que se coloca é a relação entre o período de retorno da precipitação e o
período de retorno do escoamento. Devido ao efeito do armazenamento antecedente na bacia, o
período de retorno da ponta de cheia é inferior ao da precipitação, efeito tanto menos sensível
quanto maior for o período de retorno. Para períodos de retorno iguais ou superiores a 100 anos,
os dois períodos do retorno são aproximadamente iguais.
Para definir o hietograma de projeto para um dado período de retorno pode utilizar-se a seguinte
metodologia:
 Obtém-se a curva de possibilidade udométrica para o período de retorno pretendido,
𝑃 = 𝑎𝑡 𝑛;
 Considera-se uma precipitação com duração total igual ao tempo de concentração da
bacia;
 Divide-se a duração total em N períodos de D horas cada;
 Calcula-se um hietograma decrescente composto por N blocos de D horas casa, do
seguinte modo:
𝑃(1)=𝑎𝐷 𝑛
𝑃(2) = 𝑎(2𝐷) 𝑛
− 𝑃(1)
---------
𝑃(𝑁) = 𝑎(𝑁𝐷) 𝑛
− ∑ 𝑃(𝑖)
𝑛
𝑖=1 [22]
 A partir deste hietograma decrescente, constrói-se o hietograma de blocos contíguos,
como acima se referiu para a precipitação útil;
 Obtém-se o hietograma de precipitação útil descontando ao anterior as perdas, de acordo
com o método selecionado para o seu cálculo;
 Caso seja necessário e possível, mantendo a contiguidade, trocam-se blocos da precipitação
P(i) para obter o resultado desejado.
Faz-se notar que pode acontecer que a precipitação útil final não tenha uma duração total igual ao
tempo de concentração. Nesses casos, dever-se-ão calcular utilizando [19] os blocos adicionais de
precipitação para se obter essa duração.
HIDROLOGIA – HIDROGRAMA DE CHEIAS DO RIO MESSINGAZE
15 UEM – Faculdade de Engenharia – Curso de Licenciatura em Engenharia Civil,3o
ano – Hidrologia: Grupo XII
5. OBTENÇÃO DO HIDROGRAMA DE CHEIA NATURAL NA SECÇÃO DE
REFERÊNCIA DA BACIA DO RIO MESSINGAZE
5.1.Descrição d rio Messingaze
O rio Messingaze é um rio que se localiza na zona Centro do Pais, nascendo na província de
Manica no distrito de Gondola e desagua rio Púngue. A bacia possui uma área total de cerca de
8831,2 km2
, cerca de 175,8 Km de perímetro.
5.2.Características da bacia d rio Messingaze
Área
[km2] L[km] hm
8831,6 60,5 656
Fonte: dados extraídos do qGIS
Onde:
L- comprimento do curso principal
[km]
hm- altura média da bacia [m]
HIDROLOGIA – HIDROGRAMA DE CHEIAS DO RIO MESSINGAZE
16 UEM – Faculdade de Engenharia – Curso de Licenciatura em Engenharia Civil,3o
ano – Hidrologia: Grupo XII
O período de retorno considerado é de 50 anos, cujos parâmetros da para curvas IDF são:
a=1026,694; b=-0,57749
Dado que a Bacia do Rio Messingaze localiza-se na zona climática B, onde K = 1,2 os
parâmetros
a e b serão ajustados para:
a=1232,0328; b=-0,692988
5.3.Cálculo do tempo de concentração
Tendo em conta as características da bacia, a fórmula que melhor se aplica para o cálculo do
tempo de concentração (tc) é apenas a de Giandotti, pois é aplicável à bacias com áreas
superiores a 300 km2
. Assim, a partir da expressão [3] obtém-se
𝑡 𝑐 =
4 ∗ √8831,6 + 1,5 ∗ 60,5
0,8 ∗ √656
= 22,8ℎ
𝑡 𝑐 = 1366,5 𝑚𝑖𝑛𝑢𝑡𝑜𝑠
5.4.CÁLCULO DA PRECIPITAÇÃO DO PROJETO
5.4.1. Cálculo da intensidade de precipitação
𝐼 = 𝑎𝑡 𝑏
; 𝑡 [𝑚𝑖𝑛]
Considerando 𝑡 = 𝑡 𝑐 = 1366,5𝑚:
𝐼 = 1232,0328 ∗ (1366,5)−0,692988
𝐼 = 1232,0328 ∗ (1366,5)−0,692988
𝐼 = 8,27 𝑚𝑚
ℎ⁄
5.4.2. Cálculo precipitação total
𝑃𝑡 = 𝐼 ∗ 𝑡; 𝑡 = 𝑡 𝑐 = 22,8ℎ
𝑃𝑡 = 8,27 ∗ 22,8 = 188,6𝑚𝑚
HIDROLOGIA – HIDROGRAMA DE CHEIAS DO RIO MESSINGAZE
17 UEM – Faculdade de Engenharia – Curso de Licenciatura em Engenharia Civil,3o
ano – Hidrologia: Grupo XII
5.4.3. Cálculo da precipitação útil
Considerando que as perdas por infiltração correspondem a 20 % da intensidade média da
precipitação total, a partir da expressão [1] pode-se concluir que:
𝑃𝑢 = 𝑃𝑡 ∗ (1 − 0,2); 𝑃𝑡 = 188,8𝑚𝑚
𝑃𝑢 = 188,6 ∗ 0,8 = 150,8𝑚𝑚
5.4.4. Obtenção do hidrograma unitário sintético de Mockus
Admitindo que o tempo para a ponta é de 3/7 do tempo de concentração e que o hidrograma
unitário corresponde a uma chuvada de útil com a duração de 1/3 do tempo para a ponta:
𝑡 𝑝 =
3
7
𝑡 𝑐; 𝑡 𝑐 = 22,8ℎ
𝑡 𝑝 = 9,8ℎ
A partir da expressão [19] têm-se que:
𝑡 𝑏 = 2,67 ∗ 9,8ℎ = 26,2ℎ
O caudal de ponta é dado pela expressão [17]:
𝑞 𝑝 = 0,208 ∗
8831,6
9,8
= 187,45
𝑚3
ℎ
Gráfico 1: Hidrograma unitário de Mockus
0
20
40
60
80
100
120
140
160
180
200
0 9.8 20 26.2 30
Q
T
Hidrograma Unitário de Mockus Q [m3/s]
T [h]
HIDROLOGIA – HIDROGRAMA DE CHEIAS DO RIO MESSINGAZE
18 UEM – Faculdade de Engenharia – Curso de Licenciatura em Engenharia Civil,3o
ano – Hidrologia: Grupo XII
A tabela abaixo, representa caudais por unidade de altura em função do tempo desfasado ∆𝑡
obtidos por interpolação.
∆𝑡 =
1
5
∗ 𝑡 𝑐 = 0,2 ∗ 22,8 = 4.56 ≅ 5ℎ
Tabela 1: caudais por unidade de altura em função do tempo desfasado em 5 unidades
t[h] 0 5 10 15 20 25 30
HU22,8[m3/s/mm] 0 94 187 160 130 91 0
5.4.5. Obtenção do hidrograma resultante de uma chuvada de duração 22,8 h e uma
altura de precipitação de 188,6 mm
Dividiu-se o único evento chuvoso acima citado em 5 eventos com uma duração de 22,8 h e uma
altura de precipitação de 37,72 mm desfasados Δt = 5h
Tabela2. Cálculo de caudais para obtenção do hidrograma resultante
t[h] 0 5 10 15 20 25 30 35 40 45 50
HU22,8 0 94 187 160 130 91 0
37,72HU22,8 0 3546 7054 6035 4904 3433 0
37,72HU22,8 0 3546 7054 6035 4904 3433 0
37,72HU22,8 0 3546 7054 6035 4904 3433 0
37,72HU22,8 0 3546 7054 6035 4904 3433 0
37,72HU22,8 0 3546 7054 6035 4904 3433 0
188,6HU22,8 0 3546 10599 16635 21538 24971 21425 14371 8336 3433 0
HIDROLOGIA – HIDROGRAMA DE CHEIAS DO RIO MESSINGAZE
19 UEM – Faculdade de Engenharia – Curso de Licenciatura em Engenharia Civil,3o
ano – Hidrologia: Grupo XII
5.5.OBTENÇÃO DO HIDROGRAMA DE CHEIA NATURAL, PARA
PRECIPITAÇÃO VARIÁVEL
5.5.1. Método do hietograma do projeto definido pelo USACE
Dados
𝑎 = 1232,0328
𝑏 = −0,692988
𝑛 = 1 + 𝑏 = 0,307012
𝑡 𝑟 = ∆𝑡 = 5ℎ
n n*Dt(min) hnt(mm) ∆tmin hnu(mm)
1 300 33.66 300 26.928
2 600 7.98 300 6.384
3 900 5.52 300 4.416
4 1200 4.35 300 3.48
5 1500 3.65 300 2.92
Tabela: Precipitações calculadas param o Hietograma
0
5000
10000
15000
20000
25000
30000
0 5 10 15 20 25 30 35 40 45 50
Q[m3/s]
t[h]
Hidrograma Resultante
HU22,8
37,72HU22,8
37,72HU22,8
37,72HU22,8
37,72HU22,8
37,72HU22,8
188,6HU22,8
HIDROLOGIA – HIDROGRAMA DE CHEIAS DO RIO MESSINGAZE
20 UEM – Faculdade de Engenharia – Curso de Licenciatura em Engenharia Civil,3o
ano – Hidrologia: Grupo XII
h Hietograma Unitário
h1 33.66 4.35
h2 7.98 7.98
h3 5.52 33.66
h4 4.35 5.52
h5 3.65 3.65
Tabela: Precipitações Organizadas de acordo com posições ocupadas no Hietograma
Gráfico: Hietograma de Projecto
t[h] 0 5 10 15 20 25 30 35 40 45 50
HU22.8 0 94 187 160 130 91
4,35H22,8 0 409 813 696 566 395.9
7,98H22,8 0 750 1492 1277 1037 726
33,66H22,8 0 3164 6294 5386 4376 3063
5,52H22,8 0 519 1032 883 718 502
3,65H22,8 0 343.1 683 584 475 332
Tabela: Caudais calculados, para o hidrograma de cheia natural para precipitação variável
0
5
10
15
20
25
30
35
40
hnu[mm]
HIETOGRAMA DO PROJECTO
HIDROLOGIA – HIDROGRAMA DE CHEIAS DO RIO MESSINGAZE
21 UEM – Faculdade de Engenharia – Curso de Licenciatura em Engenharia Civil,3o
ano – Hidrologia: Grupo XII
5.6.DETERMINAÇÃO DO COEFICIENTE C
5.6.1. Cálculo do volume escoado.
0
5000
10000
15000
20000
0 5 10 15 20 25 30 35 40 45 50
HIDROGRAMA DE CHEIA NATRUAL
HU22.8 4,35H22,8 7,98H22,8 33,66H22,8
5,52H22,8 3,65H22,8 188,6H22,8
Caudal,Q[m3/s]
tempo [h]
HIDROLOGIA – HIDROGRAMA DE CHEIAS DO RIO MESSINGAZE
22 UEM – Faculdade de Engenharia – Curso de Licenciatura em Engenharia Civil,3o
ano – Hidrologia: Grupo XII
Tabela: Cálculo de Volume escoado
i 188.6HU22,8 t[h] t[s] V (escoado)
1 0 0 5 300 0
2 409 204.5 10 450 30675
3 1564 986.5 15 455 4932.5
4 5352 3458 20 460 17290
5 8656 7004 25 465 35020
6 8194 8425 30 470 42125
7 6668 7431 35 475 37155
8 4365 5516.5 40 480 27582.5
9 977 2671 45 485 13355
10 332 654.5 50 490 3272.5
11 0 166 55 495 830
Total de volume escoado [m3] 212237.5
𝑉𝑒𝑠𝑐𝑜𝑎𝑑𝑜 = 212237,5𝑚3
5.6.2. Cálculo de volume precipitado
i t[h] I*t
1 0 0
2 5 41.4
3 10 82.7
4 15 124
5 20 165
6 25 207
7 30 248
8 35 289
9 40 331
10 45 372
11 50 414
TOTAL 2274
𝑉𝑝𝑟𝑒𝑐𝑖𝑖𝑡𝑎𝑑𝑜 = 𝐴 ∑ 𝐼 ∗ ∆𝑡
𝑁
𝑖=1
HIDROLOGIA – HIDROGRAMA DE CHEIAS DO RIO MESSINGAZE
23 UEM – Faculdade de Engenharia – Curso de Licenciatura em Engenharia Civil,3o
ano – Hidrologia: Grupo XII
𝑉𝑝𝑟𝑒𝑐𝑖𝑖𝑡𝑎𝑑𝑜 = 8813,6 ∗ 1000 ∗ 2274 = 20084129175𝑚3
5.6.2.1.Cálculo de coeficiente C
𝐶 =
𝑉𝑒𝑠𝑐𝑜𝑎𝑑𝑜
𝑉𝑝𝑟𝑒𝑐𝑖𝑝𝑖𝑡𝑎𝑑𝑜
=
212237,5𝑚3
2008412975𝑚3
= 0,00001057
5.6.3. Obtenção do coeficiente de escoamento pela fórmula racional com base nas
características da bacia em estudo.
a) Caudal de ponta:
𝑄 𝑝𝑜𝑛𝑡𝑎 = 43671,4
𝑚3
𝑠
𝐼 = 8,27
𝑚𝑚
ℎ
= 2,297
𝑚
𝑠
𝐴 = 8831,6𝑘𝑚2
= 8831600000𝑚2
Da equação [5], obtém-se C:
𝐶 =
𝑄
𝐼 ∗ 𝐴
=
43671,4
8831600000 ∗ 2,297
= 0,000002153
HIDROLOGIA – HIDROGRAMA DE CHEIAS DO RIO MESSINGAZE
24 UEM – Faculdade de Engenharia – Curso de Licenciatura em Engenharia Civil,3o
ano – Hidrologia: Grupo XII
6. CONCLUSÃO
O coeficiente C geralmente é associado a fatores físicos da bacia como a cobertura vegetal, classe
do solo, declividade e período de retorno.
Conforme os cálculos apresentados, é notável que o coeficiente, C obtido pela fórmula racional é
muito menor do que o coeficiente C obtido pela razão entre o volume escoado e o volume
precipitado.
HIDROLOGIA – HIDROGRAMA DE CHEIAS DO RIO MESSINGAZE
25 UEM – Faculdade de Engenharia – Curso de Licenciatura em Engenharia Civil,3o
ano – Hidrologia: Grupo XII
7. BIBLIOGRAFIA
[1] HIPÓLITO, J. R. e A. C. VAZ; Hidrologia e recursos hídricos. IST PRESS; Lisboa; 2013
[2] Guião do Trabalho Prático n°.4
HIDROLOGIA – HIDROGRAMA DE CHEIAS DO RIO MESSINGAZE
26 UEM – Faculdade de Engenharia – Curso de Licenciatura em Engenharia Civil,3o
ano – Hidrologia: Grupo XII
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  • 1. HIDROLOGIA – HIDROGRAMA DE CHEIAS DO RIO MESSINGAZE 1 UEM – Faculdade de Engenharia – Curso de Licenciatura em Engenharia Civil,3o ano – Hidrologia: Grupo XII INDICE 1. INTRODUÇÃO ......................................................................................................................3 2. OBJECTIVOS ........................................................................................................................4 2.1. Objectivo geral.....................................................................................................................4 2.2. Objectivos específicos..........................................................................................................4 3. METODOLOGIA USADA....................................................................................................5 4. CONCEITOS TEÓRICOS....................................................................................................6 4.1. Caracterização de cheias ......................................................................................................6 4.2. Precipitação útil....................................................................................................................7 4.3. Determinação do caudal de ponta ........................................................................................8 4.3.1. Tempo de concentração................................................................................................8 4.3.2. Fórmula do Soil Conservation Service (SCS)..............................................................9 4.3.3. Fórmula de Giandotti....................................................................................................9 4.3.4. Fórmula de Kirpich.......................................................................................................9 4.3.5. Fórmula Temez...........................................................................................................10 4.4. Fórmulas cinemáticas.........................................................................................................10 4.4.1. Fórmula racional.........................................................................................................10 4.4.2. Fórmula racional.........................................................................................................10 4.4.3. Fórmula de Giandotti..................................................................................................11 4.4.4. Fórmula do SCS..........................................................................................................11 4.5. DO HIDROGRAMA UNITÁRIO.....................................................................................11 4.5.1. Conceitos gerais e definições......................................................................................11 5. OBTENÇÃO DO HIDROGRAMA DE CHEIA NATURAL NA SECÇÃO DE REFERÊNCIA DA BACIA DO RIO MESSINGAZE .............................................................15 5.1. Descrição d rio Messingaze ...............................................................................................15 5.2. Características da bacia d rio Messingaze .........................................................................15 5.3. Cálculo do tempo de concentração ....................................................................................16 5.4. CÁLCULO DA PRECIPITAÇÃO DO PROJETO ...........................................................16 5.4.1. Cálculo da intensidade de precipitação ......................................................................16 5.4.2. Cálculo precipitação total...........................................................................................16 5.4.3. Cálculo da precipitação útil........................................................................................17 5.4.4. Obtenção do hidrograma unitário sintético de Mockus..............................................17
  • 2. HIDROLOGIA – HIDROGRAMA DE CHEIAS DO RIO MESSINGAZE 2 UEM – Faculdade de Engenharia – Curso de Licenciatura em Engenharia Civil,3o ano – Hidrologia: Grupo XII 5.4.5. Obtenção do hidrograma resultante de uma chuvada de duração 22,8 h e uma altura de precipitação de 188,6 mm.....................................................................................................18 5.5. OBTENÇÃO DO HIDROGRAMA DE CHEIA NATURAL, PARA PRECIPITAÇÃO VARIÁVEL..................................................................................................................................19 5.5.1. Método do hietograma do projeto definido pelo USACE..........................................19 5.6. DETERMINAÇÃO DO COEFICIENTE C ......................................................................21 5.6.1. Cálculo do volume escoado........................................................................................21 5.6.2. Cálculo de volume precipitado...................................................................................22 5.6.3. Obtenção do coeficiente de escoamento pela fórmula racional com base nas características da bacia em estudo.............................................................................................23 6. CONCLUSÃO ......................................................................................................................24 7. BIBLIOGRAFIA..................................................................................................................25 8. ANEXO.....................................................................................................................................26
  • 3. HIDROLOGIA – HIDROGRAMA DE CHEIAS DO RIO MESSINGAZE 3 UEM – Faculdade de Engenharia – Curso de Licenciatura em Engenharia Civil,3o ano – Hidrologia: Grupo XII 1. INTRODUÇÃO Devido à crescente importância da água como recurso natural e aos avanços tecnológicos no decorrer das últimas décadas, aumentou a necessidade de melhorar os critérios de dimensionamento das obras hidráulicas de forma a obter uma melhor relação entre o aproveitamento e o custo das mesmas. As cheias podem resultar também de fusão da neve ou de rotura de barragens. HIPOLITO & Vaz, 2013. Neste presente trabalho serão apresentadas algumas fórmulas para determinação de tempo de concentração. Para determinar os caudais de ponta de cheia em bacias hidrográficas, apresenta-se um conjunto de técnicas e modelos de cálculo. O método racional e a fórmula de Mockus são metodologias de simples aplicação e com resultados aceitáveis no dimensionamento de passagens hidráulicas, pelo que são muito utilizadas em projetos. Com o intuito de averiguar a exatidão destes princípios elaborou-se este trabalho, que pretende estudar a influência das características das bacias hidrográficas, traduzidas pela forma do hidrograma unitário que as caracteriza, na escolha do hidrograma de projeto a adotar para a obra
  • 4. HIDROLOGIA – HIDROGRAMA DE CHEIAS DO RIO MESSINGAZE 4 UEM – Faculdade de Engenharia – Curso de Licenciatura em Engenharia Civil,3o ano – Hidrologia: Grupo XII 2. OBJECTIVOS 2.1.Objectivo geral  Consolidar os conhecimentos adquiridos nas aulas de Hidrologia concernentes à caracterização de cheias. 2.2.Objectivos específicos  Obter hidrograma de cheia natural na secção de referência da bacia hidrográfica do Rio Messingaze, resultante de uma precipitação intensa com duração igual ao tempo de concentração e com período de retorno de 50 anos, considerada como precipitação de projeto.  Obter o hidrograma de cheia natural, considerando que a precipitação não se distribui uniformemente, mas de acordo com o hietograma de projeto definido pelo USACE.  Determinar do coeficiente C da Fórmula Racional a partir dos valores de caudal de ponta obtidos nos dois casos anteriores.
  • 5. HIDROLOGIA – HIDROGRAMA DE CHEIAS DO RIO MESSINGAZE 5 UEM – Faculdade de Engenharia – Curso de Licenciatura em Engenharia Civil,3o ano – Hidrologia: Grupo XII 3. METODOLOGIA USADA Para a elaboração deste trabalho, foi usada a metodologia seguinte:  Consulta consultas bibliográficas;  Pesquisas na internet;  Consultas aos docentes da disciplina de Hidrologia durante o período concebido à consultas.  Divisão de tarefas entre membros do grupo e Discussão dos resultados entre os membros do grupo;  Uso de pacotes do Microsoft Office 2013 (Word e Excel) para digitação e representação de gráficos e tabelas e Adobe Reader para visualização do trabalho em Pdf.
  • 6. HIDROLOGIA – HIDROGRAMA DE CHEIAS DO RIO MESSINGAZE 6 UEM – Faculdade de Engenharia – Curso de Licenciatura em Engenharia Civil,3o ano – Hidrologia: Grupo XII 4. CONCEITOS TEÓRICOS 4.1.Caracterização de cheias Pode-se definir cheia como um fenómeno hidrológico extremo causado por precipitação intensa de duração mais ou menos prolongada numa bacia hidrográfica ou em parte dela, originando caudais que excedem a capacidade de vazão do leito menor do rio. HIPÓLITO & VAZ, 2013 O estudo de cheias serve de base para o dimensionamento dos órgãos hidráulicos de segurança da barragem, principalmente o evacuador de cheias. Os valores da probabilidade de não excedência normalmente adotados são função da possibilidade de haver ou não perda de vidas humanas, é corrente adotarem-se valores da probabilidade de não excedência de 0.99 (em média, uma excedência de 100 em 100 anos, ou seja, um período de retorno T = 100 anos) e superiores enquanto, se isso não acontece, podem adotar-se valores que vão desde 0.80 (período de retorno T = 5 anos) a 0.98 (período de retorno T = 50 anos). Do ponto de vista hidrológico, uma determinada cheia fica conhecida pelo seu hidrograma, onde se distingue o ramo ascendente, o valor máximo ou caudal de ponta e o ramo descendente. No entanto, para diversas aplicações como o dimensionamento das secções de vazão de pontes, aquedutos ou coletores pluviais, é suficiente o conhecimento do caudal de ponta. Diversos fatores influenciam a forma do hidrograma da cheia, as perdas por retenção superficial e por infiltração, as condições meteorológicas antecedentes e a distribuição temporal e espacial que dá origem à cheia. No que se respeita aos fatores relacionados com as características da bacia, que influenciam significativamente o tempo de concentração, têm importância a área da bacia, a sua forma e o relevo. As características da rede de drenagem têm também grande importância, principalmente a densidade de drenagem, a capacidade de transporte e o armazenamento da água em trânsito. Quanto mais alta forem a densidade de drenagem e a capacidade de transporte, mais facilmente o escoamento se concentra na secção de saída e maior será o caudal de ponta. Pelo contrário, o efeito do armazenamento consiste na redução do caudal de ponta, e tanto mais quanto maior for o armazenamento.
  • 7. HIDROLOGIA – HIDROGRAMA DE CHEIAS DO RIO MESSINGAZE 7 UEM – Faculdade de Engenharia – Curso de Licenciatura em Engenharia Civil,3o ano – Hidrologia: Grupo XII As perdas por retenção superficial e por infiltração reduzem a parte da precipitação que se transforma em escoamento superficial e em caudal de cheia. Elas são influenciadas por diversos factores, como a temperatura, o tipo de solos, o uso da terra, a cobertura vegetal e o teor de humidade antecedente. A temperatura é um dos fatores climáticos determinante da evaporação e da evapotranspiração, que esgotam a água retida, embora se admita que sejam pouco significativas durante a ocorrência de uma cheia, porque o défice de humidade na atmosfera é pequeno. O tipo de solos influencia a infiltração e a percolação para camadas mais profundas em função da sua permeabilidade. O uso do solo também influencia a infiltração, sendo exemplos disso o efeito da urbanização no aumento da percentagem de área impermeável ou a substituição de floresta nativa por áreas agrícolas. A cobertura vegetal é um dos fatores determinantes da evapotranspiração, para além de favorecer a detenção superficial e a infiltração. Finalmente, a intensidade da infiltração reduz-se tanto mais quanto mais húmido estiver o solo. A distribuição espacial e temporal da precipitação tem grande influência nas características da cheia. Por exemplo, se a precipitação se mover, afastando-se da secção de saída no sentido de montante da bacia, o caudal de ponta de cheia resultante será inferior ao resultante de uma precipitação equivalente que se mova a partir de montante no sentido da secção de saída. 4.2.Precipitação útil Apenas uma parte da precipitação que ocorre numa bacia hidrográfica contribui para o escoamento directo, designando-se essa parte por precipitação útil, precipitação efetiva ou excesso de precipitação, e a parte que não contribui para o escoamento direto por perdas. Existem vários métodos ou modelos para determinação direta ou indireta da precipitação útil. O Soil Conservation Service (SCS) do Departamento de Agricultura dos EUA (USDA), Actualmente integrado no Natural Resources Conservation Service (NRCS) do mesmo departamento, estabeleceu um método para a determinação da precipitação útil, que tem sido muito utilizado em todo o mundo na análise e síntese de cheias, ou seja, em escalas de tempo correspondentes à duração de uma cheia e, portanto, inferiores à escala mensal e mesmo
  • 8. HIDROLOGIA – HIDROGRAMA DE CHEIAS DO RIO MESSINGAZE 8 UEM – Faculdade de Engenharia – Curso de Licenciatura em Engenharia Civil,3o ano – Hidrologia: Grupo XII inferiores à escala semanal em pequenas e médias bacias. Designa-se tal método por curva da precipitação útil do SCS. Define-se a perda de precipitação para o escoamento direto por ∆ = ∆ (P) = P – Pu [1] Onde ∆(P) representa a perda acumulada P, a precipitação acumulada; Pu , a precipitação útil acumulada. 4.3.Determinação do caudal de ponta 4.3.1. Tempo de concentração Um dos parâmetros com mais importância prática na análise e síntese de cheias em bacias hidrográficas é o tempo de concentração, tc, que se define como sendo o tempo necessário para que a gota de água caída no ponto da bacia hidrográfica cinematicamente mais distante da secção de referência a atinja em percurso superficial, ou estritamente, na teoria do hidrograma unitário, o tempo necessário para que, com precipitação útil de intensidade constante, se atinja o caudal máximo do escoamento direto na secção de referência, ou ainda que medeia entre o fim da precipitação útil e o fim do escoamento direto na secção de referência. Embora geralmente se admita que é aproximadamente constante em cada bacia, na ocorrência de precipitações intensas, essa constância é apenas um dos pressupostos na teoria do hidrograma unitário, não sendo verificável em outras várias abordagens. Para a determinação do tempo de concentração, o percurso e o declive dos terrenos são os fatores mais importantes, não sendo a área da bacia muito relevante. Diversas fórmulas empíricas, como as que se apresentam abaixo, têm sido propostas para se fazer sua determinação. Nenhuma considera o efeito do armazenamento nas depressões do terreno, que pode ser muito significativo.
  • 9. HIDROLOGIA – HIDROGRAMA DE CHEIAS DO RIO MESSINGAZE 9 UEM – Faculdade de Engenharia – Curso de Licenciatura em Engenharia Civil,3o ano – Hidrologia: Grupo XII 4.3.2. Fórmula do Soil Conservation Service (SCS) A fórmula proposta em USDA-NRCS (2004) corresponde à seguinte: 𝑡 𝑐 = 0,057 𝐿0,8 𝑖0,5 ( 1000 𝑁𝐶 − 9)0,7 [2] Onde: tc representa o tempo de concentração (h), L, a distância à secção de referência do ponto cinemático mais afastado (km), i, o declive médio da bacia hidrográfica (-) NC, o número da curva da precipitação útil (-). Esta fórmula é recomendada para pequenas bacias rurais com áreas na superiores a 50 𝑘𝑚2 . 4.3.3. Fórmula de Giandotti A fórmula de Giandotti é a seguinte: 𝑡 𝑐 = 4√𝐴+1,5𝐿 0,8√ℎ 𝑚 [3] tc - horas, A - km2 , L - comprimento da principal linha de água da bacia em km, hm – altura média da bacia em metros. Só deve ser usada para bacias com áreas superiores a 300 𝑘𝑚2 4.3.4. Fórmula de Kirpich tc - horas, L - km, ∆H (diferença de cotas entre as extremidades do rio principal), m Expressão geral 𝑡 𝑐 = 0,946 𝐿1,155 ∆𝐻0,385 (6)
  • 10. HIDROLOGIA – HIDROGRAMA DE CHEIAS DO RIO MESSINGAZE 10 UEM – Faculdade de Engenharia – Curso de Licenciatura em Engenharia Civil,3o ano – Hidrologia: Grupo XII 4.3.5. Fórmula Temez 𝑡 𝑐 = 1,115 𝐿0,95 ∆𝐻0,19 [4] tc, L, ∆H com os mesmos significados que na fórmula de Kirpich. A fórmula de Témez é recomendada para bacias naturais com áreas até 3000 km2. 4.4.Fórmulas cinemáticas Diversas fórmulas utilizadas  Fórmula racional  Fórmula de Giandotti  Fórmula do Soil Conservation Service -Estimar com as várias fórmulas e comparar os resultados -Considerar os limites de aplicação de cada Formula 4.4.1. Fórmula racional Dimensionamento homogénea Qp = c i A [5] Qp - caudal de ponta, c, coeficiente de escoamento, i- intensidade média de precipitação com duração igual ao tempo de concentração e período de retorno desejado, e A - área da bacia Assume: precipitação uniforme sobre toda a bacia, intensidade constante, bacia com características fisiográficas homogéneas - pequenas bacias. Hipólito e Vaz (2ª Edição). 4.4.2. Fórmula racional  Correção proposta por Hipólito, 2006, por comparação com resultados com precipitação com distribuição temporal não uniforme Qp = f c i A [6] f = 2 - √n(T) [7] onde n(T) é o expoente na curva de possibilidade udométrica.
  • 11. HIDROLOGIA – HIDROGRAMA DE CHEIAS DO RIO MESSINGAZE 11 UEM – Faculdade de Engenharia – Curso de Licenciatura em Engenharia Civil,3o ano – Hidrologia: Grupo XII  Correção proposta por Hipólito, Vaz (2ª Edição) por comparação com resultados com precipitação com distribuição temporal não uniforme, tem a expressão: 𝑄 = 0,278 𝐶𝐼𝐴 [8] 4.4.3. Fórmula de Giandotti 𝑄 = 𝜆𝐴𝑃 𝑡 𝑐 [9] Q- m3/s, A - km2, h - altura de precipitação em mm correspondente a uma duração igual à do tempo de concentração e para um período de retorno T, tc -tempo de concentração em horas, 𝜆- parâmetro função da área da bacia, imed -intensidade média em mm/h, Área, A, (km)2 e C = 3,6𝜆. Aplicável a bacia com mais de 300 km2 Hipólito e Vaz (2ª Edição). 4.4.4. Fórmula do SCS Q - m3/s, A - km2 , Pu (precipitação útil) - mm, tp (tempo para o pico) - horas. 𝑄 = 0,278 𝐴 𝑃 𝑢 𝑡 𝑐 [10] Comparando a fórmula do SCS (12), com a fórmula racional [6], obtemos: 𝐶 = 𝑃 𝑢 𝑃 [11] 4.5. DO HIDROGRAMA UNITÁRIO 4.5.1. Conceitos gerais e definições O método do hidrograma unitário foi proposto por Sherman (1932) nos Estados Unidos e tornou- se a partir de então um dos métodos mais utilizados para a obtenção do hidrograma do escoamento resultante de uma precipitação intensa, aplicando-se fundamentalmente ao estudo de cheia. Na teoria do hidrograma unitário, apenas se estabelecem relações entre a precipitação útil e o escoamento direto. Assim, utilizando o hidrograma unitário, pode-se obter um hidrograma de escoamento direto, ao qual depois se tem de adicionar o escoamento de base para obter o escoamento total. No estudo de cheias é frequente a componente do escoamento de base ser relativamente pequena em comparação com a ponta do escoamento direto, em especial em pequenas bacias hidrográficas.
  • 12. HIDROLOGIA – HIDROGRAMA DE CHEIAS DO RIO MESSINGAZE 12 UEM – Faculdade de Engenharia – Curso de Licenciatura em Engenharia Civil,3o ano – Hidrologia: Grupo XII 4.5.1.1.Hidrogramas sintéticos Pode acontecer que em determinadas bacias hidrográficas não exista informação hidrometeorológica suficiente para se obter o hidrograma unitário, frequentemente por falta de medições de escoamento. Para essas situações, diversos autores sugeriram hidrogramas sintéticos, como Snyder (1938) e Clark (1945), definidos a partir de características físicas da bacia. Neste trabalho irá fazer-se menção de apenas um hidrograma sintético, o hidrograma unitário do SCS. 4.5.1.2.Hidrograma unitário do SCS Mockus (1957), a partir da análise de dados hidrometeorológicos em bacias hidrográficas com áreas e localizações diversas, estabeleceu o hidrograma unitário padrão do SCS, que definiu de modo adimensional em forma tabular. O referido hidrograma unitário padrão pode ser aproximado por um hidrograma triangular. Procede-se à adimensionalização do tempo, dividindo-o pelo tempo de crescimento ou tempo para a ponta, t/tp, e à dimensionalização do caudal do hidrograma unitário, dividindo-o pelo caudal máximo ou de ponta, u/umax. No método do SCS, o tempo de concentração, é definido como sendo o tempo que decorre desde o fim da precipitação útil até ao ponto de inflexão no hidrograma unitário padrão a que dá origem. Na definição apresentada acima, o tempo de concentração, tc, é o tempo que decorre desde o fim da precipitação útil até ao fim do hidrograma unitário a que dá origem. A relação entre os dois tempos é 𝑆𝐶𝑆𝑡 𝑐 = 0,6𝑡 𝑐 [12] Sendo assim, na descrição que se segue, obedecendo ao método do SCS, procedeu-se à adaptação necessária, com base no hidrograma unitário triangular. 𝑡 𝑐 = 0,057 𝐿0,8 𝑖0,5 ( 1000 𝑁𝐶 − 9) 0,7 [13] 𝐷 = 0,133𝑡 𝐶 [14] 𝑡 𝑏 = 𝐷 + 𝑡 𝑐 = 1,133𝑡 𝑐 [15] Resultando para o hidrograma unitário:
  • 13. HIDROLOGIA – HIDROGRAMA DE CHEIAS DO RIO MESSINGAZE 13 UEM – Faculdade de Engenharia – Curso de Licenciatura em Engenharia Civil,3o ano – Hidrologia: Grupo XII 𝑡 𝑝 = 1,133 ∝ 𝑡 𝑐 [16] 𝑈 𝑚𝑎𝑥 = 5 9 ∝ 𝐴 𝑡 𝑐 [17] Onde A representa a área da bacia hidrográfica (km2) e os tempos se exprimem em h. Para o ajustamento do hidrograma unitário triangular ao hidrograma unitário padrão, ou a qualquer outro, considera-se a fração do tempo de base que determina o tempo para a ponta. No hidrograma triangular, este parâmetro representa também a fração do escoamento total que ocorre até à ponta do hidrograma. No hidrograma unitário padrão, a fração do escoamento até à ponta é ∝= 0,375, que se faz igual à do hidrograma unitário triangular que se ajusta. Obtém-se: 𝑡 𝑝 = 0,405𝑡 𝑐 [18] 𝑡 𝑏 = 2,67𝑡 𝑝 [19] 𝑈 𝑚𝑎𝑥 = 0,208 𝐴 𝑡 𝑐 [20] 4.5.1.3.Hietograma de projecto Quando se pretende estudar uma cheia de projeto, é necessário conhecer a precipitação que lhe dá origem, o hietograma de projeto. Na teoria do hidrograma unitário, dados blocos de precipitação útil, a combinação de blocos que conduz ao máximo dos caudais de ponta, que se vai designar por supremo, Qsup, corresponde a: 𝑄 𝑆𝑈𝑃 = ∑ 𝑃𝑢(𝑖) ∗ 𝑈(𝑖) 𝑁 𝑖=1 [21] Onde (i) representa o número de ordem não crescente quer dos blocos de precipitação útil, quer das ordenadas do hidrograma unitário. O resultado anterior obtém-se colocando em sequência temporal a ordem dos blocos de precipitação útil, ao contrário da sequência temporal da ordem das ordenadas do hidrograma unitário. Efetivamente, designado o maior por (1), o segundo maior por (2) e assim sucessivamente, se a sequência temporal dos números de ordem do hidrograma unitário for (5), (3), (2), (1), (4), (6), (7), (8), então a sequência temporal dos blocos de precipitação útil que conduz ao supremo é (8), (7), (6), (4), (1), (2), (3), (5). Para que a contiguidade seja mantida, é necessário que o bloco (i) seja colocado de modo adjacente de um ou do outro lado dos i – 1 blocos anteriores.
  • 14. HIDROLOGIA – HIDROGRAMA DE CHEIAS DO RIO MESSINGAZE 14 UEM – Faculdade de Engenharia – Curso de Licenciatura em Engenharia Civil,3o ano – Hidrologia: Grupo XII Sendo a precipitação útil determinada descontando as perdas à precipitação total, a disposição anterior é simples de obter nos casos de uma perda em cada bloco que seja proporcional à precipitação nesse bloco ou de uma perda constante de valor inferior ao do menor bloco de precipitação. No entanto, pode acontecer noutros métodos de determinação das perdas que a duração total e a ordem dos blocos não sejam as mesmas nos dois tipos de precipitação. Uma outra questão que se coloca é a relação entre o período de retorno da precipitação e o período de retorno do escoamento. Devido ao efeito do armazenamento antecedente na bacia, o período de retorno da ponta de cheia é inferior ao da precipitação, efeito tanto menos sensível quanto maior for o período de retorno. Para períodos de retorno iguais ou superiores a 100 anos, os dois períodos do retorno são aproximadamente iguais. Para definir o hietograma de projeto para um dado período de retorno pode utilizar-se a seguinte metodologia:  Obtém-se a curva de possibilidade udométrica para o período de retorno pretendido, 𝑃 = 𝑎𝑡 𝑛;  Considera-se uma precipitação com duração total igual ao tempo de concentração da bacia;  Divide-se a duração total em N períodos de D horas cada;  Calcula-se um hietograma decrescente composto por N blocos de D horas casa, do seguinte modo: 𝑃(1)=𝑎𝐷 𝑛 𝑃(2) = 𝑎(2𝐷) 𝑛 − 𝑃(1) --------- 𝑃(𝑁) = 𝑎(𝑁𝐷) 𝑛 − ∑ 𝑃(𝑖) 𝑛 𝑖=1 [22]  A partir deste hietograma decrescente, constrói-se o hietograma de blocos contíguos, como acima se referiu para a precipitação útil;  Obtém-se o hietograma de precipitação útil descontando ao anterior as perdas, de acordo com o método selecionado para o seu cálculo;  Caso seja necessário e possível, mantendo a contiguidade, trocam-se blocos da precipitação P(i) para obter o resultado desejado. Faz-se notar que pode acontecer que a precipitação útil final não tenha uma duração total igual ao tempo de concentração. Nesses casos, dever-se-ão calcular utilizando [19] os blocos adicionais de precipitação para se obter essa duração.
  • 15. HIDROLOGIA – HIDROGRAMA DE CHEIAS DO RIO MESSINGAZE 15 UEM – Faculdade de Engenharia – Curso de Licenciatura em Engenharia Civil,3o ano – Hidrologia: Grupo XII 5. OBTENÇÃO DO HIDROGRAMA DE CHEIA NATURAL NA SECÇÃO DE REFERÊNCIA DA BACIA DO RIO MESSINGAZE 5.1.Descrição d rio Messingaze O rio Messingaze é um rio que se localiza na zona Centro do Pais, nascendo na província de Manica no distrito de Gondola e desagua rio Púngue. A bacia possui uma área total de cerca de 8831,2 km2 , cerca de 175,8 Km de perímetro. 5.2.Características da bacia d rio Messingaze Área [km2] L[km] hm 8831,6 60,5 656 Fonte: dados extraídos do qGIS Onde: L- comprimento do curso principal [km] hm- altura média da bacia [m]
  • 16. HIDROLOGIA – HIDROGRAMA DE CHEIAS DO RIO MESSINGAZE 16 UEM – Faculdade de Engenharia – Curso de Licenciatura em Engenharia Civil,3o ano – Hidrologia: Grupo XII O período de retorno considerado é de 50 anos, cujos parâmetros da para curvas IDF são: a=1026,694; b=-0,57749 Dado que a Bacia do Rio Messingaze localiza-se na zona climática B, onde K = 1,2 os parâmetros a e b serão ajustados para: a=1232,0328; b=-0,692988 5.3.Cálculo do tempo de concentração Tendo em conta as características da bacia, a fórmula que melhor se aplica para o cálculo do tempo de concentração (tc) é apenas a de Giandotti, pois é aplicável à bacias com áreas superiores a 300 km2 . Assim, a partir da expressão [3] obtém-se 𝑡 𝑐 = 4 ∗ √8831,6 + 1,5 ∗ 60,5 0,8 ∗ √656 = 22,8ℎ 𝑡 𝑐 = 1366,5 𝑚𝑖𝑛𝑢𝑡𝑜𝑠 5.4.CÁLCULO DA PRECIPITAÇÃO DO PROJETO 5.4.1. Cálculo da intensidade de precipitação 𝐼 = 𝑎𝑡 𝑏 ; 𝑡 [𝑚𝑖𝑛] Considerando 𝑡 = 𝑡 𝑐 = 1366,5𝑚: 𝐼 = 1232,0328 ∗ (1366,5)−0,692988 𝐼 = 1232,0328 ∗ (1366,5)−0,692988 𝐼 = 8,27 𝑚𝑚 ℎ⁄ 5.4.2. Cálculo precipitação total 𝑃𝑡 = 𝐼 ∗ 𝑡; 𝑡 = 𝑡 𝑐 = 22,8ℎ 𝑃𝑡 = 8,27 ∗ 22,8 = 188,6𝑚𝑚
  • 17. HIDROLOGIA – HIDROGRAMA DE CHEIAS DO RIO MESSINGAZE 17 UEM – Faculdade de Engenharia – Curso de Licenciatura em Engenharia Civil,3o ano – Hidrologia: Grupo XII 5.4.3. Cálculo da precipitação útil Considerando que as perdas por infiltração correspondem a 20 % da intensidade média da precipitação total, a partir da expressão [1] pode-se concluir que: 𝑃𝑢 = 𝑃𝑡 ∗ (1 − 0,2); 𝑃𝑡 = 188,8𝑚𝑚 𝑃𝑢 = 188,6 ∗ 0,8 = 150,8𝑚𝑚 5.4.4. Obtenção do hidrograma unitário sintético de Mockus Admitindo que o tempo para a ponta é de 3/7 do tempo de concentração e que o hidrograma unitário corresponde a uma chuvada de útil com a duração de 1/3 do tempo para a ponta: 𝑡 𝑝 = 3 7 𝑡 𝑐; 𝑡 𝑐 = 22,8ℎ 𝑡 𝑝 = 9,8ℎ A partir da expressão [19] têm-se que: 𝑡 𝑏 = 2,67 ∗ 9,8ℎ = 26,2ℎ O caudal de ponta é dado pela expressão [17]: 𝑞 𝑝 = 0,208 ∗ 8831,6 9,8 = 187,45 𝑚3 ℎ Gráfico 1: Hidrograma unitário de Mockus 0 20 40 60 80 100 120 140 160 180 200 0 9.8 20 26.2 30 Q T Hidrograma Unitário de Mockus Q [m3/s] T [h]
  • 18. HIDROLOGIA – HIDROGRAMA DE CHEIAS DO RIO MESSINGAZE 18 UEM – Faculdade de Engenharia – Curso de Licenciatura em Engenharia Civil,3o ano – Hidrologia: Grupo XII A tabela abaixo, representa caudais por unidade de altura em função do tempo desfasado ∆𝑡 obtidos por interpolação. ∆𝑡 = 1 5 ∗ 𝑡 𝑐 = 0,2 ∗ 22,8 = 4.56 ≅ 5ℎ Tabela 1: caudais por unidade de altura em função do tempo desfasado em 5 unidades t[h] 0 5 10 15 20 25 30 HU22,8[m3/s/mm] 0 94 187 160 130 91 0 5.4.5. Obtenção do hidrograma resultante de uma chuvada de duração 22,8 h e uma altura de precipitação de 188,6 mm Dividiu-se o único evento chuvoso acima citado em 5 eventos com uma duração de 22,8 h e uma altura de precipitação de 37,72 mm desfasados Δt = 5h Tabela2. Cálculo de caudais para obtenção do hidrograma resultante t[h] 0 5 10 15 20 25 30 35 40 45 50 HU22,8 0 94 187 160 130 91 0 37,72HU22,8 0 3546 7054 6035 4904 3433 0 37,72HU22,8 0 3546 7054 6035 4904 3433 0 37,72HU22,8 0 3546 7054 6035 4904 3433 0 37,72HU22,8 0 3546 7054 6035 4904 3433 0 37,72HU22,8 0 3546 7054 6035 4904 3433 0 188,6HU22,8 0 3546 10599 16635 21538 24971 21425 14371 8336 3433 0
  • 19. HIDROLOGIA – HIDROGRAMA DE CHEIAS DO RIO MESSINGAZE 19 UEM – Faculdade de Engenharia – Curso de Licenciatura em Engenharia Civil,3o ano – Hidrologia: Grupo XII 5.5.OBTENÇÃO DO HIDROGRAMA DE CHEIA NATURAL, PARA PRECIPITAÇÃO VARIÁVEL 5.5.1. Método do hietograma do projeto definido pelo USACE Dados 𝑎 = 1232,0328 𝑏 = −0,692988 𝑛 = 1 + 𝑏 = 0,307012 𝑡 𝑟 = ∆𝑡 = 5ℎ n n*Dt(min) hnt(mm) ∆tmin hnu(mm) 1 300 33.66 300 26.928 2 600 7.98 300 6.384 3 900 5.52 300 4.416 4 1200 4.35 300 3.48 5 1500 3.65 300 2.92 Tabela: Precipitações calculadas param o Hietograma 0 5000 10000 15000 20000 25000 30000 0 5 10 15 20 25 30 35 40 45 50 Q[m3/s] t[h] Hidrograma Resultante HU22,8 37,72HU22,8 37,72HU22,8 37,72HU22,8 37,72HU22,8 37,72HU22,8 188,6HU22,8
  • 20. HIDROLOGIA – HIDROGRAMA DE CHEIAS DO RIO MESSINGAZE 20 UEM – Faculdade de Engenharia – Curso de Licenciatura em Engenharia Civil,3o ano – Hidrologia: Grupo XII h Hietograma Unitário h1 33.66 4.35 h2 7.98 7.98 h3 5.52 33.66 h4 4.35 5.52 h5 3.65 3.65 Tabela: Precipitações Organizadas de acordo com posições ocupadas no Hietograma Gráfico: Hietograma de Projecto t[h] 0 5 10 15 20 25 30 35 40 45 50 HU22.8 0 94 187 160 130 91 4,35H22,8 0 409 813 696 566 395.9 7,98H22,8 0 750 1492 1277 1037 726 33,66H22,8 0 3164 6294 5386 4376 3063 5,52H22,8 0 519 1032 883 718 502 3,65H22,8 0 343.1 683 584 475 332 Tabela: Caudais calculados, para o hidrograma de cheia natural para precipitação variável 0 5 10 15 20 25 30 35 40 hnu[mm] HIETOGRAMA DO PROJECTO
  • 21. HIDROLOGIA – HIDROGRAMA DE CHEIAS DO RIO MESSINGAZE 21 UEM – Faculdade de Engenharia – Curso de Licenciatura em Engenharia Civil,3o ano – Hidrologia: Grupo XII 5.6.DETERMINAÇÃO DO COEFICIENTE C 5.6.1. Cálculo do volume escoado. 0 5000 10000 15000 20000 0 5 10 15 20 25 30 35 40 45 50 HIDROGRAMA DE CHEIA NATRUAL HU22.8 4,35H22,8 7,98H22,8 33,66H22,8 5,52H22,8 3,65H22,8 188,6H22,8 Caudal,Q[m3/s] tempo [h]
  • 22. HIDROLOGIA – HIDROGRAMA DE CHEIAS DO RIO MESSINGAZE 22 UEM – Faculdade de Engenharia – Curso de Licenciatura em Engenharia Civil,3o ano – Hidrologia: Grupo XII Tabela: Cálculo de Volume escoado i 188.6HU22,8 t[h] t[s] V (escoado) 1 0 0 5 300 0 2 409 204.5 10 450 30675 3 1564 986.5 15 455 4932.5 4 5352 3458 20 460 17290 5 8656 7004 25 465 35020 6 8194 8425 30 470 42125 7 6668 7431 35 475 37155 8 4365 5516.5 40 480 27582.5 9 977 2671 45 485 13355 10 332 654.5 50 490 3272.5 11 0 166 55 495 830 Total de volume escoado [m3] 212237.5 𝑉𝑒𝑠𝑐𝑜𝑎𝑑𝑜 = 212237,5𝑚3 5.6.2. Cálculo de volume precipitado i t[h] I*t 1 0 0 2 5 41.4 3 10 82.7 4 15 124 5 20 165 6 25 207 7 30 248 8 35 289 9 40 331 10 45 372 11 50 414 TOTAL 2274 𝑉𝑝𝑟𝑒𝑐𝑖𝑖𝑡𝑎𝑑𝑜 = 𝐴 ∑ 𝐼 ∗ ∆𝑡 𝑁 𝑖=1
  • 23. HIDROLOGIA – HIDROGRAMA DE CHEIAS DO RIO MESSINGAZE 23 UEM – Faculdade de Engenharia – Curso de Licenciatura em Engenharia Civil,3o ano – Hidrologia: Grupo XII 𝑉𝑝𝑟𝑒𝑐𝑖𝑖𝑡𝑎𝑑𝑜 = 8813,6 ∗ 1000 ∗ 2274 = 20084129175𝑚3 5.6.2.1.Cálculo de coeficiente C 𝐶 = 𝑉𝑒𝑠𝑐𝑜𝑎𝑑𝑜 𝑉𝑝𝑟𝑒𝑐𝑖𝑝𝑖𝑡𝑎𝑑𝑜 = 212237,5𝑚3 2008412975𝑚3 = 0,00001057 5.6.3. Obtenção do coeficiente de escoamento pela fórmula racional com base nas características da bacia em estudo. a) Caudal de ponta: 𝑄 𝑝𝑜𝑛𝑡𝑎 = 43671,4 𝑚3 𝑠 𝐼 = 8,27 𝑚𝑚 ℎ = 2,297 𝑚 𝑠 𝐴 = 8831,6𝑘𝑚2 = 8831600000𝑚2 Da equação [5], obtém-se C: 𝐶 = 𝑄 𝐼 ∗ 𝐴 = 43671,4 8831600000 ∗ 2,297 = 0,000002153
  • 24. HIDROLOGIA – HIDROGRAMA DE CHEIAS DO RIO MESSINGAZE 24 UEM – Faculdade de Engenharia – Curso de Licenciatura em Engenharia Civil,3o ano – Hidrologia: Grupo XII 6. CONCLUSÃO O coeficiente C geralmente é associado a fatores físicos da bacia como a cobertura vegetal, classe do solo, declividade e período de retorno. Conforme os cálculos apresentados, é notável que o coeficiente, C obtido pela fórmula racional é muito menor do que o coeficiente C obtido pela razão entre o volume escoado e o volume precipitado.
  • 25. HIDROLOGIA – HIDROGRAMA DE CHEIAS DO RIO MESSINGAZE 25 UEM – Faculdade de Engenharia – Curso de Licenciatura em Engenharia Civil,3o ano – Hidrologia: Grupo XII 7. BIBLIOGRAFIA [1] HIPÓLITO, J. R. e A. C. VAZ; Hidrologia e recursos hídricos. IST PRESS; Lisboa; 2013 [2] Guião do Trabalho Prático n°.4
  • 26. HIDROLOGIA – HIDROGRAMA DE CHEIAS DO RIO MESSINGAZE 26 UEM – Faculdade de Engenharia – Curso de Licenciatura em Engenharia Civil,3o ano – Hidrologia: Grupo XII 8. ANEXO