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Conteúdo

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Águas de chuva
Engenharia das águas
pluviais nas cidades

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Águas de chuva

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Conteúdo

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MANOEL HENRIQUE CAMPOS BOTELHO
Eng. Civil formado pela
Escola Politécnica da Universidade de São Paulo

Águas de chuva
Engenharia das águas
pluviais nas cidades
3- edição revista e sensivelmente ampliada
ª

Colaboração especial:

ARQ. ANGELO S. FILARDO JÚNIOR

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Águas de Chuva – Engenharia das águas pluviais
nas cidades
© 2011 Manoel Henrique Campos Botelho
3ª edição – 2011
1ª reimpressão – 2012
Editora Edgard Blücher Ltda.

FICHA CATALOGRÁFICA
Rua Pedroso Alvarenga, 1245, 4º andar
04531-012 – São Paulo – SP – Brasil
Tel 55 11 3078-5366
contato@blucher.com.br
www.blucher.com.br

Botelho, Manoel Henrique Campos
Águas de chuva: engenharia das águas pluviais
nas cidades / Manoel Henrique Campos Botelho;
colaboração especial Angelo S. Filardo Júnior –
3. edição revista e sensivelmente ampliada –
São Paulo, Blucher, 2011.

Segundo Novo Acordo Ortográfico, conforme 5. ed.

Bibliografia.

do Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa,

ISBN 978-85-212-0596-8

Academia Brasileira de Letras, março de 2009.

1. Água pluviais 2. Escoamento urbano
I. Filardo Júnior, Angelo S. II. Título
É proibida a reprodução total ou parcial por quaisquer
meios, sem autorização escrita da Editora.
Todos os direitos reservados pela Editora
Edgard Blücher Ltda.

10-11623

CDD-628.21
Índice para catálogo sistemático:

1. Águas pluviais: Sistemas de escoamento: Engenharia
Sanitária 628.21

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Créditos

À memória de meu pai Antenor
e à dedicação de minha mãe Helyeth,
o reconhecimento pelo fato de me terem educado
com uma perspectiva humanista.
A Mauricio e Vinicius,
filhos e companheiros
de uma inesquecível aventura.

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Águas de chuva

Pensamentos
“As cidades serão mais humanas,
quando as calçadas forem contínuas
e as ruas descontínuas…”
(H.C.B.)

“Se você quer entender a hidráulica dos canais,
raciocine primeiro com os conceitos de
calha de escoamento e vazão, e depois, só depois,
introduza o conceito de velocidade da água…”
(M.H.C.B.)

“El rigor se afinca entre nosotros más rápidamente
que la necessidad del rigor…”
(A.P. Maiztegui e Jorge A. Sabato em
Introducción a la Física, Buenos Aires, Octobre, 1950)

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Agradecimentos – 1.ª edição
Vários colegas colaboraram para este trabalho enviando dados, ou contando
suas experiências, ou, ainda, fazendo várias leituras do trabalho na sua fase de
preparação.
Assim agradeço aos colegas:
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	

Acácio E. Ito
Antonio Carlos Mingrone
Cauby dos Santos Rego
Cornélia Catharina Leindinger
Erialdo Gazola da Costa
Hilton Felicio dos Santos
José Augusto Borges
José Manuel Fernandes
José Martiniano de Azevedo Netto (in memoriam)
José Natal Martins Araújo
Júlio Capobianco Filho
Mauro Garcia (in memoriam)
Paulina Martorell
Romildo Magnani
Sérgio Akkerman
Waldir Nudelmann

Como só o autor participou da preparação final do texto, são dele, e com exclusiva responsabilidade, as eventuais falhas encontradas.
À Empresa Municipal de Urbanização de São Paulo – EMURB, o autor agradece
a autorização para reproduzir os documentos indicados ao longo deste livro com o
código EMURB.

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Águas de chuva

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Prefácio da 1.ª edição
Aos meus leitores.
Dentro do programa traçado de escrever livros práticos para o dia a dia profissional da engenharia civil e arquitetura, apresento agora: Águas de chuva - Engenharia das águas pluviais nas cidades.
Na preparação deste livro, segui a rotina tradicional na produção de meus livros técnicos.
–	 comecei a conversar com colegas que trabalham na área, seja no campo
de projeto, seja no campo de execução;
–	 entrei em contato com firmas projetistas, construtores e fornecedores
de materiais de construção;
–	 saí a campo para visitar obras em execução e sistemas em operação;
–	 colecionei artigos, livros e catálogos;
–	 finalmente, esbocei o livro.
Só depois disso, comecei a escrever.
Vários colegas, sabedores deste meu trabalho, procuraram-me para dar informações, dicas e contar experiências vividas e algumas muito sofridas.
O assunto “Águas Pluviais nas Cidades”, por envolver assuntos de urbanismo,
tráfego, hidrologia, hidráulica, mecânica dos solos, construção civil e aspectos jurídicos, é apaixonante e complexo.
Embora de há muito fosse minha intenção escrever sobre o assunto, um fato
marcou-me profundamente. Foi minha participação na equipe da Prefeitura do Município de São Paulo, Secretaria da Habitação e Desenvolvimento Urbano e Empresa Municipal de Urbanização de São Paulo – EMURB – que recuperou o escarpado
bairro do Jardim Damasceno, da pobre periferia da cidade de São Paulo. Nesse
empreendimento pude sentir dramaticamente:
–	 a importância do sistema pluvial para conter erosões do terreno, evitar dano à estabilidade de taludes e encostas e para proteger casas e
pessoas;

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Águas de chuva

–	 a importância da mecânica dos solos e de adequados métodos de projeto e de construção e operação para o sucesso do funcionamento do
sistema pluvial.
Nas obras de recuperação do Jardim Damasceno, vi, como talvez nunca tivesse
visto antes, o assunto “Sistema Pluvial” ser tratado com extrema seriedade.
À sofrida população do Jardim Damasceno e a todos que deram seu melhor
esforço para recuperá-lo é dedicado este livro.
M.H.C.B.
agosto, 1985

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Conteúdo

Apresentação da 3.ª edição, revista e sensivelmente ampliada
Face a muitas cartas, e-mails e consultas com elogios, críticas e sugestões de
novos temas e face às mudanças das normas de tubos de concreto pluviais, nasceu
esta 3- edição, com novos assuntos e temas sobre Águas Pluviais Urbanas.
ª
São poucos os livros sobre águas pluviais urbanas, e então as responsabilidades
dos seus autores crescem.
Eu muito apreciaria continuar a receber sugestões de novos temas pra futuras
novas edições deste livro.
Um abraço
Manoel Henrique Campos Botelho
março 2011
e-mail manoelbotelho@terra.com.br

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Águas de chuva

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Conteúdo

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Conteúdo
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Explicando as necessidades e funções dos Sistemas de Águas
Pluviais nas cidades . .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. . 	17
1.1	Introdução. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 	17
1.2	 Evolui a cidade, altera-se a função do Sistema Pluvial. . . . . . . . . . . . . 	20

2	

Uma polêmica sobre o traçado das cidades. Duas concepções
urbanísticas antagônicas. Parques públicos junto às margens dos
rios ou avenidas de fundos de vale. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 	23

3	
	
	
	
	
	

Elementos constituintes de um adequado Sistema Pluvial Urbano. . . . . 	25
3.1	 O traçado correto da cidade. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 	25
3.2	 Liberação de fundos de vale. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 	28
3.3	 A calha viária das ruas. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 	29
3.4	 Guias, sarjetas, sarjetões e rasgos. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 	30
3.5	 Dispositivos de captação e direcionamento de águas pluviais,
bocas de lobo, bocas de leão, grelhas, ralos, bocas de lobo
contínuas, canaletas e topo e de pé de talude. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 	34
3.6	 Tubos e galerias de condução de águas pluviais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 	42
3.7	 Poços de visitas. Tampões e grelhas . .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. . 	47
3.8	 Rampas e escadarias hidráulicas. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. . 	51
3.9	 Dispositivos de chegada de águas pluviais em córregos e rios. . . . . 	56
3.10	Revestimentos de taludes. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 	56

	
	
	
	
	
4.	
	
5	
	
	

Aspectos legais quanto às águas pluviais. Código Civil, Legislações
Municipais . .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. . 	59
4.1	 Extratos do Código Civil (Lei Federal n. 10.406, de janeiro
de 2002) sobre Sistemas de Águas Pluviais, Prediais e Urbanas . . . . . . . 	60
Patologias do Sistema Pluvial. Erros de projeto, erros de construção,
falta de manutenção . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 	63
5.1	Introdução. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 	63
5.2	 Exemplos de problemas em sistemas pluviais. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. . 	64

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Águas de chuva

Especificações para projeto de Sistemas Pluviais. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 	67
6.1	 Algumas palavras filosóficas. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 	67
6.2	 Precipitação e cálculo de vazões. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. . 	69
6.3	 Fixação da capacidade hidráulica de condução das ruas
	
e sarjetas. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 	71
6.4	 Captação de águas pluviais por bocas de lobo, bocas de leão
	
e caixas com grelhas. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 	75
6.5	 Ligação das bocas de lobo à canalização principal . . . . . . . . . . . . . . . . . 	76
6.6	 Canalização principal. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. . 	76
6.7	 Exemplo de projeto de um sistema pluvial. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 	79

	

Especificações de construção dos Sistemas Pluviais. .. .. .. .. .. .. .. .. .. . 	87
7.1	 Localicação da obra . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 	87
7.2	 Abertura da vala. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 	88
7.3	 Escoramento da vala . .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. . 	89
7.4	 Esgotamento da vala . .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. . 	89
7.5	 Execução do lastro dos tubos. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 	93
7.6	 Fornecimento, recebimento e assentamento de tubos. . . . . . . . . . . . . 	93
7.7	 Poços de visita (P.V.). .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. . 	95
7.8	 Argamassas de uso geral . .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. . 	95
7.9	 Alvenaria de tijolos ou blocos de concreto . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 	96
7.10	Concreto. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 	96
7.11	Reaterro da vala. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 	96
7.12	Repavimentação. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 	96
7.13	Guias, sarjetas, sarjetões . .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. . 	96
7.14	Plantio de placas de grama para proteção de taludes contra
	
erosões hidráulicas . .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. . 	97
7.15	Canaleta de topo e de pé de talude. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 	97
7.16	Fornecimento de peças de ferro fundido cinzento
	
(tampões de grelhas) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 	98
7.17	Testes hidráulicos de funcionamento. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 	98

8.	
	
	

Calçadões, as incríveis ruas sem calha. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 	99
8.1	Preliminares. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 	99
8.2	 Critérios adotados nos projetos de calçadões . .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. . 	101

9.	

Curiosos e diferentes Sistemas de Águas Pluviais.
Sistemas alternativos. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 	103
9.1	 O sistema afogado. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 	103
9.2	 O sistema ligando boca de lobo a boca de lobo. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 	104

	
	

	
	

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Conteúdo

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15

Bocas de lobo sifonadas. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 	104
Sistema com microrreservatórios. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 	105
Galeria técnica de serviços. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. . 	105
Construções pluviais com materiais alternativos. . . . . . . . . . . . . . . . . . . 	106
Tubulação pluvial captora de águas pluviais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 	107
É possível funcionar sistemas pluviais em loteamentos com ruas
sem pavimentação? Veja como isso é possível. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. . 	108

Anexos
A.	

Elementos de Hidrologia. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 	109

B.	
	
	
	
	
	

Uma viagem à Hidráulica de canais . .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. . 	119
B.1	 Primeiras palavras. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 	119
B.2	Definições . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 	121
B.3	 Tipos de escoamento. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. . 	123
B.4	 Regimes pluvial, crítico e torrencial . .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. . 	126
B.5	 Cálculo de canais em escoamento uniforme – Fórmulas de
	
Chézy e Manning . .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. . 	134
B.6	 Resolução de problemas de canais retangulares . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 	136
B.7	 Cálculo de canais de calha circular (tubos circulares). . . . . . . . . . . . . 	146

	
	
C.	
	

Normas e especificações . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 	157
C.1 Normas da Prefeitura do Município de São Paulo, relacionadas
	
com sistemas pluviais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 	157

D.	Fotos. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. . 	159
E.	

Explicando as necessidades e funções dos sistemas de águas pluviais
	
nas cidades . .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. . 	169

F.	

Problemas sanitários e de meio ambiente relacionados com as chuvas. 	177

G.	

Dissipador de energia . .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. . 	179

H.	

Uma viga chapéu diferente. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 	181

I.	

Bibliografia de aprofundamento . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 	183

Complementos
I	

A importância da drenagem, macrodrenagem, microdrenagem,
drenagem profunda e drenagem subsuperficial. Entidades. . . . . . . . . . . . . 	189

II	

Normas da ABNT para sistemas pluviais e assuntos correlatos. . . . . . . . . 	191

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16	

Águas de chuva

III	

Drenagem profunda (subsuperficial) de solos. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 	193

IV	

Softwares ligados à engenharia pluvial. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. . 	203

V	

Tendências de compreensão do funcionamento autônomo ou
conjugado da rede pluvial e da rede de esgotos sanitários . . . . . . . . . . . . . 	205

VI	

Os piscinões nos sistemas pluviais urbanos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 	211

VII	

Curva de 100 anos como instrumento de se evitar ou minimizar
inundações em áreas urbanas. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. . 	217

VIII	 Indicação de trabalho (paper) sobre doenças relacionadas à
precariedade dos sistemas de drenagem pluvial . .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. . 	221
IX	

Retificação e canalização de córregos urbanos. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. . 	223

X	

Pôlders em áreas urbanas. Os casos dos Jardim Romano e Jardim
Pantanal, SP na Zona Leste da cidade de São Paulo, SP. .. .. .. .. .. .. .. . 	227

XI	

Avenidas mais baixas que seus rios laterais. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 	229

XII	

Canais pluviais em Santos, SP . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 	231

XIII	 Assoreamento e dragagem de rios e lagos. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 	237
XIV	 Desassoreamento de lagos urbanos. Cuidados sanitários e ambientais.
O caso do lago do Parque do Ibirapuera, São Paulo, SP. . . . . . . . . . . . . . . . . 	241
XV	

Análise de uma situação de emergência envolvendo recursos
hídricos e obras hidráulicas . .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. . 	245

XVI	 Simbologia para desenhos e documentos pluviais – Identificação e
e localização de poços de visita . .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. . 	249
XVII	 Reprodução de artigo histórico sobre chuvas e poluição
das águas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 	251
XVIII	Crônicas pluviais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 	257
XIX	 Técnicas e recomendações – ABTC Associação dos Fabricantes de
Tubos de Concreto. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 	265
Índice de assuntos . .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. . 	295
Comunicação com o autor . .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. . 	299

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Explicando as necessidades e funções dos Sistemas de Águas Pluviais nas cidades

17

Capítulo 1
Explicando as necessidades e funções dos
Sistemas de Águas Pluviais nas cidades

1.1	Introdução1
Era uma vez uma grande área livre próxima a uma cidade que crescia. Essa
área era coberta de vegetação e sulcada por cursos de água. Sua forma, sua conformação, era o resultado de milênios de anos de transformação. A ação da chuva
e dos ventos a moldara na sua secção de “melhor equilíbrio” (a mais estável) e que
resultara do equilíbrio de ações erosivas versus sua constituição ou natureza (sua
topografia e sua geologia).
Um dia, a cidade se aproximou dessa área, a área se valorizou e decidiu-se
urbanizá-la e loteá-la.
A urbanização e o loteamento de uma área significam na prática:
a)	retirar considerável parte de sua vegetação (que a protegia da ação erosiva
das águas pluviais);
b)	abrir ruas, fazendo-se cortes e aterros;
c)	criar plateau para as edificações;
d)	edificar nos lotes;
e)	pavimentar ruas;
f)	 colocar gente na área.
Cria-se, pois, uma nova situação, que não tem mais nada a ver com a milênica
situação de equilíbrio anterior. Mas as águas de chuva continuarão a cair na área e
escoarão por ela.
1 Como informação introdutória, não existe na Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT),
até março de 2011, uma norma de projeto de sistemas pluviais urbanos.

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Águas de chuva

Essas águas de chuva, ao escoarem, seguirão caminhos próprios e independentes dos desejos dos novos ocupantes da região.
Se não forem tomados cuidados na área recém-urbanizada, poderão acontecer:
•	
•	
•	
•	
•	

erosões nos terrenos;
desbarrancamentos;
altas velocidades das águas nas ruas, danificando pavimentos;
criação de pontos baixos onde a água se acumulará;
ocupação por prédios de locais de escoamento natural das águas (pontos
baixos e fundos de vale). A ocupação desses locais impede a água de escoar,
exigindo obras posteriores de correção.
•	 assoreamento dos córregos pelo acúmulo de material erodido dos terrenos.
Todos esses fenômenos são agravados pela impermeabilização da área. As vazões pluviais (superficiais),que ocorrerão, serão então muito maiores que as que
antes ocorriam, pois, antes, significativa parte das águas, ao cair, se infiltrava no
terreno, e, agora, com a impermeabilização, a maior parte das águas corre pela superfície, sem poder se infiltrar.
Tudo isso vai ocorrer em maior ou menor escala e dependendo dos cuidados a
tomar no tipo de urbanização a ser adotado.
Dependendo, pois, do tipo de urbanização adotado, poderemos ter as seguintes alternativas:
Alternativa A
Projetar-se um tipo de urbanização que “respeite” as características topográficas e
geológicas da área, resultando que, com pequenas obras de correção e direcionamento, se evitem danos maiores.
Alternativa B
Adota-se um tipo de urbanização sem atender às características naturais do terreno e ao mesmo tempo fazem-se custosas obras de proteção (muros de arrimo, complexo sistema pluvial, canalização de córregos). As consequências não são danosas,
mas o custo das obras é vultoso.
Alternativa C
Adotar-se um tipo de urbanização sem atender às vocações do terreno, não se fazendo as obras de contenção. As consequências desta alternativa serão danosas e
também perigosas.
Os custos das futuras obras de recuperação serão altos e, às vezes, quase proibitivos.

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Explicando as necessidades e funções dos Sistemas de Águas Pluviais nas cidades

19

A Alternativa C tem sido, reconhecemos, infelizmente a mais adotada das
práticas.
O presente livro procura dar subsídios, fornecer critérios de urbanização e elementos para orientar tecnicamente a implantação das Alternativas A e B.
A gerência de águas pluviais urbanas deve levar em conta, portanto:
•	 a topografia e a geologia da área;
•	 os tipos de urbanização das ruas a implantar;
•	 a proteção contra erosões;
•	 a proteção aos pavimentos;
•	 a redução do alagamento das ruas pela passagem das águas;
•	 eliminação de pontos baixos de acumulação de água;
•	 a diminuição das inundações.
Notar que rios e riachos sempre têm enchentes periódicas. Só ocorrem inundações quando a área natural de passagem da enchente de um rio foi ocupada para
conter uma avenida (avenida de fundo de vale) ou foi ocupada por prédios.

Rio na vazante.

Rio na enchente, várzea não ocupada, não há inundação.

Rio na enchente, casas na várzea, há inundação.

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20	

Águas de chuva

Assim, poder-se-á dizer que todo curso de água tem enchente. Quando inunda é porque a urbanização falhou.
O estudo de águas pluviais de uma cidade não pode se limitar a apreciar tão
somente os aspectos hidrológicos e hidráulicos, pois assim estaríamos caindo na
Alternativa B, ou seja, dada uma urbanização a implantar e dada a topografia e geologia da área, como protegê-la a qualquer custo.
A gerência das águas pluviais nas cidades deve abranger todos os aspectos
urbanos, para que se possam utilizar áreas sem incorrer em altos custos de construção. Dessa maneira, o Sistema Pluvial a se projetar em novas áreas deverá estar
integrado aos demais aspectos de uso adequado do solo urbano.
O autor deste livro não esconde, pois, sua simpatia pela Alternativa A.
Quando o Sistema Pluvial é projetado para uma área já urbanizada, com urbanização feita sem maiores cuidados, o Sistema Pluvial será corretivo. Seus frutos
serão possivelmente menores e os custos das obras serão mais altos.

1.2	 Evolui a cidade, altera-se a função do Sistema Pluvial
Admitamos que a área livre em questão foi loteada dentro da Alternativa C.
Aconteceram, então, erosões no terreno. Face a isso, perderam-se lotes, os córregos foram assoreados pelo material erodido carreado pelas enxurradas, mas mesmo assim o loteamento foi sendo ocupado e lotes foram sendo edificados.
Face a tudo isso, a área foi sendo impermeabilizada e aumentaram os picos de
vazão pluvial que correm pelas ruas, pelas dificuldades de infiltração das águas.
Devido a isso, em alguns locais as enxurradas aumentadas aceleram as erosões.
Com o tempo, a prefeitura interviu parcialmente na área, corrigiu o traçado das
ruas bastante transformado pelas erosões, pavimentou o sistema viário e criou o
Sistema Pluvial. Alguns lotes fortemente erodidos se perderam, resultando grotas
que se estabilizaram com o tempo, estabilidade esta contra a erosão ajudada pela
vegetação que voltara a crescer.
Portanto, a um alto custo social, a região progressivamente cicatriza-se e equilibra-se, e a ocupação dos lotes remanescentes completa-se quase que totalmente.
Com a área agora quase que totalmente urbanizada, os picos de vazão nas ruas
aumentam ainda mais, criam-se novas necessidades de galerias pluviais e os rios da
região começam agora a inundar áreas nunca dantes inundadas.
Os esgotos sanitários não coletados correm pelas sarjetas, entram nas bocas de
lobo e chegam a esses córregos.
Entra novamente a prefeitura para tomar medidas corretivas contra as inundações dos córregos. Obras caras de desassoreamento são feitas, o rio é retificado no
seu traçado. Para isso são necessárias providências de desapropriação e remoção

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Explicando as necessidades e funções dos Sistemas de Águas Pluviais nas cidades

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de habitantes, pois os fundos de vale estão parcialmente ocupados por edificações
e favelas. O bairro prospera e os últimos lotes são oupados. Aumenta-se ainda uma
vez mais a impermeabilização da área, e o córrego, aumentadas mais suas vazões,
com novas enchentes, começa a inundar novas áreas.
Aí o Poder Público (leia-se recursos públicos) intervém mais uma vez, e o
córrego tem sua caixa aumentada, sendo então canalizado em galerias de concreto
armado.
Face a todas as obras, as águas escoam agora facilmente e rapidamente na
área.
Quando tudo parecia resolvido, começa-se a lotear uma área a jusante de nossa área em estudo, e tudo começa outra vez, com o agravante de que o rio tem
um outro comportamento. Ele ficou nervoso e sensível, pela impermeabilização da
área a montante, e pela retificação e canalização do seu traçado, ele agora reage
rapidamente às chuvas. Suas vazões de enchente crescem rapidamente em relação
à situação prévia à época da implantação do loteamento.
Com a área totalmente urbanizada, nota-se uma coisa curiosa. Mesmo nos meses secos há águas correndo pelas galerias pluviais.
Como o loteamento não tem rede de esgoto, os esgotos sanitários correm pelas
sarjetas, entram nas bocas de lobo e chegam aos córregos.
Aí se projeta a rede de esgotos sanitários.
A rede de esgotos sanitários encontra, pois, uma situação de fato:
•	 as ruas já existem e estão pavimentadas;
•	 já existem galerias pluviais cujo eventual remanejamento seria custoso;
•	 os fundos de vale, parcialmente ocupados, não deixaram locais fáceis para
passagem das canalizações de esgoto.

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Águas de chuva

Não há dúvida de que essa rede de esgotos a implantar será agora muito mais
cara que a rede de esgotos que se poderia ter tido ao projetar o loteamento, já com
essa melhoria.
E a história continua por aí…
Veja no Anexo E, numa criação do Arq. Angelo Salvador Filardo Jr., a recriação
dessa história utilizando uma nova linguagem plástica.

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Sistemas Pluviais Urbanos: Elementos e Projeto

  • 1.
  • 2. Conteúdo 1 Águas de chuva Engenharia das águas pluviais nas cidades aguas de chuva00.indd 1 01/04/11 10:12
  • 3. 2 aguas de chuva00.indd 2 Águas de chuva 01/04/11 10:12
  • 4. Conteúdo 3 MANOEL HENRIQUE CAMPOS BOTELHO Eng. Civil formado pela Escola Politécnica da Universidade de São Paulo Águas de chuva Engenharia das águas pluviais nas cidades 3- edição revista e sensivelmente ampliada ª Colaboração especial: ARQ. ANGELO S. FILARDO JÚNIOR aguas de chuva00.indd 3 01/04/11 10:12
  • 5. Águas de Chuva – Engenharia das águas pluviais nas cidades © 2011 Manoel Henrique Campos Botelho 3ª edição – 2011 1ª reimpressão – 2012 Editora Edgard Blücher Ltda. FICHA CATALOGRÁFICA Rua Pedroso Alvarenga, 1245, 4º andar 04531-012 – São Paulo – SP – Brasil Tel 55 11 3078-5366 contato@blucher.com.br www.blucher.com.br Botelho, Manoel Henrique Campos Águas de chuva: engenharia das águas pluviais nas cidades / Manoel Henrique Campos Botelho; colaboração especial Angelo S. Filardo Júnior – 3. edição revista e sensivelmente ampliada – São Paulo, Blucher, 2011. Segundo Novo Acordo Ortográfico, conforme 5. ed. Bibliografia. do Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa, ISBN 978-85-212-0596-8 Academia Brasileira de Letras, março de 2009. 1. Água pluviais 2. Escoamento urbano I. Filardo Júnior, Angelo S. II. Título É proibida a reprodução total ou parcial por quaisquer meios, sem autorização escrita da Editora. Todos os direitos reservados pela Editora Edgard Blücher Ltda. 10-11623 CDD-628.21 Índice para catálogo sistemático: 1. Águas pluviais: Sistemas de escoamento: Engenharia Sanitária 628.21 p.iv_Botelho.indd iv 14/09/2012 14:34:04
  • 6. Conteúdo 5 Créditos À memória de meu pai Antenor e à dedicação de minha mãe Helyeth, o reconhecimento pelo fato de me terem educado com uma perspectiva humanista. A Mauricio e Vinicius, filhos e companheiros de uma inesquecível aventura. aguas de chuva00.indd 5 01/04/11 10:12
  • 7. 6 Águas de chuva Pensamentos “As cidades serão mais humanas, quando as calçadas forem contínuas e as ruas descontínuas…” (H.C.B.) “Se você quer entender a hidráulica dos canais, raciocine primeiro com os conceitos de calha de escoamento e vazão, e depois, só depois, introduza o conceito de velocidade da água…” (M.H.C.B.) “El rigor se afinca entre nosotros más rápidamente que la necessidad del rigor…” (A.P. Maiztegui e Jorge A. Sabato em Introducción a la Física, Buenos Aires, Octobre, 1950) aguas de chuva00.indd 6 01/04/11 10:12
  • 8. Conteúdo 7 Agradecimentos – 1.ª edição Vários colegas colaboraram para este trabalho enviando dados, ou contando suas experiências, ou, ainda, fazendo várias leituras do trabalho na sua fase de preparação. Assim agradeço aos colegas: Acácio E. Ito Antonio Carlos Mingrone Cauby dos Santos Rego Cornélia Catharina Leindinger Erialdo Gazola da Costa Hilton Felicio dos Santos José Augusto Borges José Manuel Fernandes José Martiniano de Azevedo Netto (in memoriam) José Natal Martins Araújo Júlio Capobianco Filho Mauro Garcia (in memoriam) Paulina Martorell Romildo Magnani Sérgio Akkerman Waldir Nudelmann Como só o autor participou da preparação final do texto, são dele, e com exclusiva responsabilidade, as eventuais falhas encontradas. À Empresa Municipal de Urbanização de São Paulo – EMURB, o autor agradece a autorização para reproduzir os documentos indicados ao longo deste livro com o código EMURB. aguas de chuva00.indd 7 01/04/11 10:12
  • 9. 8 aguas de chuva00.indd 8 Águas de chuva 01/04/11 10:12
  • 10. Conteúdo 9 Prefácio da 1.ª edição Aos meus leitores. Dentro do programa traçado de escrever livros práticos para o dia a dia profissional da engenharia civil e arquitetura, apresento agora: Águas de chuva - Engenharia das águas pluviais nas cidades. Na preparação deste livro, segui a rotina tradicional na produção de meus livros técnicos. – comecei a conversar com colegas que trabalham na área, seja no campo de projeto, seja no campo de execução; – entrei em contato com firmas projetistas, construtores e fornecedores de materiais de construção; – saí a campo para visitar obras em execução e sistemas em operação; – colecionei artigos, livros e catálogos; – finalmente, esbocei o livro. Só depois disso, comecei a escrever. Vários colegas, sabedores deste meu trabalho, procuraram-me para dar informações, dicas e contar experiências vividas e algumas muito sofridas. O assunto “Águas Pluviais nas Cidades”, por envolver assuntos de urbanismo, tráfego, hidrologia, hidráulica, mecânica dos solos, construção civil e aspectos jurídicos, é apaixonante e complexo. Embora de há muito fosse minha intenção escrever sobre o assunto, um fato marcou-me profundamente. Foi minha participação na equipe da Prefeitura do Município de São Paulo, Secretaria da Habitação e Desenvolvimento Urbano e Empresa Municipal de Urbanização de São Paulo – EMURB – que recuperou o escarpado bairro do Jardim Damasceno, da pobre periferia da cidade de São Paulo. Nesse empreendimento pude sentir dramaticamente: – a importância do sistema pluvial para conter erosões do terreno, evitar dano à estabilidade de taludes e encostas e para proteger casas e pessoas; aguas de chuva00.indd 9 01/04/11 10:12
  • 11. 10 Águas de chuva – a importância da mecânica dos solos e de adequados métodos de projeto e de construção e operação para o sucesso do funcionamento do sistema pluvial. Nas obras de recuperação do Jardim Damasceno, vi, como talvez nunca tivesse visto antes, o assunto “Sistema Pluvial” ser tratado com extrema seriedade. À sofrida população do Jardim Damasceno e a todos que deram seu melhor esforço para recuperá-lo é dedicado este livro. M.H.C.B. agosto, 1985 aguas de chuva00.indd 10 01/04/11 10:12
  • 12. 11 Conteúdo Apresentação da 3.ª edição, revista e sensivelmente ampliada Face a muitas cartas, e-mails e consultas com elogios, críticas e sugestões de novos temas e face às mudanças das normas de tubos de concreto pluviais, nasceu esta 3- edição, com novos assuntos e temas sobre Águas Pluviais Urbanas. ª São poucos os livros sobre águas pluviais urbanas, e então as responsabilidades dos seus autores crescem. Eu muito apreciaria continuar a receber sugestões de novos temas pra futuras novas edições deste livro. Um abraço Manoel Henrique Campos Botelho março 2011 e-mail manoelbotelho@terra.com.br aguas de chuva00.indd 11 01/04/11 10:12
  • 13. 12 aguas de chuva00.indd 12 Águas de chuva 01/04/11 10:12
  • 14. Conteúdo 13 Conteúdo 1 Explicando as necessidades e funções dos Sistemas de Águas Pluviais nas cidades . .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. . 17 1.1 Introdução. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17 1.2 Evolui a cidade, altera-se a função do Sistema Pluvial. . . . . . . . . . . . . 20 2 Uma polêmica sobre o traçado das cidades. Duas concepções urbanísticas antagônicas. Parques públicos junto às margens dos rios ou avenidas de fundos de vale. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 23 3 Elementos constituintes de um adequado Sistema Pluvial Urbano. . . . . 25 3.1 O traçado correto da cidade. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 25 3.2 Liberação de fundos de vale. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 28 3.3 A calha viária das ruas. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 29 3.4 Guias, sarjetas, sarjetões e rasgos. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 30 3.5 Dispositivos de captação e direcionamento de águas pluviais, bocas de lobo, bocas de leão, grelhas, ralos, bocas de lobo contínuas, canaletas e topo e de pé de talude. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 34 3.6 Tubos e galerias de condução de águas pluviais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 42 3.7 Poços de visitas. Tampões e grelhas . .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. . 47 3.8 Rampas e escadarias hidráulicas. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. . 51 3.9 Dispositivos de chegada de águas pluviais em córregos e rios. . . . . 56 3.10 Revestimentos de taludes. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 56 4. 5 Aspectos legais quanto às águas pluviais. Código Civil, Legislações Municipais . .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. . 59 4.1 Extratos do Código Civil (Lei Federal n. 10.406, de janeiro de 2002) sobre Sistemas de Águas Pluviais, Prediais e Urbanas . . . . . . . 60 Patologias do Sistema Pluvial. Erros de projeto, erros de construção, falta de manutenção . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 63 5.1 Introdução. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 63 5.2 Exemplos de problemas em sistemas pluviais. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. . 64 aguas de chuva00.indd 13 01/04/11 10:12
  • 15. 14 6. 7. Águas de chuva Especificações para projeto de Sistemas Pluviais. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 67 6.1 Algumas palavras filosóficas. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 67 6.2 Precipitação e cálculo de vazões. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. . 69 6.3 Fixação da capacidade hidráulica de condução das ruas e sarjetas. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 71 6.4 Captação de águas pluviais por bocas de lobo, bocas de leão e caixas com grelhas. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 75 6.5 Ligação das bocas de lobo à canalização principal . . . . . . . . . . . . . . . . . 76 6.6 Canalização principal. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. . 76 6.7 Exemplo de projeto de um sistema pluvial. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 79 Especificações de construção dos Sistemas Pluviais. .. .. .. .. .. .. .. .. .. . 87 7.1 Localicação da obra . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 87 7.2 Abertura da vala. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 88 7.3 Escoramento da vala . .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. . 89 7.4 Esgotamento da vala . .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. . 89 7.5 Execução do lastro dos tubos. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 93 7.6 Fornecimento, recebimento e assentamento de tubos. . . . . . . . . . . . . 93 7.7 Poços de visita (P.V.). .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. . 95 7.8 Argamassas de uso geral . .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. . 95 7.9 Alvenaria de tijolos ou blocos de concreto . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 96 7.10 Concreto. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 96 7.11 Reaterro da vala. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 96 7.12 Repavimentação. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 96 7.13 Guias, sarjetas, sarjetões . .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. . 96 7.14 Plantio de placas de grama para proteção de taludes contra erosões hidráulicas . .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. . 97 7.15 Canaleta de topo e de pé de talude. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 97 7.16 Fornecimento de peças de ferro fundido cinzento (tampões de grelhas) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 98 7.17 Testes hidráulicos de funcionamento. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 98 8. Calçadões, as incríveis ruas sem calha. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 99 8.1 Preliminares. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 99 8.2 Critérios adotados nos projetos de calçadões . .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. . 101 9. Curiosos e diferentes Sistemas de Águas Pluviais. Sistemas alternativos. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 103 9.1 O sistema afogado. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 103 9.2 O sistema ligando boca de lobo a boca de lobo. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 104 aguas de chuva00.indd 14 01/04/11 10:12
  • 16. Conteúdo 9.3 9.4 9.5 9.6 9.7 9.8 15 Bocas de lobo sifonadas. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 104 Sistema com microrreservatórios. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 105 Galeria técnica de serviços. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. . 105 Construções pluviais com materiais alternativos. . . . . . . . . . . . . . . . . . . 106 Tubulação pluvial captora de águas pluviais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 107 É possível funcionar sistemas pluviais em loteamentos com ruas sem pavimentação? Veja como isso é possível. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. . 108 Anexos A. Elementos de Hidrologia. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 109 B. Uma viagem à Hidráulica de canais . .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. . 119 B.1 Primeiras palavras. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 119 B.2 Definições . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 121 B.3 Tipos de escoamento. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. . 123 B.4 Regimes pluvial, crítico e torrencial . .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. . 126 B.5 Cálculo de canais em escoamento uniforme – Fórmulas de Chézy e Manning . .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. . 134 B.6 Resolução de problemas de canais retangulares . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 136 B.7 Cálculo de canais de calha circular (tubos circulares). . . . . . . . . . . . . 146 C. Normas e especificações . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 157 C.1 Normas da Prefeitura do Município de São Paulo, relacionadas com sistemas pluviais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 157 D. Fotos. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. . 159 E. Explicando as necessidades e funções dos sistemas de águas pluviais nas cidades . .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. . 169 F. Problemas sanitários e de meio ambiente relacionados com as chuvas. 177 G. Dissipador de energia . .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. . 179 H. Uma viga chapéu diferente. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 181 I. Bibliografia de aprofundamento . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 183 Complementos I A importância da drenagem, macrodrenagem, microdrenagem, drenagem profunda e drenagem subsuperficial. Entidades. . . . . . . . . . . . . 189 II Normas da ABNT para sistemas pluviais e assuntos correlatos. . . . . . . . . 191 aguas de chuva00.indd 15 01/04/11 10:12
  • 17. 16 Águas de chuva III Drenagem profunda (subsuperficial) de solos. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 193 IV Softwares ligados à engenharia pluvial. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. . 203 V Tendências de compreensão do funcionamento autônomo ou conjugado da rede pluvial e da rede de esgotos sanitários . . . . . . . . . . . . . 205 VI Os piscinões nos sistemas pluviais urbanos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 211 VII Curva de 100 anos como instrumento de se evitar ou minimizar inundações em áreas urbanas. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. . 217 VIII Indicação de trabalho (paper) sobre doenças relacionadas à precariedade dos sistemas de drenagem pluvial . .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. . 221 IX Retificação e canalização de córregos urbanos. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. . 223 X Pôlders em áreas urbanas. Os casos dos Jardim Romano e Jardim Pantanal, SP na Zona Leste da cidade de São Paulo, SP. .. .. .. .. .. .. .. . 227 XI Avenidas mais baixas que seus rios laterais. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 229 XII Canais pluviais em Santos, SP . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 231 XIII Assoreamento e dragagem de rios e lagos. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 237 XIV Desassoreamento de lagos urbanos. Cuidados sanitários e ambientais. O caso do lago do Parque do Ibirapuera, São Paulo, SP. . . . . . . . . . . . . . . . . 241 XV Análise de uma situação de emergência envolvendo recursos hídricos e obras hidráulicas . .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. . 245 XVI Simbologia para desenhos e documentos pluviais – Identificação e e localização de poços de visita . .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. . 249 XVII Reprodução de artigo histórico sobre chuvas e poluição das águas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 251 XVIII Crônicas pluviais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 257 XIX Técnicas e recomendações – ABTC Associação dos Fabricantes de Tubos de Concreto. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 265 Índice de assuntos . .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. . 295 Comunicação com o autor . .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. . 299 aguas de chuva00.indd 16 01/04/11 10:12
  • 18. Explicando as necessidades e funções dos Sistemas de Águas Pluviais nas cidades 17 Capítulo 1 Explicando as necessidades e funções dos Sistemas de Águas Pluviais nas cidades 1.1 Introdução1 Era uma vez uma grande área livre próxima a uma cidade que crescia. Essa área era coberta de vegetação e sulcada por cursos de água. Sua forma, sua conformação, era o resultado de milênios de anos de transformação. A ação da chuva e dos ventos a moldara na sua secção de “melhor equilíbrio” (a mais estável) e que resultara do equilíbrio de ações erosivas versus sua constituição ou natureza (sua topografia e sua geologia). Um dia, a cidade se aproximou dessa área, a área se valorizou e decidiu-se urbanizá-la e loteá-la. A urbanização e o loteamento de uma área significam na prática: a) retirar considerável parte de sua vegetação (que a protegia da ação erosiva das águas pluviais); b) abrir ruas, fazendo-se cortes e aterros; c) criar plateau para as edificações; d) edificar nos lotes; e) pavimentar ruas; f) colocar gente na área. Cria-se, pois, uma nova situação, que não tem mais nada a ver com a milênica situação de equilíbrio anterior. Mas as águas de chuva continuarão a cair na área e escoarão por ela. 1 Como informação introdutória, não existe na Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), até março de 2011, uma norma de projeto de sistemas pluviais urbanos. aguas de chuva01.indd 17 25/04/11 10:57
  • 19. 18 Águas de chuva Essas águas de chuva, ao escoarem, seguirão caminhos próprios e independentes dos desejos dos novos ocupantes da região. Se não forem tomados cuidados na área recém-urbanizada, poderão acontecer: • • • • • erosões nos terrenos; desbarrancamentos; altas velocidades das águas nas ruas, danificando pavimentos; criação de pontos baixos onde a água se acumulará; ocupação por prédios de locais de escoamento natural das águas (pontos baixos e fundos de vale). A ocupação desses locais impede a água de escoar, exigindo obras posteriores de correção. • assoreamento dos córregos pelo acúmulo de material erodido dos terrenos. Todos esses fenômenos são agravados pela impermeabilização da área. As vazões pluviais (superficiais),que ocorrerão, serão então muito maiores que as que antes ocorriam, pois, antes, significativa parte das águas, ao cair, se infiltrava no terreno, e, agora, com a impermeabilização, a maior parte das águas corre pela superfície, sem poder se infiltrar. Tudo isso vai ocorrer em maior ou menor escala e dependendo dos cuidados a tomar no tipo de urbanização a ser adotado. Dependendo, pois, do tipo de urbanização adotado, poderemos ter as seguintes alternativas: Alternativa A Projetar-se um tipo de urbanização que “respeite” as características topográficas e geológicas da área, resultando que, com pequenas obras de correção e direcionamento, se evitem danos maiores. Alternativa B Adota-se um tipo de urbanização sem atender às características naturais do terreno e ao mesmo tempo fazem-se custosas obras de proteção (muros de arrimo, complexo sistema pluvial, canalização de córregos). As consequências não são danosas, mas o custo das obras é vultoso. Alternativa C Adotar-se um tipo de urbanização sem atender às vocações do terreno, não se fazendo as obras de contenção. As consequências desta alternativa serão danosas e também perigosas. Os custos das futuras obras de recuperação serão altos e, às vezes, quase proibitivos. aguas de chuva01.indd 18 25/04/11 10:57
  • 20. Explicando as necessidades e funções dos Sistemas de Águas Pluviais nas cidades 19 A Alternativa C tem sido, reconhecemos, infelizmente a mais adotada das práticas. O presente livro procura dar subsídios, fornecer critérios de urbanização e elementos para orientar tecnicamente a implantação das Alternativas A e B. A gerência de águas pluviais urbanas deve levar em conta, portanto: • a topografia e a geologia da área; • os tipos de urbanização das ruas a implantar; • a proteção contra erosões; • a proteção aos pavimentos; • a redução do alagamento das ruas pela passagem das águas; • eliminação de pontos baixos de acumulação de água; • a diminuição das inundações. Notar que rios e riachos sempre têm enchentes periódicas. Só ocorrem inundações quando a área natural de passagem da enchente de um rio foi ocupada para conter uma avenida (avenida de fundo de vale) ou foi ocupada por prédios. Rio na vazante. Rio na enchente, várzea não ocupada, não há inundação. Rio na enchente, casas na várzea, há inundação. aguas de chuva01.indd 19 25/04/11 10:57
  • 21. 20 Águas de chuva Assim, poder-se-á dizer que todo curso de água tem enchente. Quando inunda é porque a urbanização falhou. O estudo de águas pluviais de uma cidade não pode se limitar a apreciar tão somente os aspectos hidrológicos e hidráulicos, pois assim estaríamos caindo na Alternativa B, ou seja, dada uma urbanização a implantar e dada a topografia e geologia da área, como protegê-la a qualquer custo. A gerência das águas pluviais nas cidades deve abranger todos os aspectos urbanos, para que se possam utilizar áreas sem incorrer em altos custos de construção. Dessa maneira, o Sistema Pluvial a se projetar em novas áreas deverá estar integrado aos demais aspectos de uso adequado do solo urbano. O autor deste livro não esconde, pois, sua simpatia pela Alternativa A. Quando o Sistema Pluvial é projetado para uma área já urbanizada, com urbanização feita sem maiores cuidados, o Sistema Pluvial será corretivo. Seus frutos serão possivelmente menores e os custos das obras serão mais altos. 1.2 Evolui a cidade, altera-se a função do Sistema Pluvial Admitamos que a área livre em questão foi loteada dentro da Alternativa C. Aconteceram, então, erosões no terreno. Face a isso, perderam-se lotes, os córregos foram assoreados pelo material erodido carreado pelas enxurradas, mas mesmo assim o loteamento foi sendo ocupado e lotes foram sendo edificados. Face a tudo isso, a área foi sendo impermeabilizada e aumentaram os picos de vazão pluvial que correm pelas ruas, pelas dificuldades de infiltração das águas. Devido a isso, em alguns locais as enxurradas aumentadas aceleram as erosões. Com o tempo, a prefeitura interviu parcialmente na área, corrigiu o traçado das ruas bastante transformado pelas erosões, pavimentou o sistema viário e criou o Sistema Pluvial. Alguns lotes fortemente erodidos se perderam, resultando grotas que se estabilizaram com o tempo, estabilidade esta contra a erosão ajudada pela vegetação que voltara a crescer. Portanto, a um alto custo social, a região progressivamente cicatriza-se e equilibra-se, e a ocupação dos lotes remanescentes completa-se quase que totalmente. Com a área agora quase que totalmente urbanizada, os picos de vazão nas ruas aumentam ainda mais, criam-se novas necessidades de galerias pluviais e os rios da região começam agora a inundar áreas nunca dantes inundadas. Os esgotos sanitários não coletados correm pelas sarjetas, entram nas bocas de lobo e chegam a esses córregos. Entra novamente a prefeitura para tomar medidas corretivas contra as inundações dos córregos. Obras caras de desassoreamento são feitas, o rio é retificado no seu traçado. Para isso são necessárias providências de desapropriação e remoção aguas de chuva01.indd 20 25/04/11 10:57
  • 22. Explicando as necessidades e funções dos Sistemas de Águas Pluviais nas cidades 21 de habitantes, pois os fundos de vale estão parcialmente ocupados por edificações e favelas. O bairro prospera e os últimos lotes são oupados. Aumenta-se ainda uma vez mais a impermeabilização da área, e o córrego, aumentadas mais suas vazões, com novas enchentes, começa a inundar novas áreas. Aí o Poder Público (leia-se recursos públicos) intervém mais uma vez, e o córrego tem sua caixa aumentada, sendo então canalizado em galerias de concreto armado. Face a todas as obras, as águas escoam agora facilmente e rapidamente na área. Quando tudo parecia resolvido, começa-se a lotear uma área a jusante de nossa área em estudo, e tudo começa outra vez, com o agravante de que o rio tem um outro comportamento. Ele ficou nervoso e sensível, pela impermeabilização da área a montante, e pela retificação e canalização do seu traçado, ele agora reage rapidamente às chuvas. Suas vazões de enchente crescem rapidamente em relação à situação prévia à época da implantação do loteamento. Com a área totalmente urbanizada, nota-se uma coisa curiosa. Mesmo nos meses secos há águas correndo pelas galerias pluviais. Como o loteamento não tem rede de esgoto, os esgotos sanitários correm pelas sarjetas, entram nas bocas de lobo e chegam aos córregos. Aí se projeta a rede de esgotos sanitários. A rede de esgotos sanitários encontra, pois, uma situação de fato: • as ruas já existem e estão pavimentadas; • já existem galerias pluviais cujo eventual remanejamento seria custoso; • os fundos de vale, parcialmente ocupados, não deixaram locais fáceis para passagem das canalizações de esgoto. aguas de chuva01.indd 21 25/04/11 10:57
  • 23. 22 Águas de chuva Não há dúvida de que essa rede de esgotos a implantar será agora muito mais cara que a rede de esgotos que se poderia ter tido ao projetar o loteamento, já com essa melhoria. E a história continua por aí… Veja no Anexo E, numa criação do Arq. Angelo Salvador Filardo Jr., a recriação dessa história utilizando uma nova linguagem plástica. aguas de chuva01.indd 22 25/04/11 10:57