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Reflexão individual ao documentárioThe King Gimp
1. O documentário “The King Gimp”, apresentado sob a forma autobiográfica de Dan Keplinger é
muito mais que uma simples autobiografia. Este documentário tem a capacidade de nos por a
pensar, a refletir sobre a verdadeiro poder da vontade, do querer interior, da capacidade de
resiliência.
Dan nasceu com uma paralesia atáxica que lhe roubou logo à nascença muitas das capaciadades
físicas, mas dentro daquelas deficiências existia algo surpreendente, existia a verdadeira
essência de um espírito lutador que não se deixava vergar perante todas as adversidades que se
lhe íam colocando de forma brusca e contundente ao longo do seu percurso de vida.
Neste documentário podemos e devemos tirar várias lições passiveis de aplicação a todo o ser
humano, mas principalmente para portadores de deficiência que é o visado neste documentário.
A primeira lição é a de que a família está na base de desenvolvimento pessoal e social de cada
um de nós. O papel desempenhado pela mãe de Dan foi importantíssimo para o
desenvolvimento do potencial do mesmo. Ela tomou as decisões certas, aceitou as condições do
filho e de tudo fez para ele se tornar autónomo e uma criança integrada com sentido de pertença
na comunidade. Não o escondeu nem teve atitude de o isolar ou segregar como forma de
proteção. Temos vindo a debater nas nossas aulas que essa é uma das atitudes incorretas para
uma sociedade inclusiva.
Outra lição a retirar é a de que expectativas negativas geram rendimento negativo, pois Dan
teve alguns professores que não o apoiaram devidamente, e aliás, até teve dois deles que ainda
fizeram pior, pois simplesmente não lhe dirigiam a palavra. Para eles, Dan, simplesmente não
existia. Esta atitude jamais poderá ser aceitável numa escola e numa sociedade que se pretende
inclusiva e respeitadora na diversidade. Por sua vez, também teve quem olhasse para o Dan e
rebuscasse dentro dele todas as suas capacidades e potencialidades, tentando através de
estratégias adequadas que ele obtivesse sucesso. Foi o caso do professor que viu nele linhas de
um artista, pois possuía uma caraterística essencial, o trabalho árduo e a não desistência na
realização das suas tarefas, no sentido de evoluir. O reforço positivo é muito importante para a
motivação de um aluno. Portanto o professor faz a diferença, a forma como olha, e apoia o aluno
tem reflexo na sua conduta e no seu rendimento, seja ele positivo ou negativo (ciclo de
expectativas).
Outra lição importante é a forma como a sociedade olha para as pessoas portadoras de
deficiência e lhes proporciona meios para eles se sentirem incluídos na comunidade. Dan foi
morar sozinho e teve pessoas que o ajudaram nessa nova etapa, tanto a mãe como até vizinhos
que o ajudavam a subir as escadas na entrada para casa, os próprios amigos da faculdade tinham
momentos de diversão com Dan. Portanto a comunidade, em geral tem o seu dever de sentido
de inclusão. Dan chega mesmo a referir que o seu maior medo era “ser esquecido”.
E por último, mas não menos importante, a lição da força do querer, da vontade, do espirito
lutador que tem de existir em cada um de nós e principalmente em portadores de deficiência,
pois talvez até fosse mais fácil, desistir e acomodar, mas não seria benéfico para o sentido de
2. desenvolvimento pessoal, emocional, social e de autonomia. Portanto temos de ter força e força
de querer e com a cooperação de todas estas componentes se pode chegar efetivamente ao
verdadeiro conceito de sociedade inclusiva e educar para a inclusão e diversidade humana. Um
mundo de todos e para todos.