O documento discute a nova classe média no Brasil do século XXI, apresentando três textos sobre o assunto. O primeiro texto descreve o crescimento da classe C, composta por famílias com renda mensal entre R$1.064,00 e R$4.561,00, que agora compreende 50,5% da população brasileira. O segundo texto afirma que essa nova classe média tem mais acesso à educação e tecnologia devido ao aumento de sua renda nas últimas décadas. O terceiro texto argumenta que, apesar de terem mais
Uma nova classe média no Brasil do século XXI: propondo conscientização social respeitosa
1. PROPOSTA DE REDAÇÃO 01/13
Com base na leitura dos textos motivadores seguintes e nos conhecimentos construídos ao longo de sua
formação, redija texto dissertativo-argumentativo, em norma padrão da língua portuguesa, sobre o tema UMA
NOVA CLASSE MÉDIA NO BRASIL DO SÉCULO XXI, apresentando proposta de conscientização social que
respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para
defesa de seu ponto de vista.
Texto 1
Curiosidades sobre a classe média
Na última década, o perfil socioeconômico do país
mudou – e muito. A principal novidade foi o fortalecimento
da classe C, composta por famílias que têm uma renda
mensal domiciliar total (somando todas as fontes) entre R$
1.064,00 e R$ 4.561,00. Texto 2
Os 94,9 milhões de brasileiros que compõem a nova
classe média corresponde a 50,5% da população – ela é
dominante do ponto de vista eleitoral e do ponto de vista
econômico. Detêm 46,24% do poder de compra (dados 2009)
e supera as classes A e B (44,12%) e D e E (9,65%). (Neri)
Entre 2002 e 2010 os eleitores de nível universitário
na classe C saltaram de 6 milhões para 9 milhões. Serão 11
milhões em 2014. Incluindo aqueles com ensino médio, eram
48 milhões no ano passado e serão 52 milhões em 2014.
68% dos jovens da classe C estudaram mais que os
pais. (Meirelles)
Até poucos anos atrás, depois de quitadas as contas
do mês, essas pessoas não tinham um centavo sobrando para
consumir mais do que os itens da cesta básica. Hoje,
colecionam sapatos, têm acesso à tecnologia e frequentam
faculdades. Tudo isso graças a mudanças profundas na
economia brasileira que elevaram a renda dos brasileiros.
Nos últimos sete anos, essa camada da população teve um
aumento superior a 40% em sua renda familiar, que hoje vai
de R$ 1,1 mil a R$ 4,5 mil. Esse aumento já injetou na
economia mais R$ 100 bilhões desde 2002.
Com emprego garantido e mais renda, os brasileiros
migram dos serviços públicos de educação e saúde para redes
privadas. O objetivo é conseguir um melhor atendimento, só
que agora é o setor privado que não consegue dar conta da Texto 3
demanda e manter a qualidade.
O mundo dessas pessoas ainda é pequeno, restrito à
família, ao bairro, às suas preocupações mais imediatas. Ela
pretende que a sociedade e o Estado lhe deem mais daquilo
que já tem, mas não realidades, propostas e possibilidades
diferentes. É religiosamente também conservadora, no
sentido de que ainda mantém os laços religiosos provindos,
na sua maioria, de igrejas evangélicas. Por isso mesmo são
conservadoras também. Muitos são o primeiro universitário
da família. Escolhem a faculdade de grife, mas que não seja
muito cara, um curso não muito exigente, mas aquele que foi
possível entrar.Muitos não se envolvem com o ambiente
universitário, mas querem ter o diploma. Ainda não viram
muita efetividade em uma escolaridade maior. Interessante é
que muitos não têm ainda segurança nessa nova
posição. Estão endividados, não têm perspectiva de futuro
muito clara, e os laços anteriores, que são sua rede de
sustentação, se mantêm. Essa rede é representada pelos
hábitos, pela cultura, pela religião e pelos relacionamentos
comunitários do seu bairro. (Jorge Cláudio Ribeiro)
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