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Ana Sofia Moreira Coelho




2012/2013

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Ana Sofia Moreira Coelho




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Índice    :



   Introdução..................................................................................................5

   Diagnóstico................................................................................................8
                      Caracterização do grupo
                      Identificação de Interesses e Necessidades

   Fundamentação das opções Educativas...........................................20

   Metodologia..............................................................................................23

   Organização do Ambiente Educativo................................................25
                      Do Grupo
                      Do Espaço
                      Do Tempo

                      Da Equipa
                      Do Estabelecimento Educativo

   Intenções de trabalho para o ano letivo........................................44
                      Opções e prioridades curriculares
                      Objetivos, atividades/estratégias a desenvolver

   Previsão de procedimentos de avaliação.........................................61
                      Dos processos e dos efeitos
                      Com as crianças
                      Com a equipa
                      Com a família
                      Com a comunidade educativa

   Relação escola – família.......................................................................65


                                                                                                                  3
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         Comunicação              dos       resultados            e    divulgação            da      informação

produzida.............................................................................................................68

         Planificação das atividades.................................................................71

         Considerações Finais..............................................................................73

         Bibliografia...............................................................................................74



Anexos




                                                                                                                       4
Ana Sofia Moreira Coelho




                                 Introdução
      O presente trabalho tem como objetivo evidenciar o Projeto Curricular de

Grupo, da Sala Rei Leão, no Infantário Cidade dos Brinquedos, respeitante ao Ano

Letivo 2012/2013.

      Este Projeto “Uma escola para todos…”, fundamenta-se no Projeto

Educativo “Brinco, cresço e aprendo… com Valores”, tendo como objetivo

primordial fomentar o bem-estar da criança a todos os níveis, ao mesmo tempo

ensinando-a a crescer e a estar na sociedade.

      Assim, com este projeto pretendo adquirir um conjunto de princípios e

metodologias que possibilitarão uma melhor atuação direta junto das crianças, bem

como, um maior crescimento profissional da minha parte.

      Este documento contém um Índice, uma Introdução, nove Capítulos, uma

Conclusão e a Bibliografia utilizada.

      Neste documento, anexamos todos os documentos mencionados, algumas

fotografias e trabalhos.

      O primeiro ponto, mostramos à caracterização do Grupo da Sala Rei Leão,

como também as suas necessidades e interesses. Hoje, a Creche e o Jardim-de-

infância assume uma importância extrema na educação de todas as crianças,

assumindo-se como um complemento à família. Assim, e para tentar responder a

eventuais dúvidas colocadas pela sociedade, prontificamo-nos a fazer a

caracterização do grupo.

      O segundo ponto, será dedicado à fundamentação das opções educativas.

      O terceiro ponto, falamos das metodologias utilizadas.

      No quarto ponto, centramo-nos na organização do ambiente educativo, do

grupo, do espaço, do tempo, da equipa e do estabelecimento educativo.




                                                                                     5
Ana Sofia Moreira Coelho

      No quinto ponto, apresentamos as intenções de trabalho para este ano

letivo, como as suas opções e prioridades curriculares, bem como os objetivos,

atividades/estratégias a desenvolver.

      No sexto ponto, refletimos sobre a previsão dos procedimentos de

avaliação com as crianças, com equipa, com a família e com a comunidade educativa.

      No sétimo ponto, damos importância sobre o Envolvimento das Famílias na

Escola.

       No oitavo ponto, damos a conhecer a comunicação dos resultados e

divulgação da informação produzida.

       Por último, apresentaremos o Plano Anual de Atividades.

      Para finalizar este documento, e numa breve conclusão, apresentaremos

algumas considerações de carácter pessoal e vivencial.



“Em nosso entender, o papel do educador, mantém-se essencial mas muito difícil
de aferir: consiste basicamente em despertar a curiosidade da criança e
estimular-lhe o espírito de investigação. Isto é conseguido através do
encorajamento da criança para que coloque os seu próprios problemas, e nunca
através de imposições de problemas para resolver ou do “impingir” de soluções.
Acima de tudo, o adulto, deve continuamente encontrar novas formas de estimular
a actividade da criança e estar preparado para adaptar a sua abordagem conforme
a criança vai colocando novas questões ou imaginando novas soluções são falsas ou
incompletas, o papel do professor consistirá primariamente em propor exemplos
que contrariem essas soluções ou em controlar experiências de forma a que a
criança seja capaz de corrigir os seus próprios erros e de encontrar soluções
novas através da ação direta.”
(Piaget, J.; cit. Baret, 1976, p.7)




                                                                                    6
Ana Sofia Moreira Coelho




                         Mapa da Madeira




      O Infantário Cidade dos Brinquedos (ICB) é um estabelecimento de

educação particular situando na Rua Quinta Josefina n.º15, Freguesia de Santo

António, Concelho do Funchal, Madeira.




                                                                                7
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DIAGNÓSTICO




 Caracterização do Grupo

 Necessidades e Interesses




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Ana Sofia Moreira Coelho




                          Grupo de crianças
                                    Há diferentes fatores que influenciam o modo
                              próprio de funcionamento de um grupo, tais como, as
                           características individuais das crianças que o compõem,
                             o maior ou menor número de crianças de cada sexo, a
                          diversidade de idades das crianças, a dimensão do grupo.
                                                       (O.C.P.E.P.E., 1997: 35)




                 CARACTERÍSTICAS DA FAIXA ETÁRIA

                          DOS 3/4 ANOS DE IDADE


      A criança com 3 anos de idade começa uma fase muito importante do seu

desenvolvimento, que é muito conhecida como «segunda infância», pelo que

podemos dizer que passa de um nível em que tudo está centrado no seu próprio

corpo e na sua ação, para um nível mais elevado no qual começa a representar

mentalmente as pessoas e as coisas que a circundam.

      Os 3 anos é uma idade caracterizada pelo facto, da criança começar a fazer

um relato coerente de uma situação, embora por vezes e em alguns casos mais

específicos, ainda existirem algumas dificuldades a nível da linguagem oral. Nesta

idade as crianças ainda são um pouco egocêntricas, dado que não se conseguem

colocar no lugar dos outros e tudo se refere à sua própria existência. Esta faixa

etária também é conhecida como a idade dos «porquês», visto que a criança faz

muitas perguntas e quer perceber porque tudo acontece. Com esta idade, pode

dizer-se que a criança:


                                                                                   9
Ana Sofia Moreira Coelho

  Encontra-se no seu apogeu da motricidade global – corre, trepa, roda,

  salta, faz garatujas;

  Utiliza substantivos, verbos, adjetivos, artigos e algumas preposições –

  começa a demonstrar gosto pelo uso de vocabulário mais rebuscado;

  Começa a despertar uma grande sociabilidade;

  Começa a sentir curiosidade pelas diferenças corporais entre ambos os

  sexos;

  Começa a colaborar de uma forma mais ativa na sua higiene pessoal (ida

  à casa de banho sozinha, higiene das mãos, escovagem dos dentes,…);

  Começa a querer fazer tudo sozinha;

  Vai adquirindo uma maior independência, o que aumenta a possibilidade

  de conflitos;

  Começa a opor-se às ordens e inicia-se o negativismo aliado às birras;

  Ainda não consegue controlar os seus impulsos e reprimir as suas

  birras;

  Necessita de vigilância e de modelos para aprender e seguir, dado que

  imita tudo o que vê e ouve.


CARACTERÍSTICAS GERAIS DO GRUPO DE CRIANÇAS


     Nome das Crianças                      Data de Nascimento

                                              Outubro de 2009

                                              Novembro 2009

                                             Dezembro de 2009

                                                 Junho 2009

                                             Dezembro de 2009




                                                                           10
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                                                     Agosto de 2009

                                                    Setembro de 2009

                                                     Outubro de 2009

                                                     Agosto de 2009

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                                                     Outubro de 2009

                                                    Novembro de 2009

                                                     Novembro 2009

                                                    Dezembro de 2009

                                                     Agosto de 2009

                                                    Setembro de 2009

                                                      Março de 2009

                                                      Outubro 2009

                                                      Outubro 2009

                                                        Julho 2009




“(...) a interação entre as crianças em momentos diferentes de desenvolvimento e
com saberes diversos, é facilitadora do desenvolvimento e da aprendizagem. Para
isso, torna-se importante o trabalho entre pares e em pequenos grupos, em que as
crianças têm oportunidades de confrontar os seus pontos de vista e de colaborar
na resolução de problemas ou dificuldades colocadas por uma tarefa comum.”


                                                                                  11
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(in Orientações Curriculares, Ministério da Educação, 1997)

      É de salientar que para nós (educadores) é de extrema importância fazer

uma caracterização etária. É a base indispensável a qualquer profissional que

pretende trabalhar efetivamente com o grupo, pretendendo desenvolve-lo em

todos os domínios (motora, plástica, linguagem, cognitivo, afetivo, pessoal,). Este é

o ponto de partida, para uma nova experiência, mas só se verificará se partirmos

dos conhecimentos que as crianças já possuem.

      O grupo de crianças da Sala Rei Leão da “Cidade dos Brinquedos” – é um

grupo heterogéneo composto por vinte e duas crianças, das quais dez são do sexo

feminino e doze do sexo masculino.

      As suas idades oscilam entre os 3 anos e 8 meses e 3 anos (completando

todas as crianças 3 anos até ao final de Dezembro), motivo pelo qual o grupo se

define heterogéneo. O trabalho com um grupo heterogéneo permite bons

momentos de aprendizagem, tais como uma aprendizagem da realidade, pois a

criança desenvolve-se, contribuindo com o seu desenvolvimento e crescimento,

para o desenvolvimento e crescimento dos outros e para aprendizado de vivência

em sociedade. Neste grupo existe integrada uma criança com um diplagia espástica

(mais acentuada na esquerda).

    Neste grupo de crianças, à semelhança do que ocorre em grupos em que as

idades não são tão díspares, as crianças revelam algumas diferenças no que diz

respeito ao nível das competências desenvolvidas. Assim sendo, vai haver uma

preocupação em que a intervenção educativa favoreça tanto as crianças mais

competentes, como aquelas que ainda estão a desenvolver determinadas

competências.

    Pode também dizer-se que existem crianças com vivências, interesses e

necessidades bastante diferentes, decorrentes da sua cultura familiar e dos

contextos diferenciados, onde decorrem as suas experiências de vida. No entanto,


                                                                                     12
Ana Sofia Moreira Coelho

os seus gostos estão direcionados para atividades livres, motoras e plásticas.

Estas atividades, assim como outras áreas, são expostas de uma forma lúdica,

divertida e de forma a estimular todas as crianças para a sua realização de uma

forma espontânea com prazer e demonstrando alegria e bem-estar. O grupo de

crianças da Sala Rei Leão, também gosta muito de atividades plásticas, ouvir,

contar e participar em histórias, de jogos de movimento e de cantar com ritmos e

gestos.

      No grupo de crianças, tal como já foi referido, temos uma criança com

paralisia cerebral, o que se repercute num atraso acentuado a nível motor. Para

além disso, e tendo como base a avaliação pedagógica do Ano Letivo de 2010/2011,

possui como área forte a socialização e a linguagem e como área fraca a

motricidade (ampla e fina). É uma criança que tem mostrado bastante força de

vontade, já se desloca sozinha, sobe e desce degraus sem ajuda. Quanto à sua

autonomia come sozinha e em relação às atividades também já as concretiza sem

ajuda do adulto, apenas a sua supervisão, porque distrai-se facilmente. Em relação

à linguagem compreende todas as mensagens que o adulto lhe transmite, e já diz

muitas palavras e já constrói pequenas frases.

    Em traços gerais, é uma criança muito sociável, gosta do contacto com os

amigos e gosta de canções infantis e ler histórias. O tempo de atenção que

dispensa nas tarefas é relativamente curto e nem todos os materiais lhe suscitam

interesse, também demonstra mais atenção nas atividades que implicam a

utilização de materiais sonoros e imagens de animais.

     Para finalizar, pode dizer-se que estamos perante um grupo bastante

dinâmico, ativo e energético. Com estes meninos nós não nos apercebemos de

qualquer   problema   de   socialização,   isto   é,   a   relação    adulto/criança    e

criança/criança é vivida no dia-a-dia de forma interativa, saudável e harmoniosa.




                                                                                        13
Ana Sofia Moreira Coelho

 CARACTERÍSTICAS ESPECÍFICAS DO GRUPO DE CRIANÇAS


   Após ter caracterizado, de uma forma global, a faixa etária que

compreende crianças entre os 3 e os 4 anos de idade e uma caracterização

geral do grupo de crianças, passarei a fazer uma caracterização mais específica

do grupo de crianças da Sala Rei Leão, em que serão pormenorizados os

seguintes aspetos: o controlo psicomotor; a linguagem; a autonomia; a

curiosidade; a imitação; a brincadeira; a sociabilidade; a colaboração; o

negativismo e as birras.



          O CONTROLO PSICOMOTOR

   As crianças já se equilibram bem, são ágeis, gostam de correr, pôr-se em

pontas dos pés, manter-se sobre um pé, subir, trepar, balançar-se, subir e

descer degraus… são crianças que necessitam de muitas e variadas atividades

psicomotoras. Adoram ir ao espaço exterior, explorá-lo livremente e brincar

com as crianças das outras salas, não obstante de gostarem que os adultos

entrem nos seus jogos e brincadeiras. Os adultos para além de interagirem com

as crianças estão sempre atentos e vigilantes, dado que nesta idade algumas das

crianças começam a ter a noção das suas limitações, apesar de ainda

apresentarem dificuldades em distinguir o que é perigoso do que não é, pelo que

na maior parte das vezes não temem o perigo.



          A LINGUAGEM

          A linguagem das crianças vem sendo mais precisa e o seu nível de

vocabulário vai aumentando progressivamente, para além disso gostam muito de

repetir as palavras e expressões que os adultos vão dizendo ao longo do dia.

Algumas das crianças começam a referir-se a si próprias pelo pronome pessoal

“eu” e reconhecem todos os amiguinhos, mesmo os que entraram por último no

                                                                                14
Ana Sofia Moreira Coelho

grupo. Nomeiam objetos e brinquedos que conhecem, participam em situações

comunicativas (por exemplo: “Canção dos Bons Dias”; diálogos no tapete sobre o

fim-de-semana ou sobre o que fazem em casa) e aos poucos vão mostrando que o

seu vocabulário está mais rico e fluente, pelo que também vão melhorando a

pronúncia dos vocábulos. No entanto, é necessário frisar que existe duas

crianças cuja linguagem ainda é de difícil compreensão, pelo que esta área deve

ser muito estimulada. De forma, a que esta dificuldade seja colmatada e as

crianças comecem a articular melhor as palavras.



          A AUTONOMIA

   Nestas idades querem fazer tudo sozinhas (comer, vestir, despir, lavar as

mãos…), o que é muito importante, visto que é fazendo que se aprende e que

verificam quais as consequências das suas ações. Assim sendo, as crianças têm

vindo a ser estimuladas a desenvolver a sua autonomia, aprendendo a fazer

coisas com a menor ajuda possível, pelo que os adultos têm acompanhado e

encorajado as crianças a realizarem tarefas que até um certo momento,

necessitavam do apoio destes para a sua realização. Aos poucos as crianças vão

conseguir fazer coisas sozinhas, conquistando assim, passo a passo, a sua

autonomia, ou seja, as crianças primeiro aprendem a fazer as coisas com as

outras pessoas para posteriormente fazê-las sozinhas.



          A CURIOSIDADE

          O grupo é constituído por crianças ávidas de conhecimento e muito

curiosas, gostam de tocar, experimentar e explorar tudo, pelo que é necessário

ter muito cuidado com os materiais que deixamos ao seu alcance. Esta

característica – a curiosidade – ajuda as crianças a aprender e a se desenvolver,

pelo que deve ser muito bem aproveitada para que estas possam progredir na

sua aprendizagem. A curiosidade da criança é necessária para ela conhecer e

                                                                                  15
Ana Sofia Moreira Coelho

  compreender o mundo em que vive, razão pela qual devemos aproveitar sempre

  os momentos em que esta se mostra interessada e curiosa por algo,

  aproveitando a sua curiosidade como fator de desenvolvimento e aprendizagem.



            A IMITAÇÃO

            As crianças têm uma tendência natural para imitar tudo o que vêm,

  principalmente as pessoas que lhes estão mais próximas, pelo que gostam de

  brincar com objetos que são imitações de utensílios do real dos adultos (tachos,

  frutas, legumes,…) nos seus jogos de faz-de-conta. A imitação também pode ser

  observada no que diz respeito às expressões que vão utilizando no dia-a-dia,

  visto que estas têm muita facilidade em reproduzir o que os adultos dizem, tal

  como já foi referido anteriormente, no ponto relativo à linguagem.



            A BRINCADEIRA

            Nesta fase as crianças começam a demonstrar mais interesse pelo

  outro e pelas suas brincadeiras, pelo que começam também a interagir e brincar

  mais umas com as outras. Também gostam de observar o que as outras crianças

  fazem e de se imitarem, pelo que muitas vezes querem o brinquedo com que as

  outras crianças estão a brincar.



            O NEGATIVISMO/ AS BIRRAS

    As crianças usam muitas vezes o «não» e têm por hábito dizer a tudo que não,

são bastante teimosas e obstinadas, tornando-se por vezes autoritárias, tentando

impor a sua vontade. Por vezes, este negativismo pode estar associado a acessos

de ira – as birras, porque as crianças vão adquirindo consciência da sua

personalidade e quando são contrariadas apercebem-se da situação e aborrecem-

se, em maior ou menor medida. As crianças, normalmente, entendem tudo o que

lhes dizemos, o que não quer dizer que nos obedeçam, visto que na maioria das

                                                                                   16
Ana Sofia Moreira Coelho

vezes só atendem aos nossos pedidos e fazem o que lhes dizemos, quando lhes

interessa, e fazem birra quando são contrariadas. Perante as birras os adultos

devem ser firmes e deixar que estas passem por si, dado que a criança precisa de

ter regras e limites, pelo que a sua vontade não pode prevalecer sempre.




                   Necessidades e Interesses
      Numa primeira fase, foi preciso ter em conta o grupo de crianças específico

para conseguirmos encontrar os seus interesses e necessidades, e para isso é que

contamos com ajuda dos pais através de conversas informais.

      A adaptação foi normal por parte das crianças, mostrando-se bem-dispostas

e alegres em todos os momentos. As crianças desta sala mostram grande interesse

em realizar as diferentes atividades.

      Este será um ano de grandes progressos e luta pela conquista da autonomia

e independência. Neste aspeto continuaremos a desenvolver nas crianças, hábitos

de higiene pessoal e oral.

      Na área motora, esta é uma fase de progresso no desenvolvimento da

motricidade global (grossa e fina). Daí que correr, saltar, descer, subir, dar

pontapés em bolas, brincar com balões, rasgar revistas e jornais, cortar, fazer

enfiamentos, sejam atividades adequadas e muitas vezes repetidas.

      Na área da linguagem, a criança compreende muito mais do que aquilo que é

capaz de expressar. Será importante nomear objetos, partes do corpo, pessoas e

animais, incentivando a criança a repetir, aumentando sempre o repertório de

palavras das crianças. Consequentemente, as conversas, as histórias e as canções

serão frequentes na Sala Rei Leão.




                                                                                   17
Ana Sofia Moreira Coelho

      Relativamente à socialização, as crianças serão sempre incentivadas a

partilhar os brinquedos com as restantes crianças da sala. Nesta área

trabalharemos as regras e limites essenciais à convivência com os outros.

       Para que tudo isto seja possível, o adulto tem que agir sempre como modelo,

para que as crianças o vão imitando até conseguirem fazer autonomamente. Por

outro lado a motivação será importante e fundamental para a criança, devendo o

adulto elogiá-la sempre que houver sucesso numa tarefa.

      As estratégias utilizadas serão variadas:



            Conversas em pequeno e em grande grupo;

            Estimulação de diálogo entre criança/criança e criança/adulto;

            Exploração de histórias;

            Dramatização de histórias;

            Lengalengas e trava-línguas;

            Fantoches;

            Brincar ao faz de conta;

            Canções com mímica;

            Dançar ao som da música;

            Exploração de sons;

            Jogos de movimento;

            Brinquedos variados (bolas, legos, puzzles, plasticina,...)

            Atividades plásticas.




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Ana Sofia Moreira Coelho




     Recursos
Humanos:

   Educadores de Infância;

   Auxiliares da ação educativa;

   Pais/famílias;

   Crianças;

   Restante pessoal não docente do estabelecimento;

   Comunidade em geral.



Materiais:

   Material existente no Infantário;

   Material de desgaste trazido pelos pais;

   Material de desgaste;

   Material elaborado pelas crianças.




                                                                                  19
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Fundamentação das

Opções Educativas




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Ana Sofia Moreira Coelho




           Fundamentação das Opções Educativas
      Tendo em conta todos estes pontos observados / encontrados, propomo-nos

   a intervir no sentido de tentar superar e minimizar todas as lacunas do grupo

   em questão.

      A nossa intervenção irá ser orientada no sentido de permitir ampliar os

saberes das crianças, utilizando um conjunto de oportunidades de aprendizagem

que integrem a abordagem de diferentes áreas de conteúdo.

      O tema do qual partimos para o desenvolvimento do nosso Projeto Curricular

de Grupo será “Uma escola para todos…”, este tema vai de encontro ao Projeto

Educativo “Brinco, cresço e aprendo… com Valores”.

      É nossa preocupação que as crianças tenham um ambiente educativo seguro

e estimulante do qual elas façam parte de forma ativa, crítica e responsável.

Assim, e após avaliarmos as dificuldades do grupo, estabelecemos objetivos a

atingir:

    Explorar as possibilidades do seu corpo, em si mesmo e nas relações com o

       espaço e com os objetos;

    Promover valores (amizade, partilha, respeito pelo próximo,…);

    Manifestar curiosidade, desejo de saber e compreender o porquê das

       coisas;

    Mobilizar saberes para compreender a realidade e resolver problemas do

       quotidiano;

    Adotar comportamentos de prevenção do risco, como forma de promover a

       segurança, saúde e qualidade de vida;

    Explorar e conhecer as diferentes cores;

    Concretizar tarefas de uma forma autónoma responsável e criativa;

    Refletir, avaliar e ter espírito crítico.

                                                                                  21
Ana Sofia Moreira Coelho

      A partir daqui, elaborar um projeto que nos permita organizar um trabalho

com as crianças dando prioridade à participação e partilha do poder de decisão

conjunta, na procura de novos saberes.




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Metodologia




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                               Metodologia
      A Educadora desta sala possui a seguinte habilitação:

    Licenciatura em Educação da Infância pela Escola Superior de Educação de

      Paula Frassinetti.

      Cheguei à conclusão que não deveríamos adotar uma única Metodologia, mas

sim utilizarmos as estratégias das diferentes Metodologias (HighScoope, Escola

Moderna,…) com as quais mais nos identificamos e que são mais pertinentes ao

grupo com que estamos a trabalhar.

      A metodologia de trabalho é pensada de acordo com as necessidades do

grupo, visto a criança não se apresentar para nós como um projeto, mas sim como

um conjunto de carências e características muito pessoais. Assim, cabe ao

educador criar as condições necessárias para que a criança possa construir o seu

“caminho” partindo sempre das potencialidades, necessidades e interesses de cada

criança.

      Os conteúdos privilegiados serão variados, dando grande importância à sua

auto-estima, motivações e confiança por ser ela própria a resolver as situações,

estando sempre o adulto a orientá-la e/ou a canalizá-la.

      É importante salientar, que as planificações são flexíveis e que vão ao

encontro aos interesses e necessidades das crianças.




                                                                                      24
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 ORGANIZAÇÃO DO

AMBIENTE EDUCATIVO




    Do grupo

    Do espaço

    Do tempo

    Da equipa

    Do estabelecimento

     educativo




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Ana Sofia Moreira Coelho




            Organização do Ambiente Educativo
    Do Grupo
      O grupo de crianças são a base de todo o processo educativo, para tal

   tenciono um ambiente harmonioso, seguro e organizado onde a criança se senta

   confortável e à vontade para brincar, explorar e aprender. Para tal,

   trabalharemos em conjunto com o grupo de crianças as regras da sala, para que

   as crianças possam compreende-las e respeitá-las. Além disso, trabalharemos

   ao longo do ano os valores, que vão encontro do projeto educativo e também

   para se tornarem futuros cidadãos.



    Do Espaço
      Um ambiente bem pensado promove o progresso das crianças em termos de

desenvolvimento físico, comunicação, competências cognitivas e interações sociais.

Desta forma, a Sala Rei Leão é espaçosa e bem organizada a nível de disposição de

mobiliário, o que permite o livre movimento das crianças que a frequentam. Possui

uma janela grande que assegura a entrada constante de luz natural na sala,

facilitando igualmente o seu arejamento.

      A Sala Rei Leão é um local de aprendizagens, brincadeiras, construções e

movimentos das nossas crianças.



“Acreditamos que os centros de educação infantil devem proporcionara bebés e
crianças de tenra idade ambientes bonitos que apoiem o jogo centrado na criança,
iniciado pela criança e facilitado pelo educador. Também acreditamos que as
pessoas que prestam cuidados às crianças merecem ambientes de trabalho
altamente funcionais, fáceis de utilizar e esteticamente atraentes.”


                                                                                    26
Ana Sofia Moreira Coelho

(citado por Torelli e Durret, 1998)



      As crianças passam a maior parte do dia na creche, e é aqui que realizam as

suas atividades, tirando proveito do espaço e materiais existentes. O educador

dinamiza a maioria das atividades pedagógicas com ajuda da equipa de sala.

      Deste modo, a organização e utilização do espaço são expressão das

intenções educativas e da dinâmica do grupo. Para que seja facilitador das

aprendizagens, é fundamental que o educador esteja atento à sua funcionalidade e

o vá modificando de acordo com as necessidades e evolução do grupo. A

organização da sala deve ter em conta as necessidades específicas de cada idade,

mas também deve seguir um critério totalmente flexível para poder acomodar o

espaço para as diversas atividades diárias.

      Assim sendo, o educador deve organizar o espaço e os materiais de modo

aguçar a curiosidade das crianças. Pois estes são fundamentais para aprendizagens

ativas. A movimentação irrequieta e constante, a curiosidade, a alegria e as

brincadeiras são características desta faixa etária, onde utilizam muito a

exploração.

      A sala é muito ampla, atendendo ao número de crianças existentes e

diferentes idades (dos 3 anos aos 3 anos e 8 meses). No que diz respeito à sala

pode-se dizer que é bastante acolhedora e com muita luminosidade. O pavimento

não é escorregadio, facilitando a locomoção das crianças. Possui várias mesas com

dez cadeiras, nas quais se realizam as atividades.

      As crianças destas idades necessitam, principalmente, de um espaço

concreto para realizarem as suas atividades e brincadeiras, como tempo de

descanso e sono e outro para a limpeza e higiene pessoal. Mas também precisa de

um espaço amplo e livre de móveis onde possam desenvolver as suas capacidades

motoras e sua ilusão por explorar, manipular, descobrir e estabelecer uma relação

com os objetos.

                                                                                   27
Ana Sofia Moreira Coelho

      Na verdade, o espaço é um elemento de grande importância que contribui

para o desenvolvimento integral da criança. Na organização da sala, deve ter-se

em atenção a forma como a criança compreende o espaço. O espaço é um local

onde a criança vive experiências e recebe informações a diferentes níveis – das

emoções, da linguagem, da motricidade e da cognição.

      Para que o desenvolvimento da criança seja harmonioso, deve ter-se em

conta os pormenores, como refere o texto transcrito: a escuridão, o barulho, as

cores, …

      Um ambiente bem pensado promove o progresso das crianças em termos de

desenvolvimento físico, comunicação, competências cognitivas e interações sócias.

      Assim, achamos que o espaço deverá ser elaborado ao longo do ano à medida

que as crianças e os adultos acharem conveniente.

      Na Sala Rei Leão podemos encontrar um placard para informações aos pais e

dois placards para a exposição das atividades das crianças, como também o quadro

de aniversários.

      A Sala Rei Leão está organizada pelas seguintes áreas:



      Área do Acolhimento
            1 tapete;



      Área da Garagem
            Carros, camiões (transportes);

            1 Tapete;

            1 oficina com os seus materiais (ferramentas).




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Ana Sofia Moreira Coelho

      Área da Casinha
      Na brincadeira das casinhas, o que nós observamos não é a descoberta do

mundo que é importante, mas a auto-descoberta. O facto de a criança imitar tudo

o que vê no dia-a-dia, afasta a incompreensão e estranheza que ela lhe provoca.

      As brincadeiras realizadas neste cantinho poderão ser classificadas como

brincadeiras     imaginativas,   no   entanto,   estas       são   essenciais     para    um

desenvolvimento harmonioso na criança.

      A área da casinha está de certa forma organizada:

               1 cozinha (micro-ondas, lava loiça, forno, móveis e prateleiras;

               Alimentos (pão, cenoura, peixe, carne, bolos, ovos,…);

               Loiça (talheres, pratos, copos, panelas,…);

               Armário;

               Espelho;

               Baú;

               Roupas;

               Acessórios (carteiras, pulseiras, colares e óculos);

               Cama;

               Carrinho de bebé;

               Mudador de fraldas;

               Banco;

               3 Bonecos.



      Área da Biblioteca
      O livro, principalmente o livro infantil, pode influenciar sobre a vida estética

 e afetiva da criança e todo o seu desenvolvimento global. Não só porque o livro

 faz a interligação entre a palavra e a forma, mas também porque, através deste,

 podemos proporcionar várias atividades enriquecedoras e trocar experiências.


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Ana Sofia Moreira Coelho

     A criança quando ouve ou lê um conto vive uma realidade diferente da visão

 do adulto, porque transfigura com a sua imaginação. Daí que seja importante um

 bom estímulo para a leitura, pois esta desperta a imaginação da criança, levando-

 a ao mundo da fantasia e do sonho, processo este natural, espontâneo e muito

 produtivo para o resto de sua vida. As crianças encontram-se numa fase de

 descoberta e aquisição, as experiências que viverem na infância refletir-se-ão na

 sua vida futura.

      A criança deve ter contacto com os livros o mais cedo possível, eles

 contribuem para o desenvolvimento harmonioso e para a formação integral da sua

 personalidade. São eles também uma forma de sensibilizar as crianças para

 questões da nossa realidade quotidiana como os valores e as injustiças sociais.

 Isto porque, são muitos os valores que cada vez mais estão a perder importância

 e a ser postos em causa.

      A área da biblioteca está de certa forma organizada:

            Móvel para os livros;

            Livros de histórias;

            2 almofadas.



     Área dos Jogos
            Material didático (legos, jogos de encaixe, puzzles, cartas…);

            1 Mesa;

            2 Cadeiras.




     Área da Plástica/Atividades
     Neste espaço a criança transfere para o papel tudo o que vai no seu íntimo.

Ao transferi-lo, a criança não só está a aprender intelectualmente mas também


                                                                                    30
Ana Sofia Moreira Coelho

satisfazer-se emocionalmente, adquirindo assim um sentimento de plenitude que

só por si é aprendizagem.

       Quanto aos materiais existentes na sala, podemos indicar os seguintes:

             2 Armários para o material;

             3 mesas;

             10 cadeiras;

             Material para os trabalhos;

             Móvel com lavatório.



       Na instituição existem dois recreios exteriores (um semi-coberto e outro

descoberto) e um interior.



                               Área do Recreio
Esta área é composta por uma casa escorrega, uma casinha, 2 escorregas e um

deles com baloiços, motas, carrinhos, camiões, piscina de bolas, bolas, 1 túnel

articulado, 1 mesa com jogos didáticos e carros e ainda um jogo em 3D. Este deve

ser um momento em que a criança estabelece um contacto com a natureza e o ar

livre, ao mesmo tempo que se desenvolve a sua imaginação criando ela mesmo, os

seus próprios jogos. É importante oferecer-lhe uma vasta gama de brinquedos e

um espaço seguro, mas também é conveniente não programar uma lista de jogos

coletivos e dirigidos pelo adulto. O recreio é o seu tempo livre, ou seja, um tempo

para poder desenvolver a sua capacidade de decisão.



    Do Tempo
    As rotinas traduzem os momentos que se repetem no dia-a-dia. A sucessão de

cada   dia   tem   um   determinado   ritmo,   são   afixados   horários     que    são

intencionalmente marcados e planeados.


                                                                                     31
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    Cada componente de uma rotina diária deverá proporcionar às crianças um

tipo diferente de experiências, pois estas são organizadoras do quotidiano das

mesmas, deste modo o quotidiano passa a ser previsível, o que tem grandes efeitos

sobre a segurança e autonomia das crianças.

    Criar uma rotina, é ter presente que o tempo a ocupar deverá ser repleto de

experiências ricas no âmbito educativo, sem nunca esquecer que embora sejam

pensadas pelo adulto, tem de ser progressivamente construídas pelas crianças.

    É necessário que o tempo dedicado à experimentação, permita os diversos

tipos de intervenção diferenciados, sendo assim é necessário a atividade

constante do educador na criação de uma rotina diária.

Em relação à organização do tempo, ou seja, às rotinas estas poderão sofrer

alterações sempre que se achar conveniente e apropriado para as crianças.

      As referências temporais são muito importantes para as crianças pois

servem como fundamento para a compreensão do tempo.

      Os horários e as rotinas são suficientemente repetitivos para permitirem

que as crianças explorem, treinem e ganhem confiança nas suas competências em

desenvolvimento. Embora permitam que as crianças passem suavemente, ao seu

ritmo, de uma experiência interessante para outra. Nós, educadores planificamos

de uma forma flexível e centrada na criança o tempo de grupo, ou seja, o trabalho

realizado com o grupo todo de crianças.

      O tempo educativo deve contemplar, de forma equilibrada, diversos ritmos

e tipos de atividade em diferentes situações. O educador deve prever e organizar

o tempo de forma estruturada e flexível para que os diferentes momentos façam

sentido para as crianças.

      A distribuição do tempo relaciona-se com a organização do espaço pois a

articulação entre estes dois elementos deve adequar-se as características do

grupo e necessidades de cada criança.

      Durante todo o dia, as crianças fazem escolhas acerca dos materiais e das

                                                                                    32
Ana Sofia Moreira Coelho

atividades, e os adultos apoiam e encorajam as iniciativas das crianças durante

cada período de tempo e interação de rotina.

      Zabalza, refere-se às rotinas da seguinte forma:



“As rotinas, atuam como as organizadoras estruturais das experiências
quotidianas, pois esclarecem a estrutura e possibilitam o domínio do processo a
ser seguido e, ainda, substituem em incerteza do futuro (...) por um esquema fácil
de assumir. O quotidiano passa então a ser algo previsível, o que tem importantes
efeitos sobre a segurança e a autonomia”.
(In ZABALZA, M., 1998, p. 52)



      As rotinas dão segurança à criança, pois ela pode antecipar o que vai

acontecer em seguida. Assim, as rotinas são um “marco de referência” no tempo,

“desempenham também o papel facilitador na captação do tempo e dos processos
temporais (da sucessão temporal). Esta é uma importante aprendizagem para
enfrentar a realidade diária: a criança aprende a existência de fases (...)”.
(In ZABALZA, M.)



      A rotina diária organiza o dia em momentos, em segmentos de tempo. No

entanto, esses momentos não necessitam de ter sempre a mesma estrutura, para

não se tornarem rotineiros.      Na nossa opinião, a rotina deve estar centrada nos

interesses e necessidades da criança.



A rotina da Sala Rei Leão é a seguinte:

               07h30-08h00                         Acolhimento sala João
                                                         Pé de Feijão
               08h00-09h00                         Acolhimento na sala /
                                                      brincadeira livre

                                                                                      33
Ana Sofia Moreira Coelho


              09h00-09h20                    Brincadeira/atividade livre
              09h20-09h30                           Higiene pessoal
              09h30-09h50                       Suplemento da manhã
               09h50-10h00                          Higiene pessoal
                10h00-11h15                     Atividades orientadas
                11h15-11h40                  Brincadeira livre (recreio)
                11h40-11h50                         Higiene pessoal
                11h50-12h45                                Almoço
               12h45-13h00                          Higiene pessoal
               13h00-15h00                               Hora do sono
                15h00-15h15                         Higiene pessoal
                15h15-16h00                                Lanche
               16h00-17h00                         Atividades livres
                17h00-17h15                         Higiene pessoal
                17h15-18h00                        Brincadeira livre
               18h00-18h20                       Suplemento da tarde
               18h20-18h30                          Higiene pessoal
               18h30-19h10                         Brincadeira livre
               19h10-19h40                         Sala Pé de Feijão
               19h40-20h00                          Sala Polivalente


      Esta sala conta, ainda, com uma organização semanal:

      Às 2ª feiras são dias específicos para o “Expressão Motora” (Professor

Ricardo Caldas); às 3ªfeiras, para o Inglês (Professora Nádia) e à tarde

Quintinha Pedagógica, às 4ªfeiras, para o Dia Surpresa, às 5ªfeiras, para a

Informática (Professora Nádia) e as 6ªfeiras para a Expressão Musical

(Professor Ricardo Martins).

      É importante realçar, que tal como as rotinas, estes dias não são rígidas,

podendo ser alterada alguma destas atividades para outro dia, devido a algum

imprevisto ou até mesmo falta de interesse da criança.



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Ana Sofia Moreira Coelho




                        Momentos de rotina
Momento da Chegada/Partida

      O momento da chegada e da partida envolve alguns rituais que são

importantes para a experiência da criança longe de casa.

      O educador deve comunicar abertamente com as crianças sobre a chegada e

partida dos pais, para que este perceba o que se passa.

      Na chegada, é importante que o Educador dê as boas vindas calorosas e

descontraidamente, porque ajuda a que a criança sinta confiança nele e saiba que,

enquanto os pais não estão, ela vai ser bem tratada e também que estará em

segurança até que os seus pais regressem.

      Na hora da partida, as despedidas devem ser calmas, agradáveis e

simpáticas para que a criança esteja tranquila, ao mesmo tempo que tranquiliza os

pais, que observa que a criança está e esteve bem durante o dia.

      A curto prazo, a criança aprenderá a lidar com as despedidas e com as boas

vindas dando-lhes um leque mais alargado das pessoas que eles sabem que podem

confiar.

      A longo prazo, ao integrar-se nestes rituais a criança estará a aprender

para saber lidar com chegadas e partidas pela sua vida fora.

      Esta instituição abre as suas portas 07:30 horas e encerra às 20:00 horas,

oferecendo uma componente social e educativa, na qual são servidos o suplemento

da manhã e da tarde, almoço e lanche.




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Ana Sofia Moreira Coelho

Momento das refeições
        As refeições são mais do que uma necessidade básica da criança. Elas

proporcionam um contacto físico entre a criança e o adulto.

        Para as crianças o momento das refeições é um momento em que

experimentam novos sabores, cheiros e texturas e que tentam comer sozinhos

ou com a colher ou com os dedos. Para elas isto é mais uma hora de convívio social.

        O local onde a refeição decorre depende da fase de desenvolvimento das

crianças em causa.

        As crianças trazem para as refeições as suas recém-aquisições físicas: o

sentar sozinho, comer sozinho com a colher, etc.

        Os Educadores começam a habituar-se às práticas de exploração das suas

crianças e percebem que as crianças tiram partido da sua refeição, recebendo os

benefícios de uma boa e nutritiva alimentação.

        Embora as crianças não estejam preparadas para se comportarem com

etiqueta à mesa, envolvem-se em experiências que lhes ensinam a ter maneiras à

mesa.



Momento dos cuidados corporais
        Para as crianças, as rotinas dos cuidados corporais ocorrem com alguma

frequência durante o dia.

        A um nível básico, as rotinas promovem o asseio, o conforto físico e a saúde,

mas são também momentos que contribuem para o bem-estar emocional das

crianças. Através destas interações carinhosas as crianças constroem relações de

confiança e de segurança com o Educador.

        Para além disto, nos momentos de limpeza as crianças começam a ter alguma

consciência dos seus corpos e do modo como estes se movimentam.

        As áreas de muda das fraldas, de vestir e as casas de banho devem ser de


                                                                                      36
Ana Sofia Moreira Coelho

fácil lavagem, bem localizadas, cómodas para os adultos e agradáveis para as

crianças.

      Estas áreas devem também ser organizadas de forma a promover o

desenvolvimento e a autonomia das crianças, o "Eu faço sozinho". Há medida que

vão crescendo, as crianças desempenham um papel cada vez mais activo nas suas

rotinas.



Momento da sesta
      A hora da sesta acontece devido ao cansaço das crianças, com por ser algo

regularmente programado do dia do infantário.

      O momento da sesta proporciona a descanso e o desenvolvimento às

crianças.

      A sesta deixa que as crianças descansem e recarreguem energias para o

resto do dia. A conceção da zona da sesta deve ser pensada pelo educador.

      Deve haver uma zona para as camas das crianças que dormem um sono mais

longo e uma zona para as camas das crianças que têm um sono mais curto.

      Enquanto algumas crianças dormem uma sesta mais longa ou curta, outros

apenas precisam de descansar durante este momento.



Momento de escolha livre/ brincar
      O momento de escolha livre é um período de tempo em que as crianças

podem investigar e explorar os materiais, bem como interagir com os seus pares.

Num    ambiente    seguro   os   materiais   devem   proporcionar      experiências

interessantes. O espaço deve ser amplo para se deslocarem em diferentes

direções. Cada criança escolhe aquilo que mais lhe interessa, de acordo com o seu

nível de desenvolvimento.

      Muitas das aprendizagens ocorrem neste momento, através das explorações


                                                                                  37
Ana Sofia Moreira Coelho

sensório-motoras das crianças.

      Conforme vão interagindo com os materiais e pessoas, elas constroem

conhecimento sobre representação, movimento, comunicação, objectos, primeiras

noções de quantidade e de número, espaço e tempo.

      O tempo de escolha livre ocorre num contexto social rico. As crianças

fazem tudo isto de acordo com o seu próprio ritmo, interesses e competências

individuais. À medida que começam a ter uma maior consciência do "eu", os

conflitos sociais são mais frequentes. E, ao começarem a reter imagens materiais,

algumas poderão indicar aquilo que lhes apetece fazer.



    Da Equipa
      A equipa pedagógica da Sala dos Três Porquinhos é constituída pela

Educadora de Infância Ana Coelho e duas Auxiliares de Educação Letícia e Nélia.

      A meu ver o trabalho realizado nesta sala, visa o desenvolvimento e

aprendizagem de todas as crianças, em que todos os membros da Equipa são

importantes e complementam-se.

    A Sala Rei Leão pretende implementar um trabalho que seja realizado em

EQUIPA e com COOPERAÇÃO. Em que todos os membros são importantes e
primordiais para que tudo corra bem. Enquanto Educadora, julgo que podemos

dizer que estamos perante um agradável trabalho em equipa, porque existe um

clima de respeito mútuo e aceitação entre todos os membros da Equipa Educativa.

Assim, penso que, se pode afirmar que o trabalho em equipa é um processo

interativo, em que se tem em atenção e se respeita as diferenças individuais

dentro da Equipa, pelo que se valoriza os diferentes saberes e a especificidade

das funções e dos papéis.




                                                                                    38
Ana Sofia Moreira Coelho

      De seguida, encontra-se estipulado na tabela o horário da respectiva equipa

pedagógica:



                  Educadora                              Horário
                                                          Manhã

           Ana Sofia Moreira Coelho                   09:00 – 13:00

                                                          Tarde

                                                       15:00 – 17:15




         Auxiliares de Ação Educativa                    Horário

                                                          Manhã

                        Nélia                         08:00 – 13:00

                          e                            14:00 – 17:00

                        Letícia                           Tarde

                                                       10:30 – 14:00

                                                       15:00 – 19:30




    Do Estabelecimento Educativo
   O Infantário Cidade dos Brinquedos (ICB) é um estabelecimento de educação

particular situando na Rua Quinta Josefina n.º15, Freguesia de Santo António,

Concelho do Funchal, Madeira.

    O infantário, construído de raiz, conta com a valência de creche e de jardim-

de-infância, e destina-se a crianças com idades compreendidas entre 3 meses e os

seis 6 anos de idade.

    A Valência de Creche, com capacidade para 298 crianças, conta com 9 Salas

berço, no piso 1. Destas, 8 possuem zona de repouso com 12 berços e banca de


                                                                                  39
Ana Sofia Moreira Coelho

mudas/banhos, e acesso partilhado, duas a duas, a sala parque onde as crianças

brincam e realizam as atividades. A sala remanescente possui uma sala parque

exclusiva.

      As salas berço preveem o máximo de 12 crianças por sala com idades

compreendidas entre os 3 meses e os 2 anos de idade. Toda a área dos berçários é

apoiada por uma copa de leite, um pátio exterior coberto, um pátio exterior

descoberto, uma casa de banho para adultos e uma casa de banho para as crianças

toda ela construída de acordo com a legislação em vigor, contemplando área de

sanitas, área de lavatórios, área de mudas e banhos.

     No piso zero encontramos seis salas de transição com capacidade para 15

crianças cada, com idades compreendidas entre os 24 e os 36 meses.

     As salas de transição contam com arrecadação para arrumos, um refeitório,

um polivalente, uma casa de banho para adultos e uma casa de banho para as

crianças, toda ela construída de acordo com a legislação em vigor, contemplando

área de sanitas, área de lavatórios, área de mudas e banhos. Todas as salas de

transição são apoiadas por um espaço exterior semi-coberto.

     Relativamente à Valência de Jardim-de-Infância, que se encontra no piso -1

conta com quatros salas com capacidade para 25 crianças cada, com idades entre

os 3 e os 6 anos de idade. Todas estas as salas são apoiadas por uma arrecadação,

por um espaço exterior, por um refeitório com cozinha, por uma casa de banho

para adultos e uma casa de banho para crianças para crianças que está dividida em

três áreas: área de sanitas, área de lavatórios e área de duche.

  No piso -2, o ICB disponibiliza, para maior comodidade e segurança, garagem

coberta para facilitar aos pais o acolhimento e entrega das crianças.

      Conta na sua estrutura física com as seguintes áreas:

   6 Salas de transição;

   4 Salas de jardim-de-infância;


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Ana Sofia Moreira Coelho

   Secretária;

   Gabinete de direção;

   Gabinete de direção pedagógica;

   Sala de educadora;

   Sala de reuniões;

   Sala polivalente;

   Unidade alimentar (vulgo “cozinha”);

   2 Refeitórios (salas de transição/jardim de infância);

   Copas de leites (berçários);

   Enfermaria;

   Sala de convívio;

   Lavandaria;

   Arrecadações;

   Vestiários e WC de pessoal docente;

   Vestiários e WC de pessoal não docente;

   Garagem coberta.



    Importa destacar que todos os espaços do infantário foram construídos e

equipados de acordo com a legislação vigente, observando-se áreas amplas, com

boa luminosidade natural e com bom arejamento. Para além disso, estão todas

devidamente equipadas com mobiliário e material didático adequado às idades das

crianças, proporcionando as melhores condições ao desenvolvimento global das

mesmas.




                                                                                   41
Ana Sofia Moreira Coelho

Recursos Humanos
      O Infantário Cidade dos Brinquedos tem como Diretora Pedagógica a

Educadora Carla Flor e como Administrativas da Instituição Marisol.

      Em cada sala de Creche, Transição e Jardim-de-infância existem uma

Educadora de Infância e duas Auxiliares de Educação, excepto nas salas parques.

A Instituição dispõe ainda de duas empregadas de serviço geral, e três

cozinheiras.

      A Instituição conta com ajuda de uma Fisioterapeuta Petra Sardinha que

apoia as três valências.



Período de Adaptação
     As crianças que frequentem pela primeira vez o Infantário têm o seguinte

horário:

            Primeiro dia: As crianças permanecem das 9h00 às 11h00, ficando

        sempre acompanhadas por um familiar.

            Segundo dia: As crianças permanecem das 9h00 às 11h00. O familiar

        pode retirar-se da sala, mas permanece no estabelecimento.

            Terceiro dia: As crianças saem após o almoço, por volta das 13h00.

            Quarto dia: As crianças almoçam e saem após o lanche, por volta das

        16h00.

            Quinto dia: As crianças permanecem o dia inteiro na instituição, ou seja

        saem mediante o horário dos pais.

     Este horário é flexível, o que quer dizer que poderá ser alterado e adaptado

consoante o comportamento da criança.



Atividades Curriculares
     A Instituição oferece um rol de atividades curriculares. Assim sendo, as


                                                                                     42
Ana Sofia Moreira Coelho

crianças poderão ter aulas de Informática, de Inglês, de Expressão Musical, de

Expressão Física e Motora. Todas estas atividades realizar-se-ão dentro da

Instituição que são orientadas e planeadas pelos respetivos professores. Para

além destas atividades, as crianças também terão acesso a uma “Quintinha

Pedagógica”.




                                                                                43
Ana Sofia Moreira Coelho




INTENÇÕES DE TRABALHO

  PARA O ANO LETIVO




      Opções e prioridades

       curriculares

      Objetivos, Atividades

       /Estratégias a desenvolver




                                                   44
Ana Sofia Moreira Coelho




                        Opções e Prioridades
      O projeto tem de surgir do interesse mostrado pelo grupo de crianças e das

necessidades observadas pela equipa pedagógica de sala (Educadora e Auxiliares).

      O projeto de sala “Uma escola para todos…” surgiu devido aos interesses e

necessidades das crianças, pois este grupo quer saber o porquê de tudo e para que

serve. Por isso este ano letivo, trabalharemos um bocado de a fundo cada tema

(corpo   humano,    cores,   noções   lógico-matemáticas,      linguagem,     meios    de

transportes, animais,…) para aguçarmos a curiosidade das crianças desta sala. Para

trabalharmos este diferentes temas proporcionaremos às crianças diferentes

técnicas (sopro, rolha, esponja, berlindes,…) e materiais (tintas, tecidos, folhas,

revistas,…).

     É importante, também, não ignorar o contacto com o exterior que pode ser

proporcionado através das deslocações ou decorrendo a experiências e vivências

realizadas pelas crianças no seu contexto familiar e social.

     Como o educador é o construtor, o gestor do currículo, o plano curricular

destina-se a apoiar a organização do processo educativo e evolutivo das crianças.

Desta forma, podemos dizer que este documento resulta de um trabalho de

investigação e análise na construção de um suporte de coerência profissional que

se desenvolve em prol das crianças.

     Na construção do plano curricular existem alguns aspetos que o educador

deverá ter em conta:

         a) O ambiente educativo, o meio externo e interno à criança;

         b) O que a criança já sabe e deve valorizar todos os saberes como

            fundamento para as novas aprendizagens;


                                                                                       45
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        c) A pedagogia diferenciada, centrada na cooperação, para beneficiar o

           desenvolvimento educativo desenvolvido no grupo;

        d) As diferentes áreas de conteúdo, que deverão ser abordadas de uma

           forma globalizante e integrada na planificação e avaliação das

           situações de aprendizagem.

    Sendo assim, o plano curricular deverá ter uma perspetiva flexível, geral e

abrangente, uma vez que oferece a possibilidade de fundamentar diversas opções

educativas, garantindo que a criança tenha contacto com a cultura e instrumentos

necessários à aprendizagem ao longo da sua vida. Por outro lado, o desenvolvimento

curricular deverá ter em conta a intencionalidade educativa, que passa pela

planificação, ação e avaliação desenvolvida pelo educador, de forma a adequar a

sua prática às necessidades das crianças.

    Como já foi referido, o educador deverá ter em conta as áreas de conteúdo

para a construção deste documento. Desta forma, o plano curricular encontra-se

dividido segundo as mesmas, que incluem diferentes tipos de aprendizagens,

atitudes, saber-fazer e atividades, dado que a criança aprende a partir da

exploração e da manipulação do mundo e de tudo que a rodeia.




                                                                                   46
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                   Objetivos, Atividades/Estratégias
                                   a desenvolver
     Assim, para a elaboração do plano curricular devemos considerar três

grandes áreas:

        1) Área de Formação Pessoal e Social;

        2) Área da Expressão e Comunicação:

               -   Domínio da Expressão Motora;
               -   Domínio da Expressão Dramática;
               -   Domínio da Expressão Plástica;
               -   Domínio da Expressão Musical;
               -   Domínio da linguagem oral e abordagem à escrita;
               -   Domínio da matemática;
        3) Área do Conhecimento do Mundo.

     Desta forma, fica demonstrado que o plano curricular é construído segundo

as Orientações Curriculares para a Educação Pré-Escolar, um documento

desenvolvido pelo Ministério da Educação e que constitui um ponto de referência

para os educadores na organização da componente educativa das crianças.




                        Área de Formação Pessoal e Social

     A Área de Formação Pessoal e Social deverá favorecer, de acordo com as

fases de desenvolvimento, a aquisição de espírito público e a interiorização de

valores espirituais estéticos, morais e cívicos.




                                                                                    47
Ana Sofia Moreira Coelho

         Tem em vista a formação da criança, tendo em conta “a sua plena inserção na

sociedade como um ser autónomo, livre e solidário”1.

              Objetivos/Conteúdos                                    Atividades/Estratégias

       O Corpo e a própria imagem                             Reconhecer o esquema corporal;
                   O esquema corporal                          Identificar as diferentes partes
                                                                do corpo;
                                                               Estimular os cinco sentidos
       Educação para a saúde                                  Reconhecer e ampliar normas de
                   Higiene e saúde com o                        higiene e saúde do corpo;
                   corpo                                       Reconhecer a importância de
                                                                posturas corretas;
                                                               Identificar alguns cuidados a ter
                                                                com a visão e a audição.



                                                               Reconhecer e ampliar normas de
                   Higiene alimentar                            higiene alimentar;
                                                               Dar a conhecer a importância de
                                                                lavar os alimentos;
                                                               Participação das crianças na hora
                                                                de pôr a mesa.
       Educação para a cidadania                              Dar a conhecer a importância de
                   Prevenir acidentes                           prevenir acidentes;
                                                               Dar a conhecer as normas de
                                                                prevenção       de      acidentes
                                                                domésticos.



                                                               Incentivar o respeito e o cuidado
                   Respeito pela natureza                       pela natureza;
                                                               Reforçar a importância de
                                                                conservar a natureza;
                                                               Dar a conhecer a importância da
                                                                reciclagem.
       Educação para os valores                               Reconhecer a família como
                   A família                                    estrutura    essencial   à    vida

1
    Ministério da Educação (2002). “Orientações Curriculares para a Educação Pré-Escolar”. Lisboa: Departamento
da Educação básica, Núcleo de Educação Pré-Escolar, pp. 51

                                                                                                              48
Ana Sofia Moreira Coelho

                                   humana;
                                  Educação Cristã;
                                  Vivenciar a época Natalícia:
                                    Realização de uma prenda para
                                     a família e criança;
                                    Vivenciar as músicas desta
                                     época;
                                  Vivenciar a Páscoa:
                                    Realização de uma prenda para
                                     a família e criança;
                                    Vivenciar as músicas e histórias
                                     desta época;
                                  Realização do “Dia da Mãe”; do
                                   “Dia do Pai” e do “Dia da Família”.



                                Promover atividades na escola
Os pais/família na creche        onde os pais/famílias sejam
                                 sujeitos ativos;
                                Participação dos pais/famílias nas
                                 atividades para os dias festivos;
                                Envolver os pais/famílias nas
                                 atividades desenvolvidas na sala;
                                Valorizar as suas opiniões, dar
                                 informação e formação.



Um ambiente        rico   em    Organização do espaço-sala;
aprendizagens                   Elaboração das regras da sala;
                                Elaboração    do    quadro     de
                                 aniversários.



                                Reforçar     o     sentido     de
Sentido                   de     responsabilidade;
responsabilidade                Arrumar a sala e os brinquedos;
                                Fazer recados;
                                Cumprir uma tarefa até ao fim.



Amizade                         Fomentar a amizade;


                                                                       49
Ana Sofia Moreira Coelho

                                                               Ser justo na resolução                      de
                                                                conflitos;
                                                               Envolver todas as crianças                  na
                                                                realização de atividades                   em
                                                                grande grupo;
                                                               Reforçar a importância                     em
                                                                respeitar todas as crianças.



                                 Área de Expressão e Comunicação

         Esta área divide-se em seis domínios: domínio da expressão motora, da

expressão dramática, da expressão plástica, da expressão musical, domínio da

linguagem oral e abordagem à escrita e domínio da matemática.

         “As diferentes áreas de conteúdo partem do nível de desenvolvimento da

criança, da sua atividade espontânea e lúdica, estimulando o seu desejo de criar,
explorar e transformar, para incentivar formas de acção reflectida e
progressivamente mais complexa”2. Desta forma, devemos proporcionar situações
e experiências de aprendizagem diversificadas, “de modo a que a criança vá

dominando e utilizando o seu corpo e contactando com diferentes materiais que
poderá explorar, manipular e transformar de forma a tomar consciência de si
próprio na relação com os objetos”3.




          Domínio da Expressão Motora

         Tendo em conta o desenvolvimento motor de cada criança, a educação pré-

escolar deve proporcionar ocasiões de exercício de motricidade global e, também,

de motricidade fina, de modo a permitir que todas as crianças aprendam a utilizar

e a dominar melhor o seu corpo.

2
    Ministério da Educação (2002). “Orientações Curriculares para a Educação Pré-Escolar”. Lisboa: Departamento
da Educação básica, Núcleo de Educação Pré-Escolar, pp. 47
3
    Idem, pp. 57

                                                                                                              50
Ana Sofia Moreira Coelho

     Objetivos/Conteúdos               Atividades/Estratégias

                                    Identificar a figura humana;
 Esquema corporal
                                    Reconhecer e expressar diversas
                                     posições;
        Orientação e organização
                                    Combinação de posturas: de pé,
        espaço-temporal
                                     sentado;
                                    Associar objetos às partes do
                                     corpo;
                                    Reproduzir diversas posições;
                                    Exercícios de coordenação;
                                    Situação e deslocamento no
                                     espaço real;
                                    Imitação de movimentos;
                                    Exercícios de equilíbrio;
                                    Exercícios de destreza;
                                    Exercícios de coordenação de
                                     movimentos realizados na vida
                                     quotidiana;
                                    Exercícios de inibição.



                                    Conhecer a noção de direita e
 Lateralidade                       esquerda;
                                    Explorar a motricidade fina e
                                     grossa através de jogos.



                                    Jogos    para     os     membros
 Estruturação espacial              superiores e inferiores.
        Noções espaciais

                                    Jogos    para      os    membros
 Orientação temporal                superiores e inferiores.
        Ordem e sucessão




                                                                         51
Ana Sofia Moreira Coelho

          Domínio da Expressão Dramática

         A expressão dramática é um meio de descoberta de si próprio, do outro e de

afirmação de si próprio na relação com os outros que corresponde a uma forma de

se apropriar de situações sociais.

         As atividades de jogo simbólico permitem à criança recrear experiências da

vida quotidiana, situações imaginárias e utilizar os objetos da vida quotidiana

atribuindo-lhes significados múltiplos.

         Assim, “na interação com outra ou outras crianças, em atividades de jogo

simbólico, os diferentes parceiros tomam consciência das suas relações, do seu
poder sobre a realidade, criando situações de comunicação verbal e não verbal”4.




              Objetivos/Conteúdos                                    Atividades/Estratégias

       Promover o jogo simbólico                              Exprimir situações da vida
                   Vida quotidiana                              quotidiana
                                                               Jogo do “faz-de-conta”, com a
                                                                disposição de diversos materiais:
                                                                    Quarto;
                                                                    Cozinha;
                                                                    Ludoteca: Biblioteca e
                                                                      jogos
                                                                    Garagem.
                                                               Recriar situações do dia-a-dia.



       Promover o jogo dramático                              Proporcionar     momentos     de
                                                                fantasia;
                   Momentos de fantasia                        Acompanhar com gestos canções,
                                                                lenga-lengas e trava-línguas;
                                                               Recontar e dramatizar histórias.


4
    Ministério da Educação (2002). “Orientações Curriculares para a Educação Pré-Escolar”. Lisboa: Departamento
da Educação básica, Núcleo de Educação Pré-Escolar, pp. 59

                                                                                                              52
Ana Sofia Moreira Coelho



            Capacidade de expressão e        Desenvolver a capacidade            de
            de comunicação                    expressão e de comunicação;
                                             Contar histórias através            de
                                              diferentes       formas             de
                                              apresentação;
                                             Exprimir sentimentos;
                                             Caraterizar personagens;
                                             Jogos    que    desenvolvam          a
                                              memória visual e auditiva.



     Domínio da Expressão Plástica

    A área de expressão plástica valoriza o processo de exploração e de

descoberta de diferentes possibilidades e materiais por parte das crianças. Supõe

que o educador estimule construtivamente o desejo da criança de aperfeiçoar e

fazer melhor.

    O educador deve apoiar o processo que inclui, também, uma exigência em

termos de produto que deverá corresponder às capacidades e possibilidades da

criança e da sua evolução.

    Esta área permite que a criança interaja com diferentes materiais e

manifeste os seus sentimentos e desejos.




         Objetivos/Conteúdos                     Atividades/Estratégias

    Promover    a   utilização     da       Modelagem com vários materiais:
     expressão tridimensional                 massa     de     farinha,   barro,
                                              plasticina, pasta de papel.



                                             Através:
    Promover o conhecimento        de            Digitinta;
     novas técnicas                               Pintura com cera;


                                                                                   53
Ana Sofia Moreira Coelho

                                                       Pintura com   salpicos;
                                                       Pintura com   sopro;
                                                       Pintura com   bola;
                                                       Pintura com   berlindes;
                                                       Pintura com   mãos e pés,…



    Consciencializar  para     o             Construção de jogos;
     aproveitamento dos materiais             Construção    de    instrumentos
     de desperdício                            musicais;
                                              Construção de brinquedos.



    Proporcionar o acesso à arte e           Realizar e organizar exposições
     à cultura                                 dos trabalhos das crianças;
                                              Estimular a expressividade e o
                                               sentido estético da criança.



                                              Através:
    Desenvolver a motricidade fina                Desenho;
                                                   Pintura;
                                                   Colagem;
                                                   Rasgagem;
                                                   Enfiamentos;
                                                   Carimbagem.



     Domínio da Expressão Musical

    A expressão musical assenta num trabalho de exploração de sons e ritmos

que a criança produz e explora espontaneamente e que vai aprendendo a

identificar e a produzir os diversos pontos que caracterizam os sons: intensidade,

altura, timbre, duração. A seguir, pretende-se alcançar a audição interior, ou seja,

a capacidade de reproduzir mentalmente fragmentos sonoros.

    Esta área de desenvolvimento está intimamente ligada aos sentimentos das

crianças e à sua liberdade em os expressar. Daí que o trabalho musical, que se faz



                                                                                     54
Ana Sofia Moreira Coelho

no jardim-de-infância, esteja relacionado com cinco pontos fundamentais da

música: escutar, cantar, dançar, tocar e criar.




         Objetivos/Conteúdos                      Atividades/Estratégias

    Desenvolver a capacidade vocal            Através de:
                                                    Rimas;
                                                    Canções;
                                                    Lenga-lengas;
                                                    Histórias;
                                                    Melodias;
                                                    Trava-línguas,…

                                               Dar a conhecer instrumentos
    Proporcionar   à       criança   o         musicais diversificados;
     contato    com        instrumentos        Construir instrumentos musicais
     musicais                                   com material desperdício.



    Desenvolver a memória auditiva            Associar gestos às palavras e
                                                frases:
                                                    Completar rimas;
                                                    Trava-línguas;
                                                    Provérbios;
                                                    Jogos musicais,…



    Exploração dos sons                       Através de:
                                                    Contos musicais;
                                                    Canções;
                                                    Poesias;
                                                    Audição dos sons do dia-a-
                                                      dia.



    Desenvolver     a   capacidade   de       Inventar canções;
     improviso                                 Inventar      melodias             com
                                                instrumentos musicais.


                                                                                     55
Ana Sofia Moreira Coelho



       Explorar o sentido rítmico                             Com ou sem instrumentos;
                                                               Bater palmas em ritmos variados;
                                                               Emitir sons com o corpo.



       Trabalhar o silêncio                                   Levar a criança a saber ouvir;
                                                               Escutar o que se passa no
                                                                exterior;
                                                               Procurar momentos de silêncio.




          Domínio da linguagem oral e abordagem à escrita

         Neste domínio, ligado à comunicação, a abordagem à escrita situa-se numa

perspetiva de literacia, enquanto competência global para a leitura no sentido de

interpretação e tratamento da informação que implica a “leitura” da realidade, das

“imagens” e de saber para que serve a escrita, mesmo sem saber ler formalmente.

         Cabe ao educador criar um clima de comunicação em que a linguagem, ou seja,

a maneira como fala ou usa a escrita “constitua um modelo para a interação e a

aprendizagem das crianças”5.




              Objetivos/Conteúdos                                    Atividades/Estratégias

       Abordagem à linguagem oral                             Fomentar o diálogo;
                                                               Identificar o seu nome;
                   Diálogo                                     Reconhecer e dizer o nome dos
                                                                colegas;
                                                               Compreensão de textos orais
                                                                curtos;
                                                               Emissão de mensagens ligadas a

5
    Ministério da Educação (2002). “Orientações Curriculares para a Educação Pré-Escolar”. Lisboa: Departamento
da Educação básica, Núcleo de Educação Pré-Escolar, pp. 66



                                                                                                              56
Ana Sofia Moreira Coelho

                                                necessidades;
                                               Aquisição      de      vocabulário
                                                ajustado às suas possibilidades
                                                de expressão;
                                               Compreensão       das    intenções
                                                comunicativas;
                                               Exprimir-se livremente;
                                               Comunicar       oralmente      com
                                                autonomia e clareza;
                                               Compreender as mensagens e as
                                                intenções pelos adultos e/ou
                                                crianças;
                                               Criar momentos facilitadores da
                                                comunicação e motivação para o
                                                diálogo;
                                               Promover a correta articulação
                                                das palavras;
                                               Diálogos no acolhimento;
                                               Regras da sala.



    Incentivar o gosto pela leitura         Ouvir histórias:
                                                   Contato       com     livros,
                                                     revistas e jornais;
                                             Estimular as crianças a trazerem
                                              livros com histórias de casa;
                                             Estimular as crianças a ouvir e
                                              contar histórias, lenga-lengas,
                                              adivinhas,…
                                             Criar       regras     de      bom
                                              funcionamento e de conservação
                                              dos livros.



     Domínio da matemática

    A matemática no Jardim-de-infância é construída a partir de noções

matemáticas que as crianças vão construindo com as vivências do dia-a-dia. A

construção dessas noções fundamentam-se na vivência de espaço e do tempo,

tendo como ponto de referência as atividades lúdicas e espontâneas da criança.


                                                                                   57
Ana Sofia Moreira Coelho

         O educador deve aproveitar as situações do quotidiano “para apoiar o

desenvolvimento do pensamento lógico-matemático, intencionalizando momentos
de consolidação e sistematização de noções matemáticas”6.

              Objetivos/Conteúdos                                    Atividades/Estratégias

       Desenvolver o raciocínio lógico-                       Utilização dos blocos lógicos;
        matemático                                             Manipulação livre de jogos de
                                                                construção;
                                                               Conhecer e identificar as figuras
                                                                geométricas;
                                                               Puzzles;
                                                               Procurar    as    soluções     para
                                                                situações problemáticas;
                                                               Jogos lógicos:
                                                                     Jogo da peça escondida;
                                                                     Jogo de classificação;
                                                                     Dominós;
                                                                     Jogo do retrato.


       Proporcionar     situações                  de
                                                               Exercícios da área de expressão
        deslocação    no     espaço                 de
                                                                motora;
        objetos e do próprio corpo
                                                               Arrumação da sala;


       Promover a consciencialização
                                                               Rotinas diárias;
        da noção de sequência
                                                               Dialogar com as crianças sobre:
                                                                    As estações do ano;
                                                                    Dias festivos;
                                                                    Os       aniversários    das
                                                                      crianças;
                                                                    Acontecimentos do fim de
                                                                      semana;
                                                                    O ontem, o hoje e o
                                                                      amanhã.
                                                               Identificar as cores primárias e

6
    Ministério da Educação (2002). “Orientações Curriculares para a Educação Pré-Escolar”. Lisboa: Departamento
da Educação básica, Núcleo de Educação Pré-Escolar, pp. 73

                                                                                                              58
Ana Sofia Moreira Coelho

                                              secundárias;
                                             Identificar posições face a um
                                              elemento de referência:
                                                  Em cima/em baixo;
                                                  Dentro/fora;
                                                  À frente/atrás;
                                                  Por cima/por baixo.



                         Área do Conhecimento do Mundo

     A Área do Conhecimento do Mundo desenvolve-se através das aprendizagens

que as crianças realizam em interação com o mundo que as rodeia.

     A curiosidade, que é natural nas crianças, e o seu desejo de saber é a

manifestação da busca de compreender e dar sentido ao mundo que lhes é próprio

e que origina as formas mais elaboradas do pensamento, o desenvolvimento das

ciências, das técnicas e das artes.

     Assim, a Área do Conhecimento do Mundo enraíza-se na curiosidade das

crianças e no seu desejo de saber mais e porquê. Curiosidade que é fomentada na

Creche, através das oportunidades de contactar com novas situações que são

simultaneamente ocasiões de descoberta e de exploração do mundo.

     Cabe, então, ao educador saber acompanhar todas as áreas de conteúdo que,

de certo modo, são parte constituinte da Área de Conhecimento do Mundo.




         Objetivos/Conteúdos                     Atividades/Estratégias

    Desenvolver a curiosidade e o           Criar momentos e situações que
     desejo de aprender                       permitam o alargamento dos
                                              conhecimentos.




                                                                                  59
Ana Sofia Moreira Coelho

 Compreender e dar sentido ao        Deslocações ao exterior;
  mundo                               Diálogo com as crianças sobre o
                                       que retêm dos programas de
                                       televisão, revistas, jornais.



 Permitir    a   tomada    de        Estimular o diálogo sobre:
  consciência de pertença a um             Constituição familiar;
  grupo: sociedade, família e              Localização escola/casa;
  escola.                                  Respeito pela opinião dos
                                             outros.



 Identificar     os    principais    Construção da árvore genealógica
  membros da sua família e             de cada criança.
  respetivo grau de parentesco



 Promover    oportunidades    de
  contatar com novas situações        Comemorar o Dia Mundial da
                                       Árvore;
        Sensibilizar as crianças      Plantar uma árvore;
        para    a   proteção  do      Cuidar do espaço exterior;
        ambiente                      Sensibilizar as crianças para não
                                       deitar lixo para o chão.




                                                                           60
Ana Sofia Moreira Coelho




PREVISÃO DE PROCEDIMENTOS DE

         AVALIAÇÃO




         Dos processos e dos efeitos

         Com as crianças

         Com a equipa

         Com a família

         Com a comunidade educativa




                                                       61
Ana Sofia Moreira Coelho




          Previsão de Procedimentos de Avaliação
Dos Processos e dos efeitos

      Num projeto é fundamental a existência de momentos de avaliação, para que

seja possível verificar se o projeto está a ser encaminhado com sucesso, quais os

efeitos no desenvolvimento e aprendizagem das crianças e, sobretudo, para que

seja possível verificar se os objetivos estão ou não a ser alcançados.

      No decorrer deste projeto os procedimentos de avaliação serão realizados

não só com as crianças, mas também, com a equipa, com a família, bem como, com a

comunidade educativa.




Com as Crianças

      Durante este ano letivo, terei dois momentos de avaliação com os

encarregados de educação (Fevereiro e Julho), utilizarei uma observação direta,

com ajuda de grelhas de observação. Nas atividades realizadas terei em conta uma

observação direta (na criatividade, participação, concentração, entusiasmo,…).

Todos estes momentos serão registados por mim através de fotos e

apontamentos.




Com a Equipa

      A Sala dos Três Porquinhos pretende implementar um trabalho que seja

realizado em EQUIPA e com COOPERAÇÃO. Em que todos os membros são

importantes e primordiais para que tudo corra bem.




                                                                                     62
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Uma escola para todos

  • 1. Ana Sofia Moreira Coelho 2012/2013 1
  • 2. Ana Sofia Moreira Coelho 2
  • 3. Ana Sofia Moreira Coelho Índice : Introdução..................................................................................................5 Diagnóstico................................................................................................8  Caracterização do grupo  Identificação de Interesses e Necessidades Fundamentação das opções Educativas...........................................20 Metodologia..............................................................................................23 Organização do Ambiente Educativo................................................25  Do Grupo  Do Espaço  Do Tempo  Da Equipa  Do Estabelecimento Educativo Intenções de trabalho para o ano letivo........................................44  Opções e prioridades curriculares  Objetivos, atividades/estratégias a desenvolver Previsão de procedimentos de avaliação.........................................61  Dos processos e dos efeitos  Com as crianças  Com a equipa  Com a família  Com a comunidade educativa Relação escola – família.......................................................................65 3
  • 4. Ana Sofia Moreira Coelho Comunicação dos resultados e divulgação da informação produzida.............................................................................................................68 Planificação das atividades.................................................................71 Considerações Finais..............................................................................73 Bibliografia...............................................................................................74 Anexos 4
  • 5. Ana Sofia Moreira Coelho Introdução O presente trabalho tem como objetivo evidenciar o Projeto Curricular de Grupo, da Sala Rei Leão, no Infantário Cidade dos Brinquedos, respeitante ao Ano Letivo 2012/2013. Este Projeto “Uma escola para todos…”, fundamenta-se no Projeto Educativo “Brinco, cresço e aprendo… com Valores”, tendo como objetivo primordial fomentar o bem-estar da criança a todos os níveis, ao mesmo tempo ensinando-a a crescer e a estar na sociedade. Assim, com este projeto pretendo adquirir um conjunto de princípios e metodologias que possibilitarão uma melhor atuação direta junto das crianças, bem como, um maior crescimento profissional da minha parte. Este documento contém um Índice, uma Introdução, nove Capítulos, uma Conclusão e a Bibliografia utilizada. Neste documento, anexamos todos os documentos mencionados, algumas fotografias e trabalhos. O primeiro ponto, mostramos à caracterização do Grupo da Sala Rei Leão, como também as suas necessidades e interesses. Hoje, a Creche e o Jardim-de- infância assume uma importância extrema na educação de todas as crianças, assumindo-se como um complemento à família. Assim, e para tentar responder a eventuais dúvidas colocadas pela sociedade, prontificamo-nos a fazer a caracterização do grupo. O segundo ponto, será dedicado à fundamentação das opções educativas. O terceiro ponto, falamos das metodologias utilizadas. No quarto ponto, centramo-nos na organização do ambiente educativo, do grupo, do espaço, do tempo, da equipa e do estabelecimento educativo. 5
  • 6. Ana Sofia Moreira Coelho No quinto ponto, apresentamos as intenções de trabalho para este ano letivo, como as suas opções e prioridades curriculares, bem como os objetivos, atividades/estratégias a desenvolver. No sexto ponto, refletimos sobre a previsão dos procedimentos de avaliação com as crianças, com equipa, com a família e com a comunidade educativa. No sétimo ponto, damos importância sobre o Envolvimento das Famílias na Escola. No oitavo ponto, damos a conhecer a comunicação dos resultados e divulgação da informação produzida. Por último, apresentaremos o Plano Anual de Atividades. Para finalizar este documento, e numa breve conclusão, apresentaremos algumas considerações de carácter pessoal e vivencial. “Em nosso entender, o papel do educador, mantém-se essencial mas muito difícil de aferir: consiste basicamente em despertar a curiosidade da criança e estimular-lhe o espírito de investigação. Isto é conseguido através do encorajamento da criança para que coloque os seu próprios problemas, e nunca através de imposições de problemas para resolver ou do “impingir” de soluções. Acima de tudo, o adulto, deve continuamente encontrar novas formas de estimular a actividade da criança e estar preparado para adaptar a sua abordagem conforme a criança vai colocando novas questões ou imaginando novas soluções são falsas ou incompletas, o papel do professor consistirá primariamente em propor exemplos que contrariem essas soluções ou em controlar experiências de forma a que a criança seja capaz de corrigir os seus próprios erros e de encontrar soluções novas através da ação direta.” (Piaget, J.; cit. Baret, 1976, p.7) 6
  • 7. Ana Sofia Moreira Coelho Mapa da Madeira O Infantário Cidade dos Brinquedos (ICB) é um estabelecimento de educação particular situando na Rua Quinta Josefina n.º15, Freguesia de Santo António, Concelho do Funchal, Madeira. 7
  • 8. Ana Sofia Moreira Coelho DIAGNÓSTICO  Caracterização do Grupo  Necessidades e Interesses 8
  • 9. Ana Sofia Moreira Coelho Grupo de crianças Há diferentes fatores que influenciam o modo próprio de funcionamento de um grupo, tais como, as características individuais das crianças que o compõem, o maior ou menor número de crianças de cada sexo, a diversidade de idades das crianças, a dimensão do grupo. (O.C.P.E.P.E., 1997: 35) CARACTERÍSTICAS DA FAIXA ETÁRIA DOS 3/4 ANOS DE IDADE A criança com 3 anos de idade começa uma fase muito importante do seu desenvolvimento, que é muito conhecida como «segunda infância», pelo que podemos dizer que passa de um nível em que tudo está centrado no seu próprio corpo e na sua ação, para um nível mais elevado no qual começa a representar mentalmente as pessoas e as coisas que a circundam. Os 3 anos é uma idade caracterizada pelo facto, da criança começar a fazer um relato coerente de uma situação, embora por vezes e em alguns casos mais específicos, ainda existirem algumas dificuldades a nível da linguagem oral. Nesta idade as crianças ainda são um pouco egocêntricas, dado que não se conseguem colocar no lugar dos outros e tudo se refere à sua própria existência. Esta faixa etária também é conhecida como a idade dos «porquês», visto que a criança faz muitas perguntas e quer perceber porque tudo acontece. Com esta idade, pode dizer-se que a criança: 9
  • 10. Ana Sofia Moreira Coelho Encontra-se no seu apogeu da motricidade global – corre, trepa, roda, salta, faz garatujas; Utiliza substantivos, verbos, adjetivos, artigos e algumas preposições – começa a demonstrar gosto pelo uso de vocabulário mais rebuscado; Começa a despertar uma grande sociabilidade; Começa a sentir curiosidade pelas diferenças corporais entre ambos os sexos; Começa a colaborar de uma forma mais ativa na sua higiene pessoal (ida à casa de banho sozinha, higiene das mãos, escovagem dos dentes,…); Começa a querer fazer tudo sozinha; Vai adquirindo uma maior independência, o que aumenta a possibilidade de conflitos; Começa a opor-se às ordens e inicia-se o negativismo aliado às birras; Ainda não consegue controlar os seus impulsos e reprimir as suas birras; Necessita de vigilância e de modelos para aprender e seguir, dado que imita tudo o que vê e ouve. CARACTERÍSTICAS GERAIS DO GRUPO DE CRIANÇAS Nome das Crianças Data de Nascimento Outubro de 2009 Novembro 2009 Dezembro de 2009 Junho 2009 Dezembro de 2009 10
  • 11. Ana Sofia Moreira Coelho Agosto de 2009 Setembro de 2009 Outubro de 2009 Agosto de 2009 Agosto 2009 Agosto de 2009 Setembro de 2009 Outubro de 2009 Novembro de 2009 Novembro 2009 Dezembro de 2009 Agosto de 2009 Setembro de 2009 Março de 2009 Outubro 2009 Outubro 2009 Julho 2009 “(...) a interação entre as crianças em momentos diferentes de desenvolvimento e com saberes diversos, é facilitadora do desenvolvimento e da aprendizagem. Para isso, torna-se importante o trabalho entre pares e em pequenos grupos, em que as crianças têm oportunidades de confrontar os seus pontos de vista e de colaborar na resolução de problemas ou dificuldades colocadas por uma tarefa comum.” 11
  • 12. Ana Sofia Moreira Coelho (in Orientações Curriculares, Ministério da Educação, 1997) É de salientar que para nós (educadores) é de extrema importância fazer uma caracterização etária. É a base indispensável a qualquer profissional que pretende trabalhar efetivamente com o grupo, pretendendo desenvolve-lo em todos os domínios (motora, plástica, linguagem, cognitivo, afetivo, pessoal,). Este é o ponto de partida, para uma nova experiência, mas só se verificará se partirmos dos conhecimentos que as crianças já possuem. O grupo de crianças da Sala Rei Leão da “Cidade dos Brinquedos” – é um grupo heterogéneo composto por vinte e duas crianças, das quais dez são do sexo feminino e doze do sexo masculino. As suas idades oscilam entre os 3 anos e 8 meses e 3 anos (completando todas as crianças 3 anos até ao final de Dezembro), motivo pelo qual o grupo se define heterogéneo. O trabalho com um grupo heterogéneo permite bons momentos de aprendizagem, tais como uma aprendizagem da realidade, pois a criança desenvolve-se, contribuindo com o seu desenvolvimento e crescimento, para o desenvolvimento e crescimento dos outros e para aprendizado de vivência em sociedade. Neste grupo existe integrada uma criança com um diplagia espástica (mais acentuada na esquerda). Neste grupo de crianças, à semelhança do que ocorre em grupos em que as idades não são tão díspares, as crianças revelam algumas diferenças no que diz respeito ao nível das competências desenvolvidas. Assim sendo, vai haver uma preocupação em que a intervenção educativa favoreça tanto as crianças mais competentes, como aquelas que ainda estão a desenvolver determinadas competências. Pode também dizer-se que existem crianças com vivências, interesses e necessidades bastante diferentes, decorrentes da sua cultura familiar e dos contextos diferenciados, onde decorrem as suas experiências de vida. No entanto, 12
  • 13. Ana Sofia Moreira Coelho os seus gostos estão direcionados para atividades livres, motoras e plásticas. Estas atividades, assim como outras áreas, são expostas de uma forma lúdica, divertida e de forma a estimular todas as crianças para a sua realização de uma forma espontânea com prazer e demonstrando alegria e bem-estar. O grupo de crianças da Sala Rei Leão, também gosta muito de atividades plásticas, ouvir, contar e participar em histórias, de jogos de movimento e de cantar com ritmos e gestos. No grupo de crianças, tal como já foi referido, temos uma criança com paralisia cerebral, o que se repercute num atraso acentuado a nível motor. Para além disso, e tendo como base a avaliação pedagógica do Ano Letivo de 2010/2011, possui como área forte a socialização e a linguagem e como área fraca a motricidade (ampla e fina). É uma criança que tem mostrado bastante força de vontade, já se desloca sozinha, sobe e desce degraus sem ajuda. Quanto à sua autonomia come sozinha e em relação às atividades também já as concretiza sem ajuda do adulto, apenas a sua supervisão, porque distrai-se facilmente. Em relação à linguagem compreende todas as mensagens que o adulto lhe transmite, e já diz muitas palavras e já constrói pequenas frases. Em traços gerais, é uma criança muito sociável, gosta do contacto com os amigos e gosta de canções infantis e ler histórias. O tempo de atenção que dispensa nas tarefas é relativamente curto e nem todos os materiais lhe suscitam interesse, também demonstra mais atenção nas atividades que implicam a utilização de materiais sonoros e imagens de animais. Para finalizar, pode dizer-se que estamos perante um grupo bastante dinâmico, ativo e energético. Com estes meninos nós não nos apercebemos de qualquer problema de socialização, isto é, a relação adulto/criança e criança/criança é vivida no dia-a-dia de forma interativa, saudável e harmoniosa. 13
  • 14. Ana Sofia Moreira Coelho CARACTERÍSTICAS ESPECÍFICAS DO GRUPO DE CRIANÇAS Após ter caracterizado, de uma forma global, a faixa etária que compreende crianças entre os 3 e os 4 anos de idade e uma caracterização geral do grupo de crianças, passarei a fazer uma caracterização mais específica do grupo de crianças da Sala Rei Leão, em que serão pormenorizados os seguintes aspetos: o controlo psicomotor; a linguagem; a autonomia; a curiosidade; a imitação; a brincadeira; a sociabilidade; a colaboração; o negativismo e as birras. O CONTROLO PSICOMOTOR As crianças já se equilibram bem, são ágeis, gostam de correr, pôr-se em pontas dos pés, manter-se sobre um pé, subir, trepar, balançar-se, subir e descer degraus… são crianças que necessitam de muitas e variadas atividades psicomotoras. Adoram ir ao espaço exterior, explorá-lo livremente e brincar com as crianças das outras salas, não obstante de gostarem que os adultos entrem nos seus jogos e brincadeiras. Os adultos para além de interagirem com as crianças estão sempre atentos e vigilantes, dado que nesta idade algumas das crianças começam a ter a noção das suas limitações, apesar de ainda apresentarem dificuldades em distinguir o que é perigoso do que não é, pelo que na maior parte das vezes não temem o perigo. A LINGUAGEM A linguagem das crianças vem sendo mais precisa e o seu nível de vocabulário vai aumentando progressivamente, para além disso gostam muito de repetir as palavras e expressões que os adultos vão dizendo ao longo do dia. Algumas das crianças começam a referir-se a si próprias pelo pronome pessoal “eu” e reconhecem todos os amiguinhos, mesmo os que entraram por último no 14
  • 15. Ana Sofia Moreira Coelho grupo. Nomeiam objetos e brinquedos que conhecem, participam em situações comunicativas (por exemplo: “Canção dos Bons Dias”; diálogos no tapete sobre o fim-de-semana ou sobre o que fazem em casa) e aos poucos vão mostrando que o seu vocabulário está mais rico e fluente, pelo que também vão melhorando a pronúncia dos vocábulos. No entanto, é necessário frisar que existe duas crianças cuja linguagem ainda é de difícil compreensão, pelo que esta área deve ser muito estimulada. De forma, a que esta dificuldade seja colmatada e as crianças comecem a articular melhor as palavras. A AUTONOMIA Nestas idades querem fazer tudo sozinhas (comer, vestir, despir, lavar as mãos…), o que é muito importante, visto que é fazendo que se aprende e que verificam quais as consequências das suas ações. Assim sendo, as crianças têm vindo a ser estimuladas a desenvolver a sua autonomia, aprendendo a fazer coisas com a menor ajuda possível, pelo que os adultos têm acompanhado e encorajado as crianças a realizarem tarefas que até um certo momento, necessitavam do apoio destes para a sua realização. Aos poucos as crianças vão conseguir fazer coisas sozinhas, conquistando assim, passo a passo, a sua autonomia, ou seja, as crianças primeiro aprendem a fazer as coisas com as outras pessoas para posteriormente fazê-las sozinhas. A CURIOSIDADE O grupo é constituído por crianças ávidas de conhecimento e muito curiosas, gostam de tocar, experimentar e explorar tudo, pelo que é necessário ter muito cuidado com os materiais que deixamos ao seu alcance. Esta característica – a curiosidade – ajuda as crianças a aprender e a se desenvolver, pelo que deve ser muito bem aproveitada para que estas possam progredir na sua aprendizagem. A curiosidade da criança é necessária para ela conhecer e 15
  • 16. Ana Sofia Moreira Coelho compreender o mundo em que vive, razão pela qual devemos aproveitar sempre os momentos em que esta se mostra interessada e curiosa por algo, aproveitando a sua curiosidade como fator de desenvolvimento e aprendizagem. A IMITAÇÃO As crianças têm uma tendência natural para imitar tudo o que vêm, principalmente as pessoas que lhes estão mais próximas, pelo que gostam de brincar com objetos que são imitações de utensílios do real dos adultos (tachos, frutas, legumes,…) nos seus jogos de faz-de-conta. A imitação também pode ser observada no que diz respeito às expressões que vão utilizando no dia-a-dia, visto que estas têm muita facilidade em reproduzir o que os adultos dizem, tal como já foi referido anteriormente, no ponto relativo à linguagem. A BRINCADEIRA Nesta fase as crianças começam a demonstrar mais interesse pelo outro e pelas suas brincadeiras, pelo que começam também a interagir e brincar mais umas com as outras. Também gostam de observar o que as outras crianças fazem e de se imitarem, pelo que muitas vezes querem o brinquedo com que as outras crianças estão a brincar. O NEGATIVISMO/ AS BIRRAS As crianças usam muitas vezes o «não» e têm por hábito dizer a tudo que não, são bastante teimosas e obstinadas, tornando-se por vezes autoritárias, tentando impor a sua vontade. Por vezes, este negativismo pode estar associado a acessos de ira – as birras, porque as crianças vão adquirindo consciência da sua personalidade e quando são contrariadas apercebem-se da situação e aborrecem- se, em maior ou menor medida. As crianças, normalmente, entendem tudo o que lhes dizemos, o que não quer dizer que nos obedeçam, visto que na maioria das 16
  • 17. Ana Sofia Moreira Coelho vezes só atendem aos nossos pedidos e fazem o que lhes dizemos, quando lhes interessa, e fazem birra quando são contrariadas. Perante as birras os adultos devem ser firmes e deixar que estas passem por si, dado que a criança precisa de ter regras e limites, pelo que a sua vontade não pode prevalecer sempre. Necessidades e Interesses Numa primeira fase, foi preciso ter em conta o grupo de crianças específico para conseguirmos encontrar os seus interesses e necessidades, e para isso é que contamos com ajuda dos pais através de conversas informais. A adaptação foi normal por parte das crianças, mostrando-se bem-dispostas e alegres em todos os momentos. As crianças desta sala mostram grande interesse em realizar as diferentes atividades. Este será um ano de grandes progressos e luta pela conquista da autonomia e independência. Neste aspeto continuaremos a desenvolver nas crianças, hábitos de higiene pessoal e oral. Na área motora, esta é uma fase de progresso no desenvolvimento da motricidade global (grossa e fina). Daí que correr, saltar, descer, subir, dar pontapés em bolas, brincar com balões, rasgar revistas e jornais, cortar, fazer enfiamentos, sejam atividades adequadas e muitas vezes repetidas. Na área da linguagem, a criança compreende muito mais do que aquilo que é capaz de expressar. Será importante nomear objetos, partes do corpo, pessoas e animais, incentivando a criança a repetir, aumentando sempre o repertório de palavras das crianças. Consequentemente, as conversas, as histórias e as canções serão frequentes na Sala Rei Leão. 17
  • 18. Ana Sofia Moreira Coelho Relativamente à socialização, as crianças serão sempre incentivadas a partilhar os brinquedos com as restantes crianças da sala. Nesta área trabalharemos as regras e limites essenciais à convivência com os outros. Para que tudo isto seja possível, o adulto tem que agir sempre como modelo, para que as crianças o vão imitando até conseguirem fazer autonomamente. Por outro lado a motivação será importante e fundamental para a criança, devendo o adulto elogiá-la sempre que houver sucesso numa tarefa. As estratégias utilizadas serão variadas: Conversas em pequeno e em grande grupo; Estimulação de diálogo entre criança/criança e criança/adulto; Exploração de histórias; Dramatização de histórias; Lengalengas e trava-línguas; Fantoches; Brincar ao faz de conta; Canções com mímica; Dançar ao som da música; Exploração de sons; Jogos de movimento; Brinquedos variados (bolas, legos, puzzles, plasticina,...) Atividades plásticas. 18
  • 19. Ana Sofia Moreira Coelho Recursos Humanos:  Educadores de Infância;  Auxiliares da ação educativa;  Pais/famílias;  Crianças;  Restante pessoal não docente do estabelecimento;  Comunidade em geral. Materiais:  Material existente no Infantário;  Material de desgaste trazido pelos pais;  Material de desgaste;  Material elaborado pelas crianças. 19
  • 20. Ana Sofia Moreira Coelho Fundamentação das Opções Educativas 20
  • 21. Ana Sofia Moreira Coelho Fundamentação das Opções Educativas Tendo em conta todos estes pontos observados / encontrados, propomo-nos a intervir no sentido de tentar superar e minimizar todas as lacunas do grupo em questão. A nossa intervenção irá ser orientada no sentido de permitir ampliar os saberes das crianças, utilizando um conjunto de oportunidades de aprendizagem que integrem a abordagem de diferentes áreas de conteúdo. O tema do qual partimos para o desenvolvimento do nosso Projeto Curricular de Grupo será “Uma escola para todos…”, este tema vai de encontro ao Projeto Educativo “Brinco, cresço e aprendo… com Valores”. É nossa preocupação que as crianças tenham um ambiente educativo seguro e estimulante do qual elas façam parte de forma ativa, crítica e responsável. Assim, e após avaliarmos as dificuldades do grupo, estabelecemos objetivos a atingir:  Explorar as possibilidades do seu corpo, em si mesmo e nas relações com o espaço e com os objetos;  Promover valores (amizade, partilha, respeito pelo próximo,…);  Manifestar curiosidade, desejo de saber e compreender o porquê das coisas;  Mobilizar saberes para compreender a realidade e resolver problemas do quotidiano;  Adotar comportamentos de prevenção do risco, como forma de promover a segurança, saúde e qualidade de vida;  Explorar e conhecer as diferentes cores;  Concretizar tarefas de uma forma autónoma responsável e criativa;  Refletir, avaliar e ter espírito crítico. 21
  • 22. Ana Sofia Moreira Coelho A partir daqui, elaborar um projeto que nos permita organizar um trabalho com as crianças dando prioridade à participação e partilha do poder de decisão conjunta, na procura de novos saberes. 22
  • 23. Ana Sofia Moreira Coelho Metodologia 23
  • 24. Ana Sofia Moreira Coelho Metodologia A Educadora desta sala possui a seguinte habilitação:  Licenciatura em Educação da Infância pela Escola Superior de Educação de Paula Frassinetti. Cheguei à conclusão que não deveríamos adotar uma única Metodologia, mas sim utilizarmos as estratégias das diferentes Metodologias (HighScoope, Escola Moderna,…) com as quais mais nos identificamos e que são mais pertinentes ao grupo com que estamos a trabalhar. A metodologia de trabalho é pensada de acordo com as necessidades do grupo, visto a criança não se apresentar para nós como um projeto, mas sim como um conjunto de carências e características muito pessoais. Assim, cabe ao educador criar as condições necessárias para que a criança possa construir o seu “caminho” partindo sempre das potencialidades, necessidades e interesses de cada criança. Os conteúdos privilegiados serão variados, dando grande importância à sua auto-estima, motivações e confiança por ser ela própria a resolver as situações, estando sempre o adulto a orientá-la e/ou a canalizá-la. É importante salientar, que as planificações são flexíveis e que vão ao encontro aos interesses e necessidades das crianças. 24
  • 25. Ana Sofia Moreira Coelho ORGANIZAÇÃO DO AMBIENTE EDUCATIVO  Do grupo  Do espaço  Do tempo  Da equipa  Do estabelecimento educativo 25
  • 26. Ana Sofia Moreira Coelho Organização do Ambiente Educativo  Do Grupo O grupo de crianças são a base de todo o processo educativo, para tal tenciono um ambiente harmonioso, seguro e organizado onde a criança se senta confortável e à vontade para brincar, explorar e aprender. Para tal, trabalharemos em conjunto com o grupo de crianças as regras da sala, para que as crianças possam compreende-las e respeitá-las. Além disso, trabalharemos ao longo do ano os valores, que vão encontro do projeto educativo e também para se tornarem futuros cidadãos.  Do Espaço Um ambiente bem pensado promove o progresso das crianças em termos de desenvolvimento físico, comunicação, competências cognitivas e interações sociais. Desta forma, a Sala Rei Leão é espaçosa e bem organizada a nível de disposição de mobiliário, o que permite o livre movimento das crianças que a frequentam. Possui uma janela grande que assegura a entrada constante de luz natural na sala, facilitando igualmente o seu arejamento. A Sala Rei Leão é um local de aprendizagens, brincadeiras, construções e movimentos das nossas crianças. “Acreditamos que os centros de educação infantil devem proporcionara bebés e crianças de tenra idade ambientes bonitos que apoiem o jogo centrado na criança, iniciado pela criança e facilitado pelo educador. Também acreditamos que as pessoas que prestam cuidados às crianças merecem ambientes de trabalho altamente funcionais, fáceis de utilizar e esteticamente atraentes.” 26
  • 27. Ana Sofia Moreira Coelho (citado por Torelli e Durret, 1998) As crianças passam a maior parte do dia na creche, e é aqui que realizam as suas atividades, tirando proveito do espaço e materiais existentes. O educador dinamiza a maioria das atividades pedagógicas com ajuda da equipa de sala. Deste modo, a organização e utilização do espaço são expressão das intenções educativas e da dinâmica do grupo. Para que seja facilitador das aprendizagens, é fundamental que o educador esteja atento à sua funcionalidade e o vá modificando de acordo com as necessidades e evolução do grupo. A organização da sala deve ter em conta as necessidades específicas de cada idade, mas também deve seguir um critério totalmente flexível para poder acomodar o espaço para as diversas atividades diárias. Assim sendo, o educador deve organizar o espaço e os materiais de modo aguçar a curiosidade das crianças. Pois estes são fundamentais para aprendizagens ativas. A movimentação irrequieta e constante, a curiosidade, a alegria e as brincadeiras são características desta faixa etária, onde utilizam muito a exploração. A sala é muito ampla, atendendo ao número de crianças existentes e diferentes idades (dos 3 anos aos 3 anos e 8 meses). No que diz respeito à sala pode-se dizer que é bastante acolhedora e com muita luminosidade. O pavimento não é escorregadio, facilitando a locomoção das crianças. Possui várias mesas com dez cadeiras, nas quais se realizam as atividades. As crianças destas idades necessitam, principalmente, de um espaço concreto para realizarem as suas atividades e brincadeiras, como tempo de descanso e sono e outro para a limpeza e higiene pessoal. Mas também precisa de um espaço amplo e livre de móveis onde possam desenvolver as suas capacidades motoras e sua ilusão por explorar, manipular, descobrir e estabelecer uma relação com os objetos. 27
  • 28. Ana Sofia Moreira Coelho Na verdade, o espaço é um elemento de grande importância que contribui para o desenvolvimento integral da criança. Na organização da sala, deve ter-se em atenção a forma como a criança compreende o espaço. O espaço é um local onde a criança vive experiências e recebe informações a diferentes níveis – das emoções, da linguagem, da motricidade e da cognição. Para que o desenvolvimento da criança seja harmonioso, deve ter-se em conta os pormenores, como refere o texto transcrito: a escuridão, o barulho, as cores, … Um ambiente bem pensado promove o progresso das crianças em termos de desenvolvimento físico, comunicação, competências cognitivas e interações sócias. Assim, achamos que o espaço deverá ser elaborado ao longo do ano à medida que as crianças e os adultos acharem conveniente. Na Sala Rei Leão podemos encontrar um placard para informações aos pais e dois placards para a exposição das atividades das crianças, como também o quadro de aniversários. A Sala Rei Leão está organizada pelas seguintes áreas: Área do Acolhimento 1 tapete; Área da Garagem Carros, camiões (transportes); 1 Tapete; 1 oficina com os seus materiais (ferramentas). 28
  • 29. Ana Sofia Moreira Coelho Área da Casinha Na brincadeira das casinhas, o que nós observamos não é a descoberta do mundo que é importante, mas a auto-descoberta. O facto de a criança imitar tudo o que vê no dia-a-dia, afasta a incompreensão e estranheza que ela lhe provoca. As brincadeiras realizadas neste cantinho poderão ser classificadas como brincadeiras imaginativas, no entanto, estas são essenciais para um desenvolvimento harmonioso na criança. A área da casinha está de certa forma organizada: 1 cozinha (micro-ondas, lava loiça, forno, móveis e prateleiras; Alimentos (pão, cenoura, peixe, carne, bolos, ovos,…); Loiça (talheres, pratos, copos, panelas,…); Armário; Espelho; Baú; Roupas; Acessórios (carteiras, pulseiras, colares e óculos); Cama; Carrinho de bebé; Mudador de fraldas; Banco; 3 Bonecos. Área da Biblioteca O livro, principalmente o livro infantil, pode influenciar sobre a vida estética e afetiva da criança e todo o seu desenvolvimento global. Não só porque o livro faz a interligação entre a palavra e a forma, mas também porque, através deste, podemos proporcionar várias atividades enriquecedoras e trocar experiências. 29
  • 30. Ana Sofia Moreira Coelho A criança quando ouve ou lê um conto vive uma realidade diferente da visão do adulto, porque transfigura com a sua imaginação. Daí que seja importante um bom estímulo para a leitura, pois esta desperta a imaginação da criança, levando- a ao mundo da fantasia e do sonho, processo este natural, espontâneo e muito produtivo para o resto de sua vida. As crianças encontram-se numa fase de descoberta e aquisição, as experiências que viverem na infância refletir-se-ão na sua vida futura. A criança deve ter contacto com os livros o mais cedo possível, eles contribuem para o desenvolvimento harmonioso e para a formação integral da sua personalidade. São eles também uma forma de sensibilizar as crianças para questões da nossa realidade quotidiana como os valores e as injustiças sociais. Isto porque, são muitos os valores que cada vez mais estão a perder importância e a ser postos em causa. A área da biblioteca está de certa forma organizada: Móvel para os livros; Livros de histórias; 2 almofadas. Área dos Jogos Material didático (legos, jogos de encaixe, puzzles, cartas…); 1 Mesa; 2 Cadeiras. Área da Plástica/Atividades Neste espaço a criança transfere para o papel tudo o que vai no seu íntimo. Ao transferi-lo, a criança não só está a aprender intelectualmente mas também 30
  • 31. Ana Sofia Moreira Coelho satisfazer-se emocionalmente, adquirindo assim um sentimento de plenitude que só por si é aprendizagem. Quanto aos materiais existentes na sala, podemos indicar os seguintes: 2 Armários para o material; 3 mesas; 10 cadeiras; Material para os trabalhos; Móvel com lavatório. Na instituição existem dois recreios exteriores (um semi-coberto e outro descoberto) e um interior. Área do Recreio Esta área é composta por uma casa escorrega, uma casinha, 2 escorregas e um deles com baloiços, motas, carrinhos, camiões, piscina de bolas, bolas, 1 túnel articulado, 1 mesa com jogos didáticos e carros e ainda um jogo em 3D. Este deve ser um momento em que a criança estabelece um contacto com a natureza e o ar livre, ao mesmo tempo que se desenvolve a sua imaginação criando ela mesmo, os seus próprios jogos. É importante oferecer-lhe uma vasta gama de brinquedos e um espaço seguro, mas também é conveniente não programar uma lista de jogos coletivos e dirigidos pelo adulto. O recreio é o seu tempo livre, ou seja, um tempo para poder desenvolver a sua capacidade de decisão.  Do Tempo As rotinas traduzem os momentos que se repetem no dia-a-dia. A sucessão de cada dia tem um determinado ritmo, são afixados horários que são intencionalmente marcados e planeados. 31
  • 32. Ana Sofia Moreira Coelho Cada componente de uma rotina diária deverá proporcionar às crianças um tipo diferente de experiências, pois estas são organizadoras do quotidiano das mesmas, deste modo o quotidiano passa a ser previsível, o que tem grandes efeitos sobre a segurança e autonomia das crianças. Criar uma rotina, é ter presente que o tempo a ocupar deverá ser repleto de experiências ricas no âmbito educativo, sem nunca esquecer que embora sejam pensadas pelo adulto, tem de ser progressivamente construídas pelas crianças. É necessário que o tempo dedicado à experimentação, permita os diversos tipos de intervenção diferenciados, sendo assim é necessário a atividade constante do educador na criação de uma rotina diária. Em relação à organização do tempo, ou seja, às rotinas estas poderão sofrer alterações sempre que se achar conveniente e apropriado para as crianças. As referências temporais são muito importantes para as crianças pois servem como fundamento para a compreensão do tempo. Os horários e as rotinas são suficientemente repetitivos para permitirem que as crianças explorem, treinem e ganhem confiança nas suas competências em desenvolvimento. Embora permitam que as crianças passem suavemente, ao seu ritmo, de uma experiência interessante para outra. Nós, educadores planificamos de uma forma flexível e centrada na criança o tempo de grupo, ou seja, o trabalho realizado com o grupo todo de crianças. O tempo educativo deve contemplar, de forma equilibrada, diversos ritmos e tipos de atividade em diferentes situações. O educador deve prever e organizar o tempo de forma estruturada e flexível para que os diferentes momentos façam sentido para as crianças. A distribuição do tempo relaciona-se com a organização do espaço pois a articulação entre estes dois elementos deve adequar-se as características do grupo e necessidades de cada criança. Durante todo o dia, as crianças fazem escolhas acerca dos materiais e das 32
  • 33. Ana Sofia Moreira Coelho atividades, e os adultos apoiam e encorajam as iniciativas das crianças durante cada período de tempo e interação de rotina. Zabalza, refere-se às rotinas da seguinte forma: “As rotinas, atuam como as organizadoras estruturais das experiências quotidianas, pois esclarecem a estrutura e possibilitam o domínio do processo a ser seguido e, ainda, substituem em incerteza do futuro (...) por um esquema fácil de assumir. O quotidiano passa então a ser algo previsível, o que tem importantes efeitos sobre a segurança e a autonomia”. (In ZABALZA, M., 1998, p. 52) As rotinas dão segurança à criança, pois ela pode antecipar o que vai acontecer em seguida. Assim, as rotinas são um “marco de referência” no tempo, “desempenham também o papel facilitador na captação do tempo e dos processos temporais (da sucessão temporal). Esta é uma importante aprendizagem para enfrentar a realidade diária: a criança aprende a existência de fases (...)”. (In ZABALZA, M.) A rotina diária organiza o dia em momentos, em segmentos de tempo. No entanto, esses momentos não necessitam de ter sempre a mesma estrutura, para não se tornarem rotineiros. Na nossa opinião, a rotina deve estar centrada nos interesses e necessidades da criança. A rotina da Sala Rei Leão é a seguinte: 07h30-08h00 Acolhimento sala João Pé de Feijão 08h00-09h00 Acolhimento na sala / brincadeira livre 33
  • 34. Ana Sofia Moreira Coelho 09h00-09h20 Brincadeira/atividade livre 09h20-09h30 Higiene pessoal 09h30-09h50 Suplemento da manhã 09h50-10h00 Higiene pessoal 10h00-11h15 Atividades orientadas 11h15-11h40 Brincadeira livre (recreio) 11h40-11h50 Higiene pessoal 11h50-12h45 Almoço 12h45-13h00 Higiene pessoal 13h00-15h00 Hora do sono 15h00-15h15 Higiene pessoal 15h15-16h00 Lanche 16h00-17h00 Atividades livres 17h00-17h15 Higiene pessoal 17h15-18h00 Brincadeira livre 18h00-18h20 Suplemento da tarde 18h20-18h30 Higiene pessoal 18h30-19h10 Brincadeira livre 19h10-19h40 Sala Pé de Feijão 19h40-20h00 Sala Polivalente Esta sala conta, ainda, com uma organização semanal: Às 2ª feiras são dias específicos para o “Expressão Motora” (Professor Ricardo Caldas); às 3ªfeiras, para o Inglês (Professora Nádia) e à tarde Quintinha Pedagógica, às 4ªfeiras, para o Dia Surpresa, às 5ªfeiras, para a Informática (Professora Nádia) e as 6ªfeiras para a Expressão Musical (Professor Ricardo Martins). É importante realçar, que tal como as rotinas, estes dias não são rígidas, podendo ser alterada alguma destas atividades para outro dia, devido a algum imprevisto ou até mesmo falta de interesse da criança. 34
  • 35. Ana Sofia Moreira Coelho Momentos de rotina Momento da Chegada/Partida O momento da chegada e da partida envolve alguns rituais que são importantes para a experiência da criança longe de casa. O educador deve comunicar abertamente com as crianças sobre a chegada e partida dos pais, para que este perceba o que se passa. Na chegada, é importante que o Educador dê as boas vindas calorosas e descontraidamente, porque ajuda a que a criança sinta confiança nele e saiba que, enquanto os pais não estão, ela vai ser bem tratada e também que estará em segurança até que os seus pais regressem. Na hora da partida, as despedidas devem ser calmas, agradáveis e simpáticas para que a criança esteja tranquila, ao mesmo tempo que tranquiliza os pais, que observa que a criança está e esteve bem durante o dia. A curto prazo, a criança aprenderá a lidar com as despedidas e com as boas vindas dando-lhes um leque mais alargado das pessoas que eles sabem que podem confiar. A longo prazo, ao integrar-se nestes rituais a criança estará a aprender para saber lidar com chegadas e partidas pela sua vida fora. Esta instituição abre as suas portas 07:30 horas e encerra às 20:00 horas, oferecendo uma componente social e educativa, na qual são servidos o suplemento da manhã e da tarde, almoço e lanche. 35
  • 36. Ana Sofia Moreira Coelho Momento das refeições As refeições são mais do que uma necessidade básica da criança. Elas proporcionam um contacto físico entre a criança e o adulto. Para as crianças o momento das refeições é um momento em que experimentam novos sabores, cheiros e texturas e que tentam comer sozinhos ou com a colher ou com os dedos. Para elas isto é mais uma hora de convívio social. O local onde a refeição decorre depende da fase de desenvolvimento das crianças em causa. As crianças trazem para as refeições as suas recém-aquisições físicas: o sentar sozinho, comer sozinho com a colher, etc. Os Educadores começam a habituar-se às práticas de exploração das suas crianças e percebem que as crianças tiram partido da sua refeição, recebendo os benefícios de uma boa e nutritiva alimentação. Embora as crianças não estejam preparadas para se comportarem com etiqueta à mesa, envolvem-se em experiências que lhes ensinam a ter maneiras à mesa. Momento dos cuidados corporais Para as crianças, as rotinas dos cuidados corporais ocorrem com alguma frequência durante o dia. A um nível básico, as rotinas promovem o asseio, o conforto físico e a saúde, mas são também momentos que contribuem para o bem-estar emocional das crianças. Através destas interações carinhosas as crianças constroem relações de confiança e de segurança com o Educador. Para além disto, nos momentos de limpeza as crianças começam a ter alguma consciência dos seus corpos e do modo como estes se movimentam. As áreas de muda das fraldas, de vestir e as casas de banho devem ser de 36
  • 37. Ana Sofia Moreira Coelho fácil lavagem, bem localizadas, cómodas para os adultos e agradáveis para as crianças. Estas áreas devem também ser organizadas de forma a promover o desenvolvimento e a autonomia das crianças, o "Eu faço sozinho". Há medida que vão crescendo, as crianças desempenham um papel cada vez mais activo nas suas rotinas. Momento da sesta A hora da sesta acontece devido ao cansaço das crianças, com por ser algo regularmente programado do dia do infantário. O momento da sesta proporciona a descanso e o desenvolvimento às crianças. A sesta deixa que as crianças descansem e recarreguem energias para o resto do dia. A conceção da zona da sesta deve ser pensada pelo educador. Deve haver uma zona para as camas das crianças que dormem um sono mais longo e uma zona para as camas das crianças que têm um sono mais curto. Enquanto algumas crianças dormem uma sesta mais longa ou curta, outros apenas precisam de descansar durante este momento. Momento de escolha livre/ brincar O momento de escolha livre é um período de tempo em que as crianças podem investigar e explorar os materiais, bem como interagir com os seus pares. Num ambiente seguro os materiais devem proporcionar experiências interessantes. O espaço deve ser amplo para se deslocarem em diferentes direções. Cada criança escolhe aquilo que mais lhe interessa, de acordo com o seu nível de desenvolvimento. Muitas das aprendizagens ocorrem neste momento, através das explorações 37
  • 38. Ana Sofia Moreira Coelho sensório-motoras das crianças. Conforme vão interagindo com os materiais e pessoas, elas constroem conhecimento sobre representação, movimento, comunicação, objectos, primeiras noções de quantidade e de número, espaço e tempo. O tempo de escolha livre ocorre num contexto social rico. As crianças fazem tudo isto de acordo com o seu próprio ritmo, interesses e competências individuais. À medida que começam a ter uma maior consciência do "eu", os conflitos sociais são mais frequentes. E, ao começarem a reter imagens materiais, algumas poderão indicar aquilo que lhes apetece fazer.  Da Equipa A equipa pedagógica da Sala dos Três Porquinhos é constituída pela Educadora de Infância Ana Coelho e duas Auxiliares de Educação Letícia e Nélia. A meu ver o trabalho realizado nesta sala, visa o desenvolvimento e aprendizagem de todas as crianças, em que todos os membros da Equipa são importantes e complementam-se. A Sala Rei Leão pretende implementar um trabalho que seja realizado em EQUIPA e com COOPERAÇÃO. Em que todos os membros são importantes e primordiais para que tudo corra bem. Enquanto Educadora, julgo que podemos dizer que estamos perante um agradável trabalho em equipa, porque existe um clima de respeito mútuo e aceitação entre todos os membros da Equipa Educativa. Assim, penso que, se pode afirmar que o trabalho em equipa é um processo interativo, em que se tem em atenção e se respeita as diferenças individuais dentro da Equipa, pelo que se valoriza os diferentes saberes e a especificidade das funções e dos papéis. 38
  • 39. Ana Sofia Moreira Coelho De seguida, encontra-se estipulado na tabela o horário da respectiva equipa pedagógica: Educadora Horário Manhã Ana Sofia Moreira Coelho 09:00 – 13:00 Tarde 15:00 – 17:15 Auxiliares de Ação Educativa Horário Manhã Nélia 08:00 – 13:00 e 14:00 – 17:00 Letícia Tarde 10:30 – 14:00 15:00 – 19:30  Do Estabelecimento Educativo O Infantário Cidade dos Brinquedos (ICB) é um estabelecimento de educação particular situando na Rua Quinta Josefina n.º15, Freguesia de Santo António, Concelho do Funchal, Madeira. O infantário, construído de raiz, conta com a valência de creche e de jardim- de-infância, e destina-se a crianças com idades compreendidas entre 3 meses e os seis 6 anos de idade. A Valência de Creche, com capacidade para 298 crianças, conta com 9 Salas berço, no piso 1. Destas, 8 possuem zona de repouso com 12 berços e banca de 39
  • 40. Ana Sofia Moreira Coelho mudas/banhos, e acesso partilhado, duas a duas, a sala parque onde as crianças brincam e realizam as atividades. A sala remanescente possui uma sala parque exclusiva. As salas berço preveem o máximo de 12 crianças por sala com idades compreendidas entre os 3 meses e os 2 anos de idade. Toda a área dos berçários é apoiada por uma copa de leite, um pátio exterior coberto, um pátio exterior descoberto, uma casa de banho para adultos e uma casa de banho para as crianças toda ela construída de acordo com a legislação em vigor, contemplando área de sanitas, área de lavatórios, área de mudas e banhos. No piso zero encontramos seis salas de transição com capacidade para 15 crianças cada, com idades compreendidas entre os 24 e os 36 meses. As salas de transição contam com arrecadação para arrumos, um refeitório, um polivalente, uma casa de banho para adultos e uma casa de banho para as crianças, toda ela construída de acordo com a legislação em vigor, contemplando área de sanitas, área de lavatórios, área de mudas e banhos. Todas as salas de transição são apoiadas por um espaço exterior semi-coberto. Relativamente à Valência de Jardim-de-Infância, que se encontra no piso -1 conta com quatros salas com capacidade para 25 crianças cada, com idades entre os 3 e os 6 anos de idade. Todas estas as salas são apoiadas por uma arrecadação, por um espaço exterior, por um refeitório com cozinha, por uma casa de banho para adultos e uma casa de banho para crianças para crianças que está dividida em três áreas: área de sanitas, área de lavatórios e área de duche. No piso -2, o ICB disponibiliza, para maior comodidade e segurança, garagem coberta para facilitar aos pais o acolhimento e entrega das crianças. Conta na sua estrutura física com as seguintes áreas:  6 Salas de transição;  4 Salas de jardim-de-infância; 40
  • 41. Ana Sofia Moreira Coelho  Secretária;  Gabinete de direção;  Gabinete de direção pedagógica;  Sala de educadora;  Sala de reuniões;  Sala polivalente;  Unidade alimentar (vulgo “cozinha”);  2 Refeitórios (salas de transição/jardim de infância);  Copas de leites (berçários);  Enfermaria;  Sala de convívio;  Lavandaria;  Arrecadações;  Vestiários e WC de pessoal docente;  Vestiários e WC de pessoal não docente;  Garagem coberta. Importa destacar que todos os espaços do infantário foram construídos e equipados de acordo com a legislação vigente, observando-se áreas amplas, com boa luminosidade natural e com bom arejamento. Para além disso, estão todas devidamente equipadas com mobiliário e material didático adequado às idades das crianças, proporcionando as melhores condições ao desenvolvimento global das mesmas. 41
  • 42. Ana Sofia Moreira Coelho Recursos Humanos O Infantário Cidade dos Brinquedos tem como Diretora Pedagógica a Educadora Carla Flor e como Administrativas da Instituição Marisol. Em cada sala de Creche, Transição e Jardim-de-infância existem uma Educadora de Infância e duas Auxiliares de Educação, excepto nas salas parques. A Instituição dispõe ainda de duas empregadas de serviço geral, e três cozinheiras. A Instituição conta com ajuda de uma Fisioterapeuta Petra Sardinha que apoia as três valências. Período de Adaptação As crianças que frequentem pela primeira vez o Infantário têm o seguinte horário: Primeiro dia: As crianças permanecem das 9h00 às 11h00, ficando sempre acompanhadas por um familiar. Segundo dia: As crianças permanecem das 9h00 às 11h00. O familiar pode retirar-se da sala, mas permanece no estabelecimento. Terceiro dia: As crianças saem após o almoço, por volta das 13h00. Quarto dia: As crianças almoçam e saem após o lanche, por volta das 16h00. Quinto dia: As crianças permanecem o dia inteiro na instituição, ou seja saem mediante o horário dos pais. Este horário é flexível, o que quer dizer que poderá ser alterado e adaptado consoante o comportamento da criança. Atividades Curriculares A Instituição oferece um rol de atividades curriculares. Assim sendo, as 42
  • 43. Ana Sofia Moreira Coelho crianças poderão ter aulas de Informática, de Inglês, de Expressão Musical, de Expressão Física e Motora. Todas estas atividades realizar-se-ão dentro da Instituição que são orientadas e planeadas pelos respetivos professores. Para além destas atividades, as crianças também terão acesso a uma “Quintinha Pedagógica”. 43
  • 44. Ana Sofia Moreira Coelho INTENÇÕES DE TRABALHO PARA O ANO LETIVO  Opções e prioridades curriculares  Objetivos, Atividades /Estratégias a desenvolver 44
  • 45. Ana Sofia Moreira Coelho Opções e Prioridades O projeto tem de surgir do interesse mostrado pelo grupo de crianças e das necessidades observadas pela equipa pedagógica de sala (Educadora e Auxiliares). O projeto de sala “Uma escola para todos…” surgiu devido aos interesses e necessidades das crianças, pois este grupo quer saber o porquê de tudo e para que serve. Por isso este ano letivo, trabalharemos um bocado de a fundo cada tema (corpo humano, cores, noções lógico-matemáticas, linguagem, meios de transportes, animais,…) para aguçarmos a curiosidade das crianças desta sala. Para trabalharmos este diferentes temas proporcionaremos às crianças diferentes técnicas (sopro, rolha, esponja, berlindes,…) e materiais (tintas, tecidos, folhas, revistas,…). É importante, também, não ignorar o contacto com o exterior que pode ser proporcionado através das deslocações ou decorrendo a experiências e vivências realizadas pelas crianças no seu contexto familiar e social. Como o educador é o construtor, o gestor do currículo, o plano curricular destina-se a apoiar a organização do processo educativo e evolutivo das crianças. Desta forma, podemos dizer que este documento resulta de um trabalho de investigação e análise na construção de um suporte de coerência profissional que se desenvolve em prol das crianças. Na construção do plano curricular existem alguns aspetos que o educador deverá ter em conta: a) O ambiente educativo, o meio externo e interno à criança; b) O que a criança já sabe e deve valorizar todos os saberes como fundamento para as novas aprendizagens; 45
  • 46. Ana Sofia Moreira Coelho c) A pedagogia diferenciada, centrada na cooperação, para beneficiar o desenvolvimento educativo desenvolvido no grupo; d) As diferentes áreas de conteúdo, que deverão ser abordadas de uma forma globalizante e integrada na planificação e avaliação das situações de aprendizagem. Sendo assim, o plano curricular deverá ter uma perspetiva flexível, geral e abrangente, uma vez que oferece a possibilidade de fundamentar diversas opções educativas, garantindo que a criança tenha contacto com a cultura e instrumentos necessários à aprendizagem ao longo da sua vida. Por outro lado, o desenvolvimento curricular deverá ter em conta a intencionalidade educativa, que passa pela planificação, ação e avaliação desenvolvida pelo educador, de forma a adequar a sua prática às necessidades das crianças. Como já foi referido, o educador deverá ter em conta as áreas de conteúdo para a construção deste documento. Desta forma, o plano curricular encontra-se dividido segundo as mesmas, que incluem diferentes tipos de aprendizagens, atitudes, saber-fazer e atividades, dado que a criança aprende a partir da exploração e da manipulação do mundo e de tudo que a rodeia. 46
  • 47. Ana Sofia Moreira Coelho Objetivos, Atividades/Estratégias a desenvolver Assim, para a elaboração do plano curricular devemos considerar três grandes áreas: 1) Área de Formação Pessoal e Social; 2) Área da Expressão e Comunicação: - Domínio da Expressão Motora; - Domínio da Expressão Dramática; - Domínio da Expressão Plástica; - Domínio da Expressão Musical; - Domínio da linguagem oral e abordagem à escrita; - Domínio da matemática; 3) Área do Conhecimento do Mundo. Desta forma, fica demonstrado que o plano curricular é construído segundo as Orientações Curriculares para a Educação Pré-Escolar, um documento desenvolvido pelo Ministério da Educação e que constitui um ponto de referência para os educadores na organização da componente educativa das crianças. Área de Formação Pessoal e Social A Área de Formação Pessoal e Social deverá favorecer, de acordo com as fases de desenvolvimento, a aquisição de espírito público e a interiorização de valores espirituais estéticos, morais e cívicos. 47
  • 48. Ana Sofia Moreira Coelho Tem em vista a formação da criança, tendo em conta “a sua plena inserção na sociedade como um ser autónomo, livre e solidário”1. Objetivos/Conteúdos Atividades/Estratégias  O Corpo e a própria imagem  Reconhecer o esquema corporal; O esquema corporal  Identificar as diferentes partes do corpo;  Estimular os cinco sentidos  Educação para a saúde  Reconhecer e ampliar normas de Higiene e saúde com o higiene e saúde do corpo; corpo  Reconhecer a importância de posturas corretas;  Identificar alguns cuidados a ter com a visão e a audição.  Reconhecer e ampliar normas de Higiene alimentar higiene alimentar;  Dar a conhecer a importância de lavar os alimentos;  Participação das crianças na hora de pôr a mesa.  Educação para a cidadania  Dar a conhecer a importância de Prevenir acidentes prevenir acidentes;  Dar a conhecer as normas de prevenção de acidentes domésticos.  Incentivar o respeito e o cuidado Respeito pela natureza pela natureza;  Reforçar a importância de conservar a natureza;  Dar a conhecer a importância da reciclagem.  Educação para os valores  Reconhecer a família como A família estrutura essencial à vida 1 Ministério da Educação (2002). “Orientações Curriculares para a Educação Pré-Escolar”. Lisboa: Departamento da Educação básica, Núcleo de Educação Pré-Escolar, pp. 51 48
  • 49. Ana Sofia Moreira Coelho humana;  Educação Cristã;  Vivenciar a época Natalícia:  Realização de uma prenda para a família e criança;  Vivenciar as músicas desta época;  Vivenciar a Páscoa:  Realização de uma prenda para a família e criança;  Vivenciar as músicas e histórias desta época;  Realização do “Dia da Mãe”; do “Dia do Pai” e do “Dia da Família”.  Promover atividades na escola Os pais/família na creche onde os pais/famílias sejam sujeitos ativos;  Participação dos pais/famílias nas atividades para os dias festivos;  Envolver os pais/famílias nas atividades desenvolvidas na sala;  Valorizar as suas opiniões, dar informação e formação. Um ambiente rico em  Organização do espaço-sala; aprendizagens  Elaboração das regras da sala;  Elaboração do quadro de aniversários.  Reforçar o sentido de Sentido de responsabilidade; responsabilidade  Arrumar a sala e os brinquedos;  Fazer recados;  Cumprir uma tarefa até ao fim. Amizade  Fomentar a amizade; 49
  • 50. Ana Sofia Moreira Coelho  Ser justo na resolução de conflitos;  Envolver todas as crianças na realização de atividades em grande grupo;  Reforçar a importância em respeitar todas as crianças. Área de Expressão e Comunicação Esta área divide-se em seis domínios: domínio da expressão motora, da expressão dramática, da expressão plástica, da expressão musical, domínio da linguagem oral e abordagem à escrita e domínio da matemática. “As diferentes áreas de conteúdo partem do nível de desenvolvimento da criança, da sua atividade espontânea e lúdica, estimulando o seu desejo de criar, explorar e transformar, para incentivar formas de acção reflectida e progressivamente mais complexa”2. Desta forma, devemos proporcionar situações e experiências de aprendizagem diversificadas, “de modo a que a criança vá dominando e utilizando o seu corpo e contactando com diferentes materiais que poderá explorar, manipular e transformar de forma a tomar consciência de si próprio na relação com os objetos”3.  Domínio da Expressão Motora Tendo em conta o desenvolvimento motor de cada criança, a educação pré- escolar deve proporcionar ocasiões de exercício de motricidade global e, também, de motricidade fina, de modo a permitir que todas as crianças aprendam a utilizar e a dominar melhor o seu corpo. 2 Ministério da Educação (2002). “Orientações Curriculares para a Educação Pré-Escolar”. Lisboa: Departamento da Educação básica, Núcleo de Educação Pré-Escolar, pp. 47 3 Idem, pp. 57 50
  • 51. Ana Sofia Moreira Coelho Objetivos/Conteúdos Atividades/Estratégias  Identificar a figura humana;  Esquema corporal  Reconhecer e expressar diversas posições; Orientação e organização  Combinação de posturas: de pé, espaço-temporal sentado;  Associar objetos às partes do corpo;  Reproduzir diversas posições;  Exercícios de coordenação;  Situação e deslocamento no espaço real;  Imitação de movimentos;  Exercícios de equilíbrio;  Exercícios de destreza;  Exercícios de coordenação de movimentos realizados na vida quotidiana;  Exercícios de inibição.  Conhecer a noção de direita e  Lateralidade esquerda;  Explorar a motricidade fina e grossa através de jogos.  Jogos para os membros  Estruturação espacial superiores e inferiores. Noções espaciais  Jogos para os membros  Orientação temporal superiores e inferiores. Ordem e sucessão 51
  • 52. Ana Sofia Moreira Coelho  Domínio da Expressão Dramática A expressão dramática é um meio de descoberta de si próprio, do outro e de afirmação de si próprio na relação com os outros que corresponde a uma forma de se apropriar de situações sociais. As atividades de jogo simbólico permitem à criança recrear experiências da vida quotidiana, situações imaginárias e utilizar os objetos da vida quotidiana atribuindo-lhes significados múltiplos. Assim, “na interação com outra ou outras crianças, em atividades de jogo simbólico, os diferentes parceiros tomam consciência das suas relações, do seu poder sobre a realidade, criando situações de comunicação verbal e não verbal”4. Objetivos/Conteúdos Atividades/Estratégias  Promover o jogo simbólico  Exprimir situações da vida Vida quotidiana quotidiana  Jogo do “faz-de-conta”, com a disposição de diversos materiais:  Quarto;  Cozinha;  Ludoteca: Biblioteca e jogos  Garagem.  Recriar situações do dia-a-dia.  Promover o jogo dramático  Proporcionar momentos de fantasia; Momentos de fantasia  Acompanhar com gestos canções, lenga-lengas e trava-línguas;  Recontar e dramatizar histórias. 4 Ministério da Educação (2002). “Orientações Curriculares para a Educação Pré-Escolar”. Lisboa: Departamento da Educação básica, Núcleo de Educação Pré-Escolar, pp. 59 52
  • 53. Ana Sofia Moreira Coelho Capacidade de expressão e  Desenvolver a capacidade de de comunicação expressão e de comunicação;  Contar histórias através de diferentes formas de apresentação;  Exprimir sentimentos;  Caraterizar personagens;  Jogos que desenvolvam a memória visual e auditiva.  Domínio da Expressão Plástica A área de expressão plástica valoriza o processo de exploração e de descoberta de diferentes possibilidades e materiais por parte das crianças. Supõe que o educador estimule construtivamente o desejo da criança de aperfeiçoar e fazer melhor. O educador deve apoiar o processo que inclui, também, uma exigência em termos de produto que deverá corresponder às capacidades e possibilidades da criança e da sua evolução. Esta área permite que a criança interaja com diferentes materiais e manifeste os seus sentimentos e desejos. Objetivos/Conteúdos Atividades/Estratégias  Promover a utilização da  Modelagem com vários materiais: expressão tridimensional massa de farinha, barro, plasticina, pasta de papel.  Através:  Promover o conhecimento de  Digitinta; novas técnicas  Pintura com cera; 53
  • 54. Ana Sofia Moreira Coelho  Pintura com salpicos;  Pintura com sopro;  Pintura com bola;  Pintura com berlindes;  Pintura com mãos e pés,…  Consciencializar para o  Construção de jogos; aproveitamento dos materiais  Construção de instrumentos de desperdício musicais;  Construção de brinquedos.  Proporcionar o acesso à arte e  Realizar e organizar exposições à cultura dos trabalhos das crianças;  Estimular a expressividade e o sentido estético da criança.  Através:  Desenvolver a motricidade fina  Desenho;  Pintura;  Colagem;  Rasgagem;  Enfiamentos;  Carimbagem.  Domínio da Expressão Musical A expressão musical assenta num trabalho de exploração de sons e ritmos que a criança produz e explora espontaneamente e que vai aprendendo a identificar e a produzir os diversos pontos que caracterizam os sons: intensidade, altura, timbre, duração. A seguir, pretende-se alcançar a audição interior, ou seja, a capacidade de reproduzir mentalmente fragmentos sonoros. Esta área de desenvolvimento está intimamente ligada aos sentimentos das crianças e à sua liberdade em os expressar. Daí que o trabalho musical, que se faz 54
  • 55. Ana Sofia Moreira Coelho no jardim-de-infância, esteja relacionado com cinco pontos fundamentais da música: escutar, cantar, dançar, tocar e criar. Objetivos/Conteúdos Atividades/Estratégias  Desenvolver a capacidade vocal  Através de:  Rimas;  Canções;  Lenga-lengas;  Histórias;  Melodias;  Trava-línguas,…  Dar a conhecer instrumentos  Proporcionar à criança o musicais diversificados; contato com instrumentos  Construir instrumentos musicais musicais com material desperdício.  Desenvolver a memória auditiva  Associar gestos às palavras e frases:  Completar rimas;  Trava-línguas;  Provérbios;  Jogos musicais,…  Exploração dos sons  Através de:  Contos musicais;  Canções;  Poesias;  Audição dos sons do dia-a- dia.  Desenvolver a capacidade de  Inventar canções; improviso  Inventar melodias com instrumentos musicais. 55
  • 56. Ana Sofia Moreira Coelho  Explorar o sentido rítmico  Com ou sem instrumentos;  Bater palmas em ritmos variados;  Emitir sons com o corpo.  Trabalhar o silêncio  Levar a criança a saber ouvir;  Escutar o que se passa no exterior;  Procurar momentos de silêncio.  Domínio da linguagem oral e abordagem à escrita Neste domínio, ligado à comunicação, a abordagem à escrita situa-se numa perspetiva de literacia, enquanto competência global para a leitura no sentido de interpretação e tratamento da informação que implica a “leitura” da realidade, das “imagens” e de saber para que serve a escrita, mesmo sem saber ler formalmente. Cabe ao educador criar um clima de comunicação em que a linguagem, ou seja, a maneira como fala ou usa a escrita “constitua um modelo para a interação e a aprendizagem das crianças”5. Objetivos/Conteúdos Atividades/Estratégias  Abordagem à linguagem oral  Fomentar o diálogo;  Identificar o seu nome; Diálogo  Reconhecer e dizer o nome dos colegas;  Compreensão de textos orais curtos;  Emissão de mensagens ligadas a 5 Ministério da Educação (2002). “Orientações Curriculares para a Educação Pré-Escolar”. Lisboa: Departamento da Educação básica, Núcleo de Educação Pré-Escolar, pp. 66 56
  • 57. Ana Sofia Moreira Coelho necessidades;  Aquisição de vocabulário ajustado às suas possibilidades de expressão;  Compreensão das intenções comunicativas;  Exprimir-se livremente;  Comunicar oralmente com autonomia e clareza;  Compreender as mensagens e as intenções pelos adultos e/ou crianças;  Criar momentos facilitadores da comunicação e motivação para o diálogo;  Promover a correta articulação das palavras;  Diálogos no acolhimento;  Regras da sala.  Incentivar o gosto pela leitura  Ouvir histórias:  Contato com livros, revistas e jornais;  Estimular as crianças a trazerem livros com histórias de casa;  Estimular as crianças a ouvir e contar histórias, lenga-lengas, adivinhas,…  Criar regras de bom funcionamento e de conservação dos livros.  Domínio da matemática A matemática no Jardim-de-infância é construída a partir de noções matemáticas que as crianças vão construindo com as vivências do dia-a-dia. A construção dessas noções fundamentam-se na vivência de espaço e do tempo, tendo como ponto de referência as atividades lúdicas e espontâneas da criança. 57
  • 58. Ana Sofia Moreira Coelho O educador deve aproveitar as situações do quotidiano “para apoiar o desenvolvimento do pensamento lógico-matemático, intencionalizando momentos de consolidação e sistematização de noções matemáticas”6. Objetivos/Conteúdos Atividades/Estratégias  Desenvolver o raciocínio lógico-  Utilização dos blocos lógicos; matemático  Manipulação livre de jogos de construção;  Conhecer e identificar as figuras geométricas;  Puzzles;  Procurar as soluções para situações problemáticas;  Jogos lógicos:  Jogo da peça escondida;  Jogo de classificação;  Dominós;  Jogo do retrato.  Proporcionar situações de  Exercícios da área de expressão deslocação no espaço de motora; objetos e do próprio corpo  Arrumação da sala;  Promover a consciencialização  Rotinas diárias; da noção de sequência  Dialogar com as crianças sobre:  As estações do ano;  Dias festivos;  Os aniversários das crianças;  Acontecimentos do fim de semana;  O ontem, o hoje e o amanhã.  Identificar as cores primárias e 6 Ministério da Educação (2002). “Orientações Curriculares para a Educação Pré-Escolar”. Lisboa: Departamento da Educação básica, Núcleo de Educação Pré-Escolar, pp. 73 58
  • 59. Ana Sofia Moreira Coelho secundárias;  Identificar posições face a um elemento de referência:  Em cima/em baixo;  Dentro/fora;  À frente/atrás;  Por cima/por baixo. Área do Conhecimento do Mundo A Área do Conhecimento do Mundo desenvolve-se através das aprendizagens que as crianças realizam em interação com o mundo que as rodeia. A curiosidade, que é natural nas crianças, e o seu desejo de saber é a manifestação da busca de compreender e dar sentido ao mundo que lhes é próprio e que origina as formas mais elaboradas do pensamento, o desenvolvimento das ciências, das técnicas e das artes. Assim, a Área do Conhecimento do Mundo enraíza-se na curiosidade das crianças e no seu desejo de saber mais e porquê. Curiosidade que é fomentada na Creche, através das oportunidades de contactar com novas situações que são simultaneamente ocasiões de descoberta e de exploração do mundo. Cabe, então, ao educador saber acompanhar todas as áreas de conteúdo que, de certo modo, são parte constituinte da Área de Conhecimento do Mundo. Objetivos/Conteúdos Atividades/Estratégias  Desenvolver a curiosidade e o  Criar momentos e situações que desejo de aprender permitam o alargamento dos conhecimentos. 59
  • 60. Ana Sofia Moreira Coelho  Compreender e dar sentido ao  Deslocações ao exterior; mundo  Diálogo com as crianças sobre o que retêm dos programas de televisão, revistas, jornais.  Permitir a tomada de  Estimular o diálogo sobre: consciência de pertença a um  Constituição familiar; grupo: sociedade, família e  Localização escola/casa; escola.  Respeito pela opinião dos outros.  Identificar os principais  Construção da árvore genealógica membros da sua família e de cada criança. respetivo grau de parentesco  Promover oportunidades de contatar com novas situações  Comemorar o Dia Mundial da Árvore; Sensibilizar as crianças  Plantar uma árvore; para a proteção do  Cuidar do espaço exterior; ambiente  Sensibilizar as crianças para não deitar lixo para o chão. 60
  • 61. Ana Sofia Moreira Coelho PREVISÃO DE PROCEDIMENTOS DE AVALIAÇÃO  Dos processos e dos efeitos  Com as crianças  Com a equipa  Com a família  Com a comunidade educativa 61
  • 62. Ana Sofia Moreira Coelho Previsão de Procedimentos de Avaliação Dos Processos e dos efeitos Num projeto é fundamental a existência de momentos de avaliação, para que seja possível verificar se o projeto está a ser encaminhado com sucesso, quais os efeitos no desenvolvimento e aprendizagem das crianças e, sobretudo, para que seja possível verificar se os objetivos estão ou não a ser alcançados. No decorrer deste projeto os procedimentos de avaliação serão realizados não só com as crianças, mas também, com a equipa, com a família, bem como, com a comunidade educativa. Com as Crianças Durante este ano letivo, terei dois momentos de avaliação com os encarregados de educação (Fevereiro e Julho), utilizarei uma observação direta, com ajuda de grelhas de observação. Nas atividades realizadas terei em conta uma observação direta (na criatividade, participação, concentração, entusiasmo,…). Todos estes momentos serão registados por mim através de fotos e apontamentos. Com a Equipa A Sala dos Três Porquinhos pretende implementar um trabalho que seja realizado em EQUIPA e com COOPERAÇÃO. Em que todos os membros são importantes e primordiais para que tudo corra bem. 62