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UNIVERSIDADE VIRTUAL DO ESTADO DE SÃO PAULO
PEDAGOGIA
PROJETO INTEGRADOR PARA PEDAGOGIA II
JOGOS E BRINCADEIRAS NA CONSTRUÇÃO DA RELAÇÃO ESPAÇO-TEMPO:
AS MÁSCARAS E A CULTURA AFRO-BRASILEIRA.
ANDREZA APARECIDA FERREIRA 1712242
CAROLINA MUNIZ GOMES 1713107
LAIS ARIANE DE OLIVEIRA 1716370
MAGALI DE CAMPOS 1713620
SIRLEIDE NUNES BARBOSA 1704693
SÃO PAULO, 2018.
UNIVERSIDADE VIRTUAL DO ESTADO DE SÃO PAULO
PEDAGOGIA
PROJETO INTEGRADOR PARA PEDAGOGIA II
JOGOS E BRINCADEIRAS NA CONSTRUÇÃO DA RELAÇÃO ESPAÇO-TEMPO:
AS MÁSCARAS E A CULTURA AFRO-BRASILEIRA.
Dissertação apresentada na disciplina Projeto
Integrador para Pedagogia II do curso de
Licenciatura em Pedagogia da Fundação
Universidade Virtual do Estado de São Paulo
(UNIVESP).
SÃO PAULO, 2018.
SUMÁRIO
RESUMO
ABSTRACT
INTRODUÇÃO
PROBLEMA
JUSTIFICATIVA
OBJETIVO GERAL
OBJETIVO ESPECÍFICO
HIPÓTESE
MATERIAIS E MÉTODOS
DISCUSSÕES
RESULTADOS
CONSIDERAÇÕES FINAIS
CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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RESUMO
Ao longos dos anos múltiplas formas de ensino surgiram, e para o ensino infantil
percebeu-se o valor do brincar na aprendizagem, como estabelecido também pelo CNEI. Já os
conteúdos de africanidades, fundamentais para o próprio reconhecimento como povo, passou
a ser obrigatoriedade curricular após a atualização da LDB. Este trabalho aborda de forma
lúdica duas oficinas e uma contação de história, todas relacionadas ao tema.
ABSTRACT
Throughout the years, many forms of teaching have emerged, and for children's
education the value of learning with play has been perceived, as also established by the
CNEI. On the other hand, the contents of Africanities, fundamental for the recognition itself
as a people, became a curricular obligation after last updating the LDB. This work
approaches in a playful way two workshops and a storytelling, all related to the theme.
INTRODUÇÃO
A Educação Infantil, durante muito tempo, era feita dentro do ambiente doméstico,
onde a educação era parcialmente atribuía a mãe. Com o passar dos anos, na perspectiva
evolucionista, o tradicional está sendo interrogado e por conta desse avanço a Educação
Infantil está contribuindo para inovações no espaço escolar.
Ao usufruir dos jogos e das brincadeiras na Educação Infantil como uma estratégia, o
educador ganhar forças e favorece o desempenho da criança. As brincadeiras aleatórias são
tão importantes quanto às direcionadas pelo professor com objetivo para alcançar a
integração e socialização do grupo, sendo assim, o jogo e a brincadeira proporcionam
questões de gênero, desenvolvimento linguístico, relações com o outro, saberes culturais,
valores, habilidades motoras e afetivas. No brincar, a criança tem oportunidade de planejar e
decidir sobre sua vivência e ressignificar o mundo ao seu redor.
É de extrema importância à valorização dos interesses e necessidades da infância, a
defesa do desenvolvimento natural; a crítica a escola tradicional. A Educação Infantil vai
além do ensino; envolve o educar e o cuidar priorizando o lúdico, desde 1996 com a nova Lei
de Diretrizes e Bases (Lei 939496) passou a integrar a Educação Básica, juntamente com o
Ensino Fundamental e o Ensino Médio.
A Educação Infantil envolve valores que são aprendizagens nas experiências da vida,
onde é dever de todos possibilitar ao educando dos anos iniciais, transformações e promoção
desenvolvimento cognitivo, fisiológico, psicológico e social. Afinal, para as crianças é uma
etapa completamente nova e cheia de desafios e mudanças.
Foram observadas duas escolas com realidades distintas. Sendo ​a primeira uma escola
municipal de educação infantil, localizada no bairro Jardim Grimaldi na zona leste de São
Paulo. A instituição atende crianças de 4 à 6 anos e possui 8 salas divididas em dois
andares,dois banheiros femininos e masculinos em cada andar, uma brinquedoteca (espaço
lúdico), um pátio, cozinha e refeitório, parque na área externa com tanque de areia, uma
secretaria, uma sala dos professores. As salas são arejadas com boa iluminação e são
equipadas com: armários, lavatório com duas torneiras, quadro negro, uma televisão, seis
mesas para crianças e cadeiras , alguns brinquedos, materiais e livros ficam acessíveis para o
acesso das crianças em caixas e prateleiras. Acordado com a gestão da escola o projeto foi
desenvolvido em uma classe do Infantil II, com alunos na faixa etária de 5 a 6 anos,
contendo 31 crianças, sendo 21 meninos e 10 meninas.
A segunda ​é uma escola de ensino infantil particular situada no bairro da vila
formosa, zona leste de São Paulo, conta com o sistema Futuro de ensino e possui 30 alunos
no total, divididos em 3 turmas separadas por faixa etária. O berçário com crianças de até 1
ano e 11 meses, o Maternal com crianças até 3 anos e 11 meses, e o Jardim com crianças de
até 5 anos e 11 meses. Dentro desses grupos os alunos são agrupados de acordo com sua
potencial habilidade e participam de aulas apostiladas de segunda à quinta feira, ficando a
sexta feira livre para atividades extra-curriculares como danças, capoeira, musicalização,
atividades lúdicas, gincanas e festas. Quanto ao espaço físico, é composta por um sobrado
onde as 3 turmas possui sala fixa no andar superior bem como os respectivos banheiros
adaptados, já no andar térreo funciona o playground, a sala de descanso e multimídia,
refeitório interno e externo, cozinha e sala administrativa.
Ao observarmos as práticas pedagógicas e o material didático da segunda escola
chegamos à conclusão que a abordagem de conhecimento é socioambientalista conforme
descrita por Locke. (​apud Haiwood, 2004, pag 37) Ficou-nos visível a necessidade de mostrar
que é possível aprender brincando e estar apto a adaptar as atividades de acordo com a
interação do aluno, explorando-se assim o máximo possível dos recursos disponíveis.
Para isso a atividade proposta inicia-se com a contação de história afro-brasileira, de
maneira participativa e com recursos sonoros, prossegue com uma conversa a fim de verificar
os conceitos que o público alvo domina e trabalhar os conceitos: representatividade, respeito
e direitos. Para finalizar oficina de confecção de máscaras com a temática tribal africana
através de giz, lápis, colagem de recortes e outros materiais para as crianças até 3 anos e 11
meses, e para os maiores a oficina de confecção de bonecas abayomi, através de nós no
tecido.
PROBLEMA-TEMA
Como o lúdico contribui na relação espaço-tempo para a formação de cidadãos
conscientes desde o ensino infantil?
JUSTIFICATIVA
A fim de contextualizar o espaço-tempo foi escolhida uma semana próxima ao dia da
Consciência Negra, justificando-se pela própria diversidade étnica da população brasileira,
visto que o trabalho com Consciência Negra e Africanidades é conteúdo curricular
obrigatório previsto na LDB 9394/96, e tem como objetivo familiarizar as crianças com a
data e a própria história, trazendo conceitos como respeito à diversidade, direitos e
representatividade.
A escola por sua vez foi escolhida considerando sua proximidade com o pólo físico da
universidade, o entorno da escola e a composição da comunidade no que se refere à situação
socioeconômica de riscos e vulnerabilidade social, e portanto a necessidade de intervenções
de caráter positiva para fomentar a formação de identidade política desses atores da
sociedade.
OBJETIVO GERAL
Introduzir os conceitos de identidade cultural, cultura afro-brasileira e suas relações
com o cotidiano, ressaltando a importância de suas vivências e relações espaços-temporais.
OBJETIVO ESPECÍFICO
Transformar a oficina de contação de história, musicalização e confecção de máscaras
em ferramenta para os educadores da instituição.
HIPÓTESE
Sendo o lúdico a linguagem adequada para tratar de questões sociais no ensino
infantil, as oficinas de formação cidadã apresentadas desta forma cumprem seu objetivo de
educar e conscientizar a população.
MATERIAIS E MÉTODOS
Através de metodologia descritiva visando uma abordagem qualitativa foram
realizados até o momento os seguintes procedimentos: levantamento bibliográfico, visita
técnica, plano de atividades, aplicação de atividade, oficina.
A revisão bibliográfica teve seu material levantado a partir do acervo virtual da
Dedalus, Scielo, Google Acadêmico e Minha Biblioteca.
As visitas às instituições de ensino já citadas, situadas na zona leste de São Paulo,
onde foram observadas as questões problema que originaram essa pesquisa.
DISCUSSÕES
Conceituando Jogos e Brincadeiras
Ao se pronunciar a palavra jogo, cada indivíduo entenderá de uma maneira diferente.
Existem vários tipos de jogos, cada um com uma finalidade diferente. Há jogos que
estimulam a capacidade de imaginação, outros que enfatizam regras. “O jogo é uma atividade
estruturada, parte de um princípio de regras claras, de fácil entendimento” (KISHIMOTO
2011, p. 15).
Para melhor compreendermos o significado de jogo, ressaltamos a idéia de dois
pesquisadores franceses, (GILLES BROUGÈRE 1981, 1993 e JACQUES HENRIOT
1983,1989 apud KISHIMOTO 2011 p. 18, 19), onde o significado do termo jogo é apontado
por três níveis de diferenciação, podendo ser visto como: “1. O resultado de um sistema
linguístico que funciona dentro de um contexto social; 2. Um sistema de regras; e 3. Um
objeto. ” No primeiro nível de diferenciação, a autora nos mostra que o jogo depende da
linguagem do contexto social. “Há um funcionamento pragmático da linguagem, do qual
resulta um conjunto de fatos ou atitudes que dão significados aos vocábulos a partir de
analogias”. (KISHIMOTO, 2011, p. 18)
De acordo com a autora, o importante não é obedecer à lógica, mas sim respeitar o
uso cotidiano da linguagem de cada grupo social. Em análise da autora, as regras, sendo o
segundo nível de diferenciação, permitem identificar a estrutura sequencial que especifica o
jogo em sua modalidade, “(...) quando alguém joga, está executando as regras do jogo e, ao
mesmo tempo desenvolvendo uma atividade lúdica”. (KISHIMOTO, 2011, p. 18). No
terceiro ponto, os autores se referem ao jogo como objeto, a maneira como ele se materializa,
seja de papelão, madeira, plástico, pedra ou metais. Cada brincadeira tem um objeto que a
representa.
O brinquedo é o objeto que dá vida a brincadeira, levando a criança a soltar a
imaginação, não é necessariamente aquele industrializado, para a criança qualquer caixa de
papelão pode se transformar em um lindo caminhão. De acordo com a autora Kishimoto
(2011), o brinquedo estimula a representação, a expressão de imagens que evocam aspectos
da realidade. Através do brinquedo a criança cria as reproduções do cotidiano, e de tudo o
que está a sua volta, “Pode-se dizer que um dos objetivos do brinquedo é dar a criança um
substituto dos objetos reais, para que possa manipulá-los”. (KISHIMOTO, 2011, p. 20)
Características do Jogo
Existem inúmeras linhas de pensamentos sobre o jogo, onde alguns afirmam que o
jogo partiu de uma atividade do cotidiano se transformando em uma atividade lúdica ao longo
dos anos, mas sem perder suas características de origem (Huizinga apud Cória-Sabini e
Lucena, 2012 p. 29), para outros o jogo tem como característica principal o prazer, como
afirma Kishimoto: “Quando brinca a criança toma certa distância da vida cotidiana, entra no
mundo imaginário”. (2009, p. 24)
Kishimoto (2009, p. 24) comenta que Callois (1958: 42-3) segue a mesma linha de
Huizinga, apontando como características do jogo “a liberdade de ação do jogador, a
separação do jogo em limites de espaço e tempo, a incerteza que predomina o caráter
improdutivo de não criar nem bens nem riqueza e suas regras”. Todo jogo possui regra, seja
implícita ou não, e acontece dentro de um tempo e espaço sequente da brincadeira, sendo
assim, o jogo é considerado pelo autor uma ação espontânea da criança, e não tem a
preocupação de ter um resultado final, tem por importância o processo do jogo.
Ao brincar a criança não tem preocupação em adquirir conhecimento, mas sim trata o
jogo como diversão. Ao utilizar o jogo em sala de aula o professor deve ter o cuidado para
não o transformar em trabalho, uma das características do jogo infantil é que ele é escolhido
pela criança por livre e espontânea vontade, quando o professor não dá oportunidade de
escolha e ação sobre o jogo para a criança isso se torna um trabalho, destaca Kishimoto
(2011, p. 30) “Quando o professor utiliza um jogo educativo em sala de aula, de modo
coercitivo, não oportuniza aos alunos liberdade e controle interno. Predomina, neste caso, o
ensino, a direção do professor”.
Vygotsky apud Rau (2011 p. 58) define como característica do jogo a circunstância
que, nele, “uma situação imaginária é criada pela criança. O brincar da criança é a
imaginação em ação. O jogo é o nível mais alto do desenvolvimento na educação pré-escolar
e é por meio dele que a criança se move cedo, além do comportamento habitual na sua
idade”. Dispondo dessas concepções sobre as características do jogo, pode-se concluir que os
profissionais da educação infantil devem agir com cautela na hora de selecionar os jogos, mas
também tem que dar a opção de a criança escolher o que ela quer jogar, para que o jogo não
se torne um trabalho, deixando ela se posicionar dentro do jogo, sendo o professor apenas
observador, e também ela deve ter livre e espontânea vontade de jogar.
​O Jogo, a Brincadeira e a Criança de 4 a 5 anos
Até os três anos de idade a criança não tem o jogo ou as brincadeiras como forma de
aprender algo, é a partir dos quatro anos que as crianças começam a compreender o valor dos
jogos e brincadeiras, sendo capaz de interpretar e seguir as regras impostas no jogo.
As crianças até os três anos de idade, quando jogam, não percebem nessa ação
qualquer diferença com o que os adultos consideram um trabalho. Vivem a fase que Piaget
chamou de anomia e, dessa forma, não podem compreender regras. Assim adoram ajudar a
mãe a varrer a casa ou fazer bolos, não porque exista valor ou utilidade nessas ações, mas
porque são essas as atividades interessantes e divertidas. Essa forma de pensar, entretanto,
modifica-se, e já a partir dos quatros a cinco anos é que buscam benefícios através do jogo,
mesmo que estes sejam o elogio da sua ação. (ANTUNES, p. 30, 2014).
Por ter essa capacidade aos quatro e cinco anos, Piaget apud Antunes (2014), diz que
o jogo pode contribuir para desenvolver as mais complexas formas de pensamento na medida
em que são levadas a se empenharem para refletir sobre o seu procedimento. Sendo assim o
professor tem um papel preponderante em levar a criança a refletir sobre toda a ação do jogo,
ampliando sua capacidade de pensamento.
O quadro a seguir mostra o pensamento da criança nessas duas fases diferentes do seu
desenvolvimento:
Aprendizagem x jogo
A Neuropsicologia chegou bem depois de Piaget, mas nem por isso seus
extraordinários avanços ofuscam as teorias desse incrível cientista da inteligência. Este
quadro visa sintetizar pontos comuns, associando o jogo a aprendizagem significativa.
Assim sendo, considere:
1. A aprendizagem resulta da recepção e troca de informações entre o meio
ambiente e diferentes centros nervosos do cérebro. Assim o meio ambiente
fornece estímulos que são transformados pelo córtex cerebral em sensações as
quais muitas vezes são “usinadas” e evoluem para o estágio mais complexo a
que se dá o nome de percepções, isto é, imagens com significados.
2. Destas áreas, o estímulo rapidamente associa-se a saberes contidos no cérebro (a)
e evolui para percepção mais global.
3. Ainda em mutação, as zonas secundárias e terciárias do córtex transformam essa
percepção em imagens sensoriais, o que, entretanto, requer a imprescindível
colaboração da linguagem, mesmo que seja a linguagem interior. Assim
linguagem e memórias começam juntas, se desenvolvem unidas e uma sempre
necessitará do apoio da outra.
4. Como produtos desses processos neuronais têm a assimilação (b) e seus
“produtos” mais importantes: aprendizagem e pensamento, que são
desmembrados em coisas para sua análise e melhor compreensão.
5. Entre os fatores facilitadores da aprendizagem cabe destacar a motivação, a
curiosidade e alegria da descoberta, satisfação pelos resultados alcançados, o
elogio, o bom estimulante ambiente, a empatia do professor e simpatia dos
colegas e tudo isso resumido nas expressões Afetividade e/ou Ternura.
6. Provavelmente não existe qualquer outro recurso material ou não que, como o
jogo, possa propiciar a integração de todos os elementos facilitadores que
envolvem a Afetividade.
a. O conhecimento não é, pois, “cópia da realidade”, mas uma reconstituição
da informação que chega, com os saberes existentes na memória. Aproxima-se mais de
um “desenho” que de uma cópia.
b. A assimilação é uma transformação da sensação de forma a torná-la
compatível com nossas estruturas mentais, e estas, por sua vez, dependem da maturação.
Esta “estrada rodoviária” que nos leva do estímulo ambiental ao cérebro e sua
“usinagem” transformando a informação em conhecimento mostra-nos que saberes não
são coisas que vem de fora ou que se captam do meio, mas sim processo interativo de
construção e reconstrução interior e, dessa forma jamais será cópia da realidade. Poucas
atividades desenvolvidas pela criança em sua interação com o ambiente podem abrigar
tantos estímulos para essa usinagem como as experiências e jogos.
Fonte:​​ Livro o jogo e a educação infantil, Antunes, p. 32
O autor enfatiza a relação entre os jogos e a aprendizagem significativa afirmando que
não há a necessidade de ter brinquedos eletrônicos caríssimos ou jogos ditos educativos para
que uma escola seja boa, mas sim ter uma equipe de profissionais que saibam como utilizar a
reflexão que os jogos despertam e saibam fazer dos mais simples objetos uma oportunidade
para explorar a imaginação da criança.
Os jogos e brincadeiras são utilizados o tempo todo no espaço da educação infantil,
sendo utilizados como um recurso de aprendizagem. Muitas vezes os professores podem
usá-los de maneira errada por não realizar algumas reflexões sobre o uso do mesmo.
Muitas propostas pedagógicas para creches e pré-escolas
baseiam-se na brincadeira. O jogo infantil tem sido defendido na
educação infantil como recurso para a aprendizagem e o
desenvolvimento das crianças. O modo como ele é concebido e
apropriado pelos professores infantis, todavia, revela alguns equívocos.
(OLIVEIRA, 2008, p.230).
Ao se utilizar os jogos no espaço escolar da educação infantil, deve-se tomar alguns
cuidados, o professor não deve apenas aplicar o jogo no dia a dia da sala de aula, mas sim,
mostrar qual papel o jogo desempenha no desenvolvimento infantil. “Os que trabalham com a
educação de crianças até 6 anos falam muitas vezes em jogo simbólico, sem, contudo, dar
mostras de terem elaborado de um modo mais científico como ele ocorre e qual sua função no
desenvolvimento humano. ” (OLIVEIRA, 2008, p. 230).
De acordo com a autora, o jogo é uma disposição pessoal da criança, ou seja, ocorre
espontaneamente, sendo ignorada pelo professor ao utilizar o jogo simbólico como
metodologia da educação infantil, que mesmo predominando a fantasia, tende a prender a
criança a realidade. A autora ainda expressa outra linha de raciocínio oposta à idéia anterior,
onde os professores deixam a criança brincar livremente, “(...) como se jogar fosse algo
próprio da natureza biológica da espécie e, portanto, não necessita de suportes culturais. ”
(OLIVEIRA, 2008, p. 231)
Diante das concepções abordadas, a autora diz que, o professor fica afastado da figura
de “interação e interlocução”, em que ele atua como parceiro da criança em seu “processo de
desenvolvimento”. Cória-Sabini (2012) afirma que o jogo quando em situação didática deve
ter um planejamento e previsão de etapas elaboradas pelo professor para alcançar os objetivos
predeterminados.
Ao utilizar os jogos o professor deve estar ciente de que a criança não está brincando
livremente, mas sim que há objetivos didático sendo o professor o mediador entre crianças e
objetos propiciando as situações de aprendizagem articulando os conhecimentos trazidos pela
criança àqueles que se deseja transmitir.
​A Organização dos Jogos na Educação Infantil
O jogo deve ser utilizado com frequência na sala de aula, ficando sempre a critério de
o professor fazer a inserção na rotina escolar, pode-se observar no gráfico 8 que 86% das
professoras utilizam os jogos durante três vezes ou mais na semana, enquanto que um total de
14% utiliza os jogos como meio de aprendizagem apenas uma vez por semana.
Nesse sentido é importante o professor ter na sala os dias, horários e tempo de
duração para que a criança compreenda que para tudo existe o momento certo. No gráfico 9,
86% das professoras utilizam os jogos todos os dias na sala de aula, e 14% utilizam os jogos
apenas usando a brinquedoteca.
Conclui-se que os jogos são utilizados pelas professoras diariamente ou de acordo
com o tempo disponível da aula geralmente na sala de aula.
No gráfico 10 fica evidente que o tempo disponibilizado para se trabalhar com jogos varia
muito de professor para professor, isto porque 57% das professoras dispõe menos de uma
hora, enquanto que 14% disponibilizam entre uma e duas horas de aula, já 29% disponibiliza
três horas ou mais.
Segundo P1 ela organiza “através de atividades planejadas, nem sempre dá tempo de aplicar
os jogos, muitas vezes o tempo que sobra é o tempinho do final da aula que é menos de uma
hora”.
O limite do tempo de cada aula deve ser obtido junto ao
aprendiz, avaliando-se com acuidade e critério a dimensão de seu
interesse. Nenhuma lição, nenhuma “aula” pode exceder esse limite e é
extremamente desejável que sempre fique um pouco aquém e que
termine deixando “aquele certo gostinho de quero-mais” aquele
insubstituível sabor de apetite não saciado. Experiências realizadas em
inúmeros projetos implantados, coordenados ou supervisionados por
este autor, revela que esse limite temporal, ainda que variando muito
conforme a idade da criança deve situar-se entre seis a doze minutos,
se possível, sempre no mesmo horário tal como se age para uma aula
de piano, língua estrangeira ou prática esportiva. (ANTUNES, 2014, p.
73).
É evidente que não existe uma regra para o tempo de duração, para isso o professor como
mediador deve perceber quando aquele jogo não está mais chamando a atenção das crianças.
Segundo Brougère, (1989, p. 36 apud WAJSKOP, 1997, p. 31) a brincadeira
​É o lugar da socialização, da administração da relação com outro, da
apropriação da cultura, do exercício da decisão e da invenção. Mas
tudo isso se faz segundo o ritmo da criança e possui um aspecto
aleatório e incerto. Não se pode organizar, a partir da brincadeira, um
programa pedagógico preciso. Aquele que brinca pode sempre evitar
aquilo que não gosta. Se a liberdade caracteriza as aprendizagens
efetuadas na brincadeira, ela produz também a incertitude quanto aos
resultados. De onde a impossibilidade de assentar de forma precisa as
aprendizagens na brincadeira. Este é o paradoxo da brincadeira, espaço
de aprendizagem fabuloso e incerto.
É por ser o lugar de socialização, da relação com o outro, da apropriação da cultura,
do exercício da decisão e da invenção, que devemos garantir o espaço da brincadeira,
possibilitando a interação entre as crianças, o desenvolvimento das regras e da imaginação
através dos objetos ou do espaço. Organizar situações diferenciadas, trazer objetos novos, são
um exemplo de como podemos garantir o espaço da brincadeira, possibilitando a interação
entre as crianças, entre outras possibilidades.
Consciência Negra
A luta dos negros contra a discriminação racial ficou conhecida como a Consciência
Negra e, inclusive, tem uma data instituída no Brasil, dia 20 de Novembro. Antes de ser
definido o Dia da Consciência Negra, o país passou por inúmeras lutas até que as pessoas
começassem a refletir sobre escravidão, direitos e valorização da cultura negra e de sua
história. Diversos movimentos negros contra a escravidão, o racismo e a desigualdade social
marcaram a história do Brasil.
O Dia Nacional da Consciência Negra foi escolhido como uma homenagem ao líder
Zumbi, que liderou o Quilombo dos Palmares, o maior do país, sendo um dos maiores nomes
na luta contra a escravidão e foi morto no dia 20 de novembro de 1695. A data foi incluída
pela lei 10.639/03 no calendário escolar e em 2011, com a lei 12.519 foi instituído
oficialmente feriado nacional o Dia Nacional de Zumbi e da Consciência Negra. Tanto no
dia, quanto na semana, são realizadas várias atividades e inclusive há a conscientização das
pessoas sobre temas relacionados à cultura, à igualdade social e os direitos dos negros.
(CONSCIÊNCIA, [20--],online).
Combatendo o Racismo através da educação
O Brasil foi o último país a abolir a escravidão, o que aconteceu somente em 1888 após
inúmeras lutas pelo fim da escravidão. Apesar do fim da escravidão, os negros foram
historicamente excluídos e entraram para a sociedade brasileira sem poder político, sem
garantias de seus direitos, sem acesso à educação. Esse cenário gerou profunda desigualdade
social e ainda hoje, os negros sofrem racismo e discriminação. Num país, é habitado por
cerca de 76 milhões de negros e pardos, o equivalente a 45% da população, o negros não
podem ser considerados como minorias.
“No Brasil, são incontáveis os estudos que afirmam essa presença de
elementos culturais africanos recriados em nosso contexto histórico,
social e cultural. É também notório como tal movimento
intercontinental, intercultural e interétnico permeia a vida, os modos
de ser, os conhecimentos, as tecnologias, os costumes, a musicalidade
e a corporeidade dos outros grupos étnico-raciais que conformam a
nossa população. Por mais que esse processo seja uma realidade,
também é fato que ele convive, no Brasil, com uma prática e um
imaginário racistas. Esse racismo ambíguo se faz presente em nossa
estrutura de desigualdade, em nossas ações cotidianas e na produção
do conhecimento.’’ (BRASIL.MEC,2014, p.12)
Na luta pelo direito à uma educação antirracista, uma das conquistas do Movimento
Negro junto ao poder público foi a sanção da Lei n° 10.639 em 2003, que altera a Lei de
Diretrizes e Bases da Educação Nacional n° 9.394/1996 para incluir no currículo oficial da
Rede de Ensino a obrigatoriedade da temática História e cultura afro-brasileira e africana
nas escolas públicas e privadas da educação básica.
Superando o Racismo na Educação Infantil
Embora a educação infantil, como primeira etapa da educação básica, não esteja
contemplada inicialmente no texto da Lei n° 10.639/2003 e sua posterior regulamentação por
meio do Parecer CNE/CP n° 03/2004 e da Resolução CNE/CP n° 01/2004 , basta ler o
Parecer, a Resolução e o Plano Nacional dela decorrentes para se verificar como essa etapa da
educação básica foi paulatinamente incorporada, a ponto de a relação entre educação infantil
e superação do racismo figurar entre as orientações das Diretrizes Curriculares Nacionais
para a Educação Infantil. (BRASIL.MEC, 2014, p.11)
Os profissionais da educação devem se comprometer com a construção de uma
Educação Infantil que contemple a diversidade étnico-racial e a diversidade cultural das
crianças que frequentam os espaços infantis, conforme as Diretrizes Curriculares Nacionais
para Educação Infantil explicitam em seu texto:
“O combate ao racismo e às discriminações de gênero, socioeconômicas, étnico raciais e
religiosas deve ser objeto de constante reflexão e intervenção no cotidiano da educação
infantil” (BRASIL, 2009a, p.10).
Ainda de acordo com o Plano Nacional de Implementação da Lei n° 10.639/2003,
“o papel da educação infantil é significativo para o desenvolvimento
humano, para a formação da personalidade e aprendizagem. Nos
primeiros anos de vida, os espaços coletivos educacionais os quais a
criança pequena frequenta são privilegiados para promover a
eliminação de toda e qualquer forma de preconceito, discriminação e
racismo. As crianças deverão ser estimuladas desde muito pequenas a
se envolverem em atividades que conheçam, reconheçam, valorizem a
importância dos diferentes grupos étnico-raciais na construção da
história e da cultura brasileiras” (BRASIL. MEC, 2003 apud
BRASIL, 2014).
As crianças têm o direito de ser e se sentir acolhidas e respeitadas nas suas diferenças, como
sujeitos de direitos. Sua corporeidade, estética, religião, gênero, raça/etnia ou deficiência
deverão ser respeitadas, não por um apelo moral, assistencialista ou religioso, mas sim porque
essa é a postura esperada da sociedade e da escola democrática que zelam pela sua infância.
Por isso, as ações e o currículo da educação infantil deverão se indagar sobre qual tem sido o
trato pedagógico dado às crianças negras, brancas e de outros grupos étnico-raciais, bem
como a suas famílias e histórias. A escola na sua prática coletiva tem um importante papel no
combate à discriminação racial, a começar pela escolha dos materiais didáticos que ora
reduzem ora excluem a participação do negro na sociedade brasileira. Um dos passos é
romper com a vinculação do negro a escravidão, como se a herança negra e africana se
resumisse à mão de obra.
Sendo assim, as instituições que ofertam a educação infantil deverão analisar
criticamente, sob a perspectiva da diversidade, o material didático selecionado, os
brinquedos, a ornamentação das salas, as brincadeiras, as cantigas, a relação entre os
professores e as crianças, e entre as próprias crianças, e indagar: as crianças têm sido
pedagogicamente tratadas de forma digna?
O papel da professora e do professor da educação infantil nesse processo é
importantíssimo. A esses profissionais cabe a realização de práticas pedagógicas que
objetivem ampliar o universo sociocultural das crianças e introduzi-las em um contexto no
qual o educar e o cuidar não omitem a diversidade. É também bem cedo em sua formação
que as crianças podem ser reeducadas a lidar com os preconceitos aprendidos no ambiente
familiar e nas relações sociais mais amplas (BRASIL.MEC, 2014, p.15)
“O olhar atento do professor é essencial para que o respeito à diversidade seja sempre
valorizado nas interações que se estabelecem entre as crianças.'' (BRASIL.MEC,2014, p.25)
Os professores poderão trabalhar com a temática africana e afro-brasileira no contexto escolar
através da realização de atividades, também por meio de projetos pedagógicos que incluem a
equipe escolar, os professores e a comunidade, por exemplo.
A organização dos espaços também deve valorizar a diversidade. Ações simples como
pendurar imagens de personagens negros nas paredes, adquirir alguns livros com personagens
de origens africanas, ter bonecos negros na brinquedoteca e passar filmes infantis com
personagens negros para as crianças podem ajudar na formação de cidadãos mais conscientes
e agentes no combate ao preconceito (PECHI, 2011) .
Enquanto o discurso intolerante e discriminatório for aceito ou ignorado pela escola, ela
nunca estará preparada para o que diz ser: diversa e de qualidade para todos.
A abayomi tem origem iorubá (uma das maiores etnias do continente africano), e
costuma ser uma boneca negra, significando aquele que traz felicidade ou alegria (Abayomi
quer dizer ​encontro precioso: ​abay=encontro e omi= precioso) são bonecas de pano
artesanais, muito simples, a partir de sobras de pano reaproveitados, feitas apenas com nós,
sem o uso de cola ou costura. A boneca abayomi foi criada para as crianças, jovens, adultos
na época da escravidão. As mulheres negras confeccionavam com pedaços de suas saias,
único pano encontrado nos navios negreiros, para acalmar e trazer alegria para todos.
Essas bonecas não possuem demarcação de olho, nariz nem boca, isso para favorecer
o reconhecimento das múltiplas etnias africanas. Sendo popularizada inicialmente por
movimento de mulheres negras no estado do Maranhão, tendo como representante Waldilena
Martins que buscava na arte um instrumento de conscientização e socialização. Através das
bonecas Abayomi busca-se o fortalecimento e o reconhecimento da identidade afro-brasileira,
além disso, permite à criança ou adolescente construir o seu próprio objeto estimulado a
fantasia, em adaptação pode-se usar como bonecos da pedagogia Wardolf.
O Brasil é um país tão vasto em dimensão geográfica quanto em diversidade cultural e
etnias, por isto, é necessário que se conheça um pouco da cultura que se encontra ao nosso
lado, ou até mesmo, de nossos antepassados, visto ser o brasileiro uma miscigenação de
povos. Os negros que aqui chegaram trazidos em navios, retirados de seus países, familiares,
contra sua vontade e para serem explorados como escravos, sem direitos, tinham apenas sua
cultura e suas recordações como amigas. Quando apresentamos as bonecas abayomis para as
crianças, além de desenvolver a coordenação motora destas, mostramos que a beleza está na
simplicidade também. Há beleza em todas as formas de cultura, além de apresentar – talvez
para algumas crianças pela primeira vez - bonecas além daquelas encontradas em lojas. A
cultura de um povo deve ser preservada.
A máscara africana é um importante elemento de identidade cultural de cada etnia
atestando a riqueza e a complexidade do patrimônio cultural africano. Para os povos
africanos, contudo elas têm um significado espiritual e religioso e, desde tempos remotos, são
usadas em celebrações, nascimentos, rituais de iniciação, colheita, funerais, casamentos,
preparação da guerra, para curar doentes e outras situações. (DOMINGUES, 2017)
Segundo Domingues (2017) o uso de máscaras é uma característica dos povos da
África Subsaariana (ao sul do deserto do Saara). Um povo pode ter dezenas de máscaras
diferentes e, entre os numerosos povos do continente, elas variam em estilo, tamanho,
material utilizado, usos e significados.
Há máscaras africanas de animais, de diferentes animais misturados com traços
humanos, máscaras femininas (representando a beleza e feminilidade) e as que prestam
homenagem aos ancestrais.
“Em geral, o material mais utilizado é a madeira e o couro mas
existem também, máscaras africanas de tecido, marfim, cerâmica,
cobre e bronze. Algumas têm cabelos de fibras naturais outras tem
chifres ou cristas. Há máscaras africanas pintadas, outras são
decoradas com miçangas, penas, dentes, sementes ou búzios. Podem
ser usadas de quatro maneiras diferentes: cobrindo verticalmente o
rosto, como capacetes envolvendo toda a cabeça, como crista ou
chapéu no alto da cabeça (que era comumente coberta por material
como parte do disfarce) ou penduradas no peito ou quadril.
(...)
As cerimônias de máscaras africanas são sempre acompanhadas de
dança e música tocada com instrumentos musicais tradicionais. A
participação do público completa a cerimônia. Batendo palmas,
marcando o ritmo com os pés, cantando e, algumas vezes, dançando
junto com o mascarado, o público contribui para a intensidade do
ritual.’’ (DOMINGUES,2017)
A igualdade somente existe quando ela é conquistada sem esforço, sem dia marcado,
sem data específica. Somos todos iguais, em direitos e deveres. A abayomi nos faz ver que há
beleza no simples, esperança diante das dificuldades e tudo nos é precioso e caro. As crianças
conseguem perceber a beleza nas coisas simples, pois ainda não aprenderam a olhar apenas e
aparência e sim enxergam a essência. Abayomi é a simplicidade e a essência de um povo.
RESULTADOS
Realização
O grupo propôs um plano de aula na semana do Dia da Consciência Negra, contendo
atividades lúdicas que abordam a temática africana e afro-brasileira, entre elas:
Contação de histórias africanas e roda de conversa
A contação de histórias merece lugar de destaque na sala de aula. Ela é o veículo com
o qual as crianças podem entrar em contato com um universo de lendas e mitos e enriquecer o
repertório. A literatura infanto-juvenil é um lugar reconhecido de influência social e
construção de conceitos. É válido apresentar textos e imagens que valorizam o respeito às
diferenças, incluindo as histórias cujos personagens centrais sejam negros e que remetem a
uma imagem positiva dessa enorme população.
Reunir as crianças em uma roda abre espaço para conhecê-las melhor. Para entender
as relações de preconceito e identidade, vale a pena apresentar revistas, jornais e livros para
que as crianças se reconheçam (ou não) no material exposto. A roda é o lugar de propor
projetos, discutir problemas e encontrar soluções. Também é o melhor espaço para debater os
conflitos gerados por preconceitos quando eles ocorrerem.
A história escolhida foi uma adaptação livre feita pelo grupo do conto africano “Os
tambores da Guiné”, foram utilizados fantoches de macaco e lua, tambores com sucata,
abayomis representando o povo da Guiné, e as integrantes usaram máscaras.
A atividade
Foram Selecionadas de imagens de máscaras africanas, impressas em cartolina.
Contextualizada em quais situações dos povos africanos usam as máscaras, como em rituais
de comemorações e danças. Separados os materiais foi feita a entrega dos moldes das
máscaras já recortados para as crianças enfeitarem com materiais diversos que incluíram
colagem e recortes de papel colorido, lantejoulas, tinta guache, hidrocor, giz de cera. Para os
maiores foi entregue retalhos de tecidos tnt na cor preta, e chita estampada, onde eles
puderam trabalhar conceito de textura e cores, orientados um à um como fazer os nós,
estimulando a coordenação motora fina, cada criança pode fazer sua própria abayomi para
levar pra casa.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
No decorrer da realização do projeto, assumimos o desafio de desenvolver uma
atividade lúdica que contribuísse na relação espaço-tempo para a formação de cidadãos
consciente​s desde o ensino infantil, decidimos focar no tema consciência negra, pois
estávamos próximos a data comemorativa do mesmo.
E​m uma sociedade onde o preconceito racial é visível, é de extrema importância
mostrar para as crianças que estão se formando a contribuição da cultura afro para o nosso
país,consideramos que foi de grande importância estudo das máscara e das bonecas
abayomis, possibilitando desenvolvimento de uma atividade lúdica que realmente abrangesse
a cultura afro-brasileira.
Cabe ao professor como formador/educador, oferecer aos alunos o acesso ao máximo
de aprendizado possível diante das condições de cada instituição. O professor deve dar a seus
alunos o melhor que possui em termos de conhecimento garantindo que os mesmos
conheçam as diversas culturas existentes no mundo.
As atividades lúdicas promovem a interação entre os alunos o que ajuda o mesmo a
ter a consciência de que todos são iguais, e devem ser tratados da mesma forma, a sala de
aula é um lugar que abrange a pluralidade de culturas, sendo assim o melhor ambiente para
trabalhar este tema.
O projeto tem o papel conscientizado para os alunos, professores, gestores e
comunidade sobre o fator de conhecimento cultural, contribuindo para uma sociedade onde
os cidadãos terá maiores esclarecimentos sobre a importância do tema e do dia da consciência
negra. Para trabalhos posteriores, pode-se utilizar de técnicas de sensibilização para outros
tipos de culturas, assim fazendo um trabalho contínuo durante todo o período escolar.
CONCLUSÃO
A criança deixou de ser apenas um ser que necessita de cuidados, hoje é tida como
alguém em constante desenvolvimento e que precisa ser ouvida.
Como somos um país em grande parte composto por pessoas em sua maioria de uma
mistura de raças, miscigenados devemos desde cedo apresentar a cultura diversificada que
consta de nosso povo as crianças, para que cresçam sabendo entender e respeitar as
diferenças.
As diferenças encontradas nas escolas de educação infantil gratuitas e das instituições
particulares são muitas vezes gritantes até pelo número de crianças que ficam sobre a
responsabilidade de cada educador, o que muitas vezes faz com que não sejam “ouvidas” em
tudo que necessitam, bem como, apresentar tudo que é necessário aos pequenos, que muitas
vezes aprendem uns com os outros.
Cabe aos educadores infantis o compromisso de apresentar a diversidade étnico-racial
e cultural, para que os pequenos aprendam a conviver com a diferença desde cedo. A criança
deve se sentir amada, protegida e sempre assistida, e em momento algum discriminada.
Mostrar o mundo além daquele em que a criança está inserida é parte fundamental
para o desenvolvimento e crescimento desta.
Através do lúdico podemos apresentar atividades para que as crianças passem a ter
conhecimento do mundo a seu redor. Apresentação de oficinas de máscaras, confecção de
bonecas abayomi e a contação de histórias enriquecem o intelecto das mesmas, pois a
história mexe com o imaginário da criança.
Jogos e brincadeiras despertam a curiosidade, bem como, desenvolve a coordenação
motora e faz com que a criança mesmo sendo tímida, queira fazer parte/interagir com os
demais naquele momento.
A criança nunca está satisfeita quando há novidades em seu caminho. Ela é atenta,
honesta em suas conjecturas e está sempre disposta a aprender o que lhe for apresentado, cabe
ao educador passar esta informação de forma lúdica (que é a melhor forma para a criança) e
que faça com que a criança se interesse o tempo todo e busque sempre por mais.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
ANTUNES. Celso. ​O jogo e a educação infantil: falar e dizer, olhar e ver, escutar
e ouvir.​​ Fascículo 15.9 ed. Petrópolis, RJ. Vozes, 2014.
BRASIL, Ministério da Educação. Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização,
Diversidade e Inclusão(Org.).​História e cultura africana e afro-brasileira na educação
infantil: Livro do Professor​​. Brasília: MEC/SECADI, UFSCar, 2014. 144 p. Disponível
em: <http://unesdoc.unesco.org/images/0022/002270/227009por.pdf>. Acesso em: 04 dez.
2018.
CÓRIA-SABINI, Maria Aparecida. LUCENA, Regina Ferreira de. ​Jogos e
brincadeiras na Educação Infantil​​. 6 ed. Campinas, SP. Papirus, 2012.
DOMINGUES, Joelza Ester. MÁSCARAS AFRICANAS: BELEZA, MAGIA E
IMPORTÂNCIA. 2017. Disponível em:
<https://ensinarhistoriajoelza.com.br/mascaras-africanas-recortar-colorir/>. Acesso em: 07
dez. 2018.
KISHIMOTO, Tizuko Morchida. ​Jogo, brinquedo, brincadeira, e a educação. 14ª
ed. São Paulo, 2011.
LOBO, Jadiane Cristina. ​A IMPORTÂNCIA DO BRINCAR NA EDUCAÇÃO
INFANTIL PARA CRIANÇAS DE 3 A 4 ANOS.​​2013. 75 f. Tese (Doutorado) - Curso de
Pedagogia, Unisalesiano - Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium, Lins-sp, 2013.
Disponível em: <http://www.unisalesiano.edu.br/biblioteca/monografias/56200.pdf>. Acesso
em: 07 out. 2018.
LUCENA, Rosangela. Aula sobre Máscaras Africanas: Aprendiz da Artes (Blog).
2015. Disponível em:
<https://prolucena.blogspot.com/2015/03/aula-sobre-mascaras-africanas.html>. Acesso em:
04 dez. 2018.
OLIVEIRA, Zilma Ramos de. ​Educação Infantil: fundamentos e métodos. 4ª ed.
São Paulo, 2008.
ORTEGA, Luciana Vieira Nunes; SOUSA, Tiago Pires; JESUS, Anderson de.
JOGOS E BRINCADEIRAS NO PROCESSO DE ENSINO–APRENDIZAGEM NA
EDUCAÇÃO INFANTIL: ​​JOGOS E BRINCADEIRAS NO PROCESSO DE
ENSINO–APRENDIZAGEM NA EDUCAÇÃO INFANTIL. 2017. 12 f. 2017. Disponível
em:<http://www.gestaouniversitaria.com.br/artigos/jogos-e-brincadeiras-no-processo-de-ensi
no-aprendizagem-na-educacao-infantil--2>. Acesso em: 07 out. 2018.
PECHI, Daniele. A história da África em sala. 2011. Disponível em:
<https://novaescola.org.br/conteudo/1422/a-historia-da-africa-em-sala>. Acesso em: 05 nov.
2018.
RAU, Maria Cristina Trois Dorneles. ​A ludicidade na educação: uma atitude
pedagógica.​​ 2ª ed. Curitiba, PR, Ibpex, 2011.
WAJSKOP, Gisela. ​Brincar na pré-escola. 5.ed.- São Paulo: Cortez, 2001. (Col.
Questões da Nossa Época. v. 48)

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Projeto integrador para pedagogia ii

  • 1. UNIVERSIDADE VIRTUAL DO ESTADO DE SÃO PAULO PEDAGOGIA PROJETO INTEGRADOR PARA PEDAGOGIA II JOGOS E BRINCADEIRAS NA CONSTRUÇÃO DA RELAÇÃO ESPAÇO-TEMPO: AS MÁSCARAS E A CULTURA AFRO-BRASILEIRA. ANDREZA APARECIDA FERREIRA 1712242 CAROLINA MUNIZ GOMES 1713107 LAIS ARIANE DE OLIVEIRA 1716370 MAGALI DE CAMPOS 1713620 SIRLEIDE NUNES BARBOSA 1704693 SÃO PAULO, 2018.
  • 2. UNIVERSIDADE VIRTUAL DO ESTADO DE SÃO PAULO PEDAGOGIA PROJETO INTEGRADOR PARA PEDAGOGIA II JOGOS E BRINCADEIRAS NA CONSTRUÇÃO DA RELAÇÃO ESPAÇO-TEMPO: AS MÁSCARAS E A CULTURA AFRO-BRASILEIRA. Dissertação apresentada na disciplina Projeto Integrador para Pedagogia II do curso de Licenciatura em Pedagogia da Fundação Universidade Virtual do Estado de São Paulo (UNIVESP). SÃO PAULO, 2018.
  • 3. SUMÁRIO RESUMO ABSTRACT INTRODUÇÃO PROBLEMA JUSTIFICATIVA OBJETIVO GERAL OBJETIVO ESPECÍFICO HIPÓTESE MATERIAIS E MÉTODOS DISCUSSÕES RESULTADOS CONSIDERAÇÕES FINAIS CONCLUSÃO REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 3 3 4 6 6 6 6 7 7 8 21 22 23 24
  • 4. RESUMO Ao longos dos anos múltiplas formas de ensino surgiram, e para o ensino infantil percebeu-se o valor do brincar na aprendizagem, como estabelecido também pelo CNEI. Já os conteúdos de africanidades, fundamentais para o próprio reconhecimento como povo, passou a ser obrigatoriedade curricular após a atualização da LDB. Este trabalho aborda de forma lúdica duas oficinas e uma contação de história, todas relacionadas ao tema. ABSTRACT Throughout the years, many forms of teaching have emerged, and for children's education the value of learning with play has been perceived, as also established by the CNEI. On the other hand, the contents of Africanities, fundamental for the recognition itself as a people, became a curricular obligation after last updating the LDB. This work approaches in a playful way two workshops and a storytelling, all related to the theme.
  • 5. INTRODUÇÃO A Educação Infantil, durante muito tempo, era feita dentro do ambiente doméstico, onde a educação era parcialmente atribuía a mãe. Com o passar dos anos, na perspectiva evolucionista, o tradicional está sendo interrogado e por conta desse avanço a Educação Infantil está contribuindo para inovações no espaço escolar. Ao usufruir dos jogos e das brincadeiras na Educação Infantil como uma estratégia, o educador ganhar forças e favorece o desempenho da criança. As brincadeiras aleatórias são tão importantes quanto às direcionadas pelo professor com objetivo para alcançar a integração e socialização do grupo, sendo assim, o jogo e a brincadeira proporcionam questões de gênero, desenvolvimento linguístico, relações com o outro, saberes culturais, valores, habilidades motoras e afetivas. No brincar, a criança tem oportunidade de planejar e decidir sobre sua vivência e ressignificar o mundo ao seu redor. É de extrema importância à valorização dos interesses e necessidades da infância, a defesa do desenvolvimento natural; a crítica a escola tradicional. A Educação Infantil vai além do ensino; envolve o educar e o cuidar priorizando o lúdico, desde 1996 com a nova Lei de Diretrizes e Bases (Lei 939496) passou a integrar a Educação Básica, juntamente com o Ensino Fundamental e o Ensino Médio. A Educação Infantil envolve valores que são aprendizagens nas experiências da vida, onde é dever de todos possibilitar ao educando dos anos iniciais, transformações e promoção desenvolvimento cognitivo, fisiológico, psicológico e social. Afinal, para as crianças é uma etapa completamente nova e cheia de desafios e mudanças. Foram observadas duas escolas com realidades distintas. Sendo ​a primeira uma escola municipal de educação infantil, localizada no bairro Jardim Grimaldi na zona leste de São Paulo. A instituição atende crianças de 4 à 6 anos e possui 8 salas divididas em dois andares,dois banheiros femininos e masculinos em cada andar, uma brinquedoteca (espaço lúdico), um pátio, cozinha e refeitório, parque na área externa com tanque de areia, uma secretaria, uma sala dos professores. As salas são arejadas com boa iluminação e são equipadas com: armários, lavatório com duas torneiras, quadro negro, uma televisão, seis mesas para crianças e cadeiras , alguns brinquedos, materiais e livros ficam acessíveis para o
  • 6. acesso das crianças em caixas e prateleiras. Acordado com a gestão da escola o projeto foi desenvolvido em uma classe do Infantil II, com alunos na faixa etária de 5 a 6 anos, contendo 31 crianças, sendo 21 meninos e 10 meninas. A segunda ​é uma escola de ensino infantil particular situada no bairro da vila formosa, zona leste de São Paulo, conta com o sistema Futuro de ensino e possui 30 alunos no total, divididos em 3 turmas separadas por faixa etária. O berçário com crianças de até 1 ano e 11 meses, o Maternal com crianças até 3 anos e 11 meses, e o Jardim com crianças de até 5 anos e 11 meses. Dentro desses grupos os alunos são agrupados de acordo com sua potencial habilidade e participam de aulas apostiladas de segunda à quinta feira, ficando a sexta feira livre para atividades extra-curriculares como danças, capoeira, musicalização, atividades lúdicas, gincanas e festas. Quanto ao espaço físico, é composta por um sobrado onde as 3 turmas possui sala fixa no andar superior bem como os respectivos banheiros adaptados, já no andar térreo funciona o playground, a sala de descanso e multimídia, refeitório interno e externo, cozinha e sala administrativa. Ao observarmos as práticas pedagógicas e o material didático da segunda escola chegamos à conclusão que a abordagem de conhecimento é socioambientalista conforme descrita por Locke. (​apud Haiwood, 2004, pag 37) Ficou-nos visível a necessidade de mostrar que é possível aprender brincando e estar apto a adaptar as atividades de acordo com a interação do aluno, explorando-se assim o máximo possível dos recursos disponíveis. Para isso a atividade proposta inicia-se com a contação de história afro-brasileira, de maneira participativa e com recursos sonoros, prossegue com uma conversa a fim de verificar os conceitos que o público alvo domina e trabalhar os conceitos: representatividade, respeito e direitos. Para finalizar oficina de confecção de máscaras com a temática tribal africana através de giz, lápis, colagem de recortes e outros materiais para as crianças até 3 anos e 11 meses, e para os maiores a oficina de confecção de bonecas abayomi, através de nós no tecido.
  • 7. PROBLEMA-TEMA Como o lúdico contribui na relação espaço-tempo para a formação de cidadãos conscientes desde o ensino infantil? JUSTIFICATIVA A fim de contextualizar o espaço-tempo foi escolhida uma semana próxima ao dia da Consciência Negra, justificando-se pela própria diversidade étnica da população brasileira, visto que o trabalho com Consciência Negra e Africanidades é conteúdo curricular obrigatório previsto na LDB 9394/96, e tem como objetivo familiarizar as crianças com a data e a própria história, trazendo conceitos como respeito à diversidade, direitos e representatividade. A escola por sua vez foi escolhida considerando sua proximidade com o pólo físico da universidade, o entorno da escola e a composição da comunidade no que se refere à situação socioeconômica de riscos e vulnerabilidade social, e portanto a necessidade de intervenções de caráter positiva para fomentar a formação de identidade política desses atores da sociedade. OBJETIVO GERAL Introduzir os conceitos de identidade cultural, cultura afro-brasileira e suas relações com o cotidiano, ressaltando a importância de suas vivências e relações espaços-temporais. OBJETIVO ESPECÍFICO Transformar a oficina de contação de história, musicalização e confecção de máscaras em ferramenta para os educadores da instituição.
  • 8. HIPÓTESE Sendo o lúdico a linguagem adequada para tratar de questões sociais no ensino infantil, as oficinas de formação cidadã apresentadas desta forma cumprem seu objetivo de educar e conscientizar a população. MATERIAIS E MÉTODOS Através de metodologia descritiva visando uma abordagem qualitativa foram realizados até o momento os seguintes procedimentos: levantamento bibliográfico, visita técnica, plano de atividades, aplicação de atividade, oficina. A revisão bibliográfica teve seu material levantado a partir do acervo virtual da Dedalus, Scielo, Google Acadêmico e Minha Biblioteca. As visitas às instituições de ensino já citadas, situadas na zona leste de São Paulo, onde foram observadas as questões problema que originaram essa pesquisa.
  • 9. DISCUSSÕES Conceituando Jogos e Brincadeiras Ao se pronunciar a palavra jogo, cada indivíduo entenderá de uma maneira diferente. Existem vários tipos de jogos, cada um com uma finalidade diferente. Há jogos que estimulam a capacidade de imaginação, outros que enfatizam regras. “O jogo é uma atividade estruturada, parte de um princípio de regras claras, de fácil entendimento” (KISHIMOTO 2011, p. 15). Para melhor compreendermos o significado de jogo, ressaltamos a idéia de dois pesquisadores franceses, (GILLES BROUGÈRE 1981, 1993 e JACQUES HENRIOT 1983,1989 apud KISHIMOTO 2011 p. 18, 19), onde o significado do termo jogo é apontado por três níveis de diferenciação, podendo ser visto como: “1. O resultado de um sistema linguístico que funciona dentro de um contexto social; 2. Um sistema de regras; e 3. Um objeto. ” No primeiro nível de diferenciação, a autora nos mostra que o jogo depende da linguagem do contexto social. “Há um funcionamento pragmático da linguagem, do qual resulta um conjunto de fatos ou atitudes que dão significados aos vocábulos a partir de analogias”. (KISHIMOTO, 2011, p. 18) De acordo com a autora, o importante não é obedecer à lógica, mas sim respeitar o uso cotidiano da linguagem de cada grupo social. Em análise da autora, as regras, sendo o segundo nível de diferenciação, permitem identificar a estrutura sequencial que especifica o jogo em sua modalidade, “(...) quando alguém joga, está executando as regras do jogo e, ao mesmo tempo desenvolvendo uma atividade lúdica”. (KISHIMOTO, 2011, p. 18). No terceiro ponto, os autores se referem ao jogo como objeto, a maneira como ele se materializa, seja de papelão, madeira, plástico, pedra ou metais. Cada brincadeira tem um objeto que a representa. O brinquedo é o objeto que dá vida a brincadeira, levando a criança a soltar a imaginação, não é necessariamente aquele industrializado, para a criança qualquer caixa de papelão pode se transformar em um lindo caminhão. De acordo com a autora Kishimoto (2011), o brinquedo estimula a representação, a expressão de imagens que evocam aspectos
  • 10. da realidade. Através do brinquedo a criança cria as reproduções do cotidiano, e de tudo o que está a sua volta, “Pode-se dizer que um dos objetivos do brinquedo é dar a criança um substituto dos objetos reais, para que possa manipulá-los”. (KISHIMOTO, 2011, p. 20) Características do Jogo Existem inúmeras linhas de pensamentos sobre o jogo, onde alguns afirmam que o jogo partiu de uma atividade do cotidiano se transformando em uma atividade lúdica ao longo dos anos, mas sem perder suas características de origem (Huizinga apud Cória-Sabini e Lucena, 2012 p. 29), para outros o jogo tem como característica principal o prazer, como afirma Kishimoto: “Quando brinca a criança toma certa distância da vida cotidiana, entra no mundo imaginário”. (2009, p. 24) Kishimoto (2009, p. 24) comenta que Callois (1958: 42-3) segue a mesma linha de Huizinga, apontando como características do jogo “a liberdade de ação do jogador, a separação do jogo em limites de espaço e tempo, a incerteza que predomina o caráter improdutivo de não criar nem bens nem riqueza e suas regras”. Todo jogo possui regra, seja implícita ou não, e acontece dentro de um tempo e espaço sequente da brincadeira, sendo assim, o jogo é considerado pelo autor uma ação espontânea da criança, e não tem a preocupação de ter um resultado final, tem por importância o processo do jogo. Ao brincar a criança não tem preocupação em adquirir conhecimento, mas sim trata o jogo como diversão. Ao utilizar o jogo em sala de aula o professor deve ter o cuidado para não o transformar em trabalho, uma das características do jogo infantil é que ele é escolhido pela criança por livre e espontânea vontade, quando o professor não dá oportunidade de escolha e ação sobre o jogo para a criança isso se torna um trabalho, destaca Kishimoto (2011, p. 30) “Quando o professor utiliza um jogo educativo em sala de aula, de modo coercitivo, não oportuniza aos alunos liberdade e controle interno. Predomina, neste caso, o ensino, a direção do professor”. Vygotsky apud Rau (2011 p. 58) define como característica do jogo a circunstância que, nele, “uma situação imaginária é criada pela criança. O brincar da criança é a imaginação em ação. O jogo é o nível mais alto do desenvolvimento na educação pré-escolar
  • 11. e é por meio dele que a criança se move cedo, além do comportamento habitual na sua idade”. Dispondo dessas concepções sobre as características do jogo, pode-se concluir que os profissionais da educação infantil devem agir com cautela na hora de selecionar os jogos, mas também tem que dar a opção de a criança escolher o que ela quer jogar, para que o jogo não se torne um trabalho, deixando ela se posicionar dentro do jogo, sendo o professor apenas observador, e também ela deve ter livre e espontânea vontade de jogar. ​O Jogo, a Brincadeira e a Criança de 4 a 5 anos Até os três anos de idade a criança não tem o jogo ou as brincadeiras como forma de aprender algo, é a partir dos quatro anos que as crianças começam a compreender o valor dos jogos e brincadeiras, sendo capaz de interpretar e seguir as regras impostas no jogo. As crianças até os três anos de idade, quando jogam, não percebem nessa ação qualquer diferença com o que os adultos consideram um trabalho. Vivem a fase que Piaget chamou de anomia e, dessa forma, não podem compreender regras. Assim adoram ajudar a mãe a varrer a casa ou fazer bolos, não porque exista valor ou utilidade nessas ações, mas porque são essas as atividades interessantes e divertidas. Essa forma de pensar, entretanto, modifica-se, e já a partir dos quatros a cinco anos é que buscam benefícios através do jogo, mesmo que estes sejam o elogio da sua ação. (ANTUNES, p. 30, 2014). Por ter essa capacidade aos quatro e cinco anos, Piaget apud Antunes (2014), diz que o jogo pode contribuir para desenvolver as mais complexas formas de pensamento na medida em que são levadas a se empenharem para refletir sobre o seu procedimento. Sendo assim o professor tem um papel preponderante em levar a criança a refletir sobre toda a ação do jogo, ampliando sua capacidade de pensamento. O quadro a seguir mostra o pensamento da criança nessas duas fases diferentes do seu desenvolvimento: Aprendizagem x jogo
  • 12. A Neuropsicologia chegou bem depois de Piaget, mas nem por isso seus extraordinários avanços ofuscam as teorias desse incrível cientista da inteligência. Este quadro visa sintetizar pontos comuns, associando o jogo a aprendizagem significativa. Assim sendo, considere: 1. A aprendizagem resulta da recepção e troca de informações entre o meio ambiente e diferentes centros nervosos do cérebro. Assim o meio ambiente fornece estímulos que são transformados pelo córtex cerebral em sensações as quais muitas vezes são “usinadas” e evoluem para o estágio mais complexo a que se dá o nome de percepções, isto é, imagens com significados. 2. Destas áreas, o estímulo rapidamente associa-se a saberes contidos no cérebro (a) e evolui para percepção mais global. 3. Ainda em mutação, as zonas secundárias e terciárias do córtex transformam essa percepção em imagens sensoriais, o que, entretanto, requer a imprescindível colaboração da linguagem, mesmo que seja a linguagem interior. Assim linguagem e memórias começam juntas, se desenvolvem unidas e uma sempre necessitará do apoio da outra. 4. Como produtos desses processos neuronais têm a assimilação (b) e seus “produtos” mais importantes: aprendizagem e pensamento, que são desmembrados em coisas para sua análise e melhor compreensão. 5. Entre os fatores facilitadores da aprendizagem cabe destacar a motivação, a curiosidade e alegria da descoberta, satisfação pelos resultados alcançados, o elogio, o bom estimulante ambiente, a empatia do professor e simpatia dos colegas e tudo isso resumido nas expressões Afetividade e/ou Ternura. 6. Provavelmente não existe qualquer outro recurso material ou não que, como o jogo, possa propiciar a integração de todos os elementos facilitadores que envolvem a Afetividade. a. O conhecimento não é, pois, “cópia da realidade”, mas uma reconstituição da informação que chega, com os saberes existentes na memória. Aproxima-se mais de um “desenho” que de uma cópia.
  • 13. b. A assimilação é uma transformação da sensação de forma a torná-la compatível com nossas estruturas mentais, e estas, por sua vez, dependem da maturação. Esta “estrada rodoviária” que nos leva do estímulo ambiental ao cérebro e sua “usinagem” transformando a informação em conhecimento mostra-nos que saberes não são coisas que vem de fora ou que se captam do meio, mas sim processo interativo de construção e reconstrução interior e, dessa forma jamais será cópia da realidade. Poucas atividades desenvolvidas pela criança em sua interação com o ambiente podem abrigar tantos estímulos para essa usinagem como as experiências e jogos. Fonte:​​ Livro o jogo e a educação infantil, Antunes, p. 32 O autor enfatiza a relação entre os jogos e a aprendizagem significativa afirmando que não há a necessidade de ter brinquedos eletrônicos caríssimos ou jogos ditos educativos para que uma escola seja boa, mas sim ter uma equipe de profissionais que saibam como utilizar a reflexão que os jogos despertam e saibam fazer dos mais simples objetos uma oportunidade para explorar a imaginação da criança. Os jogos e brincadeiras são utilizados o tempo todo no espaço da educação infantil, sendo utilizados como um recurso de aprendizagem. Muitas vezes os professores podem usá-los de maneira errada por não realizar algumas reflexões sobre o uso do mesmo. Muitas propostas pedagógicas para creches e pré-escolas baseiam-se na brincadeira. O jogo infantil tem sido defendido na educação infantil como recurso para a aprendizagem e o desenvolvimento das crianças. O modo como ele é concebido e apropriado pelos professores infantis, todavia, revela alguns equívocos. (OLIVEIRA, 2008, p.230). Ao se utilizar os jogos no espaço escolar da educação infantil, deve-se tomar alguns cuidados, o professor não deve apenas aplicar o jogo no dia a dia da sala de aula, mas sim, mostrar qual papel o jogo desempenha no desenvolvimento infantil. “Os que trabalham com a
  • 14. educação de crianças até 6 anos falam muitas vezes em jogo simbólico, sem, contudo, dar mostras de terem elaborado de um modo mais científico como ele ocorre e qual sua função no desenvolvimento humano. ” (OLIVEIRA, 2008, p. 230). De acordo com a autora, o jogo é uma disposição pessoal da criança, ou seja, ocorre espontaneamente, sendo ignorada pelo professor ao utilizar o jogo simbólico como metodologia da educação infantil, que mesmo predominando a fantasia, tende a prender a criança a realidade. A autora ainda expressa outra linha de raciocínio oposta à idéia anterior, onde os professores deixam a criança brincar livremente, “(...) como se jogar fosse algo próprio da natureza biológica da espécie e, portanto, não necessita de suportes culturais. ” (OLIVEIRA, 2008, p. 231) Diante das concepções abordadas, a autora diz que, o professor fica afastado da figura de “interação e interlocução”, em que ele atua como parceiro da criança em seu “processo de desenvolvimento”. Cória-Sabini (2012) afirma que o jogo quando em situação didática deve ter um planejamento e previsão de etapas elaboradas pelo professor para alcançar os objetivos predeterminados. Ao utilizar os jogos o professor deve estar ciente de que a criança não está brincando livremente, mas sim que há objetivos didático sendo o professor o mediador entre crianças e objetos propiciando as situações de aprendizagem articulando os conhecimentos trazidos pela criança àqueles que se deseja transmitir. ​A Organização dos Jogos na Educação Infantil O jogo deve ser utilizado com frequência na sala de aula, ficando sempre a critério de o professor fazer a inserção na rotina escolar, pode-se observar no gráfico 8 que 86% das professoras utilizam os jogos durante três vezes ou mais na semana, enquanto que um total de 14% utiliza os jogos como meio de aprendizagem apenas uma vez por semana. Nesse sentido é importante o professor ter na sala os dias, horários e tempo de duração para que a criança compreenda que para tudo existe o momento certo. No gráfico 9,
  • 15. 86% das professoras utilizam os jogos todos os dias na sala de aula, e 14% utilizam os jogos apenas usando a brinquedoteca. Conclui-se que os jogos são utilizados pelas professoras diariamente ou de acordo com o tempo disponível da aula geralmente na sala de aula. No gráfico 10 fica evidente que o tempo disponibilizado para se trabalhar com jogos varia muito de professor para professor, isto porque 57% das professoras dispõe menos de uma hora, enquanto que 14% disponibilizam entre uma e duas horas de aula, já 29% disponibiliza três horas ou mais. Segundo P1 ela organiza “através de atividades planejadas, nem sempre dá tempo de aplicar os jogos, muitas vezes o tempo que sobra é o tempinho do final da aula que é menos de uma hora”. O limite do tempo de cada aula deve ser obtido junto ao aprendiz, avaliando-se com acuidade e critério a dimensão de seu interesse. Nenhuma lição, nenhuma “aula” pode exceder esse limite e é extremamente desejável que sempre fique um pouco aquém e que termine deixando “aquele certo gostinho de quero-mais” aquele insubstituível sabor de apetite não saciado. Experiências realizadas em inúmeros projetos implantados, coordenados ou supervisionados por este autor, revela que esse limite temporal, ainda que variando muito conforme a idade da criança deve situar-se entre seis a doze minutos, se possível, sempre no mesmo horário tal como se age para uma aula de piano, língua estrangeira ou prática esportiva. (ANTUNES, 2014, p. 73). É evidente que não existe uma regra para o tempo de duração, para isso o professor como mediador deve perceber quando aquele jogo não está mais chamando a atenção das crianças. Segundo Brougère, (1989, p. 36 apud WAJSKOP, 1997, p. 31) a brincadeira
  • 16. ​É o lugar da socialização, da administração da relação com outro, da apropriação da cultura, do exercício da decisão e da invenção. Mas tudo isso se faz segundo o ritmo da criança e possui um aspecto aleatório e incerto. Não se pode organizar, a partir da brincadeira, um programa pedagógico preciso. Aquele que brinca pode sempre evitar aquilo que não gosta. Se a liberdade caracteriza as aprendizagens efetuadas na brincadeira, ela produz também a incertitude quanto aos resultados. De onde a impossibilidade de assentar de forma precisa as aprendizagens na brincadeira. Este é o paradoxo da brincadeira, espaço de aprendizagem fabuloso e incerto. É por ser o lugar de socialização, da relação com o outro, da apropriação da cultura, do exercício da decisão e da invenção, que devemos garantir o espaço da brincadeira, possibilitando a interação entre as crianças, o desenvolvimento das regras e da imaginação através dos objetos ou do espaço. Organizar situações diferenciadas, trazer objetos novos, são um exemplo de como podemos garantir o espaço da brincadeira, possibilitando a interação entre as crianças, entre outras possibilidades. Consciência Negra A luta dos negros contra a discriminação racial ficou conhecida como a Consciência Negra e, inclusive, tem uma data instituída no Brasil, dia 20 de Novembro. Antes de ser definido o Dia da Consciência Negra, o país passou por inúmeras lutas até que as pessoas começassem a refletir sobre escravidão, direitos e valorização da cultura negra e de sua história. Diversos movimentos negros contra a escravidão, o racismo e a desigualdade social marcaram a história do Brasil. O Dia Nacional da Consciência Negra foi escolhido como uma homenagem ao líder Zumbi, que liderou o Quilombo dos Palmares, o maior do país, sendo um dos maiores nomes na luta contra a escravidão e foi morto no dia 20 de novembro de 1695. A data foi incluída pela lei 10.639/03 no calendário escolar e em 2011, com a lei 12.519 foi instituído oficialmente feriado nacional o Dia Nacional de Zumbi e da Consciência Negra. Tanto no dia, quanto na semana, são realizadas várias atividades e inclusive há a conscientização das
  • 17. pessoas sobre temas relacionados à cultura, à igualdade social e os direitos dos negros. (CONSCIÊNCIA, [20--],online). Combatendo o Racismo através da educação O Brasil foi o último país a abolir a escravidão, o que aconteceu somente em 1888 após inúmeras lutas pelo fim da escravidão. Apesar do fim da escravidão, os negros foram historicamente excluídos e entraram para a sociedade brasileira sem poder político, sem garantias de seus direitos, sem acesso à educação. Esse cenário gerou profunda desigualdade social e ainda hoje, os negros sofrem racismo e discriminação. Num país, é habitado por cerca de 76 milhões de negros e pardos, o equivalente a 45% da população, o negros não podem ser considerados como minorias. “No Brasil, são incontáveis os estudos que afirmam essa presença de elementos culturais africanos recriados em nosso contexto histórico, social e cultural. É também notório como tal movimento intercontinental, intercultural e interétnico permeia a vida, os modos de ser, os conhecimentos, as tecnologias, os costumes, a musicalidade e a corporeidade dos outros grupos étnico-raciais que conformam a nossa população. Por mais que esse processo seja uma realidade, também é fato que ele convive, no Brasil, com uma prática e um imaginário racistas. Esse racismo ambíguo se faz presente em nossa estrutura de desigualdade, em nossas ações cotidianas e na produção do conhecimento.’’ (BRASIL.MEC,2014, p.12) Na luta pelo direito à uma educação antirracista, uma das conquistas do Movimento Negro junto ao poder público foi a sanção da Lei n° 10.639 em 2003, que altera a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional n° 9.394/1996 para incluir no currículo oficial da Rede de Ensino a obrigatoriedade da temática História e cultura afro-brasileira e africana nas escolas públicas e privadas da educação básica. Superando o Racismo na Educação Infantil
  • 18. Embora a educação infantil, como primeira etapa da educação básica, não esteja contemplada inicialmente no texto da Lei n° 10.639/2003 e sua posterior regulamentação por meio do Parecer CNE/CP n° 03/2004 e da Resolução CNE/CP n° 01/2004 , basta ler o Parecer, a Resolução e o Plano Nacional dela decorrentes para se verificar como essa etapa da educação básica foi paulatinamente incorporada, a ponto de a relação entre educação infantil e superação do racismo figurar entre as orientações das Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil. (BRASIL.MEC, 2014, p.11) Os profissionais da educação devem se comprometer com a construção de uma Educação Infantil que contemple a diversidade étnico-racial e a diversidade cultural das crianças que frequentam os espaços infantis, conforme as Diretrizes Curriculares Nacionais para Educação Infantil explicitam em seu texto: “O combate ao racismo e às discriminações de gênero, socioeconômicas, étnico raciais e religiosas deve ser objeto de constante reflexão e intervenção no cotidiano da educação infantil” (BRASIL, 2009a, p.10). Ainda de acordo com o Plano Nacional de Implementação da Lei n° 10.639/2003, “o papel da educação infantil é significativo para o desenvolvimento humano, para a formação da personalidade e aprendizagem. Nos primeiros anos de vida, os espaços coletivos educacionais os quais a criança pequena frequenta são privilegiados para promover a eliminação de toda e qualquer forma de preconceito, discriminação e racismo. As crianças deverão ser estimuladas desde muito pequenas a se envolverem em atividades que conheçam, reconheçam, valorizem a importância dos diferentes grupos étnico-raciais na construção da história e da cultura brasileiras” (BRASIL. MEC, 2003 apud BRASIL, 2014). As crianças têm o direito de ser e se sentir acolhidas e respeitadas nas suas diferenças, como sujeitos de direitos. Sua corporeidade, estética, religião, gênero, raça/etnia ou deficiência deverão ser respeitadas, não por um apelo moral, assistencialista ou religioso, mas sim porque essa é a postura esperada da sociedade e da escola democrática que zelam pela sua infância.
  • 19. Por isso, as ações e o currículo da educação infantil deverão se indagar sobre qual tem sido o trato pedagógico dado às crianças negras, brancas e de outros grupos étnico-raciais, bem como a suas famílias e histórias. A escola na sua prática coletiva tem um importante papel no combate à discriminação racial, a começar pela escolha dos materiais didáticos que ora reduzem ora excluem a participação do negro na sociedade brasileira. Um dos passos é romper com a vinculação do negro a escravidão, como se a herança negra e africana se resumisse à mão de obra. Sendo assim, as instituições que ofertam a educação infantil deverão analisar criticamente, sob a perspectiva da diversidade, o material didático selecionado, os brinquedos, a ornamentação das salas, as brincadeiras, as cantigas, a relação entre os professores e as crianças, e entre as próprias crianças, e indagar: as crianças têm sido pedagogicamente tratadas de forma digna? O papel da professora e do professor da educação infantil nesse processo é importantíssimo. A esses profissionais cabe a realização de práticas pedagógicas que objetivem ampliar o universo sociocultural das crianças e introduzi-las em um contexto no qual o educar e o cuidar não omitem a diversidade. É também bem cedo em sua formação que as crianças podem ser reeducadas a lidar com os preconceitos aprendidos no ambiente familiar e nas relações sociais mais amplas (BRASIL.MEC, 2014, p.15) “O olhar atento do professor é essencial para que o respeito à diversidade seja sempre valorizado nas interações que se estabelecem entre as crianças.'' (BRASIL.MEC,2014, p.25) Os professores poderão trabalhar com a temática africana e afro-brasileira no contexto escolar através da realização de atividades, também por meio de projetos pedagógicos que incluem a equipe escolar, os professores e a comunidade, por exemplo. A organização dos espaços também deve valorizar a diversidade. Ações simples como pendurar imagens de personagens negros nas paredes, adquirir alguns livros com personagens de origens africanas, ter bonecos negros na brinquedoteca e passar filmes infantis com personagens negros para as crianças podem ajudar na formação de cidadãos mais conscientes e agentes no combate ao preconceito (PECHI, 2011) . Enquanto o discurso intolerante e discriminatório for aceito ou ignorado pela escola, ela nunca estará preparada para o que diz ser: diversa e de qualidade para todos. A abayomi tem origem iorubá (uma das maiores etnias do continente africano), e costuma ser uma boneca negra, significando aquele que traz felicidade ou alegria (Abayomi
  • 20. quer dizer ​encontro precioso: ​abay=encontro e omi= precioso) são bonecas de pano artesanais, muito simples, a partir de sobras de pano reaproveitados, feitas apenas com nós, sem o uso de cola ou costura. A boneca abayomi foi criada para as crianças, jovens, adultos na época da escravidão. As mulheres negras confeccionavam com pedaços de suas saias, único pano encontrado nos navios negreiros, para acalmar e trazer alegria para todos. Essas bonecas não possuem demarcação de olho, nariz nem boca, isso para favorecer o reconhecimento das múltiplas etnias africanas. Sendo popularizada inicialmente por movimento de mulheres negras no estado do Maranhão, tendo como representante Waldilena Martins que buscava na arte um instrumento de conscientização e socialização. Através das bonecas Abayomi busca-se o fortalecimento e o reconhecimento da identidade afro-brasileira, além disso, permite à criança ou adolescente construir o seu próprio objeto estimulado a fantasia, em adaptação pode-se usar como bonecos da pedagogia Wardolf. O Brasil é um país tão vasto em dimensão geográfica quanto em diversidade cultural e etnias, por isto, é necessário que se conheça um pouco da cultura que se encontra ao nosso lado, ou até mesmo, de nossos antepassados, visto ser o brasileiro uma miscigenação de povos. Os negros que aqui chegaram trazidos em navios, retirados de seus países, familiares, contra sua vontade e para serem explorados como escravos, sem direitos, tinham apenas sua cultura e suas recordações como amigas. Quando apresentamos as bonecas abayomis para as crianças, além de desenvolver a coordenação motora destas, mostramos que a beleza está na simplicidade também. Há beleza em todas as formas de cultura, além de apresentar – talvez para algumas crianças pela primeira vez - bonecas além daquelas encontradas em lojas. A cultura de um povo deve ser preservada. A máscara africana é um importante elemento de identidade cultural de cada etnia atestando a riqueza e a complexidade do patrimônio cultural africano. Para os povos africanos, contudo elas têm um significado espiritual e religioso e, desde tempos remotos, são usadas em celebrações, nascimentos, rituais de iniciação, colheita, funerais, casamentos, preparação da guerra, para curar doentes e outras situações. (DOMINGUES, 2017) Segundo Domingues (2017) o uso de máscaras é uma característica dos povos da África Subsaariana (ao sul do deserto do Saara). Um povo pode ter dezenas de máscaras
  • 21. diferentes e, entre os numerosos povos do continente, elas variam em estilo, tamanho, material utilizado, usos e significados. Há máscaras africanas de animais, de diferentes animais misturados com traços humanos, máscaras femininas (representando a beleza e feminilidade) e as que prestam homenagem aos ancestrais. “Em geral, o material mais utilizado é a madeira e o couro mas existem também, máscaras africanas de tecido, marfim, cerâmica, cobre e bronze. Algumas têm cabelos de fibras naturais outras tem chifres ou cristas. Há máscaras africanas pintadas, outras são decoradas com miçangas, penas, dentes, sementes ou búzios. Podem ser usadas de quatro maneiras diferentes: cobrindo verticalmente o rosto, como capacetes envolvendo toda a cabeça, como crista ou chapéu no alto da cabeça (que era comumente coberta por material como parte do disfarce) ou penduradas no peito ou quadril. (...) As cerimônias de máscaras africanas são sempre acompanhadas de dança e música tocada com instrumentos musicais tradicionais. A participação do público completa a cerimônia. Batendo palmas, marcando o ritmo com os pés, cantando e, algumas vezes, dançando junto com o mascarado, o público contribui para a intensidade do ritual.’’ (DOMINGUES,2017) A igualdade somente existe quando ela é conquistada sem esforço, sem dia marcado, sem data específica. Somos todos iguais, em direitos e deveres. A abayomi nos faz ver que há beleza no simples, esperança diante das dificuldades e tudo nos é precioso e caro. As crianças conseguem perceber a beleza nas coisas simples, pois ainda não aprenderam a olhar apenas e aparência e sim enxergam a essência. Abayomi é a simplicidade e a essência de um povo.
  • 22. RESULTADOS Realização O grupo propôs um plano de aula na semana do Dia da Consciência Negra, contendo atividades lúdicas que abordam a temática africana e afro-brasileira, entre elas: Contação de histórias africanas e roda de conversa A contação de histórias merece lugar de destaque na sala de aula. Ela é o veículo com o qual as crianças podem entrar em contato com um universo de lendas e mitos e enriquecer o repertório. A literatura infanto-juvenil é um lugar reconhecido de influência social e construção de conceitos. É válido apresentar textos e imagens que valorizam o respeito às diferenças, incluindo as histórias cujos personagens centrais sejam negros e que remetem a uma imagem positiva dessa enorme população. Reunir as crianças em uma roda abre espaço para conhecê-las melhor. Para entender as relações de preconceito e identidade, vale a pena apresentar revistas, jornais e livros para que as crianças se reconheçam (ou não) no material exposto. A roda é o lugar de propor projetos, discutir problemas e encontrar soluções. Também é o melhor espaço para debater os conflitos gerados por preconceitos quando eles ocorrerem. A história escolhida foi uma adaptação livre feita pelo grupo do conto africano “Os tambores da Guiné”, foram utilizados fantoches de macaco e lua, tambores com sucata, abayomis representando o povo da Guiné, e as integrantes usaram máscaras. A atividade Foram Selecionadas de imagens de máscaras africanas, impressas em cartolina. Contextualizada em quais situações dos povos africanos usam as máscaras, como em rituais de comemorações e danças. Separados os materiais foi feita a entrega dos moldes das máscaras já recortados para as crianças enfeitarem com materiais diversos que incluíram
  • 23. colagem e recortes de papel colorido, lantejoulas, tinta guache, hidrocor, giz de cera. Para os maiores foi entregue retalhos de tecidos tnt na cor preta, e chita estampada, onde eles puderam trabalhar conceito de textura e cores, orientados um à um como fazer os nós, estimulando a coordenação motora fina, cada criança pode fazer sua própria abayomi para levar pra casa. CONSIDERAÇÕES FINAIS No decorrer da realização do projeto, assumimos o desafio de desenvolver uma atividade lúdica que contribuísse na relação espaço-tempo para a formação de cidadãos consciente​s desde o ensino infantil, decidimos focar no tema consciência negra, pois estávamos próximos a data comemorativa do mesmo. E​m uma sociedade onde o preconceito racial é visível, é de extrema importância mostrar para as crianças que estão se formando a contribuição da cultura afro para o nosso país,consideramos que foi de grande importância estudo das máscara e das bonecas abayomis, possibilitando desenvolvimento de uma atividade lúdica que realmente abrangesse a cultura afro-brasileira. Cabe ao professor como formador/educador, oferecer aos alunos o acesso ao máximo de aprendizado possível diante das condições de cada instituição. O professor deve dar a seus alunos o melhor que possui em termos de conhecimento garantindo que os mesmos conheçam as diversas culturas existentes no mundo. As atividades lúdicas promovem a interação entre os alunos o que ajuda o mesmo a ter a consciência de que todos são iguais, e devem ser tratados da mesma forma, a sala de aula é um lugar que abrange a pluralidade de culturas, sendo assim o melhor ambiente para trabalhar este tema. O projeto tem o papel conscientizado para os alunos, professores, gestores e comunidade sobre o fator de conhecimento cultural, contribuindo para uma sociedade onde os cidadãos terá maiores esclarecimentos sobre a importância do tema e do dia da consciência
  • 24. negra. Para trabalhos posteriores, pode-se utilizar de técnicas de sensibilização para outros tipos de culturas, assim fazendo um trabalho contínuo durante todo o período escolar. CONCLUSÃO A criança deixou de ser apenas um ser que necessita de cuidados, hoje é tida como alguém em constante desenvolvimento e que precisa ser ouvida. Como somos um país em grande parte composto por pessoas em sua maioria de uma mistura de raças, miscigenados devemos desde cedo apresentar a cultura diversificada que consta de nosso povo as crianças, para que cresçam sabendo entender e respeitar as diferenças. As diferenças encontradas nas escolas de educação infantil gratuitas e das instituições particulares são muitas vezes gritantes até pelo número de crianças que ficam sobre a responsabilidade de cada educador, o que muitas vezes faz com que não sejam “ouvidas” em tudo que necessitam, bem como, apresentar tudo que é necessário aos pequenos, que muitas vezes aprendem uns com os outros. Cabe aos educadores infantis o compromisso de apresentar a diversidade étnico-racial e cultural, para que os pequenos aprendam a conviver com a diferença desde cedo. A criança deve se sentir amada, protegida e sempre assistida, e em momento algum discriminada. Mostrar o mundo além daquele em que a criança está inserida é parte fundamental para o desenvolvimento e crescimento desta. Através do lúdico podemos apresentar atividades para que as crianças passem a ter conhecimento do mundo a seu redor. Apresentação de oficinas de máscaras, confecção de bonecas abayomi e a contação de histórias enriquecem o intelecto das mesmas, pois a história mexe com o imaginário da criança. Jogos e brincadeiras despertam a curiosidade, bem como, desenvolve a coordenação motora e faz com que a criança mesmo sendo tímida, queira fazer parte/interagir com os demais naquele momento. A criança nunca está satisfeita quando há novidades em seu caminho. Ela é atenta, honesta em suas conjecturas e está sempre disposta a aprender o que lhe for apresentado, cabe ao educador passar esta informação de forma lúdica (que é a melhor forma para a criança) e que faça com que a criança se interesse o tempo todo e busque sempre por mais.
  • 25. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS: ANTUNES. Celso. ​O jogo e a educação infantil: falar e dizer, olhar e ver, escutar e ouvir.​​ Fascículo 15.9 ed. Petrópolis, RJ. Vozes, 2014. BRASIL, Ministério da Educação. Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão(Org.).​História e cultura africana e afro-brasileira na educação infantil: Livro do Professor​​. Brasília: MEC/SECADI, UFSCar, 2014. 144 p. Disponível em: <http://unesdoc.unesco.org/images/0022/002270/227009por.pdf>. Acesso em: 04 dez. 2018. CÓRIA-SABINI, Maria Aparecida. LUCENA, Regina Ferreira de. ​Jogos e brincadeiras na Educação Infantil​​. 6 ed. Campinas, SP. Papirus, 2012. DOMINGUES, Joelza Ester. MÁSCARAS AFRICANAS: BELEZA, MAGIA E IMPORTÂNCIA. 2017. Disponível em: <https://ensinarhistoriajoelza.com.br/mascaras-africanas-recortar-colorir/>. Acesso em: 07 dez. 2018. KISHIMOTO, Tizuko Morchida. ​Jogo, brinquedo, brincadeira, e a educação. 14ª ed. São Paulo, 2011. LOBO, Jadiane Cristina. ​A IMPORTÂNCIA DO BRINCAR NA EDUCAÇÃO INFANTIL PARA CRIANÇAS DE 3 A 4 ANOS.​​2013. 75 f. Tese (Doutorado) - Curso de Pedagogia, Unisalesiano - Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium, Lins-sp, 2013. Disponível em: <http://www.unisalesiano.edu.br/biblioteca/monografias/56200.pdf>. Acesso em: 07 out. 2018. LUCENA, Rosangela. Aula sobre Máscaras Africanas: Aprendiz da Artes (Blog). 2015. Disponível em: <https://prolucena.blogspot.com/2015/03/aula-sobre-mascaras-africanas.html>. Acesso em: 04 dez. 2018. OLIVEIRA, Zilma Ramos de. ​Educação Infantil: fundamentos e métodos. 4ª ed. São Paulo, 2008. ORTEGA, Luciana Vieira Nunes; SOUSA, Tiago Pires; JESUS, Anderson de. JOGOS E BRINCADEIRAS NO PROCESSO DE ENSINO–APRENDIZAGEM NA EDUCAÇÃO INFANTIL: ​​JOGOS E BRINCADEIRAS NO PROCESSO DE
  • 26. ENSINO–APRENDIZAGEM NA EDUCAÇÃO INFANTIL. 2017. 12 f. 2017. Disponível em:<http://www.gestaouniversitaria.com.br/artigos/jogos-e-brincadeiras-no-processo-de-ensi no-aprendizagem-na-educacao-infantil--2>. Acesso em: 07 out. 2018. PECHI, Daniele. A história da África em sala. 2011. Disponível em: <https://novaescola.org.br/conteudo/1422/a-historia-da-africa-em-sala>. Acesso em: 05 nov. 2018. RAU, Maria Cristina Trois Dorneles. ​A ludicidade na educação: uma atitude pedagógica.​​ 2ª ed. Curitiba, PR, Ibpex, 2011. WAJSKOP, Gisela. ​Brincar na pré-escola. 5.ed.- São Paulo: Cortez, 2001. (Col. Questões da Nossa Época. v. 48)