2. INTRODUÇÃO
Questões que dizem respeito ao território são
historicamente vivenciadas diante do processo de
Formação Territorial do Brasil, pois, desde o
descobrimento destas terras, questões que diziam
respeito à ocupação e valorização de todo este
espaço era tidas como centrais.
Assim, criação de projetos, planos e estratégias
para o território sempre foram pensadas a fim de
modernizá-lo.
3. EM 2011 É CRIADO O PROJETO DOM HELDER
CAMARA
Possibilidade de mudança para a realidade da
região do Nordeste, sobretudo, do Nordeste Semi-
Árido.
Este projeto é divido em duas partes:
1 - diz respeito a apresentação do projeto, ou
seja, foi realizada uma descrição do que consiste o
grande Projeto Dom Helder Camara.
2 - Análise do Projeto, tanto em relação à
teorizações, quanto no que se refere a sua própria
concepção.
4. APRESENTAÇÃO DO PROJETO DOM
HELDER CAMARA
O projeto é um acordo de empréstimo entre o
Governo Brasileiro/Ministério do Desenvolvimento
Agrário e o Fundo Internacional para o
Desenvolvimento Agrário/FIDA.
Objetivos: desenvolver ações estruturantes para
fortalecer a Reforma Agrária e a Agricultura Familiar
no semi-árido nordestino.
Fortalecimento do processo de articulação e
organização dos espaços de participação social.
5. PROTAGONISMO POR EXCELÊNCIA
“o que significa construir e exercitar a cidadania”;
“de ensinar e de aprender, fazendo”;
“Aprender a construir pluralidade na diversidade”;
“Romper com a verticalização do planejamento e do
monitoramento, estimulando a participação ativa, o
trabalho com tranquilidade e qualidade, investindo na
complementaridade e no desenvolvimento da
autonomia dos sujeitos”.
6. ÁREA DE ATUAÇÃO DO PROJETO DOM
HELDER CAMARA
Área que abarca 6 estados da Região Nordeste:
Sergipe
Pernambuco
Paraíba
Rio Grande do Norte
Ceará
Piauí.
Dos 900.000Km2 de Semi-Árido nordestino o projeto
buscará criar impacto sobre 32,78% da área total, ou
seja, 295.020Km2.
7. ÁREA ONDE ESTÁ TERRITORIALIZADO O PROJETO
DOM HELDER CAMARA
Figura 1: Representação das áreas de atuação do PDHC
8. O Projeto Dom Helder Camara tem como suporte
outros dois projetos principais desenvolvidos até o
momento, são eles:
Projeto de Manejo Sustentável de Terras no Sertão
- (MDA/FIDA-PDHC/GEF)
Projeto Elo – Fortalecimento das cadeias
produtivas da agricultura Familiar do Semi-Árido
Nordestino.
9. PROJETO DE MANEJO SUSTENTÁVEL DE TERRAS NO
SERTÃO
(MDA/FIDA-PDHC/GEF)
Recuperação de áreas degradadas pela atividade
agropecuária, à conservação da biodiversidade e ao
seqüestro de carbono (mudança climática).
Contribuir para o desenvolvimento sustentável das
comunidades de agricultores familiares;
Compromissos assumidos junto à Convenção da
ONU de Combate à Desertificação, à Convenção da
Biodiversidade e à de Mudanças Climáticas.
10. CARACTERIZA-SE COMO OBJETIVO DO
DESENVOLVIMENTO DO PROJETO SERTÃO
“tentar contribuir para a melhoria do
desenvolvimento sustentável e a qualidade de vida
das populações afetadas pelo processo de
degradação de terras no Semi-árido do Nordeste
do Brasil, através de uma abordagem intersetorial
nas atividades públicas de apoio à produção
sustentável e à redução da pobreza”.
11. O OBJETIVO GLOBAL
“minimizar as causas e os impactos negativos da
degradação de terras sobre a integridade dos
ecossistemas do Bioma Caatinga, no Semi-árido
do Nordeste do Brasil, através da implementação
de sistemas de uso e manejo sustentáveis das
terras”.
12. São estabelecidos cinco objetivos específicos para o
Projeto Sertão, sendo eles:
“Utilizar as ações de combate à pobreza rural, os processos de
desenvolvimento territorial e os arranjos institucionais existentes no
âmbito do Projeto Dom Helder Camara para implantar ações de luta
contra a degradação das terras: prevenção e recuperação de áreas
degradadas”;
“Ampliar na sociedade, a percepção dos processos de degradação
de terras e a capacidade de enfrentamento do problema;
“Promover sistemas de produção agrícolas sustentáveis, sob o
ponto de vista sócio-econômico e ambiental, relevantes para a
conservação do solo e da biodiversidade, ampliação da cobertura
vegetal e aumento do seqüestro de carbono”;
“Experimentar mecanismos de incentivos considerando as políticas
de luta contra a pobreza e de inclusão social, com o objetivo de
implementar sistemas de produção agrícola referenciais; e”
“Acompanhar, sistematizar e produzir referências com vistas à
elaboração de políticas públicas e a difusão dos conhecimentos”.
13. Beneficia de forma ampla 7.000 famílias e, de forma
piloto, 1.000 famílias de comunidades de agricultores
familiares.
Há também algumas ações que já se encontram
estruturadas, são elas:
Capacitação e Experimentação para o Planejamento e
Implementação de Sistemas Produtivos Sustentáveis.
Incentivos Ambientais.
Monitoramento e Avaliação.
Gestão, Articulação Institucional e Comunicação.
Os recursos do Projeto estão estimados em US$ 6,0
milhões de doação do GEF.
14. QUANTO AO ESPAÇO:
“Planejar (de maneira participativa) a ação, buscando
solucionar problemas existentes e/ou aproveitar
potenciais pouco explorados”;
“Implementar as possibilidades acima definidas, o que
implica sempre numa experimentação local (para
dominar, adaptar, etc. as práticas inovadoras), tanto do
ponto de vista técnico, quanto
social, organizacional, econômico e institucional”;
“Contribuir, a partir dos ensinamentos, a uma reflexão
territorial pela difusão dos resultados e o
debate, através de uma parceria entre os diferentes
atores (agricultores individuais, sociedade civil
organizada, instituições e projetos do estado)”.
15. TRABALHAR-SE-Á COM:
Agricultores (as) familiares de 150 assentamentos
de reforma agrária e comunidades rurais do
território;
7.000 famílias a serem beneficiadas;
1.000 famílias prioritárias (grupos de interesse);
Cerca de 50 áreas/projetos demonstrativos
distribuídos nos seis territórios.
16. PROJETO ELO:
FORTALECIMENTO DAS CADEIAS PRODUTIVAS DA
AGRICULTURA FAMILIAR DO SEMI-ÁRIDO NORDESTINO
Constituído com recursos doados pela Fundação
Syngenta para a Agricultura Sustentável – FSAS, com
sede na Suíça.
Juntamente com o Fundo Internacional para o
Desenvolvimento Agrícola – FIDA, vem dar aporte ao
processo de Desenvolvimento Sustentável promovido
na região do Semi-Árido Nordestino pelo Ministério do
Desenvolvimento Agrário e executado pelo PDHC.
17. A Fundação Syngenta para a Agricultura
Sustentável, concederá ao longo de 5 anos (2005-
2009) R$ 5.000.000,00 (cinco milhões de reais).
Objetivo geral: “fortalecer a atuação do PDHC nos
Territórios, com base na Agroecologia e na
valorização da multifuncionalidade da agricultura
familiar e do meio rural, pela complementaridade
aos programas já executados, na perspectiva do
fortalecimento de cadeias produtivas.
18. OBJETIVOS ESPECÍFICOS:
“Possibilitar o acesso a tecnologias apropriadas e
inovadoras”;
“Apoiar processos de desenvolvimento e experimentação
participativa que, conduzam à formação de agricultores/as
experimentadores/as e multiplicadores/as de experiências e
favoreçam as condições de convivência com o Semi-Árido”;
“Promover a diminuição de perdas na colheita, transporte e
comercialização dos produtos”;
“Promover a segurança alimentar, acesso a mercados e a
certificação dos produtos”;
“Apoiar a agregação de valor por meio da
agroindustrialização”;
“Apoiar a formação agro-sócio-econômica-ambiental e
processos de organização solidária”.
19. AS PRINCIPAIS AÇÕES DO PROJETO ELO ATÉ
O FINAL DE 2006 FORAM:
“Articulação junto à Organização de agricultores/as familiares
no Comércio Justo e Solidário”;
“Elaboração do Diagnóstico Rápido Participativo (DRP) e
Planejamento Participativo, da cadeia produtiva do caju nos
Territórios do Sertão do Cariri na Paraíba, do Sertão do Pajeú
em Pernambuco e do Sertão do Apodi no Rio Grande do
Norte;”
“Elaboração do Marco Lógico (2006-2009) e Plano Operativo
Anual (2006) do Projeto ELO;”
“Participação de quatro organizações de agricultores/as na
Biofach Latino Americana e ExpoSustentat 2006;”
“Reunião de monitoramento e planejamento do ano de
2007, com a participação de agricultores/as, técnicos/as da
ATP e Supervisores/as de quatro territórios do PDHC e
Coordenações de Educação, Saúde e Planejamento”;
20. PARCERIAS DO PROJETO DOM HELDER CAMARA
AAUC: Associação dos
Agentes em desenvolvimento
Local Alunos(as) e
colaboradores da
Universidade Camponesa
ACRANE: Associação Cultural
Raízes Nordestinas
AEFAI: Associação Escola
Família Agrícola de
Independência
AMAS: Associação Menonita
de Assistência Social
ÁRIDAS: Associação
Regional Integrada de
Desenvolvimento
Agroecológico Sustentável
ATECEL - PB: Associação
Técnico-Científica Ernesto
Luiz Oliveira Júnior
ATOS: Assessoria Consultoria
e Capacitação Técnica
Orientada Sustentável
São mais de 70 parcerias
dentro e fora do território
nacional.
22. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Neste sentido, podemos considerar o Projeto Dom
Helder Camara, como um incentivo positivo, mas
preliminar, de ações que deveriam configurar como
muito mais profundas que devem ser
desenvolvidas e implantadas não somente no
local, mas políticas públicas que possam alcançar
o âmbito nacional, como uma Reforma Agrária
geral, que possibilite justiça social de fato.