SlideShare uma empresa Scribd logo
OFICINA DE ALFABETIZAÇÃO
ALFABETIZAÇÃO: AFINAL... O QUE É QUE ESTÁ
ACONTECENDO?
OFICINA: O que a fala tem com a escrita?
 
MINISTRANTE: Profa. Soráia Lima
- 2024 -
 ROTEIRO
1- Aquisição da escrita
2- Consciência fonológica
3- Níveis de consciência fonológica
4- Consciência fonológica e alfabetização
5- Métodos de alfabetização
6- A concepção (e não método) construtivista
7- O trabalho com os sons em sala de aula
8- Sugestões de atividades
ESCRITA 
Objeto simbólico, substituto que representa algo.
Não constitui uma transcrição fonética da fala, mas
estabelece uma relação essencialmente fonêmica,
isto é, procura representar aquilo que é
funcionalmente significativo, estabelecendo um
sistema de regras próprias (Kato, 1986; Ferreiro e
Teberosky, 1991).
Exemplos: [profe’sor]  professor
[‘taksi]  táxi
AQUISIÇÃO DA ESCRITA
Para aprender a ler e escrever, o indivíduo
necessita entender a relação estabelecida entre fala e
escrita e conhecer o sistema de regras da escrita.
Início da alfabetização
Descoberta do Princípio Alfabético
relação fonemas (sons) / grafemas (letras)
Para a identificação do princípio alfabético a criança
deve reconhecer a relação som-letra e ser capaz de analisar,
refletir, sintetizar as unidades que compõem as palavras faladas
(Tunmer, Pratt, Herriman, 1984).
As crianças de um modo geral recorrem à oralidade para fazer
várias hipóteses sobre a escrita, mas usam também a escrita,
dinamicamente, para construir uma análise da própria fala
(Abaurre, 1988, p. 140)
A aquisição da escrita exige que o indivíduo reflita sobre a
fala, estabeleça relações entre os sons da fala e sua
representação na forma gráfica, entrando em jogo a
CONSCIÊNCIA FONOLÓGICA
ALFABETIZAÇÃO
formulação de hipóteses sobre a escrita
reflexão sobre a relação entre a fala e a
escrita
uso da consciência fonológica

CONSCIÊNCIA METALINGÜÍSTICA
CONSCIÊNCIA FONOLÓGICA
A consciência fonológica envolve o reconhecimento pelo
indivíduo de que as palavras são formadas por diferentes sons que
podem ser manipulados, abrangendo não só a capacidade de
reflexão (constatar e comparar), mas também a de operação com
fonemas, sílabas, rimas e aliterações (contar, segmentar, unir,
adicionar, suprimir, substituir e transpor). (Moojen et al., 2003, p.
11).
Água mole em pedra dura
Tanto bate até que ___________
Luzia __ustrava o __ustre __istrado
o __ustre __istrado __uzia na __luz
- Língua do ‘p’:
A professora contou a história dos três porquinhos.
NÍVEIS DE CONSCIÊNCIA FONOLÓGICA
Rimas e
aliterações
café – boné
prato - preta
Sílabas
faca - fada
Fonemas
vida - vento
Consciência fonológica
Consciência
de sílabas
Consciência
de rimas e
aliterações
Consciência
de fonemas
Relação entre consciência fonológica e alfabetização
Causa? Conseqüência?
CONSCIÊNCIA FONOLÓGICA ALFABETIZAÇÃO
??????????
ALGUNS ESTUDOS REALIZADOS NO BRASIL
Carraher e Rego (1981; 1984)
Bezerra (1982)
Cardoso-Martins (1995)
Cielo (1996)
Morais (1997)
Menezes (1999)
Capovilla e Capovilla (2000)
Costa (2002)
Freitas (2003)
PARA PENSAR:
Se a consciência fonológica contribui positivamente
para a alfabetização, por que não realizar atividades
que desenvolvam tal consciência?
MÉTODOS DE ALFABETIZAÇÃO
Métodos sintéticos
- correspondência entre o oral e o escrito;
- das partes para o todo;
- ensino das letras (métodos alfabéticos);
-associação de fonemas à representação gráfica (método
fonético);
- correspondência som-letra
- uso de cartilhas, de sílabas sem sentido (método silábico);
- estratégia auditiva;
- aprendizado da leitura e da escrita = questão mecânica.
Métodos analíticos
- reconhecimento global das palavras ou orações;
- do todo para as partes;
- uso de unidades significativas;
- estratégia visual;
- aprendizado da leitura e da escrita = questão global.
Os métodos tradicionais de alfabetização pretendem
controlar a aprendizagem, decidindo quando e como a criança
deve aprender. São ensinados, primeiramente, os padrões
som/letra considerados mais fáceis, sendo criada uma seqüência
artificial de ensino. A criança é exposta a fragmentos da língua:
sons e letras isoladas e sentenças descontextualizadas.
A concepção (e não método) construtivista
A obtenção do conhecimento é um resultado da própria
atividade do sujeito.
Ponto de vista interacionista (Piaget).
 Sujeito ativo, ponto de partida da aprendizagem.
 Erros construtivos: pré-requisitos necessários para a
obtenção da resposta correta.
 Conflito cognitivo.
 Observação das hipóteses das crianças: pré-silábica;
silábica, silábica-alfabética; alfabética.
Os aspectos fundamentais para a aquisição da
escrita são a competência lingüística da criança e suas
capacidades cognoscitivas. O desenvolvimento da
competência para a escrita é um fenômeno de natureza
complexa. Além de uma dimensão psico-sócio-
lingüística, há uma dimensão que implica o
desenvolvimento da capacidade metalingüística,
capacidade de identificar e manipular unidades como a
sílaba e o fonema (Ferreiro e Teberosky, 1991).
HIPÓTESES DE ESCRITA
castelo
HNMA; AESEDR; ESDÓQLAHC
Pré-silábica
Esqueleto
IQEO; ICQLO; IPEO
Silábica
Castelo
CASTLO; CATLU
Silábico-alfabética
CASTELU; ISQELETO Alfabética
“Slogan” da Alfabetização
Escreve do teu jeito.
??? Sempre???
Qual é a saída? Qual é a proposta de alfabetização mais eficiente?
Nenhum método educacional garante bons resultados
sempre e em qualquer lugar; isso só se obtém com a
competência do professor. Cagliari (1998, p.34)
O método (enquanto ação específica do meio) pode ajudar
ou frear, facilitar ou dificultar, porém não criar
aprendizagens. (Ferreiro e Teberosky, 1991, p.29).
Equilíbrio entre o tradicional e o atual,
focalizando sempre o objeto da aquisição
da escrita: A LINGUAGEM.
OBJETO DE ESTUDO E ENSINO
DAALFABETIZAÇÃO
LINGUAGEM
resgatar: o ensino do alfabeto, das relações entre as letras e
os sons, os diferentes sistemas de escrita e a ortografia.
trabalhar com os sons, com a relação fala / escrita
entra em jogo a CONSCIÊNCIA FONOLÓGICA
 ATENÇÃO:
Não se pretende aqui defender
nenhum método de alfabetização, mas apontar
para a importância do trabalho com a linguagem,
com as capacidades metafonológicas das crianças.
É necessário que o professor alfabetizador use não
métodos prontos, mas bom-senso para saber o que
pode auxiliar no ensino da lecto-escrita.
Acompanhamento da evolução da escrita das crianças
Acredita-se na estimulação do trabalho com os sons e sua
relação com a escrita não como um retorno a métodos
ultrapassados, mas como apoio para um caminho
construtivo de aquisição da escrita. As habilidades
metafonológicas devem ser estimuladas através de jogos e
brincadeiras não como um treinamento, mas como uma
estimulação com caráter preventivo. Esse trabalho pode ser
mais uma ferramenta para instrumentalizar educadores e
terapeutas a auxiliar as crianças no processo de aquisição da
escrita.
+
desenvolvimento das habilidades metafonológicas
Consciência fonológica: instrumento de avaliação sequencial
Nível da sílaba
S1 – Síntese
S2 – Segmentação
S3 – Identificação de sílaba inicial
S4 – Identificação de rima
S5 – Produção de palavra com a sílaba dada
S6 – Identificação de sílaba medial
S7 – Produção de rima
S8 – Exclusão
S9 – Transposição
Nível do fonema
F1 – Produção de palavra que inicia com o som dado
F2 – Identificação de fonema inicial
F3 – Identificação de fonema final
F4 – Exclusão
F5 – Síntese
F6 – Segmentação
F7 – Transposição
Sugestões de atividades:
 Sílabas
Bater palmas correspondentes aos números de sílabas de palavras
e frases.
 Cantar uma música batendo palmas para cada uma das sílabas.
-  Recitar um poema marcando com os pés as sílabas.
- Dizer palavras que comecem ou terminem com determinada
- sílaba.
-  Fazer perguntas que exijam reflexão sobre as sílabas:
Quantos pedaços tem a palavra ‘bola’?
Qual palavra vai ficar se eu tirar o ‘co’ de ‘casaco’?
E se eu tirar o ‘sa’ de sapato?
Qual é o pedaço do meio da palavra ‘castelo’?
Cantar uma música excluindo determinadas sílabas.
O sapo não “__va” o pé
Não “__va” porque não quer
Ele mora “__” na “__goa”
Não “__va” o pé porque não quer
Mas que chulé!
-  Brincar com a língua do pê:
ca – pa – sa – pa (casa)
pe – ca – pe – sa (casa).
 Tirar uma sílaba e desenhar o que sobrou:
bolacha soldado
 Rimas e aliterações:
Ler um poema em voz alta para os alunos e perguntar quais
as palavras que rimam.
Corre cutia
na casa da tia
corre cipó
na casa da vó
lencinho na mão
caiu no chão
moça(o) bonita(o)
do meu coração
-  Dizer palavras que rimem com o próprio nome.
Ex.: Gabriela – panela.
 A partir de figuras, agrupar as palavras que rimam.
 Completar as rimas
Fui na horta apanhar couve
marimbondo me mordeu
Fui dar parte à polícia
A polícia me ______________
 Descobrir
O que Marieta guarda dentro da gaveta?
( ) uma revista em quadrinhos
( ) a sua primeira chupeta
( ) um cachorrinho pequeno
-  Cantar uma música e propor desafios.
Exemplo: Não podemos falar as palavras que terminem com
‘ão’.
 A partir de figuras, dizer palavras que comecem com os
mesmos sons.
 Identificar, em um grupo de figuras, aquelas que
começam com os mesmos sons.
 Fonemas
 Fazer perguntas que exijam a reflexão sobre os fonemas:
Quantos sons tem a palavra ‘sala’ ? (segmentar os sons
batendo palmas)
Qual o último som da palavra ‘dominó’? (ó)
Qual palavra resta se eu tirar o / l / de ‘luva’? (uva)
 Dizer palavras que comecem com um determinado som.
Ex.: /s/ - sapo, sacola, sorvete, sopa, sino.
 Brincar com parlendas, trocando determinados sons:
O rato roeu a roupa do rei de Roma.
O pato poeu a poupa do pei de poma.

Mais conteúdo relacionado

Semelhante a Práticas de Alfabetização. Oficina sobre alfabetização e letramento, estudo fonológico.

Unidade 3 ano 2 A compreensão do Sistema de Escrita Alfabética e a consolidaç...
Unidade 3 ano 2 A compreensão do Sistema de Escrita Alfabética e a consolidaç...Unidade 3 ano 2 A compreensão do Sistema de Escrita Alfabética e a consolidaç...
Unidade 3 ano 2 A compreensão do Sistema de Escrita Alfabética e a consolidaç...
Bete Feliciano
 
Apres Consciência Fonológica.pptx
Apres Consciência Fonológica.pptxApres Consciência Fonológica.pptx
Apres Consciência Fonológica.pptx
AlcioneCosta12
 
PNAIC - Ano 1 unidade 3
PNAIC - Ano 1   unidade 3PNAIC - Ano 1   unidade 3
PNAIC - Ano 1 unidade 3
ElieneDias
 
Processo e objetivos da alfabetizacao
Processo e objetivos da alfabetizacaoProcesso e objetivos da alfabetizacao
Processo e objetivos da alfabetizacao
Jean Carvalho
 
Projeto Método Fônico
Projeto Método FônicoProjeto Método Fônico
Projeto Método Fônico
Neemias
 
Projeto metodo fonico
Projeto metodo fonicoProjeto metodo fonico
Projeto metodo fonico
Neemias
 
Oficina jogos fonológicos e a compreensão do sistema de escrita alfabética me
Oficina  jogos fonológicos e a compreensão do sistema de escrita alfabética   meOficina  jogos fonológicos e a compreensão do sistema de escrita alfabética   me
Oficina jogos fonológicos e a compreensão do sistema de escrita alfabética me
Vandilma Salvador Cabral
 
Sondagem de hipótese de escrita
Sondagem de hipótese de escritaSondagem de hipótese de escrita
Sondagem de hipótese de escrita
Maristela Couto
 
Consciência Fonológica
Consciência FonológicaConsciência Fonológica
Consciência Fonológica
Ananda Lima
 
PSICOGÊNESE DA LÍNGUA ESCRITA
PSICOGÊNESE DA LÍNGUA ESCRITAPSICOGÊNESE DA LÍNGUA ESCRITA
PSICOGÊNESE DA LÍNGUA ESCRITA
Terapia online
 
Consciencia fonológica
Consciencia fonológicaConsciencia fonológica
Consciencia fonológica
Bete Feliciano
 
Conscincia fonolgica revisto_abril_2013
Conscincia fonolgica revisto_abril_2013Conscincia fonolgica revisto_abril_2013
Conscincia fonolgica revisto_abril_2013
Marcia Prudencio
 
Conscincia fonolgica revisto_abril_2013
Conscincia fonolgica revisto_abril_2013Conscincia fonolgica revisto_abril_2013
Conscincia fonolgica revisto_abril_2013
Carmem Ângela Do Carmo
 
Consciência fonologica revisto_abril_2013
Consciência fonologica revisto_abril_2013Consciência fonologica revisto_abril_2013
Consciência fonologica revisto_abril_2013
Andreá Perez Leinat
 
CONSCIÊNCIA FONOLÓGICA
CONSCIÊNCIA FONOLÓGICACONSCIÊNCIA FONOLÓGICA
CONSCIÊNCIA FONOLÓGICA
elisleal
 
Slides unidade 3 texto 1
Slides unidade 3   texto 1Slides unidade 3   texto 1
Slides unidade 3 texto 1
Lais Renata
 
Apropriação do SEA
Apropriação do SEAApropriação do SEA
Apropriação do SEA
Shirley Lauria
 
4-Consciencia-fonologica-atividades-praticas-ppt.ppt
4-Consciencia-fonologica-atividades-praticas-ppt.ppt4-Consciencia-fonologica-atividades-praticas-ppt.ppt
4-Consciencia-fonologica-atividades-praticas-ppt.ppt
GiseleRibeirodaSilva3
 
Alfabetizao métodos
Alfabetizao   métodosAlfabetizao   métodos
Alfabetizao métodos
Dennyse Azevedo
 
Formação EPF 3o ano - 03 maio 2016suam
Formação EPF 3o ano - 03 maio 2016suamFormação EPF 3o ano - 03 maio 2016suam
Formação EPF 3o ano - 03 maio 2016suam
Dyone Andrade
 

Semelhante a Práticas de Alfabetização. Oficina sobre alfabetização e letramento, estudo fonológico. (20)

Unidade 3 ano 2 A compreensão do Sistema de Escrita Alfabética e a consolidaç...
Unidade 3 ano 2 A compreensão do Sistema de Escrita Alfabética e a consolidaç...Unidade 3 ano 2 A compreensão do Sistema de Escrita Alfabética e a consolidaç...
Unidade 3 ano 2 A compreensão do Sistema de Escrita Alfabética e a consolidaç...
 
Apres Consciência Fonológica.pptx
Apres Consciência Fonológica.pptxApres Consciência Fonológica.pptx
Apres Consciência Fonológica.pptx
 
PNAIC - Ano 1 unidade 3
PNAIC - Ano 1   unidade 3PNAIC - Ano 1   unidade 3
PNAIC - Ano 1 unidade 3
 
Processo e objetivos da alfabetizacao
Processo e objetivos da alfabetizacaoProcesso e objetivos da alfabetizacao
Processo e objetivos da alfabetizacao
 
Projeto Método Fônico
Projeto Método FônicoProjeto Método Fônico
Projeto Método Fônico
 
Projeto metodo fonico
Projeto metodo fonicoProjeto metodo fonico
Projeto metodo fonico
 
Oficina jogos fonológicos e a compreensão do sistema de escrita alfabética me
Oficina  jogos fonológicos e a compreensão do sistema de escrita alfabética   meOficina  jogos fonológicos e a compreensão do sistema de escrita alfabética   me
Oficina jogos fonológicos e a compreensão do sistema de escrita alfabética me
 
Sondagem de hipótese de escrita
Sondagem de hipótese de escritaSondagem de hipótese de escrita
Sondagem de hipótese de escrita
 
Consciência Fonológica
Consciência FonológicaConsciência Fonológica
Consciência Fonológica
 
PSICOGÊNESE DA LÍNGUA ESCRITA
PSICOGÊNESE DA LÍNGUA ESCRITAPSICOGÊNESE DA LÍNGUA ESCRITA
PSICOGÊNESE DA LÍNGUA ESCRITA
 
Consciencia fonológica
Consciencia fonológicaConsciencia fonológica
Consciencia fonológica
 
Conscincia fonolgica revisto_abril_2013
Conscincia fonolgica revisto_abril_2013Conscincia fonolgica revisto_abril_2013
Conscincia fonolgica revisto_abril_2013
 
Conscincia fonolgica revisto_abril_2013
Conscincia fonolgica revisto_abril_2013Conscincia fonolgica revisto_abril_2013
Conscincia fonolgica revisto_abril_2013
 
Consciência fonologica revisto_abril_2013
Consciência fonologica revisto_abril_2013Consciência fonologica revisto_abril_2013
Consciência fonologica revisto_abril_2013
 
CONSCIÊNCIA FONOLÓGICA
CONSCIÊNCIA FONOLÓGICACONSCIÊNCIA FONOLÓGICA
CONSCIÊNCIA FONOLÓGICA
 
Slides unidade 3 texto 1
Slides unidade 3   texto 1Slides unidade 3   texto 1
Slides unidade 3 texto 1
 
Apropriação do SEA
Apropriação do SEAApropriação do SEA
Apropriação do SEA
 
4-Consciencia-fonologica-atividades-praticas-ppt.ppt
4-Consciencia-fonologica-atividades-praticas-ppt.ppt4-Consciencia-fonologica-atividades-praticas-ppt.ppt
4-Consciencia-fonologica-atividades-praticas-ppt.ppt
 
Alfabetizao métodos
Alfabetizao   métodosAlfabetizao   métodos
Alfabetizao métodos
 
Formação EPF 3o ano - 03 maio 2016suam
Formação EPF 3o ano - 03 maio 2016suamFormação EPF 3o ano - 03 maio 2016suam
Formação EPF 3o ano - 03 maio 2016suam
 

Último

Leonardo da Vinci .pptx
Leonardo da Vinci                  .pptxLeonardo da Vinci                  .pptx
Leonardo da Vinci .pptx
TomasSousa7
 
Slides Lição 11, CPAD, A Realidade Bíblica do Inferno, 2Tr24.pptx
Slides Lição 11, CPAD, A Realidade Bíblica do Inferno, 2Tr24.pptxSlides Lição 11, CPAD, A Realidade Bíblica do Inferno, 2Tr24.pptx
Slides Lição 11, CPAD, A Realidade Bíblica do Inferno, 2Tr24.pptx
LuizHenriquedeAlmeid6
 
Introdução à Sociologia: caça-palavras na escola
Introdução à Sociologia: caça-palavras na escolaIntrodução à Sociologia: caça-palavras na escola
Introdução à Sociologia: caça-palavras na escola
Professor Belinaso
 
Aula 1 do livro de Ciências do aluno - sons
Aula 1 do livro de Ciências do aluno - sonsAula 1 do livro de Ciências do aluno - sons
Aula 1 do livro de Ciências do aluno - sons
Érika Rufo
 
Atividades de Inglês e Espanhol para Imprimir - Alfabetinho
Atividades de Inglês e Espanhol para Imprimir - AlfabetinhoAtividades de Inglês e Espanhol para Imprimir - Alfabetinho
Atividades de Inglês e Espanhol para Imprimir - Alfabetinho
MateusTavares54
 
Potenciação e Radiciação de Números Racionais
Potenciação e Radiciação de Números RacionaisPotenciação e Radiciação de Números Racionais
Potenciação e Radiciação de Números Racionais
wagnermorais28
 
livro ciclo da agua educação infantil.pdf
livro ciclo da agua educação infantil.pdflivro ciclo da agua educação infantil.pdf
livro ciclo da agua educação infantil.pdf
cmeioctaciliabetesch
 
slides de Didática 2.pdf para apresentar
slides de Didática 2.pdf para apresentarslides de Didática 2.pdf para apresentar
slides de Didática 2.pdf para apresentar
JoeteCarvalho
 
Educação trabalho HQ em sala de aula uma excelente ideia
Educação  trabalho HQ em sala de aula uma excelente  ideiaEducação  trabalho HQ em sala de aula uma excelente  ideia
Educação trabalho HQ em sala de aula uma excelente ideia
joseanesouza36
 
Sistema de Bibliotecas UCS - Chronica do emperador Clarimundo, donde os reis ...
Sistema de Bibliotecas UCS - Chronica do emperador Clarimundo, donde os reis ...Sistema de Bibliotecas UCS - Chronica do emperador Clarimundo, donde os reis ...
Sistema de Bibliotecas UCS - Chronica do emperador Clarimundo, donde os reis ...
Biblioteca UCS
 
1_10_06_2024_Criança e Cultura Escrita, Ana Maria de Oliveira Galvão.pdf
1_10_06_2024_Criança e Cultura Escrita, Ana Maria de Oliveira Galvão.pdf1_10_06_2024_Criança e Cultura Escrita, Ana Maria de Oliveira Galvão.pdf
1_10_06_2024_Criança e Cultura Escrita, Ana Maria de Oliveira Galvão.pdf
SILVIAREGINANAZARECA
 
A QUESTÃO ANTROPOLÓGICA: O QUE SOMOS OU QUEM SOMOS.pdf
A QUESTÃO ANTROPOLÓGICA: O QUE SOMOS OU QUEM SOMOS.pdfA QUESTÃO ANTROPOLÓGICA: O QUE SOMOS OU QUEM SOMOS.pdf
A QUESTÃO ANTROPOLÓGICA: O QUE SOMOS OU QUEM SOMOS.pdf
AurelianoFerreirades2
 
759-fortaleza-resultado-definitivo-prova-objetiva-2024-05-28.pdf
759-fortaleza-resultado-definitivo-prova-objetiva-2024-05-28.pdf759-fortaleza-resultado-definitivo-prova-objetiva-2024-05-28.pdf
759-fortaleza-resultado-definitivo-prova-objetiva-2024-05-28.pdf
MessiasMarianoG
 
OS elementos de uma boa Redação para o ENEM.pdf
OS elementos de uma boa Redação para o ENEM.pdfOS elementos de uma boa Redação para o ENEM.pdf
OS elementos de uma boa Redação para o ENEM.pdf
AmiltonAparecido1
 
Vogais Ilustrados para alfabetização infantil
Vogais Ilustrados para alfabetização infantilVogais Ilustrados para alfabetização infantil
Vogais Ilustrados para alfabetização infantil
mamaeieby
 
- TEMPLATE DA PRATICA - Psicomotricidade.pptx
- TEMPLATE DA PRATICA - Psicomotricidade.pptx- TEMPLATE DA PRATICA - Psicomotricidade.pptx
- TEMPLATE DA PRATICA - Psicomotricidade.pptx
LucianaCristina58
 
Aula 2 - Revisando o significado de fração - Parte 2.pptx
Aula 2 - Revisando o significado de fração - Parte 2.pptxAula 2 - Revisando o significado de fração - Parte 2.pptx
Aula 2 - Revisando o significado de fração - Parte 2.pptx
LILIANPRESTESSCUDELE
 
GÊNERO TEXTUAL - POEMA.pptx
GÊNERO      TEXTUAL     -     POEMA.pptxGÊNERO      TEXTUAL     -     POEMA.pptx
GÊNERO TEXTUAL - POEMA.pptx
Marlene Cunhada
 
cronograma-enem-2024-planejativo-estudos.pdf
cronograma-enem-2024-planejativo-estudos.pdfcronograma-enem-2024-planejativo-estudos.pdf
cronograma-enem-2024-planejativo-estudos.pdf
todorokillmepls
 
AVALIAÇÃO DIAGNÓSTICA - 8º ANO 2024.pptx
AVALIAÇÃO DIAGNÓSTICA - 8º ANO 2024.pptxAVALIAÇÃO DIAGNÓSTICA - 8º ANO 2024.pptx
AVALIAÇÃO DIAGNÓSTICA - 8º ANO 2024.pptx
AntonioVieira539017
 

Último (20)

Leonardo da Vinci .pptx
Leonardo da Vinci                  .pptxLeonardo da Vinci                  .pptx
Leonardo da Vinci .pptx
 
Slides Lição 11, CPAD, A Realidade Bíblica do Inferno, 2Tr24.pptx
Slides Lição 11, CPAD, A Realidade Bíblica do Inferno, 2Tr24.pptxSlides Lição 11, CPAD, A Realidade Bíblica do Inferno, 2Tr24.pptx
Slides Lição 11, CPAD, A Realidade Bíblica do Inferno, 2Tr24.pptx
 
Introdução à Sociologia: caça-palavras na escola
Introdução à Sociologia: caça-palavras na escolaIntrodução à Sociologia: caça-palavras na escola
Introdução à Sociologia: caça-palavras na escola
 
Aula 1 do livro de Ciências do aluno - sons
Aula 1 do livro de Ciências do aluno - sonsAula 1 do livro de Ciências do aluno - sons
Aula 1 do livro de Ciências do aluno - sons
 
Atividades de Inglês e Espanhol para Imprimir - Alfabetinho
Atividades de Inglês e Espanhol para Imprimir - AlfabetinhoAtividades de Inglês e Espanhol para Imprimir - Alfabetinho
Atividades de Inglês e Espanhol para Imprimir - Alfabetinho
 
Potenciação e Radiciação de Números Racionais
Potenciação e Radiciação de Números RacionaisPotenciação e Radiciação de Números Racionais
Potenciação e Radiciação de Números Racionais
 
livro ciclo da agua educação infantil.pdf
livro ciclo da agua educação infantil.pdflivro ciclo da agua educação infantil.pdf
livro ciclo da agua educação infantil.pdf
 
slides de Didática 2.pdf para apresentar
slides de Didática 2.pdf para apresentarslides de Didática 2.pdf para apresentar
slides de Didática 2.pdf para apresentar
 
Educação trabalho HQ em sala de aula uma excelente ideia
Educação  trabalho HQ em sala de aula uma excelente  ideiaEducação  trabalho HQ em sala de aula uma excelente  ideia
Educação trabalho HQ em sala de aula uma excelente ideia
 
Sistema de Bibliotecas UCS - Chronica do emperador Clarimundo, donde os reis ...
Sistema de Bibliotecas UCS - Chronica do emperador Clarimundo, donde os reis ...Sistema de Bibliotecas UCS - Chronica do emperador Clarimundo, donde os reis ...
Sistema de Bibliotecas UCS - Chronica do emperador Clarimundo, donde os reis ...
 
1_10_06_2024_Criança e Cultura Escrita, Ana Maria de Oliveira Galvão.pdf
1_10_06_2024_Criança e Cultura Escrita, Ana Maria de Oliveira Galvão.pdf1_10_06_2024_Criança e Cultura Escrita, Ana Maria de Oliveira Galvão.pdf
1_10_06_2024_Criança e Cultura Escrita, Ana Maria de Oliveira Galvão.pdf
 
A QUESTÃO ANTROPOLÓGICA: O QUE SOMOS OU QUEM SOMOS.pdf
A QUESTÃO ANTROPOLÓGICA: O QUE SOMOS OU QUEM SOMOS.pdfA QUESTÃO ANTROPOLÓGICA: O QUE SOMOS OU QUEM SOMOS.pdf
A QUESTÃO ANTROPOLÓGICA: O QUE SOMOS OU QUEM SOMOS.pdf
 
759-fortaleza-resultado-definitivo-prova-objetiva-2024-05-28.pdf
759-fortaleza-resultado-definitivo-prova-objetiva-2024-05-28.pdf759-fortaleza-resultado-definitivo-prova-objetiva-2024-05-28.pdf
759-fortaleza-resultado-definitivo-prova-objetiva-2024-05-28.pdf
 
OS elementos de uma boa Redação para o ENEM.pdf
OS elementos de uma boa Redação para o ENEM.pdfOS elementos de uma boa Redação para o ENEM.pdf
OS elementos de uma boa Redação para o ENEM.pdf
 
Vogais Ilustrados para alfabetização infantil
Vogais Ilustrados para alfabetização infantilVogais Ilustrados para alfabetização infantil
Vogais Ilustrados para alfabetização infantil
 
- TEMPLATE DA PRATICA - Psicomotricidade.pptx
- TEMPLATE DA PRATICA - Psicomotricidade.pptx- TEMPLATE DA PRATICA - Psicomotricidade.pptx
- TEMPLATE DA PRATICA - Psicomotricidade.pptx
 
Aula 2 - Revisando o significado de fração - Parte 2.pptx
Aula 2 - Revisando o significado de fração - Parte 2.pptxAula 2 - Revisando o significado de fração - Parte 2.pptx
Aula 2 - Revisando o significado de fração - Parte 2.pptx
 
GÊNERO TEXTUAL - POEMA.pptx
GÊNERO      TEXTUAL     -     POEMA.pptxGÊNERO      TEXTUAL     -     POEMA.pptx
GÊNERO TEXTUAL - POEMA.pptx
 
cronograma-enem-2024-planejativo-estudos.pdf
cronograma-enem-2024-planejativo-estudos.pdfcronograma-enem-2024-planejativo-estudos.pdf
cronograma-enem-2024-planejativo-estudos.pdf
 
AVALIAÇÃO DIAGNÓSTICA - 8º ANO 2024.pptx
AVALIAÇÃO DIAGNÓSTICA - 8º ANO 2024.pptxAVALIAÇÃO DIAGNÓSTICA - 8º ANO 2024.pptx
AVALIAÇÃO DIAGNÓSTICA - 8º ANO 2024.pptx
 

Práticas de Alfabetização. Oficina sobre alfabetização e letramento, estudo fonológico.

  • 1. OFICINA DE ALFABETIZAÇÃO ALFABETIZAÇÃO: AFINAL... O QUE É QUE ESTÁ ACONTECENDO? OFICINA: O que a fala tem com a escrita?   MINISTRANTE: Profa. Soráia Lima - 2024 -
  • 2.  ROTEIRO 1- Aquisição da escrita 2- Consciência fonológica 3- Níveis de consciência fonológica 4- Consciência fonológica e alfabetização 5- Métodos de alfabetização 6- A concepção (e não método) construtivista 7- O trabalho com os sons em sala de aula 8- Sugestões de atividades
  • 3. ESCRITA  Objeto simbólico, substituto que representa algo. Não constitui uma transcrição fonética da fala, mas estabelece uma relação essencialmente fonêmica, isto é, procura representar aquilo que é funcionalmente significativo, estabelecendo um sistema de regras próprias (Kato, 1986; Ferreiro e Teberosky, 1991). Exemplos: [profe’sor]  professor [‘taksi]  táxi
  • 4. AQUISIÇÃO DA ESCRITA Para aprender a ler e escrever, o indivíduo necessita entender a relação estabelecida entre fala e escrita e conhecer o sistema de regras da escrita. Início da alfabetização Descoberta do Princípio Alfabético relação fonemas (sons) / grafemas (letras)
  • 5. Para a identificação do princípio alfabético a criança deve reconhecer a relação som-letra e ser capaz de analisar, refletir, sintetizar as unidades que compõem as palavras faladas (Tunmer, Pratt, Herriman, 1984). As crianças de um modo geral recorrem à oralidade para fazer várias hipóteses sobre a escrita, mas usam também a escrita, dinamicamente, para construir uma análise da própria fala (Abaurre, 1988, p. 140) A aquisição da escrita exige que o indivíduo reflita sobre a fala, estabeleça relações entre os sons da fala e sua representação na forma gráfica, entrando em jogo a CONSCIÊNCIA FONOLÓGICA
  • 6. ALFABETIZAÇÃO formulação de hipóteses sobre a escrita reflexão sobre a relação entre a fala e a escrita uso da consciência fonológica 
  • 7. CONSCIÊNCIA METALINGÜÍSTICA CONSCIÊNCIA FONOLÓGICA A consciência fonológica envolve o reconhecimento pelo indivíduo de que as palavras são formadas por diferentes sons que podem ser manipulados, abrangendo não só a capacidade de reflexão (constatar e comparar), mas também a de operação com fonemas, sílabas, rimas e aliterações (contar, segmentar, unir, adicionar, suprimir, substituir e transpor). (Moojen et al., 2003, p. 11).
  • 8. Água mole em pedra dura Tanto bate até que ___________ Luzia __ustrava o __ustre __istrado o __ustre __istrado __uzia na __luz - Língua do ‘p’: A professora contou a história dos três porquinhos.
  • 9. NÍVEIS DE CONSCIÊNCIA FONOLÓGICA Rimas e aliterações café – boné prato - preta Sílabas faca - fada Fonemas vida - vento
  • 10. Consciência fonológica Consciência de sílabas Consciência de rimas e aliterações Consciência de fonemas
  • 11. Relação entre consciência fonológica e alfabetização Causa? Conseqüência? CONSCIÊNCIA FONOLÓGICA ALFABETIZAÇÃO ??????????
  • 12. ALGUNS ESTUDOS REALIZADOS NO BRASIL Carraher e Rego (1981; 1984) Bezerra (1982) Cardoso-Martins (1995) Cielo (1996) Morais (1997) Menezes (1999) Capovilla e Capovilla (2000) Costa (2002) Freitas (2003)
  • 13. PARA PENSAR: Se a consciência fonológica contribui positivamente para a alfabetização, por que não realizar atividades que desenvolvam tal consciência?
  • 14. MÉTODOS DE ALFABETIZAÇÃO Métodos sintéticos - correspondência entre o oral e o escrito; - das partes para o todo; - ensino das letras (métodos alfabéticos); -associação de fonemas à representação gráfica (método fonético); - correspondência som-letra - uso de cartilhas, de sílabas sem sentido (método silábico); - estratégia auditiva; - aprendizado da leitura e da escrita = questão mecânica.
  • 15. Métodos analíticos - reconhecimento global das palavras ou orações; - do todo para as partes; - uso de unidades significativas; - estratégia visual; - aprendizado da leitura e da escrita = questão global. Os métodos tradicionais de alfabetização pretendem controlar a aprendizagem, decidindo quando e como a criança deve aprender. São ensinados, primeiramente, os padrões som/letra considerados mais fáceis, sendo criada uma seqüência artificial de ensino. A criança é exposta a fragmentos da língua: sons e letras isoladas e sentenças descontextualizadas.
  • 16. A concepção (e não método) construtivista A obtenção do conhecimento é um resultado da própria atividade do sujeito. Ponto de vista interacionista (Piaget).  Sujeito ativo, ponto de partida da aprendizagem.  Erros construtivos: pré-requisitos necessários para a obtenção da resposta correta.  Conflito cognitivo.  Observação das hipóteses das crianças: pré-silábica; silábica, silábica-alfabética; alfabética.
  • 17. Os aspectos fundamentais para a aquisição da escrita são a competência lingüística da criança e suas capacidades cognoscitivas. O desenvolvimento da competência para a escrita é um fenômeno de natureza complexa. Além de uma dimensão psico-sócio- lingüística, há uma dimensão que implica o desenvolvimento da capacidade metalingüística, capacidade de identificar e manipular unidades como a sílaba e o fonema (Ferreiro e Teberosky, 1991).
  • 18. HIPÓTESES DE ESCRITA castelo HNMA; AESEDR; ESDÓQLAHC Pré-silábica Esqueleto IQEO; ICQLO; IPEO Silábica Castelo CASTLO; CATLU Silábico-alfabética CASTELU; ISQELETO Alfabética
  • 19. “Slogan” da Alfabetização Escreve do teu jeito. ??? Sempre???
  • 20. Qual é a saída? Qual é a proposta de alfabetização mais eficiente? Nenhum método educacional garante bons resultados sempre e em qualquer lugar; isso só se obtém com a competência do professor. Cagliari (1998, p.34) O método (enquanto ação específica do meio) pode ajudar ou frear, facilitar ou dificultar, porém não criar aprendizagens. (Ferreiro e Teberosky, 1991, p.29). Equilíbrio entre o tradicional e o atual, focalizando sempre o objeto da aquisição da escrita: A LINGUAGEM.
  • 21. OBJETO DE ESTUDO E ENSINO DAALFABETIZAÇÃO LINGUAGEM resgatar: o ensino do alfabeto, das relações entre as letras e os sons, os diferentes sistemas de escrita e a ortografia. trabalhar com os sons, com a relação fala / escrita entra em jogo a CONSCIÊNCIA FONOLÓGICA
  • 22.  ATENÇÃO: Não se pretende aqui defender nenhum método de alfabetização, mas apontar para a importância do trabalho com a linguagem, com as capacidades metafonológicas das crianças. É necessário que o professor alfabetizador use não métodos prontos, mas bom-senso para saber o que pode auxiliar no ensino da lecto-escrita.
  • 23. Acompanhamento da evolução da escrita das crianças Acredita-se na estimulação do trabalho com os sons e sua relação com a escrita não como um retorno a métodos ultrapassados, mas como apoio para um caminho construtivo de aquisição da escrita. As habilidades metafonológicas devem ser estimuladas através de jogos e brincadeiras não como um treinamento, mas como uma estimulação com caráter preventivo. Esse trabalho pode ser mais uma ferramenta para instrumentalizar educadores e terapeutas a auxiliar as crianças no processo de aquisição da escrita. + desenvolvimento das habilidades metafonológicas
  • 24. Consciência fonológica: instrumento de avaliação sequencial Nível da sílaba S1 – Síntese S2 – Segmentação S3 – Identificação de sílaba inicial S4 – Identificação de rima S5 – Produção de palavra com a sílaba dada S6 – Identificação de sílaba medial S7 – Produção de rima S8 – Exclusão S9 – Transposição
  • 25. Nível do fonema F1 – Produção de palavra que inicia com o som dado F2 – Identificação de fonema inicial F3 – Identificação de fonema final F4 – Exclusão F5 – Síntese F6 – Segmentação F7 – Transposição
  • 26. Sugestões de atividades:  Sílabas Bater palmas correspondentes aos números de sílabas de palavras e frases.  Cantar uma música batendo palmas para cada uma das sílabas. -  Recitar um poema marcando com os pés as sílabas. - Dizer palavras que comecem ou terminem com determinada - sílaba. -  Fazer perguntas que exijam reflexão sobre as sílabas: Quantos pedaços tem a palavra ‘bola’? Qual palavra vai ficar se eu tirar o ‘co’ de ‘casaco’? E se eu tirar o ‘sa’ de sapato? Qual é o pedaço do meio da palavra ‘castelo’?
  • 27. Cantar uma música excluindo determinadas sílabas. O sapo não “__va” o pé Não “__va” porque não quer Ele mora “__” na “__goa” Não “__va” o pé porque não quer Mas que chulé! -  Brincar com a língua do pê: ca – pa – sa – pa (casa) pe – ca – pe – sa (casa).  Tirar uma sílaba e desenhar o que sobrou: bolacha soldado
  • 28.  Rimas e aliterações: Ler um poema em voz alta para os alunos e perguntar quais as palavras que rimam. Corre cutia na casa da tia corre cipó na casa da vó lencinho na mão caiu no chão moça(o) bonita(o) do meu coração -  Dizer palavras que rimem com o próprio nome. Ex.: Gabriela – panela.
  • 29.  A partir de figuras, agrupar as palavras que rimam.  Completar as rimas Fui na horta apanhar couve marimbondo me mordeu Fui dar parte à polícia A polícia me ______________  Descobrir O que Marieta guarda dentro da gaveta? ( ) uma revista em quadrinhos ( ) a sua primeira chupeta ( ) um cachorrinho pequeno
  • 30. -  Cantar uma música e propor desafios. Exemplo: Não podemos falar as palavras que terminem com ‘ão’.  A partir de figuras, dizer palavras que comecem com os mesmos sons.  Identificar, em um grupo de figuras, aquelas que começam com os mesmos sons.
  • 31.  Fonemas  Fazer perguntas que exijam a reflexão sobre os fonemas: Quantos sons tem a palavra ‘sala’ ? (segmentar os sons batendo palmas) Qual o último som da palavra ‘dominó’? (ó) Qual palavra resta se eu tirar o / l / de ‘luva’? (uva)  Dizer palavras que comecem com um determinado som. Ex.: /s/ - sapo, sacola, sorvete, sopa, sino.  Brincar com parlendas, trocando determinados sons: O rato roeu a roupa do rei de Roma. O pato poeu a poupa do pei de poma.