PPT.3. Apresentação "Percepção da tarefa de aprendizagem e satisfação em estudantes de teatro"
1. Perceção da Tarefa de
Aprendizagem e
Satisfação
em Estudantes de Teatro
Pedro Miguel Taborda &
Faculdade de Psicologia da
III Congresso
Internacional do
Envolvimento dos
Alunos na Escola
Lisboa, 15-17 / 7 / 2019
António Manuel Duarte
Universidade de Lisboa
2. Resumo
Esta comunicação apresenta parte dos resultados de um estudo
qualitativo sobre a motivação para a aprendizagem de estudantes de
teatro (sobre a qual existe escassa investigação)
-i.e., os resultados relativos à perceção da tarefa de aprendizagem do
teatro e da satisfação com ela.
Kids - Espetáculo dos finalistas da Licenciatura em Teatro da ESTC do IPL, 2011 - Foto João Paiva (www.estc.ipl.pt/licenciatura_teatro_atores)
3. Instrumental
• Evitar o insucesso
• Corresponder ao
mínimo
Intrínseca
• Aprender pelo
“gosto em
aprender”
• Ir para além do
exigido
Realização
• Obter de resultados
escolares elevados;
• Organizar a
aprendizagem
• Organizar a
aprendizagem
Entwistle (2000, 2005); Marton & Säljö (2005)
Orientações motivacionais
Quadro Teórico
Perspetiva SAL – “Student’s Approaches to Learning”
orientação motivacional
estratégia de aprendizagem
4. Aprendizagem do Teatro
• Suporte no desenvolvimento emocional dos estudantes, pelo uso de
ferramentas de gestão emocional e incorporação das mesmas na
atuação;
• Utilização de “emoções falsas” para aprender a construir uma
personagem;
• Desenvolvimento da linguagem corporal, expressão emocional,
desenvolvimento social, processos de memorização e atenção;
Barroco & Superti (2014); Rocha & Kastrup (2008);
Quadro Teórico
5. Objetivos do estudo
• Caracterizar as orientações motivacionais
de estudantes de teatro para a sua
aprendizagem em termos de 6 dimensões
1) intenção para a aprendizagem
2) investimento na aprendizagem;
3) percepção da tarefas de aprendizagem;
4) valorização do tempo empregue na aprendizagem;
5) conhecer a satisfação com a aprendizagem;
6) contexto preferido;.
6. Participantes
• 16 estudantes de teatro ao nível do E.S.
• 3 instituições de Ensino diferentes
• 38% do sexo masculino e 63% do sexo feminino
• Média de idades: 21,69 (DP=4,44)
• 14 de 16 em licenciatura
• Amostragem por conveniência
7. Método
• Entrevista semiestruturada, com recurso a guião de
entrevista pré-estruturado
• Questões orientadas para as 6 dimensões consideradas;
• Análise de conteúdo temática intermédia
• Segmentação dedutiva das respostas em unidades temáticas
a caracterizar;
• Categorização indutiva das unidades temáticas;
• Validação do sistema de categorias
(acordo entre 2 analistas independentes = 82.14%)
8. Resultados
Perceção da tarefa de
aprendizagem do teatro
“(…) o meu posicionamento em relação a isso é mesmo: tentar,
absorver tudo o que se conseguir e tou lá mesmo para aprender
e não para ter a licenciatura, que isso pouco vale.”
9. Resultados
Satisfação com a
aprendizagem do
teatro
“Todos os cursos, pronto, têm as suas falhas, mas de resto eu
considero satisfatória.. se houve coisas que deixei por fazer foi
mais por minha culpa do que outra coisa (riso)”
10. Conclusões
• Os resultados apontam para o facto de que apesar da motivação para a
aprendizagem do teatro ser geralmente elevada e intrínseca, não deixa de sofrer
variações, manifestas numa diversidade de níveis de satisfação com ela e de
perceções sobre a tarefa que implica. Tais variações podem constituir uma pista
para diferentes níveis de envolvimento dos alunos de teatro na escola.
11. Investigação Futura
• Análise documental da experiência de aprendizagem de atores
• Investigação qualitativa sobre as estratégias de aprendizagem de estudantes de atuação
• Investigação quantitativa da experiência de aprendizagem de estudantes de atuação
Narração (quando lá chegar digo-te) - Espetáculo dos finalistas da Licenciatura em Teatro da ESTC do IPL, 2013 (www.estc.ipl.pt/licenciatura_teatro/)
12. Referências
• Barroco, S.M.S & Superti, T. (2014). Vygotski e o estudo da psicologia da arte: contribuições para o
desenvolvimento humano. Psicologia & Sociedade, 26 (1), 22 – 31
• Entwistle, N. (2000). Promoting deep learning through teaching and assessment: conceptual frameworks
and educational contexts. In ESRC Teaching and Learning Research Programme, First Annual
Conference. Leicester.
• Entwistle, N. (2005). Contrasting perspectives on learning. In Marton, F., Hounsell, D. & Entwistle, N. (Eds).
The Experience of Learning: Implications of Teaching and Studying. (pp. 3-22). Ediburgh: Centre of
Teaching, Learning and Assessment.
• Marton, F., & Säljö, R. (2005). Approaches to Learning. In F. Marton, D. Hounsell, & N. Entwistle (Eds.), The
Experience of Learning (pp. 39–58). Edinburgh: The Scottish Academic Press
• Rocha, T. G. Da, & Kastrup, V. (2008). Partilha do sensível na comunidade: interseções entre psicologia e
teatro. Estudos de Psicologia (Natal), 13 (2), 97–105. DOI:10.1590/S1413-294X2008000200001
Resumo
Enquadramento Conceptual: Esta comunicação apresenta parte dos resultados de um estudo sobre a motivação para a aprendizagem de estudantes de teatro, que teve como referenciais a perspetiva SAL – “Student’s Approaches to Learning” e a investigação em psicologia do teatro. Objetivos: Mapear a perceção da tarefa de aprendizagem do teatro e a satisfação com ela. Metodologia: Entrevistaram-se 16 estudantes de ensino superior de teatro com base num guião de entrevista semiestruturada que foca, entre outros, os temas da perceção da tarefa de aprender teatro e da satisfação com a aprendizagem do teatro. Os dados foram sujeitos a uma análise de conteúdo temática de tipo intermédio. Resultados: A variabilidade da perceção da tarefa de aprender teatro traduz-se num leque que cobre esta como envolvente, como útil, como imposta e também como simultaneamente imposta e envolvente. Por outro lado, foi observada uma variedade de níveis de satisfação com aquela aprendizagem, tida como elevada, limitada e reduzida. Conclusão: Os resultados apontam para o facto de que apesar da motivação para a aprendizagem do teatro ser geralmente elevada e intrínseca, não deixa de sofrer variações, manifestas numa diversidade de níveis de satisfação com ela e de perceções sobre a tarefa que implica. Tais variações podem constituir uma pista para diferentes níveis de envolvimento dos alunos de teatro na escola.