O documento resume entrevistas realizadas por alunos do PIEF com funcionários e professores da Escola Artur Gonçalves. As entrevistas abordam suas experiências e conselhos sobre o mundo do trabalho.
1. UNIÃO DE ESTUDANTES
RESPEITO | UNIÃO | LEALDADE
Quarta-feira, 28 de Janeiro de 2019
PIEF entrevista
profissionais da Escola
Artur Gonçalves
“Ser responsável,
ser honesta e
tentar estar numa
coisa que se goste.”
– Glória Soares (Auxiliar
de Ação Educativa - Bar)
“(…) esqueçam a
ideia de que vão ter
um emprego para a
vida” – Acácio Coelho
Neto (Diretor do
Agrupamento)
“Que todo o
trabalho seja feito
com carinho e
amor (…)” – Dália
Rodrigues (Cozinheira)
2. Glória Soares, Auxiliar de Ação Educativa no Bar, por Mara Pratas (foto de capa)
Gloria Soares, obrigada pela sua
disponibilidade para participar
nesta atividade, podemos começar
a entrevista?
Sim, sim.
Como correu o seu dia até agora?
Correu bem, com trabalho, mas correu
bem.
Há quanto tempo é funcionária
aqui no bar?
Essa pergunta é um bocado mais dificil.
Estou há 21 anos nesta escola, estive 4
anos sem estar no bar, por isso há uns
17 anos que sou capaz de ser
funcionária no bar.
Gosta do que faz?
Gosto.
O seu trabalho é muito cansativo?
Um bocado, mas gosto.
O que comem a maior parte dos
alunos?
Os alunos consomem muitos
chocolates, muitos sumos, bolos
também. O que deviam comer não
comem… pão comem menos.
Já algum aluno lhe faltou ao
respeito?
Já.
Que conselho me daria a cerca do
mundo do trabalho?
Ser responsável, ser honesta e tentar
estar numa coisa que se goste. Porque
se estiveres numa coisa que gostas, vais
tentar dar sempre o teu melhor, nós
temos que dar sempre o nosso melhor.
Eu acho que no trabalho nós temos que
nos sentir sempre bem e para nos
sentirmos bem temos que estar numa
coisa que gostemos e dar sempre o
nossoimelhor.
Acácio Coelho Neto, Diretor do Agrupamento Artur Gonçalves, por Rodrigo Guerra
Olá, boa tarde! Gosta do seu
trabalho?
Bem, gosto do trabalho que escolhi,
quer como professor ou diretor, gosto
imenso.
Como surgiu o interesse para este
cargo?
Vejo o cargo de diretor como um serviço
cívico, alguém tem que se dedicar a
estas questões e eu acho que reuni e
reúno as condições necessárias para
exercer este cargo, eu acho. E por isso,
já estou aqui desde 1999, portanto, são
já uns “anitos”.
Hmmm…próxima pergunta.
Como entrou para este cargo?
Na primeira vez, de alguns anos para
cá, foi por uma eleição.
Há dificuldades constantes no seu
trabalho?
Todos os dias é um dia diferente. E
sempre surgem problemas novos. O
agrupamento é um grupo muito grande,
tem por volta de 2100 alunos e isto
certamente torna as coisas mais difíceis.
Mas não é só nesta escola, também é na
Meia Via, Liteiros e outras escolas. A
vida de Diretor em cada escola é
diferente. É preciso uma boa equipa e
eu tenho uma boa equipa para tentar
gerir esta máquina complexa.
3. No que consiste basicamente o
seu trabalho?
O que eu faço todos os dias? Por norma
passo por dia na escola 12 horas,
portanto… não é só a parte pedagógica.
Incluem-se as dificuldades dos alunos,
as dificuldades dos professores, mas
também na parte administrativa; fazer
pagamentos, fazer a gestão financeira
do agrupamento envolve muita coisa e
gasta muito tempo. Não sei se vocês
fazem ideia qual a movimentação de
dinheiro que esta escola faz por ano…
Não. Não faço ideia nenhuma.
Portanto, é à volta de 12 milhões de
euros, que é muito dinheiro. 12 milhões
de dinheiro que a escola tem que pagar,
ver o que é preciso… Por exemplo, no
Musgo (Pavilhão), que é onde vocês
estão, há lá um problema de
aquecimento. Há aquecedores, mas o
quadro elétrico não funciona e,
portanto, não aguenta esses
aquecedores. E tivemos ali a tentar
encontrar alguma solução para resolver
isto. Há que distribuir os circuitos
todos: os circuitos da sala, as tomadas e
afins. Então eu acabo por fazer um
“bocadinho” de tudo, não é só a gestão
corrente. Também já falei com o
eletricista hoje para vir cá a tarde, para
tentarmos resolver este problema.
Que conselho me daria acerca do
mundo do trabalho?
É assim, esqueçam a ideia de que vão
ter um emprego para a vida.
Susana Rodrigues, Auxiliar de Ação Educativa no Pavilhão Musgo, por Rafael Rodrigues
Boa tarde. Antes de mais, queria-
lhe agradecer por estar aqui.
Ora essa, estou aqui com muito gosto.
O que faz especificamente?
Hmm, então a minha função na escola é
que os alunos tenham as
melhores condições tanto de
higiene como a nível de
conforto.
Ok. Qual é a tarefa mais
fácil e mais difícil a fazer,
tanto na escola como no
bloco?
A tarefa mais fácil é a limpeza
e a mais difícil é lidar com
cada um dos alunos, a forma
como eles são e conseguir corresponder
aquilo a que eles esperam de nós.
Gosta do seu trabalho?
Eu gosto muito daquilo que faço,
porque faço com gosto. Gosto desta
escola, tanto que já estive em outras
escolas e fiz com que voltasse para cá
novamente.
Trabalha nesta escola há muito
tempo?
Eu vim para esta escola em 2001 e fiz
uma interrupção entre 2011 em 2015.
Tive licença sem vencimento, tive que ir
para outras escolas e só agora consegui
voltar para esta escola, que me ensinou
tudo.
Há uma boa relação entre alunos,
professores e auxiliares?
Sim, penso
que sim, pelo
menos eu
dou- me bem
com todos.
Quais são
as
condições
do
trabalho?
As condições
deste trabalho são boas. Dentro do que
temos, conseguimos fazer um bom
trabalho e, tendo eu passado por outras
escolas, para mim estas são boas.
Se pudesse voltar atrás o que
faria?
Se pudesse voltar atrás, eu gostaria de
seguir a área de contabilidade, mas
entretanto já tirei um curso de
tecnologia.
Que conselho me daria acerca do
mundo do trabalho?
Segue o que gostas e estuda muito.
4. Dália Rodrigues, Cozinheira, por Leonardo Vieira
Boa tarde, sou aluno da turma
PIEF. Obrigado pela sua
disponibilidade em fazer esta
entrevista. Podemos começar?
Podemos.
Em que consiste a sua profissão?
Sou cozinheira.
Há quanto trabalha nesta
profissão?
Há 13 anos.
Gosta do que faz?
Gosto muito, faço com gosto.
É uma profissão simples ou
complexa?
É simples, faz-se bem.
Que conselho me daria acerca do
mundo do trabalho?
Que todo o trabalho seja feito com
carinho e amor, todo o trabalho é bom.
Deolinda Trincão, Professora de Educação Artística, por Tiago Prata
Olá, podemos começar a
entrevista?
À vontade.
No que consiste a sua profissão?
Sou professora da área de educação
artística e neste momento estou a
lecionar o 7º ano de educação visual e
tecnologias de escultura e o 9º ano de
educação visual.
Há quanto tempo trabalha nesta
profissão?
Trabalho nesta profissão, vai fazer 36
anos.
Como são as suas condições de
trabalho?
As minhas condições de trabalho são
boas.
Que conselho me podia dar acerca
do mundo do trabalho?
Aproveitar todas as oportunidades que
são dadas. Fazer o percurso que está
agora a fazer, não desistir de estudar e
fazer continuação de estudos num curso
profissional. Acho que todos os alunos
têm capacidade para chegar mais longe,
e o mais importante, nunca se esqueça,
é fazer o que se gosta, ir para uma
profissão que se goste.
5. António Alves, Auxiliar de Ação Educativa na Portaria, por António Bruno e Nuno
Vieira
Boa tarde. Estou a fazer a
entrevista ao senhor…
António Alves.
Em que consiste o seu emprego?
Sou auxiliar de ação educativa, tomo
conta da escola, estou na portaria, faço
por acompanhar os alunos a resolver
certos problemas. Estamos aqui, nós
auxiliares, para o que der e vier.
Quais são as dificuldades do
seu emprego?
Olha, às vezes é a falta de educação
dos alunos e a falta de
compreensão, tanto de alunos,
como de superiores.
Aconselharia outras pessoas a
seguir este emprego?
Não aconselho, nem deixo de
aconselhar. As pessoas que
quiserem vir para este género de
profissão têm que ter pelo menos a
perspetiva de que é um trabalho
sacrificante. Precisamente por
causa da falta de respeito dos
alunos, porque o serviço até que se leva
bem. Eu gosto de trabalhar e sempre
gostei disto, por isso vim para aqui. Fica
ao critério da respetiva pessoa.
Que conselho me daria acerca do
mundo do trabalho?
Olha, no mundo do trabalho a pessoa
devia ter muita moral e força de
vontade de fazer o que está ao seu
alcance, tentar fazer o melhor possível
da sua profissão.
Maria Alexandra Reis, Auxiliar de Ação Educativa no Pavilhão Verde, por Rui Ruivo
Boa tarde. Sou aluno do PIEF e
agradeço pela disponibilidade
para esta entrevista. Porque
escolheu este trabalho?
É difícil de responder, porque a minha
vida deu uma volta grande e foi o que
me apareceu.
Em que consiste o seu trabalho?
Auxiliar professores, limpar salas,
tomar conta do pavilhão.
Que estudos seguiu para tirar esta
profissão?
Tenho o 12º ano normal.
O que foi mais difícil na sua
carreira?
Foi adaptar-me.
Que conselho me podia dar a
cerca do mundo do trabalho?
Primeiro tens de preparar-te porque é
difícil, mas depois trabalha-se.
Obrigado pela disponibilidade.
De nada, Rui, foi um prazer.
6. Ficha técnica
Seleção dos entrevistados, elaboração do guião, realização da
entrevista e redação:
Rodrigo Guerra (PIEF 3º ciclo)
Leonardo Vieira (PIEF 3º ciclo)
Mara Afonso (PIEF 3º ciclo)
Rafael Rodrigues (PIEF 3º ciclo)
António Bruno (PIEF 2º ciclo)
Rui Ruivo (PIEF 3º ciclo)
Tiago Prata (PIEF 3º ciclo)
Nuno Vieira (PIEF 3º ciclo)
Edição e fotografia: Paulo Domingos (TIL)
Colaboração: Profª Maria da Paz Ribeiro (DT) e Prof.ª Anabela Triguinho (TIC)
PIEF TORRES NOVAS 2018/2019