O documento define espaço confinado e descreve os riscos associados ao trabalho nesses espaços, como atmosferas perigosas e falta de ventilação. Também explica procedimentos de segurança como avaliação de riscos, teste atmosférico, ventilação, uso de equipamentos de proteção e permissão de entrada. O objetivo é conscientizar sobre os perigos e prevenir acidentes durante trabalhos em espaços confinados.
2. DEFINIÇÃO
Espaço Confinado: é qualquer área não
projetada para ocupação contínua, à qual
tem meios limitados de entrada e saída, e na
qual a ventilação existente é insuficiente para
remover contaminantes perigosos e/ou
deficiência/enriquecimento de oxigênio que
possam existir ou se desenvolver;
3. Espaço Confinado
O trabalho em espaço confinado pode envolver
sérios riscos em virtude deste local:
Possuir atmosfera pobre ou rica em oxigênio;
Possuir agentes contaminantes;
Possuir Riscos Físicos e Biológicos;
Causar asfixia, claustrofobia, medo ou insegurança.
4. Espaços Confinados
Por que nós devemos conhecer sobre espaços
confinados?
Para a nossa própria segurança;
Porque a auto-confiança ou desconhecimento são as
maiores causas de acidentes;
Porque acidentes em espaço confinado podem ser
evitados.
5. Espaço Confinado
Dois tipos bastante comuns:
Bueiros ou poços de visitas
Tanques ou vasos
Valas e escavações
6. Avaliação do Espaço
Confinado
Avaliação do local é o processo de analise
onde os riscos aos quais os trabalhadores
possam estar expostos num espaço confinado
são identificados e quantificados.
7. Avaliação do Espaço
Confinado
Quando um espaço confinado possui um risco?
O perigo está presente durante toda a rotina de
trabalho?
Situações de emergências também apresentam riscos?
8. Condição de Entrada
Condições de entrada são aquelas que devem
permitir a entrada em um espaço confinado
onde hajam critérios técnicos de proteção
para riscos atmosféricos, físicos, químicos,
biológicos e/ou mecânicos que garantam a
segurança dos trabalhadores.
9. Riscos Físicos
Riscos físicos são aqueles que atingem o corpo
humano. São eles:
• Ruído e vibração
• Sistemas mecânicos, hidráulicos e
pneumáticos;
• Eletromagnetismo.
10. Risco Biológico
Risco Biológico está presente em toda a
atmosfera e pode ser acentuado se a mesma
for modificada pela atividade humana.
Como exemplo podemos citar:
Microrganismos
Todas as variedades de seres vivos
(peçonhentos)
11. Risco Químico
Risco Químico é aquele proveniente da
exposição a gases, podendo causar diversos
acidentes e prejuízos à saúde.
12. Isolamento
Isolamento é a separação física de uma área
ou espaço considerado próprio e permitido
ao adentramento, de uma área ou espaço
considerado impróprio e não preparado para
adentramento.
13. Atmosfera de Risco
A presença de gases e vapores perigosos
podem trazer prejuízos à integridade da vida
humana.
A exata natureza deste perigo depende do gás
que está presente; mas, em geral, nós
dividimos em três classes:
15. Atmosfera de Risco
A concentração de oxigênio encontrada em
nossa atmosfera é de 20,9%, em volume;
Os limites permissíveis para trabalhos
concentram-se na faixa de 19,5 % a 23%, em
volume de oxigênio.
16. Atmosfera de Risco em
Oxigênio
– Sérios Danos - Acima de 23 % em Volume
– Faixa Normal - De 19,5 a 23 % em Volume
– Descoordenação – De 15 a 19 % em Volume
– Respiração acelerada – De 12 a 15 % em Volume
– Náusea – De 10 a 12 % em Volume
– Inconsciência – De 8 a 10% em Volume
– Morte após 8 minutos – De 6 a 8 % em Volume
– Coma em 40 segundos –De 4 a 6 % em Volume
17. Gases Inflamáveis
Os Gases Inflamáveis ou Combustíveis são
aqueles que podem inflamar ou explodir;
Como exemplos podemos citar: Metano,
Hidrogênio, Acetileno, Gasolina, GLP, etc.
18. Gases Inflamáveis
Para que ocorra uma ignição de um gás
combustível, são necessárias três condições:
• A presença de gás em quantidade suficiente;
• A presença de ar em quantidade suficiente;
• A presença de uma fonte de ignição;
19. Gases Inflamáveis
As três condições fazem parte do tradicional
“Triângulo do Fogo”.
Gás Ar
Ignição
20. Limite de Explosividade
O Limite Inferior de Explosividade (L.I.E.) é
a mínima concentração necessária antes do
gás inflamar ou explodir.
O Limite Superior de Explosividade (L.S.E.),
é a máxima concentração de gás, onde não
existe ar suficiente para provocar a explosão.
22. Atmosfera de Risco
Os gases tóxicos podem causar vários efeitos
prejudiciais à saúde humana.
Os efeitos dependem diretamente da concentração
ao tempo de exposição.
Podemos citar dois gases bastante comuns:
- Monóxido de Carbono (CO)
- Gás Sulfídrico (H2S)
23. Atmosfera de Risco
Os limites dos gases tóxicos em relação ao tempo
são dados pela sigla TLV (Threshold Limit Values)
–Valores de limites de tolerância
Unidades: partes por milhão – ppm
mg/metro cúbico – mg/m3
TLV-TWA – Limite de Exposição para um período de 8
Horas/dia, durante 40horas/semana
STEL – (Short Term Exposure Limit) – Limite de
Exposição por Curto Período – 15 minutos
24. Monóxido de Carbono
As características do Monóxido de Carbono
são: Gás inodoro (sem cheiro), sem cor, é
absorvido pelo pulmão até 100 vezes mais
rápido que o O2.
Limite de tolerância para 8 horas: 25 ppm
25. Monóxido de Carbono
4000 ppm – Morte
2500 ppm – Inconsciência
2000 ppm – Confusão Mental
1000 ppm – Náusea
600 ppm – Forte dor de cabeça
200 ppm – Dor de cabeça
100 ppm – Limite para instantâneo
50 ppm – Limite para 15 minutos
25 ppm – Limite para 8 horas
26. Gás Sulfídrico
As principais características do Gás
Sulfídrico são:
- Gás com cheiro de ovo podre
- Inibe o olfato após exposição
Limite de tolerância para 8 horas: 8 ppm
27. Gás Sulfídrico
700 ppm – Morte - Minutos
500 ppm – Inconsciência, morte – ½ h
200 ppm – Irritações nos olhos e vias
respiratórias - hora
100 ppm – Irritações nos olhos e vias
respiratórias - hora
50 ppm – Irritações respiratórias
15 ppm – Limite para instantâneo
12 ppm – Limite para 15 minutos
8 ppm – Limite para 8 horas
28. Gases Asfixiantes
Os Gases Asfixiantes são aqueles que tomam o lugar do
Oxigênio.
Podemos citar alguns mais comuns:
- Nitrogênio (N2)
- Dióxido de Carbono (CO2)
Nota: Alguns gases podem estar presentes nas três
categorias, como exemplo o monóxido de carbono.
29. Atmosfera IPVS
Uma atmosfera IPVS ou IDLH (Immediately
Dangerous to Health and Life) é qualquer
condição que cause uma ameaça imediata à
vida ou que pode causar efeitos adversos
irreversíveis à saúde ou que interfira com a
habilidade dos indivíduos para escaparem de
um espaço confinado
30. Densidade
A Densidade de um gás é a medição de
quanto ele é pesado em relação ao ar.
A Densidade Relativa do gás ou vapor é dado
quando o ar = 1
Densidade < 1 : Gás mais leve que o ar
Densidade > 1: Gás Mais pesado que o ar
31. Densidade
Podemos citar alguns exemplos:
Metano 0,55
Monóxido de Carbono 0,97
Gás Sulfídrico 1,19
Vapor de Petróleo 3,0
32. Ponto de Fulgor
Ponto de Fulgor é a menor temperatura em que possa
existir 100% do L.I.E.
Para temperaturas abaixo do ponto de fulgor, os líquidos
não liberam vapores
A concentração de vapores serão incrementadas com a
elevação da temperatura.
33. Ponto de Fulgor
X
Auto Ignição
Gás/Vapor PF( C) AI( C)
Metano <-20 595
Querosene 38 210
Betume 270 310
34. Procedimento de Permissão
de Entrada
É o documento escrito para a preparação e emissão
da permissão de entrada. Assegura a continuidade
do serviço no espaço confinado permitido, após o
término da entrada.
Qual o procedimento mais seguro que devemos
seguir?
Siga todas as regras e regulamentos da empresa.
Execute a análise risco.
35. Permissão de Entrada
Permissão de entrada é uma autorização
escrita que é usada para permitir e controlar
a entrada em espaços confinados.
36. Permissão para Trabalho à
Quente
Permissão para trabalho à quente é uma
autorização escrita que é usada para
permitir operações capazes de fornecerem
uma fonte de ignição.
37. Medidas de Controle de
Atmosfera de Risco
As medidas de controle de atmosfera de risco
incluem as seguintes etapas:
Teste Atmosférico
Ventilação e Limpeza
Equipamentos de segurança
38. Teste Atmosférico
O teste atmosférico consiste na monitoração
da atmosfera interna do espaço confinado,
antes da entrada com o monitor de gases
calibrado e verificado antes do uso, para as
concentrações de:
Oxigênio
Gases Combustíveis
Gases Tóxicos
39. Limites de Alarmes
Os limites dos alarmes do monitor de gases,
segundo a norma:
Gases combustíveis – 10% do L.I.E.
Oxigênio – 19,5% Vol. E 23% Vol.
Monóxido de Carbono – Inst. – 200ppm
Stel – 58ppm
Ltel – 25ppm
Gás Sulfídrico – Inst. – 15ppm
Stel – 12ppm
Ltel – 8ppm
40. Ventilação
Ventilação é o procedimento de movimentar
continuamente uma atmosfera limpa para
dentro do espaço confinado.
41. Métodos de Ventilação
Existem alguns tipos de ventilação mecânica,
que são:
Insuflação
Exaustão
Combinado
42. Insuflação
É o método mais indicado quando o risco é
decorrente da deficiência em oxigênio.
43. Exaustão
Esta é a melhor maneira de eliminar
atmosferas tóxicas ou inflamáveis.
44. Sistema Combinado
Sistema combinado é o uso do sistema de
ventilação juntamente com o sistema de
exaustão.
45. Inertização
É um procedimento de segurança num
espaço confinado, que visa evitar uma
atmosfera potencialmente explosiva, através
do deslocamento da mesma por um fluido
inerte.
46. Vigia
O vigia é o trabalhador que se posiciona fora
do espaço confinado e monitora os
trabalhadores autorizados, realizando todos
os deveres definidos no programa para
entrada em espaços confinados.
47. Supervisor de Entrada
Supervisor de entrada é a pessoa com
capacitação e responsabilidade pela
determinação se as condições de entrada são
aceitáveis e estão presentes numa Permissão
de Entrada.
48. Trabalhador Autorizado
É o profissional com capacitação que recebe
autorização para entrar em um espaço
confinado.
49. Reinício
O reinício dos trabalhos em espaços
confinados sempre deve ser acompanhado de
nova permissão de entrada, verificando,
principalmente, se não existe atmosfera de
risco.