O documento apresenta os conceitos fundamentais de prevenção e combate a incêndios, com o objetivo de ensinar técnicas para preservação da vida. Aborda temas como causas de incêndio, classes de incêndio, agentes extintores, transmissão de calor e procedimentos de extinção.
4. FINALIDADE
Apresentar os conceitos e técnicas
fundamentais para a preservação da vida e a
prevenção de acidentes, através de um
método de ensino interativo, norteando os
princípios elementares da PREVENÇÃO E
COMBATE A INCÊNDIOS, e da necessidade
da mudança de comportamento.
5. Sumário • Finalidade
• Objetivos
• Introdução
• Conceituação
• Meios de Transmissão de Calor
• Pontos Notáveis da Combustão
• Técnicas de Extinção de
Incêndios
• Classes de Incêndio
• Causas de Incêndio
• Agentes Extintores
• Aparelhos Extintores
• Procedimentos
• Avaliação
• Conclusão
12. Introdução
Nenhum sistema de prevenção de incêndio será
eficaz se não houver o elemento humano
preparado para operá-lo.
Esse elemento humano, para combater
eficazmente um incêndio, deverá estar
perfeitamente treinado.
É um erro pensar que sem treinamento, alguém,
por mais hábil que seja, por mais coragem que
tenha, por mais valor que possua, seja capaz de
atuar de maneira eficiente quando do
aparecimento do fogo.
13. O QUE É
NECESSÁRIO
PARA QUE HAJA
FOGO?
A UNIÃO DE TRÊS ELEMENTOS BÁSICOS:
CALOR
COMBURENTE
MAT.COMBUSTÍVEL
20. Classificação quanto a Inflamabilidade
Inflamáveis
Queimam com a simples
presença de uma centelha
Comuns
Queimam somente quando aquecidos
e com a presença de uma centelha
21. Conceitos Básicos
1.2- COMBURENTE
É todo agente químico que conserva a
combustão. Os comburentes mais conhecidos
são: o Oxigênio e, sob determinadas condições,
o Cloro.
22. No Ar Atmosférico ...........21%
Mínimo para sobrevivência humana ......16%
Mínimo para existir chamas ...........13%
Reage com o combustível, transformando-se.
23. Combustão
A Combustão é uma reação química entre
corpos, muito freqüente na natureza. Ex. Fogo.
Durante esta reação química entre o combustíveis
e os comburentes, ocorrerá à combinação dos
elementos químicos, originando outros produtos
diferentes que são:
- Fumaça
- calor
- Gases
- Chama ou incandescência
Fumaça: É uma mescla de gases, partículas
sólidas e vapores de água.
A cor da fumaça, serve de orientação prática, indica
o tipo do material que está sendo decomposto na
combustão.
24. Combustão
Fumaça branca ou cinza clara: nos
indica que é uma queima de combustível
comum. Ex. madeira, tecido, papel, capim,
etc.
Fumaça negra ou cinza escura: é
originária de combustão incompletas,
geralmente produtos derivados de petróleo,
tais como, graxas, óleos, pneus, plásticos, etc.
Fumaça amarela ou vermelha : nos
indica que está queimando um combustível
em que seus gases são altamente tóxicos. Ex.
produtos químicos , etc.
26. Conceitos Básicos
2- PROPORCIONALIDADE
Para que se inicie o fogo é preciso haver
adequada proporcionalidade entre os
componentes da reação. Essa proporcionalidade
é a determinante básica do fogo.
27. Conceitos Básicos
2.1- LIMITE INFERIOR DE EXPLOSIVIDADE
OU DE INFLAMABILIDADE (LIE) - “MISTURA
POBRE”
Mínima concentração de gás ou vapor que, misturada ao ar, é capaz de
provocar a combustão do produto, a partir do contato com uma fonte de
ignição. Concentrações de gás ou vapor abaixo do LIE não são
inflamáveis, pois, nesta condição, tem-se excesso de oxigênio e pequena
quantidade do produto para queima.
Limites de inflamabilidade
28. Conceitos Básicos
2.2- LIMITE SUPERIOR DE EXPLOSIVIDADE
OU DE INFLAMABILIDADE (LSI) - “MISTURA
RICA”
Máxima concentração de gás ou vapor que, misturada ao ar, é capaz de
provocar a combustão do produto, a partir de uma fonte de ignição.
Concentrações de gás ou vapor acima do LSI não são inflamáveis, pois,
nesta condição, tem-se excesso de produto e pequena quantidade de oxigênio
para que a combustão ocorra.
Limites de inflamabilidade
29. Conceitos Básicos
2.3- LIMITE DE EXPLOSIVIDADE OU DE
INFLAMABILIDADE – “MISTURA IDEAL”
Concentração percentual, em volume, de gases ou vapores inflamáveis no ar,
em condições ambiente de pressão e temperatura, que podem-se inflamar
com uma fonte de ignição. A menor e a maior concentrações de gases ou
vapores no ar que podem-se inflamar indicam, respectivamente, o limite
inferior de explosividade (LIE) e o limite superior de explosividade (LSE).
Limites de inflamabilidade
32. Conceitos Gerais
1.1- COMBUSTÍVEL VOLÁTIL
Diz-se que um combustível é
volátil quando, à temperatura
ambiente, emana vapores
capazes de se inflamarem.
Exemplos: gasolina, nafta,
éter, hexano, tolueno,
benzeno,etc.
Todo produto que emana
vapores a temperatura
ambiente é denominado
produto leve.
33. Conceitos Gerais
1.2- COMBUSTÍVEL NÃO VOLÁTIL
Diz-se que um combustível não é
volátil quando não emana vapores
a temperatura ambiente.
Exemplos: óleo combustível,etc.
Todo produto que não desprende
vapores a temperatura ambiente é
denominado produto pesado.
34. Conceitos Gerais
2- PONTO DE FULGOR
É a temperatura mínima na qual os elementos
combustíveis começam a desprender vapores,
que podem se incendiar em contato com uma
fonte externa de calor. Nesse tipo de reação,a
combustão se interrompe quando se afasta a
fonte externa de calor.
35. Conceitos Gerais
3- PONTO DE COMBUSTÃO
É a temperatura mínima na qual os gases
desprendidos dos elementos combustíveis, ao
tomarem contato com uma fonte externa de
calor, entram em combustão e continuam a
queimar mesmo se retirada a fonte de ignição.
36. Técnicas de Extinção do Fogo
3- RETIRADA DE COMBUSTÍVEL
A retirada do combustível, que poderá ser parcial ou
total, diminui o tempo de fogo ou extingue o incêndio,
conforme o caso. Deve-se salientar que a utilização
dessa técnica nem sempre é viável. Exemplo:
38. (Energia Térmica)
O Calor transfere-se do corpo de maior temperatura
para o de menor temperatura, por:
Condução
Convecção
Irradiação
Pode provocar desidratação e queimaduras.
Pode provocar mudança de estado físico e dilatação
térmica nos materiais.
43. CONVECÇÃO
A MASSA DE AR QUENTE SOBE E ENCONTRA
UMA MASSA DE AR FRIA E COMO DOIS CORPOS
NÃO OCUPAM O MESMO LUGAR NO ESPAÇO, HÁ
A FORMAÇÃO DE UM LOOPING – AR QUENTE E
AR FRIO. A TEMPERATURA DO AR QUENTE PODE
ATINGIR O PONTO DE FULGOR DE ALGUNS
MATERIAIS E INICIAR OUTRO INCÊNDIO EM
OUTRO LOCAL.
VEJAM O EXEMPLO...
52. PROCESSOS DE EXTINÇÃO DO FOGO
4. EXTINÇÃO QUÍMICA
É o método que consiste em interromper a
reação em cadeia, como sabemos o
combustível sobre a ação do calor gera
gases ou vapores, que ao se combinarem
com o comburente formam uma mistura.
53. PROCESSOS DE EXTINÇÃO DO FOGO
5. RESCALDO
È o conjunto de operações finais
destinadas a evitar a reignição do fogo. As
ações de rescaldo exigem a completa remoção e
resfriamento do braseiro e outros produtos da
combustão.
54. PROCESSOS DE EXTINÇÃO DO FOGO
6. SALVATAGEM
Consiste na proteção dos bens contra a
propagação do incêndio, retirando os
materiais que possam se inflamar.
56. Classes de Incêndio
OS INCÊNDIOS DIVIDEM-SE EM QUATRO
CLASSES:
Materiais que queimam em
superfície e em profundidade
e deixam resíduos.
São os que ocorrem em
equipamentos elétricos
energizados.
São os que ocorrem em metais
pirofóricos.
Queimam somente na
superfície, não deixando
resíduos.
57. 2ª - QUEIMA DEIXANDO RESÍDUOS OU CINZAS
Caracterizam-se por apresentarem CINZAS
e BRASAS
Queimam em superfície e profundidade;
Extinção necessita de RESFRIAMENTO.
59. Ocorrido em combustível líquidos ou
graxosos;
Queimam em superfície;
Extinção primária=ABAFAMENTO
Extinção Secundária=RESFRIAMENTO
60. EXEMPLOS – CLASSE B
GASOLINA ACETONA
ÉTER PIXE
ÁLCOOL GÁS DE COZINHA
61. Ocorridos em equipamento elétricos com
FORÇA VIVA;
Extinção por ABAFAMENTO ISOLANTE.
62. São incêndios em materiais alcalinos e
Pirofóricos como: Magnésio, Selênio,
Antimônio, Lítio, Potássio, Alumínio e
gases sob pressão;
Extinção por ABAFAMENTO.
63. São incêndios em laboratórios especiais,
usinas nucleares;
Características de Emissão de Partículas,
Fissão e Fusão Nuclear; e
Extinção por métodos especiais.
65. Causas de Incêndio Mais
Comuns
GERAIS
Chama Exposta
Centelha ou Faísca
Atrito
Reações Químicas
Gás de Cozinha
Crianças
Vasilhames de Líquidos Inflamáveis
Etc
73. APARELHOS EXTINTORES
EQUIPAMENTOS (APARELHOS) PORTÁTEIS UTILIZADOS
PARA ARMAZENAMENTO DOS AGENTES EXTINTORES.
UTILIZADO, PRINCIPALMENTE, NO 1º COMBATE, NO
PRINCÍPIO DE INCÊNDIO.
CADA TIPO DE EXTINTOR É UTILIZADO PARA UMA CLASSE
ESPECÍFICA DE INCÊNDIO.
74. Manejo dos Extintores de Incêndio
A finalidade de um extintor é combater, de maneira
imediata, os focos de incêndios.
Eles não substituem os grandes sistemas de extinção e
devem ser usados como equipamentos para extinguir
os incêndios no início, antes que se torne necessário
lançar mão de maiores recursos.
75. Manejo dos Extintores de Incêndio
O êxito no emprego dos extintores depende:
a) De uma distribuição apropriada dos
aparelhos pela área a proteger;
b) De um sistema adequado e eficiente de
manutenção;
c) Do treinamento contínuo do pessoal que irá
utilizá-los.
d) Do combate imediato dos focos de incêndio.
77. EXTINTORES DE INCÊNDIO
O APARELHO SÓ SERÁ
RETIRADO DO SEU LOCAL PARA:
EXERCÍCIO;
MANUTENÇÃO;
USO EM PRINCÍPIO DE INCÊNDIO.
OS EXTINTORES PODEM SER:
PORTÁTEIS;
SOBRE-RODAS;
79. Tabela 1 – Seleção do agente extintor segundo a classificação
CLASSE
DO
FOGO
AGENTE EXTINTOR
ÁGUA
1
ESPUMA
MECÂNICA
2
GÁS
CARBONICO
3
PÓ
BC
4
PÓ
ABC
5
HIDROCARBONETOS
ALOGENADOS
6
A (A)
(A) (NR) (NR) (A) (A)
B (P)
(A) (A) (A) (A) (A)
C (P)
(P) (A) (A) (A) (A)
D
Deve ser verificada a compatibilidade entre o metal combustível e o
agente extintor
Nota: (A) Adequado à classe do fogo
(NR) Não recomendado à classe do fogo
(P) Proibido à classe de fogo.
81. Número de Extintores
Nas ocupações ou locais de trabalho, a quantidade
de extintores será determinada (segundo a NR23 do
MTE) pelas condições seguintes, estabelecidas para
uma unidade extintora (U.E.):
106. CLASSE A : SIM
CLASSE B : SIM
CLASSE C : NÃO
CLASSE D : NÃO
B e A
ABAFAMENTO
E RESFRIAMENTO
ESPUMA
QUÍMICA
10 LITROS
EXTINTORES DE INCÊNDIO
107. UTILIZAÇÃO DOS EXTINTORES
Após se aproximar do foco do incêndio...
Tirar o pino
de segurança
Abrir o registro
do cilindro
externo (se houver)
Apertar o gatilho
Direcionar o jato na direção
do foco a favor do vento
Procurar espalhar ao
máximo o agente extinto
sobre o foco do incêndio
108. NÃO SE ESQUEÇA DE OBSERVAR A DIREÇÃO DO VENTO
NÃO SE ESQUEÇA DE ATACAR O FOGO DIRIGINDO O JATO PARA A
BASE DO MESMO
UTILIZAÇÃO DOS EXTINTORES
109. Inspeção e Manutenção em
extintores de incêndio
1- DEFINIÇÕES (NBR-12962/1998)
Exame periódico, efetuado por pessoal habilitado, que se realiza
no extintor de incêndio, com a finalidade de verificar se este
permanece em condições originais de operação.
Serviço efetuado no extintor de incêndio, com a finalidade de
manter suas condições originais de operação, após sua utilização
ou quando requerido por uma inspeção .
É feita anualmente preferencialmente por empresa
certificada pela ABNT.
110. Inspeção e Manutenção em
extintores de incêndio
1.1- INSPEÇÃO DOS EXTINTORES (NR-23)
Todo extintor deverá ter uma ficha de controle de
inspeção
111. Inspeção e Manutenção em
extintores de incêndio
Inspecionar visualmente a cada mês examinando-se:
- O seu aspecto externo;
- Os lacres;
- Os manômetros (quando o extintor for do tipo pressurizado),
verificando se o bico e válvulas de alívio não estão entupidos.
112. Inspeção e Manutenção em
extintores de incêndio
Cada extintor deverá ter uma etiqueta de identificação presa ao seu bojo, com
data em que foi carregado, data para recarga e nº de identificação. Essa
etiqueta deverá ser protegida convenientemente a fim de evitar que esses
dados sejam danificados.
113. Inspeção e Manutenção em
extintores de incêndio
1.2- MANUTENÇÃO DOS EXTINTORES (NBR-12962/1998)
Manutenção de primeiro nível
Manutenção geralmente efetuada no ato da inspeção por
pessoal habilitado, que pode ser executada no local onde
o extintor está instalado, não havendo necessidade de
removê-lo para oficina especializada.
Manutenção de segundo nível
Manutenção que requer execução de serviços com equipamento,
local apropriado e pessoal habilitado.
114. Inspeção e Manutenção em
extintores de incêndio
Manutenção de terceiro nível ou vistoria
Processo de revisão total do extintor, incluindo a
execução de ensaios hidrostáticos.
Aquele executado em alguns componentes do
extintor de incêndio sujeitos a pressão permanente
ou momentânea, utilizando-se normalmente a água
como fluido, que tem como principal objetivo
avaliar a resistência do componente a pressões
superiores a normal de carregamento ou de
funcionamento do extintor, definidas em suas
respectivas normas de fabricação.
Ensaio
hidrostático
115.
116. Equipamento para Combate a Incêndio
Hidrante
Os abrigos dos hidrantes geralmente alojam
mangueiras de 15 ou 30 metros e bicos que
possibilitam a utilização da água em jato ou
sob a forma de neblina, tipo Universal.
As mangueiras devem permanecer
desconectadas - conexão tipo engate rápido
- devem estar enroladas convenientemente
e sofrer manutenção constante.
Deve ser proibida a utilização indevida das
instalações de hidrantes. Ex: Lavar pisos
117. Equipamento para Combate a Incêndio
Hidrante
1) Abra a “ caixa de incêndio”.
2) Segure o esguicho da mangueira
retirando-o da “caixa de incêndio”.
3) Abra então o registro.
4) Após esticar bem a mangueira, dirija o
jato de água para a base do fogo.
Como utilizar os hidrantes de parede
121. Inspeção e Manutenção em
mangueiras de incêndio
(NBR-12962/1998)
Exame periódico, realizado por empresa capacitada, que se
efetua na mangueira de incêndio com a finalidade de
determinar a aprovação para uso, encaminhamento para a
manutenção ou
segregação do uso.
Serviço efetuado na mangueira de incêndio por empresa
capacitada, após a sua utilização ou quando requerido por
uma inspeção, com a finalidade de mantê-la aprovada para
uso.
122. Toda mangueira de incêndio deve ser
inspecionada e ensaiada hidrostaticamente
antes de ser colocada em uso (para mangueiras
novas pode ser aceito o certificado de ensaio
hidrostático emitido pelo
fabricante).
123. Deve-se realizar a inspeção e manutenção de toda a
mangueira em uso conforme a tabela abaixo:
124. Deve-se realizar a inspeção e manutenção de toda a
mangueira em uso conforme a tabela abaixo:
125. - Dificuldades para acoplar o engate das conexões (os flanges
de engate devem girar livremente).
NOTA: Recomenda-se que também seja verificada a
dificuldade de acoplamento das conexões com o hidrante e
com o esguicho da respectiva caixa/abrigo de mangueira. É
permitido utilizar chave de mangueira para efetuar o
acoplamento.Esta verificação pode ser feita pelo usuário.
- Deformações nas conexões provenientes de quedas, golpes
ou arraste.
- Ausência de vedação de borracha nos engates
das conexões ou vedação que apresente
ressecamento, presença de fendas ou corte.
126. - Ausência de marcação conforme a ABNT NBR
11861, que impossibilite a identificação do
fabricante. Neste caso, a mangueira deve ser
encaminhada para manutenção.
127. a) evitar contato com cantos vivos e pontiagudos;
b) evitar manobras bruscas de derivantes, entrada repentina de
bomba e fechamento abrupto de
esguichos, registros e hidrantes que causam golpes de aríete na
linha (a pressão pode atingir sete
vezes a pressão estática de trabalho, o que pode romper ou
desempatar uma mangueira);
c) evitar contato direto com o fogo, brasas e superfícies quentes;
d) evitar arraste da mangueira e uniões sobre o piso,
principalmente se ela estiver vazia ou com pressão
muito baixa (isto causa furos, principalmente no vinco);
Cuidados de preservação
128. e) evitar queda de conexões;
f) evitar contato da mangueira com produtos químicos e
derivados de petróleo, salvo recomendação
específica do fabricante;
g) evitar guardar a mangueira molhada;
h) evitar permanecer com a mangueira conectada no
hidrante;
i) evitar dobra acentuada da mangueira junto à união,
quando em operação;
129. j) não utilizar as mangueiras para algum outro fim (lavagem de
garagens, pátios etc.), que não seja o
combate a incêndio;
k) para maior segurança, não utilizar as mangueiras das caixas
ou abrigos em treinamento de brigadas,
evitando danos e desgastes. As mangueiras utilizadas em
treinamento de brigadas devem ser
identificadas e mantidas somente para este fim;
l) evitar a passagem de veículos sobre a mangueira durante o
uso, utilizando-se um dispositivo de
passagem de nível;
m) inspecionar as caixas e abrigos para verificar se eles são
eficazes para a conservação da mangueira.
133. Incêndio Incipiente (ou princípio de incêndio):
Evento de mínimas proporções e para o qual é
suficiente a utilização de um ou mais aparelhos
extintores portáteis.
Pequeno Incêndio: Evento cujas proporções exigem
emprego de pessoal e material especializado, sendo
extinto com facilidade e sem apresentar perigo
iminente de
propagação.
Médio Incêndio: Evento em que a área atingida e a
sua intensidade exige a utilização de meios e materiais
equivalentes a um socorro básico de incêndio,
apresentando perigo iminente de propagação.
134. Grande Incêndio: Evento cujas proporções
apresentam uma propagação crescente,
necessitando do emprego efetivo de mais de
um socorro básico para a sua extinção.
Extraordinário: Incêndio oriundo de abalos
sísmicos, vulcões, bombardeios e similares,
abrangendo quarteirões. Necessitando para a
sua extinção do emprego de vários socorros de
bombeiro, mais apoio do Sistema de Defesa
Civil.
137. Fenômeno apresentado quando, na fase de
queima livre de um incêndio, o fogo aquece
gradualmente todos os combustíveis do
ambiente. Quando determinados combustíveis
atingem seu ponto de ignição, simultaneamente,
haverá uma queima instantânea desses
produtos, o que poderá acarretar uma explosão
ambiental.
138. Segundo Grimwood (2003), o termo
flashover só foi introduzido mais tarde,
pelo cientista britânico Dr. Philip H.
Thomas, já nos anos 60, e serviu
inicialmente para descrever a teoria do
crescimento de um fogo até o ponto onde
ele se tornava um incêndio totalmente
desenvolvido.
139. Acontece devido ao aquecimento
gradual de todos os materiais
combustíveis presentes que alcançam,
simultaneamente, seu ponto de ignição.
140.
141.
142.
143.
144. Flashover por definição é "a participação
repentina de uma área ou compartimento
em chamas do piso ao teto causado pelo
feedback de radiação térmica”.
O feedback de radiação térmica é a
energia do fogo que irradia em volta do
espaço (volume e conteúdo) do
compartimento, das paredes, do piso, e
do teto.
145. A diminuição da oferta de oxigênio (limitação
da ventilação) poderá gerar o acúmulo de
significativas proporções de gases inflamáveis,
produtos parciais dos gases do incêndio e das
partículas de carbono (C) ainda não
queimadas. Se estes gases acumulados forem
oxigenados por uma corrente de ar
proveniente de alguma abertura no
compartimento produzirão uma deflagração
repentina.
146. O problema é que essas teorias acabaram tendo
algumas de suas definições traduzidas
incorretamente, o que causou alguma confusão
inicial. Em 1997, os também suecos Bengtsson
(Universidade de Lund) e Karlsson (Departamento
de Bombeiros de Helsingborg), redefiniram os
primeiros conceitos, de forma a encontrar um
modelo que melhor atendesse ao padrão
internacional e acabasse com as terminologias
contraditórias.
147. No Brasil, até 2005, não havia nenhum texto
científico que indicasse um uso padronizado, em
língua portuguesa, para esses termos, motivo pelo
qual foi sugerida a adoção dos seguintes verbetes:
Ignição súbita generalizada (flashover);
Ignição explosiva (backdraft); e
Ignição dos gases do incêndio (fire gas ignition).
148.
149. Olhe esse mar de chamas... que move-se
lentamente... suspenso somente alguns
centímetros acima da cabeça do
combatente... o que é isto? quais são os
perigos deste fenômeno?
150. Outro fato relevante é que os modernos
materiais construtivos, especialmente os
polímeros, produzem muito mais calor que
alguns materiais tradicionais (madeira,
gesso, tijolos, pedras, etc.).
Quando esses materiais sintéticos queimam
em espaços confinados, eles emitem gases
superaquecidos que podem ser tão ou até
mais mortais que as próprias chamas.
Tudo isso requer estudos e novas técnicas de
ataque ao fogo!
151. A rápida ou explosiva combustão
de gases aquecidos que ocorre
quando o oxigênio é introduzido
em um edifício que não foi
adequadamente ventilado e no
qual foi reduzido o abastecimento
de oxigênio devido o fogo.”
152. Através de uma queima lenta e
pobre em oxigênio, o fogo fica
confinado por algum tempo, sem
alimentação do comburente.
Quando o comburente entra no
local, ocorre uma explosão, onde é
dada esta denominação para o
fenômeno.
153. A partir dos anos 80, teorias formuladas
pelos engenheiros suecos, Krister
Giselsson e Mats Rosander,
revolucionaram os conceitos sobre a
dinâmica do fogo e ampliaram o
entendimento sobre o comportamento dos
incêndios interiores, ajudando a entender
melhor algumas ocorrências trágicas
onde bombeiros morreram ou ficaram
gravemente feridos.
EVOLUÇÃO HISTÓRICA
154. Em um incêndio interior podemos chegar a
um estágio onde a radiação térmica total
emitida pelo incêndio afete de tal forma os
gases aquecidos provenientes da *pirólise
dos materiais combustíveis que irá se
produzir uma ignição súbita generalizada,
ou seja, a inflamação de todas as superfícies
combustíveis expostas no ambiente.
* Pirólise: decomposição química, especialmente das
substâncias orgânicas, por aquecimento. Estudiosos
do assunto aconselham o termo “produtos não
queimados de pirólises” deveria ser substituído por
“gases aquecidos” na definição da NFPA (National Fire
Protection Association)
155. Existem quatro diferenças principais entre
um flashover e um backdraft. A primeira
diferença é que enquanto os backdrafts não
ocorrem com freqüência (um bombeiro
pode passar por essa experiência somente
um ou duas vezes durante toda sua
carreira), os flashovers acontecem com
relativa constância.
PRINCIPAIS DIFERENÇAS
156. A segunda diferença é que um
backdraft é um fenômeno explosivo
(evento identificado pela NFPA
como aquele que libera ondas de
choque que podem romper e lançar
estruturas) e o flashover não.
A terceira diferença está
relacionada com o período em que
o fenômeno ocorre durante o
incêndio.
157. A quarta diferença está ligada a causa
do fenômeno. Enquanto o backdraft
surge devido a entrada repentina de ar
fresco num espaço onde havia um
incêndio controlado pela falta de
ventilação, o efeito disparador do
flashover é devido ao aquecimento
gradual de todos os materiais
combustíveis presentes que alcançam,
simultaneamente, seu ponto de ignição.
158. Os bombeiros precisam aprender a ler os
incêndios. Da mesma forma que um médico
observa uma radiografia e interpreta lesões
que um leigo normalmente não conseguiria
enxergar, um bombeiro deve observar o
local do incêndio e identificar seus riscos e a
melhor forma de combatê-los. Os sinais de
advertência dos IPR devem ser ensinados a
todos os bombeiros.
159. O herói, é o covarde
que não teve tempo
de correr!
160. PROCEDIMENTOS BÁSICOS EM
LOCAIS DE INCÊNDIO
- Brigadadista de Incêndio -
Mantenha a calma.
Elabore uma Tática de Combate a Incêndio.
Aja sempre que possível em equipe.
Sendo necessário o uso de mangueiras, molhe o corpo.
Caso sinta sono ou tonteira, saia imediatamente do local.
A prioridade é para a manutenção da vida humana.
161. TÁTICA DE COMBATE A INCÊNDIO
1 - Existem vítimas?
2 - O quê queima?
3 - Onde queima?
4 - Quanto queima?
v Verificar recursos disponíveis.
v Definir procedimentos.
v Redefinir procedimentos, sempre que
necessário.
PRIORIDADE PARA MANUTENÇÃO DAS VIDAS HUMANAS
162. PROCEDIMENTOS BÁSICOS EM LOCAIS DE
INCÊNDIO
Público em Geral
v Mantenha a calma.
v Evite pânico, busque soluções.
v Improvise um filtro de ar com um pedaço de pano.
v Não retire as roupas, se possível molhá-las.
v Com muita fumaça, caminhe rastejando.
v Em prédio, desça sempre que possível.
v Use as escadas, não utilize elevadores.
v Feche as portas por onde passar, sem trancá-las.
163. PROCEDIMENTO PARA SOLICITAR O
CORPO DE BOMBEIROS
1 - DISQUE: 193 podendo ser chamado sem cartão
2 - INDIQUE: Qual a ocorrência (se incêndio ou Salvamento) .
Diga se há vítimas;
3 - CITE: A localização do prédio sinistrado (rua, número e
bairro). Se houver uma referência bastante conhecida nas
proximidades deve ser citada (cinema, Igreja, monumento,
cruzamento, etc.);
4 - DIGA: Seu nome completo e o número do telefone usado;
5 - DESLIGUE E AGUARDE: Junto ao aparelho a confirmação
do pedido pelos bombeiros. Enquanto isso o telefone não deverá
ser utilizado.
164. “Nem sempre da pra fazer
o que gostamos. Mas
aquele que gosta do que faz.
E sente orgulho em fazer
melhor. A cada dia vai mais
longe.”
165. “Se você conhece o inimigo e
conhece a si mesmo, não precisa
temer o resultado de cem batalhas.
Se você se conhece mas não
conhece o inimigo, para cada
vitória ganha sofrerá também uma
derrota. Se você não conhece nem
o inimigo, nem a si mesmo,
perderá todas as batalhas ...”
Sun Tzu
Conclusão - Pensamento