O documento discute as especificações e normas para projetos de instalações sanitárias, incluindo: 1) como projetar as tubulações considerando a localização dos aparelhos sanitários; 2) as partes principais de uma instalação de esgoto como coletores, tubos de queda e ramais; 3) normas como declividade adequada e uso de caixas de inspeção.
2. Na confecção do projeto de instalações de
esgotos sanitários, deve-se estar bem ciente;
pela planta de arquitetura, do local dos vários
aparelhos sanitários, da localização dos
coletores públicos de esgotos e águas pluviais
e dos itinerários a serem seguidos pelas
tubulações, que devem ser os mais curtos e
retilíneos possíveis.
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3. 1. INTRODUÇÃO:
A instalação de esgoto se destina ao recolhimento das
águas servidas.
Os fatores positivos que influem numa instalação bem
planejada são:
Bitola suficiente para a vazão de cada ramal e tronco
Declividade da tubulação adequada para um bom
escoamento
Eliminação, tanto quanto possível, de curvas
acentuadas ( substituir curva de 90 por duas de 45 )
Abundância de caixas de inspeção, principalmente
nas curvas
Colocação de caixa de gordura na cozinha
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4. O projeto completo compreende :
Planta da instalação
Esquema vertical
Desenhos de detalhes
Memorial descritivo
Especificações do material
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5. 2. PARTES DA INSTALAÇÃO DE
ESGOTO:
1. COLETOR PREDIAL: Tubulação entre a última inserção
de subcoletor, ramal de esgoto ou de descarga e o
coletor público ou fossa.
2. SUBCOLETOR: Tubulação que recebe efluentes de um
ou mais tubos de queda ou ramais de esgoto.
3. CAIXA DE INSPEÇÃO: Destinada a permitir a inspeção,
limpeza e desobstrução das tubulações.
4. TUBO DE QUEDA: Tubulação vertical, existente nos
prédios de dois ou mais andares, que recebe os
efluentes dos ramais de esgoto e dos ramais de
descarga.
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6. 5.RAMAL DE DESCARGA: Tubulação que recebe
diretamente efluentes de aparelhos sanitários.
6.RAMAL DE ESGOTO: Tubulação que recebe
efluentes de ramais de descarga.
7.TUBOS VENTILADORES: São tubos destinados a
possibilitar o escoamento de ar da atmosfera para
o interior da instalação de esgoto e vice-versa, com
a finalidade de protegê-la contra possíveis rupturas
dos fechos hídricos dos conectores ( caixas
sifonadas, vasos sanitários), e devem ultrapassar
do telhado em no mínimo 30 cm. O tubo ventilador,
quando desenvolve-se por um ou mais andares,
denomina-se coluna de ventilação. O trecho de um
tubo ventilador que interliga o desconector ou
ramal de descarga a uma coluna de ventilação
chama-se RAMAL DE VENTILAÇÃO.
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7. 8.DESCONECTORES: Dispositivo provido de fecho
hídrico destinado a vedar a passagem dos gases
(SIFÃO).
9.RALOS SIFONADOS E CAIXAS SIFONADAS: Esses
equipamentos possuem um "septo" que forma um
fecho hídrico.
10.RALO SECO: Não possui sifão. São utilizados para
coleta de água de terraço ou áreas de serviço,
permitindo um rápido escoamento das águas.
11.CAIXA DE GORDURA: Destinada a evitar depósito
de gordura nas paredes internas da tubulação,
provocando a diminuição do diâmetro da mesma.
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8. 12.FOSSA SÉPTICA: Unidade de sedimentação e
digestão, de fluxo horizontal e funcionamento
contínuo destinada ao tratamento primário do
esgoto sanitário. A fossa séptica permite
exclusivamente a separação entre os materiais
sólidos e os líquidos, tornando-os menos poluídos.
13.SUMIDOURO: Consiste em um buraco no solo, onde o líquido
efluente da fossa se dá por infiltração no terreno através das
paredes do poço.
14.INSTALAÇÃO PRIMÁRIA DE ESGOTO: Conjunto de
tubulações e dispositivos onde têm acesso gases
provenientes do coletor público ou da fossa.
15.INSTALAÇÃO SECUNDÁRIA DE ESGOTO: Conjunto de
tubulações e dispositivos onde não têm acesso gases
provenientes do coletor público ou da fossa.
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9. Esgoto primário - Traço cheio preto
Esgoto secundário - Tracejado preto
Ventilação - Pontilhado preto
Águas pluviais - Traço e ponto pretos
3. CONVENÇÕES A SEREM
ADOTADAS NO PROJETO:
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10. 4. Normas gerais de orientação para o
projeto e execução dos esgotos
sanitários:
1) permitir rápido escoamento dos despejos e
fáceis desobstruções;
2) vedar a passagem de gases e insetos para o
interior das casas;
3) nao permitir vazamento, escapamento de gases
ou acumulação no interior das canalizações;
4) impedir a contaminação da água de consumo e
dos gêneros alimentícios.
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11. 5. RAMAIS DE DESCARGA
Localizados os aparelhos, ligamos os seus ramais de
descarga:
a) lavatórios, banheiras, ralos de box, bidês e tanques de
lavagem aos desconectores (ralos sifonados ou caixas
sifonadas), à canalização primária (por meio de sifão)
ou à canalização secundária;
b) vasos sanitários, mictórios, à caixa de inspeção.
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12. Recomendam-se as seguintes declividades mínimas:
a) 2% para tubulações com diâmetro nominal igual ou
inferior a 75;
b) 1% para tubulações com diâmetro nominal igual ou
superior a 100.
O nosso sistema de esgotos é o chamado dual onde a
instalação é dividida em duas seções distintas.
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13. A primeira seção é conectada ao coletor público ou a
fossa, compreendendo as canalizações, os
dispositivos e os aparelhos sanitários que contém
gases provenientes desse coletor público ou dessa
fossa.
São coletores que contém gases: coletor predial,
subcoletores, ramais de esgotos, ramais de
descargas, tubos de queda, caixas de inspeção, caixas
detentoras, caixas sifonadas, vasos sanitários etc.
Essa seção constitui a "instalação primária de esgoto"
ou o "esgoto primário".
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14. A segunda seção é a que se encontra
desconectada do coletor público ou da
fossa, compreendendo as canalizações que
não contém gases provenientes desse
coletor ou dessa fossa; as descargas dessa
seção vão ter às caixas sifonadas, aos sifões
e aos demais desconectores.
Esse conjunto constitui o "esgoto
secundário". Pelo visto, os desconectores
separam nitidamente as duas seções.
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15. Toda a instalação de esgotos sanitários é mantida a pressão
atmosférica.
Em prédio de um pavimento, pelo menos um tubo ventilador
primário de 100 mm (4") deve ligar-se à caixa de inspeção ou
estar em junção com o coletor predial, subcoletor ao ramal de
descarga de um vaso sanitário, e ser prolongado acima da
cobertura do prédio.
Se o prédio for residencial e tiver no máximo 3 vasos sanitários, o
tubo de ventilação primário poderá ter 75 mm (3").
O tubo de ventilação destina-se a permitir o acesso do ar
atmosférico ao interior das canalizações, bem como impedir a
ruptura do fecho hídrico (esvaziamento da água) dos
desconectores (sifões, caixas e ralos sifonados e caixas de
gordura).
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16. 6. DIMENSIONAMENTO:
6.1 RAMAIS DE DESCARGA:
DIÂMETROS MÍNIMOS DOS RAMAIS DE DESCARGA :
APARELHO DIÂM. DO
RAMAL (mm)
BANHEIRA RESIDÊNCIA 40
BIDE 40
CHUVEIRO 40
LAVATÓRIO 40
VASO SANITÁRIO 100
PIA DE COZINHA (POR CUBA) 40
TANQUE DE LAVAR ROUPAS
(POR CUBA)
40
MÁQUINA DE LAVAR ROUPAS 40
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17. 6.2 RAMAIS DE ESGOTO:
DIÂMETROS MÍNIMOS DOS RAMAIS DE ESGOTO
QUANTIDADE DE
APARELHOS
DIÂM. DO RAMAL
ESGOTO (mm)
BANHEIROS
COM 2 APARELHOS SEM
BANHEIRA
40
COM 3 APARELHOS SEM
BANHEIRA
50
COM BANHEIRA MAIS
APARELHOS
75
COZINHA (ATÉ A CAIXA
DE GORDURA)
COM PIA DE UMA 1
CUBA
40
COM PIA DE 2 CUBAS 50
LAVANDERIAS
COM 1 TANQUE 40
COM TANQUE DE 2
CUBAS
50
COM MÁQUINA DE
LAVAR ROUPAS
75
COM MÁQ. DE LAVAR
ROUPAS E TANQUE
75
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18. 6.3 VENTILAÇÃO:
Para prédios residenciais de um só pavimento
que contenham no máximo 3 vasos sanitários,
o
tubo ventilador deverá ter um diâmetro de 75
mm.
Para que a ventilação funcione com eficiência,
a
distância de qualquer desconector até a ligação
do tubo ventilador que o serve, deverá ser de,
no máximo 1.80 m.
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19. 1. SUB-COLETORES: Deverão possuir diâmetro de 100 mm,
para uma declividade mínima de 1%, intercalados por caixas
de inspeção. As caixas devem ser previstas sempre que
houver mudança de direção do sub-coletor, ou quando
houver a interligação de outras tubulações a ele.
2. FOSSA SÉPTICA: A prática tem demonstrado que é
aconselhável admitir-se a capacidade útil de 1500 litros,
mesmo que a necessidade estimada não justifique essa
capacidade. Uma fossa séptica com 1500 litros está apta a
servir a uma habitação com no máximo 7 pessoas prevendo
uma limpeza a cada 2 anos ou um pouco mais.
3. SUMIDOURO: As dimensões devem variar de acordo com a
quantidade de líquido contribuinte e com o tipo de solo. O
fundo do poço deverá estar a uma profundidade de 1.5m
acima do lençol d'agua para evitar a poluição da água
subterrânea. Para evitar desmoronamento, as paredes
laterais são feitas em alvenaria (tijolo em crivo).
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