Vik Muniz é um artista plástico brasileiro radicado em Nova York conhecido por usar materiais inusitados como açúcar, chocolate e lixo em suas obras. Ele começou a usar esses materiais em 1988 para criar releituras de obras famosas. Muniz também fez trabalhos com catadores de lixo no Rio de Janeiro. Suas obras fazem parte de importantes acervos em museus ao redor do mundo.
1. http://www.e-biografias.net/vik_muniz/
Vik Muniz
Artista plástico brasileiro
Biografia de Vik Muniz:
Vik Muniz (1961) é artista plástico brasileiro, conhecido, por usar lixo e
componentes como açúcar e chocolate em suas obras. É radicado em Nova
York.
Nascido em SãoPaulo com o nome de Vicente José de Oliveira Muniz, chegou
a cursar Publicidade e Propaganda. Em 1983, passou a viver em Nova York.
A partir de 1988, começou a desenvolver trabalhos que faziam uso da
percepção e representação de imagens a partir de materiais como o açúcar,
chocolate, catchup e outros como o gel para cabelo e lixo. Naquele mesmo
ano, Vik Muniz criou desenhos de fotos que memorizou através da revista
americana Life. Muniz fotografou os desenhos e a partir de então, pintou-as
para conferir um ar de realidade original. A série de desenhos foram chamados
The Best of Life.
Vik Muniz fez trabalhos inusitados, como a cópia da Mona Lisa, de Leonardo
da Vinci, usando manteiga de amendoim e geléia como matéria prima. Com
calda de chocolate, pintou o retrato do pai da psicanálise, Sigmund Freud.
Muniz também recriou muitos trabalhos do pintor francêsMonet.
Um livro chamado Reflex - A Vik Muniz Primer, foi lançado em 2005, contendo
uma coleção de fotos de seus trabalhos expostos.
Uma de suas exposições mais comentadas foi a denominada Vik Muniz:Reflex,
no University of South Florida Contemporary Art Museum, também exposta no
Seattle Art Museum Contemporary e no Art Museum em Nova York.
Em 2010, foi produzido um documentário intitulado Lixo Extraordinário,sobre o
trabalho de Vik Muniz com catadores de lixo de Duque de Caxias, cidade
localizada na área metropolitana do Rio de Janeiro. A filmagem recebeu um
prêmio no festival de Berlim na categoria Anistia Internacional e no Festival de
Sundance.
2. O artista também se dedicou a fazer trabalhos de maior porte. Alguns deles
foram a série Imagens das Nuvens, a partir da fumaça de um avião, e outras
feitas na terra, a partir de lixo.
Vik Muniz
Mercado Arte | Vik Muniz | 21 de julho de 2012
“A grande crise de relevância que a arte contemporânea atravessa hoje não é por falta de
público, cultura ou interesse; é pelo preconceito conservador e paranóico de pessoas que
vêem a cultura como um privilégio, e não como um direito”.
Vicente José de Oliveira Muniz mais conhecido como Vik Muniz, é um artista plástico brasileiro
radicado em Nova York, que faz experimentos com novas mídias e materiais.
A contemporaneidade das obras de Vik Muniz está na utilização de materiais inusitados, como:
geleia, chocolate, pasta de amendoim, xarope, vinho, açúcar, materiais recicláveis, fios de
cabelo, arame, diamante, gel, pigmentos, comidas, etc e tal. A técnica criada por Vik Muniz
consiste na utilização desses variados e inusitados materiais e objetos na formação de
imagens que depois são fotografadas e ampliadas.
Vik Muniz – Foto
Normalmente seus trabalhos são releituras de grandes mestres da pintura: Leonardo da Vinci,
Claude Monet, Albert Dürer, Gerhard Richter, Andy Warhol, entre outros.
Investigando temas relacionados à memória, à percepção, à representação de imagens do
mundo das artes e meios de comunicação, o artista plástico Vik Muniz usa elementos
peculiares em seus trabalhos, revelando que grandes coisas podem surgir de simples
elementos usados no cotidiano.
3. Vik Muniz e sua obra
Com obras nos principais museus de arte contemporânea do mundo, como o Metropolitan, o
Whitney, o MoMA, de Nova York e o Reina Sofia, de Madrid, Vik Muniz, artista plástico
brasileiro conhecido no mundo inteiro, consegue utilizar a fotografia como meio de
representação de um diálogo com a História da Arte, que chega ao entendimento de todos pela
simplicidade dos materiais que utiliza, quebrando a idéia de que arte é algo que só quem lida
com ela entende.
Vik Muniz - Biografia
Vicente José de Oliveira Muniz mais conhecido como Vik Muniz nasceu em São Paulo/SP em
1961, radicado em Nova York, é artista plástico brasileiro conhecido, por usar lixo e
componentes como açúcar e chocolate em suas obras. Chegou a cursar Publicidade e
Propaganda na Fundação Armando Álvares Penteado – Faap em São Paulo. Em 1983, passou
a viver em Nova York, onde reside e trabalha.
A partir de 1988, começou a desenvolver trabalhos que faziam uso da percepção e
representação de imagens a partir de materiais como o açúcar, chocolate, catchup e outros
como o gel para cabelo e lixo. Naquele mesmo ano, Vik Muniz criou desenhos de fotos que
memorizou através da revista americana Life.
Muniz fotografou os desenhos e a partir de então, pintou-as para conferir um ar de realidade
original. A série de desenhos foram chamados The Best of Life.
Vik Muniz – Capa do CD da banda Tribalistas – Serie Chocolate
4. “A série The Best of Life são desenhos de fotografias muito famosas feitas
completamente da memória. Quando os desenhos eram bons o suficiente para se
parecer como uma má reprodução da imagem original, eu os fotografei e imprimi com a
mesma amostra de tons que nós normalmente vemos nessas imagens. Nesses trabalhos
eu tentei encontrar como a fotografia se parece em nossa cabeça quando não estamos
olhando para ela. Elas trazem as estruturas das famosas fotos, mas, na verdade, são
muito diferentes” explica o artista.
Suas obras podem ser encontradas em importantes acervos, como da Tate Modern e do
Victoria & Albert Museum, ambos em Londres.
Vik Muniz fez trabalhos inusitados, como a cópia da Mona Lisa, de Leonardo da Vinci, usando
manteiga de amendoim e geléia como matéria prima. Com calda de chocolate, pintou o retrato
do pai da psicanálise, Sigmund Freud. Muniz também recriou muitos trabalhos do pintor francês
Monet.
Na série Pictures of Magazines [Retratos de Revistas, 2003], expõe retratos de conhecidas
personalidades brasileiras, como o jogador Pelé e o presidente Luis Inácio Lula da Silva mas
também de um anônimo vendedor de flores. O artista realiza uma complexa operação de
decomposição e recomposição da imagem fotográfica. Os retratos são obtidos pela reunião de
pequenos fragmentos de páginas de periódicos que, sobrepostos em um trabalho preciso,
fazem surgir os rostos dos personagens retratados.
Um livro chamado Reflex – A Vik Muniz Primer, foi lançado em 2005, contendo uma coleção de
fotos de seus trabalhos expostos.
Uma de suas exposições mais comentadas foi a denominada Vik Muniz:Reflex, no University of
South Florida Contemporary Art Museum, também exposta no Seattle Art Museum
Contemporary e no Art Museum em Nova York.
Em 2010, foi produzido um documentário intitulado Lixo Extraordinário,sobre o trabalho de Vik
Muniz com catadores de lixo de Duque de Caxias, cidade localizada na área metropolitana do
Rio de Janeiro. A filmagem recebeu um prêmio no festival de Berlim na categoria Anistia
Internacional e no Festival de Sundance.
Vik Muniz e José Serra
O artista também se dedicou a fazer trabalhos de maior porte. Alguns deles foram a série
Imagens das Nuvens, a partir da fumaça de um avião, e outras feitas na terra, a partir de lixo.
Muniz busca na fotografia a expressão para questões de representação da realidade, ligando-a
ao desenho e à pintura, de forma não-convencional. Suas imagens suscitam no espectador a
sensação de estranheza, e o questionamento da fotografia como reprodução fiel da realidade.
Também inova ao estabelecer uma relação original entre o artista, a obra de arte e o
espectador, que deve refletir mas também se deixar levar pelos mecanismos da ilusão.
Formação
s.d. – São Paulo SP – Cursa publicidade na Fundação Armando Álvares Penteado – Faap
Curiosidades
5. Livro Vik Muniz: Obra Completa 1987-2009, Pedro Correa do Lago (Org.)
Editora Capivara
Este volume reúne a obra completa do artista, produzida nos primeiros 22 anos de sua carreira,
de 1987 a 2009. Neste catálogo, o leitor encontrará quase 1200 obras, que representam mais
de 1600 imagens, muitas reproduzidas em página inteira.
Livro VIK, Leonel Kaz e Nigge Loddi (Orgs.)
Editora Aprazível Edições
A publicação traça um paralelo entre as obras, materiais e técnicas utilizadas por Vik Muniz,
possibilitando uma reflexão bem humorada sobre a forma de ver e compreender as imagens
produzidas pelo artista.
Livro Reflex: Vik Muniz de A a Z, Vik Muniz
Editora: Cosac & Naify
Originalmente lançado em inglês para acompanhar uma mostra itinerante do artista nos
Estados Unidos, no início de 2006, o livro é uma oportunidade de conhecer mais
profundamente o trabalho de Vik, como também suas ideias a respeito da arte. Reflex,
representa, ainda, uma retrospectiva, desde as obras do final dos anos 1980, passando pelas
motivações do envolvimento do artista com a fotografia
Vik Muniz – Obra Sarah Bernhardt (clique para ampliar)
Acervos importantes
As fotografias feitas por Vik Muniz fazem parte do acervo particular e de galerias em São
Francisco, Madri, Paris, Moscou e Tóquio, além de museus como Tate Modern e o Victoria &
Albert Museum, em Londres, o Getty Institute, de Los Angeles, e o MAM, em São Paulo. A obra
“Boom”, integrante da série “The Sarzedo Drawings”, de 2002, fotografia de gelatina de prata
com viragem, está disponível a apreciação no Museu do Inhotim, em Brumadinho, Minas
Gerais.
Críticas
6. “Antes de mais nada Vik estabelece uma relação entre desenho e fotografia, entre memória e
presente, já que toma como ponto de partida e reminiscência de uma imagem célebre, por
exemplo, a de John Lennon em Manhattan. Ele desenha o clichê de memória.
Nessa etapa, a aptidão mais solicitada é a da retenção, como se todas as reproduções dessa
imagem tivessem desaparecido e como se contássemos apenas com o talento e a memória de
Vik para fazê-la renascer. Às vezes, ele interroga pessoas para completar esse quebra-cabeça.
Pouco a pouco, a figura trágica do Beatle aparece, como se estivesse em via de se compor na
bacia do revelador. Obviamente, a imagem foi congelada para sempre nos olhos do público,
verdadeiramente síntese do que se iria passar: seja o nome da cidade onde seria assassinado,
escrito sobre sua camiseta, os braços cruzados como se esperasse seu carrasco e os óculos
escuros de star.
Ele desenha o rosto de esfinge do membro mais articulado do conjunto de rock e, finalmente, a
grade atrás dele. No entanto, o desenho não é o produto final de Vik. O desenho conserva os
traços de suas luta mortal contra o esquecimento. Então, ele fotografa o desenho e o
desenvolve sobre um papel que possa dar a mesma granulação que uma radiofoto.
Vik Muniz – Atalanta e Hippomenes After Guido Reni (clique para ampliar)
Procede da mesma maneira com a lembrança do primeiro homem que pisou o solo lunar, a da
execução de um vietcongue suspeito, a da menina que corre nua pela estrada após a queda do
napalm. Todos esses clichês são provenientes da seleção das melhores fotos produzidas pela
revista Life, primeiro livro que Vik comprou nos Estados Unidos assim que chegou lá, em 1983,
quando possuía um conhecimento rudimentar do inglês.
A série ‘O melhor da Life’, realizada entre 1988 e 1990, remete então à recaptura de um
momento em que se sentia exilado, perdido e isolado. Para ser artista, lhe faltou reproduzir
7. este estado, como se o resgate do tempo reencontrado lhe fornecesse a chave definitiva de
sua vocação”.
Nelson Aguilar
Vik Muniz – Diamond Divas – 2004
“Há em Vik Muniz (…) alguns traços que gostaríamos de abordar. Primeiramente, seu
empenho no ‘fazer’, e não apenas na concepção de um trabalho, que é a tônica de sua
produção. Nesse ‘fazer’, está implícito seu domínio técnico para levar a cabo uma idéia.
Podendo partir da cópia de uma obra de arte ou de uma fotografia, minuciosamente, com
competência, pinça determinados artistas da história da arte – Corot, Coubert, Monet, Da Vinci,
Caravaggio, Rothko, Morris – pelo desafio ou pela admiração? – reproduzindo a obra de ‘outro’
à sua maneira. (…)
No caso de Vik Muniz, quando reproduz à sua maneira a obra de ‘outro’, referimo-nos aos
materiais por ele utilizados, diversos daqueles empregados na obra selecionada por sua
vontade. Fotografias reproduzidas com açúcar ou com detritos de lixo, ou uma Santa Ceia
recriada com chocolate líquido implicam numa licença poética de alto teor de criatividade.
Sabe-se que, na história da arte, este artista não está só em seus procedimentos. Já
Arcimboldo, no século XVI, compunha, com rara iventividade, perfis de personagens em
‘assemblages’ artificiosos de legumes, frutas e vegetais. (…)
Na série elaborada com chocolate líquido, por exemplo, sabemos que Vik reconstruiu essas
imagens através de um conta-gotas, com paciência quase oriental, e esse procedimento
continuou ao fotografar rapidamente a imagem fixada (…) em Cibachrome. O processo do
artista, decididamente maneirista, surpreende tanto pela similitude da imagem original com
aquela reproduzida como pelo frescor do brilho reluzente da deliciosa coloração do chocolate
que aflora nesses trabalhos. (…)
Poder-se-ia assinalar ser o seu um procedimento herdado do movimento pop dos anos 60?
Talvez, pois os artistas dessa década (seja Jasper Johns, como Oldenburg, Warhol ou
Lichtenstein, só para citar alguns poucos) copiaram ad infinitum páginas de jornais, fotografias
de pessoas célebres, repintaram latas de cerveja ou representaram latas de sopa,
reconstituiram anúncios e ambientes típicos da cultura visual norte-americana do tempo, com
leveza e senso de humor que também se aproxima daquele implícito no fazer artístico de Vik
Muniz.
8. Vik Muniz – Detalhes – Série Diamond Divas (clique para ampliar)
A cópia e o múltiplo, já se sabe, existem desde que as máquinas foram inventadas. E Vik Muniz
nelas se baseia, ao fazer da fotografia o produto final de seu trabalho. É por essa razão que
temos sempre em mente este artista plástico, desenhista, pintor que se utiliza da linha, ou de
técnicas mistas, mas que opta pela fotografia, com tiragem limitada para cada trabalho. Está,
assim, dentro de seu tempo e, simultânea e contraditoriamente, fora dele, ao fazer do
estritamente artesanal, manual, seu processo de trabalho. Que por esta mesma razão,
surpreende-nos e intriga-nos pelo latente paradoxo entre o processo e o instigante resultado
final. (…)
Mas essa é apenas uma das facetas da produção de Vik Muniz. Como desenhista, emerge
pleno de poesia quando seu traço flui em linearidade pura com um singelo fio de arame,
fixando, com economia máxima, objetos do cotidiano, um balanço, um rolo de papel higiênico,
um vestido leve de verão secando no varal. Imagens elaboradas para posterior documentação
fotográfica, sempre produto final de seus trabalhos. Nesta série em particular, ele vem nos
demonstrar que a poética está viva quando existe domínio técnico, quando uma idéia norteia a
obra, quando há um conceito a perseguir, enfim. (…)
Vik Muniz e Pelé
Outro dado que impressiona neste artista é que ele não cultiva a cópia como mera releitura ou
captação de um processo apenas para a obtenção da composição de uma imagem (…). Ele
não está interessado apenas em cópias perfeitas, pastiches de obras reconhecidas ou de fotos
famosas. O que se percebe, ao mesmo tempo em que se nota com clareza seu virtuosismo e
erudição, é que, a partir de uma imagem – a partir de uma representação – na solidão da
paciente elaboração de seus trabalhos, ocorre uma positiva diversidade na opção de meios
para suas ‘matrizes’ – papéis perfurados, algodão, chocolate líquido, açúcar, lixo, arame,
poeira, serragem, geléia, doce de leite, alfinetes, pantone. Entretanto, o êxito que tem rodeado
suas apresentações é também um desafio, pelo excesso de assédio do mercado e das
9. instituições. Que resista, portanto, com o necessário controle de qualidade, para que nos
mantenhamos neste encantamento frente à humorosa, extraordinária feição lúdica, ‘divertente’,
maravilhosa, do ato criativo em Vik Muniz”.
Aracy Amaral
Análise de Pedro Vasquez
Em visita ao MAM do Rio de Janeiro, o fotógrafo Pedro Vasquez analisa a repercussão da
mostra de Vik Muniz sobre o público não especializado
Nas três vezes em que visitei a exposição de Vik Muniz, no Museu de Arte Moderna no Rio de
Janeiro, fiquei mais impressionado com a reação do público do que com as obras propriamente
ditas. Não que estas não tivessem interesse, muito ao contrário: o que me chamou a atenção
foi justamente o profundo interesse que elas despertavam no numeroso público. Sobretudo
entre as crianças e os adolescentes que transitavam pela exposição com total descontração, se
apropriando do espaço do MAM com absoluta naturalidade. Sentia-se que elas estavam “em
casa” na companhia de Vik Muniz, de uma forma efetiva e prazerosa que nem as mais bem
intencionadas ações das monitorias dos projetos educativos conseguiam fazer, apesar de
visarem precisamente isso.
Assim, saí do museu nestas três ocasiões com a convicção de que, mesmo sem ser esta sua
preocupação ou obrigação, Vik Muniz estava exercendo com sua retrospectiva um poderoso
papel de formação de público, conquistando todo um novo contingente de futuros
frequentadores de museu e consumidores de cultura.
Vik Muniz – Divas de diamante (clique para ampliar)
Era possível constatar que aspecto lúdico e bem-humorado de sua produção sensibilizava
também o público mais idoso, que parecia estar se reconciliando ali com a arte depois de ter
sido gradativamente afastado dela por exposições demasiadamente herméticas, agressivas ou
pessimistas.
E, por outro lado, como os trabalhos expostos estabeleciam um diálogo com a história da arte,
o público adulto se encantava com as releituras elaboradas por Vik Muniz com suas
composições em mosaico, sentindo-se compelidas a rever as obras originais que o haviam
inspirado.
Acredito também que boa parte da capacidade que Vik Muniz tem de despertar empatia com o
público tenha origem no uso da fotografia para a finalização dos seus trabalhos, difíceis de
classificar, porém evidentemente mais próximos do desenho e da pintura (mesmo se os
10. materiais empregados sejam pouco ortodoxos como páprica e chocolate), ou da colagem e do
mosaico (ainda que essas composições sejam realizadas com dejetos, pedras preciosas ou
bichinhos de plástico).
Vik Muniz não é um fotógrafo ? no sentido de alguém que se expresse por intermédio de
imagens produzidas por meios estritamente fotográficos ? E sim um artista que possui grande
afinidade com a fotografia e a utiliza para a veiculação de trabalhos de natureza efêmera, já
que gêneros alimentícios se deterioram e diamantes devem ser devolvidos aos seus donos
depois de utilizados.
Ao passo que outras peças exijam desmontagem pelo fato de serem grandes demais, como as
composições feitas com lixo ou material de demolição. Mas a fotografia tem estado presente
em sua obra desde o começo, com os desenhos inspirados no livro sobre história da fotografia
da Time-Life e, depois, nos trabalhos baseados nos “Equivalentes” de Alfred Stieglitz. Sob esse
ponto de vista, pode-se dizer que Muniz faz o mesmo que no passado o dadaísta e surrealista
Man Ray fez: transita pela fotografia, pintura e escultura aproveitando o melhor destes mundos
para criar uma obra singular e bem-humorada.
Vik Muniz – Obra foi exposta no MASP
Entrevista ao Terra, 16 de junho de 2012
Rio+20, Vik Muniz
O mais conceituado artista brasileiro da atualidade está na Cúpula dos Povos, evento paralelo
à Rio+20, no aterro do Flamengo, na zona sul do Rio de Janeiro, para mais uma semana de
mobilização entre sua legião de “catadores de lixo” da vida cotidiana. Ao longo de uma tenda
1,2 mil m², a imagem projetada da baía de Guanabara, aos poucos, vai ganhando o formato
que o mundo consagrou no documentário ‘Lixo Extraordinário’ (2009), que chegou a ser
indicado ao Oscar daquele ano.
“É uma situação bastante única, geralmente o artista reserva para si o mérito da feitura. Nesse
caso, eu acho muito mais interessante que seja uma experiência mais comum, que todo mundo
faça parte”, explica o artista, que, com material reciclável trazido pelo público, como garrafas
pet, latas de alumínio, e caixas de leite, vai dando forma a mais uma obra interativa para o seu
currículo, que só será finalizada na próxima sexta-feira, último dia da conferência das Nações
Unidas.
11. Vik Muniz – Chocolate Series (clique para ampliar)
O “Projeto Paisagem” terá em seu produto final uma espécie de cartão postal reciclável, ou
melhor, com uma mensagem de sustentabilidade, para chamar a atenção para o descarte
irresponsável destes materiais no meio ambiente.
Em uma entrevista exclusiva ao Terra, Vik Muniz fala não só da sua mais recente intervenção,
como atesta a sua visão um pouco pessimista para com as discussões que vem ocorrendo
desde a última quarta-feira.
“Eu vejo esse início como bastante disperso, existe uma infinidade de coisas acontecendo na
cidade que fazem com que possa ocorrer uma certa distração em relação aos propósitos
centrais dessa conferência”, afirma, criticando ainda a forma como foi conduzido o processo de
retirada dos catadores do aterro de Jardim Gramacho, palco do seu documentário, pela
prefeitura do Rio após o seu fechamento.
“O modo como essa compensação foi distribuída individualmente entre os catadores eu acho
isso um absurdo. Você chegar e dar R$ 14 mil para 1,7 mil pessoas que não têm conta no
banco, que não fazem asfalto, e que não fazem infraestrutura. Assim não dá”, dispara. Confira
abaixo a entrevista exclusiva com o artista plástico.
Terra: Quando o visitante entra na tenda da sua obra, ele vê a seguinte mensagem na
porta: “O homem se relaciona com o meio ambiente através da paisagem”. Esse
processo acontece de que forma na sua opinião?
Vik Muniz: A paisagem é como o homem internaliza a natureza. Nós possuímos certas
limitações de sentidos que fazem com que o meio ambiente assuma um aspecto simbólico e
linguístico e possa ser compreendido. Acho que a ideia de você criar uma situação onde você
pode lidar com aspectos dessa discussão de uma outra forma, cria-se uma possibilidade de
você começar a entender que existem alternativas. Até para liberar e abrir um pouco a cabeça
para achar outras formas de discutirmos isso.
12. Vik-Muniz – Série Chocolate (clique para ampliar)
Terra: O material reciclável entra em que contexto? Qual a mensagem?
Vik Muniz: A ideia de você criar uma construção a partir de um material, cuja estética, pela
associação ao significado do lixo, já está muito poluída, já impregna tudo que não é usável.
Você pegar aquilo e fazer uma coisa bonita, você já está recarregando o potencial desses
materiais com a promessa de reutilização. Quase tudo é reutilizável.
Terra: Junto a isso tem todo um processo de mobilização, das pessoas fazerem parte da
sua obra.
Vik Muniz: Você fazer disso uma proposta interativa, e trabalhar com pessoas, ao invés de
falar: ‘olha só que lindo o que eu fiz’, é bastante prazeroso. E também não é muito difícil fazer,
você abre o processo a todo mundo, é um truque que eu uso. Você coloca o público dentro do
estúdio. É uma situação bastante única, geralmente o artista reserva para si o mérito da feitura.
Nesse caso, eu acho muito mais interessante que seja uma experiência mais comum, que todo
mundo faça parte, e que eu esteja ali apenas como uma espécie de facilitador.
Terra: Qual a sensação que você tem quando vê o produto final, quando você olha a time
lapse (imagem que mostra do início ao fim da obra em movimentos rápidos) e ve que sua
ideia se materializou, e está ali, na sua frente?
Vik Muniz: É a sensação mais importante de todo o aspecto artístico, que é a sensação de
transformação, você vê uma coisa virar outra coisa. A gente não dá muita bola quando está
vendo uma pintura, por exemplo, e você vê o arranjo daquela substância, que é de origem
animal, ou mineral, vegetal, que são os pigmentos, os olhos, o que entra dentro da pintura.
Naquele arranjo você vai ver um retrato, ou uma natureza morta. Nesses casos, você não
consegue sentir o processo de transformação. Aqui, a metáfora é duplamente importante. Você
está transformando uma coisa em outra usando elementos, cuja natureza, como material, já te
possibilita essa transformação. A garrafa pet, a lata de alumínio, tudo que está aqui pode ser
transformado de outra forma. Todo esse material que está aqui pode dar vida a milhões de
outras paisagens.
Vik-Muniz – Série Chocolate (clique para ampliar)
13. Terra: Mas a sua obra de arte, de qualquer forma, por mais que seja uma paisagem, não
dá para comparar com outro tipo de transformação urbana, por exemplo. Ou dá?
Vik Muniz: O interessante é que você está fazendo o retrato da cidade dentro dela. É o
símbolo dentro do símbolo. Quando você está falando de meio ambiente parece que a gente
está falando da natureza que está lá fora. Às vezes dificulta o pensamento e a cognição, de
você falar de um sistema dentro dele. É uma proposta lógica bastante complicada. A gente
quer trazer este paradigma para dentro desta situação. A cidade sou eu quem faço, é uma
experiência para meditar um pouco sobre o símbolo da cidade, como ela pode ser executada.
Terra: Já se passaram três anos do lançamento de ‘Lixo Extraordinário’ e o aterro de
Gramacho, inclusive, já fechou. Como você vê hoje a situação dos catadores de material
reciclável?
Vik Muniz: O filme trouxe para o público, inclusive internacional, a questão do catador, ele deu
um nome, uma cara. O catador se chama Tião Santos (protagonista e presidente da
associação de catadores), virou um personagem bastante importante nessa discussão. Não
existiam propostas antes, nenhuma luz no fim do túnel. Quando eu perguntei para o Tião,
quatro anos atrás, o que ele achava do fechamento do aterro, ele não soube me dizer
absolutamente nada. Hoje, não, ele tem planos, possibilidades, ele é uma figura ativa e atuante
nesta discussão.
Terra: Com o fechamento de Gramacho, os catadores receberam uma indenização da
Prefeitura e foram alocados para outras tarefas profissionais. Isso basta?
Vik Muniz: Eu tenho críticas em relação a isso. O modo como essa compensação foi
distribuída individualmente entre os catadores, eu acho isso um absurdo. Você chegar e dar R$
14 mil para 1.700 pessoas que não têm conta no banco, que não fazem asfalto, e que não
fazem infraestrutura. Eu sei porque as pessoas que participaram do filme eu contribuí como
compensação, como ajuda de custo, e esse dinheiro vai embora muito rápido. Para você fazer
uma vida você precisa mais do que R$ 14 mil, você já está no prejuízo. Gramacho ainda é uma
situação de perigo, tanto social, quanto ambiental.
Vik Muniz – Obra
Terra: Ambiental em que aspecto?
Vik Muniz: No entorno de Gramacho existe uma quantidade imensa de lixões clandestinos,
onde as pessoas trabalham ali nas mesmas condições precárias antes da regularização do
14. aterro. A diferença é que ao invés de um projeto de engenharia, hoje em dia eles não tem mais
como aterrar o lixo, então eles queimam. Eu até comentei isso com o prefeito (Eduardo Paes),
que quando eu cheguei em Gramacho eu consegui fazer uma (imagem) aérea e era tudo limpo.
Hoje você enxerga uma nuvem de fumaça oriunda dessas queimadas que estão em volta que
fica quase que impossível fotografar o aterro como um todo. Acho que se não houver uma
proposta de mudança econômica para a região, relativa à reciclagem mesmo, o lixão só vai
fechar o centro dele, e o entorno vai começar a complicar. Eu não estou muito otimista em
relação a isso, não.
Terra: Como você está vendo a Rio+20, a Cúpula dos Povos, todas estas discussões
envolvendo o meio ambiente. Vê de forma pessimista também?
Vik Muniz: Pessimista, não, mas as discussões importantes ainda não começaram. Eu vejo
esse início como bastante disperso, existe uma infinidade de coisas acontecendo na cidade
que fazem com que possa ocorrer uma certa distração em relação aos propósitos centrais
dessa conferência. Como artista, a minha parte está mais voltada para a epistemologia. A
gente fala sobre meio ambiente, discute ele, mas com uma linha de pensamento que tem uma
evolução. E o artista vive mexendo com essas percepções do meio ambiente, é o que eu
chamo de paisagem. Então, a maneira como nós vemos o meio ambiente hoje em dia tem uma
linha evolucionária que foi muito desenvolvida através da arte. Através de pessoas que
estavam preocupadas com a forma como nós vemos o meio ambiente. Tem aquela história:
você olha a meteorologia, e ela tem diz que são 25 graus, mas aí hoje em dia você tem quase
que a obrigação de dizer que a sensação é de 28 graus. Então, entre o quantitativo e o
sensorial existe um grande abismo. Acho que é isso que temos que começar a pensar. A
discussão do meio ambiente é que você tem números que significam coisas diferentes, para
pessoas diferentes com interesses diferentes. Não estou querendo mudar o mundo com essa
ideia aqui, por exemplo, mas talvez para as pessoas elas vão ter a sensação de que podem
mudar o mundo, ao invés de olhar a meteorologia. Acho que é por aí.
Exposições Individuais
1988
Nova York (Estados Unidos) – Individual, na PS122
Nova York (Estados Unidos) – Individual, na Stux Gallery
1989
Nova York (Estados Unidos) – Individual, na Stux Gallery
1990
Nova York (Estados Unidos) – Individual, na Stux Gallery
San Francisco (Estados Unidos) – Individual, na Stephan Wirtz Gallery
Santa Monica (Estados Unidos) – Individual, na Meyers/Bloom Gallery
1991
Barcelona (Espanha) – Individual, na Galeria Berini
Colônia (Alemanha) – Individual, na Kicken-Pausebach
Nova York (Estados Unidos) – The Best of LIFE, na Stux Gallery
Paris (França) – Individual, na Galerie Claudine Papillon
São Paulo SP – Individual, no Gabinete de Arte Raquel Arnaud
1992
Luxemburgo (Luxemburgo) – Individual, na Gallerie Beaumont
Nova York (Estados Unidos) – Individual, na Stux Gallery
15. Turin (Itália) – Individual, na Claudio Botello Arte
1993
Nova York (Estados Unidos) e Verona (Itália) – Equivalents, na Tricia Collins Contemporary Art
e na Ponte Pietra Gallery
1994
Nova York (Estados Unidos) – Representations, na Wooster Gardens
Turin (Itália) – Individual, na Galeria Claudio Botello
1995
São Paulo SP – The Wire Pictures, na Galeria Camargo Vilaça
1996
Curitiba PR – Individual, na Galeria Casa da Imagem
Nova York (Estados Unidos) – The Best of Life, na Wooster Gardens
Nova York (Estados Unidos) – The Sugar Children, na Tricia Collins Contemporary Art
San Francisco (Estados Unidos) – Pantomimes, na Rena Bransten Gallery
São Paulo SP – Individual, na Galeria Camargo Vilaça
Nova York (Estados Unidos) – Pictures of Thread, no Wooster Gardens
1997
Santa Monica (Estados Unidos) – Individual, na Dan Bernier Gallery
São Paulo SP – Individual, na Galeria Camargo Vilaça
1998
Lisboa (Portugal) – Individual, na Galeria Módulo
Nova York (Estados Unidos) – Flora Industrialis, no Brent Sikkema Gallery
Nova York (Estados Unidos) – Seeing is Believing, no International Center of Photography
San Francisco (Estados Unidos) – Individual, na Rena Bransten Gallery
1999
Chicago (Estados Unidos) – Seeing is Believing, no Museum of Contemporary Photography,
Columbia College
Estocolmo (Suécia) – Individual, na Galeri Lars Bohman
Honolulu (Estados Unidos) – Individual, no The Contemporary Museum
Milão (Itália) – Individual, no Photo & Co
Nova York (Estados Unidos) – Beyond the Edges, no The Metropolitan Museum of Art
Paris (França) – Flora Industrialis, na Caisse des Dèpôts et Consignations
Paris (França) – Fresh Paint, na Galerie Renos Xippas
Paris (França) – Individual, no Centre National de la Photographie
Roma (Itália) – Individual, na Gian Enzo Sperone Gallery
Tucson (Estados Unidos) – Seeing is Believing, Center for Creative Photography, The
University of Arizona
2000
Amsterdã (Holanda) – Individual, na Foundation Huis Marseille
Honolulu (Estados Unidos) – Seeing is Believing, no The Contemporary Museum
Lausanne (Suíça) – Images Pièges, no Musée de l´Elysee
Nova York (Estados Unidos) – Photographs & Personal Articles, na Ubu Gallery
Nova York (Estados Unidos) – Pictures of Ink, na Brent Sikkema Gallery
Pittsburgh (Estados Unidos) – Clayton Days: picture stories, no The Frick Art & Historical
Center
16. San Francisco (Estados Unidos) – Earthworks, na Rena Bransten Gallery
São Paulo SP – O Objeto Invisível, na Galeria Camargo Vilaça
Saratoga Springs (Estados Unidos) – Vik Muniz: a retrospective, no The Tang Teaching
Museum and Art Gallery at Skidmore College
Tóquio (Japão) – Individual, na Gallery Gan
2001
Madri (Espanha) – Individual, na Galería Elba Benítez
Nova York (Estados Unidos) – The Things Themselves: pictures of dust, no Whitney Museum of
American Art
Recife PE – Ver é crer, no Mamam
Rio de Janeiro RJ – Ver para Crer, no MAM/RJ
São Paulo SP – Clayton Days: picture stories, no Instituto Cine Cultural
São Paulo SP – Individual, na Galeria Fortes Vilaça
São Paulo SP – Ver para Crer, no MAM/SP
2002
Fortaleza CE – Pictures of Earthworks: the Sarzedo drawings, no Centro Dragão do Mar de
Arte e Cultura
2003
Rio de Janeiro RJ – Retratos de Revista, no Paço Imperial
São Paulo SP – Vik Muniz: trabalhos monádicos e fotografias, na Galeria Fortes Vilaça
2004
São Paulo SP – Retratos de Revista, na Pinacoteca do Estado
2005
São Paulo SP – Divas e Monstros, no CCBB
Exposições Coletivas
1988
Nova York (Estados Unidos) – Gravity and Blindness, na PS 122
Santa Monica (Estados Unidos) – The New Proverty II, no Meyers/Bloom Gallery
1989
Colônia (Alemanha Ocidental, atual Alemanha) – Wortlaut: Konzepte Zwischen Visueller Poesie
& Fluxus, na Galerie Schüppenhauer
Diepenheim (Holanda) – De Rozeboomkamer, na Beeldenroute Foundation
Nova York (Estados Unidos) – Buena Vista, na John Gibson Gallery
Nova York (Estados Unidos) – Coletiva, na Craig Cornelius Gallery
Nova York (Estados Unidos) – Coletiva, no Stux Gallery
Nova York (Estados Unidos) – Fluxus and Friend, no Emily Harvey Gallery
Nova York (Estados Unidos) – Frames of Reference, no The Gallery
Nova York (Estados Unidos) – Obscured, na Josh Baer Gallery
Nova York (Estados Unidos) – The Contemporary Triptych, na Jamison/Thomas Gallery
Nova York (Estados Unidos) – The Last Laugh; Humor, Irony, Self-Mockery & Derision, no
Massimo Audiello Gallery
Santa Monica (Estados Unidos) – Coletiva, no Karl Bornstein Gallery
1990
Amsterdam (Holanda) – Non Sculpture, na Galerie Barbara Farber
17. Baltimore (Estados Unidos) – Coletiva, Baltimore Sales and Rental Gallery, no Baltimore
Museum
Barcelona (Espanha) – Coletiva, na Fernando Alcolea
Cleveland (Estados Unidos) – On the Edge Between Sculpture and Photography, na Cleveland
Center for Contemporary Art
Dayton (Estados Unidos) – Assembled, na Wright State University
Düren (Alemanha) – 3rd International Biennale der Papierkunst 19, no Leopold-Hoesch
Museum
Nova York (Estados Unidos) – Constructed Illusion, no Pace MacGill Gallery
Nova York (Estados Unidos) – Drawing, na Althea Viafora
Nova York (Estados Unidos) – Frames of Reference, na The Gallery
Nova York (Estados Unidos) – Framing Cartoons: In and out of context, Loughelton Gallery
Nova York (Estados Unidos) – Semi-Objects, na John Good Gallery
Nova York (Estados Unidos) – Stuttering, na Stux Gallery
Nova York (Estados Unidos) – Total Metal, na Simon Watson Gallery
Paris (França) – All’s Quiet On The Western Front, Espace Dieu, na Galerie Antoine Candau
Paris (França) – U.S.A. Annees 90, na Galerie Antoine Candau, l’Espace-dieu
San Francisco (Estados Unidos) – Functional Fantasy, TransAmerica Pyramid Lobby
1991
Akron (Estados Unidos) – The Encompassing Eye, Photography as Drawing, na University Art
Galleries, University of Akron
Amsterdã (Holanda) – The Neighborhood, no A.I.R.
Aosta (Itália) – Theoretically Yours
Atlanta (Estados Unidos) – Outside America, na Fay Gold Gallery
Bolonha (Itália) – Anni Novanta, na Galleria d’Arte Moderna
Hartford (Estados Unidos) – Mike Kelley/Vik Muniz/Jim Shaw, na Real Art Ways
Hartford (Estados Unidos) – The Fettish of Knowledge, na Real Art Ways
Nova York (Estados Unidos) – Ornament, na John Post Lee
Nova York (Estados Unidos) – SummerReview 91, Stux Gallery
Nova York (Estados Unidos) – Timely Objects with Ironic Tendencies, na Rosa Esman Gallery
Nova York (Estados Unidos) e Brescia (Itália) – Dissimilar Identity, na Scott Alan Gallery e no
Museo Ken Damy di Fotografia Contemporanea
Paris (França) – Gallery Artists, Galerie Claudine Papillon
Paris (França) – Real Fake, na Foundation Cartier, Jouy-en-Josos
Pittsburgh (Estados Unidos) – Emil Lucas/Vik Muniz/Jim Hyde, na Steve Mendelson Gallery
San Francisco (Estados Unidos) – Framed, na Stephen Wirtz Gallery
Santa Monica (Estados Unidos) – The-Art-Over-The-Sofa Exhibit, no Boritzer/Gray Gallery
Torim (Itália) – The New Low, na Galeria Claudio Bottello
1992
Aosta (Itália) – Theoretically Yours
Brescia (Itália) – Oltrefoto, no Museo Ken Damy di Fotografia Contemporanea
Nova York (Estados Unidos) – Brent Sikkema Fine Arts
Nova York (Estados Unidos) – Detour, no The International House
Nova York (Estados Unidos) – International House
Nova York (Estados Unidos) – Les Enfants Terribles, no Wooster Garden
Nova York (Estados Unidos) – Multiple Orgasm, no Arena
18. Nova York (Estados Unidos) – Re: Parceling Perception, no Four Walls
Paris (França) – Diversite Latino Americaine, na Gallery 1900/2000
Paris (França) – Gallery Artists, na Galerie Claudine Papillon
Paris (França) – Selective Passage, no Jusse Segan
Prato (Itália) – Life Size: Small, Medium, Large, no Museo D’Arte Contemporaneo Luigi Pecci
Prato (Itália) – The Collection, no Centro per l’arte Contemporaneo Luigi Pecci
Ridgefield (Estados Unidos) – Multiples, no The Alldrich Museum of Art
1993
Itália – Sound, no Museo D’Arte Moderna-Bolazano
Loreto (Estados Unidos) – The Alternative Eye: Photography for the 90′s, no Southern
Alleghenies Museum
Nova York (Estados Unidos) – Coletiva, no Wooster Gardens
Nova York (Estados Unidos) – Coletiva, Tom Cugliani Gallery
Nova York (Estados Unidos) – Elvis Has Left the Building
Nova York (Estados Unidos) – Hypercathexis: Layers of Experience, na Stux Gallery
Nova York (Estados Unidos) – Jean-Francois Millet, A Dialogue, no Phillpe Briet Gallery
Nova York (Estados Unidos) – Moving Shadows, no Tennisport Arts
Nova York (Estados Unidos) – Wasteland no, Dooley Le Cappellaine Gallery
Paris (França) – Jours Tranquilles a Clichy
Post-Verbum, Pallazzo della Regione Bergamo
Torim (Itália) – Time to Time, no Castello de Rivara
1994
Frankfurt (Alemanha) – Jetleg, na Gallerie Martina Detterer
Harford (Estados Unidos) – Garbage, na Real Art Ways
Nova York (Estados Unidos) – A Fistful of Flowers, no Grand Salon
Nova York (Estados Unidos) – Across The River And Into The Woods, The Rushmore Festival
At Woodbury, NY, Curated by Collins and Milazzo
Nova York (Estados Unidos) – Crash, The Thread Waxing Space, NYC, NY
Nova York (Estados Unidos) – Possible Things, Marcel Sitcoske
Nova York (Estados Unidos) – Single Cell Creatures, no Katonah Museum of Art, Katonah
Nova York (Estados Unidos) – Up the Stablishment: Reconstructing The Counterculture, no
Sonnabend Gallery
1995
Curitiba PR – Mostra America, na Fundaçao Cultural de Curitiba
Dallas (Estados Unidos) – Blindspot, no The MAC, Dallas Artist Research and Exhibition
Houston (Estados Unidos) – Changing Perspectives, no Contemporary Art Museum
Los Angeles (Estados Unidos) – Recent Aquisitions, no Los Angeles County Museum
Nova York (Estados Unidos) – A Drawing, no Bravin Post Lee Gallery,
Nova York (Estados Unidos) – Garbage, no Thread Waxing Space
Nova York (Estados Unidos) – Group Show, no Margareth Murray Fine Arts
Nova York (Estados Unidos) – The Cultured Tourist, no Center For Photography At Woodstock
Nova York (Estados Unidos) – Wheel of Fortune, no Lombard/Fried Gallery
Rio de Janeiro RJ – 24º Panorama de Arte Brasileira, no MAM/RJ
San Francisco (Estados Unidos) – Blue, no Steven Wirtz Gallery
San Francisco (Estados Unidos) – Group Show, na Steven Wirtz Gallery
19. San Francisco (Estados Unidos) – The Photographic Condition, no San Francisco Museum of
Modern Art
São Paulo SP – Panorama da Arte Contemporanea Brasileira, MAM/SP
São Paulo SP – 24º Panorama de Arte Brasileira, no MAM/SP
Verona (Itália) – Nonsolofotografia, na Galeria Ponte Pietra
1996
Chicago (Estados Unidos) – Some Assembly Required, no The Art Institute of Chicago
Graz (Áustria) – Inclusion/Exclusion, no Steirischer Herbs
Nova York (Estados Unidos) – Recent Aquistions, no The Metropolitan Museum of Art
Nova York (Estados Unidos) – The Subverted Object, na UBU Gallery
Rio de Janeiro RJ – Novas Aquisições, MAM/RJ
San Jose (Estados Unidos) – Shadow Play, no Institute of Contemporary Art
Santa Fé (Estados Unidos) – Material Matters, na A.O.I. Gallery
São Paulo SP – Bis, na Galeria Camargo Vilaça
Zurique (Suiça) – Wesenchau: Disingenuous Images, na Galerie Renee Ziegler
1997
Blérancourt (França) – Une Fleur des Photographes: L’Arum, no Musée National de la
Coopération franco-américaine, Chateau de Blérancourt
Chicago (Estados Unidos) – New Faces and Other Recent Acquisitions, no The Art Institute of
Chicago
Cidade do México (México) – New Faces and Other Recent Acquisitions, no Centro Arte
Contemporaneo
Nova York (Estados Unidos) – 20 Years, Almost, no Robert Miller Gallery
Nova York (Estados Unidos) – Hope, no The National Arts Club
Nova York (Estados Unidos) – New Photography 13, no Museum of Modern Art
Nova York (Estados Unidos) – Normotic, no One Great Jones
Nova York (Estados Unidos) – One Line Drawing, no UBU Gallery
Nova York (Estados Unidos) – Ut Scientia Pictura, no Paolo Baldacci Gallery
Paris (França) – Artistes Latino-Americains, na Daniel Templon
Paris Photographie d’une Collection, no Caisse des Dépôts et Consignations, 13 Quai Voltaire
San Francisco (Estados Unidos) – Pool, na Rena Bransten Gallery
Valencia (Espanha) – Colección Ordônez Falcôn de Fotografia, no IVAM. Centre Julio
Gonzalez
1998
Berlim (Alemanha) – Coleção Gilberto Chateaubriand, MAM/RJ, no Haus der Kulturen der Welt
Copenhagen (Dinamarca) – The Garden of the Forking Paths, no Kunstforeningen
Londres (Inglaterra) – Group Exhibition, na The Cannon Gallery for Photography e no The
Victoria and Albert Museum
Memphis (Estados Unidos) – The Cottingley Fairies and Other Apparitions, no The Brooks
Museum of Art
Nova York (Estados Unidos) – Internality/Externality, na Galerie Lelong
Nova York (Estados Unidos) – The Cultured Tourist,no Leslie Tonkonow
Paris (França) – La Collection II, na Foundation Cartier pour l’art contemporain
Paris (França) – Le Donnè, le fictif, no Centro National de la Photographie
Rio de Janeiro RJ – Arte Brasileira no Acervo do Museu de Arte Moderna de São Paulo:
doações recentes 1996 – 1998, no CCBB
20. Rio de Janeiro RJ – Horizonte Reflexivo, no Centro Cultural Light
Saltzburg (Áustria) – Das Mass der Dinge, na Ursula Blickle Stiftung
Kraichtal (Alemanha) – Das Mass der Dinge, na Galerie Im Traklhaus
San Diego (Estados Unidos) – Double Trouble, The Patchett Collection, no Museum of
Contemporary Art
San Francisco (Estados Unidos) – Food, no Marcel Sitcoske Gallery
San José (Estados Unidos) – In Over Our Heads: The Image of Water in Contemporary Art, no
San Jose Museum of Art
São Paulo SP – 24ª Bienal Internacional de São Paulo, na Fundação Bienal
São Paulo SP – City Canibal, no Paço das Artes
São Paulo SP – O Moderno e o Contemporâneo na Arte Brasileira: Coleção Gilberto
Chateaubriand – MAM/RJ, no Masp
São Paulo SP – Urban Canibal, no Paço das Artes
1999
Bogotá (Colômbia) – De Brasil: alquimias y processos, na Biblioteca Luis Ángel Arango.
Liverpool (Inglaterra) – 1st Liverpool Biennial of Contemporary Art, na Tate Gallery
Londres (Inglaterra) – Abracadabra, no The Tate Gallery
Nova York (Estados Unidos) – Museum As Muse: Artist Reflect, no MoMA
San Francisco (Estados Unidos) – Eye Candy, na Rena Bransten Gallery
São João da Boa Vista SP – 2ª Semana Fernando Furlanetto Fotografia, no Tearto Municipal
Seattle (Estados Unidos) – Cherry, no James Harris Gallery
2000
Buenos Aires (Argentina) – Brasil: plural y singular, no Museu de Arte Moderno de Buenos
Aires
Curitiba PR – Novas Tendências, na Casa Vermelha
Guadalajara (México) – America Foto Latina: la fotografia en el arte contemporáneo, no Museo
de Las Artes de La Universidad de Guadalajara
Lausanne (Suíça) – Vik Muniz/Geraldo de Barros, no Musée de l’Elysée
Nova York (Estados Unidos) – 2000 Whitney Biennial, no Whitney Museum of American Art
Rio de Janeiro RJ – A Imagem do Som de Gilberto Gil, no Paço Imperial
Salvador BA – A Quietude da Terra: vida cotidiana, arte contemporânea e projeto axé, no
MAM/BA
São Paulo SP – A Figura Humana na Coleção Itaú, no Itaú Cultural
São Paulo SP – Brasil + 500 Mostra do Redescobrimento, na Fundação Bienal
São Paulo SP – Fim de Milênio: os anos 90 no MAM, no MAM/SP
2001
Nova York (Estados Unidos) – Brazil: body and soul, no Solomon R. Guggenheim Museum
Recife PE – Palavraimagem, no Mamam
Recife PE – Políticas de la Diferencia: arte iberoamericano fin de siglo, no Centro de
Convenções de Pernambuco
Rio de Janeiro RJ – Espelho Cego: seleções de uma coleção contemporânea, no Paço Imperial
Rio de Janeiro RJ – O Espírito de Nossa Época, no MAM/RJ
São Paulo SP – Espelho Cego: seleções de uma coleção contemporânea, no MAM/SP
São Paulo SP – Fotografia/Não Fotografia, no MAM/SP
São Paulo SP – O Espírito da Nossa Época, no MAM/SP
São Paulo SP – Rotativa Fase 1, nà Galeria Fortes Vilaça
21. São Paulo SP – Trajetória da Luz na Arte Brasileira, no Itaú Cultural
Veneza (Itália) – 49ª Bienal de Veneza, no Palazzo Fortuny e Giardini
2002
Buenos Aires (Argentina) – The Thread Unraveled: contemporary brazilian art, no Museo de
Arte Latinoamericano de Buenos Aires
Nova York (Estados Unidos) – Tempo, no MoMA
Rio de Janeiro RJ – Artefoto, no CCBB
Rio de Janeiro RJ – Caminhos do Contemporâneo 1952-2002, no Paço Imperial
Rio de Janeiro RJ – Entre a Palavra e a Imagem: módulo 1, na Sala MAM-Cittá América
Rio de Janeiro RJ – Identidades: o retrato brasileiro na Coleção Gilberto Chateaubriand, no
MAM/RJ
Rio de Janeiro RJ – Paralelos: arte brasileira da segunda metade do século XX em contexto,
Collección Cisneros, no MAM/RJ
São Paulo SP – Fotografias no Acervo do Museu de Arte Moderna de São Paulo, no MAM/SP
São Paulo SP – Imagens Apropriadas, no MAM/SP
São Paulo SP – Paralela, no Galpão localizado na Avenida Matarazzo, 530
São Paulo SP – Paralelos: arte brasileira da segunda metade do século XX em contexto,
Colección Cisneros, no MAM/SP
2003
Barcelona (Espanha) – Mapas abiertos. Fotografía Latinoamericana 1991-2002, no Palau de la
Virreina
Brasília DF – Artefoto, no CCBB
Madri (Espanha) – Mapas abiertos. Fotografía Latinoamericana 1991-2002, na Fundación
Telefónica
São Paulo SP – A Gravura Vai Bem, Obrigado: a gravura histórica e contemporânea brasileira,
no Espaço Virgílio
São Paulo SP – A Nova Geometria, na Galeria Fortes Vilaça
São Paulo SP – A Subversão dos Meios, no Itaú Cultural
São Paulo SP – Clube de Colecionadores de Gravura do MAM, no MAM/SP
São Paulo SP – 28º Panorama de Arte Brasileira, no MAM/SP
2004
Belo Horizonte MG – Pampulha, Obra Colecionada: 1943-2003, no MAP
Madri (Espanha) – Arco/2004, no Parque Ferial Juan Carlos I
Rio de Janeiro RJ – Arte Contemporânea Brasileira nas Coleções do Rio, no MAM/RJ
Rio de Janeiro RJ – Novas Aquisições 2003: Coleção Gilberto Chateubriand, no MAM/RJ
Rio de Janeiro RJ – 28º Panorama de Arte Brasileira, no Paço Imperial
São Paulo SP – Bazar de Verão, no Galeria Fortes Vilaça
São Paulo SP – Fotografia e Escultura no Acervo do MAM – 1995 a 2004, no MAM/SP
Cronologia
1983
Nova York (Estados Unidos) – Passa a viver e trabalhar nessa cidade
2001
São Paulo SP – É lançado o vídeo A Pior Ilusão Possível: O Gabinete de Curiosidade de Vik
Muniz (Worst Possible Illusion: The Curiosity Cabinet of Vik Muniz), de Anne-Marie Russel.
22. Livros
VIK MUNIZ – OBRA COMPLETA 1987-2009
Formato: Livro
Autor: MUNIZ, VIK
Editora: CAPIVARA
Assunto: ARTES
VIK MUNIZ – LE MUSEE IMAGINAIRE
EDITION BILINGUE FRANÇAIS-ANGLAIS
Formato: Livro
Autor: MEZIL, ERIC
Autor: MUNIZ, VIK
Editora: FLAMMARION-FRANCE
Assunto: ARTES
VIK MUNIZ
VERSO
Formato: Livro
Autor: RESPINI, EVA
Autor: MUNIZ, VIK
Editora: CHARTA
Assunto: FOTOGRAFIA
23. VIK MUNIZ – REFLEX
Formato: Livro
Autor: MUNIZ, VIK
Editora: APERTURE UK
Assunto: FOTOGRAFIA
VIK MUNIZ
BILINGUAL ( ENGLISH – ITALIAN ) EDITION
Formato: Livro
Autor: CELANT, GERMANO
Editora: ELECTA-ITALIA
Assunto: ARTES
VIK
Formato: Livro
Autor: MUNIZ, VIK
Editora: APRAZIVEL
Assunto: ARTES
24. REFLEX DE A A Z
Formato: Livro
Autor: MUNIZ, VIK
Editora: COSAC NAIFY
Assunto: ARTES – PINTURA
http://www.mercadoarte.com.br/artigos/artistas/vik-muniz/vik-muniz/
BIBLIOGRAFIAS:
http://www1.folha.uol.com.br/ilustrada/865628-documentario-sobre-vik-muniz-e-
indicado-ao-oscar.shtml
http://www.mercadoarte.com.br/artigos/artistas/vik-muniz/vik-muniz/
http://www.escritoriodearte.com/artista/vik-muniz/
mercadoarte.com.br/artigos/vik-muniz
infoescola.com/pintura/a-obra-de-vik-muniz