O documento descreve o Pantanal, a maior planície alagável do Brasil. Apresenta informações sobre sua localização, relevo, clima, hidrografia, ciclo das águas e impactos das atividades humanas na região, como pecuária, pesca, agricultura e mineração. Também fornece detalhes sobre a fauna, flora e economia do Pantanal.
4. O que é o Pantanal?
O Pantanal é uma extensa planície inundável, a
maior do Brasil, que sofre com as épocas de
cheias e secas. Por fazer parte da baixa
bacia do Rio Paraguai e depositar muitos
sedimentos que impermeabilizam o solo
(argila), apresenta o lençol freático muito
próximo da superfície. Na época seguinte de
seca, as terras submersas surgem bastante
férteis.
Os índios locais denominavam o Pantanal como
mar dos Xaraés, a figura de um imenso lago
cheio de ilhas, possivelmente associando
essa imagem às grandes enchentes.
6. Pantanal: Economia
PESCA
• Principal fonte de sustento – numerosas espécies de
peixes. O Pantanal atrai cerca de 700 mil turistas por
ano, 65% dos quais são pescadores.
• Com o passar do tempo, indústrias pesqueiras se instalaram
– falta de orientação e planejamento fazem com que
afetem o desenvolvimento natural de muitas espécies.
• Diminuição do tamanho médio de peixes: uso de redes
muito finas, que aprisionam peixes ainda pequenos.
7. Pantanal: Economia
PECUÁRIA
• 200 anos
• Época das chuvas – gado no
cerrado se alimentado de
aguapé. Após a descida das
águas – renovação.
• Pastoreio seletivo: consumo
exclusivo por parte do animal
das espécies de melhor sabor –
desenvolvimento exagerado de
certas espécies, até mesmo
tóxicas para o gado (algodãodo-pantanal).
• Imensas áreas de terra.
Fazendeiros constroem diques:
comprometimento da qualidade
do solo e da vegetação, antes
formada naturalmente através
da fertilização pelos rios.
8. Pantanal: Agropecuario
Búfalo (Bubalus bubalis)
Mais recente espécie de mamífero
introduzida: não superam os 100
anos. Cerca de 5100 búfalos
Criação mais nas bordas da
planície.
Boi (Bos taurus indicus)- grupo indiano
+ recente e freqüente
Encontrado em todas as regiões
9. Pantanal: Economia
AGRICULTURA
• Terras mais altas – desmatamento de matas e cerrados e erosão
nos terrenos.
• Defensivos agrícolas
• Terrenos inundáveis – construção de diques.
• Desenvolvimento, porém teve um aumento exagerado.
MINERAÇÃO
Garimpagem de ouro
Cascalhos dos rios
• Processo de purificação tóxico – mercúrio
• Depósitos de ferro, magnésio e calcário
USINAS DE ÁLCOOL
• Plantações de cana-de-açúcar
• Uso de herbicidas e resíduos prejudiciais das usinas.
11. Bolívia
Pantanal
Paragua
i
O bioma do Pantanal foi
reconhecido em 2000 como
Reserva da Biosfera. Essas
reservas, declaradas pela
Unesco, são instrumentos de
gestão e manejo sustentável
integrados que permanecem
sob a jurisdição dos países nos
quais estão localizadas.
13. O PANTANAL – planalto e planície
Planaltos
350.000 km2
Planície pantaneira
144.294 km²
61,9% dos quais (89.318
km2) no Mato Grosso do
Sul, e 38,1% (54.976
km2) em Mato Grosso
Bacia do Alto Paraguai no
Brasil 490.000 km²
O Pantanal equivale à soma das
áreas de quatro países europeus –
Bélgica, Suíça, Portugal e
Holanda.
16. Distancias
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RIO CLARO – SP 310 > 4 KM
SP310 – TREVO SP 225 > 33 KM
SP225 – TREVO BAURO SP300 > 180 KM
SP300 - DIVISA MS-SP > 322 KM
DIVISA MS-SP – TRÊS LAGOAS > 12 KM
BR262 - ÁGUA CLARA > 139 KM
ÁGUA CLARA – RIBAS DO RIO PARDO > 101 KM
RIBAS DE RIO PARDO – CAMPO GRANDE > 90 KM
CAMPO GRANDE – AQUIDUANA > 130 KM
AQUIDUANA – POUSADA PIONEIRA – 33 KM
POUSADA PIONEIRA – SERRA DE SANTA BARBARA – 56 KM
POUSADA PIONEIRA – PIRAPUTANGA – 66 KM
POUSADA PIONEIRA – PANTANAL DE AQUIDUANA – 80 KM
POUSADA PIONEIRA – JARDIM > 175 KM
POUSADA PIONEIRA – PARQUE NACIONAL DA BODOQUENA > 249 KM
POUSADA PIONEIRA – MORRO DO AZEITE > 142 KM
MORRO DO AZEITE – PASSO DO LONTRA > 8 KM
PASSO DA LONTRA – CURVA DO LEQUE > 38 KM
CURVA DO LEQUE - PORTO DA MANGA > 19 KM
PORTO DA MANGA – BR 262 - 57 KM
POUSADA PIONEIRA – FAZENDA SÃO FRANCISCO > 58 KM
AQUIDUANA – RIO CLARO > 1392 KM
17. Recomendações
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Deverão ser feitas anotações de todos os dados coletados no caderno de
campo.
No caderno de campo, devem contar os nomes científicos de todos os
animais observados.
Ao final de cada dia, serão recolhidos os cadernos para vistoria da equipe,
sendo estes devolvidos no dia seguinte.
Cada grupo terá o acompanhamento de um membro da equipe que terá total
autoridade para resolver problemas e dúvidas.
Os horários serão rigorosamente cumpridos. Se você se atrase, você fica.
As refeições serão pagos pelo próprio aluno. Se você tem necessidades
individuais (os seja vegetariano ou outro) leva comida com você.
A equipe organizadora não se responsabilizara pela perda de bagagens não
se comprometendo a voltar ao local, ou danos ocasionados a equipamento.
25. Pantanal: Relevo
Plano, com altitudes que variam de 100 a 300m.
O reduzido desnível da região (35 cm / 1 km)
produz a inundação periódica do Pantanal.
Além disso, o relevo faz com que o Rio
Paraguai ande bem devagar. Uma canoa à
deriva no rio demoraria cerca de seis
meses para atravessar o Pantanal.
A planície do Pantanal é rodeada de montanhas
antigas, com a Serra da Bodoquena ao Sul e a
Chapada dos Guimarães ao Norte. A placa
tectônica sobre a qual está o Brasil está
sofrendo subducção, que é o mergulho da placa
em direção ao magma. Isso mostra que a planície
do Pantanal não é resultado de erosão.
26. Pantanal: Relevo
Com o soerguimento da
Cordilheira dos Andes e do
Planalto Brasileiro surgiu, no
local, uma vasta depressão,
com início de sua formação a
mais de 60 milhões de anos;
Os sedimentos de regiões
adjacentes e mais elevadas
foram trazidos pelas águas e
espalhados, aterrando e
compactando lentamente a
depressão;
27. Pantanal: Relevo
Cortado por densa rede hidrográfica
“meandrante”, com formações de baías, corixos,
vazantes, etc;
Contrastando com o nome, o Pantanal não é um
pântano, pois quase não se encontra lodaçais
perigosos e charcos estagnados, típicos de regiões
pantanosas;
Considerado uma planície inundável, única com tais
dimensões e características;
28.
29.
30. Pantanal: Rio Paraguai
Nasce na Serra das Araras, ao norte do MS,
e tem 2.621 km de extensão (1.400 km no
Brasil);
O Pantanal faz parte da bacia do Rio
Paraguai, que possui cerca de 175
afluentes na região pantaneira. Os
principais afluentes do Rio Paraguai são:
Taquari (850 km) São Lourenço (560 km)
e Miranda (264 km).
Em território brasileiro seu curso é dividido
em:
Superior: nascente até Cáceres
Médio: Cáceres até Corumbá
Inferior: Corumbá até Porto Murtinho
A cada 24 horas, cerca de 178 bilhões de
litros de água entram na planície
pantaneira.
31. Baías e Vazantes
Nas partes mais baixas
formam-se ‘baías” (lagoas),
perenes ou temporárias.
Podem atingir até 10 km de
diâmetro. Muitas
apresentam água salobra e
salgada;
Drenando a região sem
acumular água são os
vazantes que encaminham as
águas para as partes mais
baixas
32. Corixos e Salinas
Interligando as baías aos rios existem pequenos cursos
permanentes de água que na época seca perdem a ligação com o ro.
No Pantanal esses são conhecidos como corixos. No cheio,
reestabelecem a ligação e funcionam como berçários para peixes.
Como são meandros, durante a estação seca podem se reduzir a
filetes d´água, enquanto que na cheia ficam tão volumosos que se
confundem com os rios principais.
Em locais onde existe contacto menos frequente com os rios, os
corixos podem se transformar em salinas, devido a
evapotranspiração e concentração elevados de sodio.
33.
34. Pantanal:
ciclo das águas
- Os alagamentos no Pantanal são periódicos e, á medida
em que se verifica uma mudança na topografia,
percebe-se uma diferenciação idêntica nos períodos
de tempo em que cada çporção permanece inundada
durante o ano
- As cheias anuais dos rios da região atingem cerca de
80% do Pantanal e transformam a região em um
impressionante lençol d'água, afastando parte da
população rural que migra temporariamente para as
cidades ou vilas.
- Geralmente, a partir de maio, inicia-se a “vazante”, e
as águas começam a baixar lentamente;
35. Pantanal: Relevo
- Com o soerguimento da Cordilheira dos
Andes e do Planalto Brasileiro surgiu, no
local, uma vasta depressão, com início de
sua formação a mais de 60 milhões de
anos;
- Sedimentos de regiões adjacentes e
mais elevadas foram trazidos pelas águas
e espalhados, aterrando e compactando
lentamente a depressão;
36. Pantanal: Relevo
Plano, com altitudes que variam de 100 a 300m.
A planície do Pantanal é rodeada de montanhas
antigas, com a Serra da Bodoquena ao Sul e a
Chapada dos Guimarães ao Norte. A placa
tectônica sobre a qual está o Brasil está
sofrendo subducção, que é o mergulho da placa
em direção ao magma. Isso mostra que a planície
do Pantanal não é resultado de erosão.
37. Pantanal: Relevo
- Cortado por densa rede hidrográfica, com
formações de baías, corixos, vazantes, etc;
- Contrastando com o nome, o Pantanal não é um
pântano, pois quase não se encontra lodaçais
perigosos e charcos estagnados, típicos de regiões
pantanosas;
- Considerado uma planície inundável, única com
tais dimensões e características;
38. • Tem um clima tropical com características de
continentalidade; e com diferenças bem
marcantes entre as estações seca e chuvosa;
Possui quatro estações: seca (julho-setembro),
enchente (outubro-dezembro), cheia (janeiromarço) e vazante (abril-junho).
É exposta à invasão de massas frias
provenientes das porções mais meridionais, com
penetração rápida pelas planícies dos pampas e
do Chaco; Ocorrem ocasionais geadas em julho
e agosto, devido a frentes frias provenientes
do Atlântico Sul;
39. • A temperatura, usualmente alta, pode
baixar rapidamente (ficando as mínimas
próximas a 0ºC e as máximas a 40ºC) e até
haver ocorrências de geadas. As médias
anuais registradas no verão chuvoso e
inverno seco são em torno de 32ºC e 21ºC
respectivamente, com mínimas 15ºC e
máxima 34ºC.
40. Pantanal: Pluviosidade
- Não é muito alta, entre 1.100 e
1.500 mm anuais;
- Chuvas de novembro a abril,
sendo o período mais intenso de
fevereiro a abril, quando os rios
invadem os terrenos baixos,
subindo até 4 m do solo;
- Quanto mais elevadas as
altitudes, maiores os índices
pluviométricos;
42. Pantanal: as enchentes
-Durante as enchentes, quando os rios estão
mais volumosos, a grande maioria dos peixes
se reproduz e muitas plantas aquáticas têm
sua fase de floração. Nas baías temporárias,
ressurge a fauna e a flora;
- Na vazante, grande quantidade de
sedimentos, nutrientes e material orgânico
em decomposição são arrastados e
depositados nos solos, o que contribui para
formação dos solos e sua fertilização;
45. Pantanal: as enchentes
- Caracterizadas pela subida do nível das águas do
Paraguai e seus afluentes;
- Rio Paraguai é típico de planície, raso e com barrancas
de pequena altura-> transborda e represa -> água vai se
espalhando e cobrindo várias extensões, continuamente;
- Águas provenientes das enchentes tem comportamento
ondular;
47. Os Onze Pantanais
De acordo com as
diferenças dos
sedimentos
depositados, o
Pantanal é dividido
em 11 sub-unidades:
1
Cáceres
2
Poconé
3
Barão de Melgaço
4
Paiaguás
5
Aquiduana
6
Nhecolândia
7
Abobral
8
Rio Negro
9
Miranda
10
Nabileque
11
Porto Murtinho
48.
49. Os Onze pantanais
Porcentagem em área dos dez diferentes tipos de
pantanais.
Nº PANTANAIS
ÁREA EM %
1.
CÁCERES
11,9%
2.
POCONÉ
12,9%
3.
BARÃO DE MELGAÇO
13,3%
4.
PARAGUAI
5,3%
5.
PAIAGUÁS
18,3%
6.
NHECOLÂNDIA
17,8%
7.
ABOBRAL
1,6%
8.
AQUIDAUANA
4,9%
9.
MIRANDA
4,6%
10. NABILEQUE
9,4%
11. PORTO MURTINHO
2,8%
50.
51. O PANTANAL – biodiversidade
3.500 espécies de plantas
325 espécies de peixes
476 espécies de aves (117 ameaçadas) *
124 espécies de mamíferos (10 ameaçadas)*
177 espécies de répteis
41 espécies de anfíbios
* Nenhuma espécie endêmica
Cervo-do-Pantanal
Maior área inundável do planeta
Alta densidade de várias espécies de
vertebrados, algumas ameaçadas de extinção
Uma das 35 Grandes Regiões Naturais do
planeta (Wilderness)
Ariranha
52.
53. Pantanal:
Vegetação
• O chamado
Complexo Pantanal
é formado por
vegetações de
cerrado,
fragmentos
florestais, campos,
mas devido à ação
antrópica, grande
parte de sua área é
dominada por
pastagens, subsídio
para economia
agropecuária.
54. Pantanal:
Vegetação
Possui uma cobertura vegetal que, por sua
peculiaridade e pelas dificuldades que apresenta para uma
classificação estrita, tem sido chamada de “complexo do
Pantanal”.
Não apenas pela beleza e pela grande diversidade de
espécies que apresenta mas também pela distribuição das suas
formações. Essa distribuição é influenciadas pelas condições
do clima, do solo e, principalmente, do regime das águas.
Por causa dos às alternâncias de longos períodos secos
e fases de inundações, deve a vegetação adaptar-se, mas, não
sem formar, às vezes, grandes aglomerações de indivíduos da
mesma espécie, edificando paisagens locais características.
55. Pantanal:
Vegetação
O Cerrado é a formação mais representativa (36%)
da vegetação do Pantanal. Sua distribuição ocorre mais
intensamente no leste e centro da planície, sobre solos
arenosos, nas sub-regiões de Cáceres, Barão de Melgaço,
Nhecolândia, Aquidauana e Miranda. Na fisionomia
pantaneira, o cerradão ocupa áreas mais elevadas e o
cerrado sensu stricto, áreas mais baixas, tendendo para
campo à medida que aumenta o grau de inundação.
56. Pantanal: Vegetação
A Floresta
semidecídua também
está associada a solos
mais férteis com melhor
drenagem e mais
aeração. Ocorre em
maior porcentagem nas
áreas com solos argilosos
das sub-regiões de
Poconé e Miranda. As
áreas de floresta
semidecídua totalizam
4% da vegetação.
57. Pantanal: Vegetação
A mata de galeria está presente principalmente ao longo do rio
Paraguai, nas sub-regiões do Paraguai (6,7%) e Poconé (4,3%), e do rio São
Lourenço, na sub-região de Barão de Melgaço (5,2%), totalizando 2,4% da
vegetação do Pantanal. As matas de galeria do Pantanal são menos atingidas
pelo transbordamento dos rios, pois situam-se em área ligeiramente mais
elevadas que a da planície.
58. Pantanal:
Vegetação
Os campos naturais representam 31% da vegetação no
Pantanal, sendo uma das principais fitofisionomias nas sub-regiões
do Paiaguás, Nhecolândia, Abobral e Nabileque. O campo inundado
restringiu-se à porção oeste do Pantanal, próximo ao rio Paraguai. As
proporções entre campo seco e campo inundado alternam-se em
função da precipitação local e/ou do Aporte de água (por rios
intermitentes ou não) e época do ano.
59. Pantanal:
Vegetação
Em áreas que permanecem com água na maior parte do ano,
ocorre a formação de brejos. Estes representaram 7,4% da vegetação
do Pantanal, distribuídos ao longo dos rios na porção oeste, nas subregiões do Paraguai (35,5%), Abobral (16,5%) e Poconé (14,8%).
60. Pantanal: Vegetação
No Pantanal, ocorrem áreas com grande concentração
de diversas espécies de palmeiras. O babaçual (domínio de
Orbignya oleifera Bur.) ocorre desde o extremo norte da
sub-região de Cáceres até a Nhecolândia, representando
0,3% da vegetação do Pantanal. Igualmente os buritizais
aparecem em pequena proporção,distribuídos na borda do
Pantanal, notadamente na sub-região de Barão de Melgaço.
É uma espécie freqüente nas baixadas úmidas (veredas) do
cerrado do Brasil Central.
61. • A fauna do pantanal apresenta baixa taxa de
endemismo, predominando espécies de ampla
distribuição.
• Dentre os mamíferos,se destacam gambás,
cuícas,morcegos, Bugio, Macaco-prego, Tamanduábandeira, Tatu-canastra, Cachorro-do-mato,
Guaxinim, Quati, Furão, Lontra-comum, Ariranha,
Onça-pintada, Anta, porco-do-mato,veados, ouriço,
cutia, paca e capivara (maior roedor do mundo).
• Estão na lista de extinção: TamanduáBandeira,Tatu-Canastra,Lobo-Guará, CachorroVinagre, Gato-do-Mato-comum, gato-maracajá,
Jaguatirica, Onça-Parda,Cervo-do-pantanal, Veadocampeiro.
62. Dos 113 tipos de répteis que ocorrem no
Pantanal, 85 ocorrem somente lá!!!
Caiman crocodilus yacare
Atualmente tem-se uma população mínima estimada em cerca de
3,7 milhões de jacarés, com maiores densidades nas
proximidades do rio Taquari e rio Negro.
63. • Dentre os répteis
do pantanal,
destacam-se
sinimbú, jacarédo-pantanal,
víbora e sucuris.
Dracaena paraguayensis
Eunectes noctaeus
68. • Outubro: Piracema – viagem dos peixes rio
acima para desova e procriação. A seguir, os
reprodutores e seus filhotes efetuam a
descida de retorno até atingir as áreas
alagadas e as lagoas.
• Espécies que preferem águas paradas: áreas
alagadas para procriação – luminosidade e
abundância de alimento para os filhotes.
69. • Águas baixam – “lufada” : retorno dos peixes aos
rios.
• Enorme quantidade de peixes retidos nas lagoas.
• Aparecem os jacarés, lontras, ariranhas.
• Centenas de aves assentadas na água rasa –
“banquete” – cada ave chega a consumir cerca de
150 peixinhos um dia.
• Corimbatá, piauçu, traíra, jaú, pacu, pintado,
dourado. Piranhas podem devorar bois inteiros em
minutos quando isoladas numa baía, sem alimento
suficiente.
72. Pantanal: Fauna
AVES
• Características relacionadas à vida em
ambiente aquático: pernaltas, longos
dedos nas patas, para facilitar a
locomoção sobre a vegetação flutuante,
possuem membranas interdigitais que
lhe facilitam o nado.
81. Pantanal: Fauna
A maior parte dos mamíferos do Pantanal
vive em beira de rios!
ONÇA PINTADA
ONÇA PARDA
82. Pantanal: animais ameaçados
• Principal causa: destruição de habitats –
desmatamento sofreu um grande
incremento no final da década de 90.
• Áreas mais elevadas – “cordilheiras” livres de inundações. São áreas de
florestas ou cerrados – refúgios para
muitas espécies de animais silvestres em
períodos de enchente e/ou reprodução.
85. Pantanal: animais ameaçados
Panthera onca chega a pesar 150
quilos, alimentando-se de
aproximadamente 85 espécies de
animais que vivem na região.
Panthera onca teve sua área de
distribuição bastante reduzida,
porém ainda é possível encontrar
populações vigorosas em algumas
sub-regiões do Pantanal.
86. Pantanal: animais ameaçados
Pteronura brasiliensis:
• Foi muito perseguida
devido à alta qualidade
de sua pele.
• Devido às leis de
proteção à fauna e
presença de
fiscalização, as
populações dessa
espécie se recuperaram
e atualmente podem ser
vistos grupos de
ariranhas em todo o
Pantanal.
87. Pantanal: animais ameaçados
Ozotocerus bezoarticus:
• Espécie vulnerável devido ao
hábitat que ocupa: campos.
• Com a utilização massiva das
terras do cerrado para
atividades agropecuárias, essa
espécie se tornou rara.
• Parque Nacional das Emas.
Blastocerus dichotomus: população na
ordem de 36000 animais.
88. O PANTANAL – ameaças
Agricultura intensiva – planalto
Soja, algodão, arroz, milho, etc.
89. O PANTANAL – ameaças
Pecuária – planície
Substituição por pastagens e queimadas
90. O PANTANAL – ameaças
Desmatamento
Ampliação de áreas para diferentes finalidades
63%
17%
92. O PANTANAL – ameaças
Carvoejamento
Impactos ambientais e sociais
93. O PANTANAL – ameaças
Projetos de desenvolvimento
Hidrovia, IIRSA, pólo de Corumbá, hidrelétricas
IIRSA
94. O PANTANAL – ameaças
Caça e Comercio
Houve uma redução de muitas espécies
que antes eram abundantes: A onça
pintada que por seu (suposto) ataque
ao gado sempre foi muito perseguida
pelo homem. Os jacarés, cuja
diminuição causa o aumento
descontrolado das populações de
piranha. As aves para serem
comercializadas no Brasil ou no
exterior, além de outros animais.
95. O PANTANAL – ameaças
Introdução de espécies exóticas invasoras
Mexilhão-dourado, braquiária, caramujo-africano, búfalo, porco-monteiro
Braquiári
a
Mexilhão dourado
Caramujo
africano
96. Pantanal: Conclusão
O Pantanal é um ambiente complexo, formado por
diferentes formações vegetais, que juntas abrigam
inúmeras espécies da fauna brasileira; porém, boa
parte dela encontra-se já reduzida e ameaçada por
atividades como a caça, o desmatamento, a pesca e
diversas outras de interesse humano.
Se o homem não se conscientizar do desequilíbrio
que causa ao ambiente pantaneiro, a situação pode se
tornar irreversível. As leis ambientais devem ser mais
rígidas e o governo precisa criar mais áreas de
preservação, que sejam significativas dentro do
Pantanal, uma vez que hoje elas preservam muito
pouco desse bioma brasileiro.
97. Referências Bibliográficas
Almeida, F. F. M.; Lima, M. A. Planalto Centro-Ocidental e Pantanal MatoGrossense. Rio de Janeiro: Conselho Nacional de Geografia, 1959. 159 p.
•
Assis, C; ilustrações Paulo Ferreira, Ricardo José Nogueira da Silva,
Rigoberto de Rosário Jr.; Pantanal; São Paulo : FTD, Coleção nossas
plantas;1994.
•
Mauro, R. de A. Estudos faunísticos na Embrapa Pantanal. Archivos de
Zootecnia da Universidade de Córdoba, Córdoba (España), v. 51, n. 193-194,
p. 175-185, 2002. Disponível em:
<http://www.uco.es/organiza/servicios/publica/az/articulos/2002/19394/p
df/20mauro.pdf>
•
Pantanal. Ministério do Meio Ambiente, 2006. Disponível em:
<http://www.mma.gov.br>. Acesso em: 10 out. 2006.
Silva, J. S. V.; Abdon, M. M. Delimitação do pantanal brasileiro e suas
sub-regiões. Pesquisa Agropecuária Brasileira, 1988. Disponível em: <
http://atlas.sct.embrapa.br>. Acesso em: 08 out. 2006
•
Silva, M. P. et al. Distribuição e quantificação de classes de vegetação do
Pantanal através de levantamento aéreo. São Paulo: Revista Brasileira de
Botânica v.23 n.2, jun. 2000. Disponível em: < http://www.scielo.br>. Acesso
em: 9 out.2006.