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Organização Internacional
     para Migração
CVIII Reunião do Comitê Executivo: Fluxos
   migratórios , tráfico humano e asilo




                      Nayane Ferreira Silva
                                   Diretora

                           Cecília Franklin
                          Diretora Assistente

                              Juliana Matos
                          Diretora Assistente

                     Mariana Balau Silveira
                         Diretora Assistente
1



                                                                SUMÁRIO


1 APRESENTAÇÃO DA EQUIPE ................................................................................................. 2

2 APRESENTAÇÃO DO TEMA .................................................................................................... 3

2.1 Considerações Iniciais ............................................................................................................... 3

2.2 Migrações ................................................................................................................................... 5

2.2.1 Migração latina para os Estados Unidos ................................................................................ 5

2.2.2 Migração africana/asiática para a Europa ............................................................................. 6

2.2.3 Tráfico de mulheres e crianças ............................................................................................... 8

2.2.4 Asilo político por parte dos países desenvolvidos ..................................................................10

3 APRESENTAÇÃO DO COMITÊ ...............................................................................................11

4 POSIÇÃO DOS PRINCIPAIS ATORES ....................................................................................13

5 QUESTÕES RELEVANTES .......................................................................................................21

REFERÊNCIAS ..............................................................................................................................22

TABELA DE DEMANDA DAS REPRESENTAÇÕES.................................................................37
2



1 APRESENTAÇÃO DA EQUIPE




       Primeiramente, gostaria de dar as boas-vindas aos Senhores Ministros a esta reunião
do Conselho Geral da Organização Internacional para a Migração. O enfoque da Organização,
que completa 60 anos em 2011, nos temas apresentados neste guia é de extrema importância
no cenário internacional. A OIM busca manter a segurança internacional por meios pacíficos
e gerar relações de cooperação na questão da migração humana. Dessa forma, convido os
delegados a assumirem a responsabilidade de contribuir para um mundo mais pacífico e
integrado.
       Apresentam-se, a seguir, os membros da equipe diretora do comitê:
       ―Me chamo Nayane Ferreira, sou estudante do 8º período de Relações Internacionais
da PUC Minas. Como diretora deste comitê buscare,i junto com as minhas Diretoras
Assistentes, direcionar os trabalhos da OIM para que a 12ª edição do MINIONU seja tão
proveitosa quanto todas as outras. Desejo a todos um bom estudo e espero vê-los em
outubro.‖
       Nayane Ferreira
        ―Meu nome é Cecília Franklin, estou no 4° período de Relações Internacionais. Como
diretora-assistente da OIM, contribuirei para o bom andamento das atividades, da melhor
maneira possível. Desejo que tenham bons estudos e espero que gostem do comitê.‖
       Cecília Franklin
       ―Olá senhores delegados, meu nome é Juliana Matos. Estudo Relações Internacionais
na PUC Minas, estou atualmente no 4º período e sou diretora assistente do OIM. Espero que
todos vocês estejam dedicados aos estudos das políticas interna e externa dos seus respectivos
países de acordo com o tema do nosso comitê e estejam animados para começarmos nossas
discussões. Trabalharei para que tenhamos o melhor convívio possível e um bom andamento
do comitê. Então, desejo a todos um bom estudo e até outubro.‖
       Juliana Matos
       ―Meu nome é Mariana Balau Silveira, curso o 6° período de Relações Internacionais
na PUC Minas. Como diretora assistente da OIM, espero auxiliar no andamento do debate e
contribuir para o bom funcionamento do comitê como um todo. Bom estudo a vocês, e tenho
certeza de que teremos ótimas discussões.‖
       Mariana Balau
3



2 APRESENTAÇÃO DO TEMA




         Atualmente, a maioria dos países vive com a presença de milhares de imigrantes de
todas as partes do mundo em seus territórios em busca de melhores condições de vida do que
as oferecidas em seus países de origem. A migração humana se torna fonte de insegurança e
ansiedade no cenário internacional por conta do preconceito e do sensacionalismo da mídia,
que evidencia a disputa por empregos, moradia e benefícios providos pelo Estado (BALE,
2008).
         Estima-se que existam no mundo quase 214 milhões de migrantes, que correspondem
a 3,1% da população mundial total. É um número significativo, que vem aumentando cada
vez mais. Em 1965, o número de migrantes correspondia a cerca de 75 milhões; em 1990
subiu para 120 milhões e em 2000, eram 150 milhões de pessoas fora de seu país de origem
(IOM, 2010g).1
         A quantidade cada vez maior de imigrantes se torna uma questão importante para os
Estados, principalmente por conta da imigração ilegal e pelas diferenças culturais, que
dificultam a integração desses indivíduos às sociedades nacionais dos países que os recebem.
Por outro lado, os imigrantes tentam integrar-se nessas coletividades, precisando lidar com o
repúdio e com a hostilidade dos locais, além de ter menos direitos, o que faz com que sejam
explorados por conta de sua situação legal.
         As questões mais importantes discutidas pela Organização Internacional para a
Migração (OIM) e que serão introduzidas na discussão neste comitê são as migrações asiática
e africana para a Europa, a migração latina para os Estados Unidos, além do tráfico de
mulheres e crianças e a questão de asilo político por parte dos países desenvolvidos. A adesão
dos países à Organização simboliza um esforço no sentido de conter os problemas
supracitados, de modo a garantir uma melhor qualidade de vida para todos.




2.1 Considerações Iniciais




1
  IOM é a sigla em inglês para International Organization for Migration. Utilizaremos essa sigla para fazer
referência ao site oficial da organização, do qual extraímos diversas informações. Ao longo do texto, quando nos
referirmos à organização diretamente, utilizaremos a sigla OIM – Organização Internacional para Migração.
4




         A migração humana não é um fenômeno recente, sendo de extrema importância para a
configuração atual dos povos e países, visto que os primeiros povos migraram da África
Oriental para sua localização atual no mundo.
         Esse fenômeno pode ser definido como ―o movimento de pessoas de um lugar no
mundo para outro a fim de ter residência permanente ou semi-permanente, geralmente
                                                2
atravessando uma fronteira política‖                (HUMAN..., 2005). As pessoas podem optar pela
mudança, caracterizando uma migração voluntária, ou serem forçadas a mover-se, o que é
chamado de migração involuntária. A migração pode acontecer em diversas escalas:
intercontinental (entre os continentes), intra-continental (entre países em determinado
continente), e inter-regional (dentro de um país). A migração rural para as cidades foi uma das
mais significativas, pois simbolizou a busca por melhores oportunidades em um mundo cada
vez mais urbano e movido pelo capital. Os motivos principais para a migração são ambientais
(no caso de más condições climáticas ou desastres naturais), políticas, econômicas ou
culturais (HUMAN..., 2005).
         Com relação aos agentes da migração, podemos definir como emigrante o indivíduo
que deixa seu país para residir em outro, ao passo que imigrante seria o advindo de outro país.
É importante, também, fazer a distinção entre esse tipo de migrante e o refugiado, que seria
―uma pessoa que reside fora do país de sua origem, devido ao medo de perseguição por
                                                                                                                   3
motivos de raça, religião, nacionalidade, filiação em certo grupo social ou opinião política‖
(HUMAN..., 2005).
         Várias teorias para a migração trabalhista foram desenvolvidas ao longo dos séculos.
Ernst Ravenstein desenvolveu em 1885, uma série de leis de migração observando as
tendências migratórias da época. São elas:
1) a maioria dos migrantes viaja apenas uma curta distância;
2) os migrantes que migram para longas distância geralmente se estabelecem em áreas
urbanas;
3) a maior parte da migração ocorre em estágios, de forma gradual;
4) a maior parte da migração é no sentido rural – urbana;


2
  ―[Human Migration] is the movement of people from one place in the world to another for the purpose of
taking up permanent or semipermanent residence, usually across a political boundary‖. Tradução nossa.
3
  ―A person who is residing outside the country of his or her origin due to fear of persecution for reasons of race,
religion, nationality, membership in a particular social group, or political opinion‖ Tradução nossa.
5



5) cada fluxo migratório produz um movimento na direção oposta (counterflow);
6) A maioria dos migrantes são adultos;
7) a maioria dos migrantes internacionais são homens jovens, enquanto os migrantes internos
são majoritariamente mulheres.
       Ravenstein ainda apontou em seus estudos a existência de fatores que repelem os
indivíduos de uma área (push factors) e fatores que atraem esses indivíduos a outras áreas
(pull factors). Entre os push factors assinalados por Ravenstein podemos citar: pobres
cuidados médicos, trabalho insuficiente na região, temor de perseguição política, ausência de
liberdade religiosa, ocorrência de desastres naturais e tributação excessiva. Os pull factors,
que fazem as pessoas desejarem mudar de região, seriam: chances de obter um emprego,
melhores padrões de vida, segurança, relações familiares, além de clima mais favorável
(CORBETT, 2011).
       Teóricos mais recentes que pesquisam o tema basearam-se no trabalho de Ernst
Ravenstein buscando aprimorá-lo, como é o caso de Everett Lee. O autor focou seu trabalho
nos fatores internos que atraem pessoas a uma determinada região, destacando também o
impacto de obstáculos ao processo, afirmando que variáveis como distância, barreiras físicas e
políticas, são fatores que impedem a migração (NETO, 2009).
       Várias outras teorias tentam explicar o fenômeno das migrações, como a Neoclássica,
que enfatiza o cálculo racional, a mobilidade dos fatores de produção e as diferenças nas
oportunidades de emprego nos países (NETO, 2009). Em geral, o que estas teorias buscam é
entender o que leva os indivíduos a migrarem e buscar possíveis soluções para os problemas
causados pela ocorrência de migrações internacionais.




2.2 Migrações




2.2.1 Migração latina para os Estados Unidos




       A maior parte dos imigrantes do mundo encontra-se nos Estados Unidos. Esses
representam cerca de 13.5% da população total do país, sendo que aproximadamente 53% dos
estrangeiros residentes no território americano têm origem latino-americana, 25% tem origem
asiática, 14% européia e 8% são de outras regiões do mundo (IOM, 2010x). Os mexicanos são
6



a nacionalidade mais representada de imigrantes e a que apresenta a maior taxa de
crescimento. Segundo a OCDE4, 85% dos imigrantes mexicanos escolhem os Estados Unidos
como destino (FONTES, 2011) e é sabido que a maioria instala-se no país à procura de
melhores oportunidades de trabalho. Embora o fluxo de entrada de imigrantes tenha
diminuído no período entre 2007 e 2009, sendo os prováveis motivos a crise financeira e o
reforço do patrulhamento das fronteiras (FLUXO..., 2010), estima-se que em 2050 haverá
mais de 100 milhões de latinos em território americano.
          Além dos dados de imigrantes legais, é estimado que haja de 10 a 13 milhões de
ilegais no país, que residem e trabalham sem direitos ou a documentação legal necessária.
Não existe consenso sobre qual deva ser o futuro dos ilegais, muitos dos quais residem
durante anos em solo americano: se deveriam ser deportados, ou se deveriam ser facilitados os
meios de obter a cidadania americana. A cada ano, os Estados Unidos deportam centenas de
milhares de imigrantes mexicanos. Em uma tentativa de conter o fenômeno da migração, o
governo americano promoveu a construção de um muro com 1.126 quilômetros de extensão,
separando os Estados Unidos e o México (SANTOS, 2010). No Arizona, foi decretado através
da Lei de Imigração que aumentou o custo das faculdades para os hispânicos, restringindo o
acesso à educação. Este não é o único estado a criar leis para restringir a entrada ilegal. Outros
estados, como Oklahoma têm buscado regulamentar questões como assistência a saúde,
emprego, benefícios, etc., visando dificultar permanência nesses locais (YARAK, 2010).
          A violência e o abuso vêm se tornando freqüentes nos trajetos desses imigrantes aos
Estados Unidos e a OIM possui diversos projetos para a prestação de aconselhamento,
assistência médica e psicológica, apoio jurídico e retorno aos países de origem para as
mulheres e crianças sexualmente abusadas. A Organização trabalha ainda com os governos
dos países latino-americanos para avaliar a sua organização e políticas atuais de migração,
controle das fronteiras, e gestão dos fluxos migratórios regulares e irregulares (IOM, 2010x).




2.2.2 Migração africana/asiática para a Europa




4
    Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico
7



       Se no início do século XX era da Europa que partiam imigrantes a todas as partes do
mundo, hoje em dia os países do hemisfério sul alimentam ¾ dos fluxos anuais de migração
internacional. (HILY, 2003). Segundo a OCDE, na virada do século a Europa tornou-se o
principal centro imigratório mundial: a cada ano, cerca de 1,2 milhão de pessoas entram no
território europeu, contra 800.000 nos EUA e Canadá. (OECD, 2010). A maior parte desses
imigrantes são procedentes de países do norte da África, Turquia, Índia, Paquistão, África
Subsaariana e dos Bálcans. Estima-se, ainda, que três milhões de imigrantes vivam
clandestinamente na União Européia (FONTES, 2011).
       Após a 2ª Guerra Mundial, ondas migratórias ocorreram para a Europa nos países
vitoriosos e/ou naqueles que possuíam colônias na África e no Caribe: durante os anos 50 e
60, quantidades significativas de indianos ocidentais entraram no Reino Unido, enquanto
marroquinos, algerianos e tunisianos entraram na França. Nos dois países, a escassez de mão-
de-obra criou demanda por trabalhadores – na maioria das vezes pouco qualificados – que
estivessem à procura de emprego com um salário melhor comparado ao que receberiam em
seus países de origem. (BALE, 2008). Também na Alemanha, a partir dos anos 60
Gastarbeiter (trabalhadores-convidados), principalmente turcos, entraram em grande
quantidade no país para trabalharem por um salário relativamente pequeno, mas esses tinham
que ser realizados para que o ―milagre‖ da recuperação continuasse. (BALE, 2008). No
entanto, a crise do petróleo em 1973 levou esses países e outros, como a Bélgica e os Países-
Baixos, a darem um fim à política de incentivo à imigração iniciada após a 2ª Guerra, como
uma resposta ―lógica‖ à crise que desencadeou desemprego e inflação por toda a Europa.
(HILY, 2003).
       A crise de 2008 também impactou consideravelmente nos fluxos migratórios,
principalmente na migração trabalhadora. No entanto, movimentos familiares e humanitários
mantiveram os fluxos migratórios, contribuindo para que mudanças estruturais e demográficas
acontecessem por parte dos países desenvolvidos, que sofrem com o envelhecimento de suas
populações e a conseqüente queda da força de trabalho. Além disso, a crise também
contribuiu para que imigrantes fossem despedidos de seus trabalhos, a uma taxa mais alta do
que trabalhadores nativos. (OECD, 2010). Além de um aumento da xenofobia, principalmente
em relação ao medo do desemprego, mal estar generalizado sobre condições sociais, e
políticas governamentais e insegurança quanto ao futuro.
       As leis que regulamentam a migração nos países europeus são bem distintas, mas há
uma tendência a homogeneização das mesmas. Essas leis são variadas devido ao fato de ser
diferente a dimensão dos países, bem como a quantidade de imigrantes que cada um recebe.
8



Luxemburgo, por exemplo, apresenta uma taxa migratória de 9,0 por mil habitantes
(FERNANDES, 2010). Mas em números absolutos os países que mais receberam imigrantes
em 2008 foram: Portugal, Espanha, Grã-Bretanha e Itália. Esses ―receberam entre 20 e 30%
dos imigrantes considerados ‗permanentes‘ e que entraram nesses países por motivo de
trabalho.‖ (FLUXO..., 2010)
       Em 2009 a queda das migrações para os países europeus se acentuou, devido ao
reflexo da crise de 2008. Esse declínio ocorreu depois de cinco anos seguidos de aumento na
taxa migratória, de forma que essa chegou a ser de 11% anualmente. A China, a Polônia, a
Índia e a Romênia são os países que mais possuem emigrantes. ―A China totalizou 10% do
fluxo total, enquanto esses outros três países representaram pouco menos de 5% cada‖
(FLUXO..., 2010)
       É importante ressaltar que os imigrantes contribuíram para a recuperação das
economias nacionais da maioria dos países desenvolvidos, logo eles não devem ser vistos
como um fardo agora que a situação não está tão favorável. É papel da OIM promover o
diálogo entre os principais países europeus e os países dos imigrantes que lá residem para que
o racismo e conseqüentes práticas xenofóbicas não encontrem espaço entre as populações
locais dos países desenvolvidos. A OIM contribuirá para que imigrantes tenham as mesmas
oportunidades dos nativos, principalmente no que diz respeito ao acesso ao mercado de
trabalho, uma vez que empregos são a melhor maneira de evitar exclusão social e
marginalização dos imigrantes e seus descendentes. (IOM, 2010o).




2.2.3 Tráfico de mulheres e crianças




       A Organização Internacional para a Migração define o tráfico humano como ―um
crime em que os traficantes lucram com a exploração de homens, mulheres e crianças,
atraindo-as para situações de controle e abuso‖ (IOM, 2010x). Os migrantes contrabandistas e
traficantes humanos costumam se aproveitar dos jovens que procuram emprego em outros
países estrangeiros, bem como dos imigrantes em situação irregular, aumentando ainda mais a
importância da segurança e do controle de fronteiras (IOM, 2010f).
       Estima-se que o tráfico de mulheres e crianças promova um fluxo anual de 700 mil a
2 milhões de pessoas, sendo que esses números variam muito devido a dificuldade de se
confirmar informações relacionadas ao tráfico (MUNDO FÍSICO, 2011). Segundo a
9



Organização Internacional para a Migração (OIM), o tráfico de mulheres lucra anualmente
US$ 32 bilhões no mundo todo, sendo que 85% desse dinheiro provém da exploração sexual,
que na América Latina e no Caribe, por exemplo, em 2006 fez 100 mil vítimas. Segundo o
diretor regional do Cone Sul da OIM, Eugenio Ambrosi, na Argentina predomina-se o tráfico
interno, mas também serve de passagem de mulheres raptadas da América Latina para serem
enviadas à Europa. Já o Uruguai é um exportador de mulheres e crianças para países como
Espanha e Itália e, em menor quantidade, para Argentina e Alemanha (NEGRÃO, 2010).
       Esse tipo de tráfico começa pela inexistência de uma política sociocultural e
econômica em regiões carentes em diversas partes do mundo. Mulheres e crianças são
tratadas como objetos e mercadorias que perdem seu valor ao passar do tempo. O Brasil é o
maior exportador de mulheres e crianças da América Latina para a indústria da prostituição
nos países desenvolvidos e corresponde ao terceiro lugar em fonte de renda ilegal
(TONHELA, 2011).
       Mulheres, geralmente mães solteiras, são iludidas por aliciadores — que muitas vezes
podem se passar por ―amigas‖ — a viajarem para o exterior em busca de uma vida melhor.
Elas recebem as passagens e roupas com a ilusão de que ao chegar ao país de destino pagarão
esse adiantamento trabalhando no mercado formal. Muitas até sabem que irão trabalhar com
prostituição, o que as surpreende é o tratamento que recebem.
       Quando chegam ao país proposto as vítimas são obrigadas a darem aos aliciadores,
que se passam por pessoas de confiança, o seu passaporte e a passagem de volta. A partir daí
começa o sofrimento, o abuso, a humilhação que só acabam com a morte ou quando começam
a ter distúrbios mentais. Elas são obrigadas a trabalhar à noite em boates como atendentes,
garçonetes e prostitutas. Durante o dia ficam encarregadas da manutenção da boate, se
tornam, então, uma espécie de escravas. O dinheiro que se fatura com a prostituição é
repassado aos donos das boates a troco de moradia e a ilusão de que a volta está sendo
garantida. O acesso aos familiares é limitado a telefonemas vigiados e qualquer indício de
―rebeldia‖ é tido como falta grave, sujeito a punições severas, normalmente agressões.
       Existe um instituto localizado em The Johns Hopkins University School of Advanced
International Studies (SAIS), em Washington, D.C. chamado de "Protection Project" (PP),
que promove pesquisas na área dos direitos humanos e conseguiu produzir dados referentes às
rotas do tráfico de pessoas. Um dos grandes problemas para o controle do fluxo de comércio
de crianças e mulheres é que as leis que regulam e definem o que é considerado tráfico
variam, dependendo de cada estado.
10



       A OIM evitou divulgar números globais em relação ao tráfico no mundo, uma vez que
as informações não são precisas e não há como confirmá-las. As atividades gerenciadas pela
OIM incluem a investigação de base, conscientização e capacitação, a fim de fortalecer redes
nacionais e regionais para atender às necessidades das vítimas e prestação de serviços de
regresso voluntário e reintegração para as vítimas deste tipo de crime, além da prevenção,
assistência às vítimas, e a busca da justiça, através de programas regionais e nacionais
relacionados ao crime de tráfico humano, tanto para fins de exploração sexual quanto laboral.
       O combate a esse tipo de tráfico é muito difícil devido ao fato de que muitas vezes,
aliciadores e vítimas não se vêem realmente nesses papéis, além de haver discriminação
contra prostitutas, invisibilidade do crime, e o silêncio por parte da sociedade. Outro fator que
torna mais difícil a captura de criminosos é que, embora as organizações mundiais vejam o
tráfico como um crime contra a humanidade, muitas vezes a população não o vê da mesma
maneira. Isso ocorre, pois as diferentes maneiras de prostituição são vistas pelo povo como
um assunto tabu.




2.2.4 Asilo político por parte dos países desenvolvidos




       Desde os anos 90, a situação dos fluxos migratórios e seus reflexos nas sociedades
tornou-se significativamente mais complicada, uma vez que o ambiente político relativamente
hostil de países da África e Oriente Médio fez com que aumentasse o número de pessoas
desesperadas para fugir de perseguições políticas e guerras civis (BALE, 2008).
       Apesar das barreiras impostas aos imigrantes desde os anos 70 e 80 (após as duas
crises do petróleo), os fatores de atração de imigrantes que viviam em regiões de conflito
continuaram altos — qualquer coisa seria melhor do que onde eles estavam. Assim, o
desespero de contornar tais barreiras levou muitos imigrantes a buscarem medidas ilegais e
perigosas: corpos encontrados nas ilhas espanholas e na Sicília raramente são noticiados
atualmente, de tão comuns que se tornaram (BALE, 2008).
       Por ano, estima-se que meio milhão de pessoas entre na Europa ilegalmente,
desaparecendo na chegada ou misturando-se a seus conterrâneos já estabelecidos. Muitos
desses imigrantes, no entanto, conseguem entrar na Europa ilegalmente e então pedem asilo.
O pedido de asilo ocorre geralmente por necessidade, se não sempre pela ameaça iminente de
11



perseguição que o status de refugiado exige. No entanto, muitos dos imigrantes que pedem
asilo nos países desenvolvidos o fazem simplesmente por razões econômicas. (IOM, 2010f).
       A União Européia, apesar de ter dificultado a entrada de imigrantes não provenientes
dos países membros, se mostra tolerante em relação à situação de refugiados e na concessão
de asilo político. Foi aprovado em 2008 um Pacto de Imigração e Asilo, em que busca-se,
futuramente, criar um sistema comum de asilos europeus. Os principais objetivos deste pacto
são estabelecer certos procedimentos que ajudem os países membros da UE em momentos de
crise em que recebem muitos pedidos de asilo, e distribuir os beneficiários por todo território
europeu a fim de evitar que um país seja sobrecarregado devido à sua localização geográfica
ou demográfica (EUROPA, 2008b).
       Segundo a norma diretiva 2003/9/CE de janeiro de 2003 da União Européia, os países
devem garantir condições de sobrevivência adequadas aos requerentes, como alojamento,
alimentação, subsídio financeiro, educação, e assistência médica, que devem ser fornecidos
durante todo o procedimento (EUROPA, 2008a). Não se pode negar o acesso ao mercado de
trabalho, mas é possível controlar onde eles irão trabalhar, a quantidade de tempo e as
qualificações que devem ter.
       Já os Estados Unidos possuem um sistema de concessão de asilo bem estruturado,
devido ao grande numero de requerentes, e tem uma das maiores taxas de aceitação entre os
países industrializados. Para requerer asilo, o candidato deve ter sofrido perseguição por causa
de raça, nacionalidade, religião, preferências políticas e por associação a determinado grupo
social (U.S. DEPARTMENT OF HOMELAND SECURITY, 2011).
       De acordo com as estratégias da OIM, o papel da organização nesse sentido será,
principalmente, prover assistência a pessoas fugindo de conflitos ou desastres naturais em
seus países de origem, auxiliar os refugiados que estejam sendo repatriados em outros países,
assim como no retorno de indivíduos com pedidos de asilo mal-sucedidos, entre outros. Além
disso, a OIM apóia governos e suas respectivas populações a reconstruir infra-estruturas,
inclusive na área de saúde, e a estabilizar comunidades no caso de emergências (IOM, 2011f).




3 APRESENTAÇÃO DO COMITÊ




       A   Organização     Internacional   para   a   Migração    (OIM)    é   um organismo
intergovernamental, cuja tarefa é trabalhar em conjunto com a comunidade internacional em
12



busca da promoção de respostas aos desafios que cercam o âmbito da temática da migração. A
Organização acredita no princípio de que a migração, conduzida de forma ordenada, beneficia
tanto os imigrantes quanto a sociedade acolhedora. Ela vela pelo respeito à dignidade humana
e bem estar dos imigrantes, o que lhe confere papel de destaque entre as organizações que
lidam com essa questão. Atualmente, é considerada o principal fórum de debate sobre o tema.
       A Organização surgiu no ano de 1951, logo após a 2ª Guerra Mundial, devido ao
crescimento significativo dos problemas decorrentes do aumento de fluxos migratórios nesse
contexto. Foi criado, em princípio, um Comitê Intergovernamental Provisório para
Movimentos Migratórios da Europa (PICMME, em inglês) para tratar desse assunto como
medida emergencial, visando alocar as, aproximadamente, 11 milhões de pessoas deslocadas
no período de guerra. O comitê atuou no sentido de auxiliar os governos dos países europeus,
em ações ligadas a reinstalação do contingente populacional atingido. A PICMME foi
responsável pelo transporte de quase um milhão de migrantes durante a década de 50 (IOM,
201l). Rapidamente, em 1952, transformou-se em Comitê Intergovernamental para as
Migrações Européias (CIME).
       Nas décadas seguintes o escopo de atuação da Organização foi ampliando-se de
acordo com as tendências do crescente fluxo migratório internacional até que, através da
resolução do Conselho em 1979, afirmou-se a necessidade do Comitê expandir seus serviços
em nível mundial. Dessa maneira, em 14 de Novembro de 1989 institui-se a Organização
Mundial para Migração (OIM), no lugar da CIME, através de emenda e ratificação da
Convenção de 1952 (IOM, 201l).
       A Organização Mundial para a Migração desenvolveu-se até abarcar uma vasta
variedade de atividades de gestão da migração no mundo todo, entre as quais destacam-se:
operações e programas acerca de ajuda humanitária; reintegração de imigrantes; consolidação
da paz; programas de qualificação de profissionais em países em desenvolvimento;
capacitação e fortalecimento institucional de governos e ONGs; programas médicos e de
saúde pública; pesquisa sobre migração, entre outros.
       O rápido crescimento do número de migrantes internacionais ocorreu, dentre outros
fatores, em virtude do desemprego crescente em determinadas regiões do mundo e as
oportunidades de empregos existentes em outras, das catástrofes naturais ou causadas pela
ação humana, que deslocam grandes contingentes populacionais e exigem um monitoramento
mais específico das condições dos migrantes.
       A maioria das atuações notórias e de grande visibilidade da Organização Mundial para
a Migração é ligada a catástrofes, embora atue, também, no sentido de permitir o
13



reconhecimento do contingente migratório e facilitar o transporte e a adequação dos
migrantes.
       A história da OIM é concomitante a catástrofes naturais e guerras regionais da metade
do século passado. Alguns dos exemplos de atuação da organização nesse meio seriam: a
revolução da Hungria de 1956, a Invasão da Tchecoslováquia na primavera de Praga de 1968,
o golpe de Estado do Chile em 1973, a Guerra do Vietnã de 1975, a invasão do Kuwait na
Guerra do Golfo em 1990, os casos do Kosovo e Timor de 1999, e o tsunami na Ásia e o
terremoto no Paquistão de 2004 / 2005(IOM, 2011i).
       A OIM trabalha em quatro grandes áreas de gestão da migração: migração e
desenvolvimento, meios de facilitar a migração, regulamentação da migração e questões
relacionadas à migração forçada. Em 2009, mais de 97% do financiamento da OIM se deu sob
a forma de contribuições voluntárias para projetos. O restante representa o orçamento
administrativo, financiado por contribuições dos Estados-Membros (OIM, 2010q).
       Em suma, a Organização trabalha para


                      [...] ajudar a garantir uma gestão de migração ordenada e humana, para promover a
                      cooperação internacional nos assuntos relacionados à migração, para auxiliar na
                      busca de soluções práticas para os problemas de migração e prestar assistência
                      humanitária aos imigrantes necessitados, sejam eles refugiados, deslocados ou
                      outras pessoas desenraizadas. A Constituição da OIM dá reconhecimento explícito
                      da relação entre migração e desenvolvimento econômico, social e cultural, bem
                      como ao direito de livre circulação de pessoas (IOM, 2010v).


       Desde sua criação, a Organização prestou assistência a mais de 13 milhões de
refugiados e migrantes em mais de 125 países. Atualmente possui 19 escritórios funcionando
como Missões Regionais (MFR), que servem de centros de recursos e de apoio a projetos
especializados regionais; e mais de 1200 escritórios locais. O número de membros da OIM é
reflexo de sua vasta atuação mundial, e vêm aumentando consideravelmente nos últimos anos,
de 67 países em 1998, para 109 países em 2005, além de 24 países observadores (IOM, 201l).
       A OIM possui três órgãos principais: 1) Conselho Geral, 2) Comitê Executivo, 3)
Comitê de Administração. O Conselho é o órgão responsável pelas sessões de debate e,
portanto, a arena de discussões da OIM no 12° MINI ONU.




4 POSIÇÃO DOS PRINCIPAIS ATORES
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Afeganistão: A OIM cada vez mais busca a cooperação técnica e capacitação das instituições
do governo afegão na gestão dos fluxos migratórios. Assim, a organização oferece ajuda a
famílias vulneráveis deslocadas, além de assistirem na reintegração e retorno voluntário de
afegãos. A migração afegã ocorre por diversos motivos como, por exemplo, refugiados devido
a desastres naturais e invernos rigorosos. Além de refugiados de guerra, devido à relativa
instabilidade em termos de segurança. Os programas da OIM são realizados através das
contribuições de doadores que incluem a União Europeia, Austrália, Bélgica, Croácia,
Dinamarca, Grécia, Itália, Japão, Noruega, Espanha, Suíça, Holanda, Reino Unido e Estados
Unidos da América, além do Fundo Central das Nações Unidas de Resposta a Emergências
(CERF), Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), Programa das Nações Unidas
para o Desenvolvimento (PNUD) (IOM, 2010a).
África do Sul: Devido a fronteiras porosas e a predominância econômica na região, a África
do Sul é o alvo principal de diversos tipos de migrantes. Enfrenta então vários desafios que se
relacionam a esse assunto. Existem diversos problemas que precisam ser combatidos como, a
falta de políticas de imigração e gestão de fronteiras eficazes, o que faz com que ocorra o
aumento da migração irregular, principalmente proveniente do Zimbábue. Além da fuga de
cérebros, que ocorre devido à emigração de mão de obra qualificada. E, também, devido ao
aumento da entrada de imigrantes tem-se o aumento da xenofobia, que gera, muitas vezes,
conflitos reais. Dessa forma, discorre-se que uma prioridade crítica do governo da África do
Sul é a melhor gestão da migração. Para assistir na resolução desse problema a OIM percebeu
a necessidade de uma coordenação regional na região da África Austral. Como não existe um
protocolo de migração regional, não existe mecanismo formal na Comunidade de
Desenvolvimento do Sul da África (SADC) para coordenar a gestão da migração. Assim o
Diálogo sobre Migração para o Sul da África (MIDSA), órgão da OIM, pretende preencher
essa lacuna e promover o diálogo informal regional, além da cooperação em questões
relacionadas com a migração (IOM, 2010u).
Alemanha: Os principais tipos de migrantes presentes na Alemanha são ―trabalhadores
convidados‖, os quais acabam tornando-se imigrantes legais e, posteriormente, alemães
nativos repatriados. Desde 2005, entrou em vigor uma nova lei para a imigração que visa
facilitar o processo de integração dos estrangeiros, envolvendo questões desde o pedido de
cidadania alemã até as questões trabalhistas e de direitos humanos. A OIM age principalmente
promovendo maior assistência no combate ao tráfico de pessoas e no retorno voluntário dos
imigrantes para seus países de origem (IOM, 2010i).
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Angola: Os 30 anos de guerra na Angola levaram miséria e sofrimento ao povo angolano. A
destruição da infra-estrutura rodoviária, a má governança, ausência de redes de comunicações
e a existência de miséria para grande parte da população representaram grandes obstáculos
para o progresso socioeconômico. Devido a guerra, houve, ainda, a destruição da economia
agrária, que representava a base de subsistência do povo angolano. Então, não é grande
surpresa o fato de um grande número de habitantes rurais terem migrado para áreas urbanas.
A rápida urbanização teve impacto negativo sobre a economia, uma vez que não havia como
empregar a todos. Com a migração rural-urbana de populações vulneráveis, aumenta-se o
risco de jovens serem traficados internamente e externamente. Como resultado houve um
grande fluxo de imigração para os países desenvolvidos, principalmente para Portugal e
África do Sul. O maior foco da OIM atualmente é maximizar a relação positiva entre
migração e desenvolvimento. De forma que a reinserção de cidadãos qualificados pode
beneficiar o desenvolvimento nacional e a recuperação de conflitos (IOM, 2010b).
Argélia: Uma das prioridades do governo é canalizar as necessidades dos migrantes e
fortalecer laços com seu país de origem. Outra prioridade diz respeito a rotas históricas que
caracterizam o país e têm sido utilizadas como rotas para emigrantes ilegais, não só de
emigrantes subsaarianos, como também da Ásia e outras partes do mundo. A OIM age no
desenvolvimento das áreas rurais para redução da pobreza e estabilização das regiões mais
propensas à emigração (IOM, 2011a).
Bolívia: A migração é uma questão importante neste país andino, pois possui cerca de 1,6
milhões de emigrantes. Devido à crise econômica, política e social ocorrida em 2008,
aproximadamente 3% da população deixou a Bolívia para viver em países como Argentina,
Brasil, Chile, Itália, Espanha e Estados Unidos. A instabilidade afetou o investimento,
elevando a taxa de desemprego e devido à grande desigualdade socioeconômica, a população
ficou vulnerável ao tráfico de pessoas e exploração trabalhista. Atualmente, o governo
juntamente com a OIM, ONGs e diferentes atores da sociedade civil, procura estabelecer uma
lei de imigração que orientará uma política para atender as necessidades dos estrangeiros que
vivem na Bolívia e os bolivianos que moram em outros países, como o Retorno Voluntário
Assistido e reintegração socioeconômica para os bolivianos (IOM, 2010c).
Costa Rica: Na América Central, a Costa Rica configura-se como um país com indicadores
relativamente altos de desenvolvimento e um histórico de promoção de direitos humanos e
democracia. Contudo, o país é visado por imigrantes irregulares, vindos principalmente da
Colômbia, devido à necessidade de auxílio e alcance dos recursos que o país proporciona. A
OIM age no país através de projetos de auxílio aos imigrantes ilegais e facilitação e
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regulamentação da entrada legal de pessoas. Um dos projetos mais notáveis dos quais a Costa
Rica se beneficia é o chamado ―Apoio à Integração Regional através da melhoria da Gestão
das migrações na América Central‖, financiado pela UE (IOM, 2011g).
Egito: A política migratória do Egito consiste em incentivar o fluxo de pessoas para conter o
aumento das taxas de desemprego e de crescimento demográfico, objetivando a ocupação de
postos no mercado de trabalho pelos egípcios, aumentando a remessa de dinheiro dos
emigrantes e garantindo o bem-estar, e conseqüentemente desencorajando a migração
irregular. A OIM Cairo tem auxiliado no reassentamento de refugiados egípcios para vários
destinos como os Estados Unidos, Austrália, Europa e Canadá, intermediando as atividades
entre esses países e o governo do Egito, visando o benefício e juntamente com os governos da
Itália, dos Estados Unidos, da Austrália e da União Européia, tem buscado alternativas para
combater o tráfico de pessoas (IOM, 2010e).
Equador: O país sofreu sérios danos em sua economia após a crise no início dos anos 90, o
que levou a uma migração de trabalhadores sem precedentes para regiões como os Estados
Unidos, Itália e Espanha, principalmente. A OIM está presente no Equador desde 1965,
desenvolvendo uma série de projetos e programas de apoio aos esforços do governo visando à
melhoria das condições de vida da população e lidando com as dinâmicas de migração (IOM,
2011h).
Espanha: Nos últimos anos, a Espanha apresentou uma queda significativa nos números de
imigrantes devido à crise. Ainda assim, foi notável um aumento do número de trabalhadores
sazonais imigrantes. Nesse contexto, o maior problema é que as condições de trabalho dos
imigrantes ficaram piores com o avanço da crise e da recessão. Quanto às questões de asilo,
são poucos os pedidos de asilo na Espanha e menores ainda os números de candidatos que são
aceitos como refugiados. Em 2009, foi feita uma reforma no Ato de Imigração, que
incorporou, entre outras, leis que punem empregadores que contratam imigrantes com visto
vencido (OECD, 2010).
Estados Unidos da América: Os EUA são o país onde se encontra o maior número de
imigrantes internacionais em todo o mundo. As rígidas políticas para adentrar o país acabam
por aumentar o número de imigrantes ilegais, que entram nos EUA geralmente pelo sul do
país, na fronteira com o México. O aumento da fiscalização na fronteira e nos locais de
trabalho, aliados à crise americana de 2008, contribuiu para a redução do fluxo para este país
(OECD, 2010). A OIM trabalha em conjunto com o governo americano em diversas
iniciativas, como nos projetos para o bom retorno dos imigrantes expatriados e na contenção
do tráfico de pessoas. Em parceria com a Organização dos Estados Americanos (OEA), a
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OIM trabalha com governos do Caribe para avaliar a sua organização atual da migração,
auxiliá-los no controle das fronteiras e gestão dos fluxos migratórios (IOM, 2010x).
Filipinas: A OIM estabeleceu seu escritório no país em 1975, desde então vem implantando
uma série de projetos juntamente com agências como a UNICEF e a OIT, no sentido de
oferecer capacitação profissional e melhores condições de trabalho aos imigrantes.
Recentemente, em 2009, o país assinou um acordo de financiamento com a União Européia
que reforçou a parceria dos dois países nos programas de desenvolvimento técnico da força de
trabalho imigrante (IOM, 2011t).
França: Os imigrantes representam 10,7% da população total do país, sendo que 64% vem da
África. De forma geral, 1 em cada 3 novos imigrantes que chegam à França são da Argélia ou
do Marrocos. A Ásia é a segunda maior origem dos imigrantes (19%), seguida da Europa
(7,5%). A OIM age em parceria com uma série de organizações sediadas na França, dentre
elas a Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), o Conselho
Europeu e o Ministére de l’Immigration, de l’Intégration, de l’Identité et du Codéveloppement
(Ministério da Imigração, Integração, Identidade e Co-desenvolvimento). As parcerias
ocorrem, principalmente, em programas de assistência a migrantes e refugiados, no programa
de reunificação familiar, no programa experimental de informação e aconselhamento ao
retorno voluntário, no fornecimento de informações acerca da realidade dos imigrantes e
assistência ao retorno de imigrantes ilegais (IOM, 2010h).
Gana: A OIM tem atuado em Gana desde 1987. Tem, também, contribuído para os esforços
do Governo de Gana para gerir eficazmente as migrações através de uma ampla variedade de
projetos e programas. A OIM Acra (capital de Gana) começou seus programas de apoio às
necessidades institucionais de capacitação no interior do país através do Regresso de
Nacionais Africanos (RQAN II). Esse facilitou o regresso de nacionais altamente
qualificados, para que pudessem assumir posições-chave na saúde, educação, economia,
finanças, serviços públicos e da administração política, fato que ajuda no desenvolvimento
nacional. A OIM Acra cresceu nos últimos dez anos para atender a necessidade da gestão de
migrações, se envolvendo na reinstalação de migrantes e no movimento dos migrantes para o
reagrupamento familiar. Esse escritório se envolve também na política de migração, migração
laboral, combate ao tráfico, gestão de fronteiras, entre outros (IOM, 2011j).
Holanda: Este país é destino principalmente de solicitantes de asilo e de pessoas que buscam
melhores condições de emprego. O regresso de pessoas que têm o pedido de visto negado e
imigrantes ilegais tem sido feito pelo governo desde 1998, juntamente com a OIM. Desde
1984, o país aceita um número pré-estabelecido de refugiados e no período de 2008 até 2011
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se comprometeu a receber 2000 refugiados, dos quais estão reservadas 120 vagas para casos
médicos. A Holanda possui também um programa para reunificação familiar, cuja entrada dos
parentes é facilitada pelo governo. Atualmente, o escritório holandês da OIM atua em projetos
que objetivam auxiliar no desenvolvimento dos países de origem dos refugiados e
reconstrução de zonas de conflito (IOM, 2010p).
Hungria: A Hungria, tradicionalmente, é um país de origem, de trânsito de destino de
migrações regulares e irregulares. A sua localização geográfica, a sua adesão à União
Européia e o fato de ter uma relativa prosperidade servem como fator de atração para os
imigrantes de países vizinhos. Devido ao fato da Hungria ser um novo membro da União
Européia, as fronteiras da mesma se alargaram e dessa forma foi necessário a criação e
aplicação de regras de imigração mais rígidas, reforço da gestão das fronteiras e uma
regulamentação mais severa do emprego de trabalhadores estrangeiros. Mulheres jovens e
meninas são traficadas para, da e através da Hungria. A OIM atende um número elevado de
vítimas que retornam principalmente dos Países Baixos e Alemanha depois de serem vítimas
do tráfico de pessoas, principalmente vítimas da exploração sexual. A migração laboral dos
cidadãos da Hungria aumentou para países que não impõem períodos de transição para a livre
circulação de trabalhadores, como Reino Unido e Irlanda. Dessa forma, a Hungria está
gradualmente se tornando um país que precisa de trabalhadores estrangeiros em determinados
setores da economia. No final de 2009, 216.000 pessoas tinham autorização de residência
válida, aumento de 15% face ao ano anterior, números que demonstram a dimensão da
integração da Hungria (IOM, 2011af).
Índia: Segundo dados da OIM, existem aproximadamente 25 milhões de indianos espalhados
em mais de 110 países. O país é também um dos maiores receptores de remessas de dinheiro
provenientes do mundo, mais de 40% dos quais são enviados dos trabalhadores indianos no
Golfo (IOM, 2010o). A OIM trabalha em parceria com o governo indiano e algumas agências
da ONU em diversas iniciativas voltadas para a gestão das migrações e da prevenção do
tráfico humano (IOM, 2011m).
Israel: O país conta com um número significativo de imigrantes originários de países
vizinhos como Síria e Jordânia. Israel, porém, busca oferecer incentivos a imigrantes
originários da América do Norte, em resposta à sua maioria judaica em constante declínio,
uma vez que há interesse que americanos de origem judaica tenham oportunidades de
emprego em Israel. As atuações da Organização dentro do país são no sentido de incentivar
essas migrações, regulamentar a situação dos imigrantes, evitar e combater o tráfico ilegal de
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pessoas nas fronteiras próximas e implantar políticas de reintegração dos imigrantes (IOM,
2011n).
Itália: A Itália, juntamente com a Espanha, recebe o maior número de imigrantes, sendo
também uma das principais portas de entrada dos imigrantes para outros países da Europa.
Estima-se que cerca de 3.600.000 imigrantes vivam no país. Apesar das várias declarações
feitas pelo primeiro-ministro contra o fluxo de migrantes em território italiano, o governo se
mostra tolerante em relação a eles, concedendo também assistência aos refugiados e as
vítimas de tráfico. Após o início dos conflitos na Líbia, Egito e Tunísia, várias pessoas
buscaram abrigo na ilha de Lampedusa, no sul da Itália, fazendo com o que os centros de
acolhimento ficassem superlotados e resultando na escassez de alimentos. Para conter o
grande fluxo de pessoas, o governo pediu ajuda para a União Européia (UE), mas como não
foi atendido, viu-se obrigado a mandar todos os 6,2 mil refugiados de volta aos seus países de
origem e gerou uma grande insatisfação com a UE, e ameaças de desligamento do bloco
(IOM, 2010m).
Japão: O Japão é o destino da maioria dos imigrantes asiáticos, mas isso não pode ser
considerado um problema, pois o país sofreu uma redução na população, afetando diretamente
a indústria local. As empresas de eletrodomésticos, automóveis e a agricultura e pesca foram
beneficiados com a mão-de-obra barata e com o incentivo à vinda de estagiários e técnicos.
Diante dessa situação, alguns líderes políticos começaram a discutir sobre um controle da
migração de um modo que seria benéfico para ambos os lados. É importante ressaltar também
a contribuição japonesa para a migração humanitária (como refugiados, vítimas de
tráfico),assim como o apoio escolar às crianças estrangeiras após a crise econômica de 2008
(o desemprego causou a saída de varias crianças estrangeiras das escolas que lecionavam em
sua língua pátria) e a integração desses na sociedade japonesa (IOM, 2010n).
Marrocos: Uma sede da OIM foi estabelecida em Rabat em 2007, o que permitiu uma maior
atividade da organização no país, principalmente na prevenção da imigração ilegal. Em 2010,
atividades como serviços prestados aos migrantes que estão retornando e aos marroquinos que
moram no exterior devem continuar, mas devem ser feitas em ampla parceria com o governo
e autoridades locais, a nível regional e nacional (IOM, 2011q).
México: O México é um país tanto de origem, quanto de trânsito e destino de imigrantes.
Segundo a OCDE, aproximadamente 85% dos migrantes mexicanos escolhem os Estados
Unidos como destino, muitos dos quais entram ilegalmente no país. Além disso, muitos
latino-americanos entram nos Estados Unidos através das fronteiras mexicanas. Apesar de
70% desses acabarem detidos pelas autoridades mexicanas e retornarem aos seus países de
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origem, estima-se que cerca de 70.000 imigrantes eventualmente alcançam os EUA ou
permanecem no México a cada ano, o que atribui certa preocupação em relação a esta região
(IOM, 2010f). O país também recebe grande quantidade de trabalhadores guatemaltecos que
procuram trabalho nos setores agrícola, de serviços, fabricação ou de construção. A OIM
trabalha na região no auxílio às autoridades locais no recolhimento de mexicanos expatriados,
além de promover iniciativas de auxílio a vítimas e contenção do tráfico humano (IOM,
2011p).
Reino Unido: A OIM implementa no Reino Unido programas nas áreas de Retorno
Voluntário Assistido, Pesquisa sobre Migração, Reassentamento de Refugiados e o regresso
temporário de Cidadãos Qualificados. Dessas, o Retorno Voluntário Assistido é a atividade
principal e compreende três programas, o primeiro é o Retorno Voluntário Assistido e
Reintegração (VARRP), que é destinado a candidatos a asilos. O segundo é o Retorno
Voluntário Assistido para Imigrantes Irregulares (AVRIM). Essa é especificamente voltada
para os imigrantes que não tem status legal no Reino Unido. E por último existe o Retorno
Voluntário Assistido para Famílias e Crianças (AVRFC), que incide sobre as famílias e
crianças que tenham ou não tocado o sistema de asilo (IOM, 2011ae).
República da Coréia: A República da Coréia tem sido destino de vários tipos de migrantes
vindos principalmente de outros países asiáticos. Assim, existem algumas questões
emergentes, como a proteção e a integração social dos imigrantes, principalmente da união
dos países do Sudeste da Ásia – Vietnã, Filipinas e Camboja. Outra questão é referente a
gestão dos fluxos migratórios de trabalho e a redução dos problemas associados à migração
irregular e ao tráfico de pessoas. Em 2010 a OIM se concentrou em ajudar o governo coreano
em seus esforços para melhorar a gestão das migrações, principalmente em três aspectos.
Primeiro, proporcionar oportunidades de formação para fortalecer a rede de apoio psicossocial
para os migrantes da Coréia do Norte. O segundo aspecto consiste em fortalecer a Operação
de Retorno Voluntário Assistido (AVR). Em terceiro lugar a condução de programas de
orientação pré-partida para os migrantes da Coréia do Norte (IOM, 2011v).
República Democrática do Congo: A República Democrática do Congo enfrenta vários
desafios relacionados com a migração. Existe a necessidade de melhorar e desenvolver
medidas operacionais e de capacitação para a gestão da migração para que aconteça a
estabilização da população. A OIM pretende ajudar com o reforço das capacidades do
Governo da República Democrática do Congo no domínio da gestão das migrações, e,
também, com a assistência ao regresso e reinserção socioeconômica sustentável dos
refugiados e de pessoas deslocadas internamente (IOM, 2011u).
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Romênia: A OIM apoia o governo da Romênia no cumprimento das suas responsabilidades
como estado-membro da União Européia, com a implementação da Estratégia Nacional de
Migração, gestão de fluxos migratórios, feito em conjunto com os governos da Austrália,
Canadá, República Tcheca, Holanda, Nova Zelândia, Suécia, Reino Unido e dos Estados
Unidos. Os maiores esforços para regular a migração são feitos através do regresso assistido e
reintegração, combate ao tráfico, o assentamento de cerca de 3.000 migrantes e refugiados por
ano e a recepção e assistência dos romenos que retornaram dos países da UE, inclusive os
menores desacompanhados (IOM, 2010t).
Turquia: É um país em que predominam os fluxos de migração ilegais, nesse contexto, a
OIM assiste ao governo local no desenvolvimento de know-how, como procedimentos para
receber e readmitir migrantes, para enfrentar esse problema. Quanto à questão do tráfico de
pessoas, a Turquia assinou recentemente o Segundo Plano de Ação Nacional do Conselho
Europeu e, para cumprir com os termos deste documento, a OIM auxiliará o país a
desenvolver todo o aparato necessário para lidar com essa questão, tanto no âmbito regional
quanto no nacional. (IOM, 2011ad).




5 QUESTÕES RELEVANTES




          Quais são as principais controvérsias acerca do tema da migração humana e como
           estas poderão ser solucionadas?
          Quais são os maiores obstáculos a serem eliminados para a eficiência das políticas
           implementadas pela Organização?
          Qual é o papel dos Estados Unidos e dos países da Europa, grandes receptores de
           fluxos migratórios, na eliminação da xenofobia e dos maus tratos aos imigrantes?
          Como a Organização pode trabalhar para a diminuição do tráfico humano em
           conjunto a outras organizações transnacionais?
          Como será realizado o monitoramento das atividades da Organização, a fim de
           garantir sua eficácia?
          O que fazer para que mais países adiram a Organização Internacional para a
           Migração?
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          Como a OIM pode melhorar sua assistência a indivíduos fugindo de regiões
           conflituosas e auxiliar na consecução de asilos políticos, não só em países
           desenvolvidos, mas em todo o mundo?
          Como a Organização pode auxiliar a população imigrante em países nos quais as
           políticas do governo a empurra para fora?
          Como a Organização pode trabalhar para conter leis anti-imigrações no âmbito
           interno dos Estados?
          Como promover a tolerância entre os povos de diferentes culturas, residentes no
           mesmo local?




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28



                                         ANEXOS




ANEXO A - Posicionamento dos demais atores




Argentina: Até os anos de 1950, os fluxos de imigração argentinos eram predominantemente
para o sul da Europa. Quando essa região caiu, a Argentina se tornou um ímã para os
trabalhadores de seus vizinhos, como Paraguai, Bolívia, Chile, Uruguai e Brasil. A Argentina,
nas últimas décadas, tornou-se a origem dos fluxos migratórios para a Europa —
principalmente Espanha, Itália —, Israel, Brasil, Chile, Canadá, Austrália, e Estados Unidos.
Nesses fluxos estão membros da classe média e pessoas altamente qualificadas, que emigram
por causa da falta de condições satisfatórias de vida. A Lei de Migrações da República
Argentina é o marco legal da política de migração, que inclui padrões elevados de proteção
dos direitos dos migrantes e é a base para a implementação de políticas públicas voltadas para
sua integração. Prevê, entre outras medidas, que todos os estrangeiros têm direito à saúde e
educação, independente de sua situação de migração. Em 2006, o governo argentino lançou o
Programa Nacional de Regularização de Migrantes, que facilita a todos os cidadãos do
Mercosul, ou de algum país associado na obtenção de residência regular na Argentina,
baseado apenas em sua nacionalidade e se não há antecedentes criminais (IOM, 2011b).
Austrália: A migração para este país tem contribuído para o desenvolvimento e crescimento
econômico do mesmo. Quase metade das pessoas que vivem na Austrália hoje ou são
imigrantes ou são filhos de migrantes. Estes representam cerca de dois terços do crescimento
populacional da Austrália (OIM, 2011). O país trabalha juntamente com seus vizinhos e
organizações internacionais a fim de desenvolver uma abordagem regional para combater o
tráfico de pessoas. Para isso, a Austrália é o co-presidente (junto com a Indonésia) do
Processo de Bali, associação que conta com 43 membros e que debate sobre meios de conter
o tráfico de pessoas e a criminalidade transnacional relacionada ao tema (IOM, 2011ag).
Áustria: Esse país já possui um histórico extenso em relação às migrações. Após a Segunda
Guerra Mundial, foi necessário o recrutamento de trabalhadores para as indústrias. Eles eram
na sua maioria jovens, originários da antiga Iugoslávia e Turquia. A idéia inicial era que o
trabalho fosse temporário, mas muitos deles permaneceram, trouxeram suas famílias e/ou
29



constituíram novas. Posteriormente, depois da queda da cortina de ferro 5 e da guerra na ex-
Iugoslávia (1991-2001) e também por causa de seu crescimento econômico, o país recebeu
um grande fluxo de migrantes. Devido a sua posição geográfica e por seu histórico de
migração, somos erroneamente levados a crer que a Áustria possui uma tradição nessa área.
Novas leis foram introduzidas para reforçar a política de imigração e as questões relacionadas
vêm sendo discutidas publica e politicamente. Em 2003, o Ministério Austríaco do Interior
co-financiou um projeto criado pela Comissão Européia, o Ponto de Contato Nacional (PNC)
cujo objetivo é recolher informações sobre migração e asilo, sua disseminação e ligação com
instituições e organizações relevantes (IOM, 2011c).
Bélgica: A regulação da migração na Bélgica é dividida entre os Ministérios do Interior, da
Integração Social, Relações Exteriores, Justiça e Trabalho. Em 1999-2000 houve uma anistia
geral, de forma que 40.000 pessoas foram regularizadas. Dessa forma o governo belga foi,
cada vez mais, dando prioridade ao Retorno Voluntário Assistido (AVR). AVR consiste em
uma alternativa humanitária e social para o regresso forçado. Migração e desenvolvimento
tem sido uma prioridade do Governo da Bélgica e são apoiados através de uma abordagem
inter-ministerial para reforçar o impacto positivo da migração no desenvolvimento (IOM,
2011d).
Brasil: Recentemente é um país em que predominam os emigrantes com destino à Europa e
aos Estados Unidos e que recebem auxílio da OIM para desenvolver iniciativas institucionais
e específicas para responder a esta situação de dispersão de seu povo. Além disso, os
trabalhos da instituição nesse país se voltam para o fortalecimento de Centros para o Combate
ao Tráfico de Pessoas, estabelecidos inicialmente pelo governo local (IOM, 2011e).
Camboja: O Camboja é um país com quantidade significativa de migrantes entrando e saindo
por conta de suas fronteiras porosas, infraestrutura sub-desenvolvida, pobreza, localização
geográfica e legado da guerra civil prolongada. O tráfico de pessoas é um dos problemas mais
latentes na questão da migração no país A fim de combater esse tráfico, as autoridades do
Camboja buscam reforço para promoção da conscientização sobre os perigos do tráfico,
processar os traficantes e proteger os direitos e o bem-estar das vítimas de tráfico (OIM,
2011ah).
Canadá: O Canadá é um dos poucos países no qual a mudança social e cultural causada pela
imigração é uma constante permanente da sociedade. Pesquisas revelam a maneira em que o

5
 Expressão usada no pós- Segunda Guerra Mundial para designar a divisão da Europa em duas partes, a Europa
Oriental e a Europa Ocidental como áreas de influência político-econômica distintas.
30



Canadá está mudando de maneira social e demográfica, enfatizando a enorme contribuição
que os imigrantes e refugiados dão para a composição étnico-cultural da nação e, talvez mais
importante, a força da nação de trabalho nas décadas por vir. Ao mesmo tempo, a eficiência
da lei sobre imigração e proteção de refugiados (Immigration and Refugee Protection Act) de
2011 sobre a seleção de imigrantes com altos níveis de educação tem sido questionada.
Crescentes evidências mostram que há barreiras sistêmicas na força de trabalho e uma
incapacidade entre muitos recém-chegados altamente qualificados de encontrar um emprego
que seja compatível com sua educação e experiência. A maior parte dos imigrantes no Canadá
vem da Ásia, seguida da Europa. O grande número de imigrantes asiáticos, especialmente da
China, Hong Kong e Índia é, em grande parte, devido à ênfase do governo canadense em
habilidades, educação e habilidades de linguagem em sua seleção de imigrantes (RAY, 2005).
Chile: Entre os anos de 2002 e 2008, o número da população imigrante aumentou 71,9%,
fenômeno que pode ser explicado pela estabilidade econômica e política, apesar da crise
econômica que teve um leve impacto sobre o país. Esse aumento exigiu uma reformulação da
estrutura jurídica e social, pois essa não estava preparada para receber esse grande fluxo e
conseqüentemente garantir integração e proteção aos imigrantes. Junto com o governo do
Chile, a OIM apoia políticas públicas que melhoram o acesso dos imigrantes aos serviços
básicos, como saúde e educação, o que conseqüentemente tem efeitos satisfatórios em relação
à segurança publica (IOM, 2010d).
Colômbia: A emigração de colombianos tem crescido consideravelmente. Em 2005, 1 em
cada 10 colombianos já não residiam no país. Internamente, o país tem sido confrontado com
uma grave crise humanitária, decorrente de problemas políticos, sociais e econômicos,
juntamente com a insegurança generalizada, que têm alimentado tanto a migração voluntária e
forçada, enquanto os mesmos fatores agiram como obstáculos poderosos para a imigração
para o país (BERUBÉ, 2005). De acordo com o Ministério dos Negócios Estrangeiros, havia
cerca de 770.000 colombianos oficialmente registrados nos consulados em todo o mundo em
2003, mas estima-se que mais de 4,2 milhões de colombianos vivem no exterior. Políticas
migratórias dos países receptores desses migrantes tem desempenhado um papel fundamental
na configuração dos fluxos de migrantes colombianos. A Colômbia é também um dos
principais países de origem, na América Latina, para o tráfico de pessoas. O Departamento
Administrativo de Segurança (DAS) estima que existam entre 45.000 e 50.000 vítimas
colombianas no exterior, principalmente mulheres jovens forçadas à prostituição na Ásia e
Europa. O governo adotou medidas preventivas, corretivas e punitivas contra essas atividades,
mas a perseguição continua pequena (BERUBÉ, 2005).
31



Grécia: A Grécia tem sido um dos mais importantes países na questão da migração. Durante
a década de 80, começou a receber pessoas vindas principalmente da África e da Ásia, mas o
fluxo de pessoas não foi muito intenso. Já no inicio da década de 90, esse fluxo aumentou,
recebendo imigrantes da Europa Central e Oriental, depois da queda dos regimes comunistas.
Para lidar com essa situação, o governo implantou três métodos para regulamentação. O
principal deles (Lei 3386/2005 – ―Entrada, permanência e integração social dos nacionais de
países terceiros para o território grego‖) unifica os vistos de residência e trabalho e dá direito
a um ―período de reflexão‖ para as vítimas de tráfico, que posteriormente foi revisada pela
Lei 3536/2007. Contudo, o número de imigrantes ilegais é muito grande, principalmente pela
proximidade territorial com a Turquia. Tendo isso em vista, a OIM adotou um mecanismo
para o Retorno Voluntário Assistido e seguro para aqueles que têm a entrada barrada, além da
reintegração nos seus países de origem através de pequenos subsídios, realizando, também,
esforços para integrar os cidadãos que pertencem a minorias, imigrantes, repatriados e de
gregos que resolveram voltar para seu país (IOM, 2010j).
Guatemala: A guerra civil de 1996 no país provocou a migração de milhares de refugiados
políticos a países vizinhos como os Estados Unidos e o Canadá. Desde então, a OIM atua no
país juntamente com os governos dos países que abrigam esses imigrantes, no sentido de
regulamentar sua situação, fornecer toda a infraestrutura necessária e prover qualidade de vida
aos refugiados, com destaque para a área da saúde (IOM, 2011l).
Jamaica: Como suas contrapartes do Caribe, a Jamaica continua a enfrentar desafios de
migração. Dada a sua dependência econômica no turismo, o Governo da Jamaica continua
empenhado em combater o tráfico, reduzindo operações de contrabando e abordando questões
relacionadas à livre circulação da comunidade do Caribe (CARICOM), particularmente em
termos de geração de emprego e saúde (IOM, 2011o).
Jordânia: A Jordânia tem sido um país tanto de origem quanto de destino dos trabalhadores
migrantes. Devido à sua localização estratégica no cruzamento de duas grandes áreas de
instabilidade e conflito prolongado no Oriente Médio, o país esteve envolvido nas principais
emergências humanitárias e teve de lidar com um afluxo maciço de refugiados e trabalhadores
migrantes que fogem das áreas de conflito. O número de iraquianos que fogem e que residem
na Jordânia aumentou drasticamente para um número estimado de mais de 750.000, depois da
mais recente escalada de violência no Iraque e da segunda guerra do Golfo. Para aliviar a
pressão sofrida pelo país para a melhoria da infraestrutura econômica e social para abrigar a
população, a OIM oferece serviços específicos para o governo jordaniano para gerir esta
situação de migração inesperada e ajudar o governo no desenvolvimento de instrumentos
32



nacionais para proteger as vítimas de tráfico e melhorar a modernização na gestão da
migração e da legislação na Jordânia (IOM, 2011aj).
Luxemburgo: A economia de Luxemburgo, estável e próspera, não seria possível sem os
trabalhadores estrangeiros, a maioria dos quais oriundos de outros países da União Europeia.
Em meados da década de 1990, o país recebeu milhares de requerentes de asilo da ex-
Iugoslávia, o que fez Luxemburgo um pais conhecido pelo bom acolhimento de imigrantes.
Embora a integração política (na forma de direitos de voto local para os estrangeiros) tenha
sido bem sucedida, filhos de imigrantes geralmente possuem um mau desempenho na escola.
Além disso, o país ainda tem que desenvolver um programa de integração ampla para recém-
chegados (KOLLWELTER, 2007).
Nepal: O conflito armado que durou uma década no Nepal, e teve fim em 2006, foi um dos
fatores determinantes para a construção de um escritório da OIM no país. Projetos
relacionados ao apoio aos refugiados, que se alocam principalmente em países como o Butão,
e a reabilitação de indivíduos que sofreram os efeitos do tráfico de pessoas, são as principais
ações do país nesse sentido (IOM, 2011r).
Panamá: Sua localização estratégica, os projetos feitos pelo governo e um grande
crescimento econômico têm sido um grande atrativo para estrangeiros. O governo aprovou
recentemente uma nova lei para regular a imigração, e para atualizar a que estava em vigor
desde 1960. Uma das mudanças mais significativas foi que a questão de permanência do visto
seria abolida, sendo assim, não haveria mais possibilidade de obter cidadania panamenha. O
país é sede do Centro Administrativo para as Américas que serve de suporte para as funções
administrativas da OIM em diversas regiões, como o apoio de campo, serviços de
contabilidade, consultoria, assistência técnica e suporte em matéria de segurança.        Para
controlar o fluxo de pessoas, a OIM tem auxiliado no regresso assistido, reintegração nos
países de origem, e assistência aos imigrantes legais mais vulneráveis (IOM, 2010r).
Paquistão: a OIM oferece diversos serviços nesse país, incluindo o movimento dos
refugiados, o reagrupamento familiar, o retorno, reinstalação e reintegração. Três meses após
as piores inundações que o país já sofreu, a OIM, em parceria com a Shelter Cluster, já
forneceu abrigos de emergência para aproximadamente 3,8 milhões de pessoas (IOM, 2011s).
Polônia: A saída de poloneses para países como Reino Unido e Irlanda em busca de melhores
condições de trabalho já foi bastante intensa, mas nos últimos anos a situação tem se
estabilizado. Entretanto, ainda há a necessidade de campanhas de informação entre os
poloneses que vivem no exterior para que eles saibam sobre as possibilidades a respeito de
qual o melhor momento para que regressem ao seu país de origem. Como implicação da
33



escassez no mercado de trabalho doméstico, a Polônia também começou a procurar estratégias
para atrair mão de obra estrangeira para o país. A entrada de um número crescente de
estrangeiros para a Polônia irá resultar em iniciativas que promovam a integração dos
imigrantes na sociedade do país. O objetivo das atividades da OIM no campo da saúde na
Polônia é gerir as consequências de saúde da migração para o benefício dos migrantes, bem
como das comunidades receptoras. A OIM, juntamente com seus parceiros, continuará a
apoiar os esforços para reduzir a migração irregular e combater o tráfico de seres humanos,
bem como a exploração dos migrantes (IOM, 2011al).
Portugal: Portugal começou a receber imigrantes em meados da década de 70, originários
dos países africanos lusofônicos. Com o crescimento econômico de 1990, foi registrada a
entrada de imigrantes de outras nacionalidades como Brasil, Ucrânia, Moldávia, Rússia e
Romênia. No ano de 2009, estimou-se que o número de imigrantes regulares era de 450 mil
(cerca de 4% da população). Por isso, a OIM trabalha junto com o governo na regulamentação
dos fluxos migratórios, ajuda com regresso voluntário e reintegração e com o combate ao
tráfico (IOM, 2010s).
República Tcheca: A República Tcheca é cada vez mais um país de destino para os
imigrantes, havendo cerca de 400 mil estrangeiros residindo no país legalmente. Um relatório
de migração anual preparado pelo governo também identifica um número significativo de
imigrantes irregulares. Além disso, uma nova rota de migração irregular advinda da Mongólia
foi identificada na República Tcheca.      A OIM continua a trabalhar na construção de
capacidades e mecanismos de reintegração na República da Moldávia e na Mongólia, onde as
atividades de migração de trabalho também são realizadas. Além disso, a Organização
trabalha no país em programas de retorno assistido e repatriações (IOM, 2011ai).
República Unida da Tanzânia: A posição geográfica do país o torna vulnerável a fluxos
migratórios em grande escala e o tráfico de pessoas é um problema latente no país: a mão de
obra semiescrava proveniente de regiões urbanas é identificada em diversas regiões rurais. A
OIM propõe que os esforços empreendidos visando à diminuição da gravidade desse quadro
sejam cada vez maiores e, para tal, conta com programas de auxílio às vítimas, como o Ato
Anti-Tráfego de 2008 (OIM, 2011ab).
Sérvia: A OIM tem contribuído ativamente na Sérvia, especificamente na formulação do
roteiro para o desenvolvimento da estratégia global de migração, que forneceu orientações
sobre a elaboração da Estratégia Nacional de Migração, adotada no país em julho de 2009. A
Organização assumiu a liderança em iniciativas na região para fortalecer a gestão integrada
das fronteiras, em iniciativas para disponibilizar para as instituições policiais uma formação
34



integral para o combate ao tráfico humano e contrabando. A assistência da OIM na Sérvia tem
foco no desenvolvimento da capacidade de gestão da migração de funcionários do governo
nos níveis central, regional e municipal, aumentando a pesquisa acerca do tema. Outros
esforços da OIM se concentram em enfrentar o desafio do tráfico humano na Sérvia, bem
como ajudar o governo a atender às necessidades persistentes de refugiados e pessoas
deslocadas internamente em todo o país (IOM, 2011am).
Sri Lanka: Anos de conflito e desenvolvimento econômico lento resultaram em um aumento
de saída de contingente populacional do Sri Lanka por meios irregulares, passando por redes
de tráfico e contrabando. A OIM trabalha no sentido de aumentar sua capacidade institucional
para combater essas práticas ilegais juntamente com o Estado. A gestão da imigração tornou-
se também uma prioridade. A OIM auxilia na capacitação do país para a gestão da migração e
apóia o desenvolvimento e implementação de projetos de cooperação técnica (OIM, 2011x).
Sudão: O país se recupera de uma guerra civil de quase 21 anos e o conflito por terras e
recursos é uma ocorrência comum. Desastres naturais freqüentes afetam tanto o
desenvolvimento do país quanto a capacidade das agências de ajuda e o governo para atingir
os mais necessitados. A OIM continuará a responder a essas necessidades através de três áreas
programáticas principais: a) a devolução, reintegração e início da recuperação no sul do
Sudão e as Áreas de Transição; b) assistência humanitária e de proteção dos deslocados
internos e, c) apoio ao reforço das capacidades dos funcionários para a gestão eficaz da
imigração (OIM, 2011z).
Suécia: Os dois tipos principais de imigração para o país incluem a imigração de famílias e de
trabalhadores. Dentre os pedidos de asilo, a maior parte é proveniente do Iraque e de menores
de idade desacompanhados. Depois da aprovação do Alien Act, em 2010, os casos de asilo
são separados em duas categorias: aqueles que são baseados nas diretrizes da UE, e aqueles
que são válidos somente dentro da Suécia. Além disso, em 2008, entrou em vigor uma lei
sueca para migração que facilita o recrutamento de estrangeiros e que garante a eles as
mesmas condições de trabalho dos suecos (OECD, 2010).
Suíça: A Suíça está entre os países da Europa com a porcentagem mais alta de estrangeiros
em relação a sua população permanente: 21,9 por cento é de estrangeiros. A OIM é um dos
principais parceiros do governo em assuntos relacionados a migrações. O governo tem agido
em consonância com a organização visando o controle do tráfico ilegal, a regulamentação de
imigrantes e implantação de políticas de reintegração (OIM, 2011aa).
Tailândia: O maior desafio para o país na questão da migração é a contenção da migração
irregular, que inclui o contrabando e o tráfico de pessoas, e seu impacto sobre o mercado de
35



trabalho e sobre a saúde pública. O acesso dos migrantes aos serviços sociais também se
tornou uma preocupação crescente na Tailândia. Nos últimos anos as autoridades tailandesas
têm tido uma abordagem mais pró-ativa na sua resposta a estes desafios, criando a Declaração
de Bangkok sobre Migração Irregular, entre outras iniciativas. A declaração busca chamar a
atenção para as áreas de preocupação com relação à migração irregular e fornece uma
plataforma para desenvolver a cooperação entre os principais interessados, tanto de dentro da
sub-região, quanto de fora. A OIM continua a reforçar a sua parceria com o governo e com a
comunidade internacional para enfrentar os desafios crescentes da implementação de
memorandos de entendimento e no avanço da gestão da migração na Tailândia (IOM,
2011an).
Tunísia: Esforços no combate à migração ilegal na Tunísia foram bem-sucedidos e já
resultaram na diminuição de imigrantes ilegais partindo da costa tunisiana. A principal
prioridade do governo é promover acordos de migração circular com países europeus como a
França. De acordo com as prioridades do país, a OIM tem a intenção de desenvolver
atividades com uma série de parceiros além das agências governamentais, tais como ONGs e
setores acadêmicos (IOM, 2011ac).
Ucrânia: Evidências sugerem que a Ucrânia é um dos principais países europeus de origem
para o tráfico de seres humanos para trabalho, prostituição e servidão doméstica, destinado à
Europa Ocidental, Turquia e Rússia, o que cria um problema grave de migração e de direitos
humanos para o país. Além disso, o aumento de fluxos migratórios regulares e irregulares em
direção às novas fronteiras da União Européia criou novos desafios de gestão de migração na
Ucrânia. O afluxo de migrantes cria novos desafios na área de recepção, de interceptação ou
detenção, cuidados e serviços, registro e retorno voluntário assistido. As redes de contrabando
que facilitam muitos desses movimentos estão crescendo e precisam ser contidas. A
capacidade do governo para responder é limitada e, até mesmo grandes esforços apoiados por
uma verdadeira vontade política, dificilmente podem acompanhar o ritmo desses desafios
crescentes (IOM, 2011ao).




ANEXO B – Links Interessantes




A maior parte do material consultado para este trabalho foi o site da Organização
Internacional para a Migração (http://www.iom.int/)
36



O site da OCDE também oferece estudos detalhados em relação à cooperação e ao
desenvolvimento econômico: http://www.oecd.org/
O World Factbook do website do serviço de inteligência americano, a CIA, também é uma
ferramenta online importante, visto que possui informações detalhadas de todos os países
citados no Guia de Estudos: https://www.cia.gov/library/publications/the-world-factbook/
37




TABELA DE DEMANDA DAS REPRESENTAÇÕES



       Na tabela a seguir cada representação do comitê é classificada quanto ao nível de
demanda que será exigido do delegado, numa escala de 1 a 3. Notem que não se trata de
uma classificação de importância ou nível de dificuldade, mas do quanto cada
representação será demandada a participar dos debates neste comitê. Esperamos que essa
relação sirva para auxiliar as delegações na alocação de seus membros, priorizando a
participação de delegados mais experientes nos comitês em que a representação do colégio for
mais demandada.


                                                Legenda
                        Representações frequentemente demandadas a tomar parte nas discussões

                        Representações medianamente demandadas a tomar parte nas discussões

                        Representações pontualmente demandadas a tomar parte nas discussões




                    REPRESENTAÇÃO                         DEMANDA


                  1. Afeganistão


                  2. África do Sul


                  3. Albânia


                  4. Angola


                  5. Argélia


                  6. Argentina
38




  REPRESENTAÇÃO        DEMANDA


7. Austrália


8. Áustria


9. Bélgica


10. Bolívia


11. Brasil


12. Camboja


13. Canadá


14. Chile


15. Congo-Brazaville


16. Colômbia


17. Coréia do Sul


18. Costa Rica


19. Equador


20. Espanha


21. EUA


22. Egito
39




  REPRESENTAÇÃO   DEMANDA


23. Filipinas


24. França


25. Gana


26. Grécia


27. Guatemala


28. Hungria


29. Índia


30. Israel


31. Itália


32. Jamaica


33. Japão


34. Jordânia


35. Luxemburgo


36. Marrocos


37. México


38. Nepal
40




  REPRESENTAÇÃO        DEMANDA


39. Países Baixos


40. Panamá


41. Paquistão


42. Polônia


43. Portugal


44. Reino Unido


45. República Tcheca


46. Romênia


47. Sérvia


48. Sri-Lanka


49. Sudão


50. Suécia


51. Suíça


52. Tailândia


53. Tanzânia


54. Tunísia
41




  REPRESENTAÇÃO    DEMANDA


55. Turquia


56. Ucrânia


57. Primal Times

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  • 1. 1 Organização Internacional para Migração CVIII Reunião do Comitê Executivo: Fluxos migratórios , tráfico humano e asilo Nayane Ferreira Silva Diretora Cecília Franklin Diretora Assistente Juliana Matos Diretora Assistente Mariana Balau Silveira Diretora Assistente
  • 2. 1 SUMÁRIO 1 APRESENTAÇÃO DA EQUIPE ................................................................................................. 2 2 APRESENTAÇÃO DO TEMA .................................................................................................... 3 2.1 Considerações Iniciais ............................................................................................................... 3 2.2 Migrações ................................................................................................................................... 5 2.2.1 Migração latina para os Estados Unidos ................................................................................ 5 2.2.2 Migração africana/asiática para a Europa ............................................................................. 6 2.2.3 Tráfico de mulheres e crianças ............................................................................................... 8 2.2.4 Asilo político por parte dos países desenvolvidos ..................................................................10 3 APRESENTAÇÃO DO COMITÊ ...............................................................................................11 4 POSIÇÃO DOS PRINCIPAIS ATORES ....................................................................................13 5 QUESTÕES RELEVANTES .......................................................................................................21 REFERÊNCIAS ..............................................................................................................................22 TABELA DE DEMANDA DAS REPRESENTAÇÕES.................................................................37
  • 3. 2 1 APRESENTAÇÃO DA EQUIPE Primeiramente, gostaria de dar as boas-vindas aos Senhores Ministros a esta reunião do Conselho Geral da Organização Internacional para a Migração. O enfoque da Organização, que completa 60 anos em 2011, nos temas apresentados neste guia é de extrema importância no cenário internacional. A OIM busca manter a segurança internacional por meios pacíficos e gerar relações de cooperação na questão da migração humana. Dessa forma, convido os delegados a assumirem a responsabilidade de contribuir para um mundo mais pacífico e integrado. Apresentam-se, a seguir, os membros da equipe diretora do comitê: ―Me chamo Nayane Ferreira, sou estudante do 8º período de Relações Internacionais da PUC Minas. Como diretora deste comitê buscare,i junto com as minhas Diretoras Assistentes, direcionar os trabalhos da OIM para que a 12ª edição do MINIONU seja tão proveitosa quanto todas as outras. Desejo a todos um bom estudo e espero vê-los em outubro.‖ Nayane Ferreira ―Meu nome é Cecília Franklin, estou no 4° período de Relações Internacionais. Como diretora-assistente da OIM, contribuirei para o bom andamento das atividades, da melhor maneira possível. Desejo que tenham bons estudos e espero que gostem do comitê.‖ Cecília Franklin ―Olá senhores delegados, meu nome é Juliana Matos. Estudo Relações Internacionais na PUC Minas, estou atualmente no 4º período e sou diretora assistente do OIM. Espero que todos vocês estejam dedicados aos estudos das políticas interna e externa dos seus respectivos países de acordo com o tema do nosso comitê e estejam animados para começarmos nossas discussões. Trabalharei para que tenhamos o melhor convívio possível e um bom andamento do comitê. Então, desejo a todos um bom estudo e até outubro.‖ Juliana Matos ―Meu nome é Mariana Balau Silveira, curso o 6° período de Relações Internacionais na PUC Minas. Como diretora assistente da OIM, espero auxiliar no andamento do debate e contribuir para o bom funcionamento do comitê como um todo. Bom estudo a vocês, e tenho certeza de que teremos ótimas discussões.‖ Mariana Balau
  • 4. 3 2 APRESENTAÇÃO DO TEMA Atualmente, a maioria dos países vive com a presença de milhares de imigrantes de todas as partes do mundo em seus territórios em busca de melhores condições de vida do que as oferecidas em seus países de origem. A migração humana se torna fonte de insegurança e ansiedade no cenário internacional por conta do preconceito e do sensacionalismo da mídia, que evidencia a disputa por empregos, moradia e benefícios providos pelo Estado (BALE, 2008). Estima-se que existam no mundo quase 214 milhões de migrantes, que correspondem a 3,1% da população mundial total. É um número significativo, que vem aumentando cada vez mais. Em 1965, o número de migrantes correspondia a cerca de 75 milhões; em 1990 subiu para 120 milhões e em 2000, eram 150 milhões de pessoas fora de seu país de origem (IOM, 2010g).1 A quantidade cada vez maior de imigrantes se torna uma questão importante para os Estados, principalmente por conta da imigração ilegal e pelas diferenças culturais, que dificultam a integração desses indivíduos às sociedades nacionais dos países que os recebem. Por outro lado, os imigrantes tentam integrar-se nessas coletividades, precisando lidar com o repúdio e com a hostilidade dos locais, além de ter menos direitos, o que faz com que sejam explorados por conta de sua situação legal. As questões mais importantes discutidas pela Organização Internacional para a Migração (OIM) e que serão introduzidas na discussão neste comitê são as migrações asiática e africana para a Europa, a migração latina para os Estados Unidos, além do tráfico de mulheres e crianças e a questão de asilo político por parte dos países desenvolvidos. A adesão dos países à Organização simboliza um esforço no sentido de conter os problemas supracitados, de modo a garantir uma melhor qualidade de vida para todos. 2.1 Considerações Iniciais 1 IOM é a sigla em inglês para International Organization for Migration. Utilizaremos essa sigla para fazer referência ao site oficial da organização, do qual extraímos diversas informações. Ao longo do texto, quando nos referirmos à organização diretamente, utilizaremos a sigla OIM – Organização Internacional para Migração.
  • 5. 4 A migração humana não é um fenômeno recente, sendo de extrema importância para a configuração atual dos povos e países, visto que os primeiros povos migraram da África Oriental para sua localização atual no mundo. Esse fenômeno pode ser definido como ―o movimento de pessoas de um lugar no mundo para outro a fim de ter residência permanente ou semi-permanente, geralmente 2 atravessando uma fronteira política‖ (HUMAN..., 2005). As pessoas podem optar pela mudança, caracterizando uma migração voluntária, ou serem forçadas a mover-se, o que é chamado de migração involuntária. A migração pode acontecer em diversas escalas: intercontinental (entre os continentes), intra-continental (entre países em determinado continente), e inter-regional (dentro de um país). A migração rural para as cidades foi uma das mais significativas, pois simbolizou a busca por melhores oportunidades em um mundo cada vez mais urbano e movido pelo capital. Os motivos principais para a migração são ambientais (no caso de más condições climáticas ou desastres naturais), políticas, econômicas ou culturais (HUMAN..., 2005). Com relação aos agentes da migração, podemos definir como emigrante o indivíduo que deixa seu país para residir em outro, ao passo que imigrante seria o advindo de outro país. É importante, também, fazer a distinção entre esse tipo de migrante e o refugiado, que seria ―uma pessoa que reside fora do país de sua origem, devido ao medo de perseguição por 3 motivos de raça, religião, nacionalidade, filiação em certo grupo social ou opinião política‖ (HUMAN..., 2005). Várias teorias para a migração trabalhista foram desenvolvidas ao longo dos séculos. Ernst Ravenstein desenvolveu em 1885, uma série de leis de migração observando as tendências migratórias da época. São elas: 1) a maioria dos migrantes viaja apenas uma curta distância; 2) os migrantes que migram para longas distância geralmente se estabelecem em áreas urbanas; 3) a maior parte da migração ocorre em estágios, de forma gradual; 4) a maior parte da migração é no sentido rural – urbana; 2 ―[Human Migration] is the movement of people from one place in the world to another for the purpose of taking up permanent or semipermanent residence, usually across a political boundary‖. Tradução nossa. 3 ―A person who is residing outside the country of his or her origin due to fear of persecution for reasons of race, religion, nationality, membership in a particular social group, or political opinion‖ Tradução nossa.
  • 6. 5 5) cada fluxo migratório produz um movimento na direção oposta (counterflow); 6) A maioria dos migrantes são adultos; 7) a maioria dos migrantes internacionais são homens jovens, enquanto os migrantes internos são majoritariamente mulheres. Ravenstein ainda apontou em seus estudos a existência de fatores que repelem os indivíduos de uma área (push factors) e fatores que atraem esses indivíduos a outras áreas (pull factors). Entre os push factors assinalados por Ravenstein podemos citar: pobres cuidados médicos, trabalho insuficiente na região, temor de perseguição política, ausência de liberdade religiosa, ocorrência de desastres naturais e tributação excessiva. Os pull factors, que fazem as pessoas desejarem mudar de região, seriam: chances de obter um emprego, melhores padrões de vida, segurança, relações familiares, além de clima mais favorável (CORBETT, 2011). Teóricos mais recentes que pesquisam o tema basearam-se no trabalho de Ernst Ravenstein buscando aprimorá-lo, como é o caso de Everett Lee. O autor focou seu trabalho nos fatores internos que atraem pessoas a uma determinada região, destacando também o impacto de obstáculos ao processo, afirmando que variáveis como distância, barreiras físicas e políticas, são fatores que impedem a migração (NETO, 2009). Várias outras teorias tentam explicar o fenômeno das migrações, como a Neoclássica, que enfatiza o cálculo racional, a mobilidade dos fatores de produção e as diferenças nas oportunidades de emprego nos países (NETO, 2009). Em geral, o que estas teorias buscam é entender o que leva os indivíduos a migrarem e buscar possíveis soluções para os problemas causados pela ocorrência de migrações internacionais. 2.2 Migrações 2.2.1 Migração latina para os Estados Unidos A maior parte dos imigrantes do mundo encontra-se nos Estados Unidos. Esses representam cerca de 13.5% da população total do país, sendo que aproximadamente 53% dos estrangeiros residentes no território americano têm origem latino-americana, 25% tem origem asiática, 14% européia e 8% são de outras regiões do mundo (IOM, 2010x). Os mexicanos são
  • 7. 6 a nacionalidade mais representada de imigrantes e a que apresenta a maior taxa de crescimento. Segundo a OCDE4, 85% dos imigrantes mexicanos escolhem os Estados Unidos como destino (FONTES, 2011) e é sabido que a maioria instala-se no país à procura de melhores oportunidades de trabalho. Embora o fluxo de entrada de imigrantes tenha diminuído no período entre 2007 e 2009, sendo os prováveis motivos a crise financeira e o reforço do patrulhamento das fronteiras (FLUXO..., 2010), estima-se que em 2050 haverá mais de 100 milhões de latinos em território americano. Além dos dados de imigrantes legais, é estimado que haja de 10 a 13 milhões de ilegais no país, que residem e trabalham sem direitos ou a documentação legal necessária. Não existe consenso sobre qual deva ser o futuro dos ilegais, muitos dos quais residem durante anos em solo americano: se deveriam ser deportados, ou se deveriam ser facilitados os meios de obter a cidadania americana. A cada ano, os Estados Unidos deportam centenas de milhares de imigrantes mexicanos. Em uma tentativa de conter o fenômeno da migração, o governo americano promoveu a construção de um muro com 1.126 quilômetros de extensão, separando os Estados Unidos e o México (SANTOS, 2010). No Arizona, foi decretado através da Lei de Imigração que aumentou o custo das faculdades para os hispânicos, restringindo o acesso à educação. Este não é o único estado a criar leis para restringir a entrada ilegal. Outros estados, como Oklahoma têm buscado regulamentar questões como assistência a saúde, emprego, benefícios, etc., visando dificultar permanência nesses locais (YARAK, 2010). A violência e o abuso vêm se tornando freqüentes nos trajetos desses imigrantes aos Estados Unidos e a OIM possui diversos projetos para a prestação de aconselhamento, assistência médica e psicológica, apoio jurídico e retorno aos países de origem para as mulheres e crianças sexualmente abusadas. A Organização trabalha ainda com os governos dos países latino-americanos para avaliar a sua organização e políticas atuais de migração, controle das fronteiras, e gestão dos fluxos migratórios regulares e irregulares (IOM, 2010x). 2.2.2 Migração africana/asiática para a Europa 4 Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico
  • 8. 7 Se no início do século XX era da Europa que partiam imigrantes a todas as partes do mundo, hoje em dia os países do hemisfério sul alimentam ¾ dos fluxos anuais de migração internacional. (HILY, 2003). Segundo a OCDE, na virada do século a Europa tornou-se o principal centro imigratório mundial: a cada ano, cerca de 1,2 milhão de pessoas entram no território europeu, contra 800.000 nos EUA e Canadá. (OECD, 2010). A maior parte desses imigrantes são procedentes de países do norte da África, Turquia, Índia, Paquistão, África Subsaariana e dos Bálcans. Estima-se, ainda, que três milhões de imigrantes vivam clandestinamente na União Européia (FONTES, 2011). Após a 2ª Guerra Mundial, ondas migratórias ocorreram para a Europa nos países vitoriosos e/ou naqueles que possuíam colônias na África e no Caribe: durante os anos 50 e 60, quantidades significativas de indianos ocidentais entraram no Reino Unido, enquanto marroquinos, algerianos e tunisianos entraram na França. Nos dois países, a escassez de mão- de-obra criou demanda por trabalhadores – na maioria das vezes pouco qualificados – que estivessem à procura de emprego com um salário melhor comparado ao que receberiam em seus países de origem. (BALE, 2008). Também na Alemanha, a partir dos anos 60 Gastarbeiter (trabalhadores-convidados), principalmente turcos, entraram em grande quantidade no país para trabalharem por um salário relativamente pequeno, mas esses tinham que ser realizados para que o ―milagre‖ da recuperação continuasse. (BALE, 2008). No entanto, a crise do petróleo em 1973 levou esses países e outros, como a Bélgica e os Países- Baixos, a darem um fim à política de incentivo à imigração iniciada após a 2ª Guerra, como uma resposta ―lógica‖ à crise que desencadeou desemprego e inflação por toda a Europa. (HILY, 2003). A crise de 2008 também impactou consideravelmente nos fluxos migratórios, principalmente na migração trabalhadora. No entanto, movimentos familiares e humanitários mantiveram os fluxos migratórios, contribuindo para que mudanças estruturais e demográficas acontecessem por parte dos países desenvolvidos, que sofrem com o envelhecimento de suas populações e a conseqüente queda da força de trabalho. Além disso, a crise também contribuiu para que imigrantes fossem despedidos de seus trabalhos, a uma taxa mais alta do que trabalhadores nativos. (OECD, 2010). Além de um aumento da xenofobia, principalmente em relação ao medo do desemprego, mal estar generalizado sobre condições sociais, e políticas governamentais e insegurança quanto ao futuro. As leis que regulamentam a migração nos países europeus são bem distintas, mas há uma tendência a homogeneização das mesmas. Essas leis são variadas devido ao fato de ser diferente a dimensão dos países, bem como a quantidade de imigrantes que cada um recebe.
  • 9. 8 Luxemburgo, por exemplo, apresenta uma taxa migratória de 9,0 por mil habitantes (FERNANDES, 2010). Mas em números absolutos os países que mais receberam imigrantes em 2008 foram: Portugal, Espanha, Grã-Bretanha e Itália. Esses ―receberam entre 20 e 30% dos imigrantes considerados ‗permanentes‘ e que entraram nesses países por motivo de trabalho.‖ (FLUXO..., 2010) Em 2009 a queda das migrações para os países europeus se acentuou, devido ao reflexo da crise de 2008. Esse declínio ocorreu depois de cinco anos seguidos de aumento na taxa migratória, de forma que essa chegou a ser de 11% anualmente. A China, a Polônia, a Índia e a Romênia são os países que mais possuem emigrantes. ―A China totalizou 10% do fluxo total, enquanto esses outros três países representaram pouco menos de 5% cada‖ (FLUXO..., 2010) É importante ressaltar que os imigrantes contribuíram para a recuperação das economias nacionais da maioria dos países desenvolvidos, logo eles não devem ser vistos como um fardo agora que a situação não está tão favorável. É papel da OIM promover o diálogo entre os principais países europeus e os países dos imigrantes que lá residem para que o racismo e conseqüentes práticas xenofóbicas não encontrem espaço entre as populações locais dos países desenvolvidos. A OIM contribuirá para que imigrantes tenham as mesmas oportunidades dos nativos, principalmente no que diz respeito ao acesso ao mercado de trabalho, uma vez que empregos são a melhor maneira de evitar exclusão social e marginalização dos imigrantes e seus descendentes. (IOM, 2010o). 2.2.3 Tráfico de mulheres e crianças A Organização Internacional para a Migração define o tráfico humano como ―um crime em que os traficantes lucram com a exploração de homens, mulheres e crianças, atraindo-as para situações de controle e abuso‖ (IOM, 2010x). Os migrantes contrabandistas e traficantes humanos costumam se aproveitar dos jovens que procuram emprego em outros países estrangeiros, bem como dos imigrantes em situação irregular, aumentando ainda mais a importância da segurança e do controle de fronteiras (IOM, 2010f). Estima-se que o tráfico de mulheres e crianças promova um fluxo anual de 700 mil a 2 milhões de pessoas, sendo que esses números variam muito devido a dificuldade de se confirmar informações relacionadas ao tráfico (MUNDO FÍSICO, 2011). Segundo a
  • 10. 9 Organização Internacional para a Migração (OIM), o tráfico de mulheres lucra anualmente US$ 32 bilhões no mundo todo, sendo que 85% desse dinheiro provém da exploração sexual, que na América Latina e no Caribe, por exemplo, em 2006 fez 100 mil vítimas. Segundo o diretor regional do Cone Sul da OIM, Eugenio Ambrosi, na Argentina predomina-se o tráfico interno, mas também serve de passagem de mulheres raptadas da América Latina para serem enviadas à Europa. Já o Uruguai é um exportador de mulheres e crianças para países como Espanha e Itália e, em menor quantidade, para Argentina e Alemanha (NEGRÃO, 2010). Esse tipo de tráfico começa pela inexistência de uma política sociocultural e econômica em regiões carentes em diversas partes do mundo. Mulheres e crianças são tratadas como objetos e mercadorias que perdem seu valor ao passar do tempo. O Brasil é o maior exportador de mulheres e crianças da América Latina para a indústria da prostituição nos países desenvolvidos e corresponde ao terceiro lugar em fonte de renda ilegal (TONHELA, 2011). Mulheres, geralmente mães solteiras, são iludidas por aliciadores — que muitas vezes podem se passar por ―amigas‖ — a viajarem para o exterior em busca de uma vida melhor. Elas recebem as passagens e roupas com a ilusão de que ao chegar ao país de destino pagarão esse adiantamento trabalhando no mercado formal. Muitas até sabem que irão trabalhar com prostituição, o que as surpreende é o tratamento que recebem. Quando chegam ao país proposto as vítimas são obrigadas a darem aos aliciadores, que se passam por pessoas de confiança, o seu passaporte e a passagem de volta. A partir daí começa o sofrimento, o abuso, a humilhação que só acabam com a morte ou quando começam a ter distúrbios mentais. Elas são obrigadas a trabalhar à noite em boates como atendentes, garçonetes e prostitutas. Durante o dia ficam encarregadas da manutenção da boate, se tornam, então, uma espécie de escravas. O dinheiro que se fatura com a prostituição é repassado aos donos das boates a troco de moradia e a ilusão de que a volta está sendo garantida. O acesso aos familiares é limitado a telefonemas vigiados e qualquer indício de ―rebeldia‖ é tido como falta grave, sujeito a punições severas, normalmente agressões. Existe um instituto localizado em The Johns Hopkins University School of Advanced International Studies (SAIS), em Washington, D.C. chamado de "Protection Project" (PP), que promove pesquisas na área dos direitos humanos e conseguiu produzir dados referentes às rotas do tráfico de pessoas. Um dos grandes problemas para o controle do fluxo de comércio de crianças e mulheres é que as leis que regulam e definem o que é considerado tráfico variam, dependendo de cada estado.
  • 11. 10 A OIM evitou divulgar números globais em relação ao tráfico no mundo, uma vez que as informações não são precisas e não há como confirmá-las. As atividades gerenciadas pela OIM incluem a investigação de base, conscientização e capacitação, a fim de fortalecer redes nacionais e regionais para atender às necessidades das vítimas e prestação de serviços de regresso voluntário e reintegração para as vítimas deste tipo de crime, além da prevenção, assistência às vítimas, e a busca da justiça, através de programas regionais e nacionais relacionados ao crime de tráfico humano, tanto para fins de exploração sexual quanto laboral. O combate a esse tipo de tráfico é muito difícil devido ao fato de que muitas vezes, aliciadores e vítimas não se vêem realmente nesses papéis, além de haver discriminação contra prostitutas, invisibilidade do crime, e o silêncio por parte da sociedade. Outro fator que torna mais difícil a captura de criminosos é que, embora as organizações mundiais vejam o tráfico como um crime contra a humanidade, muitas vezes a população não o vê da mesma maneira. Isso ocorre, pois as diferentes maneiras de prostituição são vistas pelo povo como um assunto tabu. 2.2.4 Asilo político por parte dos países desenvolvidos Desde os anos 90, a situação dos fluxos migratórios e seus reflexos nas sociedades tornou-se significativamente mais complicada, uma vez que o ambiente político relativamente hostil de países da África e Oriente Médio fez com que aumentasse o número de pessoas desesperadas para fugir de perseguições políticas e guerras civis (BALE, 2008). Apesar das barreiras impostas aos imigrantes desde os anos 70 e 80 (após as duas crises do petróleo), os fatores de atração de imigrantes que viviam em regiões de conflito continuaram altos — qualquer coisa seria melhor do que onde eles estavam. Assim, o desespero de contornar tais barreiras levou muitos imigrantes a buscarem medidas ilegais e perigosas: corpos encontrados nas ilhas espanholas e na Sicília raramente são noticiados atualmente, de tão comuns que se tornaram (BALE, 2008). Por ano, estima-se que meio milhão de pessoas entre na Europa ilegalmente, desaparecendo na chegada ou misturando-se a seus conterrâneos já estabelecidos. Muitos desses imigrantes, no entanto, conseguem entrar na Europa ilegalmente e então pedem asilo. O pedido de asilo ocorre geralmente por necessidade, se não sempre pela ameaça iminente de
  • 12. 11 perseguição que o status de refugiado exige. No entanto, muitos dos imigrantes que pedem asilo nos países desenvolvidos o fazem simplesmente por razões econômicas. (IOM, 2010f). A União Européia, apesar de ter dificultado a entrada de imigrantes não provenientes dos países membros, se mostra tolerante em relação à situação de refugiados e na concessão de asilo político. Foi aprovado em 2008 um Pacto de Imigração e Asilo, em que busca-se, futuramente, criar um sistema comum de asilos europeus. Os principais objetivos deste pacto são estabelecer certos procedimentos que ajudem os países membros da UE em momentos de crise em que recebem muitos pedidos de asilo, e distribuir os beneficiários por todo território europeu a fim de evitar que um país seja sobrecarregado devido à sua localização geográfica ou demográfica (EUROPA, 2008b). Segundo a norma diretiva 2003/9/CE de janeiro de 2003 da União Européia, os países devem garantir condições de sobrevivência adequadas aos requerentes, como alojamento, alimentação, subsídio financeiro, educação, e assistência médica, que devem ser fornecidos durante todo o procedimento (EUROPA, 2008a). Não se pode negar o acesso ao mercado de trabalho, mas é possível controlar onde eles irão trabalhar, a quantidade de tempo e as qualificações que devem ter. Já os Estados Unidos possuem um sistema de concessão de asilo bem estruturado, devido ao grande numero de requerentes, e tem uma das maiores taxas de aceitação entre os países industrializados. Para requerer asilo, o candidato deve ter sofrido perseguição por causa de raça, nacionalidade, religião, preferências políticas e por associação a determinado grupo social (U.S. DEPARTMENT OF HOMELAND SECURITY, 2011). De acordo com as estratégias da OIM, o papel da organização nesse sentido será, principalmente, prover assistência a pessoas fugindo de conflitos ou desastres naturais em seus países de origem, auxiliar os refugiados que estejam sendo repatriados em outros países, assim como no retorno de indivíduos com pedidos de asilo mal-sucedidos, entre outros. Além disso, a OIM apóia governos e suas respectivas populações a reconstruir infra-estruturas, inclusive na área de saúde, e a estabilizar comunidades no caso de emergências (IOM, 2011f). 3 APRESENTAÇÃO DO COMITÊ A Organização Internacional para a Migração (OIM) é um organismo intergovernamental, cuja tarefa é trabalhar em conjunto com a comunidade internacional em
  • 13. 12 busca da promoção de respostas aos desafios que cercam o âmbito da temática da migração. A Organização acredita no princípio de que a migração, conduzida de forma ordenada, beneficia tanto os imigrantes quanto a sociedade acolhedora. Ela vela pelo respeito à dignidade humana e bem estar dos imigrantes, o que lhe confere papel de destaque entre as organizações que lidam com essa questão. Atualmente, é considerada o principal fórum de debate sobre o tema. A Organização surgiu no ano de 1951, logo após a 2ª Guerra Mundial, devido ao crescimento significativo dos problemas decorrentes do aumento de fluxos migratórios nesse contexto. Foi criado, em princípio, um Comitê Intergovernamental Provisório para Movimentos Migratórios da Europa (PICMME, em inglês) para tratar desse assunto como medida emergencial, visando alocar as, aproximadamente, 11 milhões de pessoas deslocadas no período de guerra. O comitê atuou no sentido de auxiliar os governos dos países europeus, em ações ligadas a reinstalação do contingente populacional atingido. A PICMME foi responsável pelo transporte de quase um milhão de migrantes durante a década de 50 (IOM, 201l). Rapidamente, em 1952, transformou-se em Comitê Intergovernamental para as Migrações Européias (CIME). Nas décadas seguintes o escopo de atuação da Organização foi ampliando-se de acordo com as tendências do crescente fluxo migratório internacional até que, através da resolução do Conselho em 1979, afirmou-se a necessidade do Comitê expandir seus serviços em nível mundial. Dessa maneira, em 14 de Novembro de 1989 institui-se a Organização Mundial para Migração (OIM), no lugar da CIME, através de emenda e ratificação da Convenção de 1952 (IOM, 201l). A Organização Mundial para a Migração desenvolveu-se até abarcar uma vasta variedade de atividades de gestão da migração no mundo todo, entre as quais destacam-se: operações e programas acerca de ajuda humanitária; reintegração de imigrantes; consolidação da paz; programas de qualificação de profissionais em países em desenvolvimento; capacitação e fortalecimento institucional de governos e ONGs; programas médicos e de saúde pública; pesquisa sobre migração, entre outros. O rápido crescimento do número de migrantes internacionais ocorreu, dentre outros fatores, em virtude do desemprego crescente em determinadas regiões do mundo e as oportunidades de empregos existentes em outras, das catástrofes naturais ou causadas pela ação humana, que deslocam grandes contingentes populacionais e exigem um monitoramento mais específico das condições dos migrantes. A maioria das atuações notórias e de grande visibilidade da Organização Mundial para a Migração é ligada a catástrofes, embora atue, também, no sentido de permitir o
  • 14. 13 reconhecimento do contingente migratório e facilitar o transporte e a adequação dos migrantes. A história da OIM é concomitante a catástrofes naturais e guerras regionais da metade do século passado. Alguns dos exemplos de atuação da organização nesse meio seriam: a revolução da Hungria de 1956, a Invasão da Tchecoslováquia na primavera de Praga de 1968, o golpe de Estado do Chile em 1973, a Guerra do Vietnã de 1975, a invasão do Kuwait na Guerra do Golfo em 1990, os casos do Kosovo e Timor de 1999, e o tsunami na Ásia e o terremoto no Paquistão de 2004 / 2005(IOM, 2011i). A OIM trabalha em quatro grandes áreas de gestão da migração: migração e desenvolvimento, meios de facilitar a migração, regulamentação da migração e questões relacionadas à migração forçada. Em 2009, mais de 97% do financiamento da OIM se deu sob a forma de contribuições voluntárias para projetos. O restante representa o orçamento administrativo, financiado por contribuições dos Estados-Membros (OIM, 2010q). Em suma, a Organização trabalha para [...] ajudar a garantir uma gestão de migração ordenada e humana, para promover a cooperação internacional nos assuntos relacionados à migração, para auxiliar na busca de soluções práticas para os problemas de migração e prestar assistência humanitária aos imigrantes necessitados, sejam eles refugiados, deslocados ou outras pessoas desenraizadas. A Constituição da OIM dá reconhecimento explícito da relação entre migração e desenvolvimento econômico, social e cultural, bem como ao direito de livre circulação de pessoas (IOM, 2010v). Desde sua criação, a Organização prestou assistência a mais de 13 milhões de refugiados e migrantes em mais de 125 países. Atualmente possui 19 escritórios funcionando como Missões Regionais (MFR), que servem de centros de recursos e de apoio a projetos especializados regionais; e mais de 1200 escritórios locais. O número de membros da OIM é reflexo de sua vasta atuação mundial, e vêm aumentando consideravelmente nos últimos anos, de 67 países em 1998, para 109 países em 2005, além de 24 países observadores (IOM, 201l). A OIM possui três órgãos principais: 1) Conselho Geral, 2) Comitê Executivo, 3) Comitê de Administração. O Conselho é o órgão responsável pelas sessões de debate e, portanto, a arena de discussões da OIM no 12° MINI ONU. 4 POSIÇÃO DOS PRINCIPAIS ATORES
  • 15. 14 Afeganistão: A OIM cada vez mais busca a cooperação técnica e capacitação das instituições do governo afegão na gestão dos fluxos migratórios. Assim, a organização oferece ajuda a famílias vulneráveis deslocadas, além de assistirem na reintegração e retorno voluntário de afegãos. A migração afegã ocorre por diversos motivos como, por exemplo, refugiados devido a desastres naturais e invernos rigorosos. Além de refugiados de guerra, devido à relativa instabilidade em termos de segurança. Os programas da OIM são realizados através das contribuições de doadores que incluem a União Europeia, Austrália, Bélgica, Croácia, Dinamarca, Grécia, Itália, Japão, Noruega, Espanha, Suíça, Holanda, Reino Unido e Estados Unidos da América, além do Fundo Central das Nações Unidas de Resposta a Emergências (CERF), Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) (IOM, 2010a). África do Sul: Devido a fronteiras porosas e a predominância econômica na região, a África do Sul é o alvo principal de diversos tipos de migrantes. Enfrenta então vários desafios que se relacionam a esse assunto. Existem diversos problemas que precisam ser combatidos como, a falta de políticas de imigração e gestão de fronteiras eficazes, o que faz com que ocorra o aumento da migração irregular, principalmente proveniente do Zimbábue. Além da fuga de cérebros, que ocorre devido à emigração de mão de obra qualificada. E, também, devido ao aumento da entrada de imigrantes tem-se o aumento da xenofobia, que gera, muitas vezes, conflitos reais. Dessa forma, discorre-se que uma prioridade crítica do governo da África do Sul é a melhor gestão da migração. Para assistir na resolução desse problema a OIM percebeu a necessidade de uma coordenação regional na região da África Austral. Como não existe um protocolo de migração regional, não existe mecanismo formal na Comunidade de Desenvolvimento do Sul da África (SADC) para coordenar a gestão da migração. Assim o Diálogo sobre Migração para o Sul da África (MIDSA), órgão da OIM, pretende preencher essa lacuna e promover o diálogo informal regional, além da cooperação em questões relacionadas com a migração (IOM, 2010u). Alemanha: Os principais tipos de migrantes presentes na Alemanha são ―trabalhadores convidados‖, os quais acabam tornando-se imigrantes legais e, posteriormente, alemães nativos repatriados. Desde 2005, entrou em vigor uma nova lei para a imigração que visa facilitar o processo de integração dos estrangeiros, envolvendo questões desde o pedido de cidadania alemã até as questões trabalhistas e de direitos humanos. A OIM age principalmente promovendo maior assistência no combate ao tráfico de pessoas e no retorno voluntário dos imigrantes para seus países de origem (IOM, 2010i).
  • 16. 15 Angola: Os 30 anos de guerra na Angola levaram miséria e sofrimento ao povo angolano. A destruição da infra-estrutura rodoviária, a má governança, ausência de redes de comunicações e a existência de miséria para grande parte da população representaram grandes obstáculos para o progresso socioeconômico. Devido a guerra, houve, ainda, a destruição da economia agrária, que representava a base de subsistência do povo angolano. Então, não é grande surpresa o fato de um grande número de habitantes rurais terem migrado para áreas urbanas. A rápida urbanização teve impacto negativo sobre a economia, uma vez que não havia como empregar a todos. Com a migração rural-urbana de populações vulneráveis, aumenta-se o risco de jovens serem traficados internamente e externamente. Como resultado houve um grande fluxo de imigração para os países desenvolvidos, principalmente para Portugal e África do Sul. O maior foco da OIM atualmente é maximizar a relação positiva entre migração e desenvolvimento. De forma que a reinserção de cidadãos qualificados pode beneficiar o desenvolvimento nacional e a recuperação de conflitos (IOM, 2010b). Argélia: Uma das prioridades do governo é canalizar as necessidades dos migrantes e fortalecer laços com seu país de origem. Outra prioridade diz respeito a rotas históricas que caracterizam o país e têm sido utilizadas como rotas para emigrantes ilegais, não só de emigrantes subsaarianos, como também da Ásia e outras partes do mundo. A OIM age no desenvolvimento das áreas rurais para redução da pobreza e estabilização das regiões mais propensas à emigração (IOM, 2011a). Bolívia: A migração é uma questão importante neste país andino, pois possui cerca de 1,6 milhões de emigrantes. Devido à crise econômica, política e social ocorrida em 2008, aproximadamente 3% da população deixou a Bolívia para viver em países como Argentina, Brasil, Chile, Itália, Espanha e Estados Unidos. A instabilidade afetou o investimento, elevando a taxa de desemprego e devido à grande desigualdade socioeconômica, a população ficou vulnerável ao tráfico de pessoas e exploração trabalhista. Atualmente, o governo juntamente com a OIM, ONGs e diferentes atores da sociedade civil, procura estabelecer uma lei de imigração que orientará uma política para atender as necessidades dos estrangeiros que vivem na Bolívia e os bolivianos que moram em outros países, como o Retorno Voluntário Assistido e reintegração socioeconômica para os bolivianos (IOM, 2010c). Costa Rica: Na América Central, a Costa Rica configura-se como um país com indicadores relativamente altos de desenvolvimento e um histórico de promoção de direitos humanos e democracia. Contudo, o país é visado por imigrantes irregulares, vindos principalmente da Colômbia, devido à necessidade de auxílio e alcance dos recursos que o país proporciona. A OIM age no país através de projetos de auxílio aos imigrantes ilegais e facilitação e
  • 17. 16 regulamentação da entrada legal de pessoas. Um dos projetos mais notáveis dos quais a Costa Rica se beneficia é o chamado ―Apoio à Integração Regional através da melhoria da Gestão das migrações na América Central‖, financiado pela UE (IOM, 2011g). Egito: A política migratória do Egito consiste em incentivar o fluxo de pessoas para conter o aumento das taxas de desemprego e de crescimento demográfico, objetivando a ocupação de postos no mercado de trabalho pelos egípcios, aumentando a remessa de dinheiro dos emigrantes e garantindo o bem-estar, e conseqüentemente desencorajando a migração irregular. A OIM Cairo tem auxiliado no reassentamento de refugiados egípcios para vários destinos como os Estados Unidos, Austrália, Europa e Canadá, intermediando as atividades entre esses países e o governo do Egito, visando o benefício e juntamente com os governos da Itália, dos Estados Unidos, da Austrália e da União Européia, tem buscado alternativas para combater o tráfico de pessoas (IOM, 2010e). Equador: O país sofreu sérios danos em sua economia após a crise no início dos anos 90, o que levou a uma migração de trabalhadores sem precedentes para regiões como os Estados Unidos, Itália e Espanha, principalmente. A OIM está presente no Equador desde 1965, desenvolvendo uma série de projetos e programas de apoio aos esforços do governo visando à melhoria das condições de vida da população e lidando com as dinâmicas de migração (IOM, 2011h). Espanha: Nos últimos anos, a Espanha apresentou uma queda significativa nos números de imigrantes devido à crise. Ainda assim, foi notável um aumento do número de trabalhadores sazonais imigrantes. Nesse contexto, o maior problema é que as condições de trabalho dos imigrantes ficaram piores com o avanço da crise e da recessão. Quanto às questões de asilo, são poucos os pedidos de asilo na Espanha e menores ainda os números de candidatos que são aceitos como refugiados. Em 2009, foi feita uma reforma no Ato de Imigração, que incorporou, entre outras, leis que punem empregadores que contratam imigrantes com visto vencido (OECD, 2010). Estados Unidos da América: Os EUA são o país onde se encontra o maior número de imigrantes internacionais em todo o mundo. As rígidas políticas para adentrar o país acabam por aumentar o número de imigrantes ilegais, que entram nos EUA geralmente pelo sul do país, na fronteira com o México. O aumento da fiscalização na fronteira e nos locais de trabalho, aliados à crise americana de 2008, contribuiu para a redução do fluxo para este país (OECD, 2010). A OIM trabalha em conjunto com o governo americano em diversas iniciativas, como nos projetos para o bom retorno dos imigrantes expatriados e na contenção do tráfico de pessoas. Em parceria com a Organização dos Estados Americanos (OEA), a
  • 18. 17 OIM trabalha com governos do Caribe para avaliar a sua organização atual da migração, auxiliá-los no controle das fronteiras e gestão dos fluxos migratórios (IOM, 2010x). Filipinas: A OIM estabeleceu seu escritório no país em 1975, desde então vem implantando uma série de projetos juntamente com agências como a UNICEF e a OIT, no sentido de oferecer capacitação profissional e melhores condições de trabalho aos imigrantes. Recentemente, em 2009, o país assinou um acordo de financiamento com a União Européia que reforçou a parceria dos dois países nos programas de desenvolvimento técnico da força de trabalho imigrante (IOM, 2011t). França: Os imigrantes representam 10,7% da população total do país, sendo que 64% vem da África. De forma geral, 1 em cada 3 novos imigrantes que chegam à França são da Argélia ou do Marrocos. A Ásia é a segunda maior origem dos imigrantes (19%), seguida da Europa (7,5%). A OIM age em parceria com uma série de organizações sediadas na França, dentre elas a Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), o Conselho Europeu e o Ministére de l’Immigration, de l’Intégration, de l’Identité et du Codéveloppement (Ministério da Imigração, Integração, Identidade e Co-desenvolvimento). As parcerias ocorrem, principalmente, em programas de assistência a migrantes e refugiados, no programa de reunificação familiar, no programa experimental de informação e aconselhamento ao retorno voluntário, no fornecimento de informações acerca da realidade dos imigrantes e assistência ao retorno de imigrantes ilegais (IOM, 2010h). Gana: A OIM tem atuado em Gana desde 1987. Tem, também, contribuído para os esforços do Governo de Gana para gerir eficazmente as migrações através de uma ampla variedade de projetos e programas. A OIM Acra (capital de Gana) começou seus programas de apoio às necessidades institucionais de capacitação no interior do país através do Regresso de Nacionais Africanos (RQAN II). Esse facilitou o regresso de nacionais altamente qualificados, para que pudessem assumir posições-chave na saúde, educação, economia, finanças, serviços públicos e da administração política, fato que ajuda no desenvolvimento nacional. A OIM Acra cresceu nos últimos dez anos para atender a necessidade da gestão de migrações, se envolvendo na reinstalação de migrantes e no movimento dos migrantes para o reagrupamento familiar. Esse escritório se envolve também na política de migração, migração laboral, combate ao tráfico, gestão de fronteiras, entre outros (IOM, 2011j). Holanda: Este país é destino principalmente de solicitantes de asilo e de pessoas que buscam melhores condições de emprego. O regresso de pessoas que têm o pedido de visto negado e imigrantes ilegais tem sido feito pelo governo desde 1998, juntamente com a OIM. Desde 1984, o país aceita um número pré-estabelecido de refugiados e no período de 2008 até 2011
  • 19. 18 se comprometeu a receber 2000 refugiados, dos quais estão reservadas 120 vagas para casos médicos. A Holanda possui também um programa para reunificação familiar, cuja entrada dos parentes é facilitada pelo governo. Atualmente, o escritório holandês da OIM atua em projetos que objetivam auxiliar no desenvolvimento dos países de origem dos refugiados e reconstrução de zonas de conflito (IOM, 2010p). Hungria: A Hungria, tradicionalmente, é um país de origem, de trânsito de destino de migrações regulares e irregulares. A sua localização geográfica, a sua adesão à União Européia e o fato de ter uma relativa prosperidade servem como fator de atração para os imigrantes de países vizinhos. Devido ao fato da Hungria ser um novo membro da União Européia, as fronteiras da mesma se alargaram e dessa forma foi necessário a criação e aplicação de regras de imigração mais rígidas, reforço da gestão das fronteiras e uma regulamentação mais severa do emprego de trabalhadores estrangeiros. Mulheres jovens e meninas são traficadas para, da e através da Hungria. A OIM atende um número elevado de vítimas que retornam principalmente dos Países Baixos e Alemanha depois de serem vítimas do tráfico de pessoas, principalmente vítimas da exploração sexual. A migração laboral dos cidadãos da Hungria aumentou para países que não impõem períodos de transição para a livre circulação de trabalhadores, como Reino Unido e Irlanda. Dessa forma, a Hungria está gradualmente se tornando um país que precisa de trabalhadores estrangeiros em determinados setores da economia. No final de 2009, 216.000 pessoas tinham autorização de residência válida, aumento de 15% face ao ano anterior, números que demonstram a dimensão da integração da Hungria (IOM, 2011af). Índia: Segundo dados da OIM, existem aproximadamente 25 milhões de indianos espalhados em mais de 110 países. O país é também um dos maiores receptores de remessas de dinheiro provenientes do mundo, mais de 40% dos quais são enviados dos trabalhadores indianos no Golfo (IOM, 2010o). A OIM trabalha em parceria com o governo indiano e algumas agências da ONU em diversas iniciativas voltadas para a gestão das migrações e da prevenção do tráfico humano (IOM, 2011m). Israel: O país conta com um número significativo de imigrantes originários de países vizinhos como Síria e Jordânia. Israel, porém, busca oferecer incentivos a imigrantes originários da América do Norte, em resposta à sua maioria judaica em constante declínio, uma vez que há interesse que americanos de origem judaica tenham oportunidades de emprego em Israel. As atuações da Organização dentro do país são no sentido de incentivar essas migrações, regulamentar a situação dos imigrantes, evitar e combater o tráfico ilegal de
  • 20. 19 pessoas nas fronteiras próximas e implantar políticas de reintegração dos imigrantes (IOM, 2011n). Itália: A Itália, juntamente com a Espanha, recebe o maior número de imigrantes, sendo também uma das principais portas de entrada dos imigrantes para outros países da Europa. Estima-se que cerca de 3.600.000 imigrantes vivam no país. Apesar das várias declarações feitas pelo primeiro-ministro contra o fluxo de migrantes em território italiano, o governo se mostra tolerante em relação a eles, concedendo também assistência aos refugiados e as vítimas de tráfico. Após o início dos conflitos na Líbia, Egito e Tunísia, várias pessoas buscaram abrigo na ilha de Lampedusa, no sul da Itália, fazendo com o que os centros de acolhimento ficassem superlotados e resultando na escassez de alimentos. Para conter o grande fluxo de pessoas, o governo pediu ajuda para a União Européia (UE), mas como não foi atendido, viu-se obrigado a mandar todos os 6,2 mil refugiados de volta aos seus países de origem e gerou uma grande insatisfação com a UE, e ameaças de desligamento do bloco (IOM, 2010m). Japão: O Japão é o destino da maioria dos imigrantes asiáticos, mas isso não pode ser considerado um problema, pois o país sofreu uma redução na população, afetando diretamente a indústria local. As empresas de eletrodomésticos, automóveis e a agricultura e pesca foram beneficiados com a mão-de-obra barata e com o incentivo à vinda de estagiários e técnicos. Diante dessa situação, alguns líderes políticos começaram a discutir sobre um controle da migração de um modo que seria benéfico para ambos os lados. É importante ressaltar também a contribuição japonesa para a migração humanitária (como refugiados, vítimas de tráfico),assim como o apoio escolar às crianças estrangeiras após a crise econômica de 2008 (o desemprego causou a saída de varias crianças estrangeiras das escolas que lecionavam em sua língua pátria) e a integração desses na sociedade japonesa (IOM, 2010n). Marrocos: Uma sede da OIM foi estabelecida em Rabat em 2007, o que permitiu uma maior atividade da organização no país, principalmente na prevenção da imigração ilegal. Em 2010, atividades como serviços prestados aos migrantes que estão retornando e aos marroquinos que moram no exterior devem continuar, mas devem ser feitas em ampla parceria com o governo e autoridades locais, a nível regional e nacional (IOM, 2011q). México: O México é um país tanto de origem, quanto de trânsito e destino de imigrantes. Segundo a OCDE, aproximadamente 85% dos migrantes mexicanos escolhem os Estados Unidos como destino, muitos dos quais entram ilegalmente no país. Além disso, muitos latino-americanos entram nos Estados Unidos através das fronteiras mexicanas. Apesar de 70% desses acabarem detidos pelas autoridades mexicanas e retornarem aos seus países de
  • 21. 20 origem, estima-se que cerca de 70.000 imigrantes eventualmente alcançam os EUA ou permanecem no México a cada ano, o que atribui certa preocupação em relação a esta região (IOM, 2010f). O país também recebe grande quantidade de trabalhadores guatemaltecos que procuram trabalho nos setores agrícola, de serviços, fabricação ou de construção. A OIM trabalha na região no auxílio às autoridades locais no recolhimento de mexicanos expatriados, além de promover iniciativas de auxílio a vítimas e contenção do tráfico humano (IOM, 2011p). Reino Unido: A OIM implementa no Reino Unido programas nas áreas de Retorno Voluntário Assistido, Pesquisa sobre Migração, Reassentamento de Refugiados e o regresso temporário de Cidadãos Qualificados. Dessas, o Retorno Voluntário Assistido é a atividade principal e compreende três programas, o primeiro é o Retorno Voluntário Assistido e Reintegração (VARRP), que é destinado a candidatos a asilos. O segundo é o Retorno Voluntário Assistido para Imigrantes Irregulares (AVRIM). Essa é especificamente voltada para os imigrantes que não tem status legal no Reino Unido. E por último existe o Retorno Voluntário Assistido para Famílias e Crianças (AVRFC), que incide sobre as famílias e crianças que tenham ou não tocado o sistema de asilo (IOM, 2011ae). República da Coréia: A República da Coréia tem sido destino de vários tipos de migrantes vindos principalmente de outros países asiáticos. Assim, existem algumas questões emergentes, como a proteção e a integração social dos imigrantes, principalmente da união dos países do Sudeste da Ásia – Vietnã, Filipinas e Camboja. Outra questão é referente a gestão dos fluxos migratórios de trabalho e a redução dos problemas associados à migração irregular e ao tráfico de pessoas. Em 2010 a OIM se concentrou em ajudar o governo coreano em seus esforços para melhorar a gestão das migrações, principalmente em três aspectos. Primeiro, proporcionar oportunidades de formação para fortalecer a rede de apoio psicossocial para os migrantes da Coréia do Norte. O segundo aspecto consiste em fortalecer a Operação de Retorno Voluntário Assistido (AVR). Em terceiro lugar a condução de programas de orientação pré-partida para os migrantes da Coréia do Norte (IOM, 2011v). República Democrática do Congo: A República Democrática do Congo enfrenta vários desafios relacionados com a migração. Existe a necessidade de melhorar e desenvolver medidas operacionais e de capacitação para a gestão da migração para que aconteça a estabilização da população. A OIM pretende ajudar com o reforço das capacidades do Governo da República Democrática do Congo no domínio da gestão das migrações, e, também, com a assistência ao regresso e reinserção socioeconômica sustentável dos refugiados e de pessoas deslocadas internamente (IOM, 2011u).
  • 22. 21 Romênia: A OIM apoia o governo da Romênia no cumprimento das suas responsabilidades como estado-membro da União Européia, com a implementação da Estratégia Nacional de Migração, gestão de fluxos migratórios, feito em conjunto com os governos da Austrália, Canadá, República Tcheca, Holanda, Nova Zelândia, Suécia, Reino Unido e dos Estados Unidos. Os maiores esforços para regular a migração são feitos através do regresso assistido e reintegração, combate ao tráfico, o assentamento de cerca de 3.000 migrantes e refugiados por ano e a recepção e assistência dos romenos que retornaram dos países da UE, inclusive os menores desacompanhados (IOM, 2010t). Turquia: É um país em que predominam os fluxos de migração ilegais, nesse contexto, a OIM assiste ao governo local no desenvolvimento de know-how, como procedimentos para receber e readmitir migrantes, para enfrentar esse problema. Quanto à questão do tráfico de pessoas, a Turquia assinou recentemente o Segundo Plano de Ação Nacional do Conselho Europeu e, para cumprir com os termos deste documento, a OIM auxiliará o país a desenvolver todo o aparato necessário para lidar com essa questão, tanto no âmbito regional quanto no nacional. (IOM, 2011ad). 5 QUESTÕES RELEVANTES  Quais são as principais controvérsias acerca do tema da migração humana e como estas poderão ser solucionadas?  Quais são os maiores obstáculos a serem eliminados para a eficiência das políticas implementadas pela Organização?  Qual é o papel dos Estados Unidos e dos países da Europa, grandes receptores de fluxos migratórios, na eliminação da xenofobia e dos maus tratos aos imigrantes?  Como a Organização pode trabalhar para a diminuição do tráfico humano em conjunto a outras organizações transnacionais?  Como será realizado o monitoramento das atividades da Organização, a fim de garantir sua eficácia?  O que fazer para que mais países adiram a Organização Internacional para a Migração?
  • 23. 22  Como a OIM pode melhorar sua assistência a indivíduos fugindo de regiões conflituosas e auxiliar na consecução de asilos políticos, não só em países desenvolvidos, mas em todo o mundo?  Como a Organização pode auxiliar a população imigrante em países nos quais as políticas do governo a empurra para fora?  Como a Organização pode trabalhar para conter leis anti-imigrações no âmbito interno dos Estados?  Como promover a tolerância entre os povos de diferentes culturas, residentes no mesmo local? REFERÊNCIAS BALE, Tim. European Politics. 2 ed. Nova Iorque: Palgrave Macmillan, 2008. BERUBÉ, Myriam. Colombia: In the Crossfire. Migration Information Source, 2005. Disponível em <http://www.migrationinformation.org/Profiles/display.cfm?ID=344> Acesso em 25 jun 2011. CORBETT, John. Ernest George Ravenstein: The Laws of Migration, 1885. Center for Spatially Integrated Social Science. Disponível em <http://www.csiss.org/classics/content /90> Acesso em 25 mai 2011. EUROPA. Council of the European Union. European Pact on Immigration and Asylum. 2008a. Disponível em< http://register.consilium.europa.eu/pdf/en/08/st13/st13440.en08.pdf > Acesso em 23 abr. 2011 EUROPA. Summaries of EU legislation. Minimum standards on the reception of applicants for asylum in Member States. 2008b. Disponível em <http://europa.eu /legislation_summaries/justice_freedom_security/free_movement_of_persons_asylum_immig ration/l33150_en.htm> Acesso em 19 abr. 2011. EUROPEAN OUTLOOK #2. Destination Europe: Immigration and Integration in the European Union. Haia: Netherlands Bureau for Economic Policy Analysis. FERNANDES, Daniela. Crise diminui fluxo de imigração legal para países ricos, diz OCDE. BBC Brasil, 2010 Disponível em <http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias /2010/07/100712_relatorioimigracao_df.shtml> Acesso em 15 mai.2011. FLUXO de imigrantes ilegais para os EUA caiu para um terço, diz estudo. BBC Brasil. Disponível em <http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2010/09/100902_imigracaoilegal _ba.shtm> Acesso em 19 abr. 2011
  • 24. 23 FONTES, Carlos. Entre a Necessidade e o Medo. Imigrantes. Disponível em <http://imigrantes.no.sapo.pt/page3.html > Acesso em 12 fev. 2011. HILY, Marie-Antoinette. As Migrações Contemporâneas: dos Estados e dos homens. IN:Seminário Cultura e Intolerância. SESC Vila Mariana. São Paulo, Novembro de 2003. HUMAN Migration Guide. National Geographic, 2005. Disponível em <http://www.nationalgeographic.com/xpeditions/lessons/09/g68/migrationguidestudent.pdf> Acesso em 21 jun. 2011. IOM, 2010a. Afghanistan. Disponível em <http://www.iom.int/jahia/Jahia/afghanistan/> Acesso em 19 out. 2010. IOM, 2010b. Angola. Disponível em <http://www.iom.int/jahia/Jahia/angola> Acesso em 21 set. 2010. IOM, 2010c. Bolivia. Disponível em <http://www.iom.int/jahia/Jahia/activities/pid/447> Acesso em 19 nov. 2010. IOM, 2010d. Chile. Disponível em <http://www.iom.int/jahia/Jahia/activities/pid/445 > Acesso em 19 abr. 2011. IOM, 2010e. Egipt. Disponível em <http://www.iom.int/jahia/Jahia/activities/africa-and- middle-east/north-africa/egypt/cache/offonce/> Acesso em 19 abr. 2011. IOM, 2010f. Executive Committee. Disponível em: <http://www.iom.int/jahia/Jahia/about- iom/governing-bodies/executive-committee/excom-107th-session/cache/offonce/> Acesso em: 28 out. 2010. IOM, 2010g. Facts and Figures. Disponível em <http://www.iom.int/jahia/Jahia/about- migration/facts-and-figures/lang/en> Acesso em: 5 out. 2010 IOM, 2010h. France. Disponível em <http://www.iom.int/jahia/Jahia/france> Acesso em: 28 out. 2010 IOM, 2010i. Germany. Disponível em <http://www.iom.int/jahia/Jahia/germany> Acesso em: 28 out. 2010. IOM, 2010j. Greece. Disponível em <http://www.iom.int/jahia/Jahia/activities/europe/ southern-europe/greece/cache/offonce/R> Acesso em 19 abr. 2011. IOM, 2010l. History. Disponível em <http://www.iom.int/jahia/Jahia/about-iom/history/lang/ en> Acesso em: 30 out. 2010. IOM, 2010m. Italy. Disponível em <http://www.iom.int/jahia/Jahia/activities/europe/ southern-europe/italy/cache/offonce/> Acesso em 19 abr. 2011. IOM, 2010n. Japan. Disponível em <http://www.iom.int/jahia/Jahia/activities/asia-and- oceania/east-and-south-east-asia/japan/cache/offonce/> Acesso em 19 abr. 2011.
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  • 26. 25 IOM, 2011h. Ecuador. Disponível em < www.iom.int/jahia/Jahia/ecuador/> Acesso em 03 abr. 2011. IOM, 2011i. Featured Projects. Disponível em < http://www.iom.int/jahia/Jahia/activities /featured-projects/lang/en/> Acesso em 04 mar. 2011. IOM, 2011j. Ghana. Disponível em <www.iom.int/jahia/Jahia/pid/1321/> Acesso em 27 mar. 2011. IOM, 2011l. Guatemala. Disponível em <www.iom.int/jahia/Jahia/guatemala/> Acesso em 17 jun. 2011. IOM, 2011m. India. Disponível em < www.iom.int/jahia/Jahia/india/> Acesso em 01 abr. 2011. IOM, 2011n. Israel. Disponível em <www.iom.int/jahia/Jahia/israel/> Acesso em 13 jun. 2011. IOM, 2011o. Jamaica. Disponível em < www.iom.int/jahia/Jahia/jamaica/> Acesso em 13 mar. 2011. IOM, 2011p. Mexico. Disponível em <www.iom.int/jahia/Jahia/mexico/> Acesso em 13 mar. 2011. IOM, 2011q. Morocco. Disponível em <www.iom.int/jahia/Jahia/pid/406/> Acesso em 13 mar. 2011. IOM, 2011r. Nepal. Disponível em < www.iom.int/jahia/Jahia/nepal/> Acesso em 13 mar. 2011. IOM, 2011s. Pakistan. Disponível em <www.iom.int/jahia/Jahia/pakistan/> Acesso em 14 jan. 2011. IOM, 2011t. Philippines. Disponível em < www.iom.int/jahia/Jahia/philippines/> Acesso em 15 fev. 2011. IOM, 2011u. Republico of Congo. Disponível em <www.iom.int/jahia/Jahia/republic-of- congo/> Acesso em 13 fev. 2011. IOM, 2011v. Republico of Korea. Disponível em <www.iom.int/jahia/Jahia/republic-of- korea/> Acesso em 13 fev. 2011. IOM, 2011x. Sri Lanka. Disponível em <http://www.iom.ch/jahia/Jahia/activities/asia-and- oceania/south-and-south-west-asia/sri-lanka/cache/offonce/> Acesso em 14 fev. 2011. IOM, 2011z. Sudan. Disponível em < www.iom.int/jahia/Jahia/pid/383/> Acesso em 12 mar. 2011. IOM, 2011aa. Switzerland. Disponível em <http://www.iom.int/jahia/Jahia/activities/europe /western-europe/switzerland/cache/offonce//> Acesso em 13 mai. 2011.
  • 27. 26 IOM, 2011ab. Tanzania. Disponível em <http://www.iom.int/jahia/Jahia/activities/africa- and-middle-east/east-africa/tanzania/cache/offonce//> Acesso em 23 jan. 2011. IOM, 2011ac. Tunisia. Disponível em < www.iom.int/jahia/Jahia/activities/pid/407/> Acesso em 23 jan. 2011. IOM, 2011ad. Turkey. Disponível em < www.iom.int/jahia/Jahia/turkey/> Acesso em 13 fev. 2011. IOM, 2011ae. United Kingdom. Disponível em <http://www.iom.int/jahia/Jahia/activities /europe/western-europe/united-kingdom/> Acesso em 11 mar. 2011. IOM, 2011af. Hungary. Diponível em < http://www.iom.int/jahia/Jahia/hungary/> Acesso em 13 fev. 2011. IOM, 2011ag. Australia. Disponível em <http://www.iom.int/jahia/Jahia/australia> Acesso em 13 jun. 2011. IOM, 2011ah. Cambodia. Disponível em <http://www.iom.int/jahia/Jahia/cambodia> Acesso em 25 mar. 2011. IOM, 2011ai. Czech Republic. Disponível em <http://www.iom.int/jahia/Jahia/czech- republic> Acesso em 19 jan. 2011. IOM, 2011aj. Jordan. Disponível em <http://www.iom.int/jahia/Jahia/jordan> Acesso em 18 mai. 2011. IOM, 2011al. Poland. Disponível em <http://www.iom.int/jahia/Jahia/poland> Acesso em 13 fev. 2011. IOM, 2011am. Serbia. Disponível em <http://www.iom.int/jahia/Jahia/serbia> Acesso em 13 fev. 2011. IOM, 2011an. Thailand. Disponível em <http://www.iom.int/jahia/Jahia/thailand> Acesso em 28 jun. 2011. IOM, 2011ao. Ukraine. Disponível em <http://www.iom.int/jahia/Jahia/ukraine> Acesso em 13 fev. 2011. KOLLWELTER, Serge. Immigration in Luxembourg: New Challenges for an Old Country. Migration Information Source, 2007. Disponível em <http://www.migrationinformation.org/Profiles/display.cfm?ID=587> Acesso em 21 jun 2011. MUNDO FÍSICO. Imigração. Disponível em <http://www.mundofisico.joinville.udesc. br/Enciclopedia/1461.htm> Acesso em 07 jan. 2011.
  • 28. 27 NEGRÃO, Patricia. Tráfico Internacional de Mulheres. Cláudio Weber Repórter, 2010. Disponível em < http://claudioweberreporter.blogspot.com/2010/11/trafico-internacional-de- mulheres-2.html?zx=d2c2352566e02319> Acesso em 12 jan. 2011. NETO, Giocamo Balbinotto. Teoria Econômica da Migração. UFRGS, 2009. Disponível em <http://www.ppge.ufrgs.br/giacomo/arquivos/eco02268/teoria-migracao.pdf> Acesso em 28 mai. 2011. ORGANIZAÇÃO PARA COOPERAÇÃO ECONÔMICA E DESENVOLVIMENTO. (OECD). International Migration Outlook 2010. Disponível em: <http://www.oecd.org/document/41/0,3343,en_2649_33931_45591593_1_1_1_1,00.html> Acesso em: 20 set. 2010 RAY, Brian. Canada: Policy Changes and Integration Challenges in an Increasingly Diverse Society. Migration Information Source, 2005. Disponível em <http://www.migrationinformation.org/feature/display.cfm?ID=348> Acesso em 23 jun 2011. REIS, Rossana Rocha. Migrações: casos norte-americano e francês. Estudos avançados, São Paulo, v. 20, n. 57, Ago. 2006 . Disponível em <http://www.scielo.br/scielo.php?script =sci_arttext&pid=S0103-40142006000200006&lng=en&nrm=iso> Acesso em: 19 out. 2010. SANTOS, Susana. Kirchner repudia o muro que EUA constrói na fronteira com México Disponível em <http://www.horadopovo.com.br/2007/agosto/03-08-07/pag6a.htm> Acesso em 25 nov. 2010 SCHAIN, Martin. The Politics of Immigration in France, Britain and the United States: a Comparative Study. Nova Iorque: Palgrave Macmillan, 2008. TONHELA, Barbara. São Paulo lança campanha inédita para combater o tráfico de mulheres. Disponível em <http://www.tribunaliberal.com.br/old/tribuna/marco/dia8/P8.pdf> Acesso em 09 mai. 2011. U.S. DEPARTMENT OF HOMELAND SECURITY. Asylum. Disponível em <http://www.uscis.gov/portal/site/uscis/menuitem.eb1d4c2a3e5b9ac89243c6a7543f6d1a/?vgn extoid=f39d3e4d77d73210VgnVCM100000082ca60aRCRD&vgnextchannel=f39d3e4d77d7 3210VgnVCM100000082ca60aRCRD> Acesso em 20 abr. 2011. YARAK, Aretha. Lei de imigração entra em vigor no Arizona. 2010. Disponível em <http://veja.abril.com.br/noticia/internacional/lei-de-imigracao-entra-em-vigor-no-arizona> Acesso em 17 abr. 2011.
  • 29. 28 ANEXOS ANEXO A - Posicionamento dos demais atores Argentina: Até os anos de 1950, os fluxos de imigração argentinos eram predominantemente para o sul da Europa. Quando essa região caiu, a Argentina se tornou um ímã para os trabalhadores de seus vizinhos, como Paraguai, Bolívia, Chile, Uruguai e Brasil. A Argentina, nas últimas décadas, tornou-se a origem dos fluxos migratórios para a Europa — principalmente Espanha, Itália —, Israel, Brasil, Chile, Canadá, Austrália, e Estados Unidos. Nesses fluxos estão membros da classe média e pessoas altamente qualificadas, que emigram por causa da falta de condições satisfatórias de vida. A Lei de Migrações da República Argentina é o marco legal da política de migração, que inclui padrões elevados de proteção dos direitos dos migrantes e é a base para a implementação de políticas públicas voltadas para sua integração. Prevê, entre outras medidas, que todos os estrangeiros têm direito à saúde e educação, independente de sua situação de migração. Em 2006, o governo argentino lançou o Programa Nacional de Regularização de Migrantes, que facilita a todos os cidadãos do Mercosul, ou de algum país associado na obtenção de residência regular na Argentina, baseado apenas em sua nacionalidade e se não há antecedentes criminais (IOM, 2011b). Austrália: A migração para este país tem contribuído para o desenvolvimento e crescimento econômico do mesmo. Quase metade das pessoas que vivem na Austrália hoje ou são imigrantes ou são filhos de migrantes. Estes representam cerca de dois terços do crescimento populacional da Austrália (OIM, 2011). O país trabalha juntamente com seus vizinhos e organizações internacionais a fim de desenvolver uma abordagem regional para combater o tráfico de pessoas. Para isso, a Austrália é o co-presidente (junto com a Indonésia) do Processo de Bali, associação que conta com 43 membros e que debate sobre meios de conter o tráfico de pessoas e a criminalidade transnacional relacionada ao tema (IOM, 2011ag). Áustria: Esse país já possui um histórico extenso em relação às migrações. Após a Segunda Guerra Mundial, foi necessário o recrutamento de trabalhadores para as indústrias. Eles eram na sua maioria jovens, originários da antiga Iugoslávia e Turquia. A idéia inicial era que o trabalho fosse temporário, mas muitos deles permaneceram, trouxeram suas famílias e/ou
  • 30. 29 constituíram novas. Posteriormente, depois da queda da cortina de ferro 5 e da guerra na ex- Iugoslávia (1991-2001) e também por causa de seu crescimento econômico, o país recebeu um grande fluxo de migrantes. Devido a sua posição geográfica e por seu histórico de migração, somos erroneamente levados a crer que a Áustria possui uma tradição nessa área. Novas leis foram introduzidas para reforçar a política de imigração e as questões relacionadas vêm sendo discutidas publica e politicamente. Em 2003, o Ministério Austríaco do Interior co-financiou um projeto criado pela Comissão Européia, o Ponto de Contato Nacional (PNC) cujo objetivo é recolher informações sobre migração e asilo, sua disseminação e ligação com instituições e organizações relevantes (IOM, 2011c). Bélgica: A regulação da migração na Bélgica é dividida entre os Ministérios do Interior, da Integração Social, Relações Exteriores, Justiça e Trabalho. Em 1999-2000 houve uma anistia geral, de forma que 40.000 pessoas foram regularizadas. Dessa forma o governo belga foi, cada vez mais, dando prioridade ao Retorno Voluntário Assistido (AVR). AVR consiste em uma alternativa humanitária e social para o regresso forçado. Migração e desenvolvimento tem sido uma prioridade do Governo da Bélgica e são apoiados através de uma abordagem inter-ministerial para reforçar o impacto positivo da migração no desenvolvimento (IOM, 2011d). Brasil: Recentemente é um país em que predominam os emigrantes com destino à Europa e aos Estados Unidos e que recebem auxílio da OIM para desenvolver iniciativas institucionais e específicas para responder a esta situação de dispersão de seu povo. Além disso, os trabalhos da instituição nesse país se voltam para o fortalecimento de Centros para o Combate ao Tráfico de Pessoas, estabelecidos inicialmente pelo governo local (IOM, 2011e). Camboja: O Camboja é um país com quantidade significativa de migrantes entrando e saindo por conta de suas fronteiras porosas, infraestrutura sub-desenvolvida, pobreza, localização geográfica e legado da guerra civil prolongada. O tráfico de pessoas é um dos problemas mais latentes na questão da migração no país A fim de combater esse tráfico, as autoridades do Camboja buscam reforço para promoção da conscientização sobre os perigos do tráfico, processar os traficantes e proteger os direitos e o bem-estar das vítimas de tráfico (OIM, 2011ah). Canadá: O Canadá é um dos poucos países no qual a mudança social e cultural causada pela imigração é uma constante permanente da sociedade. Pesquisas revelam a maneira em que o 5 Expressão usada no pós- Segunda Guerra Mundial para designar a divisão da Europa em duas partes, a Europa Oriental e a Europa Ocidental como áreas de influência político-econômica distintas.
  • 31. 30 Canadá está mudando de maneira social e demográfica, enfatizando a enorme contribuição que os imigrantes e refugiados dão para a composição étnico-cultural da nação e, talvez mais importante, a força da nação de trabalho nas décadas por vir. Ao mesmo tempo, a eficiência da lei sobre imigração e proteção de refugiados (Immigration and Refugee Protection Act) de 2011 sobre a seleção de imigrantes com altos níveis de educação tem sido questionada. Crescentes evidências mostram que há barreiras sistêmicas na força de trabalho e uma incapacidade entre muitos recém-chegados altamente qualificados de encontrar um emprego que seja compatível com sua educação e experiência. A maior parte dos imigrantes no Canadá vem da Ásia, seguida da Europa. O grande número de imigrantes asiáticos, especialmente da China, Hong Kong e Índia é, em grande parte, devido à ênfase do governo canadense em habilidades, educação e habilidades de linguagem em sua seleção de imigrantes (RAY, 2005). Chile: Entre os anos de 2002 e 2008, o número da população imigrante aumentou 71,9%, fenômeno que pode ser explicado pela estabilidade econômica e política, apesar da crise econômica que teve um leve impacto sobre o país. Esse aumento exigiu uma reformulação da estrutura jurídica e social, pois essa não estava preparada para receber esse grande fluxo e conseqüentemente garantir integração e proteção aos imigrantes. Junto com o governo do Chile, a OIM apoia políticas públicas que melhoram o acesso dos imigrantes aos serviços básicos, como saúde e educação, o que conseqüentemente tem efeitos satisfatórios em relação à segurança publica (IOM, 2010d). Colômbia: A emigração de colombianos tem crescido consideravelmente. Em 2005, 1 em cada 10 colombianos já não residiam no país. Internamente, o país tem sido confrontado com uma grave crise humanitária, decorrente de problemas políticos, sociais e econômicos, juntamente com a insegurança generalizada, que têm alimentado tanto a migração voluntária e forçada, enquanto os mesmos fatores agiram como obstáculos poderosos para a imigração para o país (BERUBÉ, 2005). De acordo com o Ministério dos Negócios Estrangeiros, havia cerca de 770.000 colombianos oficialmente registrados nos consulados em todo o mundo em 2003, mas estima-se que mais de 4,2 milhões de colombianos vivem no exterior. Políticas migratórias dos países receptores desses migrantes tem desempenhado um papel fundamental na configuração dos fluxos de migrantes colombianos. A Colômbia é também um dos principais países de origem, na América Latina, para o tráfico de pessoas. O Departamento Administrativo de Segurança (DAS) estima que existam entre 45.000 e 50.000 vítimas colombianas no exterior, principalmente mulheres jovens forçadas à prostituição na Ásia e Europa. O governo adotou medidas preventivas, corretivas e punitivas contra essas atividades, mas a perseguição continua pequena (BERUBÉ, 2005).
  • 32. 31 Grécia: A Grécia tem sido um dos mais importantes países na questão da migração. Durante a década de 80, começou a receber pessoas vindas principalmente da África e da Ásia, mas o fluxo de pessoas não foi muito intenso. Já no inicio da década de 90, esse fluxo aumentou, recebendo imigrantes da Europa Central e Oriental, depois da queda dos regimes comunistas. Para lidar com essa situação, o governo implantou três métodos para regulamentação. O principal deles (Lei 3386/2005 – ―Entrada, permanência e integração social dos nacionais de países terceiros para o território grego‖) unifica os vistos de residência e trabalho e dá direito a um ―período de reflexão‖ para as vítimas de tráfico, que posteriormente foi revisada pela Lei 3536/2007. Contudo, o número de imigrantes ilegais é muito grande, principalmente pela proximidade territorial com a Turquia. Tendo isso em vista, a OIM adotou um mecanismo para o Retorno Voluntário Assistido e seguro para aqueles que têm a entrada barrada, além da reintegração nos seus países de origem através de pequenos subsídios, realizando, também, esforços para integrar os cidadãos que pertencem a minorias, imigrantes, repatriados e de gregos que resolveram voltar para seu país (IOM, 2010j). Guatemala: A guerra civil de 1996 no país provocou a migração de milhares de refugiados políticos a países vizinhos como os Estados Unidos e o Canadá. Desde então, a OIM atua no país juntamente com os governos dos países que abrigam esses imigrantes, no sentido de regulamentar sua situação, fornecer toda a infraestrutura necessária e prover qualidade de vida aos refugiados, com destaque para a área da saúde (IOM, 2011l). Jamaica: Como suas contrapartes do Caribe, a Jamaica continua a enfrentar desafios de migração. Dada a sua dependência econômica no turismo, o Governo da Jamaica continua empenhado em combater o tráfico, reduzindo operações de contrabando e abordando questões relacionadas à livre circulação da comunidade do Caribe (CARICOM), particularmente em termos de geração de emprego e saúde (IOM, 2011o). Jordânia: A Jordânia tem sido um país tanto de origem quanto de destino dos trabalhadores migrantes. Devido à sua localização estratégica no cruzamento de duas grandes áreas de instabilidade e conflito prolongado no Oriente Médio, o país esteve envolvido nas principais emergências humanitárias e teve de lidar com um afluxo maciço de refugiados e trabalhadores migrantes que fogem das áreas de conflito. O número de iraquianos que fogem e que residem na Jordânia aumentou drasticamente para um número estimado de mais de 750.000, depois da mais recente escalada de violência no Iraque e da segunda guerra do Golfo. Para aliviar a pressão sofrida pelo país para a melhoria da infraestrutura econômica e social para abrigar a população, a OIM oferece serviços específicos para o governo jordaniano para gerir esta situação de migração inesperada e ajudar o governo no desenvolvimento de instrumentos
  • 33. 32 nacionais para proteger as vítimas de tráfico e melhorar a modernização na gestão da migração e da legislação na Jordânia (IOM, 2011aj). Luxemburgo: A economia de Luxemburgo, estável e próspera, não seria possível sem os trabalhadores estrangeiros, a maioria dos quais oriundos de outros países da União Europeia. Em meados da década de 1990, o país recebeu milhares de requerentes de asilo da ex- Iugoslávia, o que fez Luxemburgo um pais conhecido pelo bom acolhimento de imigrantes. Embora a integração política (na forma de direitos de voto local para os estrangeiros) tenha sido bem sucedida, filhos de imigrantes geralmente possuem um mau desempenho na escola. Além disso, o país ainda tem que desenvolver um programa de integração ampla para recém- chegados (KOLLWELTER, 2007). Nepal: O conflito armado que durou uma década no Nepal, e teve fim em 2006, foi um dos fatores determinantes para a construção de um escritório da OIM no país. Projetos relacionados ao apoio aos refugiados, que se alocam principalmente em países como o Butão, e a reabilitação de indivíduos que sofreram os efeitos do tráfico de pessoas, são as principais ações do país nesse sentido (IOM, 2011r). Panamá: Sua localização estratégica, os projetos feitos pelo governo e um grande crescimento econômico têm sido um grande atrativo para estrangeiros. O governo aprovou recentemente uma nova lei para regular a imigração, e para atualizar a que estava em vigor desde 1960. Uma das mudanças mais significativas foi que a questão de permanência do visto seria abolida, sendo assim, não haveria mais possibilidade de obter cidadania panamenha. O país é sede do Centro Administrativo para as Américas que serve de suporte para as funções administrativas da OIM em diversas regiões, como o apoio de campo, serviços de contabilidade, consultoria, assistência técnica e suporte em matéria de segurança. Para controlar o fluxo de pessoas, a OIM tem auxiliado no regresso assistido, reintegração nos países de origem, e assistência aos imigrantes legais mais vulneráveis (IOM, 2010r). Paquistão: a OIM oferece diversos serviços nesse país, incluindo o movimento dos refugiados, o reagrupamento familiar, o retorno, reinstalação e reintegração. Três meses após as piores inundações que o país já sofreu, a OIM, em parceria com a Shelter Cluster, já forneceu abrigos de emergência para aproximadamente 3,8 milhões de pessoas (IOM, 2011s). Polônia: A saída de poloneses para países como Reino Unido e Irlanda em busca de melhores condições de trabalho já foi bastante intensa, mas nos últimos anos a situação tem se estabilizado. Entretanto, ainda há a necessidade de campanhas de informação entre os poloneses que vivem no exterior para que eles saibam sobre as possibilidades a respeito de qual o melhor momento para que regressem ao seu país de origem. Como implicação da
  • 34. 33 escassez no mercado de trabalho doméstico, a Polônia também começou a procurar estratégias para atrair mão de obra estrangeira para o país. A entrada de um número crescente de estrangeiros para a Polônia irá resultar em iniciativas que promovam a integração dos imigrantes na sociedade do país. O objetivo das atividades da OIM no campo da saúde na Polônia é gerir as consequências de saúde da migração para o benefício dos migrantes, bem como das comunidades receptoras. A OIM, juntamente com seus parceiros, continuará a apoiar os esforços para reduzir a migração irregular e combater o tráfico de seres humanos, bem como a exploração dos migrantes (IOM, 2011al). Portugal: Portugal começou a receber imigrantes em meados da década de 70, originários dos países africanos lusofônicos. Com o crescimento econômico de 1990, foi registrada a entrada de imigrantes de outras nacionalidades como Brasil, Ucrânia, Moldávia, Rússia e Romênia. No ano de 2009, estimou-se que o número de imigrantes regulares era de 450 mil (cerca de 4% da população). Por isso, a OIM trabalha junto com o governo na regulamentação dos fluxos migratórios, ajuda com regresso voluntário e reintegração e com o combate ao tráfico (IOM, 2010s). República Tcheca: A República Tcheca é cada vez mais um país de destino para os imigrantes, havendo cerca de 400 mil estrangeiros residindo no país legalmente. Um relatório de migração anual preparado pelo governo também identifica um número significativo de imigrantes irregulares. Além disso, uma nova rota de migração irregular advinda da Mongólia foi identificada na República Tcheca. A OIM continua a trabalhar na construção de capacidades e mecanismos de reintegração na República da Moldávia e na Mongólia, onde as atividades de migração de trabalho também são realizadas. Além disso, a Organização trabalha no país em programas de retorno assistido e repatriações (IOM, 2011ai). República Unida da Tanzânia: A posição geográfica do país o torna vulnerável a fluxos migratórios em grande escala e o tráfico de pessoas é um problema latente no país: a mão de obra semiescrava proveniente de regiões urbanas é identificada em diversas regiões rurais. A OIM propõe que os esforços empreendidos visando à diminuição da gravidade desse quadro sejam cada vez maiores e, para tal, conta com programas de auxílio às vítimas, como o Ato Anti-Tráfego de 2008 (OIM, 2011ab). Sérvia: A OIM tem contribuído ativamente na Sérvia, especificamente na formulação do roteiro para o desenvolvimento da estratégia global de migração, que forneceu orientações sobre a elaboração da Estratégia Nacional de Migração, adotada no país em julho de 2009. A Organização assumiu a liderança em iniciativas na região para fortalecer a gestão integrada das fronteiras, em iniciativas para disponibilizar para as instituições policiais uma formação
  • 35. 34 integral para o combate ao tráfico humano e contrabando. A assistência da OIM na Sérvia tem foco no desenvolvimento da capacidade de gestão da migração de funcionários do governo nos níveis central, regional e municipal, aumentando a pesquisa acerca do tema. Outros esforços da OIM se concentram em enfrentar o desafio do tráfico humano na Sérvia, bem como ajudar o governo a atender às necessidades persistentes de refugiados e pessoas deslocadas internamente em todo o país (IOM, 2011am). Sri Lanka: Anos de conflito e desenvolvimento econômico lento resultaram em um aumento de saída de contingente populacional do Sri Lanka por meios irregulares, passando por redes de tráfico e contrabando. A OIM trabalha no sentido de aumentar sua capacidade institucional para combater essas práticas ilegais juntamente com o Estado. A gestão da imigração tornou- se também uma prioridade. A OIM auxilia na capacitação do país para a gestão da migração e apóia o desenvolvimento e implementação de projetos de cooperação técnica (OIM, 2011x). Sudão: O país se recupera de uma guerra civil de quase 21 anos e o conflito por terras e recursos é uma ocorrência comum. Desastres naturais freqüentes afetam tanto o desenvolvimento do país quanto a capacidade das agências de ajuda e o governo para atingir os mais necessitados. A OIM continuará a responder a essas necessidades através de três áreas programáticas principais: a) a devolução, reintegração e início da recuperação no sul do Sudão e as Áreas de Transição; b) assistência humanitária e de proteção dos deslocados internos e, c) apoio ao reforço das capacidades dos funcionários para a gestão eficaz da imigração (OIM, 2011z). Suécia: Os dois tipos principais de imigração para o país incluem a imigração de famílias e de trabalhadores. Dentre os pedidos de asilo, a maior parte é proveniente do Iraque e de menores de idade desacompanhados. Depois da aprovação do Alien Act, em 2010, os casos de asilo são separados em duas categorias: aqueles que são baseados nas diretrizes da UE, e aqueles que são válidos somente dentro da Suécia. Além disso, em 2008, entrou em vigor uma lei sueca para migração que facilita o recrutamento de estrangeiros e que garante a eles as mesmas condições de trabalho dos suecos (OECD, 2010). Suíça: A Suíça está entre os países da Europa com a porcentagem mais alta de estrangeiros em relação a sua população permanente: 21,9 por cento é de estrangeiros. A OIM é um dos principais parceiros do governo em assuntos relacionados a migrações. O governo tem agido em consonância com a organização visando o controle do tráfico ilegal, a regulamentação de imigrantes e implantação de políticas de reintegração (OIM, 2011aa). Tailândia: O maior desafio para o país na questão da migração é a contenção da migração irregular, que inclui o contrabando e o tráfico de pessoas, e seu impacto sobre o mercado de
  • 36. 35 trabalho e sobre a saúde pública. O acesso dos migrantes aos serviços sociais também se tornou uma preocupação crescente na Tailândia. Nos últimos anos as autoridades tailandesas têm tido uma abordagem mais pró-ativa na sua resposta a estes desafios, criando a Declaração de Bangkok sobre Migração Irregular, entre outras iniciativas. A declaração busca chamar a atenção para as áreas de preocupação com relação à migração irregular e fornece uma plataforma para desenvolver a cooperação entre os principais interessados, tanto de dentro da sub-região, quanto de fora. A OIM continua a reforçar a sua parceria com o governo e com a comunidade internacional para enfrentar os desafios crescentes da implementação de memorandos de entendimento e no avanço da gestão da migração na Tailândia (IOM, 2011an). Tunísia: Esforços no combate à migração ilegal na Tunísia foram bem-sucedidos e já resultaram na diminuição de imigrantes ilegais partindo da costa tunisiana. A principal prioridade do governo é promover acordos de migração circular com países europeus como a França. De acordo com as prioridades do país, a OIM tem a intenção de desenvolver atividades com uma série de parceiros além das agências governamentais, tais como ONGs e setores acadêmicos (IOM, 2011ac). Ucrânia: Evidências sugerem que a Ucrânia é um dos principais países europeus de origem para o tráfico de seres humanos para trabalho, prostituição e servidão doméstica, destinado à Europa Ocidental, Turquia e Rússia, o que cria um problema grave de migração e de direitos humanos para o país. Além disso, o aumento de fluxos migratórios regulares e irregulares em direção às novas fronteiras da União Européia criou novos desafios de gestão de migração na Ucrânia. O afluxo de migrantes cria novos desafios na área de recepção, de interceptação ou detenção, cuidados e serviços, registro e retorno voluntário assistido. As redes de contrabando que facilitam muitos desses movimentos estão crescendo e precisam ser contidas. A capacidade do governo para responder é limitada e, até mesmo grandes esforços apoiados por uma verdadeira vontade política, dificilmente podem acompanhar o ritmo desses desafios crescentes (IOM, 2011ao). ANEXO B – Links Interessantes A maior parte do material consultado para este trabalho foi o site da Organização Internacional para a Migração (http://www.iom.int/)
  • 37. 36 O site da OCDE também oferece estudos detalhados em relação à cooperação e ao desenvolvimento econômico: http://www.oecd.org/ O World Factbook do website do serviço de inteligência americano, a CIA, também é uma ferramenta online importante, visto que possui informações detalhadas de todos os países citados no Guia de Estudos: https://www.cia.gov/library/publications/the-world-factbook/
  • 38. 37 TABELA DE DEMANDA DAS REPRESENTAÇÕES Na tabela a seguir cada representação do comitê é classificada quanto ao nível de demanda que será exigido do delegado, numa escala de 1 a 3. Notem que não se trata de uma classificação de importância ou nível de dificuldade, mas do quanto cada representação será demandada a participar dos debates neste comitê. Esperamos que essa relação sirva para auxiliar as delegações na alocação de seus membros, priorizando a participação de delegados mais experientes nos comitês em que a representação do colégio for mais demandada. Legenda Representações frequentemente demandadas a tomar parte nas discussões Representações medianamente demandadas a tomar parte nas discussões Representações pontualmente demandadas a tomar parte nas discussões REPRESENTAÇÃO DEMANDA 1. Afeganistão 2. África do Sul 3. Albânia 4. Angola 5. Argélia 6. Argentina
  • 39. 38 REPRESENTAÇÃO DEMANDA 7. Austrália 8. Áustria 9. Bélgica 10. Bolívia 11. Brasil 12. Camboja 13. Canadá 14. Chile 15. Congo-Brazaville 16. Colômbia 17. Coréia do Sul 18. Costa Rica 19. Equador 20. Espanha 21. EUA 22. Egito
  • 40. 39 REPRESENTAÇÃO DEMANDA 23. Filipinas 24. França 25. Gana 26. Grécia 27. Guatemala 28. Hungria 29. Índia 30. Israel 31. Itália 32. Jamaica 33. Japão 34. Jordânia 35. Luxemburgo 36. Marrocos 37. México 38. Nepal
  • 41. 40 REPRESENTAÇÃO DEMANDA 39. Países Baixos 40. Panamá 41. Paquistão 42. Polônia 43. Portugal 44. Reino Unido 45. República Tcheca 46. Romênia 47. Sérvia 48. Sri-Lanka 49. Sudão 50. Suécia 51. Suíça 52. Tailândia 53. Tanzânia 54. Tunísia
  • 42. 41 REPRESENTAÇÃO DEMANDA 55. Turquia 56. Ucrânia 57. Primal Times