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O MODERNISMO E AS ARTES NO
BRASIL
Prof. Dr. Lourival Andrade Junior
UFRN-CERES-DHC
Programa de Pós Graduação em História dos Sertões
Artes na História do Brasil
BARROCO-ROCOCÓ (XVIII-XIX)
Artes na História do Brasil
MISSÃO ARTÍSTICA FRANCESA (XIX)
Artes na História do Brasil
ACADEMIA IMPERIAL DE BELAS ARTES (XX)
Artes na História do Brasil
ACADEMIA IMPERIAL DE BELAS ARTES (XX)
Artes na História do Brasil
ACADEMIA IMPERIAL DE BELAS ARTES (XX)
Conjuntura – INÍCIO DO XX
• Progresso técnico com as novas indústrias;
• Vinda de imigrantes contribuiu para alterar a
sociedade brasileira;
• Alterações sociais e protestos;
• Greves: entre elas a promovida pelos
anarquistas (70 mil trabalhadores de São
Paulo cruzam os braços), primeiro grande
questionamento ao capitalismo paulista;
• A arte começa a respirar estes novos ares.
MANIFESTO FUTURISTA
• Escrito pelo poeta italiano Filippo Tommaso Marinetti
• Publicado no jornal francês Le Figaro em 20 de fevereiro de 1909
É da Itália, que nós lançamos pelo mundo este nosso manifesto de violência
arrebatadora e incendiária, com o qual fundamos hoje o "futurismo", porque
queremos libertar este país de sua fétida gangrena de professores, de arqueólogos,
de cicerones e de antiquários. Já é tempo de a Itália deixar de ser um mercado
de belchiores. Nós queremos libertá-la dos inúmeros museus que a cobrem
toda de inúmeros cemitérios.
Conclusão do Manifesto Futurista
PRIMEIRA EXPOSIÇÃO DEVASTADORA
Lasar Segall (1913)
SEGUNDA EXPOSIÇÃO DEVASTADORA
Anita Malfatti (1917)
Clímax da polêmica
Semana de Arte Moderna de 22
• Realizada nos dias 13, 15 e 17 de fevereiro de 1922 –
Teatro Municipal de São Paulo;
• No interior concertos e conferências;
• No saguão exposições – arquitetos: Antonio Moya e
George Prsyrembel; escultores: Vítor Brecheret e W.
Haerberg; desenhistas e pintores: Anita Malfatti, Di
Cavalcanti, John Graz, Martins Ribeiro, Zina Aita, J. F. de
Almeida Prado, Ferrignac (Ignácio da Costa Ferreira),
Vicente do Rego Monteiro;
• Esses eventos da Semana foram o marco que
caracterizou a presença de uma nova concepção do
fazer e compreender a obra de arte.
Teatro Municipal de São Paulo – Francisco de Paula Ramos de Azevedo - 1911
Capa do catálogo da Semana – Di Cavalcanti
DESDOBRAMENTOS E LEGADOS
• O Brasil: suas cores e seu povo
• O academicismo é substituído pela liberdade
estética e criativa
• Criação de coletivos para pensar a arte
brasileira (CAM, SPAM, Núcleo Bernardelli,
Grupo Santa Helena)
• A antropofagia inclusiva e questionadora
• O modernismo reformista, mas não
revolucionário
Nascimento de Vênus- Di Cavalcanti – 1940 – 54x65cm
Deposição ou Pietá – Vicente do Rego Monteiro – 1924 – 110x134 cm
Figura sentada– Vicente do Rego Monteiro – 1924 – 132x109,5 cm
A musa impassível – Túmulo da poetisa Francisca Júlia da Silva – 1920 – Victor Brecheret
Portadora de perfume - Brecheret – 1924 – Jardins da Pinacoteca de São Paulo
Túmulo de Olívia Guedes Penteado – 1923 – Victor Brecheret – Cemitério da Consolação/SP
Monumento às bandeiras – Brecheret – 1936-53 –
50m de comprimento, 10 m de altura, com 37 figuras.
A negra – Tarsila do Amaral - 1923 – 100x81,3 cm
EFCB – Tarsila do Amaral – 1924 – 142x127 cm
São Paulo – Tarsila do Amaral – 1924 – 57x90 cm
Abaporu – Tarsila do Amaral – 1928 – 85x73 cm
Origem (tupi):
ABA (Homem)
PORA (gente)
Ú (Comer)
“Homem que come gente”
Operários – Tarsila do Amaral – 1933 – 150x205 cm
Segunda Classe – Tarsila do Amaral - 1933
Retirantes – 1944 – Painel de Cândido Portinari – 190x180 cm
Enterro na rede – Cândido Portinari - 1944
Menino morto – Cândido Portinari - 1944
Flávio de Carvalho – 1929 – Valinhos/SP
Fachada com bandeiras – década de 50 – Alfredo Volpi – 73x116 cm
Bandeiras e mastro – 1965 – Alfredo Volpi – 72x145 cm
O ANTES E O DEPOIS
TRADIÇÃO INOVAÇÃO
TRADIÇÃO INOVAÇÃO
TRADIÇÃO
INOVAÇÃO

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  • 3. Artes na História do Brasil BARROCO-ROCOCÓ (XVIII-XIX)
  • 4. Artes na História do Brasil MISSÃO ARTÍSTICA FRANCESA (XIX)
  • 5. Artes na História do Brasil ACADEMIA IMPERIAL DE BELAS ARTES (XX)
  • 6. Artes na História do Brasil ACADEMIA IMPERIAL DE BELAS ARTES (XX)
  • 7. Artes na História do Brasil ACADEMIA IMPERIAL DE BELAS ARTES (XX)
  • 8. Conjuntura – INÍCIO DO XX • Progresso técnico com as novas indústrias; • Vinda de imigrantes contribuiu para alterar a sociedade brasileira; • Alterações sociais e protestos; • Greves: entre elas a promovida pelos anarquistas (70 mil trabalhadores de São Paulo cruzam os braços), primeiro grande questionamento ao capitalismo paulista; • A arte começa a respirar estes novos ares.
  • 9. MANIFESTO FUTURISTA • Escrito pelo poeta italiano Filippo Tommaso Marinetti • Publicado no jornal francês Le Figaro em 20 de fevereiro de 1909 É da Itália, que nós lançamos pelo mundo este nosso manifesto de violência arrebatadora e incendiária, com o qual fundamos hoje o "futurismo", porque queremos libertar este país de sua fétida gangrena de professores, de arqueólogos, de cicerones e de antiquários. Já é tempo de a Itália deixar de ser um mercado de belchiores. Nós queremos libertá-la dos inúmeros museus que a cobrem toda de inúmeros cemitérios. Conclusão do Manifesto Futurista
  • 12. Clímax da polêmica Semana de Arte Moderna de 22 • Realizada nos dias 13, 15 e 17 de fevereiro de 1922 – Teatro Municipal de São Paulo; • No interior concertos e conferências; • No saguão exposições – arquitetos: Antonio Moya e George Prsyrembel; escultores: Vítor Brecheret e W. Haerberg; desenhistas e pintores: Anita Malfatti, Di Cavalcanti, John Graz, Martins Ribeiro, Zina Aita, J. F. de Almeida Prado, Ferrignac (Ignácio da Costa Ferreira), Vicente do Rego Monteiro; • Esses eventos da Semana foram o marco que caracterizou a presença de uma nova concepção do fazer e compreender a obra de arte.
  • 13. Teatro Municipal de São Paulo – Francisco de Paula Ramos de Azevedo - 1911
  • 14. Capa do catálogo da Semana – Di Cavalcanti
  • 15. DESDOBRAMENTOS E LEGADOS • O Brasil: suas cores e seu povo • O academicismo é substituído pela liberdade estética e criativa • Criação de coletivos para pensar a arte brasileira (CAM, SPAM, Núcleo Bernardelli, Grupo Santa Helena) • A antropofagia inclusiva e questionadora • O modernismo reformista, mas não revolucionário
  • 16. Nascimento de Vênus- Di Cavalcanti – 1940 – 54x65cm
  • 17.
  • 18. Deposição ou Pietá – Vicente do Rego Monteiro – 1924 – 110x134 cm
  • 19. Figura sentada– Vicente do Rego Monteiro – 1924 – 132x109,5 cm
  • 20. A musa impassível – Túmulo da poetisa Francisca Júlia da Silva – 1920 – Victor Brecheret
  • 21. Portadora de perfume - Brecheret – 1924 – Jardins da Pinacoteca de São Paulo
  • 22. Túmulo de Olívia Guedes Penteado – 1923 – Victor Brecheret – Cemitério da Consolação/SP
  • 23. Monumento às bandeiras – Brecheret – 1936-53 – 50m de comprimento, 10 m de altura, com 37 figuras.
  • 24. A negra – Tarsila do Amaral - 1923 – 100x81,3 cm
  • 25. EFCB – Tarsila do Amaral – 1924 – 142x127 cm
  • 26. São Paulo – Tarsila do Amaral – 1924 – 57x90 cm
  • 27. Abaporu – Tarsila do Amaral – 1928 – 85x73 cm Origem (tupi): ABA (Homem) PORA (gente) Ú (Comer) “Homem que come gente”
  • 28. Operários – Tarsila do Amaral – 1933 – 150x205 cm
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  • 30. Retirantes – 1944 – Painel de Cândido Portinari – 190x180 cm
  • 31. Enterro na rede – Cândido Portinari - 1944
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  • 34.
  • 35. Fachada com bandeiras – década de 50 – Alfredo Volpi – 73x116 cm
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  • 37. O ANTES E O DEPOIS