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Ombro: avaliação
físico-funcional
* Seção 2.1 - Avaliação fisioterapêutica do
ombro
* Seção 2.2- testes especiais do ombro
Ombro: avaliação físico-
funcional e diagnóstico por
imagem
1. Exame de palpação
• Uma avaliação tem início com a ectoscopia, que é o exame geral que compara os dados e
identifica possíveis alterações, incluindo todo o exame físico geral e sinais vitais estudados na
unidade anterior. Por exemplo, a comparação entre as diferenças de volume, altura e tensões
entre os ombros direito e esquerdo podem ser sinais ou sintomas que se relacionam à lesão
estudada.
• Já a avaliação prática específica do ombro se inicia localizando os seguintes ossos: clavícula,
escápula e epífise proximal do úmero. Para você realizar um exame de superfície e palpação, e
ainda verificar alterações locais, tente realizar o exame prático em você mesmo e reproduzir
posteriormente em um colega de sala, como forma de treinamento.
Articulações
Músculos
• Palpe agora o esterno na direção lateral e encontrará seu ponto de união com o acrômio,
articulação acromioclavicular. Verifique a altura dessa saliência e compare com a do outro
membro. O aumento do volume articular pode representar artroses ou luxações crônicas. Procure
alterações de cor e edemas.
• Palpe agora a face lateral da articulação acromioclavicular e procure um espaço na face inferior
que a separa da articulação glenoumeral, que se localiza logo abaixo. Nesse espaço, estão
situadas as bursas sinoviais, onde ocorrem as bursites, que também dão a passagem dos
tendões dos músculos da bainha rotatória, como a supraespinal, a infraespinal e o redondo
menor.
• O prolongamento do acrômio na face posterior forma a espinha da escápula, facilmente palpável.
Encontre-a e teste a inserção das fibras superiores do trapézio nessa região (também é possível
localizar a espinha da escápula acompanhando as fibras superiores do trapézio até encontrar
uma saliência), conforme indica a Figura 2.3, e, posteriormente, pressione a fossa superior da
espinha, onde se origina o músculo supraespinal. Verifique tensões e dores nesse músculo e na
região. O músculo supraespinal é responsável pelos movimentos de abdução do ombro e
estabilidade articular. Indivíduos que realizam esses movimentos de maneira repetitiva podem
apresentar esse músculo muito tenso
• Repita a mesma inspeção na fossa inferior da espinha, onde está o músculo
infraespinal. Ao final da espinha escapular com a borda medial da escápula está o
“triângulo da espinha da escápula”, região onde se insere o músculo elevador da
escápula, algumas fibras do romboide e fibras inferiores do trapézio. Essa região
pode ser muito dolorosa e local de origem de cervicobraquialgias, dores dorsais e
incômodos nos movimentos do membro superior, quando inflamada
• Como estes dois músculos, supraespinal e infraespinal, se inserem no tubérculo
maior do úmero, palpe o percurso do músculo até suas inserções, para verificar se
existe dor ou alterações anatômicas. A posição ideal do úmero neste momento é em
posição anatômica ou em rotação externa (lateral), local em que o tubérculo menor
estará medialmente ao maior (Figura 2.4). Entre esses tubérculos, a fossa
intertubercular, ou bicipital, deve ser palpada e, assim, será possível verificar se
existem dores no tendão da porção longa do bíceps braquial que passa por essa
fossa (Figura 2.5). Na crista do tubérculo maior também está a inserção do músculo
peitoral maior. Acompanhe as fibras desse músculo, que têm origem no já
mencionado corpo da clavícula, mas também nas cartilagens costoesternais da 1ª à
7ª costela, em direção ao tórax.
• Uma manobra que pode facilitar para não confundir o tubérculo menor com a cabeça do úmero é
realizar no paciente, durante a palpação, leves rotações externas e internas de forma passiva.
Assim, será possível sentir melhor a saliência do tubérculo menor. O sulco bicipital pode ser
muito sensível em traumas e lesões como tendinites ou miosites do bíceps, mas deve-se ter
cuidado para não confundir com dores de músculos que se inserem nos tubérculos maior e
menor. A palpação no processo coracoide, local de inserções e origens, como do músculo
peitoral menor, porção curta do bíceps braquial e o músculo coracobraquial, pode ser feita no
terço lateral (distal) e inferior da clavícula, mas os músculos do ombro devem estar bem
relaxados. É uma área sensível. Compare com a palpação do tubérculo menor e note que a
palpação do processo coracoide é mais superior, mas com movimentos realizados levemente,
buscando uma saliência (Figura 2.5).
• Na palpação da cabeça do úmero e tubérculo infraglenoidal (Figura 2.6), o paciente deve estar
em decúbito lateral, repousando sobre o lado contralateral que será examinado. Eleve o membro
do paciente até que possa ser palpada a fossa axilar, procurando por alterações de volume e
saliência, como em fraturas de lábio (labrum) glenoidal, e palpe também o tubérculo
inflaglenoidal, onde se insere o tendão da cabeça curta do tríceps braquial.
• 2. Testes de força muscular e mobilidade articular
• O teste de força deve acompanhar a amplitude de movimento do ombro assintomático que serve
de parâmetro normal para comparação. Nosso ombro permite os seguintes movimentos: flexão,
extensão, abdução, adução, rotação medial, rotação lateral e a associação de todos estes, a
circundução. Esses movimentos devem ser testados contra uma resistência manual oferecida
pelo fisioterapeuta, com objetivo de graduar a força muscular nos níveis. Segundo Torres (2006),
podemos classificar a força de acordo com a Tabela 2.1
Movimentos do ombro
• 3. Teste cutâneo de dermátomo
• São as divisões de regiões do corpo supridas por seguimentos nervosos
somestésicos (sensitivos) cutâneos medulares, ou seja, é uma área suprida por um
ramo de uma única raiz medular sensitiva (Figura 2.8). Os dermátomos relacionados
ao membro superior são das raízes nervosas de C5 a T1 que se formam na coluna
vertebral. Utilize o estesiômetro, um equipamento próprio para o teste de
dermátomo. No estesiômetro, os filamentos coloridos têm espessura e rigidez
diferentes para testes. Comece o teste com o mais leve, que é o verde, passando
para o azul e assim sucessivamente (Figura 2.8). A avaliação dos dermátomos é
importante para identificar e classificar se os problemas motores têm origem
nervosa, como em casos de lesões ou inflamações vertebrais. Pode-se comparar as
alterações com exames de imagem como RX ou TC ou RNM da coluna na região de
origem da raiz nervosa.
dermatómos estesiometro

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  • 2. * Seção 2.1 - Avaliação fisioterapêutica do ombro * Seção 2.2- testes especiais do ombro Ombro: avaliação físico- funcional e diagnóstico por imagem
  • 3. 1. Exame de palpação • Uma avaliação tem início com a ectoscopia, que é o exame geral que compara os dados e identifica possíveis alterações, incluindo todo o exame físico geral e sinais vitais estudados na unidade anterior. Por exemplo, a comparação entre as diferenças de volume, altura e tensões entre os ombros direito e esquerdo podem ser sinais ou sintomas que se relacionam à lesão estudada. • Já a avaliação prática específica do ombro se inicia localizando os seguintes ossos: clavícula, escápula e epífise proximal do úmero. Para você realizar um exame de superfície e palpação, e ainda verificar alterações locais, tente realizar o exame prático em você mesmo e reproduzir posteriormente em um colega de sala, como forma de treinamento.
  • 6. • Palpe agora o esterno na direção lateral e encontrará seu ponto de união com o acrômio, articulação acromioclavicular. Verifique a altura dessa saliência e compare com a do outro membro. O aumento do volume articular pode representar artroses ou luxações crônicas. Procure alterações de cor e edemas. • Palpe agora a face lateral da articulação acromioclavicular e procure um espaço na face inferior que a separa da articulação glenoumeral, que se localiza logo abaixo. Nesse espaço, estão situadas as bursas sinoviais, onde ocorrem as bursites, que também dão a passagem dos tendões dos músculos da bainha rotatória, como a supraespinal, a infraespinal e o redondo menor. • O prolongamento do acrômio na face posterior forma a espinha da escápula, facilmente palpável. Encontre-a e teste a inserção das fibras superiores do trapézio nessa região (também é possível localizar a espinha da escápula acompanhando as fibras superiores do trapézio até encontrar uma saliência), conforme indica a Figura 2.3, e, posteriormente, pressione a fossa superior da espinha, onde se origina o músculo supraespinal. Verifique tensões e dores nesse músculo e na região. O músculo supraespinal é responsável pelos movimentos de abdução do ombro e estabilidade articular. Indivíduos que realizam esses movimentos de maneira repetitiva podem apresentar esse músculo muito tenso
  • 7. • Repita a mesma inspeção na fossa inferior da espinha, onde está o músculo infraespinal. Ao final da espinha escapular com a borda medial da escápula está o “triângulo da espinha da escápula”, região onde se insere o músculo elevador da escápula, algumas fibras do romboide e fibras inferiores do trapézio. Essa região pode ser muito dolorosa e local de origem de cervicobraquialgias, dores dorsais e incômodos nos movimentos do membro superior, quando inflamada • Como estes dois músculos, supraespinal e infraespinal, se inserem no tubérculo maior do úmero, palpe o percurso do músculo até suas inserções, para verificar se existe dor ou alterações anatômicas. A posição ideal do úmero neste momento é em posição anatômica ou em rotação externa (lateral), local em que o tubérculo menor estará medialmente ao maior (Figura 2.4). Entre esses tubérculos, a fossa intertubercular, ou bicipital, deve ser palpada e, assim, será possível verificar se existem dores no tendão da porção longa do bíceps braquial que passa por essa fossa (Figura 2.5). Na crista do tubérculo maior também está a inserção do músculo peitoral maior. Acompanhe as fibras desse músculo, que têm origem no já mencionado corpo da clavícula, mas também nas cartilagens costoesternais da 1ª à 7ª costela, em direção ao tórax.
  • 8. • Uma manobra que pode facilitar para não confundir o tubérculo menor com a cabeça do úmero é realizar no paciente, durante a palpação, leves rotações externas e internas de forma passiva. Assim, será possível sentir melhor a saliência do tubérculo menor. O sulco bicipital pode ser muito sensível em traumas e lesões como tendinites ou miosites do bíceps, mas deve-se ter cuidado para não confundir com dores de músculos que se inserem nos tubérculos maior e menor. A palpação no processo coracoide, local de inserções e origens, como do músculo peitoral menor, porção curta do bíceps braquial e o músculo coracobraquial, pode ser feita no terço lateral (distal) e inferior da clavícula, mas os músculos do ombro devem estar bem relaxados. É uma área sensível. Compare com a palpação do tubérculo menor e note que a palpação do processo coracoide é mais superior, mas com movimentos realizados levemente, buscando uma saliência (Figura 2.5). • Na palpação da cabeça do úmero e tubérculo infraglenoidal (Figura 2.6), o paciente deve estar em decúbito lateral, repousando sobre o lado contralateral que será examinado. Eleve o membro do paciente até que possa ser palpada a fossa axilar, procurando por alterações de volume e saliência, como em fraturas de lábio (labrum) glenoidal, e palpe também o tubérculo inflaglenoidal, onde se insere o tendão da cabeça curta do tríceps braquial.
  • 9. • 2. Testes de força muscular e mobilidade articular • O teste de força deve acompanhar a amplitude de movimento do ombro assintomático que serve de parâmetro normal para comparação. Nosso ombro permite os seguintes movimentos: flexão, extensão, abdução, adução, rotação medial, rotação lateral e a associação de todos estes, a circundução. Esses movimentos devem ser testados contra uma resistência manual oferecida pelo fisioterapeuta, com objetivo de graduar a força muscular nos níveis. Segundo Torres (2006), podemos classificar a força de acordo com a Tabela 2.1
  • 11. • 3. Teste cutâneo de dermátomo • São as divisões de regiões do corpo supridas por seguimentos nervosos somestésicos (sensitivos) cutâneos medulares, ou seja, é uma área suprida por um ramo de uma única raiz medular sensitiva (Figura 2.8). Os dermátomos relacionados ao membro superior são das raízes nervosas de C5 a T1 que se formam na coluna vertebral. Utilize o estesiômetro, um equipamento próprio para o teste de dermátomo. No estesiômetro, os filamentos coloridos têm espessura e rigidez diferentes para testes. Comece o teste com o mais leve, que é o verde, passando para o azul e assim sucessivamente (Figura 2.8). A avaliação dos dermátomos é importante para identificar e classificar se os problemas motores têm origem nervosa, como em casos de lesões ou inflamações vertebrais. Pode-se comparar as alterações com exames de imagem como RX ou TC ou RNM da coluna na região de origem da raiz nervosa.