O documento discute o valor de uma ação, variantes de investimento e aplicações diretas e indiretas. Ele introduz o tópico, define o objetivo do estudo e metodologia. Explica o que é o valor de uma ação, como elas são negociadas em bolsa, tipos de ações e fatores que influenciam seu valor.
O valor de uma acção, as variantes de investimentos e aplicações direitas e endireitas
1. Autor: Sergio Alfredo Macore – Pemba
23 de agosto de 2017
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INTRODUÇÃO
O presente trabalho retrata sobre ‘’O valor de uma acção, as variantes de investimentos e
aplicações direitas e endireitas’’. Na verdade, o estudo da análise financeira refere-se à
avaliação ou estudo da viabilidade, estabilidade e capacidade de lucro de um negócio ou
projecto. Engloba um conjunto de instrumentos e métodos que permitem realizar diagnósticos
sobre a situação financeira de uma empresa, assim como prognósticos sobre o seu desempenho
futuro.
Para que o analista possa verificar a situação económico-financeira de uma empresa, é
fundamental o recurso a alguns indicadores. Os mais utilizados são aqueles que assumem a
forma de rácios. Estes apresentam uma vantagem, não só de tornar mais precisa a informação,
como também de facilitar comparações, quer para a mesma empresa, ao longo de um certo
período de tempo, quer entre empresas distintas, num mesmo referencial de tempo.
Contudo, convém salientar que os rácios apenas constituem um instrumento de análise. Esse
instrumento deve ser complementado por outros tantos. Com efeito, a análise de indicadores
fornece apenas alguns indícios que o analista deverá procurar confirmar através do recurso a
outras técnicas
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1. OBJECTIVOS
1.1.Objectivo geral
Analisar e conceituar acerca de valor de acção, variantes de investimentos e sem se
esquecer de aplicações direitas e indirectas.
1.2.Objectivos específicos
Estudar Como as acções chegam nas bolsas de valores;
Mencionar as categorias e os tipos de variantes de investimentos;
Destacar as periodicidades das aplicações direitas e indirectas.
2.Metodologia
Para elaboração deste trabalho foi feito uma revisão bibliográfica. Onde foi usado o método
indutivo, que é um método responsável pela generalização, isto é, partimos de algo particular
para uma questão mais ampla, mais geral.
Para Lakatos e Marconi (2007:86), Indução é um processo mental por intermédio do qual,
partindo de dados particulares, suficientemente constatados, infere-se uma verdade geral ou
universal, não contida nas partes examinadas. Portanto, o objectivo dos argumentos indutivos é
levar a conclusões cujo conteúdo é muito mais amplo do que o das premissas nas quais nos
baseia-mos.
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3. VALOR DE UMA ACÇÃO
O preço da acção é formado pelos investidores do mercado que, dando ordens de compra ou
venda de acções às Corretoras das quais são clientes, estabelecem o fluxo de oferta e procura de
cada papel, fazendo com que se estabeleça o preço justo da acção. A maior ou menor
oferta/procura por determinada acção, que influencia o processo de valorização ou
desvalorização de uma acção, está relacionada ao comportamento histórico dos preços e
principalmente às perspectivas futuras de desempenho da empresa emissora da acção.
Tais perspectivas podem ser influenciadas por notícias sobre o mercado no qual a empresa actua,
divulgação do balanço da empresa (com dados favoráveis ou desfavoráveis), notícias sobre fusão
de companhias, mudanças tecnológicas e muitas outras que possam afectar o desempenho da
empresa emissora da acção.
3.1. Acções
Acção é um valor mobiliário, emitido por sociedades anónimas, que representa uma parcela do
seu capital social.
O proprietário de acções emitidas por uma companhia é chamado de accionista e tem status de
sócio, tendo direitos e deveres perante a sociedade, no limite das acções adquiridas.
Apesar de todas as sociedades anónimas terem o seu capital dividido em acções, somente as
acções que forem emitidas por companhias de capital aberto, as quais possuem registo na CVM,
poderão ser negociadas publicamente.
A propriedade da acção é representada por um "Certificado de Acções" ou pelo "Extracto de
Posição Accionaria" emitidos, respectivamente, pela companhia e por uma instituição contratada
pela sociedade para o atendimento aos accionistas. Em qualquer caso, no documento deverá
constar, dentre outras informações, o número de acções possuídas e o nome do accionista.
O investimento em acções pode ser individual ou colectivo. Ao optar por investir
individualmente o interessado contrata os serviços de uma Corretora que intermediará as
negociações através das ordens do cliente ou permitindo que ele realize as operações
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directamente pela internet. Já no investimento colectivo, os interessados adquirem cotas de
clubes de investimento ou de fundos de acções.
3.2.Tipos de acções
3.2.1. Acções ordinárias
Acções ordinárias, também conhecidas como acções ON (Ordinárias nominativas), são aquelas
que dão direito à voto nas assembleias. Cada acção dá direito a um voto. Ou seja, como vimos no
início deste guia, se você possui acções ON de uma empresa, então em tese você tem o direito de
participar da definição dos rumos do negócio. Além disso, por lei, os possuidores de acções ON
têm direito de vender suas acções por pelo menos 80% do valor pago por um possível comprador
da empresa ao seu controlador actual.
3.2.2. Acções preferenciais
Acções preferenciais, também conhecidas como acções PN (preferenciais Nominativas), não dão
direito à voto nas assembleias da empresa ou, pelo menos, restringem este direito de alguma
forma. Por outro lado, investidores possuidores de acções PN têm preferência no recebimento de
dividendos e/ou outros proventos distribuídos pela empresa. Em caso de liquidação (fechamento)
da empresa, investidores possuidores das acções PN têm também preferência na repartição do
património.
3.3. Negociação de acções
Como é sabido que, uma empresa de capital fechado tem suas acções em poder de um grupo
relativamente pequeno de sócios. De todo modo, estes investidores são livres para negociar suas
acções (sujeitos apenas a alguns procedimentos da Lei ou estatuto da empresa).
Assim, um investidor que queira comprar acções para investir em empresas teria muito trabalho
para visitar várias empresas e encontrar sócios dispostos a vender suas acções. Além disso, este
investidor deveria estar preparado para grandes investimentos, porque operações deste tipo são
custosas e, normalmente, envolvem grandes quantidades de acções e, consequentemente,
dinheiro.
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E por falta de forças de oferta e procura, que definiriam, em tese, um preço justo para as acções
da empresa, o investidor estaria sujeito ao preço que o vendedor das acções achasse que elas
valem. Pior ainda: caso este investidor tenha adquirido acções desta forma e, em um determinado
momento, precisasse de dinheiro e decidisse vendê-las, ele teria uma grande dificuldade em
encontrar compradores. Afinal, ele teria que sair de porta em porta em busca de alguém com
capacidade financeira e disposto a ficar com suas acções.
Em mercados de acções, comprar e vender acções se torna uma tarefa muito mais simples e
barata, por diversos motivos:
É muito mais fácil um comprador encontrar um vendedor de acções que quer negociar,
vice-versa. Isso trás liquidez às acções, que é a medida de quão fácil é comprar ou vender
determinado activo.
Nos mercados de acções se encontram investidores de todos os tipos e tamanhos. Ou seja,
grandes investidores operam no mesmo ambiente que os pequenos, o que permite que as
acções sejam negociadas em quantidades que atendam a ambas as necessidades.
Lucros ou prejuízos de empresas, a conjuntura económica e o interesse dos investidores,
entre vários outros factores, fazem com que compradores e vendedores tenham interesses
e expectativas diversas em relação as acções e outros investimentos. Isso faz com que os
preços se equilibrem devido às forças de oferta e procura.
3.4. Como as acções chegam nas bolsas de valores
Negociar acções em um mercado não é tão simples como entrar no salão de negociação da bolsa
de valores e dizer que você possui X acções de uma empresa de capital fechado para vender.
Para uma empresa de capital fechado ter suas acções negociadas em bolsa, ela deve atender a
algumas exigências e seguir uma série de passos determinado pela autoridade reguladora.
Todo o processo é chamado de abertura de capital e o início de negociação das acções da
empresa na bolsa é chamada de IPO (do inglês, Initial Public Offering, que quer dizer Oferta
pública inicial).
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Um lançamento de novas acções na bolsa, ou IPO, pode ser primária ou secundária. Ofertas
primárias são aquelas em que a empresa oferece ao mercado acções que estão em tesouraria e de
sua propriedade. Neste caso, o dinheiro levantado na IPO é revertido integralmente para a
empresa.
Ofertas secundárias, por outro lado, contêm acções de posse de sócios da companhia. Os valores
levantados em ofertas secundárias vão directo para o bolso dos sócios vendedores.
Em geral, o mercado valoriza mais as ofertas primárias, pois o dinheiro levantado vai empresa,
que pode usá-lo para investir em seu crescimento. Porém, uma vez no mercado, não há qualquer
diferença entre as acções lançadas em ofertas primárias ou secundárias. As acções podem ser
negociadas livremente. Investidores fazem a negociação através de corretoras de valores,
enviando ordens de compra e venda das acções de seu interesse.
3.5. Como comprar acções?
Como vimos em Como as Acções Chegam aos Mercados de Acções, para comprar acções
directamente você precisa estar cadastrado em uma corretora de valores que lhe dará orientações
sobre a melhor forma de você fazer a compra de acções, seja através do envio de ordens via
home-broker ( ferramenta de negociação on-line que permite a compra e venda de acções na
Bolsa de Valores directamente pela internet) ou de outras formas.
A vantagem de comprar acções directamente é que você pode decidir em quais empresas investir
e o momento certo de entrar e sair de posições (investimentos). Por outro lado, investir
directamente requer algum conhecimento do mercado e dedicação no acompanhamento dos
activos. Dependendo do seu horizonte de investimento, isto é, se você objectiva ganhos a curto,
médio ou longo prazo, mais ou menos dedicação são necessárias.
Por exemplo, um investidor de curto prazo deve monitorar suas posições diariamente para
decidir o momento certo de comprar ou vender determinadas acções.
Investidores profissionais com objectivos de curtíssimo prazo se aproveitam de pequenas
valorizações de uma acção e operam comprando e vendendo esta acção no mesmo dia, em uma
operação conhecida como day trade (compra e venda no mesmo dia). Operações day trade tiram
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proveito de pequenas variações de preço das acções e, por isso, requerem timing apurado por
parte do investidor. Isso significa que para fazer day trades virtualmente fica-se o tempo todo
acompanhando as cotações, esperando o momento certo de entrar ou sair de uma posição
(compra ou venda).
Já se seu objectivo é de longo prazo, uma revisão quinzenal ou mensal de sua carteira de acções
é suficiente.
Uns dos princípios do mercado de acções e que, a longo prazo, salvo casos fortuitos, todos os
activos tendem a se valorizar. Assim, se você compra acções objectivando ganhos em 10 ou 15
anos (uma estratégia normalmente conhecida como buy and hold— comprar e segurar, em
português), você certamente não precisará acompanhar (nem sofrer com!) o movimento diário de
sobe-desce da bolsa.
3.6. Valor de acções: Modelo de crescimento de crescimento de dividendos
O valor de uma acção vendida em um período de tempo é o valor presente dos dividendos a
receber mais o valor presente do preço da venda futura.
E valor de uma acção pode ser reflectido de várias formas distintas, das quais indicamos as mais
comuns:
Valor nominal – é o valor facial da acção aquando da constituição da sociedade e obtém-
se dividindo o capital social pelo número de acções;
Valor contabilístico – é o valor resultante da divisão da situação líquida (ou seja active
passivo) pelo número de acções existentes;
Preço da cotação – é o preço a que uma acção é transaccionada em Bolsa.
Estimativa dos resultados gerados no futuro – é a estimativa do valor actual dos fluxos de
caixa gerados pela empresa no futuro, dividido pelo número de acções. Trata-se de um
método muito utilizado, mas complexo, devido à incerteza associada às estimativas das
fontes de rendibilidade da empresa no futuro.
Estimativa por múltiplos – consiste em aplicar a alguns indicadores da empresa (vendas,
resultados ou outros) um múltiplo observado no mercado de Bolsa para empresas
semelhantes
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Quando se avalia uma acção está a determinar-se o seu preço justo, que deve reflectir o valor da
empresa. A cotação das acções no mercado de bolsa tende a aproximar-se do valor efectivo da
empresa na medida em que o preço incorpora toda a informação (positiva e negativa) que dela
existe.
A avaliação das acções é complexa e permite várias abordagens, porque:
As variações das principais fontes de rendibilidade de uma empresa, cujas acções são
negociadas em mercado (dividendos e mais-valias de capital) são difíceis de prever;
O risco pode variar de acção para acção, dependendo de um conjunto bastante
diferenciado de factores, como por exemplo, a evolução das taxas de juro,
comportamento de outras empresas e mercados, etc.
3.7. Influência o valor de uma acção
O valor de um título cotado em bolsa apresenta variações, para investir com conhecimento é
importante conhecer o que influência o valor de mercado de uma acção. Um dos principais
factores que influenciam o valor de cotação é o mercado, ou seja, a procura e a oferta. Mas
existem outros aspectos que condicionam esta valorização e que fazem por isso mesmo ajustar o
valor mediante as novas condições.
Mas este é apenas um dos factores que estabelecem o valor da acção. Na verdade existem
centenas de factores que podem influenciar o valor de uma acção, mas os principais até são algo
óbvios: mercado, expectativas, sentimento de mercado, a empresa, notícias, rumores,
manipulação e especulação.
Mercado
O mercado estabelece o preço ou valor, a chamada mão invisível de Adam Smith, o mercado é
onde se reúne a procura e a oferta. Se a procura for superior à quantidade disponível para
comprar (oferta) o valor tende a subir. Se a quantidade de ordens de venda é superior às de
compra, o valor tende a descer. Esta é a lei do mercado.
Expectativas
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As expectativas são um dos principais factores no que diz respeito a realizar investimentos, se
não existe expectativa não existe motivação para investir na bolsa. A motivação para investir
consegue-se através da remuneração do capital investido. A empresa para conseguir atrair
investidores terá de ser atractiva financeiramente e proporcionar rendimentos que aliciem a
entrada de capital, com a consequente aquisição de títulos. Sem retorno não há investimento
(teoricamente). Uma acção proporciona retorno de 2 formas: distribuição de dividendos e
valorização das acções.
Sentimento de mercado
Existem alturas em que todos correm a comprar acções, por que conhecem alguém que está a
ganhar na bolsa, este aumento de procura provoca um aumento do valor da acção ou acções
envolvidas no movimento. A este fenómeno costuma chamar-se “bolhas especulativas”. O
reverso também acontece, quando se começa a perder muitos são os investidores que pura e
simplesmente recuam desinvestindo e assumindo as perdas. Este fenómeno denomina-se
correcção de mercado.
4. VARIANTES DE INVESTIMENTOS
Investimentos podem ser definidos como as aplicações de algum tipo de recurso com a
expectativa de receber um retorno superior ao aplicado, ou seja, é toda aplicação com expectativa
de lucro. Para Sullivan e Sheffrin (1998) “os investimentos são tradeoffs que ocorrem ao longo
do tempo: firmas e indivíduos incorrem em custos hoje na esperança de obter ganhos no futuro”.
Os trade-offs representam um conflito de escolha, é uma decisão onde você precisa abrir mão de
uma coisa em função de outra, no caso dos investimentos um importante aspecto na hora da
decisão de investir é que o resultado só será conhecido no futuro, sendo assim o investidor corre
o risco de ter desperdiçado recursos no investimento.
O próprio mercado criou diversas opções de investimento, satisfazendo desde o investidor mais
cauteloso até o mais agressivo. Algumas dessas opções já existem há muitos anos, mas só agora
ganham importância no cenário em que cada vez mais gente se dispõe a guardar dinheiro e
planejar o futuro.
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A lógica básica de análise de investimentos é a de que somente se justificam sacrifícios presentes
se houver perspectivas de recebimentos de benefícios futuros suficientes para atender as
expectativas de quem está realizando o investimento. Actualmente as técnicas de análise de
investimentos estão sendo também utilizadas para avaliação do valor de empresas, de unidades
de negócios e até mesmo para decisão sobre a realização de investimentos de aporte de capital.
Mas estas mesmas técnicas também são úteis nas operações de curto prazo, como nas decisões
rotineiras sobre compras a vista ou a prazo
Buscar um retorno lucrativo e sustentável é a base dos motivos para a realização de
investimentos como geração de riqueza. Para que haja a criação de valor ou riqueza, os custos
dos capitais empregados devem ser menores que os retornos destes investimentos, fazendo com
que os valores líquidos dos resultados sejam positivos, agregando riqueza para o investidor e
para o próprio investimento. (MARQUEZAN, 2006).
Para GALESNE, FENSTERSEIFER & LAMB (1999), investir significa “comprometer o capital
actual para manter ou melhorar a situação económica da empresa”. Holanda (1976, p. 259) diz
que investimento é “qualquer aplicação de recursos de capital, com vistas a obter um fluxo de
benefícios ao longo de um determinado período futuro”, ou ainda, como KASSAI et al. (2000),
investimento é deixar de consumir hoje para consumir no futuro. Além disso, o custo do capital
empregado em cada investimento considera o risco financeiro e económico envolvido na
incerteza de cada projecto, e cada análise deve considerar diferentes enfoques diversos
indicadores que demonstrem a viabilidade ou não de cada investimento. (MARQUEZAN, 2006).
4.1. Classificação dos Investimentos
Investimentos mutuamente exclusivos: investimentos que ao fazer uma análise de
rentabilidade, o escolhido será o mais rentável, excluindo os demais.
Investimentos independentes: ao fazer a análise de rentabilidade, os projectos serão
executados em ordem decrescente de maior rentabilidade.
O objectivo de um investimento e gerar um rendimento para o investidor. Para isso precisamos
saber se um investimento é viável ou não, e ainda, frente a dois investimentos precisamos saber
qual é mais vantajoso, ou seja, qual trará melhor rentabilidade.
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Estudaremos dois métodos para análise de rentabilidade: Método do Valor Presente e Método da
Taxa Interna de Retorno.
4.2. Tipos de Investimentos
Títulos de crédito = papéis emitidos por entidades financeiras (Letras de Câmbio, CDB,
etc...) ou por entidades não financeiras (debêntures)
Valores Mobiliários = papéis emitidos por entidades financeiras, ou não, representativos
de fracções de um património (acções, quotas ou debêntures) ou direitos sobre a
participação num patrimônio (bónus de subscrição ou partes beneficiárias), bem como,
papéis representativos da dívida pública federal, estadual ou municipal (LTN, NTN, LFT,
LBC, etc.)
Aplicações financeiras = aplicações de recursos em papéis de natureza monetária
representados por direitos ou títulos de crédito e valores mobiliários, com prazos de
vencimentos pré-determinados. Normalmente, na forma de fundos de renda fixa ou
variáveis.
Outros investimentos = aplicações de recursos em bens de natureza não monetária,
representados por valores mobiliários sem prazos de vencimentos e sem taxas de
rendimentos pré-determinadas. O rendimento está relacionado às oscilações de cotações
de preços de compra e venda:
I. Acções cotadas em bolsa de valores
II. Investimento em ouro
III. Fundo de acções
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4.3. Categorias de Investimentos
Investimentos em renda fixa: são atrelados a um índice ou juro fixado, podem ser divididos em
pré-fixados, quando se estabelece o juro desde o início da operação ou pós-fixados, cujo valor só
será conhecido com o decorrer do tempo.
Nesse tipo de investimento o investidor tem previsão do quanto será o valor resgatado, sendo
assim corre menos risco que um investimento de renda variável. Os investimentos mais
populares em renda fixa são:
Caderneta de Poupança que é o investimento mais simples e popular do Brasil, o Banco
Central define a remuneração, que é igual em todas as Instituições;
Fundos DI que são fundos atrelados ao CDI (Certificado de Depósito Interbancário) e que
têm o objectivo de acompanhar os juros de mercado.
Há também outras aplicações como: Fundos de Renda Fixa, CDBs e debêntures, entre outras.
5. Aplicações direitas e indirectas
Representam os direitos que a empresa tem em relação a terceiros em determinado momento,
que serão futuramente convertidos em numerário, serviços ou bens tangíveis ou intangíveis.
Exemplos:
Direito de receber em dinheiro o saldo de duplicatas devido pelos clientes, em
decorrência das vendas a prazo efectuadas em determinado período;
Direito de receber em devolução ou descontar da Folha de Pagamento os adiantamentos
ou empréstimos efectuados para funcionários;
O direito de receber em mercadorias ou serviços o valor correspondente aos
adiantamentos efectuados para os fornecedores de bens e serviços.
Entende-se, portanto, como direitos os saldos de duplicatas a receber, demais contas a receber,
títulos de créditos, aplicações financeiras, participações societárias em outras empresas etc.
5.1. Características de aplicações direitas e indirectas
Propriedade: o bem ou direito precisa pertencer à empresa, para poder constar de seu
activo. Por exemplo, a empresa tem direito a utilizar determinada rodovia, mas tal direito
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não consta de seu activo, visto não ser sua propriedade. Da mesma forma, os funcionários
de uma empresa não são contabilizados como activos, visto que, apesar de representarem
bens valiosos, não são de sua propriedade.
Valor determinado de forma objectiva: o bem ou direito deve ser passível de avaliação
monetária, caso contrário, é impossível o registo contabilístico.
O valor do ponto comercial, por exemplo, apesar de ser um bem da empresa, tem sua avaliação
em dinheiro quase sempre impossível, motivo pelo qual não é contabilizado. A boa imagem de
um produto, por exemplo, representa um bem valioso para a empresa; mas, como não se pode
avaliar e quantificar monetariamente o valor dessa boa imagem, tal bem não é contabilizado
como activo. Da mesma forma, um excelente quadro de vendedores representa um bom activo da
empresa, mas não é passível de avaliação monetária e financeira;
Benefícios presentes e futuros: todo o activo contabilizado deve representar um potencial
de benefícios presentes e futuros para a empresa.
Os estoques, por exemplo, representam a possibilidade futura de ganhos, quando de suas vendas
para os clientes. As máquinas e os equipamentos de produção representam um potencial futuro
de geração de lucro, visto que serão utilizados para a produção que serão futuramente vendidos.
Quando um activo não tiver mais a capacidade de gerar benefícios presentes ou futuros, deve ser
baixado dos saldos contabilísticos. Uma mercadoria defeituosa, imprestável para venda ou para
consumo, deve ser eliminada dos saldos do activo, visto que se tornou inútil para a geração de
lucros.
5.2. Tipos de aplicações
1. CDB
Um certificado de depósito bancário é um depósito baseado no tempo, em um banco ou
instituição de poupanças e empréstimos. Quando você compra um CDB, concorda em deixar seu
dinheiro no banco durante um período de tempo específico, de 30 dias a vários anos. Em troca, o
banco garante uma taxa de juros específica maior do que é pago em uma conta de poupança em
caderneta bancária. Tem liquidez diária, porém está sujeita a IOF, conforme tabela da Receita
Federal. Existe incidência de IR Fonte, no resgate, equivalente a 20% dos rendimentos.
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2. RDB (Recibo de Depósito Bancário)
Título emitido pelos bancos comerciais e de investimento, representativo dos depósitos a prazo.
É intransferível e não tem liquidez, isto é, resgate somente no vencimento. Incidência de 20% de
IR Fonte sobre os rendimentos.
3. CDI (Certificado de Depósito Interfinanceiro)
Título emitido pelos bancos comerciais e de investimento, que só pode ser vendido para
instituições financeiras. Não tem prazo mínimo e não há incidência de IR Fonte.
4. Títulos Públicos
Podem ser emitidos pelo Tesouro Nacional ou pelo Banco Central, pelos governos estaduais e
municipais. Os emitidos pelo Tesouro Nacional ou pelo Banco Central, são papéis de curto e
médio prazo, de baixíssimo risco, com taxas de juros mais baixas do que as dos papéis emitidos
por bancos e empresas.
Os títulos dos estados e municípios normalmente apresentam mais risco que os do governo
federal, e por isso oferecem taxas de juros mais altas. Com a estabilização o governo iniciou um
processo de emissão de títulos com prazo mais longo, que tendem a pagar juros mais altos do que
aqueles que tem prazo mais curto.
5. Fundos de Investimentos
Um conjunto de acções, títulos e outros títulos mobiliários gerenciados por profissionais em
investimentos, mas pertencentes aos accionistas do fundo de investimento. Quando você compra
acções de um fundo de investimento, seu dinheiro é somado ao dinheiro de outros investidores.
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Conclusão
Chegando o fim deste trabalho, constatou-se que, a análise financeira é o estudo através da
decomposição de elementos e de levantamentos de dados que consistem em relações diversas
que entre si possam ter tais elementos, com o objectivo de conhecer a realidade situação da
empresa ou de levantar os efeitos de uma administração sob determinado ponto de vista.
Com esta vertente da Metodologia de Avaliação de Investimentos pretendia-se avaliar a
viabilidade financeira dos projectos apresentados, focando o investimento de Capital e o seu
impacto nos processos/funções alvo do investimento.
Com este intuito procuraram-se métodos e critérios consagrados de análise financeira de
investimentos, quer individualmente quer integrados em metodologias completas de avaliação de
investimentos, criadas e em uso por instituições credíveis.
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Bibliografia
GITMAN, J. Lawrence. Princípios da Administração Financeira Essencial. Porto Alegre: Ed.
Bookman. 2°edição, 2001.
MEGLIORINI, Evandir. Administração financeira: uma abordagem brasileira. São Paulo:
Pearson Prentice Hall, 2009.
SAMANEZ, Carlos Patricio. Matemática Financeira. 5.ed. – São Paulo: Pearson Prentice Hall,
2010.
SULLIVAN, Arthur e SHEFFRIN, Steven. Princípios de Economia. Rio de Janeiro: Editora:
LTC – Livros Técnicos e Científicos Editora S.A., 2000.
INFORMAÇÃO IMPORTANTE
Nome Completo: Sérgio Alfredo Macore
Nickname: Helldriver Rapper Rapper
Celular: +258846458829 ou +258826677547
Cidade: Pemba – Cabo Delgado – Moçambique
E-mail: Sergio.macore@gmail.com
Formação:
Licenciatura: Gestão de Empresas e Finanças
Mestrando: Gestão das Organizações e Corporate
NOTA: Caso tenha alguma dúvida, não hesite em contactar-me, estou disposto para mais
esclarecimentos. Paz e Lucidez