O documento descreve a criação da Associação Bacalhoeiros de Portugal (ABP) a partir de uma página no Facebook dedicada à história da pesca do bacalhau em Portugal. Começou como um projeto pessoal em 2011 para partilhar fotos e informações sobre navios de pesca, ganhando popularidade. Em 2014, fundou-se oficialmente a ABP para preservar a história da pesca do bacalhau, realizando várias atividades com o apoio de doações e quotas de associados.
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O Bacalhoeiro—Jornal da ABP—Associação Bacalhoeiros de Portugal—Distribuição Livre
O Bacalhoeiro1000 ExemplaresN.º 1 | fevereiro | 2016
O
desejo de reunir novamente as pessoas à volta da grande
epopeia do bacalhau, aliado à dificuldade que isso mesmo
representa, resultou numa página de Facebook com um enor-
me sucesso. Tinha-se finalmente conseguido colocar toda a
gente, desde dos mais novos aos mais velhos, a trocar experiencias, opi-
niões e mais importante, muita informação histórica que se considerava
perdida. Com base na premissa de recuperar esta informação e preservar
a mesma, com o esforço conjunto de várias pessoas, fundou-se em de-
zembro de 2014, a ABP—Associação Bacalhoeiros de Portugal. É so-
bre ela que vos vamos falar mais à frente.
DO FACEBOOK À ABP DESTAQUES
O jornal da ABP – Associação Bacalhoeiros de Portugal
Já é sócio? Preencha a ultima página com os seus dados e envie-nos para a morada indicada.
Distribuição Gratuita
O navio “Pascoal Atlântico” regressou
no dia 28 de fevereiro, depois de cerca
de 118 dias nos mares da Terra Nova,
tendo passado fora de casa tanto a épo-
ca do Natal como a passagem de ano.
Em 2015, o navio “Coimbra” da Em-
presa de Pesca S. Jacinto, foi alvo de
uma grande intervenção em Espanha,
tanto ao nível dos alojamentos como do
parque de pesca. Uma forte aposta deste
armador, apoiado por fundos comunitá-
rios, que visa a manutenção da competi-
tividade desta unidade de pesca. Estima
-se que tenha custado mais de 2 milhões
de euros, tendo demorado aproximada-
mente 7 meses a completar.
O armador Pedro França continua a
grande renovação ao navio
“Aveirense”, depois da sua aquisição ao
Grupo Silva Vieira, em setembro de
2012.
O seu elevado estado de degradação,
obrigou a que fosse imobilizado para
grandes trabalhos de transformação e
modernização.
Espera-se que o “Aveirense” regresse à
faina ainda este ano.
Lançamento da Plataforma “Homens e Navios do Bacalhau”
Este arquivo digital, constituído a partir das mais de 20 mil fichas de
inscrição no antigo Grémio dos Armadores de Navios da Pesca do Baca-
lhau foi objeto de restauro digital e inventariação.
Um projeto do Museu Marítimo de Ílhavo com o apoio da Fundação
Eng.º António Pascoal .
Poderá consultar este arquivo através do link: http://mmi.t-t.pt/
Edição da autoria de: Tiago Neves e Nuno Neves Contactos: geral.abp@hotmail.com | http://bacalhoeirosdeportugal.blogspot.pt/ | www.facebook.com/bacalhoeiros.deportugal
Morada: Rua Professor Francisco Corujo, 106, 3830 Gafanha Da Encarnação, Aveiro, Portugal
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Do Facebook à ABP
O nascer da ABP—Associação Bacalhoeiros de Portugal
Por César Lourenço
C
orria o ano de
2011, Agosto
mais concreta-
mente, após algu-
mas pesquisas na internet por foto-
grafias dos arrastões fiquei desilu-
dido pois não encontrei a maior
parte do que procurava. Havia blo-
gues importantíssimos com fotogra-
fias e dados históricos de alguns na-
vios, histórias e fotografias de lu-
gres que já não era do meu tempo,
mas sim do tempo do meu pai e
avô. Achei que podia criar um per-
fil no Facebook, espaço propício a
uma mais rápida reacção por parte
dos utilizadores, onde se desse lu-
gar à partilha de fotos, sempre pro-
curando respeitar quer o artigo par-
tilhado, quer a opinião de todos e ir
publicando notícias, artigos de
blogs ou simplesmente curiosida-
des. A comunidade foi crescendo e
no final de 2011 éramos já mil. De-
pois com naturalidade chegou-se
aos cinco mil, dez mil e recente-
mente ultrapassou-se a barreira dos
doze mil gostos.
Contrariamente ao percurso
normal das associações que primei-
ro formam-se e depois criam uma
página no Facebook, legalizámo-
nos a cinco de Dezembro de 2014
no Cartório Notarial de Ílhavo, após
várias reuniões dos futuros corpos
sociais no Café Camões e já bem
depois da página criada. Tinha che-
gado a hora de deixar de ser um
projecto pessoal e passou a ser co-
lectivo. Nuno Neves, Jorge Rama-
lheira, Tiago Neves, Rita Vaz, Sil-
vino Nunes, João Brandão, António
Marinho, José Fachada, Aníbal
Castro e Serafim Pinto passaram a
ser a equipa que comigo teria a res-
ponsabilidade de tentar levar este
bacalhoeiro a bom porto. Uma pala-
vra especial à minha equipa e ao
André Pata e Pedro Martins que são
colaboradores excepcionais. Um
agradecimento importante ao sr. Jo-
ão Martins que nos emprestou um
espaço onde podemos instalar a
nossa sede.
No primeiro ano de vida da
ABP realizámos actividades apenas
com os donativos e pagamento de
quotas de associados, não foi fácil
como podem todos imaginar, mas
gostaria de agradecer os donativos
feitos por várias empresas e pessoas
que nos permitiram funcionar e rea-
lizar algumas actividades com bas-
tante dignidade. Este ano entre ou-
tras acções, iremos fazer a recolha
de testemunhos/entrevistas, uma
exposição fotográfica dos arrastões
Portugueses, projecção de filmes da
pesca nos lares de idosos do Muni-
cípio de Ílhavo, o lançamento do
jornal “O Bacalhoeiro” e a organi-
zação de uma excursão ao Museu
de Marinha em Lisboa.
Não podia terminar sem agradecer
a todos os associados a confiança
que depositaram em nós. Foram
fundamentais no nosso arranque.
Faça-se sócio, participe nas
nossas actividades.
Ajude-nos a crescer.
Presidente da Direcção da ABP
César Lourenço não utiliza o novo acor-
do ortográfico por opção.
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r/ chão A-Gaf. Nazaré
Actualidades Bacalhoeiras
As notícias que nos rodeiam.
Navio “Santa Princesa” substitui “Praia de Santa Cruz”
D
esde a venda do
“Aveirense” em Se-
tembro de 2012 ao ar-
mador Pedro França,
era já comentado aqui,
e ali, o interesse dos holandeses pela
velha frota do Grupo Silva Vieira.
2015 chegou e trouxe novidades
ao setor. Em Janeiro é constituída a
“Absolutely Genuine, Unipessoal,
Lda”, empresa subsidiária da “UK
Fisheries Limited”, que por sua vez é
uma parceria igualitária entre a gi-
gante islandesa “Samherji” e os ditos
holandeses da “ Parlevliet & Van der
Plas B.V. “. Meses depois, a frota
vermelha constituída pelo “Praia de
Santa Cruz”, “Joana Princesa” e
“Brites”, é agora propriedade da
“Absolutely Genuine, Unipessoal,
Lda”.
Estando os nossos navios velhos e
cansados, em Setembro do mesmo
ano chega-nos o “Artic Warrior” um
navio com 55 metros de
cumprimento e 13 de boca, projeto
nórdico com construção norueguesa
(1988) obsoleto para eles, mas ainda
com muito potencial para os nossos
homens.
Aproveitando um decreto de lei,
foi possível substituir o “Praia de
Santa Cruz” com registo em Viana do
Castelo por esta „moderna“ unidade,
registada agora como “Santa
Princesa” e operando nos mares da
Noruega com tripulação
integralmente portuguesa.
Quando tudo começava a fazer
sentido, o “Joana Princesa” muda de
cais. Está agora em frente às
instalações da EPA. O negócio estava
fechado.
Como era de esperar, o “Praia de
Santa Cruz” perdeu o registo que
conservava desde 1974, apresentando
-se agora com bandeira do Togo.
Mais um que irá sucumbir ao
abate, deixando para trás anos e anos
de histórias consigo. É o ciclo
natural da história, mas que ainda
assim nos deixa bastante tristes.
À data da edição deste jornal já 3
dos nossos 13 arrastões encontram-se
nas suas viagens de regresso da cam-
panha aos mares da NAFO (Terra
Nova). São eles o “Santa Cristina”,
“Lutador” e “França Morte”. Como é
rotina, o seu destino é em primeiro
lugar os “Frigorificos Morazzo” em
Cangas (Espanha), para a descarga,
após isso, os navios do armador Pe-
dro França regressam a Aveiro como
é costume.
O “Santa Cristina” saiu a 2 de
Janeiro, e os restantes no dia 4 do
mesmo mês, o que se traduz em via-
gens relativamente curtas de cerca de
60 dias, e muito provavelmente carga
completa, como é hábito. A título de
curiosidade, o nosso “França Morte”
iniciou actividade (1ª viagem) em
Dezembro de 2005, estando agora a
completar a sua 28º campanha, e 10
anos de atividade. Relativamente ao
“Santa Cristina”, em 2013, esteve
vários meses em reparação em Vigo,
desta intervenção é de salientar a co-
locação de novos guinchos Ibercisa
assim como uma ponte integralmente
nova, segundo o que foi possível
apurar. Já o “Lutador”, no ano transa-
to, também sofreu uma intervenção
na ponte que o deixou com um ar
mais “sofisticado”. Voltando ao
“França Morte”, apesar de 10 anos,
ao serviço, é visível o contínuo in-
vestimento do armador, desde a colo-
cação de uma antena para TV Satéli-
te, comunicações de internet, siste-
mas eletrónicos para maior eficiência
de captura, sensores, equipamentos
para processamento de pescado, entre
outros. Desejamos a melhor estadia
possível a todos os tripulantes em
regresso, e a continuação de uma boa
faina para os que lá continuam.
“Santa Cristina”, “Lutador” e “França Morte” em viagem de regresso
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Os Bacalhoeiros
A história dos nossos navios de pesca do bacalhau
1948 - Vimieiro/ Nascimar / Frapesca / Príncipe do Vouga
O
navio de pesca
"Príncipe do Vou-
ga", tem uma histó-
ria particularmente in-
teressante, pois come-
çou como "Vimieiro" um navio de
pesca à linha e acabou como um na-
vio congelador de arrasto pela popa.
Um bom exemplo do período de tran-
sição entre as diferentes tecnologias
de pesca da época.
Foi construído nos Estaleiros de
S. Jacinto (Construção n.º 43) em
1948, para os "Armazéns José Luís
da Costa", tendo sido encomendado a
22 de Fevereiro de 1958, assentou a
quilha a 25 de Agosto de 1958 e foi
lançado ao mar no dia 26 Março
1959, tendo sido entregue ao Arma-
dor nesse mesmo ano.
Foi registado em Lisboa em 1959,
com o número LX-52-N e com o in-
dicativo CUED. A criação deste na-
vio e de outros da época, resultou da
necessidade de repensar tudo de novo
e pegar no que já se sabia para criar
uma frota mais moderna, muito devi-
do ao facto de que os anteriores navi-
os derivavam quase diretamente dos
lugres, com apenas algumas altera-
ções para poder acomodar o motor
diesel, os porões de congelamento, o
isco, entre outras coisas.
A ideia era criar algo de raiz, pre-
parado para uma nova realidade. As-
sim foram criados quatro grandes na-
vios de pesca à linha o "João Ferrei-
ra", o " Rio Alfusqueiro", o
"Vimieiro" e o "Neptuno", muito
semelhante ao "Vimieiro". Graças a
estas melhorias estes navios poderi-
am ser facilmente transformados em
navios de arrasto pela popa.
Fez a sua primeira campanha em
1959. Após a campanha de 1971 foi
transformado num navio de pesca
com redes de emalhar com lanchas
aos comandos do Capitão Francisco
Teles Paião.
Em 1987 foi transformado num
navio polivalente de arrasto pela po-
pa, preparado para pesca com redes
de emalhar com lanchas e totalmente
congelador, tendo sido também re-
baptizado para "Nascimar" (falta con-
firmar este facto). Em 1990 foi re-
baptizado para "FRAPESCA" da Fra-
peque- Farinhas e Óleos de Peixe,
Lda . E em 1998 voltou a ser rebapti-
zado para "PRÍNCIPE DO VOUGA"
pertencendo à empresa João Maria
Vilarinho.
Como “Príncipe do Vouga” media
67.4 metros de comprimento, 11.1m
de boca e possuía uma máquina prin-
cipal de 1986cv.
Estando este já na posse do Arma-
dor Silva Vieira para o qual fez algu-
mas viagens, acabou por ser desman-
telado em 2005.
Resta dizer que foi dos últimos
navios de pesca à linha com dóris e o
primeiro a ter comunicações por saté-
lite em Portugal.
Autor: Tiago Neves (Blog Roda do Leme)
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Crónicas de Autor
A cultura na sua mais pura essência
O Gazela Primeiro "americano"
Q
uando o Gazela entrou
em 1969, pela última
vez, em Lisboa, estava
obsoleto para a missão a
que estava afecto.
Foi desarmado, como era hábito,
na Azinheira-Velha, mas, desta vez,
não iria ser preparado para a próxima
campanha, mas sim para uma não
menos prestigiosa carreira museoló-
gica, ao ser adquirido pelo Museu
Marítimo de Filadélfia, que, entretan-
to, procurava um veleiro histórico.
A Empresa armadora já vira desa-
parecer o bonito Hortense que, entre-
tanto, fora oferecido em 1968 à Junta
Central da Casa dos Pescadores, para
nele ser instalado um Museu de Pes-
ca. Não consentira, pois, que o Gaze-
la viesse a ter idêntico destino.
Desenvolvidas as diligências re-
gulamentares, recrutada uma tripula-
ção americana voluntária de vinte e
dois membros, onde tinha sido incluí-
do o Sr. Manuel da Maia Rocha, anti-
go maquinista do navio, o Gazela, no
dia 23 de Maio, domingo, saiu a Bar-
ra de Lisboa, com destino a Filadél-
fia, numa viagem que durou 44 dias.
Na doca, junto ao Museu de Filadél-
fia, o navio mantinha o mesmo as-
pecto, com todos os pormenores e re-
quisitos que o caracterizavam quando
operava na faina da pesca do baca-
lhau.
Em 1976, quando o navio foi in-
corporado numa regata oceânica, co-
memorativa do Bicentenário dos Es-
tados Unidos, à saída do porto de Ha-
milton, foi abalroado por dois gran-
des veleiros de casco metálico que
quase o esmagaram. Submetido a
uma grande reparação, tudo foi re-
posto na sua forma original.
Posteriormente, devido a dificul-
dades financeiras, o museu achou in-
viável a sua manutenção, entregando-
o à associação Ship Preservation
Guild, que tudo tem feito para que
nada lhe falte. Com uma tripulação
voluntária, efectua, no Verão, peque-
nos cruzeiros e visitas a vários por-
tos, figurando nas mais diversas festi-
vidades. (…)
A sua manutenção continua a ser
extremamente cuidadosa. Anualmen-
te, é desmastreado em terra e o navio
fica atracado, protegido por uma es-
trutura de plástico, que permite à tri-
pulação voluntária continuar as repa-
rações internas: substituição do con-
vés, renovação do circuito eléctrico,
encanamentos, tanques da aguada,
etc.
Periodicamente, é sujeito a todas
as inspecções legais, para poder con-
tinuar a navegar, em segurança.
É regularmente calcorreado por
portugueses e jovens, em visitas de
estudo programadas por escolas. Há
muito quem sonhe com uma viagem
do Gazela, de visita a Portugal, seu
país de origem.
Em 1995 visitou novamente o
porto de St. John’s, na Terra Nova,
26 anos depois de aí ter estado duran-
te a sua última campanha de pesca.
(…)
Agradeço ao amigo Marques da
Silva todas as informações dispensa-
das, visto que mantém contactos re-
gulares com a Associação que cuida
do “seu”Gazela.
Fotografias gentilmente cedidas
pelo Capitão Marques da Silva
Autor: Ana Maria Lopes (Blog Marintimidades)
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Galeria Fotográfica
Uma imagem vale mais que mil palavras
Navio “Águas Santas” atracado no Cais dos Bacalhoeiros, Gafanha da Nazaré. Fotografia tirada em 1974, gentilmente cedi-
da por Ana Maria Lopes através do seu blog http://marintimidades.blogspot.pt/
Navio “Adélia Maria”, agora “Aveirense” atracado no Cais dos Bacalhoeiros, Gafanha da Nazaré. Fotografia tirada em
1991 por Ricardo Matias.
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Passatempos
Todo o guerreiro merece o seu descanso
Sopa de Letras
Adivinhe que navio é:
Receita
Estas línguas servem-se como um aperitivo.
Ingredientes
500 g Línguas de Bacalhau demolhadas
6 dentes alho
3 col. sopa azeite
q.b. farinha
2 und. Ovos
q.b. pimenta
Como fazer Línguas de bacalhau à Ílhavo
Descasque os alhos e pique-os finamente. Bata os ovos.
Escorra bem as línguas de bacalhau e tempere com os
alhos, pimenta e o azeite. Envolva para ficarem bem im-
pregnadas no tempero. Deixe descansar algum tempo.
Passe por farinha, ovo e pão ralado, e frite-as em bastante
azeite quente ou óleo. Escorra-as bem e coloque-as no
meio de papel absorvente para lhes retirar o excesso de
gordura. Sirva enfeitadas com azeitonas e raminhos de
salsa.
http://www.1001receitas.com/pt/linguas-de-bacalhau-a-ilhavo
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