[1] O documento apresenta informações sobre a criação e uso de descritores para caracterizar acessos de bancos ativos de germoplasma. [2] É explicado que os descritores são características mensuráveis que distinguem os acessos e facilitam a separação e identificação das amostras. [3] São detalhados diferentes tipos de descritores e como eles são usados para caracterizar as amostras fenotipicamente no campo e em laboratório.
Palestra Sobre Plantas Alimentícias não Convencionais e as Plantas do Futuro apresentada na Reunião Diálogos de Sustentabilidade realizada pela Prefeitura de Poços de Caldas - MG
Como não se sabia as atribuições da nova Diretoria da SBRG, de Curadorias e Redes, havia a hipótese de recriação do Sistema Nacional de Curadorias, o que foi descartado posteriormente a presidência confirmar a nomeação do Dr. Manoel Abílio Queiróz e Semíramis Ramalho para tal diretoria.
Palestra Sobre Plantas Alimentícias não Convencionais e as Plantas do Futuro apresentada na Reunião Diálogos de Sustentabilidade realizada pela Prefeitura de Poços de Caldas - MG
Como não se sabia as atribuições da nova Diretoria da SBRG, de Curadorias e Redes, havia a hipótese de recriação do Sistema Nacional de Curadorias, o que foi descartado posteriormente a presidência confirmar a nomeação do Dr. Manoel Abílio Queiróz e Semíramis Ramalho para tal diretoria.
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Projeto de articulação curricular:
"aLeR+ o Ambiente - Os animais são nossos amigos" - Seleção de poemas da obra «Bicho em perigo», de Maria Teresa Maia Gonzalez
LIVRO MPARADIDATICO SOBRE BULLYING PARA TRABALHAR COM ALUNOS EM SALA DE AULA OU LEITURA EXTRA CLASSE, COM FOCO NUM PROBLEMA CRUCIAL E QUE ESTÁ TÃO PRESENTE NAS ESCOLAS BRASILEIRAS. OS ALUNOS PODEM LER EM SALA DE AULA. MATERIAL EXCELENTE PARA SER ADOTADO NAS ESCOLAS
2. CRIAÇÃO E USO DE DESCRITORES
Foto: Campo de Arachis spp., IAC.
“O MUNDO DA FUNDAG”
Fundação de Apoio à Pesquisa Agrícola
01/12/2023
Em primeiro lugar desejamos a vocês e suas famílias FELIZES FESTAS DE FIM DE ANO!
Prosseguimos com nossa aula mensal “O MUNDO DA ”, apresentando o décimo segundo e último Power
Point do ano de 2023.
Nosso principal objetivo é fortalecer a integração entre os e os Conselhos , e da
Fundação, conforme estabelecido em seu Plano Diretor. Isso é realizado por meio da transmissão de conhecimentos
relacionados aos projetos cadastrados, sempre dentro das áreas de , por meio de
alguns poucos slides por mês.
Como Tema geral da série de aulas do semestre, tratamos das “ATIVIDADES BOTÂNICAS EM RECURSOS
FITOGENÉTICOS”, concluindo nesta aula com o Lema a “CRIAÇÃO E USO DE DESCRITORES”. Ressaltamos
que não temos a pretensão de abordar integralmente o assunto, apenas esclarecer a temática e algumas definições.
Lembramos que as aulas são programadas para seguir automaticamente após o tempo de leitura, então é só assistir!
Caso deseje mais informações, pode obtê-las clicando nos links.
Com isto, também queremos despertar sua curiosidade em relação aos Projetos da Fundag, onde o Conselho Diretor,
através do seu Diretor Administrativo continua sendo o seu contato para tirar
dúvidas e aprender com vocês. Por isto QUESTIONE-SE, questione-me e leia mais sobre o assunto!
3. A CARACTERIZAÇÃO MORFOLÓGICA NO CAMPO
“Hummm! É simples Renato, passeio entre as plantas! Vou namorando cada
uma, e se alguma me chamar a atenção, vou ver qual o detalhe que a torna
interessante! Às vezes é sua altura, seu formato, sua cor, seu brilho, etc. Este
dado se torna o meu descritor, e a seguir vou aprimorando-o. Depois publico o
trabalho das raças, por país, na revista .”
Krapovickas Pietrarelli & Vanni
Arachis hypogaea L., INTA – Manfredi – AR.
- Krapo, como
você começa o
seu trabalho de
caracterização
no campo?
Quando acompanhei o trabalho de do Banco Ativo de Germoplasma ( de Amendoim do INTA- -AR (que
consistia na caracterização de raças coletadas ao redor do mundo por Krapovickas, Simpson e Gregory’s – USA, e equipe) o qual era conservado
e plantado sob a responsabilidade do saudoso Téc. Agr. Renato Pietrarelli ( ), eu viajei para a ARGENTINA em diversas
oportunidades na década de 1980, ‘como convidado’ pelos também já saudosos Dr. e Dr. (
) [fotos acima]. Saíamos de caminhonete de para , em uma jornada de 8 horas. Minha primeira lição veio em
resposta à uma pergunta que fiz ao meu “guru”, carinhosamente chamado pelos amigos de “Krapo”:
4. POR QUE PREPARAR DESCRITORES?
Foto: BAG-Paspalum spp., Embrapa Pecuária Sudeste
Assim, os descrevem as características de cada acesso de um BAG. São, portanto, uma ferramenta
crucial para detectar tanto a quanto as duplicatas dos acessos conservados ou preservados, seja
das espécies de plantas cultivadas, seja de suas (VEIGA, R.F.A., 2023).
Os de coleções de e os Melhoristas Genéticos (com auxílio de especialistas de áreas
diversas) utilizam descritores para avaliar e descrever as características de um grande número de acessos ou de
cultivares de forma uniforme e ágil. Atualmente, dispomos de “descritores completos” prontos para a maioria dos
(Ex.: Abacaxi), bem como de “descritores mínimos” para as cultivares destinadas ao seu
(Ex.: Caqui). No entanto, em ambos casos, comumente precisamos adaptá-los à variabilidade específica de cada BAG,
ou de cada cv. lançada (VEIGA, R.F.A., 2023).
INDRANIL
Segundo Indranil (2017), é óbvio que os foram e continuam
sendo coletados e conservados, mas sempre com o objetivo final de seu . Para tanto, há necessidade de se
visando disponibilizar esses dados aos usuários, principalmente aos .
CAROLINE
ROSA
Embora o tenha sido criado em 1974, a primeira publicação contendo uma só foi
disponibilizada em 1977. No entanto, D. H. Van em 1987, ainda defendia a ideia da priorização da
formulação e publicação das listas de descritores para todas culturas agrícolas, desde que reconhecidas pela
comunidade científica internacional. Tal ação foi liderada pelo IBPGR que posteriormente passou a se chamar
e, em seguida, , atualmente agregado ao . Ressalte-se que a ( também disponibilizou
listas de descritores (Ex.: Leguminosas Forragieras e Noz de Pili). No Brasil, em 1997, os descritores passaram ser
relevantes também para o processo de proteção de cultivares (Rosa Lia & Caroline Marques ,
2015).
5. O QUE SÃO OS DESCRITORES ?
Foto: Valter Lino Sandi e Sebastião Lopes (in memorian), do Centro de Recursos Genéticos e Jardim Botânico, com experimento de Arachis spp., em 1995, na Fazenda Santa Elisa do IAC.
DISTINÇÕES
1 = muito curto
2 = dúvida
3 = curto
4 = dúvida
5 = médio
6 = dúvida
7 = grande
8 = dúvida
9 = muito grande
Segundo o (2007) o termo “descritor” refere-se a um atributo ou característica mensurável que é observado
em um acesso de um banco de germoplasma. A palavra “DESCRITOR” tem origem no latim descriptore, indicando aquele que
descreve. Os Descritores possibilitam a DISTINÇÃO entre os acessos dos Bancos Ativos de Germoplasma (BAG), Bancos Base de
Germoplasma ( ) ou Coleções de Trabalho ( ), e até mesmo entre CULTIVARES de uma mesma espécie, por meio dos
caracteres DIFERENCIAIS de um indivíduo ou grupo de indivíduos. Segundo ( ), os
descritores incluem características botânicas que são altamente herdáveis, facilmente visíveis e se expressam de maneira uniforme em
qualquer ambiente.
Enfim, os descritores são compostos por quantitativas (Ex.: dimensões) e/ou qualitativas (Ex.:
coloração) das características ou atributos que distinguem os acessos (Agronômicos, Botânicos, Genéticos,
etc.). Nas observações de plantas anuais no campo, os são plantados em linhas de 20 plantas, e as
amostras são efetuadas com uma média de 10 medidas/ano, mesmo quando realizadas em laboratório. Utiliza-
se uma numeração de até 9 distinções, inclusive os números intermediários são para dirimir dúvidas. No caso
simples de apenas duas opções, como para presença, utiliza-se a nota 1 (um), e para a ausência, a nota 0 (zero)
(VEIGA, R.F.A., 2023).
EXEMPLO DE CATEGORIAS DE DESCRITORES:
: Ciclo de maturação, produção por planta, pólen, produtividade, resistência a fatores adversos, ... ;
: Organografia e anatomia (partes subterrâneas, caule, ramos, folhas, flores, frutos e sementes, ...);
: Estações, precipitação pluviométrica, temp. média anual, umidade relativa do ar, variações sazonais, ...;
: Água, altitude, habitat, latitude, longitude, relevo, solo, ... ;
: Eficiência no uso de água, taxas de crescimento e de fotossíntese, ...;
: Citologia, isoenzimas, DNA, ...;
: Metabólitos secundários, ...;
: Aroma, açúcares, acidez, grau de conservação, sabor, teor de nutrientes, ....
6. Foto: Meu mestre e “irmão” Dr. José Francisco Montenegro Valls, EMBRAPA Recursos
Genéticos e Biotecnologia, BAG – Curador do BAG-Arachis spp. – DF (2008).
TIPO DE DESCRITORES
TIPO DE DESCRITORES
1. MÍNIMOS
Para avaliação de pequeno grupo de acessos, como
de cultivares para o SNPC. (Exemplos: Mamona,
Alface e Caqui – do IAC).
2. COMPLETOS
Para separação de grande número de
como de um BAG (Exemplos: Amendoim – IAC,
Cherimoya e Mangostão – IPGRI
DANIEL
Para Daniel QUEROL (1993), a coleta de dados envolve duas fases distintas: 1) Caracterização (fenotípica, genotípica,
fitoquímica, etc.), e 2) Avaliação Agronômica (produtividade, homogeneidade e estabilidade, e outros dados conforme o
objetivo, seja para alimentação, para óleo, etc.). Ele destaca que, em relação aos , o número de dados
teoricamente é infinito, mas que uma descrição adequada e útil não é determinada pelo número, e sim pela utilidade
prática e precisão.
Foto: No primeiro plano os principais taxonomistas do gênero Arachis L. do mundo, Dr.
Antonio Krapovickas, Dr. José Francisco Montenegro Valls e Dr. Charles Simpson (fotógrafo).
7. APLICAÇÃO DOS DESCRITORES EM RFG
Foto: BAG – Alface USDA-ARS National Plant Germplasm System
DESCRITORES são atributos ou caracteres observados nos acessos de um BAG (Ex.: Inhame) que, segundo Otto H.
(1987), devem ser praticáveis, úteis e sem redundância.
OTTO
Para o saudoso amigo et al. ( ), os descritores são o cerne do
trabalho também para o .
ROSA
DALMO
O também saudoso (1988) citou que o uso dos Descritores Para RFG no Brasil teve
início com a publicação dos da EMBRAPA em 1982, começando com a Soja. Já os
foram introduzidos com a edição da (N0. 9.456, de
25 de abril de 1997), que exige que uma , para ser protegida, atenda aos requisitos de
Distingüibilidade, Homogeneidade e Estabilidade, por meio de “descritores mínimos” (Ex.: A. pintoi).
Segundo &
(2015), os descritores são
adotados como padrões na do
germoplasma, desempenhando um papel
primordial no compartilhamento de
informações sobre com o
objetivo de facilitar o seu e .
8. A CARACTERIZAÇÃO FENOTÍPICA
Foto: Descritores morfológicos de frutos de Tomate, Maria R. FIGÀS et al., .
Figura: Glossário morfológico das folhas – Wikipedia, 2023.
O termo “Caracterização ” está diretamente relacionado às características físicas e estruturais de um
organismo (organografia e anatomia). Por outro lado, o termo “Caracterização ” refere-se ao resultado da
soma dos efeitos do com os do . Esta noção remete de certa forma ao trabalho do francês Jean-
Baptiste (1799), que antecipou a ênfase na influência do meio ambiente na expressão das características dos
organismos. Os termos genótipo e foram cunhados pelo alemão Wilhelm em 1909.
Relembrando que esses descritores têm por objetivo DESCREVER A FORMA interna e externa das plantas, a fim de separar os
acessos com base em suas características diferenciais. Eles podem ser classificados de acordo com o tipo de dados, sendo
QUANTITATIVOS para contagens, medições, etc., ou QUALITATIVOS, para características como coloração, brilho, aroma, etc.
COMO CHEGAMOS NOS VALORES PARA CADA CARÁTER? – Para chegar aos valores de cada caráter, inicialmente realizamos uma
avaliação preliminar de todo o BAG. Com base nas medidas efetuadas, procedemos a um ordenamento dos números, considerando a maioria dos
acessos como o "médio/normal". A partir dessa avaliação, determinamos os valores "baixo" e "alto", além de outros intermediários, se necessário,
dentro da escala de 0 a 9. Essa definição leva em consideração a estatística avaliada (Ex.: abaixo, fichas de campo, definidas após uma avaliação
preliminar, para avaliação de populações de
9. COM OS DESCRITORES PRONTOS
RAO (1985), meu mestre e amigo indiano, costumava enfatizar que, no caso do amendoim, uma
vez que os descritores já estejam prontos, deve-se preparar as para uso no campo no próximo ano
agrícola. Essas planilhas abrangem características como coloração e pilosidade das folhas e ramos, dimensões de
folhas e ramos, entre outros. Além disso, são elaboradas planilhas para uso em laboratório (dimensões, formato e
coloração dos frutos e sementes, etc.). Tais planilhas são projetadas para caracterizar um grande número de
acessos de forma adequada, de modo a serem inseridos nos bancos de dados dos programas computacionais,
utilizados para o registro e documentação dos dados resultantes (VEIGA, R.F.A., 2023).
RAO
Segundo , os dados públicos do , da Embrapa, relacionados aos recursos fitogenéticos para a
alimentação e agricultura, que são mantidos pela Embrapa, agora integram o acervo global (
/) coordenado pelo Fundo Global para a Diversidade de Cultivos ( ). GILBERTO
10. “O MUNDODA FUNDAG”
Foto: Área in vitro do Quarentenário IAC, 2011.
LEIA MAIS
QUESTIONE-SE
Foto: Germoplasma de Sorgo, e servidoras do ICRISAT – Índia
Você concorda ou discorda
do que lhe foi apresentado?