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DIAGNOSTICANDO e TRATANDO O
TRANSTORNO DE DÉFICIT DE ATENÇÃO E HIPERATIVIDADE
(TDAH)
Dr. Clay Brites
TDAH	
• Transtorno Neurobiológico e de Desenvolvimento
• Afeta 5-6% da população infantil e 3 % adultos
(Polanczyk, 2007)
• Mais comum em meninos (4:1)
• Início antes dos 12 anos em 95% dos casos e 50%
antes dos 7 anos (Kieling e cols., 2012)
Por  que  o  diagnóstico  ?	
• Sem tratamento: risco elevado de baixo
rendimento escolar, inadequação social e
problemas afetivos (Rohde, 2004; Ciasca, 2008)
• Ciclo de vida: Alto risco de evasão escolar,
delinquência, acidentes de trânsito, envolvimento
com drogas e problemas com a Justiça (Barkley, 2000)
• Afeta o desenvolvimento de habilidades sociais e
acadêmicas, reduz adaptabilidade em atividades
que exigem flexibilidade mental e memória
sequencial (Biederman, 2006; Coghill, 2008)
TDAH	
Déficit  de  
Atenção	
Impulsividade	
Hiperatividade	
Auto-­‐‑
regulação	
Desorganização
Sustained)aWen5on)in)hyperac5ve)children)(Sykes)et)al,)
1973))
Atenção  sustentada
The image cannot be displayed. Your computer may not have enough memory to open the image, or the image may have been corrupted. Restart your computer, and then open the file again. If the red x still appears, you may have to delete the image and then insert it again.
Neuroimagem  
(Brites  e  Sergeant,  in  press)
Castellanos et al., Biological Psychiatry, 2007, in press
p = 3 x 10-11
Precuneus is involved in high-level integration between posterior association
processes and anterior executive functions (Cavanna  Trimble, Brain, 2006;
p. 578); our findings suggest that structural and functional circuits linking the
dACC to precuneus and PCC may represent small-world network long-range
connections that should be considered as a candidate locus of dysfunction
in ADHD.
Castellanos,  2005
Maturação  cerebral  
(Shaw,  2007)
Maturação cerebral
TDAH x Controles
(Shaw,2007)
TDAH:  passos  para  o  
diagnóstico	
• Conhecer muito bem o transtorno
• Aspectos neurodesenvolvimentais
• Importância da História Familiar
• Impacto dos sintomas na vida do portador e seus
pares tanto em casa quanto na escola
• Cronicidade do prejuízo dentro e fora da escola
• Influência na aprendizagem escolar
• Perfil neuropsicológico
• Diferenciar atenção normal para a idade e em
comparação aos seus pares
• Fatores de risco ambientais
Conhecer  bem  o  
transtorno	
• Sinais precoces do TDAH
• Critérios Diagnósticos (DSM-5, 2013)
• Escalas de avaliação estruturadas
• Comorbidades
• Interface dos sintomas com os prejuízos
Sinais  precoces  do  TDAH	
• Inquietude excessiva
• Distúrbios do sono
• Irritabilidade
• Excessiva dificuldade em seguir regras e rotinas
• Criança centralizadora
• Atraso no desenvolvimento motor e da linguagem
• Problemas alimentares
• Pouca persistência em atividades lúdicas e sociais
• Traumas recorrentes
(Brites, 2015)
Sono	
Alimentação	
Esfincteres	
Motor	
Linguagem	
Espacial	
Dificuldades  
de  Aprendiz
CRITÉRIOS  DIAGNÓSTICOS    
(DSM-­‐‑5,    2013)	
DÉFICIT DE ATENÇÃO
HIPERATIVIDADE E
IMPULSIVIDADE
• Desatenção a detalhes e erros
• Dificuldade em sustentar atenção
• Parece não ouvir
• Dificuldade com instruções, regras
e prazos
• Desorganização
• Evita/reluta tarefas de esforço
mental
• Perde, esquece objetos
• Alta distractibilidade
• Não automatiza tarefas do
cotidiano
• Movimento excessivo do corpo
durante postura
• Dificuldade em permanecer
sentado
• Sobe, escala, exposição em
perigos
• Acelerado para as atividades
• Faz tudo “a mil”
• Fala demais e se intromete
• Responde antes de concluir
perguntas
• Dificuldade em esperar
• Interrompe inoportunamente
TDAH  :  Critérios  
Diagnósticos	
DSM – IV (1994) DSM - V
6 critérios desatenção
e/ou 6 critérios de
hiperatividade-impulsividade
7 anos com prejuízos
Prejuízos afetivos sociais e
culturais
Descarta-se EZ, TEA e DI
Idade de início :12 anos
Sintomas Prejuízos
Vários sintomas devem estar
presentes antes dos 12 anos
(95% dos sintomas antes dos 12
e 50% antes dos 7 anos- Kieling,
2010)
Comorbidade com EZ,TEA,DI
Cronicidade	
PREJUÍZOS DENTRO DA
ESCOLA E FORA DA ESCOLA
• Baixo rendimento
• Oscilação de
rendimento
• Aquisição irregular e
lacunas de conteúdo
• Déficit de habilidades
de leitura e escrita
• Problemas
comportamentais
• Reprovação e Evasão
• Habilidades sociais
inadequadas
• Tendência a se envolver
com más companhias
• Perda de oportunidades
• Imaturidade e
dependência excessiva
dos pais
• Dificuldade com o erro
BioMed Central
Child and Adolescent Psychiatry and
Mental Health
Open Access
Research
Impact of attention-deficit/hyperactivity disorder on the patient
and family: results from a European survey
David Coghill*1, Cesar Soutullo2, Carlos d'Aubuisson3, Ulrich Preuss4,
Trygve Lindback5, Maria Silverberg6 and Jan Buitelaar7
Address: 1Centre for Child Health, 19 Dudhope terrace, Dundee, Scotland, DD3 6HH, UK, 2Child and Adolescent Psychiatry Unit, Clínica
Universitaria, University of Navarra, Pio XII, 36. 31080-Pamplona, Spain, 3Mühlenstrasse 61, 49324 Melle, Germany, 4Universitätsklinik für
Kinder-undJugendpsychiatrie Psychotherapie Bern, Effingerstrasse 12, CH-3011 Bern, Switzerland, 5Ostadalsveien 58, 0753 Oslo, Norway,
6överläkare, tf enhetschef, BUP Signal, Observatoriegatan 18, 113 29 Stockholm, Sweden and 7UMC St. Radboud (966), Department of Psychiatry,
Nijmegen, the Netherlands
Email: David Coghill* - d.r.coghill@dundee.ac.uk; Cesar Soutullo - csoutullo@unav.es; Carlos d'Aubuisson - carlos.cordero-da@t-online.de;
Ulrich Preuss - ulrich.preuss@kjp.unibe.ch; Trygve Lindback - tlindbac@getmail.no; Maria Silverberg - maria.silverberg-morse@sll.se;
Jan Buitelaar - J.Buitelaar@psy.umcn.nl
* Corresponding author
Abstract
Background: Children with attention-deficit/hyperactivity disorder (ADHD) often experience problems with education,
interaction with others and emotional disturbances. Families of ADHD children also suffer a significant burden, in terms of strain
on relationships and reduced work productivity. This parent survey assessed daily life for children with ADHD and their families.
Method: This pan-European survey involved the completion of an on-line questionnaire by parents of children (6–18 years)
with ADHD (ADHD sample) and without ADHD (normative population sample). Parents were questioned about the impact of
Published: 28 October 2008
Child and Adolescent Psychiatry and Mental Health 2008, 2:31 doi:10.1186/1753-2000-2-31
Received: 23 June 2008
Accepted: 28 October 2008
This article is available from: http://www.capmh.com/content/2/1/31
© 2008 Coghill et al; licensee BioMed Central Ltd.
This is an Open Access article distributed under the terms of the Creative Commons Attribution License (http://creativecommons.org/licenses/by/2.0),
which permits unrestricted use, distribution, and reproduction in any medium, provided the original work is properly cited.
ADHD and risky sexual behavior in adolescents: Conduct
problems and substance use as mediators of risk
Dustin E. Sarver,
Curry School of Education, Center to Promote Effective Youth Development (Youth-Nex)
University of Virginia, Charlottesville, VA, USA
Michael R. McCart,
Family Services Research Center, Department of Psychiatry  Behavioral Sciences, Medical
University of South Carolina, Charleston, SC, USA
Ashli J. Sheidow, and
Family Services Research Center, Department of Psychiatry  Behavioral Sciences, Medical
University of South Carolina, Charleston, SC, USA
Elizabeth J. Letourneau
Department of Mental Health, Bloomberg School of Public Health, Johns Hopkins University,
Baltimore, MD, USA
Abstract
Background—Recent studies have linked attention-deficit/hyperactivity disorder (ADHD) to
elevated rates of risky sexual behavior (RSB) in adult samples. The current study tested whether
ADHD symptoms were associated with RSB among adolescents, and examined comorbid conduct
problems and problematic substance use as joint mediators of this association.
Methods—ADHD symptoms, conduct problems (oppositional defiant disorder/conduct disorder
symptoms), problematic alcohol use (alcohol use disorder symptoms, alcohol use frequency),
problematic marijuana use (marijuana use disorder symptoms, marijuana use frequency), and RSB
were assessed among an ethnically diverse cross-sectional sample of adolescents (N=115; mean
HHS Public Access
Author manuscript
J Child Psychol Psychiatry. Author manuscript; available in PMC 2015 June 24.
Published in final edited form as:
J Child Psychol Psychiatry. 2014 December ; 55(12): 1345–1353. doi:10.1111/jcpp.12249.
Author
Manuscript
Author
Manuscript
Author
Manuscript
ORIGINAL ARTICLE
Validation of the adult attention-deficit/hyperactivity disorder
quality-of-life scale in European patients: comparison
with patients from the USA
Meryl Brod • Lenard A. Adler • Sarah Lipsius •
Yoko Tanaka • Alexandra N. Heinloth •
Himanshu Upadhyaya
Received: 21 May 2014 / Accepted: 3 December 2014
! The Author(s) 2015. This article is published with open access at Springerlink.com
Abstract The adult attention-deficit/hyperactivity disor-
der (ADHD) quality-of-life (AAQoL) scale was previously
validated in adult patients in the USA; here, the AAQoL is
validated in adult European patients. Data from a 12-week
open-label acute treatment period with atomoxetine
(80–100 mg/day) in adults with ADHD were used. Patients
(C18 to B50 years old) had a score C2 on C6 items on the
inattentive or hyperactive core subscales of Conners’ Adult
ADHD Rating Scale-Investigator Rated: Screening Version
(CAARS-Inv:SV); a CAARS-Inv:SV 18-item total ADHD
symptom score C20; and Conners’ Adult ADHD Rating
Scale-Observer: Screening Version 6-item inattentive or
hyperactive core subscale scores C2. Data were stratified
based on patients’ geographic region (Europe vs USA).
Scale validation psychometric properties results were very
similar between European (n = 1,217; 57.7 % male; mean
age 33.0 years) and US (n = 602; 62.1 % male; mean age
33.5 years) patients, including factor loading, internal
consistency, convergent and discriminant validity, and
responsiveness. Exploratory factor analysis confirmed four
AAQoL subscales. Internal consistency was acceptable
(Cronbach’s alpha [ 0.70 for all subscales). The AAQoL
total score showed moderate convergent validity with
CAARS-Inv:SV 18-item total ADHD symptom and clini-
cal global impression-ADHD-severity (CGI-ADHD-S)
scores; and strong convergent validity with Behavior Rat-
ing Inventory of Executive Function—Adult Version: Self-
Report Global-Executive-Composite Index scores. Mean
AAQoL total scores were significantly different among
patients grouped by CGI-ADHD-S scores, suggesting good
discriminant validity. The AAQoL total and subscale
scores presented good responsiveness from baseline to
12 weeks. The AAQoL scale shows comparable validity in
European and US adults with ADHD.
The study was registered at: http://clinicaltrials.gov/ct2/home under
NCT00700427: A Long Term Study of a Medication for Adults With
ADHD Atten Def Hyp Disord
DOI 10.1007/s12402-014-0160-z
Tipos  de  TDAH	
Puramente Desatento Combinado
• Quieto
• Introspectivo
• Pouco assertivo
• Não persiste / desiste
fácil (“preguiçoso”)
• Isolamento frequente
• Baixo rendimento em
atividades estruturadas
• Esquecimento
frequente
• Incomoda e atrapalha
• Explosivo
• Avesso `as frustrações e
`a espera
• Expulsões e
intercorrências
disciplinares
• Desorganização
recorrente
• Exclusão familiar
Aspectos	
  Neuropsicológicos	
  
■ Funções	
  execu5vas	
  
■ Atenção	
  sele5va	
  e	
  sustentada	
  
■ Memória	
  de	
  trabalho	
  verbal	
  e	
  não-­‐verbal	
  
■ Esforço	
  e	
  auto-­‐engajamento	
  
■ Mo5vação	
  
■ Nível	
  de	
  estado	
  de	
  vigilância	
  
■ Frustração/Recompensa/Tempo	
  
	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  (Coghill,	
  2010;	
  Sergeant,	
  2011)	
  
Efeitos	
  Neuropsicológicos	
  
Déficit	
  de	
  Atenção/Hipera5vidade/
Impulsividade	
  
Disfunção	
  de	
  
Controle	
  
Inibitório	
  
Dificuldade	
  
de	
  Auto-­‐
engajamento	
  
Alteração	
  na	
  
memória	
  de	
  
trabalho	
  
Passolunghi,	
  Marzocchi	
  	
  Fiorillo,	
  2005;	
  Baddeley,	
  1986;	
  Baddeley,	
  1996;	
  
Swanson	
  	
  Sachse-­‐Lee,	
  2001	
  e	
  Nigg,	
  2000	
  
Controle	
  
Inibitório	
  
Dificuldade	
  
sele5va	
  para	
  
informação	
  
relevante	
  
Inabilidade	
  de	
  
auto-­‐controle	
  
	
  (	
  jumping	
  to	
  
conclude	
  )	
  
Auto-­‐
engajamento	
  
Dificuldade	
  em	
  se	
  
manter	
  em	
  
tarefas	
  sem	
  
recompensa	
  
Pouca	
  energia	
  
para	
  manter	
  
atenção	
  
sustentada	
  
Memória	
  de	
  
Trabalho	
  
Baixa	
  eficácia	
  em	
  
tarefas	
  com	
  
detalhes	
  
fonológicos	
  
Problemas	
  em	
  
coordenar	
  
a5vidades	
  
sequenciais	
  
Neuropsychological functioning in children with ADHD:
Symptom persistence is linked to poorer performance
on measures of executive and nonexecutive function1
THOMAS ROBINSON2
University of Otago
GAIL TRIPP* Okinawa Institute of Science and Technology Graduate University
Abstract: The present study compared the current intellectual and neuropsychologi-
cal functioning of 55 children diagnosed with attention deficit hyperactivity disorder
(ADHD group) 4 years earlier with that of an age- and sex-matched control sample.
The children in the ADHD group performed less well than the control group on
measures of intellectual function, design fluency, spatial organization, and visual
memory. Those children who continued to meet DSM-IV criteria for ADHD (persistent
ADHD, n = 32) evidenced greater impairment than those showing some symptom
remission (ADHD in partial remission, n = 23). These data confirm the presence of
neuropsychological deficits in late childhood/early adolescence among those previ-
ously diagnosed with ADHD. The data also suggest that greater cognitive impairment
is a feature of persistent ADHD.
Key words: ADHD, neuropsychology, executive function, persistence.
Attention deficit hyperactivity disorder (ADHD)
is a persistent and debilitating neuropsychiatric
disorder with an estimated worldwide pre-
valence of 5% (Polanczyk, de Lima, Horta,
pathology of the disorder. Recognition of simi-
larities between the behavior of monkeys and
human adults with frontal-lobe lesions and
symptoms of ADHD led researchers to ques-
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Japanese Psychological Research
2013, Volume 55, No. 2, 154–167
Special issue: Developmental disorders and cognitive science
doi: 10.1111/jpr.12005
• Humor	
• Frustrações	
• Timidez	
• Irritabilidade	
•Labilidade  de  
humor	
•Introspecção	
•Pouca  empatia	
•Impulsividade	
• Leitura	
• Escrita	
• Aritmética	
• Interação  social	
• Regras	
• Rotinas	
• Tempo	
• Expressividade	
familia	
 escola	
afetivo	
social
•Avaliação  
Psicocognitiva  e  
Afetiva	
•Fonoaudiologia	
•Psicopedagogia	
•Perfil  
comportamental  e  
DNPM,  sono,  
prejuizos  afetivos  
e  sociais	
•Relatório  Escolar	
•Aprendizagem  e  
Comportamento	
•Anamnese	
•Escalas  SNAP  e  
SWAN  	
•Exame  
Complementar	
Médico	
 Escola	
Equipe	
Pais	
  
• Epilepsia (Palmini, 2006)
• Cefaléia (Rohde e Mattos,2012)
• Obesidade (Fiers et al.,2012; Cortese,2011)
• TDC (transtorno do desenvolvimento da
coordenação) (Sergeant, 2009)
• Atraso de Fala/Linguagem (Tannock, 2013; Ciasca e
Salgado, 2008; )
• Psiquiátricas (Rohde, Mattos e Polancsyk, 2011 e 2013; Coghill,
2012; Casella, 2006; Moraes, 2006)
• Dificuldades Escolares : Leitura, Escrita e
Matemática (Ciasca e cols., 2006; Tannock, 2008; Muskat,
2013; Mattos, 2008; Benczik, 2009)
Comorbidades
• Psicológica (cognitivo e afetivo)
• Psicopedagógica (L-E-A e qualitativamente)
• Fonoaudiológica (Linguagem, PAC, investigação
de transtornos de aprendizagem)
• EEG
Avaliações  
Complementares
} Epilepsia (Palmini, 2006)
} Cefaléia (Rohde e Mattos,2012)
} Obesidade (Fiers et al.,2012; Cortese,2011)
} TDC (transtorno do desenvolvimento da
coordenação) (Sergeant, 2009)
} Atraso de Fala/Linguagem (Tannock, 2013; Ciasca e
Salgado, 2008; )
} Psiquiátricas (Rohde, Mattos e Polancsyk, 2011 e 2013;
Coghill, 2012; Casella, 2006; Moraes, 2006)
} Dificuldades Escolares : Leitura, Escrita e
Matemática (Ciasca e cols., 2006; Tannock, 2008; Muskat,
2013; Mattos, 2008; Benczik, 2009)
TDAH      e        Escola	
■ 4 – 12% das crianças em fase escolar
■ 10-39% tem dificuldades de leitura/matemática
■ 20-30% tem dificuldades de escrita
■ Risco maior de repetência e evasão (3 – 4 x mais
que crianças sem TDAH)
■ Dificuldades de socialização
■ Bullying
■ Drogas e más companhias
(Acad Am Ped, 2000; Coghill, 2008; Barkley, 2007;
Du Paul, 2006; Mattos e Rohde, 2007; AACAP,
2000)
Variabilidade  de  
apresentação  na  escola	
TDAH	
Com  atraso  
pedagógico	
Sem  atraso	
pedagógico	
Associado  
a  TA
• 1. Não consegue prestar muita atenção a detalhes ou comete erros por descuido nos trabalhos da
escola ou tarefas.
• 2.Tem dificuldade de manter a atenção em tarefas ou atividades de lazer
• 3. Parece não estar ouvindo quando se fala diretamente com ele
• 4. Não segue instruções até o fim e não termina deveres de escola, tarefas ou obrigações.
• 5. Tem dificuldade para organizar tarefas e atividades
• 6. Evita, não gosta ou se envolve contra a vontade em tarefas que exigem esforço mental prolongado.
• 7. Perde coisas necessárias para atividades (p. ex: brinquedos, deveres da escola, lápis ou livros).
• 8. Distrai-se com estímulos externos
9. É esquecido em atividades do dia-a-dia
• 10. Mexe com as mãos ou os pés ou se remexe na cadeira
• 11. Sai do lugar na sala de aula ou em outras situações em que se espera que fique sentado
• 12. Corre de um lado para outro ou sobe demais nas coisas em situações em que isto é inapropriado
• 13. Tem dificuldade em brincar ou envolver-se em atividades de lazer de forma calma
• 14. Não pára ou freqüentemente está a “mil por hora”.
• 15. Fala em excesso.
• 16. Responde as perguntas de forma precipitada antes delas terem sido terminadas
• 17. Tem dificuldade de esperar sua vez
• 18. Interrompe os outros ou se intromete (p.ex. mete- se nas conversas / jogos).
SNAP  –  IV  (Swanson,  1983;  Ma6os,  1995)
• Dá muita atenção aos detalhes e evita erros por descuido
• Mantém a atenção em tarefas ou atividades lúdicas
• Presta atenção quando lhe dirigem a palavra
• Segue instruções e conclui trabalhos e tarefas escolares
• Organiza tarefas e atividades
• Engaja-se em tarefas que exigem esforço mental concentrado
• Mantém controle das coisas que são necessárias para a realização de tarefas
• (não perde os objetos)
• Ignora estímulos externos
• Lembra-se das atividades diárias
• Senta-se corretamente (controla o movimento das mãos e pés e controla
• a agitação)
• Permanece sentado (quando exigido pelas regras da classe ou convenções)
• Controla a atividade motora (inibe correrias ou o ato de subir nas coisas)
• Brinca em silêncio (mantém um nível de ruído razoável)
• Acalma-se e descansa (controla atividades constantes)
• Controla a atividade verbal (controla conversação excessiva)
• Reflete sobre o que lhe é perguntado (controla respostas precipitadas)
• Aguarda a vez (espera o momento que lhe é permitido e sabe revezar)
• Entra em conversas e jogos sem interromper ou se intrometer
SWAN  Rating  Scale    
(Swanson  et  al,  2000/2001;    Brites  e  cols.  2015)
SWAN  Rating  Scale  
(cont.)	
• Controla seu temperamento
• Evita discutir com adultos
• Segue os pedidos ou regras ou as instruções dos adultos
• Evita deliberadamente fazer coisas que incomodam os outros
• Assume a responsabilidade por erros ou mau comportamento Ignora
aborrecimentos de outros
• Controla a raiva e o ressentimento
• Controle sentimento de vingança
• Evita brigas
• Mantém o foco na tarefa ( não olha para o espaço ou devaneio);
• Mantém appropriado nível de energia ( não é lento ou sonolento para
atividades sem recompensa)
• Envolve-se em atividade dirigida para cumprir um objetivo ( não é
apático ou desmotivado para atividades regulares e protocolares do
cotidiano)
Development and applications of the SWAN rating
scale for assessment of attention deficit hyperactivity
disorder: a literature review
C. Brites1
, C.A. Salgado-Azoni2
, T.L. Ferreira3
, R.F. Lima3
and S.M. Ciasca3
1
Laboratório de Dificuldades e Distúrbios de Aprendizagem e Transtornos de Atenc¸ão (DISAPRE),
UNICAMP, Campinas, SP, Brasil
2
Departamento de Fonoaudiologia e Patologias da Linguagem, Centro de Ciências da Saúde,
Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal, RN, Brasil
3
Departamento de Neurologia, Faculdade de Ciências Médicas, UNICAMP, Campinas, SP, Brasil
Abstract
This study reviewed the use of the Strengths and Weaknesses of Attention-Deficit/Hyperactivity-symptoms and Normal-
behaviors (SWAN) rating scale in diagnostic and evolutive approaches to attention deficit hyperactivity disorder (ADHD) and in
correlational studies of the disorder. A review of articles published in indexed journals from electronic databases was conducted
and 61 articles on the SWAN scale were analyzed. From these, 27 were selected to a) examine use of SWAN in research on
attention disorders and b) verify evidence of its usefulness in the areas of genetics, neuropsychology, diagnostics, psychiatric
comorbidities, neuroimaging, pharmacotherapy, and to examine its statistical reliability and validity in studies of diverse
populations. This review of articles indicated a growing use of the SWAN scale for diagnostic purposes, for therapy, and in
research on areas other than ADHD, especially when compared with other reliable scales. Use of the scale in ADHD diagnosis
requires further statistical testing to define its psychometric properties.
Key words: SWAN rating scale; Behavioral scale; Attention; Attention deficit hyperactivity disorder; Neuropsychology;
Hyperactivity
Introduction
Attention deficit hyperactivity disorder (ADHD) affects
5-6% of the child and adolescent (age 6 to 12 years)
population (1). Its symptoms include excessive attention
deficit, hyperactivity, and impulsiveness, all of which
cause considerable social, emotional, and academic
problems. Such symptoms cause difficulties with school
standards and references based on scientific, statistical,
and neuroimaging studies, as research has focused on
the search for endophenotypes and markers that can
further delineate physiopathological and diagnostic methods
(5-7). The growing use of multi-applicable assessment
questionnaires (those that can be administered by parents,
Brazilian Journal of Medical and Biological Research (2015) 00(00): 1-8, http://dx.doi.org/10.1590/1414-431X20154528
ISSN 1414-431X Review
Eur Child Adolesc Psychiatry [Suppl 1]
15:I/46–I/55 (2006) DOI 10.1007/s00787-006-1007-8
Prof. Dr. M. Döpfner (!)
Dept. of Child and Adolescent Psychiatry
University of Cologne
Robert Koch Str.10
50931 Köln, Germany
Tel.:+49-221-4786905
Fax: +49-221-4783962
E-Mail: manfred.doepfner@uk-koeln.de
H.-C. Steinhausen
Dept. of Child and Adolescent Psychiatry
University of Zürich, Switzerland
D. Coghill
Section of Psychiatry
Division of Pathology and Neuroscience
University of Dundee
Scotland, UK
S. Dalsgaard
Dept. of Child and Adolescent Psychiatry
University of Aarhus, Denmark
L. Poole
Eli Lilly and Company
Basingstoke, Hampshire, UK
S. J. Ralston
Employed by Eli Lilly  Co. at the time
* Members of the ADORE Study Group G Bal-
dursson, D Coghill, P Curatolo, S Dalsgaard,
M Döpfner, B Falissard, A Hervas, MF Le
Heuzey, TS Nøvik, RR Pereira, U Preuss, S
Ralston, P Rasmussen, AW Riley, A Rothen-
berger, G Spiel, HC Steinhausen, L Vlasveld
■ Abstract Objectives To provide
psychometric information on the
Attention-Deficit/Hyperactivity
Disorder (ADHD) Rating Scale-IV
(ADHD-RS-IV) in a large popula-
tion of children with ADHD.
Methods Patients aged 6–18 years
(n=1,478 in baseline analysis)
were rated by 244 physicians on the
ADHD-RS-IV based on a semi-
structured interview with the pa-
tient’s parent. Physicians addition-
ally rated functional impairment
(CGAS) and health status (CGI-S),
and parents rated their child’s be-
national sub-samples and in sepa-
rate analyses for boys and younger
children. Good internal consisten-
cies, strong country effects and
small effects of age were found.
Based on ADHD-RS-IV, 88.5% of
patients met the criteria for any
ADHD diagnosis. Correlations be-
tween ADHD-RS-IV and measures
of functional impairment were low
but statistically significant. The
correlations with SDQ and CHIP-
CE scales confirm the convergent
and divergent validity of ADHD-
RS-IV. Conclusions Impressive evi-
dence for the cross-cultural factor-
ial validity, internal consistency as
well as convergent and divergent
validity of ADHD-RS-IV was
found.ADHD can be assessed reli-
ably and validly in routine care
across Europe. The ICD-10 3-factor
Manfred Döpfner
Hans-Christoph Steinhausen
David Coghill
Søren Dalsgaard
Lynne Poole
Stephen J. Ralston
Aribert Rothenberger
ADORE Study Group*
Cross-cultural reliability and validity of
ADHD assessed by the ADHD Rating Scale
in a pan-European study
TRATAMENTO	
MEDICAÇÃO	
PSICOTERAPIA  
COMPORTAMENTAL	
SUPORTE  ESCOLAR	
SUPORTE  FONOAUDIOLÓGICO  E  
PSICOPEDAGÓGICO	
MULTIDISCIPLINAR
Medicação	
• Psicoestimulantes : metilfenidato e lysdexanfetamina
• Antidepressivos: Imipramina, nortriptilina e clomipramina
• Alfa-adrenérgicos: clonidina
• Antipsicóticos: risperidona
• Bupropiona
• Guanfacina
• Atomoxetina
Psicoestimulantes	
• 1a Linha no tratamento em todos os Guidelines/
Protocolos Internacionais e Consensos
• Segurança e eficácia
• Melhora tanto a atenção quando comportamento
• Efeitos colaterais de introdução
• Efeitos colaterais a longo prazo ( ADDUCCE )
Official Journal of the Brazilian Psychiatric Association
Volume 34 • Number 4 • December/2012
Psychiatry
Revista Brasileira de Psiquiatria
Rev Bras Psiquiatr. 2012;34:513-516
O TDAH é subtratado no Brasil
1516-4446 - ©2012 Elsevier Editora Ltda. All rights reserved.
doi: 10.1016/j.rbp.2012.04.002
Carta aos Editores
Caro Editor,
A crescente conscientização acerca do transtorno de
GpÀFLWGHDWHQomRHKLSHUDWLYLGDGH 7'$+ VHMDUHODFLRQDGD
jVFDPSDQKDVÀQDQFLDGDVSRUDVVRFLDo}HVPpGLFDVJUXSRV
de autoajuda ou empresas farmacêuticas, está associada a
um desejável aumento progressivo no número de pacientes
GLDJQRVWLFDGRV H WUDWDGRV +i HQWUHWDQWR SUHRFXSDo}HV
acerca do tratamento excessivo, particularmente em cri-
DQoDVHDGROHVFHQWHV(VVDVSUHRFXSDo}HVVmRPXLWDVYH]HV
conduzidas pela mídia, de maneira alarmante.
Os estimulantes são a primeira linha de tratamento para o
TDAH em crianças em idade escolar, adolescentes e adultos. O
aumento recente nas vendas desses fármacos no Brasil atraiu
a atenção da comunidade para a possibilidade de tratamento
H[FHVVLYR3DUDYHULÀFDUPRVVHRQ~PHURWRWDOGHHVWLPXODQWHV
vendidos no Brasil em 2009 e 2010 corresponde a um número
maior que o esperado de pacientes com TDAH em tratamento,
realizamos uma análise dos dados disponíveis de duas empresas
farmacêuticas no país que estavam comercializando estimulan-
tes durante esse período. Estimamos o número de indivíduos
que estariam sob tratamento contínuo, considerando que um
paciente tomaria apenas um comprimido por dia, (mesmo para
metilfenidato 10 mg, de liberação imediata, que deve ser admi-
nistrado duas ou três vezes ao dia) por 22 dias por mês, durante
10 meses por ano. É importante observar que consideramos o
número mínimo de dias de uso para um tratamento adequado,
ou seja, que todos os pacientes interromperiam o uso de
PHGLFDPHQWRVWDPEpPGXUDQWHRYHUmRHDRVÀQVGHVHPDQD
Em 2009, 1.413.460 caixas de metilfenidato foram vendidas
no Brasil, o que representa 32.986.110 comprimidos. Em 2010,
1.674.372 caixas de metilfenidato foram vendidas no Brasil, o
que representa 40.585.870 pílulas (dados fornecidos pela IMS/
+HDOWKDUH0HDVXUHPHQW 8VDQGRXPDGHÀQLomRQRVVDEDV-
tante liberal de tratamento contínuo (1 comprimido por dia,
22 dias por mês, durante 10 meses por ano), de acordo com as
normas de tratamento, calculamos que de 149.937 a 184.481
indivíduos poderiam estar sob tratamento contínuo em 2009 e
2010, respectivamente.
Em seguida, calculamos o número esperado de indivíduos
com TDAH no Brasil, levando em conta os dados mais atuais
VREUHDSRSXODomRRÀFLDOIRUQHFLGRVSHOR,%*(  'HVWD
vez, para fazermos uma análise extremamente conservadora,
considerou-se a estimativa de prevalência mais baixa detectada
HPXPHVWXGRHSLGHPLROyJLFREUDVLOHLUR   *RRGPDQHWDO1
),
apesar de recente meta-análises feitas mundialmente com taxas
de TDAH de aproximadamente 5,3% para jovens e 2,5% para adul-
tos (Polanczyk et al. 2
; Simon et al.3
). Segundo estas estimativas
bastante conservadoras para o TDAH na população, pelo menos
924.732 pessoas são afetadas pelo TDAH no Brasil (tabela 1).
Tabela 1 1~PHURPi[LPRGHSDFLHQWHVVREWUDWDPHQWRFRQWtQXRHPQR%UDVLOHRQ~PHURSUHYLVWRGH
indivíduos com TDAH baseado na prevalência das estimativas mais conservadoras
Faixa etária População brasileira * Prevalência estimada
do TDAH
Número estimado dos
indivíduos com TDAH
no Brasil
Número estimado de
pacientes com TDAH
sob tratamento em
2009**
Número estimado de
pacientes com TDAH
sob tratamento em
2010**
5 a 19 anos 49.127.006 0,9% 442.143 - -
20 a 59 anos 107.242.035 0,45% 482.589 - -
60 anos ou mais 20.590.599 1$ - - -
TOTAL 924.732 149.937 184.481
'DGRVGR,%*( ZZZLEJHJRYEU  2VQ~PHURVGHFRPSULPLGRVYHQGLGRVQR%UDVLOHPIRUDPHeFRQVLGHUDGR
tratamento se o indivíduo ingerir uma pílula por dia (independente da dosagem ou preparação farmacêutica) por 22 dias por mês, 10 meses por ano.
                                                                  (Maios,  Rohde  e    
                                                                                                                                                        Polanczyk,  2012)
Metilfenidato: influência da notificação de receita A (cor amarela)
sobre a prática de prescrição por médicos brasileiros
ElisaldoA. Carlini1
Solange A. Nappo1
Vagner Nogueira2
Fernando G. M. Naylor2
Recebido: 28/10/2002 Aceito: 6/1/2003
RESUMO
Oitocentos e noventa e dois médicos, entre eles neurologistas (463) e psiquiatras (411), responderam a um questionário
sobre a prescrição do metilfenidato para o transtorno do déficit de atenção e hiperatividade (TDAH).
A maioria dos médicos relatou a ocorrência esporádica de reações adversas não-sérias, tais como dor de cabeça,
emagrecimento, inapetência, hiperexcitabilidade, taquicardia, etc; apenas seis médicos, entretanto, relataram casos
que poderiam levar à suspeita de dependência, embora nenhum deles satisfizesse os critérios da CID-10 para tal.
A grande maioria opinou que a exigência da notificação de receita A (amarela) é inadequada, criando preconceitos em
relação à condição dos pacientes e amedrontando seus parentes. Relatam ainda que tal classificação dificulta a prescrição
do medicamento, fazendo muitas vezes com que o metilfenidato se torne a segunda opção para o tratamento de TDAH,
além de tornar o produto pouco disponível nas farmácias e dificultar o trabalho dos profissionais. Isso faz com que a
adesão ao tratamento se torne mais difícil, pois, além dos vários entraves burocráticos para se adquirir o medicamento,
há também o medo por parte dos familiares e do próprio paciente de estar tomando tal medicação.
Neurologistasepsiquiatrasargumentamqueocontroledometilfenidatodeveexistir,mas,emsetratandodeummedicamento
prescrito por especialistas e de não possuir grande potencial de dependência, o receituário azul já seria suficiente para o
controle adequado. A classificação do metilfenidato, juntamente com as anfetaminas e com o princípio ativo da maconha
(dronabinol), é uma outra questão levantada, sendo tal fato para grande parte dos profissionais uma total incoerência.
Unitermos: Metilfenidato; Prescrições; Medicamentos controlados; Transtorno do déficit de atenção e hiperatividade.
ABSTRACT
Four hundred and sixty three brazilian neurologists and 411 brazilian psychiatrists answered a questionnaire aimed
at to obtain information on the prescription of methylphenidate for the treatment of the Attention Deficit and
Hyperactivity Disorder.
The majority of the doctors reported the erratic occurrence of a few non serious adverse reactions such as headache,
weight loss, inapetence, hyperexcitability and tachycardia. On the other hand, only six doctors reported cases that
cold raise a suspicion of drug dependence, although none of these six cases satisfied the ICD-10 criteria for dependence.
The vast majority of the medical doctors manifested the opinion that the especial prescriptions the “Notifications A”
Rev Saúde Pública 2015;49:32
Uso de metilfenidato em
crianças com transtorno
de déficit de atenção e
hiperatividade
Methylphenidate use in children
with attention deficit hyperactivity
disorder
I
Unidade de Psiquiatria da Infância e
Adolescência. Departamento de Psiquiatria.
Universidade Federal de São Paulo. São
RESUMO
O Boletim Brasileiro de Avaliação de Tecnologias em Saúde (BRATS), em
matéria sobre as evidências científicas da eficácia e segurança do metilfenidato
para o transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH), gerou
controvérsias sobre sua metodologia. Considerando a relevância do BRATS
para a saúde pública no Brasil, realizou-se análise crítica dessa matéria ao
refazer a busca do BRATS e discutir sua metodologia e achados. Foram
respondidas duas perguntas: o BRATS incluiu todas as referências disponíveis
na literatura?As conclusões refletiram os textos revisados? Identificou-se que
o BRATS não incluiu todas as referências da literatura sobre o tema e que as
conclusões propostas estão diferentes dos resultados dos artigos escolhidos
pelos próprios autores do BRATS. Os artigos selecionados pelos autores
Comentário DOI:10.1590/S0034-8910.2015049005966
Felipe Salles Neves MachadoI
Sheila Cavalcante CaetanoI
Ana Gabriela HounieI
Sandra ScivolettoII
Mauro MuszkatIII
Ivete Gianfaldoni GattásI
Erasmo Barbante CasellaIV
Ênio Roberto de AndradeII
Guilherme Vanoni PolanczykII
Maria Conceição do RosárioI
BRIEF COMMUNICATION
The Brazilian policy of withholding treatment for ADHD is
probably increasing health and social costs
Carlos R. Maia,1
Steffan F. Stella,2
Paulo Mattos,3
Guilherme V. Polanczyk,4
Carisi A. Polanczyk,1,2
Luis A. Rohde1
1
Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Porto Alegre, RS, Brazil. 2
Instituto de Avaliação de Tecnologia em Saúde (IATS),
Porto Alegre, RS, Brazil. 3
Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Rio de Janeiro, RJ, Brazil. 4
Universidade de São Paulo (USP), São
Paulo, SP, Brazil.
Objective: To estimate the economic consequences of the current Brazilian government policy for
attention-deficit/hyperactivity disorder (ADHD) treatment and how much the country would save if
treatment with immediate-release methylphenidate (MPH-IR), as suggested by the World Health
Organization (WHO), was offered to patients with ADHD.
Method: Based on conservative previous analyses, we assumed that 257,662 patients aged 5 to 19
years are not receiving ADHD treatment in Brazil. We estimated the direct costs and savings of
treating and not treating ADHD on the basis of the following data: a) spending on ADHD patients
directly attributable to grade retention and emergency department visits; and b) savings due to impact
of ADHD treatment on these outcomes.
Results: Considering outcomes for which data on the impact of MPH-IR treatment are available,
Brazil is probably wasting approximately R$ 1.841 billion/year on the direct consequences of not
treating ADHD in this age range alone. On the other hand, treating ADHD in accordance with WHO
recommendations would save approximately R$ 1.163 billion/year.
Conclusions: By increasing investments on MPH-IR treatment for ADHD to around R$ 377 million/
year, the country would save approximately 3.1 times more than is currently spent on the
consequences of not treating ADHD in patients aged 5 to 19 years.
Keywords: attention-deficit/hyperactivity disorder; social and political issues; costs and cost
analysis; child psychiatry; central nervous system stimulants
Introduction
Attention-deficit/hyperactivity disorder (ADHD) generates
huge direct and indirect costs for countries worldwide.
Considering that immediate-release methylphenidate
MPH-IR is covered by the Exceptional Circumstance
Drug Dispensing Program of Brazil, and is thus included
in a formulary of treatments funded in part by the Brazilian
federal government and 50% by states. Despite wide
coverage by the Program, greater attention to psychiatric
Revista Brasileira de Psiquiatria. 2015;37:67–70
! 2015 Associação Brasileira de Psiquiatria
doi:10.1590/1516-4446-2014-1378
Psicologia: Teoria e Pesquisa
Out-Dez 2010, Vol. 26 n. 4, pp. 717-724
Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade em Crianças:
Uma Revisão Interdisciplinar
Letícia de Faria Santos1
Laércia Abreu Vasconcelos
Universidade de Brasília
RESUMO – O presente artigo revisa criticamente o amplo escopo da literatura relacionada aos critérios diagnósticos, bases
etiológicas e tratamentos farmacológico e comportamental do transtorno do déficit de atenção e hiperatividade (TDAH) em
crianças. Foram consultadas as bases eletrônicas MedLine, Lilacs, PsycINFO e PubMed nas últimas três décadas. Os resultados
dessa revisão apontam para uma predominância do critério diagnóstico baseado no Manual Diagnóstico e Estatístico das Doenças
Mentais, bem como a necessidade de uma maior interação entre variáveis biológicas e comportamentais na compreensão das bases
etiológicas e de tratamento deste transtorno. Sugestões para maximizar a eficácia desta interação são apresentadas e discutidas.
Palavras-chave: transtorno do déficit de atenção e hiperatividade (TDAH); revisão; etiologia; tratamentos.
Attention Deficit Hyperactivity Disorder (ADHD) in Children:
An Interdisciplinary Review
ABSTRACT – This article critically reviews the broad scope of literature related to diagnostic criteria, the etiological basis
as well as the pharmacological and behavioral treatments of the Attention Deficit Hyperactivity Disorder (ADHD) in children.
The electronic databases Medline, LILACS, PsycINFO and PubMed of the last three decades were consulted. The results of
this review indicated a predominance of diagnostic criteria based on the Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders,
and the necessity of an increased interaction between biological and behavioral variables in understanding the etiological
basis and treatment of this disorder. Suggestions to maximize the effectiveness of this interaction are presented and discussed.
Keywords: attention deficit hyperactivity disorder (ADHD); review; treatments.
O Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade
(TDAH) é hoje um dos temas mais estudados em crianças em
idade escolar. Estima-se que ele apresente uma das principais
fontes de encaminhamento de crianças ao sistema de saúde
(Barkley, 2008). A compreensão conjunta das bases bioló-
gicas e comportamentais que contribuem para o desenvol-
Histórico da Nomenclatura e Etiologia do TDAH
As constantes alterações na nomenclatura e compreensão
do TDAH parecem representar diferentes focos das pesquisas
de cada época com suas diferentes explicações (Phelan, 2005;
Rohde, Barbosa, Tramontina,  Polanxzyk, 2000). Em 1865,
Back to old version
Journal of Child Psychology and Psychiatry
Practitioner Review: Current best practice in the management of
adverse events during treatment with ADHD medications in children and
adolescents
First published:
7 January 2013 Full publication history
DOI:
10.1111/jcpp.12036
Citing literature
Volume 54, Issue 3
March 2013
Pages 227–246
Samuele Cortese, Martin Holtmann, Tobias Banaschewski, Jan Buitelaar, David Coghill, Marina Danckaerts,
Ralf W. Dittmann, John Graham, Eric Taylor, Joseph Sergeant, on behalf of the European ADHD Guidelines Group
Article
Nonpharmacological Interventions for ADHD:
Systematic Review and Meta-Analyses of
Randomized Controlled Trials of Dietary
and Psychological Treatments
Edmund J.S. Sonuga-Barke, Ph.D.
Daniel Brandeis, Ph.D.
Samuele Cortese, M.D., Ph.D.
David Daley, Ph.D.
Maite Ferrin, M.D., Ph.D.
Martin Holtmann, M.D.
Jim Stevenson, Ph.D.
Marina Danckaerts, M.D., Ph.D.
Saskia van der Oord, Ph.D.
Manfred Döpfner, Ph.D.
Ralf W. Dittmann, M.D., Ph.D.
Emily Simonoff, M.D.
Alessandro Zuddas, M.D.
Tobias Banaschewski, M.D., Ph.D.
Jan Buitelaar, M.D., Ph.D.
Chris Hollis, M.D.
Eric Konofal, M.D., Ph.D.
Michel Lecendreux, M.D.
Ian C.K. Wong, Ph.D.
Joseph Sergeant, Ph.D.
European ADHD Guidelines
Group
Objective: Nonpharmacological treat-
ments are available for attention deficit
hyperactivity disorder (ADHD), although
their efficacy remains uncertain. The au-
thors undertook meta-analyses of the
efficacy of dietary (restricted elimination
diets, artificial food color exclusions, and
free fatty acid supplementation) and psy-
chological (cognitive training, neurofeed-
back, and behavioral interventions) ADHD
treatments.
Method: Using a common systematic
search and a rigorous coding and data
extraction strategy across domains, the
authors searched electronic databases to
identify published randomized controlled
trials that involved individuals who were
diagnosed with ADHD (or who met a vali-
Results: Fifty-four of the 2,904 nondupli-
cate screened records were included in
the analyses. Two different analyses were
performed. When the outcome measure
was based on ADHD assessments by rat-
ers closest to the therapeutic setting, all
dietary (standardized mean differences=
0.21–0.48) and psychological (standard-
ized mean differences=0.40–0.64) treat-
ments produced statistically significant
effects. However, when the best probably
blinded assessment was employed, effects
remained significant for free fatty acid
supplementation (standardized mean dif-
ference=0.16) and artificial food color
exclusion (standardized mean differ-
ence=0.42) but were substantially attenu-
ated to nonsignificant levels for other
treatments.
Conclusions: Free fatty acid supplemen-
tation produced small but significant re-
ductions in ADHD symptoms even with
probably blinded assessments, although
the clinical significance of these effects
remains to be determined. Artificial food
color exclusion produced larger effects
but often in individuals selected for food
sensitivities. Better evidence for efficacy
from blinded assessments is required
for behavioral interventions, neurofeed-
back, cognitive training, and restricted
elimination diets before they can be
Na  hora  das  tarefas….	
• Sentar do lado
• Roteiro mnemônico
• Organizar materiais
• Estruturar semana, horários e assuntos prioritários…
• Pais devem acompanhar as tarefas
(ABDA, 2016; Benczik, 2009)
Terapia  psicológica  	
• Deve ser predominantemente comportamental
• Reforço de laços afetivos
• Desenvolver habilidades sociais
• Conhecer a si mesmo ( auto-conceito e
assertividade)
• Intervir nas funções executivas
• Resultados a médio e longo prazo
(MTA, 1999; Ciasca e cols., 2008)
Quando  a  Fono  e  a  
Psicopedagoga  entram??	
• Atrasos fonológicos e fonoarticulatórios
• Dificuldades e lacunas em aprendizagem de
leitura-escrita-matemática
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(Tannock, 2008; Benczik, 2008)
Literatura  sugerida  	
• Transtornos de Desenvolvimento: da Identificação
Precoce `as Estratégias de Intervenção (2014)
Sylvia Maria Ciasca, Sônia da Dores Rodrigues e Cintia Alves Salgado-Azoni
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Interdisciplinaridade (2015)
Sylvia Maria Ciasca, Sônia das Dores Rodrigues, Cintia Alves Salgado-Azoni
e Ricardo Franco de Lima
• TDAH : Princípios e Práticas (2012)
Paulo Mattos e Luiz Augusto Rohde
Muito  Obrigado  !!!	
• http://lattes.cnpq.br/6795049538506618
• drclayneuroped@yahoo.com.br
• www.neurosaber.com.br
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Não podemos esquecer que outros critérios são necessários para se fazer o diagnóstico. Por isso é muito importante saber que não podemos fazer diagnóstico de TDAH apenas com os sintomas descritos no ASRS-18.

  • 1. DIAGNOSTICANDO e TRATANDO O TRANSTORNO DE DÉFICIT DE ATENÇÃO E HIPERATIVIDADE (TDAH) Dr. Clay Brites
  • 2. TDAH • Transtorno Neurobiológico e de Desenvolvimento • Afeta 5-6% da população infantil e 3 % adultos (Polanczyk, 2007) • Mais comum em meninos (4:1) • Início antes dos 12 anos em 95% dos casos e 50% antes dos 7 anos (Kieling e cols., 2012)
  • 3. Por  que  o  diagnóstico  ? • Sem tratamento: risco elevado de baixo rendimento escolar, inadequação social e problemas afetivos (Rohde, 2004; Ciasca, 2008) • Ciclo de vida: Alto risco de evasão escolar, delinquência, acidentes de trânsito, envolvimento com drogas e problemas com a Justiça (Barkley, 2000) • Afeta o desenvolvimento de habilidades sociais e acadêmicas, reduz adaptabilidade em atividades que exigem flexibilidade mental e memória sequencial (Biederman, 2006; Coghill, 2008)
  • 6. The image cannot be displayed. Your computer may not have enough memory to open the image, or the image may have been corrupted. Restart your computer, and then open the file again. If the red x still appears, you may have to delete the image and then insert it again. Neuroimagem   (Brites  e  Sergeant,  in  press)
  • 7. Castellanos et al., Biological Psychiatry, 2007, in press p = 3 x 10-11 Precuneus is involved in high-level integration between posterior association processes and anterior executive functions (Cavanna Trimble, Brain, 2006; p. 578); our findings suggest that structural and functional circuits linking the dACC to precuneus and PCC may represent small-world network long-range connections that should be considered as a candidate locus of dysfunction in ADHD. Castellanos,  2005
  • 9. Maturação cerebral TDAH x Controles (Shaw,2007)
  • 10. TDAH:  passos  para  o   diagnóstico • Conhecer muito bem o transtorno • Aspectos neurodesenvolvimentais • Importância da História Familiar • Impacto dos sintomas na vida do portador e seus pares tanto em casa quanto na escola • Cronicidade do prejuízo dentro e fora da escola • Influência na aprendizagem escolar • Perfil neuropsicológico • Diferenciar atenção normal para a idade e em comparação aos seus pares • Fatores de risco ambientais
  • 11. Conhecer  bem  o   transtorno • Sinais precoces do TDAH • Critérios Diagnósticos (DSM-5, 2013) • Escalas de avaliação estruturadas • Comorbidades • Interface dos sintomas com os prejuízos
  • 12. Sinais  precoces  do  TDAH • Inquietude excessiva • Distúrbios do sono • Irritabilidade • Excessiva dificuldade em seguir regras e rotinas • Criança centralizadora • Atraso no desenvolvimento motor e da linguagem • Problemas alimentares • Pouca persistência em atividades lúdicas e sociais • Traumas recorrentes (Brites, 2015)
  • 14. CRITÉRIOS  DIAGNÓSTICOS     (DSM-­‐‑5,    2013) DÉFICIT DE ATENÇÃO HIPERATIVIDADE E IMPULSIVIDADE • Desatenção a detalhes e erros • Dificuldade em sustentar atenção • Parece não ouvir • Dificuldade com instruções, regras e prazos • Desorganização • Evita/reluta tarefas de esforço mental • Perde, esquece objetos • Alta distractibilidade • Não automatiza tarefas do cotidiano • Movimento excessivo do corpo durante postura • Dificuldade em permanecer sentado • Sobe, escala, exposição em perigos • Acelerado para as atividades • Faz tudo “a mil” • Fala demais e se intromete • Responde antes de concluir perguntas • Dificuldade em esperar • Interrompe inoportunamente
  • 15. TDAH  :  Critérios   Diagnósticos DSM – IV (1994) DSM - V 6 critérios desatenção e/ou 6 critérios de hiperatividade-impulsividade 7 anos com prejuízos Prejuízos afetivos sociais e culturais Descarta-se EZ, TEA e DI Idade de início :12 anos Sintomas Prejuízos Vários sintomas devem estar presentes antes dos 12 anos (95% dos sintomas antes dos 12 e 50% antes dos 7 anos- Kieling, 2010) Comorbidade com EZ,TEA,DI
  • 16. Cronicidade PREJUÍZOS DENTRO DA ESCOLA E FORA DA ESCOLA • Baixo rendimento • Oscilação de rendimento • Aquisição irregular e lacunas de conteúdo • Déficit de habilidades de leitura e escrita • Problemas comportamentais • Reprovação e Evasão • Habilidades sociais inadequadas • Tendência a se envolver com más companhias • Perda de oportunidades • Imaturidade e dependência excessiva dos pais • Dificuldade com o erro
  • 17. BioMed Central Child and Adolescent Psychiatry and Mental Health Open Access Research Impact of attention-deficit/hyperactivity disorder on the patient and family: results from a European survey David Coghill*1, Cesar Soutullo2, Carlos d'Aubuisson3, Ulrich Preuss4, Trygve Lindback5, Maria Silverberg6 and Jan Buitelaar7 Address: 1Centre for Child Health, 19 Dudhope terrace, Dundee, Scotland, DD3 6HH, UK, 2Child and Adolescent Psychiatry Unit, Clínica Universitaria, University of Navarra, Pio XII, 36. 31080-Pamplona, Spain, 3Mühlenstrasse 61, 49324 Melle, Germany, 4Universitätsklinik für Kinder-undJugendpsychiatrie Psychotherapie Bern, Effingerstrasse 12, CH-3011 Bern, Switzerland, 5Ostadalsveien 58, 0753 Oslo, Norway, 6överläkare, tf enhetschef, BUP Signal, Observatoriegatan 18, 113 29 Stockholm, Sweden and 7UMC St. Radboud (966), Department of Psychiatry, Nijmegen, the Netherlands Email: David Coghill* - d.r.coghill@dundee.ac.uk; Cesar Soutullo - csoutullo@unav.es; Carlos d'Aubuisson - carlos.cordero-da@t-online.de; Ulrich Preuss - ulrich.preuss@kjp.unibe.ch; Trygve Lindback - tlindbac@getmail.no; Maria Silverberg - maria.silverberg-morse@sll.se; Jan Buitelaar - J.Buitelaar@psy.umcn.nl * Corresponding author Abstract Background: Children with attention-deficit/hyperactivity disorder (ADHD) often experience problems with education, interaction with others and emotional disturbances. Families of ADHD children also suffer a significant burden, in terms of strain on relationships and reduced work productivity. This parent survey assessed daily life for children with ADHD and their families. Method: This pan-European survey involved the completion of an on-line questionnaire by parents of children (6–18 years) with ADHD (ADHD sample) and without ADHD (normative population sample). Parents were questioned about the impact of Published: 28 October 2008 Child and Adolescent Psychiatry and Mental Health 2008, 2:31 doi:10.1186/1753-2000-2-31 Received: 23 June 2008 Accepted: 28 October 2008 This article is available from: http://www.capmh.com/content/2/1/31 © 2008 Coghill et al; licensee BioMed Central Ltd. This is an Open Access article distributed under the terms of the Creative Commons Attribution License (http://creativecommons.org/licenses/by/2.0), which permits unrestricted use, distribution, and reproduction in any medium, provided the original work is properly cited.
  • 18. ADHD and risky sexual behavior in adolescents: Conduct problems and substance use as mediators of risk Dustin E. Sarver, Curry School of Education, Center to Promote Effective Youth Development (Youth-Nex) University of Virginia, Charlottesville, VA, USA Michael R. McCart, Family Services Research Center, Department of Psychiatry Behavioral Sciences, Medical University of South Carolina, Charleston, SC, USA Ashli J. Sheidow, and Family Services Research Center, Department of Psychiatry Behavioral Sciences, Medical University of South Carolina, Charleston, SC, USA Elizabeth J. Letourneau Department of Mental Health, Bloomberg School of Public Health, Johns Hopkins University, Baltimore, MD, USA Abstract Background—Recent studies have linked attention-deficit/hyperactivity disorder (ADHD) to elevated rates of risky sexual behavior (RSB) in adult samples. The current study tested whether ADHD symptoms were associated with RSB among adolescents, and examined comorbid conduct problems and problematic substance use as joint mediators of this association. Methods—ADHD symptoms, conduct problems (oppositional defiant disorder/conduct disorder symptoms), problematic alcohol use (alcohol use disorder symptoms, alcohol use frequency), problematic marijuana use (marijuana use disorder symptoms, marijuana use frequency), and RSB were assessed among an ethnically diverse cross-sectional sample of adolescents (N=115; mean HHS Public Access Author manuscript J Child Psychol Psychiatry. Author manuscript; available in PMC 2015 June 24. Published in final edited form as: J Child Psychol Psychiatry. 2014 December ; 55(12): 1345–1353. doi:10.1111/jcpp.12249. Author Manuscript Author Manuscript Author Manuscript
  • 19. ORIGINAL ARTICLE Validation of the adult attention-deficit/hyperactivity disorder quality-of-life scale in European patients: comparison with patients from the USA Meryl Brod • Lenard A. Adler • Sarah Lipsius • Yoko Tanaka • Alexandra N. Heinloth • Himanshu Upadhyaya Received: 21 May 2014 / Accepted: 3 December 2014 ! The Author(s) 2015. This article is published with open access at Springerlink.com Abstract The adult attention-deficit/hyperactivity disor- der (ADHD) quality-of-life (AAQoL) scale was previously validated in adult patients in the USA; here, the AAQoL is validated in adult European patients. Data from a 12-week open-label acute treatment period with atomoxetine (80–100 mg/day) in adults with ADHD were used. Patients (C18 to B50 years old) had a score C2 on C6 items on the inattentive or hyperactive core subscales of Conners’ Adult ADHD Rating Scale-Investigator Rated: Screening Version (CAARS-Inv:SV); a CAARS-Inv:SV 18-item total ADHD symptom score C20; and Conners’ Adult ADHD Rating Scale-Observer: Screening Version 6-item inattentive or hyperactive core subscale scores C2. Data were stratified based on patients’ geographic region (Europe vs USA). Scale validation psychometric properties results were very similar between European (n = 1,217; 57.7 % male; mean age 33.0 years) and US (n = 602; 62.1 % male; mean age 33.5 years) patients, including factor loading, internal consistency, convergent and discriminant validity, and responsiveness. Exploratory factor analysis confirmed four AAQoL subscales. Internal consistency was acceptable (Cronbach’s alpha [ 0.70 for all subscales). The AAQoL total score showed moderate convergent validity with CAARS-Inv:SV 18-item total ADHD symptom and clini- cal global impression-ADHD-severity (CGI-ADHD-S) scores; and strong convergent validity with Behavior Rat- ing Inventory of Executive Function—Adult Version: Self- Report Global-Executive-Composite Index scores. Mean AAQoL total scores were significantly different among patients grouped by CGI-ADHD-S scores, suggesting good discriminant validity. The AAQoL total and subscale scores presented good responsiveness from baseline to 12 weeks. The AAQoL scale shows comparable validity in European and US adults with ADHD. The study was registered at: http://clinicaltrials.gov/ct2/home under NCT00700427: A Long Term Study of a Medication for Adults With ADHD Atten Def Hyp Disord DOI 10.1007/s12402-014-0160-z
  • 20. Tipos  de  TDAH Puramente Desatento Combinado • Quieto • Introspectivo • Pouco assertivo • Não persiste / desiste fácil (“preguiçoso”) • Isolamento frequente • Baixo rendimento em atividades estruturadas • Esquecimento frequente • Incomoda e atrapalha • Explosivo • Avesso `as frustrações e `a espera • Expulsões e intercorrências disciplinares • Desorganização recorrente • Exclusão familiar
  • 21. Aspectos  Neuropsicológicos   ■ Funções  execu5vas   ■ Atenção  sele5va  e  sustentada   ■ Memória  de  trabalho  verbal  e  não-­‐verbal   ■ Esforço  e  auto-­‐engajamento   ■ Mo5vação   ■ Nível  de  estado  de  vigilância   ■ Frustração/Recompensa/Tempo                                                                                                                (Coghill,  2010;  Sergeant,  2011)  
  • 22. Efeitos  Neuropsicológicos   Déficit  de  Atenção/Hipera5vidade/ Impulsividade   Disfunção  de   Controle   Inibitório   Dificuldade   de  Auto-­‐ engajamento   Alteração  na   memória  de   trabalho  
  • 23. Passolunghi,  Marzocchi    Fiorillo,  2005;  Baddeley,  1986;  Baddeley,  1996;   Swanson    Sachse-­‐Lee,  2001  e  Nigg,  2000   Controle   Inibitório   Dificuldade   sele5va  para   informação   relevante   Inabilidade  de   auto-­‐controle    (  jumping  to   conclude  )   Auto-­‐ engajamento   Dificuldade  em  se   manter  em   tarefas  sem   recompensa   Pouca  energia   para  manter   atenção   sustentada   Memória  de   Trabalho   Baixa  eficácia  em   tarefas  com   detalhes   fonológicos   Problemas  em   coordenar   a5vidades   sequenciais  
  • 24. Neuropsychological functioning in children with ADHD: Symptom persistence is linked to poorer performance on measures of executive and nonexecutive function1 THOMAS ROBINSON2 University of Otago GAIL TRIPP* Okinawa Institute of Science and Technology Graduate University Abstract: The present study compared the current intellectual and neuropsychologi- cal functioning of 55 children diagnosed with attention deficit hyperactivity disorder (ADHD group) 4 years earlier with that of an age- and sex-matched control sample. The children in the ADHD group performed less well than the control group on measures of intellectual function, design fluency, spatial organization, and visual memory. Those children who continued to meet DSM-IV criteria for ADHD (persistent ADHD, n = 32) evidenced greater impairment than those showing some symptom remission (ADHD in partial remission, n = 23). These data confirm the presence of neuropsychological deficits in late childhood/early adolescence among those previ- ously diagnosed with ADHD. The data also suggest that greater cognitive impairment is a feature of persistent ADHD. Key words: ADHD, neuropsychology, executive function, persistence. Attention deficit hyperactivity disorder (ADHD) is a persistent and debilitating neuropsychiatric disorder with an estimated worldwide pre- valence of 5% (Polanczyk, de Lima, Horta, pathology of the disorder. Recognition of simi- larities between the behavior of monkeys and human adults with frontal-lobe lesions and symptoms of ADHD led researchers to ques- bs_bs_banner Japanese Psychological Research 2013, Volume 55, No. 2, 154–167 Special issue: Developmental disorders and cognitive science doi: 10.1111/jpr.12005
  • 25. • Humor • Frustrações • Timidez • Irritabilidade •Labilidade  de   humor •Introspecção •Pouca  empatia •Impulsividade • Leitura • Escrita • Aritmética • Interação  social • Regras • Rotinas • Tempo • Expressividade familia escola afetivo social
  • 26. •Avaliação   Psicocognitiva  e   Afetiva •Fonoaudiologia •Psicopedagogia •Perfil   comportamental  e   DNPM,  sono,   prejuizos  afetivos   e  sociais •Relatório  Escolar •Aprendizagem  e   Comportamento •Anamnese •Escalas  SNAP  e   SWAN   •Exame   Complementar Médico Escola Equipe Pais  
  • 27. • Epilepsia (Palmini, 2006) • Cefaléia (Rohde e Mattos,2012) • Obesidade (Fiers et al.,2012; Cortese,2011) • TDC (transtorno do desenvolvimento da coordenação) (Sergeant, 2009) • Atraso de Fala/Linguagem (Tannock, 2013; Ciasca e Salgado, 2008; ) • Psiquiátricas (Rohde, Mattos e Polancsyk, 2011 e 2013; Coghill, 2012; Casella, 2006; Moraes, 2006) • Dificuldades Escolares : Leitura, Escrita e Matemática (Ciasca e cols., 2006; Tannock, 2008; Muskat, 2013; Mattos, 2008; Benczik, 2009) Comorbidades
  • 28. • Psicológica (cognitivo e afetivo) • Psicopedagógica (L-E-A e qualitativamente) • Fonoaudiológica (Linguagem, PAC, investigação de transtornos de aprendizagem) • EEG Avaliações   Complementares
  • 29. } Epilepsia (Palmini, 2006) } Cefaléia (Rohde e Mattos,2012) } Obesidade (Fiers et al.,2012; Cortese,2011) } TDC (transtorno do desenvolvimento da coordenação) (Sergeant, 2009) } Atraso de Fala/Linguagem (Tannock, 2013; Ciasca e Salgado, 2008; ) } Psiquiátricas (Rohde, Mattos e Polancsyk, 2011 e 2013; Coghill, 2012; Casella, 2006; Moraes, 2006) } Dificuldades Escolares : Leitura, Escrita e Matemática (Ciasca e cols., 2006; Tannock, 2008; Muskat, 2013; Mattos, 2008; Benczik, 2009)
  • 30. TDAH      e        Escola ■ 4 – 12% das crianças em fase escolar ■ 10-39% tem dificuldades de leitura/matemática ■ 20-30% tem dificuldades de escrita ■ Risco maior de repetência e evasão (3 – 4 x mais que crianças sem TDAH) ■ Dificuldades de socialização ■ Bullying ■ Drogas e más companhias (Acad Am Ped, 2000; Coghill, 2008; Barkley, 2007; Du Paul, 2006; Mattos e Rohde, 2007; AACAP, 2000)
  • 31. Variabilidade  de   apresentação  na  escola TDAH Com  atraso   pedagógico Sem  atraso pedagógico Associado   a  TA
  • 32. • 1. Não consegue prestar muita atenção a detalhes ou comete erros por descuido nos trabalhos da escola ou tarefas. • 2.Tem dificuldade de manter a atenção em tarefas ou atividades de lazer • 3. Parece não estar ouvindo quando se fala diretamente com ele • 4. Não segue instruções até o fim e não termina deveres de escola, tarefas ou obrigações. • 5. Tem dificuldade para organizar tarefas e atividades • 6. Evita, não gosta ou se envolve contra a vontade em tarefas que exigem esforço mental prolongado. • 7. Perde coisas necessárias para atividades (p. ex: brinquedos, deveres da escola, lápis ou livros). • 8. Distrai-se com estímulos externos 9. É esquecido em atividades do dia-a-dia • 10. Mexe com as mãos ou os pés ou se remexe na cadeira • 11. Sai do lugar na sala de aula ou em outras situações em que se espera que fique sentado • 12. Corre de um lado para outro ou sobe demais nas coisas em situações em que isto é inapropriado • 13. Tem dificuldade em brincar ou envolver-se em atividades de lazer de forma calma • 14. Não pára ou freqüentemente está a “mil por hora”. • 15. Fala em excesso. • 16. Responde as perguntas de forma precipitada antes delas terem sido terminadas • 17. Tem dificuldade de esperar sua vez • 18. Interrompe os outros ou se intromete (p.ex. mete- se nas conversas / jogos). SNAP  –  IV  (Swanson,  1983;  Ma6os,  1995)
  • 33. • Dá muita atenção aos detalhes e evita erros por descuido • Mantém a atenção em tarefas ou atividades lúdicas • Presta atenção quando lhe dirigem a palavra • Segue instruções e conclui trabalhos e tarefas escolares • Organiza tarefas e atividades • Engaja-se em tarefas que exigem esforço mental concentrado • Mantém controle das coisas que são necessárias para a realização de tarefas • (não perde os objetos) • Ignora estímulos externos • Lembra-se das atividades diárias • Senta-se corretamente (controla o movimento das mãos e pés e controla • a agitação) • Permanece sentado (quando exigido pelas regras da classe ou convenções) • Controla a atividade motora (inibe correrias ou o ato de subir nas coisas) • Brinca em silêncio (mantém um nível de ruído razoável) • Acalma-se e descansa (controla atividades constantes) • Controla a atividade verbal (controla conversação excessiva) • Reflete sobre o que lhe é perguntado (controla respostas precipitadas) • Aguarda a vez (espera o momento que lhe é permitido e sabe revezar) • Entra em conversas e jogos sem interromper ou se intrometer SWAN  Rating  Scale     (Swanson  et  al,  2000/2001;    Brites  e  cols.  2015)
  • 34. SWAN  Rating  Scale   (cont.) • Controla seu temperamento • Evita discutir com adultos • Segue os pedidos ou regras ou as instruções dos adultos • Evita deliberadamente fazer coisas que incomodam os outros • Assume a responsabilidade por erros ou mau comportamento Ignora aborrecimentos de outros • Controla a raiva e o ressentimento • Controle sentimento de vingança • Evita brigas • Mantém o foco na tarefa ( não olha para o espaço ou devaneio); • Mantém appropriado nível de energia ( não é lento ou sonolento para atividades sem recompensa) • Envolve-se em atividade dirigida para cumprir um objetivo ( não é apático ou desmotivado para atividades regulares e protocolares do cotidiano)
  • 35. Development and applications of the SWAN rating scale for assessment of attention deficit hyperactivity disorder: a literature review C. Brites1 , C.A. Salgado-Azoni2 , T.L. Ferreira3 , R.F. Lima3 and S.M. Ciasca3 1 Laboratório de Dificuldades e Distúrbios de Aprendizagem e Transtornos de Atenc¸ão (DISAPRE), UNICAMP, Campinas, SP, Brasil 2 Departamento de Fonoaudiologia e Patologias da Linguagem, Centro de Ciências da Saúde, Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal, RN, Brasil 3 Departamento de Neurologia, Faculdade de Ciências Médicas, UNICAMP, Campinas, SP, Brasil Abstract This study reviewed the use of the Strengths and Weaknesses of Attention-Deficit/Hyperactivity-symptoms and Normal- behaviors (SWAN) rating scale in diagnostic and evolutive approaches to attention deficit hyperactivity disorder (ADHD) and in correlational studies of the disorder. A review of articles published in indexed journals from electronic databases was conducted and 61 articles on the SWAN scale were analyzed. From these, 27 were selected to a) examine use of SWAN in research on attention disorders and b) verify evidence of its usefulness in the areas of genetics, neuropsychology, diagnostics, psychiatric comorbidities, neuroimaging, pharmacotherapy, and to examine its statistical reliability and validity in studies of diverse populations. This review of articles indicated a growing use of the SWAN scale for diagnostic purposes, for therapy, and in research on areas other than ADHD, especially when compared with other reliable scales. Use of the scale in ADHD diagnosis requires further statistical testing to define its psychometric properties. Key words: SWAN rating scale; Behavioral scale; Attention; Attention deficit hyperactivity disorder; Neuropsychology; Hyperactivity Introduction Attention deficit hyperactivity disorder (ADHD) affects 5-6% of the child and adolescent (age 6 to 12 years) population (1). Its symptoms include excessive attention deficit, hyperactivity, and impulsiveness, all of which cause considerable social, emotional, and academic problems. Such symptoms cause difficulties with school standards and references based on scientific, statistical, and neuroimaging studies, as research has focused on the search for endophenotypes and markers that can further delineate physiopathological and diagnostic methods (5-7). The growing use of multi-applicable assessment questionnaires (those that can be administered by parents, Brazilian Journal of Medical and Biological Research (2015) 00(00): 1-8, http://dx.doi.org/10.1590/1414-431X20154528 ISSN 1414-431X Review
  • 36. Eur Child Adolesc Psychiatry [Suppl 1] 15:I/46–I/55 (2006) DOI 10.1007/s00787-006-1007-8 Prof. Dr. M. Döpfner (!) Dept. of Child and Adolescent Psychiatry University of Cologne Robert Koch Str.10 50931 Köln, Germany Tel.:+49-221-4786905 Fax: +49-221-4783962 E-Mail: manfred.doepfner@uk-koeln.de H.-C. Steinhausen Dept. of Child and Adolescent Psychiatry University of Zürich, Switzerland D. Coghill Section of Psychiatry Division of Pathology and Neuroscience University of Dundee Scotland, UK S. Dalsgaard Dept. of Child and Adolescent Psychiatry University of Aarhus, Denmark L. Poole Eli Lilly and Company Basingstoke, Hampshire, UK S. J. Ralston Employed by Eli Lilly Co. at the time * Members of the ADORE Study Group G Bal- dursson, D Coghill, P Curatolo, S Dalsgaard, M Döpfner, B Falissard, A Hervas, MF Le Heuzey, TS Nøvik, RR Pereira, U Preuss, S Ralston, P Rasmussen, AW Riley, A Rothen- berger, G Spiel, HC Steinhausen, L Vlasveld ■ Abstract Objectives To provide psychometric information on the Attention-Deficit/Hyperactivity Disorder (ADHD) Rating Scale-IV (ADHD-RS-IV) in a large popula- tion of children with ADHD. Methods Patients aged 6–18 years (n=1,478 in baseline analysis) were rated by 244 physicians on the ADHD-RS-IV based on a semi- structured interview with the pa- tient’s parent. Physicians addition- ally rated functional impairment (CGAS) and health status (CGI-S), and parents rated their child’s be- national sub-samples and in sepa- rate analyses for boys and younger children. Good internal consisten- cies, strong country effects and small effects of age were found. Based on ADHD-RS-IV, 88.5% of patients met the criteria for any ADHD diagnosis. Correlations be- tween ADHD-RS-IV and measures of functional impairment were low but statistically significant. The correlations with SDQ and CHIP- CE scales confirm the convergent and divergent validity of ADHD- RS-IV. Conclusions Impressive evi- dence for the cross-cultural factor- ial validity, internal consistency as well as convergent and divergent validity of ADHD-RS-IV was found.ADHD can be assessed reli- ably and validly in routine care across Europe. The ICD-10 3-factor Manfred Döpfner Hans-Christoph Steinhausen David Coghill Søren Dalsgaard Lynne Poole Stephen J. Ralston Aribert Rothenberger ADORE Study Group* Cross-cultural reliability and validity of ADHD assessed by the ADHD Rating Scale in a pan-European study
  • 37. TRATAMENTO MEDICAÇÃO PSICOTERAPIA   COMPORTAMENTAL SUPORTE  ESCOLAR SUPORTE  FONOAUDIOLÓGICO  E   PSICOPEDAGÓGICO MULTIDISCIPLINAR
  • 38. Medicação • Psicoestimulantes : metilfenidato e lysdexanfetamina • Antidepressivos: Imipramina, nortriptilina e clomipramina • Alfa-adrenérgicos: clonidina • Antipsicóticos: risperidona • Bupropiona • Guanfacina • Atomoxetina
  • 39. Psicoestimulantes • 1a Linha no tratamento em todos os Guidelines/ Protocolos Internacionais e Consensos • Segurança e eficácia • Melhora tanto a atenção quando comportamento • Efeitos colaterais de introdução • Efeitos colaterais a longo prazo ( ADDUCCE )
  • 40. Official Journal of the Brazilian Psychiatric Association Volume 34 • Number 4 • December/2012 Psychiatry Revista Brasileira de Psiquiatria Rev Bras Psiquiatr. 2012;34:513-516 O TDAH é subtratado no Brasil 1516-4446 - ©2012 Elsevier Editora Ltda. All rights reserved. doi: 10.1016/j.rbp.2012.04.002 Carta aos Editores Caro Editor, A crescente conscientização acerca do transtorno de GpÀFLWGHDWHQomRHKLSHUDWLYLGDGH 7'$+ VHMDUHODFLRQDGD jVFDPSDQKDVÀQDQFLDGDVSRUDVVRFLDo}HVPpGLFDVJUXSRV de autoajuda ou empresas farmacêuticas, está associada a um desejável aumento progressivo no número de pacientes GLDJQRVWLFDGRV H WUDWDGRV +i HQWUHWDQWR SUHRFXSDo}HV acerca do tratamento excessivo, particularmente em cri- DQoDVHDGROHVFHQWHV(VVDVSUHRFXSDo}HVVmRPXLWDVYH]HV conduzidas pela mídia, de maneira alarmante. Os estimulantes são a primeira linha de tratamento para o TDAH em crianças em idade escolar, adolescentes e adultos. O aumento recente nas vendas desses fármacos no Brasil atraiu a atenção da comunidade para a possibilidade de tratamento H[FHVVLYR3DUDYHULÀFDUPRVVHRQ~PHURWRWDOGHHVWLPXODQWHV vendidos no Brasil em 2009 e 2010 corresponde a um número maior que o esperado de pacientes com TDAH em tratamento, realizamos uma análise dos dados disponíveis de duas empresas farmacêuticas no país que estavam comercializando estimulan- tes durante esse período. Estimamos o número de indivíduos que estariam sob tratamento contínuo, considerando que um paciente tomaria apenas um comprimido por dia, (mesmo para metilfenidato 10 mg, de liberação imediata, que deve ser admi- nistrado duas ou três vezes ao dia) por 22 dias por mês, durante 10 meses por ano. É importante observar que consideramos o número mínimo de dias de uso para um tratamento adequado, ou seja, que todos os pacientes interromperiam o uso de PHGLFDPHQWRVWDPEpPGXUDQWHRYHUmRHDRVÀQVGHVHPDQD Em 2009, 1.413.460 caixas de metilfenidato foram vendidas no Brasil, o que representa 32.986.110 comprimidos. Em 2010, 1.674.372 caixas de metilfenidato foram vendidas no Brasil, o que representa 40.585.870 pílulas (dados fornecidos pela IMS/ +HDOWKDUH0HDVXUHPHQW 8VDQGRXPDGHÀQLomRQRVVDEDV- tante liberal de tratamento contínuo (1 comprimido por dia, 22 dias por mês, durante 10 meses por ano), de acordo com as normas de tratamento, calculamos que de 149.937 a 184.481 indivíduos poderiam estar sob tratamento contínuo em 2009 e 2010, respectivamente. Em seguida, calculamos o número esperado de indivíduos com TDAH no Brasil, levando em conta os dados mais atuais VREUHDSRSXODomRRÀFLDOIRUQHFLGRVSHOR,%*( 'HVWD vez, para fazermos uma análise extremamente conservadora, considerou-se a estimativa de prevalência mais baixa detectada HPXPHVWXGRHSLGHPLROyJLFREUDVLOHLUR *RRGPDQHWDO1 ), apesar de recente meta-análises feitas mundialmente com taxas de TDAH de aproximadamente 5,3% para jovens e 2,5% para adul- tos (Polanczyk et al. 2 ; Simon et al.3 ). Segundo estas estimativas bastante conservadoras para o TDAH na população, pelo menos 924.732 pessoas são afetadas pelo TDAH no Brasil (tabela 1). Tabela 1 1~PHURPi[LPRGHSDFLHQWHVVREWUDWDPHQWRFRQWtQXRHPQR%UDVLOHRQ~PHURSUHYLVWRGH indivíduos com TDAH baseado na prevalência das estimativas mais conservadoras Faixa etária População brasileira * Prevalência estimada do TDAH Número estimado dos indivíduos com TDAH no Brasil Número estimado de pacientes com TDAH sob tratamento em 2009** Número estimado de pacientes com TDAH sob tratamento em 2010** 5 a 19 anos 49.127.006 0,9% 442.143 - - 20 a 59 anos 107.242.035 0,45% 482.589 - - 60 anos ou mais 20.590.599 1$ - - - TOTAL 924.732 149.937 184.481 'DGRVGR,%*( ZZZLEJHJRYEU 2VQ~PHURVGHFRPSULPLGRVYHQGLGRVQR%UDVLOHPIRUDPHeFRQVLGHUDGR tratamento se o indivíduo ingerir uma pílula por dia (independente da dosagem ou preparação farmacêutica) por 22 dias por mês, 10 meses por ano.                                                                  (Maios,  Rohde  e                                                                                                                                                            Polanczyk,  2012)
  • 41. Metilfenidato: influência da notificação de receita A (cor amarela) sobre a prática de prescrição por médicos brasileiros ElisaldoA. Carlini1 Solange A. Nappo1 Vagner Nogueira2 Fernando G. M. Naylor2 Recebido: 28/10/2002 Aceito: 6/1/2003 RESUMO Oitocentos e noventa e dois médicos, entre eles neurologistas (463) e psiquiatras (411), responderam a um questionário sobre a prescrição do metilfenidato para o transtorno do déficit de atenção e hiperatividade (TDAH). A maioria dos médicos relatou a ocorrência esporádica de reações adversas não-sérias, tais como dor de cabeça, emagrecimento, inapetência, hiperexcitabilidade, taquicardia, etc; apenas seis médicos, entretanto, relataram casos que poderiam levar à suspeita de dependência, embora nenhum deles satisfizesse os critérios da CID-10 para tal. A grande maioria opinou que a exigência da notificação de receita A (amarela) é inadequada, criando preconceitos em relação à condição dos pacientes e amedrontando seus parentes. Relatam ainda que tal classificação dificulta a prescrição do medicamento, fazendo muitas vezes com que o metilfenidato se torne a segunda opção para o tratamento de TDAH, além de tornar o produto pouco disponível nas farmácias e dificultar o trabalho dos profissionais. Isso faz com que a adesão ao tratamento se torne mais difícil, pois, além dos vários entraves burocráticos para se adquirir o medicamento, há também o medo por parte dos familiares e do próprio paciente de estar tomando tal medicação. Neurologistasepsiquiatrasargumentamqueocontroledometilfenidatodeveexistir,mas,emsetratandodeummedicamento prescrito por especialistas e de não possuir grande potencial de dependência, o receituário azul já seria suficiente para o controle adequado. A classificação do metilfenidato, juntamente com as anfetaminas e com o princípio ativo da maconha (dronabinol), é uma outra questão levantada, sendo tal fato para grande parte dos profissionais uma total incoerência. Unitermos: Metilfenidato; Prescrições; Medicamentos controlados; Transtorno do déficit de atenção e hiperatividade. ABSTRACT Four hundred and sixty three brazilian neurologists and 411 brazilian psychiatrists answered a questionnaire aimed at to obtain information on the prescription of methylphenidate for the treatment of the Attention Deficit and Hyperactivity Disorder. The majority of the doctors reported the erratic occurrence of a few non serious adverse reactions such as headache, weight loss, inapetence, hyperexcitability and tachycardia. On the other hand, only six doctors reported cases that cold raise a suspicion of drug dependence, although none of these six cases satisfied the ICD-10 criteria for dependence. The vast majority of the medical doctors manifested the opinion that the especial prescriptions the “Notifications A”
  • 42. Rev Saúde Pública 2015;49:32 Uso de metilfenidato em crianças com transtorno de déficit de atenção e hiperatividade Methylphenidate use in children with attention deficit hyperactivity disorder I Unidade de Psiquiatria da Infância e Adolescência. Departamento de Psiquiatria. Universidade Federal de São Paulo. São RESUMO O Boletim Brasileiro de Avaliação de Tecnologias em Saúde (BRATS), em matéria sobre as evidências científicas da eficácia e segurança do metilfenidato para o transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH), gerou controvérsias sobre sua metodologia. Considerando a relevância do BRATS para a saúde pública no Brasil, realizou-se análise crítica dessa matéria ao refazer a busca do BRATS e discutir sua metodologia e achados. Foram respondidas duas perguntas: o BRATS incluiu todas as referências disponíveis na literatura?As conclusões refletiram os textos revisados? Identificou-se que o BRATS não incluiu todas as referências da literatura sobre o tema e que as conclusões propostas estão diferentes dos resultados dos artigos escolhidos pelos próprios autores do BRATS. Os artigos selecionados pelos autores Comentário DOI:10.1590/S0034-8910.2015049005966 Felipe Salles Neves MachadoI Sheila Cavalcante CaetanoI Ana Gabriela HounieI Sandra ScivolettoII Mauro MuszkatIII Ivete Gianfaldoni GattásI Erasmo Barbante CasellaIV Ênio Roberto de AndradeII Guilherme Vanoni PolanczykII Maria Conceição do RosárioI
  • 43. BRIEF COMMUNICATION The Brazilian policy of withholding treatment for ADHD is probably increasing health and social costs Carlos R. Maia,1 Steffan F. Stella,2 Paulo Mattos,3 Guilherme V. Polanczyk,4 Carisi A. Polanczyk,1,2 Luis A. Rohde1 1 Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Porto Alegre, RS, Brazil. 2 Instituto de Avaliação de Tecnologia em Saúde (IATS), Porto Alegre, RS, Brazil. 3 Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Rio de Janeiro, RJ, Brazil. 4 Universidade de São Paulo (USP), São Paulo, SP, Brazil. Objective: To estimate the economic consequences of the current Brazilian government policy for attention-deficit/hyperactivity disorder (ADHD) treatment and how much the country would save if treatment with immediate-release methylphenidate (MPH-IR), as suggested by the World Health Organization (WHO), was offered to patients with ADHD. Method: Based on conservative previous analyses, we assumed that 257,662 patients aged 5 to 19 years are not receiving ADHD treatment in Brazil. We estimated the direct costs and savings of treating and not treating ADHD on the basis of the following data: a) spending on ADHD patients directly attributable to grade retention and emergency department visits; and b) savings due to impact of ADHD treatment on these outcomes. Results: Considering outcomes for which data on the impact of MPH-IR treatment are available, Brazil is probably wasting approximately R$ 1.841 billion/year on the direct consequences of not treating ADHD in this age range alone. On the other hand, treating ADHD in accordance with WHO recommendations would save approximately R$ 1.163 billion/year. Conclusions: By increasing investments on MPH-IR treatment for ADHD to around R$ 377 million/ year, the country would save approximately 3.1 times more than is currently spent on the consequences of not treating ADHD in patients aged 5 to 19 years. Keywords: attention-deficit/hyperactivity disorder; social and political issues; costs and cost analysis; child psychiatry; central nervous system stimulants Introduction Attention-deficit/hyperactivity disorder (ADHD) generates huge direct and indirect costs for countries worldwide. Considering that immediate-release methylphenidate MPH-IR is covered by the Exceptional Circumstance Drug Dispensing Program of Brazil, and is thus included in a formulary of treatments funded in part by the Brazilian federal government and 50% by states. Despite wide coverage by the Program, greater attention to psychiatric Revista Brasileira de Psiquiatria. 2015;37:67–70 ! 2015 Associação Brasileira de Psiquiatria doi:10.1590/1516-4446-2014-1378
  • 44. Psicologia: Teoria e Pesquisa Out-Dez 2010, Vol. 26 n. 4, pp. 717-724 Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade em Crianças: Uma Revisão Interdisciplinar Letícia de Faria Santos1 Laércia Abreu Vasconcelos Universidade de Brasília RESUMO – O presente artigo revisa criticamente o amplo escopo da literatura relacionada aos critérios diagnósticos, bases etiológicas e tratamentos farmacológico e comportamental do transtorno do déficit de atenção e hiperatividade (TDAH) em crianças. Foram consultadas as bases eletrônicas MedLine, Lilacs, PsycINFO e PubMed nas últimas três décadas. Os resultados dessa revisão apontam para uma predominância do critério diagnóstico baseado no Manual Diagnóstico e Estatístico das Doenças Mentais, bem como a necessidade de uma maior interação entre variáveis biológicas e comportamentais na compreensão das bases etiológicas e de tratamento deste transtorno. Sugestões para maximizar a eficácia desta interação são apresentadas e discutidas. Palavras-chave: transtorno do déficit de atenção e hiperatividade (TDAH); revisão; etiologia; tratamentos. Attention Deficit Hyperactivity Disorder (ADHD) in Children: An Interdisciplinary Review ABSTRACT – This article critically reviews the broad scope of literature related to diagnostic criteria, the etiological basis as well as the pharmacological and behavioral treatments of the Attention Deficit Hyperactivity Disorder (ADHD) in children. The electronic databases Medline, LILACS, PsycINFO and PubMed of the last three decades were consulted. The results of this review indicated a predominance of diagnostic criteria based on the Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders, and the necessity of an increased interaction between biological and behavioral variables in understanding the etiological basis and treatment of this disorder. Suggestions to maximize the effectiveness of this interaction are presented and discussed. Keywords: attention deficit hyperactivity disorder (ADHD); review; treatments. O Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) é hoje um dos temas mais estudados em crianças em idade escolar. Estima-se que ele apresente uma das principais fontes de encaminhamento de crianças ao sistema de saúde (Barkley, 2008). A compreensão conjunta das bases bioló- gicas e comportamentais que contribuem para o desenvol- Histórico da Nomenclatura e Etiologia do TDAH As constantes alterações na nomenclatura e compreensão do TDAH parecem representar diferentes focos das pesquisas de cada época com suas diferentes explicações (Phelan, 2005; Rohde, Barbosa, Tramontina, Polanxzyk, 2000). Em 1865,
  • 45. Back to old version Journal of Child Psychology and Psychiatry Practitioner Review: Current best practice in the management of adverse events during treatment with ADHD medications in children and adolescents First published: 7 January 2013 Full publication history DOI: 10.1111/jcpp.12036 Citing literature Volume 54, Issue 3 March 2013 Pages 227–246 Samuele Cortese, Martin Holtmann, Tobias Banaschewski, Jan Buitelaar, David Coghill, Marina Danckaerts, Ralf W. Dittmann, John Graham, Eric Taylor, Joseph Sergeant, on behalf of the European ADHD Guidelines Group
  • 46. Article Nonpharmacological Interventions for ADHD: Systematic Review and Meta-Analyses of Randomized Controlled Trials of Dietary and Psychological Treatments Edmund J.S. Sonuga-Barke, Ph.D. Daniel Brandeis, Ph.D. Samuele Cortese, M.D., Ph.D. David Daley, Ph.D. Maite Ferrin, M.D., Ph.D. Martin Holtmann, M.D. Jim Stevenson, Ph.D. Marina Danckaerts, M.D., Ph.D. Saskia van der Oord, Ph.D. Manfred Döpfner, Ph.D. Ralf W. Dittmann, M.D., Ph.D. Emily Simonoff, M.D. Alessandro Zuddas, M.D. Tobias Banaschewski, M.D., Ph.D. Jan Buitelaar, M.D., Ph.D. Chris Hollis, M.D. Eric Konofal, M.D., Ph.D. Michel Lecendreux, M.D. Ian C.K. Wong, Ph.D. Joseph Sergeant, Ph.D. European ADHD Guidelines Group Objective: Nonpharmacological treat- ments are available for attention deficit hyperactivity disorder (ADHD), although their efficacy remains uncertain. The au- thors undertook meta-analyses of the efficacy of dietary (restricted elimination diets, artificial food color exclusions, and free fatty acid supplementation) and psy- chological (cognitive training, neurofeed- back, and behavioral interventions) ADHD treatments. Method: Using a common systematic search and a rigorous coding and data extraction strategy across domains, the authors searched electronic databases to identify published randomized controlled trials that involved individuals who were diagnosed with ADHD (or who met a vali- Results: Fifty-four of the 2,904 nondupli- cate screened records were included in the analyses. Two different analyses were performed. When the outcome measure was based on ADHD assessments by rat- ers closest to the therapeutic setting, all dietary (standardized mean differences= 0.21–0.48) and psychological (standard- ized mean differences=0.40–0.64) treat- ments produced statistically significant effects. However, when the best probably blinded assessment was employed, effects remained significant for free fatty acid supplementation (standardized mean dif- ference=0.16) and artificial food color exclusion (standardized mean differ- ence=0.42) but were substantially attenu- ated to nonsignificant levels for other treatments. Conclusions: Free fatty acid supplemen- tation produced small but significant re- ductions in ADHD symptoms even with probably blinded assessments, although the clinical significance of these effects remains to be determined. Artificial food color exclusion produced larger effects but often in individuals selected for food sensitivities. Better evidence for efficacy from blinded assessments is required for behavioral interventions, neurofeed- back, cognitive training, and restricted elimination diets before they can be
  • 47. Na  hora  das  tarefas…. • Sentar do lado • Roteiro mnemônico • Organizar materiais • Estruturar semana, horários e assuntos prioritários… • Pais devem acompanhar as tarefas (ABDA, 2016; Benczik, 2009)
  • 48. Terapia  psicológica   • Deve ser predominantemente comportamental • Reforço de laços afetivos • Desenvolver habilidades sociais • Conhecer a si mesmo ( auto-conceito e assertividade) • Intervir nas funções executivas • Resultados a médio e longo prazo (MTA, 1999; Ciasca e cols., 2008)
  • 49. Quando  a  Fono  e  a   Psicopedagoga  entram?? • Atrasos fonológicos e fonoarticulatórios • Dificuldades e lacunas em aprendizagem de leitura-escrita-matemática • Buscar estratégias de aprendizagem • Meta-cognição : parâmetros e orientação (Tannock, 2008; Benczik, 2008)
  • 50. Literatura  sugerida   • Transtornos de Desenvolvimento: da Identificação Precoce `as Estratégias de Intervenção (2014) Sylvia Maria Ciasca, Sônia da Dores Rodrigues e Cintia Alves Salgado-Azoni • Transtornos de Aprendizagem: Neurociência e Interdisciplinaridade (2015) Sylvia Maria Ciasca, Sônia das Dores Rodrigues, Cintia Alves Salgado-Azoni e Ricardo Franco de Lima • TDAH : Princípios e Práticas (2012) Paulo Mattos e Luiz Augusto Rohde
  • 51. Muito  Obrigado  !!! • http://lattes.cnpq.br/6795049538506618 • drclayneuroped@yahoo.com.br • www.neurosaber.com.br • clay brites / facebook