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Curso de Extensão Universitária
Módulo:
Nanotoxicologia
Responsáveis:
Prof. Dr. José María Monserrat
Prof. Dra. Juliane Ventura-Lima
Prof. Dra. Laura Alicia Geracitano
Instituto de Ciências Biológicas
Universidade Federal do Rio Grande
Aspectos gerais
.
A Constituição Federal de 1988
reconhece no artigo 225 o direito
fundamental ao meio ambiente:
“Todos tem o direito a um meio ambiente
ecológicamente equilibrado, bem de uso comum
do povo e essencial para uma qualidade de vida
saudável, se impondo ao Poder Público e a
coletividade o dever de sua defesa e
preservação para as gerações presentes
e futuras.”
Atualmente, no Brasil, não existe nenhuma legislação específica para assuntos relacionados
com nanotecnologias, mesmo que se apresenta como uma nova tecnologia que está
produzindo uma revolução comparável com a revolução industrial.
Aspectos gerais
Entrevista realizada ao Dr. José María
Monserrat publicada na Revista Info (Editorial
Abril) em Maio de 2010.
Aspectos gerais
Entre os poluentes menos estudados estão os
nanomateriais que compõem diversos produtos
da indústria. Algumas experiências mostram
que compostos como os dióxidos de titânio,
presentes em corantes e protetores solares,
podem causar danos ao comportamento
natatório e à freqüência cardíaca de crustáceos,
além de matar algas.
No Brasil, há estudos sobre o potencial tóxico
das partículas microscópicas. Nosso grupo de
pesquisa comprovou recentemente que o
excesso de fulereno, um composto nanométrico,
é capaz de causar danos cerebrais às carpas de
laboratório. Quando chega ao órgão, ele altera
seu potencial antioxidante, essencial para
preservar os neurônios. O composto é usado
pela indústria automobilística e está em pilhas,
plásticos e óculos.
Aspectos gerais
“Nenhum artigo mostra claramente a presença
do fulereno no ambiente, mas investigações já
são feitas de forma preventiva”, diz Monserrat.
A idéia de nosso grupo é estabelecer limites
referenciais desses compostos, para o momento
em que sua presença na água atingir índices
elevados.
Monserrat suspeita também de que os
nanotubos de carbono tenham efeitos parecidos
aos do fulereno. Esses materiais são uma
tendência promissora para aperfeiçoar produtos
eletrônicos, tais como chips e baterias. O uso
deles deve aumentar exponencialmente nos
próximos anos. O problema de estabelecer
referenciais de segurança para os nanomateriais
está na dificuldade de realizar pesquisas com
eles.
Aspectos gerais
“A principal problemática é determinar a
diferença entre resultados de laboratório e
os reais danos ao meio ambiente”, diz
Monserrat. Como as partículas são muito
pequenas elas podem se juntar. Com isso,
apresentariam em laboratório reações
diferentes das que teriam no ambiente.
Além disso, elas têm diversas configurações
quando estão na natureza e podem reagir
com outros compostos. Estudos
dinamarqueses conseguiram demonstrar
que o contato do fulereno com outros
compostos também produz reações tóxicas.
O grande problema atual é a falta de técnicas analíticas com a
sensibilidade suficiente que permitam detectar nanomateriais no
ambiente. Este problema é uma das necessidades prioritárias no campo
da nanotoxicolgia
Fonte: Simonet e Valcárcel (2008). Anal. Bioanal.
Chem., 393: 17-21.
Aspectos ambientais
Não existem quase dados
que quantifiquem as
concentrações de
nanomateriais no ambiente,
se bem que existem
modelos estatísticos para
predizer riscos ambientais
potenciais
Fonte: Gottschalk et al. (2009). Environ.
Sci. Technol.., 43: 9216-9222.
Aspectos ambientais: exemplos
Utilização de
nanoprata
em meias,
com a
finalidade de
diminuir
odores (efeito
bactericida)
Fonte: Benn e Westerhof f (2008). Environ. Sci. Technol.., 42: 4133-4139.
Aspectos ambientais
Esta figura mostra a liberação de nanopartículas de prata após lavagens sucessivas de meias
(de 24 h cada uma)
Fonte: Benn e Westerhof f (2008). Environ. Sci. Technol.., 42: 4133-4139.
Aspectos ambientais
Uma área carente de informação a Medicina no trabalho:
Nesta área no existe informação, por este motivo, não existe legislação.
Manuseio de nanotubos
de carbono de parede
simples
Aspectos toxicológicos : existe a mesma quantidade de informação em áreas
como a Nanotecnologia e nanotoxicologia?
Nanotecnologia vs nanotoxicologia
DOCUMENTOS nanotechnology nanotoxicology
Artigos 20.376 54
Reviews 3.331 28
Artigos de Conferencias 7.408 14
Artigos Editoriais 637 6
Cartas ao Editor 123 4
Artigos em prensa 92 3
Notas 565 1
Peritajes 650 1
Review em Conferencias 355
Erratum 31
Artigos de negocios (8) 8
Patente 1
Report 1
TOTAL 33.578 111
Documentos publicados e indexados na base SCOPUS utilizando as palavras chave
“nanotechnology” e “nanotoxicology” em 28 de julho de 2008.
Observe a desproporção
de publicações
publicadas.
Nesse momento somente
0,33% das publicações
tinham a palavra chave
“nanotoxicologia”, hoje em
dia (novembro 2012) a
proporção melhorou mas
continua no mesmo
patamar com um 0,52%.
Asimetría em los grupos de organismos estudiados en nanotoxicologia. Búsqueda en SCOPUS
(mayo de 2012) utilizando las palabras clave: “nanoparticles+toxicity+grupo de organismo”
Aspectos toxicológicos : existe a mesma quantidade de informação em áreas
como a Nanotecnologia e nanotoxicologia?
Padrão de relações de palavras chave gerado pelo Programa Citespace .
A base de dados original foi montada a partir das palavras Nanotechnology e Nanoscience, utilizadas em
artigos científicos e revisões publicadas em jornais indexados no Web of Science
(www.isiknowledge.com ) desde o ano 1985 até hoje .
Aspectos toxicológicos
Neste padrão a palavra chave
nanotechnology aparece no ano
1990 com uma freqüência
acumulada de 1877.
A palavra chave In-vivo aparece
no ano 2006 e desde esse ano
tem uma freqüência acumulada de
101.
A palavra chave toxicity aparece
em 2009 com uma freqüência de
53, sendo 35 vezes menos
freqüente que nanotechnology
Aspectos toxicológicos
NANOTOXICOLOGIA
Ciência que estuda os efeitos dos
nanodispositivos e nanoestruturas em
organismos vivos.
Frente a este fato, surge uma nova ciência:
• Na atualidade, existe um crescente número
de evidências de toxicidade das
nanopartículas
Aspectos toxicológicos
Necessidades:
O desenvolvimento da avaliação toxicológica, modelos animais e respostas
biológicas que apresentam sensibilidade e confiabilidade quando são
avaliados materiais utilizados em processos nanotecnologicos.
Aspectos toxicológicos: alguns exemplos
Microcrustáceos (Dafnias) expostas experimentalmente ao fulereno mostram
a incorporação deste nanomaterial e suas persistência no tubo digestivo do
organismo após de 48 h de depuração em água sem fulereno.
Fonte: Baun et al. (2008). Aquat. Toxicol, 86: 379-386.
Fonte: Ma et al. (2009).
Environ. Toxicol. Chem.,
28: 1324-1330.
C. elegans
Avaliação da toxicidade
em termos reprodutivos no
nematode C. elegans
exposto a ao zinco na
forma de sais (ZnCl2) ou
na forma de
nanopartículas de óxido de
zinco (ZnO-NP)
Aspectos toxicológicos: alguns exemplos
La revisión de Kahru e Dubourguier (2010)
cita valores de toxicidad (LC50) del fulereno
para organismos aquáticos que variam de
100 a 1.000 µg/L
Aspectos toxicológicos: alguns exemplos
Especie Efecto observado [C60] Condiciones
experimentais
Pez (Carassius auratus)  [GSH] en diferentes órganos 1,00 mg/L In vivo, 32 d de exp.
Crustáceo (Daphnia  actividad de la GST 0,50 mg/L In vivo, 24 h de exp.
pulex)
Crustáceo (Daphnia  capacidade reproductiva 2,50 mg/L In vivo, 21 d de exp.
magna)
Crustáceo (Daphnia  frec. cardíaca 0,25 mg/L In vivo, 1 h de exp.
magna)
Bacteria  crecimiento 0,50 mg/L In vivo
(Bacilus subtilis)
Altamente tóxico: 0,1 – 1 mg/L (100 a 1.000 µg/L)
Aspectos toxicológicos: alguns exemplos
Especie Efecto observado [C60] Condiciones
experimentales
Pez (Cyprinus carpio)  [GSSG] en cerebro 1,00 mg/L In vitro, 1 h de exp.
Pez (Cyprinus carpio)  [TBARS] en cerebro 1,00 mg/L In vitro, 2 h de exp.
y branquias
Hepatocitos de  acúmulo de arsénico 1,00 mg/L In vitro, 4 h de exp.
Danio rerio
Bactéria  crecimiento 0,10 mg/L In vitro, 3 h de exp.
(género Aeromonas)
Altamente tóxico: 0,1 – 1 mg/L (100 a 1.000 µg/L)
Resultados obtenidos por nuestro grupo de investigación: suspensiones de
fulereno acuosas
Aspectos toxicológicos: alguns exemplos
Fulereno (C60)
• Kroto et al. (1985)
• 60 carbonos em forma de bola
• apolar - solubilidade em água < 10
-9
mg/L
• facilidade de funcionalização
Formação de suspensões em meio
aquoso:
• Andrievsky et al.
(2002)
aplicação em biomedicina
Nanopartículas que geram estresse oxidativo
Nanopartículas que geram estresse oxidativo
Queda da
viabilidade
celular, numa
relação
concentração
dependente
com o óxido
de titânio
Fonte: Park et al.
(2008). Toxicol. Lett.,
180: 222-229.
0 2 4 6 8 10 12
0
1.0×108
2.0×108
3.0×108
Cólonias reativas
Cólonias
não reativas
R
2
= 0.99 (p<0.05)
R
2
= 0.60 (p>0.05)
[C60] (mg/L)
ROS(Area)
Nanopartículas que geram estresse oxidativo
Fulereno: bacteriostático ou bactericidade, segundo diferentes
estudos. Parte da sua toxicidade associada a estresse oxidativo
O fulereno induz aumento da concentração de espécies reativas de oxigênio
em algumas colônias do muco da carpa MAIS NÃO EM OUTRAS
A funcionalização pode alterar as propriedades pro-oxidantes de
um composto e transformar o nanomaterial numa molécula com
características antioxidantes
Fulereno Fulerol
Grupos hidroxila
Funcionalização
Nanopartículas que geram estresse oxidativo
A funcionalização de uma nanopartícula pode
transformar uma molécula com características
pro-oxidantes numa molécula com
características antioxidantes
Nanopartículas que geram estresse oxidativo
Fatores que influenciam a toxicidade de nanopartículas
A mortalidade de
embriões de
zebrafish foi
aumentada
quando a
exposição ao
fulereno foi em
condições de
iluminação
Fonte: Usenko et al. (2008). Toxicol.. Appl. Pharmacol., 229: 44-55.
A mortalidade de
embriões de
zebrafish em
condições de
iluminação foi
diminuida quando
foi administrado
N-acetil-cisteína
(NAC), um
precursor para a
síntese de
glutationa
Fonte: Usenko et al. (2008). Toxicol.. Appl. Pharmacol., 229: 44-55.
Fatores que influenciam a toxicidade de nanopartículas
As propiedades tóxicas de geração de estresse oxidativo pelo
fulereno estão em parte relacionadas com sua capacidade de foto-
excitação
Carpa
(Cyprinus carpio)
1h 2h 4h
0.0
2.5
5.0
7.5 Controle
C60
Fe3+
a
ababc abcabc abc
abc
c
bc
*
Tempo de exposição
nmolesMDA/mgdetecido
Fatores que influenciam a toxicidade de nanopartículas
O aumento transitório da concentração de GSSG no cérebro da
carpa indica uma situação pró-oxidante induzida pelo fulereno
1h 2h 4h
0
50
100
150
200 Controle
C60
H2O2
bc
a
abc
ab
abc
abc
abc
abc
a
Tempo de exposição
nmolesGSSG/gdetecido
Fatores que influenciam a toxicidade
Conceito de “Cavalo de Troia: a associação de alguns tóxicos com
nanocompostos, facilitando seu ingresso às células e
compartimentos celulares (Limbach et al., 2007)
Contaminante
qualquer substância que
ocorra em níveis mais
elevados no meio ambiente
sem causar efeitos danosos
aos recursos ambientais
Poluente
qualquer substância que
ocorra em níveis mais
elevados no meio ambiente,
podendo afetar aos recursos
ambientais
Efeitos de Cavalo de Troia
Efeitos de Cavalo de Troia
 Nanocompostos facilitam o ingresso de poluentes ambientais? Conceito de
“Cavalo de Troia”
Os resultados indicam que algum compostos podem ter
aumentada sua toxicidade na presencia de nanocompostos
como o fulereno
Fonte: Baun et al. (2008). Aquat. Toxicol, 86: 379-386.
Efeitos de Cavalo de Troia
Fonte: Sun et al. (2009). Environ. Pollut., 157: 1165-1170.
 Nanocompostos facilitam o ingresso de poluentes ambientais? Conceito de
“Cavalo de Troia”
Hepatócitos de
zebrafish
BaP + C60
C
D
0.01
0.1
1
C
D
0.01
0.1
1
0
1.0×10 5
2.0×10 5
3.0×10 5
4.0×10 5
5.0×10 5
6.0×10 5
+C60
-C60
[BaP] (mg/L)[BaP] (mg/L)
a
b
a a aa a a
a
b
AcumualaçãodeBaP
(unidadesdefluorescência)
Um aumento da fluorescência intracelular está associada
a uma acumulação de BaP e /ou metabolitos não foi
influenciado pela exposição ao fulereno
Efeitos de Cavalo de Troia
C
D
0.01
0.1
1
C
D
0.01
0.1
1
0.0
0.2
0.4
0.6
0.8
1.0
abc
+C60-C60
[BaP] (mg/L)[BaP](mg/L)
a
a
bc
b b
ac
a a
abc
ReduçãodoMTT
(ABS630nm)
Menor redução de MTT está associado a uma
menor atividade de desidrogenases mitocondriais
Efeitos de Cavalo de Troia
Hepatócitos de
zebrafish
BaP + C60
C
D
0.01
0.1
1
C
D
0.01
0.1
1
0
9
18
27
36
45
+C 60
-C 60
[BaP] (mg/L)[BaP] (mg/L)
a
a
ab
b
d
c
ab
ab
abab
AtividadeGST
(nmol/min/mgprot)
O aumento da atividade da GST após exposição com o BaP é
abolido quando é efetuada uma co-exposição com fulereno.
Efeitos de Cavalo de Troia
Hepatócitos de
zebrafish
BaP + C60
Efeitos de Cavalo de Troia
Hepatócitos de
zebrafish
AsIII + C60
Arsênio
0
30
60
90
120
150
180
CT_1 CT As 2,5_1 CT As 100_1 Ct C60_1 As2,5 + C60_1 As100 +
C60_1
Viabilidade(%)
Controle As 2,5 µM As 100 µM C60 As 2,5 µM As 100 µM
+ C60 + C60
a
a
a
a a
a
A redução do MTT não foi influenciada nem pelo
arsênio nem pelo fulereno (C60)
Efeitos de Cavalo de Troia
O aumento da [GSH] na menor concentração de AsIII é anulada
quando o metalóide foi co-administrado com o fulereno (C60)
0
5
10
15
20
25
30
Controle As 2,5 uM As 100 uM C60 As 2,5 uM +
C60
As 100 uM +
C60
a
a
b
a
a
a
Controle As 2,5 µM As 100µM C60 As 2,5 µM As 100µM
+ C60 + C60
nmolGSH/mgdeproteínas
Hepatócitos de
zebrafish
AsIII + C60
Arsênio
Efeitos de Cavalo de Troia
Hepatócitos de
zebrafish
AsIII + C60
Arsênio
O aumento da [TBARS] na menor concentração de
AsIII é anulado quando o metalóide foi co-
administrado com o fulereno (C60)
0
0,2
0,4
0,6
0,8
1
Ctrole H2O AsIII_2_5 AsIII_100 C60 As25 + C60 As100 + C60
P<0,05
Controle As 2,5 µM As 100 µM C60 As 2,5 µM As 100 µM
+ C60 + C60
nmolesTMP/mgdetecido
Hepatocitos de
zebrafish
Fuente: Azevedo Costa et al.
(2012). Comp. Biochem.
Physiol., C155: 206-212.
Maior acumulação de arsênico (As) após 4 h quando co-
exposto com fulereno.
Arsênico adsorvido ao fulereno?
Dinâmica de liberação dol arsênico dentro das células?
Hepatocitos de
zebrafish
Fuente: Azevedo Costa et al.
(2012). Comp. Biochem.
Physiol., C155: 206-212.
O aumento da concentração de GSH na menor
concentração de As foi eliminado quando co-expuesto
com fulereno. As adsorvido ao fulereno?
Efeitos a diferentes níveis de organização
Fonte: Usenko et al. (2008).
Toxicol.. Appl. Pharmacol., 229: 44-
55.
O fulereno
aumentou a
expressão da
subunidade
catalitica da GCL e
de uma forma da
glutationa-S-
transferase em
embriões de
zebrafish
Efeitos a
nível de
expressão
gênica
Efeitos a
nível de
expressão
gênica
Efeitos a diferentes níveis de organização
Fonte: Chae et al.
(2009). Aquat.
Toxicol., 94: 320-327.
Diferenças
entre a nano
prata e iônica
na expressão
da
metalotioneína
no peixe
Oryzias latipes
Efeitos a diferentes níveis de organização
Efeitos a
nível de
expressão
gênica
Diferenças na expressão
de diferentes tipos de
genes que codificam para
enzimas antioxidantes no
fígado do zebrafish
Fonte: Choi
et al.
(2010).
Aquat.
Toxicol.,
100: 151-
159.
Efeitos a diferentes níveis de organização
Efeitos a nível bioquímico
Inibidores da
GCL (BSO e
DEM)
aumentaram a
toxicidade do
fulereno, indican-
do a necessidade
de uma resposta
antioxidante
mediada pela
glutationa (GSH)
Fonte: Usenko et al. (2008). Toxicol.. Appl. Pharmacol., 229: 44-55.
Efeitos a diferentes níveis de organização
Efeitos a nível
bioquímico
O tratamento com nanoprata levou a um aumento do dano oxidativo lipídico ainda que tivesse se
registrado um aumento significativo na concentração do antioxidante glutationa (GSH) no fígado
de zebrafish Fonte: Choi et al. (2010). Aquat. Toxicol., 100: 151-159.
Efeitos a diferentes níveis de organização
Aumento da freqüência cardíaca no crustáceo Daphnia magna após exposição a fulereno,
mais sem efeito com outros nanocompostos
Controle
Fulereno
Fonte: Lovern et al. (2007).
Environ. Sci. Technol., 41:
4165-4170.
Efeitos a nível fisiológico
Efeitos a diferentes níveis de organização
Efeitos a nível comportamental
Sem efeito no tempo necessário para fazer a toca no poliqueto Arenicola marina exposta à
nanotubos de carbono de parede simples ou nanopartículas de óxido de titânio
Fonte: Galloway et al.
(2010). Environ.
Pollut., 158: 1748-
1755.
Efeitos a diferentes níveis de organização
Efeitos a nível populacional
O fulereno induziu uma queda na produção de
crias em Daphnia magna, sugerindo um eventual
efeito a nível populacional
Fonte: Oberdörster et al. (2006). Carbon, 44: 1112-1120.
Daphnia magna
Efeitos a diferentes níveis de organização
Fonte: Navarro et al. (2008).
Ecotoxicology, 17: 372-386.
NP: nanopartículas
OM: matéria orgânica
SI: íons
Tox A/Tox B: moléculas tóxicas presentes no ambiente
Alterações redox induzidas
por nanomateriais
Foi registrado um aumento
de 362% da fluorescencia
num sistema que continha
C60 (10 mg/L) e DCFH-DA
em relação a um grupo
control que continha
somente DCFH-DA.
Importante: el DCFH –DA
somente deberia fluorecer
após da de-acetilação
Fuente: Lyon et al. (2008). Nano Lett.., 8: 1539-1543.
Alterações redox induzidas por nanomateriais
BSA
Control
BSA +
C60
BSA +
t-BOOH
Fuente: Lyon et al. (2008). Nano Lett.., 8:
1539-1543.
O fulereno apresenta um potencial de óxido-redução
dose-dependente e possue capacidade de reduzir a
concedntração de grupos –SH na albumina de soro
bovino (BSA)
Fuente: Lyon et al. (2008). Environ. Sci. Technol., 42: 8127-8132.
Mesmo assim
Alterações redox induzidas por nanomateriais
5 min 15 min 60 min
Dienos conjugados 6,99±0,16 19,69±1,10 35,73±0,89
LOOH 3,82±0,70 16,30±1,15 18,70±1,10
TBARS 0,44±0,08 4,22±0,08 8,22±0,18
Tempo de iluminação
Fuente: Kamat et al. (2000). Toxicology., 155: 55-61.
Aumento da peroxidação lipídica em microsomas hepáticos de
rata em condicões de iluminacão UV e visibilidade
Alterações redox induzidas por nanomateriais
Agua dulce
ROS
UV/Vis
Animais transparentes quando
internalizam nanomateriais foto-
exitaveis podem aumentar a
concentração endogena de ROS
Alterações redox induzidas por nanomateriais
Sol.Fisiológica
Sol.Fisiológica
UVA
Escuro
Alterações redox induzidas por nanomateriais
Cyprinus carpio
Peroxidación lipídica: efeito pro-oxidante do fulereno (exacerbado con UV). A azida
de sódio reverte o efeito induzido após da exposição ao fulereno
Fuente: Britto et al. (2012). Aquat. Toxicol., 114-115: 80-87
Alterações redox induzidas por nanomateriais
Quais efeitos ou
interaçãoes podem
acontecer entre
ROS normalmente
produzidos dentro
de células com
nanomateriais?
ROS?
Oxígeno singlet?
Alterações redox induzidas por nanomateriais
A funcionalização pode alterar as propiedades pro-oxidantes de um
composto e transformar o nanomaterial numa molécula com
características antioxidantes
Fulereno Fulerol
Grupos hidroxilo
Funcionalização
Alterações redox induzidas por nanomateriais
Nrf2
Nrf2
ARE
 Expresión de
genes asociados
con respuestas
antioxidantes y de
detoxificación
{P
Um estado pro-oxidante pode promover a migração nuclear do fator transcricional Nrf2, que irá
a interatuar com regiões ARE, aumentando a expressão de genes importantes na defesa
antioxidante (incluindo o proprio Nrf2)
Alterações redox induzidas por nanomateriais

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Curso Extensão Nanotoxicologia

  • 1. Curso de Extensão Universitária
  • 2. Módulo: Nanotoxicologia Responsáveis: Prof. Dr. José María Monserrat Prof. Dra. Juliane Ventura-Lima Prof. Dra. Laura Alicia Geracitano Instituto de Ciências Biológicas Universidade Federal do Rio Grande
  • 3. Aspectos gerais . A Constituição Federal de 1988 reconhece no artigo 225 o direito fundamental ao meio ambiente: “Todos tem o direito a um meio ambiente ecológicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial para uma qualidade de vida saudável, se impondo ao Poder Público e a coletividade o dever de sua defesa e preservação para as gerações presentes e futuras.” Atualmente, no Brasil, não existe nenhuma legislação específica para assuntos relacionados com nanotecnologias, mesmo que se apresenta como uma nova tecnologia que está produzindo uma revolução comparável com a revolução industrial.
  • 4. Aspectos gerais Entrevista realizada ao Dr. José María Monserrat publicada na Revista Info (Editorial Abril) em Maio de 2010.
  • 5. Aspectos gerais Entre os poluentes menos estudados estão os nanomateriais que compõem diversos produtos da indústria. Algumas experiências mostram que compostos como os dióxidos de titânio, presentes em corantes e protetores solares, podem causar danos ao comportamento natatório e à freqüência cardíaca de crustáceos, além de matar algas. No Brasil, há estudos sobre o potencial tóxico das partículas microscópicas. Nosso grupo de pesquisa comprovou recentemente que o excesso de fulereno, um composto nanométrico, é capaz de causar danos cerebrais às carpas de laboratório. Quando chega ao órgão, ele altera seu potencial antioxidante, essencial para preservar os neurônios. O composto é usado pela indústria automobilística e está em pilhas, plásticos e óculos.
  • 6. Aspectos gerais “Nenhum artigo mostra claramente a presença do fulereno no ambiente, mas investigações já são feitas de forma preventiva”, diz Monserrat. A idéia de nosso grupo é estabelecer limites referenciais desses compostos, para o momento em que sua presença na água atingir índices elevados. Monserrat suspeita também de que os nanotubos de carbono tenham efeitos parecidos aos do fulereno. Esses materiais são uma tendência promissora para aperfeiçoar produtos eletrônicos, tais como chips e baterias. O uso deles deve aumentar exponencialmente nos próximos anos. O problema de estabelecer referenciais de segurança para os nanomateriais está na dificuldade de realizar pesquisas com eles.
  • 7. Aspectos gerais “A principal problemática é determinar a diferença entre resultados de laboratório e os reais danos ao meio ambiente”, diz Monserrat. Como as partículas são muito pequenas elas podem se juntar. Com isso, apresentariam em laboratório reações diferentes das que teriam no ambiente. Além disso, elas têm diversas configurações quando estão na natureza e podem reagir com outros compostos. Estudos dinamarqueses conseguiram demonstrar que o contato do fulereno com outros compostos também produz reações tóxicas.
  • 8. O grande problema atual é a falta de técnicas analíticas com a sensibilidade suficiente que permitam detectar nanomateriais no ambiente. Este problema é uma das necessidades prioritárias no campo da nanotoxicolgia Fonte: Simonet e Valcárcel (2008). Anal. Bioanal. Chem., 393: 17-21. Aspectos ambientais Não existem quase dados que quantifiquem as concentrações de nanomateriais no ambiente, se bem que existem modelos estatísticos para predizer riscos ambientais potenciais Fonte: Gottschalk et al. (2009). Environ. Sci. Technol.., 43: 9216-9222.
  • 9. Aspectos ambientais: exemplos Utilização de nanoprata em meias, com a finalidade de diminuir odores (efeito bactericida) Fonte: Benn e Westerhof f (2008). Environ. Sci. Technol.., 42: 4133-4139.
  • 10. Aspectos ambientais Esta figura mostra a liberação de nanopartículas de prata após lavagens sucessivas de meias (de 24 h cada uma) Fonte: Benn e Westerhof f (2008). Environ. Sci. Technol.., 42: 4133-4139.
  • 11. Aspectos ambientais Uma área carente de informação a Medicina no trabalho: Nesta área no existe informação, por este motivo, não existe legislação. Manuseio de nanotubos de carbono de parede simples
  • 12. Aspectos toxicológicos : existe a mesma quantidade de informação em áreas como a Nanotecnologia e nanotoxicologia? Nanotecnologia vs nanotoxicologia DOCUMENTOS nanotechnology nanotoxicology Artigos 20.376 54 Reviews 3.331 28 Artigos de Conferencias 7.408 14 Artigos Editoriais 637 6 Cartas ao Editor 123 4 Artigos em prensa 92 3 Notas 565 1 Peritajes 650 1 Review em Conferencias 355 Erratum 31 Artigos de negocios (8) 8 Patente 1 Report 1 TOTAL 33.578 111 Documentos publicados e indexados na base SCOPUS utilizando as palavras chave “nanotechnology” e “nanotoxicology” em 28 de julho de 2008. Observe a desproporção de publicações publicadas. Nesse momento somente 0,33% das publicações tinham a palavra chave “nanotoxicologia”, hoje em dia (novembro 2012) a proporção melhorou mas continua no mesmo patamar com um 0,52%.
  • 13. Asimetría em los grupos de organismos estudiados en nanotoxicologia. Búsqueda en SCOPUS (mayo de 2012) utilizando las palabras clave: “nanoparticles+toxicity+grupo de organismo” Aspectos toxicológicos : existe a mesma quantidade de informação em áreas como a Nanotecnologia e nanotoxicologia?
  • 14. Padrão de relações de palavras chave gerado pelo Programa Citespace . A base de dados original foi montada a partir das palavras Nanotechnology e Nanoscience, utilizadas em artigos científicos e revisões publicadas em jornais indexados no Web of Science (www.isiknowledge.com ) desde o ano 1985 até hoje . Aspectos toxicológicos Neste padrão a palavra chave nanotechnology aparece no ano 1990 com uma freqüência acumulada de 1877. A palavra chave In-vivo aparece no ano 2006 e desde esse ano tem uma freqüência acumulada de 101. A palavra chave toxicity aparece em 2009 com uma freqüência de 53, sendo 35 vezes menos freqüente que nanotechnology
  • 16. NANOTOXICOLOGIA Ciência que estuda os efeitos dos nanodispositivos e nanoestruturas em organismos vivos. Frente a este fato, surge uma nova ciência: • Na atualidade, existe um crescente número de evidências de toxicidade das nanopartículas Aspectos toxicológicos Necessidades: O desenvolvimento da avaliação toxicológica, modelos animais e respostas biológicas que apresentam sensibilidade e confiabilidade quando são avaliados materiais utilizados em processos nanotecnologicos.
  • 17. Aspectos toxicológicos: alguns exemplos Microcrustáceos (Dafnias) expostas experimentalmente ao fulereno mostram a incorporação deste nanomaterial e suas persistência no tubo digestivo do organismo após de 48 h de depuração em água sem fulereno. Fonte: Baun et al. (2008). Aquat. Toxicol, 86: 379-386.
  • 18. Fonte: Ma et al. (2009). Environ. Toxicol. Chem., 28: 1324-1330. C. elegans Avaliação da toxicidade em termos reprodutivos no nematode C. elegans exposto a ao zinco na forma de sais (ZnCl2) ou na forma de nanopartículas de óxido de zinco (ZnO-NP) Aspectos toxicológicos: alguns exemplos
  • 19. La revisión de Kahru e Dubourguier (2010) cita valores de toxicidad (LC50) del fulereno para organismos aquáticos que variam de 100 a 1.000 µg/L Aspectos toxicológicos: alguns exemplos
  • 20. Especie Efecto observado [C60] Condiciones experimentais Pez (Carassius auratus)  [GSH] en diferentes órganos 1,00 mg/L In vivo, 32 d de exp. Crustáceo (Daphnia  actividad de la GST 0,50 mg/L In vivo, 24 h de exp. pulex) Crustáceo (Daphnia  capacidade reproductiva 2,50 mg/L In vivo, 21 d de exp. magna) Crustáceo (Daphnia  frec. cardíaca 0,25 mg/L In vivo, 1 h de exp. magna) Bacteria  crecimiento 0,50 mg/L In vivo (Bacilus subtilis) Altamente tóxico: 0,1 – 1 mg/L (100 a 1.000 µg/L) Aspectos toxicológicos: alguns exemplos
  • 21. Especie Efecto observado [C60] Condiciones experimentales Pez (Cyprinus carpio)  [GSSG] en cerebro 1,00 mg/L In vitro, 1 h de exp. Pez (Cyprinus carpio)  [TBARS] en cerebro 1,00 mg/L In vitro, 2 h de exp. y branquias Hepatocitos de  acúmulo de arsénico 1,00 mg/L In vitro, 4 h de exp. Danio rerio Bactéria  crecimiento 0,10 mg/L In vitro, 3 h de exp. (género Aeromonas) Altamente tóxico: 0,1 – 1 mg/L (100 a 1.000 µg/L) Resultados obtenidos por nuestro grupo de investigación: suspensiones de fulereno acuosas Aspectos toxicológicos: alguns exemplos
  • 22. Fulereno (C60) • Kroto et al. (1985) • 60 carbonos em forma de bola • apolar - solubilidade em água < 10 -9 mg/L • facilidade de funcionalização Formação de suspensões em meio aquoso: • Andrievsky et al. (2002) aplicação em biomedicina Nanopartículas que geram estresse oxidativo
  • 23. Nanopartículas que geram estresse oxidativo Queda da viabilidade celular, numa relação concentração dependente com o óxido de titânio Fonte: Park et al. (2008). Toxicol. Lett., 180: 222-229.
  • 24. 0 2 4 6 8 10 12 0 1.0×108 2.0×108 3.0×108 Cólonias reativas Cólonias não reativas R 2 = 0.99 (p<0.05) R 2 = 0.60 (p>0.05) [C60] (mg/L) ROS(Area) Nanopartículas que geram estresse oxidativo Fulereno: bacteriostático ou bactericidade, segundo diferentes estudos. Parte da sua toxicidade associada a estresse oxidativo O fulereno induz aumento da concentração de espécies reativas de oxigênio em algumas colônias do muco da carpa MAIS NÃO EM OUTRAS
  • 25. A funcionalização pode alterar as propriedades pro-oxidantes de um composto e transformar o nanomaterial numa molécula com características antioxidantes Fulereno Fulerol Grupos hidroxila Funcionalização Nanopartículas que geram estresse oxidativo
  • 26. A funcionalização de uma nanopartícula pode transformar uma molécula com características pro-oxidantes numa molécula com características antioxidantes Nanopartículas que geram estresse oxidativo
  • 27. Fatores que influenciam a toxicidade de nanopartículas A mortalidade de embriões de zebrafish foi aumentada quando a exposição ao fulereno foi em condições de iluminação Fonte: Usenko et al. (2008). Toxicol.. Appl. Pharmacol., 229: 44-55.
  • 28. A mortalidade de embriões de zebrafish em condições de iluminação foi diminuida quando foi administrado N-acetil-cisteína (NAC), um precursor para a síntese de glutationa Fonte: Usenko et al. (2008). Toxicol.. Appl. Pharmacol., 229: 44-55. Fatores que influenciam a toxicidade de nanopartículas
  • 29. As propiedades tóxicas de geração de estresse oxidativo pelo fulereno estão em parte relacionadas com sua capacidade de foto- excitação Carpa (Cyprinus carpio) 1h 2h 4h 0.0 2.5 5.0 7.5 Controle C60 Fe3+ a ababc abcabc abc abc c bc * Tempo de exposição nmolesMDA/mgdetecido Fatores que influenciam a toxicidade de nanopartículas
  • 30. O aumento transitório da concentração de GSSG no cérebro da carpa indica uma situação pró-oxidante induzida pelo fulereno 1h 2h 4h 0 50 100 150 200 Controle C60 H2O2 bc a abc ab abc abc abc abc a Tempo de exposição nmolesGSSG/gdetecido Fatores que influenciam a toxicidade
  • 31. Conceito de “Cavalo de Troia: a associação de alguns tóxicos com nanocompostos, facilitando seu ingresso às células e compartimentos celulares (Limbach et al., 2007) Contaminante qualquer substância que ocorra em níveis mais elevados no meio ambiente sem causar efeitos danosos aos recursos ambientais Poluente qualquer substância que ocorra em níveis mais elevados no meio ambiente, podendo afetar aos recursos ambientais Efeitos de Cavalo de Troia
  • 32. Efeitos de Cavalo de Troia  Nanocompostos facilitam o ingresso de poluentes ambientais? Conceito de “Cavalo de Troia” Os resultados indicam que algum compostos podem ter aumentada sua toxicidade na presencia de nanocompostos como o fulereno Fonte: Baun et al. (2008). Aquat. Toxicol, 86: 379-386.
  • 33. Efeitos de Cavalo de Troia Fonte: Sun et al. (2009). Environ. Pollut., 157: 1165-1170.  Nanocompostos facilitam o ingresso de poluentes ambientais? Conceito de “Cavalo de Troia”
  • 34. Hepatócitos de zebrafish BaP + C60 C D 0.01 0.1 1 C D 0.01 0.1 1 0 1.0×10 5 2.0×10 5 3.0×10 5 4.0×10 5 5.0×10 5 6.0×10 5 +C60 -C60 [BaP] (mg/L)[BaP] (mg/L) a b a a aa a a a b AcumualaçãodeBaP (unidadesdefluorescência) Um aumento da fluorescência intracelular está associada a uma acumulação de BaP e /ou metabolitos não foi influenciado pela exposição ao fulereno Efeitos de Cavalo de Troia
  • 35. C D 0.01 0.1 1 C D 0.01 0.1 1 0.0 0.2 0.4 0.6 0.8 1.0 abc +C60-C60 [BaP] (mg/L)[BaP](mg/L) a a bc b b ac a a abc ReduçãodoMTT (ABS630nm) Menor redução de MTT está associado a uma menor atividade de desidrogenases mitocondriais Efeitos de Cavalo de Troia Hepatócitos de zebrafish BaP + C60
  • 36. C D 0.01 0.1 1 C D 0.01 0.1 1 0 9 18 27 36 45 +C 60 -C 60 [BaP] (mg/L)[BaP] (mg/L) a a ab b d c ab ab abab AtividadeGST (nmol/min/mgprot) O aumento da atividade da GST após exposição com o BaP é abolido quando é efetuada uma co-exposição com fulereno. Efeitos de Cavalo de Troia Hepatócitos de zebrafish BaP + C60
  • 37. Efeitos de Cavalo de Troia Hepatócitos de zebrafish AsIII + C60 Arsênio 0 30 60 90 120 150 180 CT_1 CT As 2,5_1 CT As 100_1 Ct C60_1 As2,5 + C60_1 As100 + C60_1 Viabilidade(%) Controle As 2,5 µM As 100 µM C60 As 2,5 µM As 100 µM + C60 + C60 a a a a a a A redução do MTT não foi influenciada nem pelo arsênio nem pelo fulereno (C60)
  • 38. Efeitos de Cavalo de Troia O aumento da [GSH] na menor concentração de AsIII é anulada quando o metalóide foi co-administrado com o fulereno (C60) 0 5 10 15 20 25 30 Controle As 2,5 uM As 100 uM C60 As 2,5 uM + C60 As 100 uM + C60 a a b a a a Controle As 2,5 µM As 100µM C60 As 2,5 µM As 100µM + C60 + C60 nmolGSH/mgdeproteínas Hepatócitos de zebrafish AsIII + C60 Arsênio
  • 39. Efeitos de Cavalo de Troia Hepatócitos de zebrafish AsIII + C60 Arsênio O aumento da [TBARS] na menor concentração de AsIII é anulado quando o metalóide foi co- administrado com o fulereno (C60) 0 0,2 0,4 0,6 0,8 1 Ctrole H2O AsIII_2_5 AsIII_100 C60 As25 + C60 As100 + C60 P<0,05 Controle As 2,5 µM As 100 µM C60 As 2,5 µM As 100 µM + C60 + C60 nmolesTMP/mgdetecido
  • 40. Hepatocitos de zebrafish Fuente: Azevedo Costa et al. (2012). Comp. Biochem. Physiol., C155: 206-212. Maior acumulação de arsênico (As) após 4 h quando co- exposto com fulereno. Arsênico adsorvido ao fulereno? Dinâmica de liberação dol arsênico dentro das células?
  • 41. Hepatocitos de zebrafish Fuente: Azevedo Costa et al. (2012). Comp. Biochem. Physiol., C155: 206-212. O aumento da concentração de GSH na menor concentração de As foi eliminado quando co-expuesto com fulereno. As adsorvido ao fulereno?
  • 42. Efeitos a diferentes níveis de organização Fonte: Usenko et al. (2008). Toxicol.. Appl. Pharmacol., 229: 44- 55. O fulereno aumentou a expressão da subunidade catalitica da GCL e de uma forma da glutationa-S- transferase em embriões de zebrafish Efeitos a nível de expressão gênica
  • 43. Efeitos a nível de expressão gênica Efeitos a diferentes níveis de organização Fonte: Chae et al. (2009). Aquat. Toxicol., 94: 320-327. Diferenças entre a nano prata e iônica na expressão da metalotioneína no peixe Oryzias latipes
  • 44. Efeitos a diferentes níveis de organização Efeitos a nível de expressão gênica Diferenças na expressão de diferentes tipos de genes que codificam para enzimas antioxidantes no fígado do zebrafish Fonte: Choi et al. (2010). Aquat. Toxicol., 100: 151- 159.
  • 45. Efeitos a diferentes níveis de organização Efeitos a nível bioquímico Inibidores da GCL (BSO e DEM) aumentaram a toxicidade do fulereno, indican- do a necessidade de uma resposta antioxidante mediada pela glutationa (GSH) Fonte: Usenko et al. (2008). Toxicol.. Appl. Pharmacol., 229: 44-55.
  • 46. Efeitos a diferentes níveis de organização Efeitos a nível bioquímico O tratamento com nanoprata levou a um aumento do dano oxidativo lipídico ainda que tivesse se registrado um aumento significativo na concentração do antioxidante glutationa (GSH) no fígado de zebrafish Fonte: Choi et al. (2010). Aquat. Toxicol., 100: 151-159.
  • 47. Efeitos a diferentes níveis de organização Aumento da freqüência cardíaca no crustáceo Daphnia magna após exposição a fulereno, mais sem efeito com outros nanocompostos Controle Fulereno Fonte: Lovern et al. (2007). Environ. Sci. Technol., 41: 4165-4170. Efeitos a nível fisiológico
  • 48. Efeitos a diferentes níveis de organização Efeitos a nível comportamental Sem efeito no tempo necessário para fazer a toca no poliqueto Arenicola marina exposta à nanotubos de carbono de parede simples ou nanopartículas de óxido de titânio Fonte: Galloway et al. (2010). Environ. Pollut., 158: 1748- 1755.
  • 49. Efeitos a diferentes níveis de organização Efeitos a nível populacional O fulereno induziu uma queda na produção de crias em Daphnia magna, sugerindo um eventual efeito a nível populacional Fonte: Oberdörster et al. (2006). Carbon, 44: 1112-1120. Daphnia magna
  • 50. Efeitos a diferentes níveis de organização Fonte: Navarro et al. (2008). Ecotoxicology, 17: 372-386. NP: nanopartículas OM: matéria orgânica SI: íons Tox A/Tox B: moléculas tóxicas presentes no ambiente
  • 52. Foi registrado um aumento de 362% da fluorescencia num sistema que continha C60 (10 mg/L) e DCFH-DA em relação a um grupo control que continha somente DCFH-DA. Importante: el DCFH –DA somente deberia fluorecer após da de-acetilação Fuente: Lyon et al. (2008). Nano Lett.., 8: 1539-1543. Alterações redox induzidas por nanomateriais
  • 53. BSA Control BSA + C60 BSA + t-BOOH Fuente: Lyon et al. (2008). Nano Lett.., 8: 1539-1543. O fulereno apresenta um potencial de óxido-redução dose-dependente e possue capacidade de reduzir a concedntração de grupos –SH na albumina de soro bovino (BSA) Fuente: Lyon et al. (2008). Environ. Sci. Technol., 42: 8127-8132. Mesmo assim Alterações redox induzidas por nanomateriais
  • 54. 5 min 15 min 60 min Dienos conjugados 6,99±0,16 19,69±1,10 35,73±0,89 LOOH 3,82±0,70 16,30±1,15 18,70±1,10 TBARS 0,44±0,08 4,22±0,08 8,22±0,18 Tempo de iluminação Fuente: Kamat et al. (2000). Toxicology., 155: 55-61. Aumento da peroxidação lipídica em microsomas hepáticos de rata em condicões de iluminacão UV e visibilidade Alterações redox induzidas por nanomateriais
  • 55. Agua dulce ROS UV/Vis Animais transparentes quando internalizam nanomateriais foto- exitaveis podem aumentar a concentração endogena de ROS Alterações redox induzidas por nanomateriais
  • 57. Cyprinus carpio Peroxidación lipídica: efeito pro-oxidante do fulereno (exacerbado con UV). A azida de sódio reverte o efeito induzido após da exposição ao fulereno Fuente: Britto et al. (2012). Aquat. Toxicol., 114-115: 80-87 Alterações redox induzidas por nanomateriais
  • 58. Quais efeitos ou interaçãoes podem acontecer entre ROS normalmente produzidos dentro de células com nanomateriais? ROS? Oxígeno singlet? Alterações redox induzidas por nanomateriais
  • 59. A funcionalização pode alterar as propiedades pro-oxidantes de um composto e transformar o nanomaterial numa molécula com características antioxidantes Fulereno Fulerol Grupos hidroxilo Funcionalização Alterações redox induzidas por nanomateriais
  • 60. Nrf2 Nrf2 ARE  Expresión de genes asociados con respuestas antioxidantes y de detoxificación {P Um estado pro-oxidante pode promover a migração nuclear do fator transcricional Nrf2, que irá a interatuar com regiões ARE, aumentando a expressão de genes importantes na defesa antioxidante (incluindo o proprio Nrf2) Alterações redox induzidas por nanomateriais