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Nanotubos de carbono combinados com chumbo
ou pesticidas potencializam efeitos tóxicos em peixes
Interações fatais
E
studos conduzidos em parceria
por pesquisadores da Univer-
sidade Estadual de Campinas
(Unicamp), Laboratório Nacional
de Nanotecnologia (LNNano) e do Insti-
tuto de Pesca do Estado de São Paulo, em
Cananeia, no litoral sul paulista, mos-
traram que quando nanotubos de carbo-
no entram em contato com substâncias
tóxicas como chumbo e pesticidas em
ambientes aquáticos há um aumento
expressivo de toxicidade para peixes
como tilápias-do-nilo (Oreochromis ni-
loticus), camarões-d’-água-doce e outras
espécies. Os mais recentes resultados da
pesquisa que avaliou a interação entre
esses nanomateriais e carbofurano, um
pesticida com alta toxicidade utilizado
no Brasil em culturas agrícolas, foram
publicados on-line na revista Ecotoxi-
cology and Environmental Safety em
novembro e sairão na edição impressa
em janeiro de 2015. “Quando foi feita a
combinação com o nanotubo houve um
aumento de cinco vezes na toxicidade
do carbofurano para as tilápias”, diz o
professor Oswaldo Alves, do Laboratório
de Química do Estado Sólido (LQES)
do Instituto de Química da Unicamp,
coordenador da pesquisa. “Isso é um
claro indicativo de que a nanoestrutura
está potencializando o efeito tóxico do
pesticida.” Em outro sentido, ele também
funciona como um excelente concentra-
dor de pesticidas, metais e hormônios.
Ou seja, o nanotubo é um material que
tem propriedades potenciais para uso
em filtros de sistemas de tratamento de
água e sensores. “É preciso, no entan-
to, avaliar como será o descarte desses
NANOTECNOLOGIA y
Dinorah Ereno
materiais e pensar nas implicações am-
bientais futuras”, ressalta Alves.
Entre os testes feitos no Instituto de
Pesca, conduzidos pelo professor Edison
Barbieri em parceria com Diego Stéfani
Teodoro Martinez, aluno de doutorado
e pós-doutorado de Alves e atualmente
pesquisador do LNNano, em Campinas,
estão o consumo de oxigênio – uma das
medidas utilizadas para avaliação do me-
tabolismo de organismos – e a capacida-
de de natação dos peixes. As descobertas
indicam que as nanoestruturas de carbo-
no podem atuar como transportadores
de pesticidas e afetar o comportamento
dos peixes, além da sobrevivência deles.
Os testes mostraram que até a concen-
tração de 2 miligramas (mg) de nanotu-
bos por litro na água não houve diferen-
ça em relação ao controle no consumo
70  z  DEZEMBRO DE 2014
Tilápias em
experimento
realizado no Instituto
de Pesca em
Cananeia: à
esquerda, imagem
de microscopia de
teste com nanotubos
e chumbo mostra
filamentos das
brânquias
deformados e
inchados em
comparação com o
grupo-controle, à
direita, em água sem
substâncias tóxicas
FOTO EDUARDOCESARDETALHES UNICAMP
de oxigênio. Quando o carbofurano foi
colocado sozinho na água, inicialmente
houve um aumento no consumo de oxi-
gênio e logo em seguida uma diminuição,
indicativo de que os peixes estavam co-
meçando a morrer. “Nos experimentos
feitos com essa substância nas propor-
ções de 0,5, 1 e 2 mg, combinado com o
nanotubo de carbono (1 mg) o consumo
de oxigênio baixou rapidamente, apon-
tando uma nítida diferença em relação
ao grupo de controle”, diz Barbieri, coor-
denador das pesquisas no Instituto de
Pesca. Em relação à capacidade de nata-
ção, houve uma tendência de diminuição
à medida que o pesticida e o nanotubo
estavam na água.
Iniciadas em 2010, as pesquisas ti-
nham como objetivo estudar a interação
de nanomateriais com poluentes comuns
como o chumbo, que em Cananeia, por
exemplo, consiste em um sério proble-
ma ambiental. “Lá, os afloramentos de
chumbo provenientes de galenas [mine-
rais compostos por sulfeto de chumbo]
são naturais e ocorrem quando chove
muito e há lixiviação do solo”, diz Bar-
bieri. O estudo teve início com a exposi-
ção de tilápias a nanotubos de carbono
e chumbo em diferentes concentrações
por períodos de até 96 horas. Os resul-
tados foram apresentados em novembro
de 2012 por Martinez, em um congresso
internacional sobre segurança de nano-
materiais chamado NanoSafe, realizado
a cada dois anos em Grenoble, na França.
Os nanotubos aumentam em até cinco
vezes a toxicidade aguda do chumbo pa-
ra as tilápias. No experimento em que
os peixes foram expostos apenas a essas
nanoestruturas de carbono não houve
nenhum sinal de toxicidade aguda até
o limite de 2 mg por litro.
A primeira fase dos ensaios consistiu
em fazer o experimento-controle apenas
com água mineral. Depois foram feitos
testes com o nanotubo e chumbo sepa-
radamente colocados em diferentes con-
centrações até o limite de 2 mg por litro e,
por último, com os dois materiais juntos.
“Oconsumodeoxigêniodiminuiemtodas
situações com a presença de ambos”, diz
Barbieri. Um artigo científico com os re-
sultados da pesquisa saiu publicado no
Journal of Physics: Conference Series, em
março de 2013. “Na literatura científica
mundialsãopoucososestudosquetratam
da interação entre poluentes ambientais
e nanotubos de carbono, focalizando os
impactos na fisiologia e comportamento
PESQUISA FAPESP 226  z  71
72  z  DEZEMBRO DE 2014
A Organização para a Cooperação e De-
senvolvimento Econômico (OCDE), por
exemplo, ressalta que materiais nanoes-
truturados têm propriedades interessan-
tes, mas é preciso cuidado ao incorporá-
-los a outros, sobretudo envolvendo uso
biológico. “A organização faz um alerta
para que eles só sejam usados se houver
dados de laboratório a respeito de sua
toxicidade ou alguma avaliação ligada
a possíveis efeitos no organismo”, diz
Alves, cujo grupo recebe financiamento
do Instituto Nacional de Ciência, Tecno-
logia e Inovação (INCT) em Materiais
ComplexosFuncionais(Inomat),quetem
recursos da FAPESP e do Ministério da
Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI).
As pesquisas agora terão como foco a
influência da matéria orgânica presente
na água de rios e lagos sobre as nanoes-
truturas. “Queremos saber se na presen-
ça de matéria orgânica os pesticidas pa-
ram de interagir com os nanotubos”, diz
Martinez. “A ideia do projeto é funcionar
como uma plataforma para todos os po-
luentes ambientais clássicos e emergen-
tes, incluindo hormônios e antibióticos.”
Dessa forma, será possível avaliar as inte-
rações de vários poluentes com amostras
nanoestruturadas. “Os trabalhos feitos
até agora apontam para nós que essas
nanoestruturas não poderão ir nem para
o rio nem para o mar.” É preciso, ainda,
fazer estudos sobre o seu descarte no
solo e os efeitos sobre plantas, porque já
se sabe que os seus impactos ambientais
são de longa duração. n
de peixes”, diz Martinez. Ainda mais, fal-
tam dados conclusivos sobre os efeitos de
longa duração desses nanomateriais des-
cartados no ambiente. Isso significa que
as pesquisas não acompanharam o cres-
cimento do mercado dessas nanoestrutu-
ras com propriedades físicas e químicas
diferenciadas,quetêmcrescidoanoaano.
A
interação entre chumbo e nanotu-
bos de carbono e seus efeitos tó-
xicos sobre brânquias de tilápias
foi também objeto de estudo de alunos de
mestrado orientados por Edison Barbieri,
do Instituto de Pesca. Eles estudaram os
efeitos dessa combinação sobre as brân-
quias, principal órgão responsável pelas
trocas gasosas e pela excreção da amônia,
mecanismo pelo qual são removidos do
organismo de animais aquáticos resíduos
tóxicos como amônia, ureia e sais, res-
ponsável por manter o equilíbrio do meio
interno, isto é, a homeostase. “No expe-
rimento-controle é possível ver todos os
filamentos das brânquias preservados,
já com a adição de nanotubos de carbo-
no e chumbo, juntos ou separadamente,
há deformação e inchaço nas células de
revestimento das lamelas, responsáveis
pelas trocas gasosas”, relata Barbieri.
Os testes com carbofurano e nanotubos
também tiveram resultados semelhantes.
Antes dos experimentos terem início,
foifeitaapurificaçãoecaracterizaçãodos
materiais,visandoaumestritocontroleda
qualidadeparagarantirresultadosconver-
gentes. “Parte da tese de Diego foi apren-
derapurificarnanotubosdecarbono”,diz
Alves. “Foram quatro anos em que ele se
dedicou ao tema e hoje se beneficia disso
porque tem um material de qualidade pa-
ra os ensaios biológicos e toxicológicos.”
Alves explica que os ensaios biológicos
precisam ser feitos com material com-
provadamente muito bem conhecido. “Os
nanotubosfeitosporumaempresasãodi-
ferentes daqueles produzidos por outra.”
Para que o material final tivesse a mesma
qualidade, os pesquisadores encomenda-
ram nanotubos de uma empresa coreana,
que antes de ser usado passa por um pro-
cesso refinado de purificação. “Para cada
material que sai do LQES, fazemos uma
ficha técnica, onde consta a identificação
daamostraedadosdesuacaracterização.”
A produção de nanotubos hoje é da
ordem de 20 toneladas por ano, com 600
diferentes tipos disponíveis no mercado
para aplicações que englobam nanocom-
pósitos, concreto, tintas especiais, ener-
gia, eletrônica e até aplicações médicas e
ambientais. Europa e Coreia do Sul en-
cabeçam a lista dos maiores produtores.
“Embora ainda não existam empresas
brasileiras produzindo em larga escala
essas substâncias, precisamos ser proati-
vos,pensarnofuturoenaregulaçãodessa
tecnologia”, diz Alves. “É preciso cuidar
do descarte e, para isso, tem que se co-
nhecer todo o ciclo de vida do material,
o que demanda muita pesquisa.” Atual-
mente, todo o material importado à base
de nanotubos de carbono entra no Brasil
simplesmente como material de carbono,
elemento químico que compõe desde o
carvão ativo usado em filtros até medi-
camentos, já que não existe uma regula-
mentação específica para nanomateriais.
Projeto
Instituto Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação em Ma-
teriais Complexos Funcionais (Inomat) (nº 2008/57867-8);
Modalidade Auxílio Pesquisa – Projeto Temático; Pesquisa-
dor responsável Fernando Galembeck (Unicamp/LNNano);
Investimento R$ 2.085.423,04 (FAPESP).
Artigos científicos
CAMPOS-GARCIA, J. et al. Ecotoxicological effects of
carbofuran and oxidised multiwalled carbon nanotubes
on the freshwater fish Nile tilapia: Nanotubes enhance
pesticide ecotoxicity. Ecotoxicology and Environmental
Safety. v. 111, p. 131-7. jan. 2015
MARTINEZ, D. S. T. et al. Carbon nanotubes enhanced the
lead toxicity on the freshwater fish. Journal of Physics:
Conference Series. v. 429, n. 012043 mar. 2013.
Imagem de microscópio
de transmissão
eletrônica mostra
nanotubos produzidos
no Instituto de Química
da Unicamp
LQES/UNICAMP
PESQUISA FAPESP 226  z  73
O tema da regulação tem mobilizado
pesquisadores e indústrias no mundo,
interessados nas várias possibilidades
de utilização de nanoestruturas. Nos dias
5 e 6 de novembro, por exemplo,
representantes brasileiros estiveram
presentes em um grande evento na
Holanda, capitaneado pela Comunidade
Europeia, que teve como resultado a adesão
do Brasil a um dos mais importantes clusters
ligado à regulação internacional da
nanotecnologia. Outro evento importante,
no âmbito científico, foi a NanoSafe 2014,
conferência internacional sobre a produção
e o uso seguro de nanomateriais,
realizada entre os dias 18 e 20 de novembro
em Grenoble, na França.
Na quarta edição do evento, realizado a
cada dois anos desde 2008, participaram
mais de 300 pesquisadores de 30 países,
que apresentaram 160 comunicações orais
e 86 pôsteres, além de 12 expositores, entre
empresas e organizações. “Desde a sua
primeira versão, o evento procura abordar
vários temas ligados à segurança dos
nanomateriais em diferentes sessões”, diz o
professor Oswaldo Alves, da Universidade
Estadual de Campinas (Unicamp), presente
ao evento, onde mostrou os resultados
do projeto que coordena sobre o aumento
da toxicidade de nanotubos de carbono para
peixes quando em contato com o chumbo.
Entre os assuntos discutidos na
NanoSafe 2014 estão novas aplicações
de nanomateriais; nanotoxicologia, com
estudos envolvendo trato respiratório,
cérebro e pele como alvos; interações com
o ambiente; liberação de nanomateriais;
Regulamentação em pauta
produção industrial e prevenção; análise de
ciclo de vida; regulação e padronização, e
desenvolvimento responsável. O Brasil,
representado por pesquisadores de
instituições como Unicamp, Universidade de
São Paulo (USP), Universidade Federal de
São Paulo (Unifesp), Universidade Federal
do ABC (UFABC), Universidade Federal de
Minas Gerais (UFMG) e Universidade
Federal de Juiz de Fora (UFJF), apresentou
15 trabalhos. Uma das novidades mostradas
por algumas empresas foram equipamentos
portáteis que permitem monitorar a
presença de nanopartículas em instalações
industriais, construção e outros ambientes.
A regulação e a padronização dos
nanomateriais são fundamentais
para o desenvolvimento comercial da
nanotecnologia. “O tema foi colocado
em pauta pela Comissão Europeia
com base na Estratégia Europeia para as
Nanotecnologias, que está apoiada no tripé
segurança, integração e responsabilidade”,
Representações
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nanomateriais:
nanotubos acima,
grafeno e
nanoestruturas
funcionais, ao lado
Evento na França discute produção e uso seguro de nanomateriais
diz Alves. Um dos blocos de construção
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nanomateriais no mercado, avaliando
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Dinamarca, têm implementado regulações
sobre nanomateriais específicos.
“Nos Estados Unidos, a Agência de
Proteção Ambiental (EPA) publicou em 2008
duas resoluções, dentro do escopo do Ato de
Controle de Substâncias Tóxicas (TSCA),
indicando claramente uma mudança de
postura na questão da regulação da
nanotecnologia no país”, diz Alves. A FDA,
agência norte-americana de controle de
alimentos e medicamentos, também se
ocupa das aplicações da nanotecnologia
na área da saúde e tem lançado consultas
públicas desde 2011. Alves ressalta que,
apesar de a questão da padronização
da nanotecnologia estar no centro das
discussões em Grenoble, essa é uma tarefa
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natureza dos nanomateriais, caracterizada
pela falta de homogeneidade, consiste
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avaliação, se dará com o desenvolvimento
não só de novos métodos para a produção
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Nanotubos de carbono potencializam efeitos tóxicos de pesticidas em peixes

  • 1. Nanotubos de carbono combinados com chumbo ou pesticidas potencializam efeitos tóxicos em peixes Interações fatais E studos conduzidos em parceria por pesquisadores da Univer- sidade Estadual de Campinas (Unicamp), Laboratório Nacional de Nanotecnologia (LNNano) e do Insti- tuto de Pesca do Estado de São Paulo, em Cananeia, no litoral sul paulista, mos- traram que quando nanotubos de carbo- no entram em contato com substâncias tóxicas como chumbo e pesticidas em ambientes aquáticos há um aumento expressivo de toxicidade para peixes como tilápias-do-nilo (Oreochromis ni- loticus), camarões-d’-água-doce e outras espécies. Os mais recentes resultados da pesquisa que avaliou a interação entre esses nanomateriais e carbofurano, um pesticida com alta toxicidade utilizado no Brasil em culturas agrícolas, foram publicados on-line na revista Ecotoxi- cology and Environmental Safety em novembro e sairão na edição impressa em janeiro de 2015. “Quando foi feita a combinação com o nanotubo houve um aumento de cinco vezes na toxicidade do carbofurano para as tilápias”, diz o professor Oswaldo Alves, do Laboratório de Química do Estado Sólido (LQES) do Instituto de Química da Unicamp, coordenador da pesquisa. “Isso é um claro indicativo de que a nanoestrutura está potencializando o efeito tóxico do pesticida.” Em outro sentido, ele também funciona como um excelente concentra- dor de pesticidas, metais e hormônios. Ou seja, o nanotubo é um material que tem propriedades potenciais para uso em filtros de sistemas de tratamento de água e sensores. “É preciso, no entan- to, avaliar como será o descarte desses NANOTECNOLOGIA y Dinorah Ereno materiais e pensar nas implicações am- bientais futuras”, ressalta Alves. Entre os testes feitos no Instituto de Pesca, conduzidos pelo professor Edison Barbieri em parceria com Diego Stéfani Teodoro Martinez, aluno de doutorado e pós-doutorado de Alves e atualmente pesquisador do LNNano, em Campinas, estão o consumo de oxigênio – uma das medidas utilizadas para avaliação do me- tabolismo de organismos – e a capacida- de de natação dos peixes. As descobertas indicam que as nanoestruturas de carbo- no podem atuar como transportadores de pesticidas e afetar o comportamento dos peixes, além da sobrevivência deles. Os testes mostraram que até a concen- tração de 2 miligramas (mg) de nanotu- bos por litro na água não houve diferen- ça em relação ao controle no consumo 70  z  DEZEMBRO DE 2014
  • 2. Tilápias em experimento realizado no Instituto de Pesca em Cananeia: à esquerda, imagem de microscopia de teste com nanotubos e chumbo mostra filamentos das brânquias deformados e inchados em comparação com o grupo-controle, à direita, em água sem substâncias tóxicas FOTO EDUARDOCESARDETALHES UNICAMP de oxigênio. Quando o carbofurano foi colocado sozinho na água, inicialmente houve um aumento no consumo de oxi- gênio e logo em seguida uma diminuição, indicativo de que os peixes estavam co- meçando a morrer. “Nos experimentos feitos com essa substância nas propor- ções de 0,5, 1 e 2 mg, combinado com o nanotubo de carbono (1 mg) o consumo de oxigênio baixou rapidamente, apon- tando uma nítida diferença em relação ao grupo de controle”, diz Barbieri, coor- denador das pesquisas no Instituto de Pesca. Em relação à capacidade de nata- ção, houve uma tendência de diminuição à medida que o pesticida e o nanotubo estavam na água. Iniciadas em 2010, as pesquisas ti- nham como objetivo estudar a interação de nanomateriais com poluentes comuns como o chumbo, que em Cananeia, por exemplo, consiste em um sério proble- ma ambiental. “Lá, os afloramentos de chumbo provenientes de galenas [mine- rais compostos por sulfeto de chumbo] são naturais e ocorrem quando chove muito e há lixiviação do solo”, diz Bar- bieri. O estudo teve início com a exposi- ção de tilápias a nanotubos de carbono e chumbo em diferentes concentrações por períodos de até 96 horas. Os resul- tados foram apresentados em novembro de 2012 por Martinez, em um congresso internacional sobre segurança de nano- materiais chamado NanoSafe, realizado a cada dois anos em Grenoble, na França. Os nanotubos aumentam em até cinco vezes a toxicidade aguda do chumbo pa- ra as tilápias. No experimento em que os peixes foram expostos apenas a essas nanoestruturas de carbono não houve nenhum sinal de toxicidade aguda até o limite de 2 mg por litro. A primeira fase dos ensaios consistiu em fazer o experimento-controle apenas com água mineral. Depois foram feitos testes com o nanotubo e chumbo sepa- radamente colocados em diferentes con- centrações até o limite de 2 mg por litro e, por último, com os dois materiais juntos. “Oconsumodeoxigêniodiminuiemtodas situações com a presença de ambos”, diz Barbieri. Um artigo científico com os re- sultados da pesquisa saiu publicado no Journal of Physics: Conference Series, em março de 2013. “Na literatura científica mundialsãopoucososestudosquetratam da interação entre poluentes ambientais e nanotubos de carbono, focalizando os impactos na fisiologia e comportamento PESQUISA FAPESP 226  z  71
  • 3. 72  z  DEZEMBRO DE 2014 A Organização para a Cooperação e De- senvolvimento Econômico (OCDE), por exemplo, ressalta que materiais nanoes- truturados têm propriedades interessan- tes, mas é preciso cuidado ao incorporá- -los a outros, sobretudo envolvendo uso biológico. “A organização faz um alerta para que eles só sejam usados se houver dados de laboratório a respeito de sua toxicidade ou alguma avaliação ligada a possíveis efeitos no organismo”, diz Alves, cujo grupo recebe financiamento do Instituto Nacional de Ciência, Tecno- logia e Inovação (INCT) em Materiais ComplexosFuncionais(Inomat),quetem recursos da FAPESP e do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI). As pesquisas agora terão como foco a influência da matéria orgânica presente na água de rios e lagos sobre as nanoes- truturas. “Queremos saber se na presen- ça de matéria orgânica os pesticidas pa- ram de interagir com os nanotubos”, diz Martinez. “A ideia do projeto é funcionar como uma plataforma para todos os po- luentes ambientais clássicos e emergen- tes, incluindo hormônios e antibióticos.” Dessa forma, será possível avaliar as inte- rações de vários poluentes com amostras nanoestruturadas. “Os trabalhos feitos até agora apontam para nós que essas nanoestruturas não poderão ir nem para o rio nem para o mar.” É preciso, ainda, fazer estudos sobre o seu descarte no solo e os efeitos sobre plantas, porque já se sabe que os seus impactos ambientais são de longa duração. n de peixes”, diz Martinez. Ainda mais, fal- tam dados conclusivos sobre os efeitos de longa duração desses nanomateriais des- cartados no ambiente. Isso significa que as pesquisas não acompanharam o cres- cimento do mercado dessas nanoestrutu- ras com propriedades físicas e químicas diferenciadas,quetêmcrescidoanoaano. A interação entre chumbo e nanotu- bos de carbono e seus efeitos tó- xicos sobre brânquias de tilápias foi também objeto de estudo de alunos de mestrado orientados por Edison Barbieri, do Instituto de Pesca. Eles estudaram os efeitos dessa combinação sobre as brân- quias, principal órgão responsável pelas trocas gasosas e pela excreção da amônia, mecanismo pelo qual são removidos do organismo de animais aquáticos resíduos tóxicos como amônia, ureia e sais, res- ponsável por manter o equilíbrio do meio interno, isto é, a homeostase. “No expe- rimento-controle é possível ver todos os filamentos das brânquias preservados, já com a adição de nanotubos de carbo- no e chumbo, juntos ou separadamente, há deformação e inchaço nas células de revestimento das lamelas, responsáveis pelas trocas gasosas”, relata Barbieri. Os testes com carbofurano e nanotubos também tiveram resultados semelhantes. Antes dos experimentos terem início, foifeitaapurificaçãoecaracterizaçãodos materiais,visandoaumestritocontroleda qualidadeparagarantirresultadosconver- gentes. “Parte da tese de Diego foi apren- derapurificarnanotubosdecarbono”,diz Alves. “Foram quatro anos em que ele se dedicou ao tema e hoje se beneficia disso porque tem um material de qualidade pa- ra os ensaios biológicos e toxicológicos.” Alves explica que os ensaios biológicos precisam ser feitos com material com- provadamente muito bem conhecido. “Os nanotubosfeitosporumaempresasãodi- ferentes daqueles produzidos por outra.” Para que o material final tivesse a mesma qualidade, os pesquisadores encomenda- ram nanotubos de uma empresa coreana, que antes de ser usado passa por um pro- cesso refinado de purificação. “Para cada material que sai do LQES, fazemos uma ficha técnica, onde consta a identificação daamostraedadosdesuacaracterização.” A produção de nanotubos hoje é da ordem de 20 toneladas por ano, com 600 diferentes tipos disponíveis no mercado para aplicações que englobam nanocom- pósitos, concreto, tintas especiais, ener- gia, eletrônica e até aplicações médicas e ambientais. Europa e Coreia do Sul en- cabeçam a lista dos maiores produtores. “Embora ainda não existam empresas brasileiras produzindo em larga escala essas substâncias, precisamos ser proati- vos,pensarnofuturoenaregulaçãodessa tecnologia”, diz Alves. “É preciso cuidar do descarte e, para isso, tem que se co- nhecer todo o ciclo de vida do material, o que demanda muita pesquisa.” Atual- mente, todo o material importado à base de nanotubos de carbono entra no Brasil simplesmente como material de carbono, elemento químico que compõe desde o carvão ativo usado em filtros até medi- camentos, já que não existe uma regula- mentação específica para nanomateriais. Projeto Instituto Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação em Ma- teriais Complexos Funcionais (Inomat) (nº 2008/57867-8); Modalidade Auxílio Pesquisa – Projeto Temático; Pesquisa- dor responsável Fernando Galembeck (Unicamp/LNNano); Investimento R$ 2.085.423,04 (FAPESP). Artigos científicos CAMPOS-GARCIA, J. et al. Ecotoxicological effects of carbofuran and oxidised multiwalled carbon nanotubes on the freshwater fish Nile tilapia: Nanotubes enhance pesticide ecotoxicity. Ecotoxicology and Environmental Safety. v. 111, p. 131-7. jan. 2015 MARTINEZ, D. S. T. et al. Carbon nanotubes enhanced the lead toxicity on the freshwater fish. Journal of Physics: Conference Series. v. 429, n. 012043 mar. 2013. Imagem de microscópio de transmissão eletrônica mostra nanotubos produzidos no Instituto de Química da Unicamp LQES/UNICAMP
  • 4. PESQUISA FAPESP 226  z  73 O tema da regulação tem mobilizado pesquisadores e indústrias no mundo, interessados nas várias possibilidades de utilização de nanoestruturas. Nos dias 5 e 6 de novembro, por exemplo, representantes brasileiros estiveram presentes em um grande evento na Holanda, capitaneado pela Comunidade Europeia, que teve como resultado a adesão do Brasil a um dos mais importantes clusters ligado à regulação internacional da nanotecnologia. Outro evento importante, no âmbito científico, foi a NanoSafe 2014, conferência internacional sobre a produção e o uso seguro de nanomateriais, realizada entre os dias 18 e 20 de novembro em Grenoble, na França. Na quarta edição do evento, realizado a cada dois anos desde 2008, participaram mais de 300 pesquisadores de 30 países, que apresentaram 160 comunicações orais e 86 pôsteres, além de 12 expositores, entre empresas e organizações. “Desde a sua primeira versão, o evento procura abordar vários temas ligados à segurança dos nanomateriais em diferentes sessões”, diz o professor Oswaldo Alves, da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), presente ao evento, onde mostrou os resultados do projeto que coordena sobre o aumento da toxicidade de nanotubos de carbono para peixes quando em contato com o chumbo. Entre os assuntos discutidos na NanoSafe 2014 estão novas aplicações de nanomateriais; nanotoxicologia, com estudos envolvendo trato respiratório, cérebro e pele como alvos; interações com o ambiente; liberação de nanomateriais; Regulamentação em pauta produção industrial e prevenção; análise de ciclo de vida; regulação e padronização, e desenvolvimento responsável. O Brasil, representado por pesquisadores de instituições como Unicamp, Universidade de São Paulo (USP), Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), Universidade Federal do ABC (UFABC), Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), apresentou 15 trabalhos. Uma das novidades mostradas por algumas empresas foram equipamentos portáteis que permitem monitorar a presença de nanopartículas em instalações industriais, construção e outros ambientes. A regulação e a padronização dos nanomateriais são fundamentais para o desenvolvimento comercial da nanotecnologia. “O tema foi colocado em pauta pela Comissão Europeia com base na Estratégia Europeia para as Nanotecnologias, que está apoiada no tripé segurança, integração e responsabilidade”, Representações gráficas de nanomateriais: nanotubos acima, grafeno e nanoestruturas funcionais, ao lado Evento na França discute produção e uso seguro de nanomateriais diz Alves. Um dos blocos de construção desse trinômio passa pela padronização. “O Parlamento europeu tem destacado a importância da padronização como uma maneira de acompanhar a introdução dos nanomateriais no mercado, avaliando que tal situação facilitará a implementação de uma regulação efetiva”, relata. Alguns países, como Bélgica, França e Dinamarca, têm implementado regulações sobre nanomateriais específicos. “Nos Estados Unidos, a Agência de Proteção Ambiental (EPA) publicou em 2008 duas resoluções, dentro do escopo do Ato de Controle de Substâncias Tóxicas (TSCA), indicando claramente uma mudança de postura na questão da regulação da nanotecnologia no país”, diz Alves. A FDA, agência norte-americana de controle de alimentos e medicamentos, também se ocupa das aplicações da nanotecnologia na área da saúde e tem lançado consultas públicas desde 2011. Alves ressalta que, apesar de a questão da padronização da nanotecnologia estar no centro das discussões em Grenoble, essa é uma tarefa altamente complexa. “Sabemos que a própria natureza dos nanomateriais, caracterizada pela falta de homogeneidade, consiste em um obstáculo de altíssima dificuldade.” A superação dessas dificuldades, na sua avaliação, se dará com o desenvolvimento não só de novos métodos para a produção de materiais nanoestruturados, novos equipamentos, como também novos protocolos de análise e rastreabilidade. Com isso poderá ser possível chegar às validações necessárias à padronização. n 1 2 3 FOTOS 1VINCRESPI/UNIVERSIDADEESTADUALDAPENSILVÂNIA2PETERALLEN/UNIVERSIDADEDACALIFÓRNIASANTABÁRBARA 3JAMESTOUR/UNIVERSIDADERICE