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MIP –Soja
Ediney Afonso
Ipameri - GO
 MIP – Soja: Uma Tecnologia Eficiente e Sustentável no
Manejo Dos Percevejos No Atual Sistema Produtivo Da
Soja
 CORRÊA-FERREIRA, B.S.1; CASTRO, L.C.2; ROGGIA, S.3;
CESCONETTO, N.2; COSTA, J.M.2; OLIVEIRA, M.C.N.de3
 1Consultor Funcredi/Embrapa Soja, Londrina, PR; e-
mail: bscferreira@gmail.com
 2 Coamo Agroindustrial Cooperativa, Campo Mourão,
PR.
 3 Embrapa Soja, Londrina, PR.
 O complexo de Percevejos Sugadores de grãos assume
importância cada vez maior na cultura da soja.
 O ataque desses insetos causa preocupações e sérios
danos aos grãos e sementes de soja.
 Ocorrência de : altas densidade populacionais, resistência
a inseticidas, número reduzido de ingredientes ativos
disponíveis, falhas de controle e desequilíbrio ambiental.
 Potencializam o ataque desses insetos.
ABORTAMENTO DE VAGENS
R 2 R 3 R4 R5.1 R5.3 R5.4 R6 R7 R 8-9
Vagens retorcidas espiraladas, Secam e caem afetando rendimento
 Manejo Integrado de Pragas ( MIP): manejar eficienteme-
te as pragas da soja com sustentabilidade econômica e
ambiental.
 Adotando procedimentos de monitoramento.
 Considerando os níveis de ação pré – estabelecidos e
utilizando corretamente os produtos indicados.
 Mudanças no sistema de produção agrícola da soja no
Brasil.
 Crescente aumento do número de aplicações.
 Vários questionamentos (MIP)
 Avaliar as recomendações do manejo integrado de
percevejos em diferentes regiões produtoras de soja.
 Coamo e Embrapa Soja, avaliou-se o manejo em 108
unidades de MIP.
 Tratamentos :
 1.MIP: controle de percevejos conforme o Nível de ação e
produtos indicados na pesquisa.
 2.Sistema Produtor (SP): controle segundo critérios do
produtor.
 3.Testemunha: área sem controle de Percevejos.
 A densidade populacional de percevejos foi monitorada
através de amostragens semanais.
 Os resultados Obtidos indicaram que os critérios
adotados pelo MIP - Soja são viáveis no atual sistema
produtivo.
 O monitoramento dos percevejos foi fundamental na
tomada de decisão e deve continuar até a fase de
maturação as soja.
 A densidade populacional e os danos de percevejos
causados à soja foram regionalizados.
 Não foram constatadas diferenças na produtividade e na
qualidade da soja entre os tratamentos.
 Os produtores realizaram, em média 2,06 vezes mais
aplicações que o tratamento MIP.
 Ocorreu redução na eficiência de controle quando as
aplicações foram realizadas com densidades elevadas de
percevejos.
 O controle dos percevejos antes do R3 é desnecessário.
 A intensidade de ataque de percevejos foi maior nas
semeaduras realizadas antes de 16/10.
 Através de uma parceria entre Coamo Agroindustrial
Cooperativa e Embrapa Soja, unidades de MIP forma
conduzidas na safra 201011.
 Utilizando parcelas 50x36 m com os seguintes
tratamentos. 1.MIP; 2.SP; 3.Testemunha.
 Foram realizadas avaliações semanais de densidade
populacionais de percevejos.
 Através do monitoramento com o pano-de-batida,em
cinco amostragens casualizadas por parcela.
 Realizados durante todo o ciclo, registrou –se o número de
ninfas grandes ( 3º ao 5 ºinstar)
 Adultos das diferentes espécies de percevejos fitófagos,
 Número de lagartas grandes e pequenas encontradas.
 As densidades populacionais das principais pragas e o
estádio de desenvolvimento das plantas foram registradas
em fichas de monitoriamento e a decisão de controle
tomada conforme os níveis de ação.
 Aplicação de herbicidas, fungicidas e demais tratos
culturais foram realizadas de forma semelhante em
todos os tratamentos.
 O controle de lagartas nas áreas testemunhas e MIP, se
necessário, foi realizado com produtos seletivos(
biológicos ou reguladores de crescimento).
 Na colheita, amostras de plantas de 4 linhas de 5 m de
comprimento foram coletadas, ao acaso.

 A análise de qualidade dos grãos e sementes foi
realizada através do teste de tetrazólio no Laboratório
de Sementes da Coamo.
 Os resultados foram submetidos à análise de variância e
as médias pelo teste de Tukey a 5 % de probabilidade.
 Um total de 108 unidades de MIP foram conduzidas em
lavouras de produtores de Santa Catarina, Paraná e Mato
Grosso do Sul.
 A maioria foi implantada em áreas com cultivares de soja
de crescimento indeterminado (72,7 %), predominando
as cultuvares de cilco precoce (51,3 %) e semi precoce
(27,8%), correspondendo as grupos maturidade que
variam de 5.8 a 6.6 e 6.7 a 6.9.
 Constatou-se que as populações de percevejos, sua
importância e danos causados à soja ocorreram de
forma generalizada.
 Em todas as unidades conduzidas o percevejo marrom
Euschistus heros (F), foi a espécie predominate.
 As densidades populacionais, ao longo do ciclo de
desenvolvimento da cultura variaram de acordo com a
região.
 Constatando-se os menores níveis de percevejos nas
regiões Sul e Centro Sul.
 Enquanto as maiores densidades populacionais ocorreram
em unidades das regiões Noroeste, Oeste e no Mato Grosso
do Sul.
 Nestas regiões, os níveis máximos na área testemunha
foram de 41,8, 29,0 e 10,2 percevejos/m,
respectivamente, todos constatados no final do ciclo da
soja, com plantas em estádio R6 - R7.
 A produtividade média obtida foi estatisticamente igual
entre os tratamentos MIP e SP em seis das nove regiões,
com diferenças verificadas apenas nas regiões Noroeste,
Oeste e Mato Grosso do Sul.
 Percentuais de sementes e grãos inviabilizados pelo
dano de percevejos foram obtidos nas áreas
testemunhas (sem controle de percevejos), não se
constatando diferenças significativas entre os
tratamentos MIP e SP para nenhuma das regiões.
 Os menores índices de sementes inviáveis foram
observados nas regiões Sul e Centro-Sul.
 Constatou-se que em seis das nove regiões a
intensidade de ataque dos percevejos foi maior nas
unidades com semeadura realizada antes de 16/10.
 Os resultados mostraram que mesmo com a ocorrência
de percevejos na cultura no período vegetativo, as
aplicações antecipadas (antes do período de
desenvolvimento de vagens - R3) não contribuíram para
reduzir o nível populacional dessas pragas no período
reprodutivo.
 O número de aplicações de inseticidas para o controle
dos percevejos foi, na média, 2,06 vezes menor no
tratamento MIP em relação ao sistema do produtor.
 Sendo a região Centro-Sul e Mato Grosso do Sul onde
verificaram-se o menor e maior número de aplicações
realizadas para o controle desses insetos nos dois
tratamentos: MIP e SP.
 O monitoramento dos percevejos é fundamental na
tomada de decisão de controle e,deve continuar até a
fase de maturação da soja, sendo intensificado nos
períodos de maior ocorrência desses insetos na cultura.
 A densidade populacional e os danos causados à soja
por percevejos variou de acordo com a região de
localização da lavoura.
 O MIP não perdeu em produtividade e em qualidade
(vigor e viabilidade da semente) para o sistema do
produtor.
 A utilização de critérios próprios do agricultor resultou
em aumento de 106% no número de aplicações para o
controle de percevejos.
 As aplicações para o controle dos percevejos antes do
inicio do desenvolvimento de vagens (R3) não resultaram
em melhoria da produtividade ou da qualidade dos
grãos, e também não reduziram a densidade
populacional de percevejos na fase reprodutiva da soja.
 Redução na eficiência de controle ocorreu quando as
aplicações foram realizadas com densidades
populacionais elevadas de percevejos.
 Em seis das nove regiões estudadas, a intensidade de
ataque dos percevejos foi maior nas semeaduras
precoces realizadas antes de 16/10.
Mip soja   percevejo marrom

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Mip soja percevejo marrom

  • 2.  MIP – Soja: Uma Tecnologia Eficiente e Sustentável no Manejo Dos Percevejos No Atual Sistema Produtivo Da Soja  CORRÊA-FERREIRA, B.S.1; CASTRO, L.C.2; ROGGIA, S.3; CESCONETTO, N.2; COSTA, J.M.2; OLIVEIRA, M.C.N.de3  1Consultor Funcredi/Embrapa Soja, Londrina, PR; e- mail: bscferreira@gmail.com  2 Coamo Agroindustrial Cooperativa, Campo Mourão, PR.  3 Embrapa Soja, Londrina, PR.
  • 3.  O complexo de Percevejos Sugadores de grãos assume importância cada vez maior na cultura da soja.  O ataque desses insetos causa preocupações e sérios danos aos grãos e sementes de soja.  Ocorrência de : altas densidade populacionais, resistência a inseticidas, número reduzido de ingredientes ativos disponíveis, falhas de controle e desequilíbrio ambiental.  Potencializam o ataque desses insetos. ABORTAMENTO DE VAGENS R 2 R 3 R4 R5.1 R5.3 R5.4 R6 R7 R 8-9 Vagens retorcidas espiraladas, Secam e caem afetando rendimento
  • 4.  Manejo Integrado de Pragas ( MIP): manejar eficienteme- te as pragas da soja com sustentabilidade econômica e ambiental.  Adotando procedimentos de monitoramento.  Considerando os níveis de ação pré – estabelecidos e utilizando corretamente os produtos indicados.  Mudanças no sistema de produção agrícola da soja no Brasil.
  • 5.  Crescente aumento do número de aplicações.  Vários questionamentos (MIP)  Avaliar as recomendações do manejo integrado de percevejos em diferentes regiões produtoras de soja.
  • 6.  Coamo e Embrapa Soja, avaliou-se o manejo em 108 unidades de MIP.  Tratamentos :  1.MIP: controle de percevejos conforme o Nível de ação e produtos indicados na pesquisa.  2.Sistema Produtor (SP): controle segundo critérios do produtor.  3.Testemunha: área sem controle de Percevejos.  A densidade populacional de percevejos foi monitorada através de amostragens semanais.
  • 7.  Os resultados Obtidos indicaram que os critérios adotados pelo MIP - Soja são viáveis no atual sistema produtivo.  O monitoramento dos percevejos foi fundamental na tomada de decisão e deve continuar até a fase de maturação as soja.  A densidade populacional e os danos de percevejos causados à soja foram regionalizados.  Não foram constatadas diferenças na produtividade e na qualidade da soja entre os tratamentos.
  • 8.  Os produtores realizaram, em média 2,06 vezes mais aplicações que o tratamento MIP.  Ocorreu redução na eficiência de controle quando as aplicações foram realizadas com densidades elevadas de percevejos.  O controle dos percevejos antes do R3 é desnecessário.  A intensidade de ataque de percevejos foi maior nas semeaduras realizadas antes de 16/10.
  • 9.  Através de uma parceria entre Coamo Agroindustrial Cooperativa e Embrapa Soja, unidades de MIP forma conduzidas na safra 201011.  Utilizando parcelas 50x36 m com os seguintes tratamentos. 1.MIP; 2.SP; 3.Testemunha.  Foram realizadas avaliações semanais de densidade populacionais de percevejos.  Através do monitoramento com o pano-de-batida,em cinco amostragens casualizadas por parcela.
  • 10.  Realizados durante todo o ciclo, registrou –se o número de ninfas grandes ( 3º ao 5 ºinstar)  Adultos das diferentes espécies de percevejos fitófagos,  Número de lagartas grandes e pequenas encontradas.  As densidades populacionais das principais pragas e o estádio de desenvolvimento das plantas foram registradas em fichas de monitoriamento e a decisão de controle tomada conforme os níveis de ação.
  • 11.  Aplicação de herbicidas, fungicidas e demais tratos culturais foram realizadas de forma semelhante em todos os tratamentos.  O controle de lagartas nas áreas testemunhas e MIP, se necessário, foi realizado com produtos seletivos( biológicos ou reguladores de crescimento).  Na colheita, amostras de plantas de 4 linhas de 5 m de comprimento foram coletadas, ao acaso. 
  • 12.  A análise de qualidade dos grãos e sementes foi realizada através do teste de tetrazólio no Laboratório de Sementes da Coamo.  Os resultados foram submetidos à análise de variância e as médias pelo teste de Tukey a 5 % de probabilidade.
  • 13.  Um total de 108 unidades de MIP foram conduzidas em lavouras de produtores de Santa Catarina, Paraná e Mato Grosso do Sul.  A maioria foi implantada em áreas com cultivares de soja de crescimento indeterminado (72,7 %), predominando as cultuvares de cilco precoce (51,3 %) e semi precoce (27,8%), correspondendo as grupos maturidade que variam de 5.8 a 6.6 e 6.7 a 6.9.  Constatou-se que as populações de percevejos, sua importância e danos causados à soja ocorreram de forma generalizada.
  • 14.  Em todas as unidades conduzidas o percevejo marrom Euschistus heros (F), foi a espécie predominate.  As densidades populacionais, ao longo do ciclo de desenvolvimento da cultura variaram de acordo com a região.  Constatando-se os menores níveis de percevejos nas regiões Sul e Centro Sul.  Enquanto as maiores densidades populacionais ocorreram em unidades das regiões Noroeste, Oeste e no Mato Grosso do Sul.
  • 15.  Nestas regiões, os níveis máximos na área testemunha foram de 41,8, 29,0 e 10,2 percevejos/m, respectivamente, todos constatados no final do ciclo da soja, com plantas em estádio R6 - R7.  A produtividade média obtida foi estatisticamente igual entre os tratamentos MIP e SP em seis das nove regiões, com diferenças verificadas apenas nas regiões Noroeste, Oeste e Mato Grosso do Sul.
  • 16.  Percentuais de sementes e grãos inviabilizados pelo dano de percevejos foram obtidos nas áreas testemunhas (sem controle de percevejos), não se constatando diferenças significativas entre os tratamentos MIP e SP para nenhuma das regiões.  Os menores índices de sementes inviáveis foram observados nas regiões Sul e Centro-Sul.
  • 17.  Constatou-se que em seis das nove regiões a intensidade de ataque dos percevejos foi maior nas unidades com semeadura realizada antes de 16/10.  Os resultados mostraram que mesmo com a ocorrência de percevejos na cultura no período vegetativo, as aplicações antecipadas (antes do período de desenvolvimento de vagens - R3) não contribuíram para reduzir o nível populacional dessas pragas no período reprodutivo.
  • 18.  O número de aplicações de inseticidas para o controle dos percevejos foi, na média, 2,06 vezes menor no tratamento MIP em relação ao sistema do produtor.  Sendo a região Centro-Sul e Mato Grosso do Sul onde verificaram-se o menor e maior número de aplicações realizadas para o controle desses insetos nos dois tratamentos: MIP e SP.
  • 19.
  • 20.  O monitoramento dos percevejos é fundamental na tomada de decisão de controle e,deve continuar até a fase de maturação da soja, sendo intensificado nos períodos de maior ocorrência desses insetos na cultura.  A densidade populacional e os danos causados à soja por percevejos variou de acordo com a região de localização da lavoura.  O MIP não perdeu em produtividade e em qualidade (vigor e viabilidade da semente) para o sistema do produtor.
  • 21.  A utilização de critérios próprios do agricultor resultou em aumento de 106% no número de aplicações para o controle de percevejos.  As aplicações para o controle dos percevejos antes do inicio do desenvolvimento de vagens (R3) não resultaram em melhoria da produtividade ou da qualidade dos grãos, e também não reduziram a densidade populacional de percevejos na fase reprodutiva da soja.
  • 22.  Redução na eficiência de controle ocorreu quando as aplicações foram realizadas com densidades populacionais elevadas de percevejos.  Em seis das nove regiões estudadas, a intensidade de ataque dos percevejos foi maior nas semeaduras precoces realizadas antes de 16/10.