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Mesoamérica
Zapotecas
Os Zapotecas são um povo nativo do sul do México que, a partir do
século IV, ocupou a região do México situada entre o istmo de
Tehuantepec e Acapulco, na costa do Pacífico, fixando-se
posteriormente em Oaxaca. Na época pré-colombiana foram uma das
mais importantes civilizações mesoamericanas. Ao contrário da
maioria dos povos indígenas da Mesoamérica, os Zapotecas não
tinham nenhuma tradição ou lenda sobre a sua migração, mas
tinham a crença de que nasceram diretamente das rochas, árvores e
jaguares.
Os primeiros Zapotecas eram sedentários, vivendo em povoados
agrícolas. Adoravam um conjunto de deuses dos quais se destaca o
deus da chuva, Cocijo, representando a fertilidade e que combinava
os símbolos da terra (o Jaguar) e do céu (a serpente). Desenvolveram
uma agricultura muito variada e para ter boas colheitas rendiam
culto ao sol, à chuva, a terra e ao milho. As aldeias estavam obrigadas
a entregar como tributo milho, perus, mel e feijão ao governo central.
Alcançaram um elevado nível cultural tendo sido um dos povos
mesoamericanos que desenvolveu um completo sistema de escrita,
assim como os Maias.
Os rituais religiosos, que incluíam sacrifícios humanos, eram
exercidos por uma hierarquia sacerdotal. Os Zapotecas
cultuavam seus antepassados e acreditavam em um mundo
paradisíaco após a morte. São famosas as suas urnas funerárias
em argila colocadas sobre os túmulos.
As provas arqueológicas indicam que esta cultura surgiu há cerca
de 2.500 anos. Em torno de 800 ªC, durante o período pré-clássico,
os Zapotecas estabeleceram-se nos vales centrais da região de
Oaxaca. Assim, enquanto Teotihuacan florescia no Planalto do
México e as cidade-estado dos Maias no Yucatan, o Centro
Cerimonial conhecido no século XVI como Monte Alban ou
Danipaguache (Montanha Sagrada da Vida, em Zapoteco ou
Ocelotepec, Montanha do Jaguar em Azteca) era o mais
importante de Oaxaca.
Alcançaram um elevado nível cultural tendo sido um dos povos
mesoamericanos que desenvolveu um completo sistema de escrita,
assim como os Maias.
Os rituais religiosos, que incluíam sacrifícios humanos, eram
exercidos por uma hierarquia sacerdotal. Os Zapotecas
cultuavam seus antepassados e acreditavam em um mundo
paradisíaco após a morte. São famosas as suas urnas funerárias
em argila colocadas sobre os túmulos.
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os Zapotecas estabeleceram-se nos vales centrais da região de
Oaxaca. Assim, enquanto Teotihuacan florescia no Planalto do
México e as cidade-estado dos Maias no Yucatan, o Centro
Cerimonial conhecido no século XVI como Monte Alban ou
Danipaguache (Montanha Sagrada da Vida, em Zapoteco ou
Ocelotepec, Montanha do Jaguar em Azteca) era o mais
importante de Oaxaca.
O Monte Alban foi ocupado em torno de 500 ªC provavelmente por
colonos Olmecas. Essa montanha que fica entre duas cordilheiras, a
1.600m do nível do mar e 400m de altura do vale, teve seu topo
aplainado. Seus monumentos e prédios foram utilizados por cinco
culturas que deixaram seus vestígios, a última foi os Zapotecas. Foi
construido um labirinto de passagens subterrâneas, canais para
drenagem e armazenamento de água e pontes para interligação
com as montanhas vizinhas. Nas encostas foram criados terraços
onde habitava uma população de cerca de 35.000 pessoas
espalhadas por uma área 65 hectares de área cultivada.
O Monte Alban dominou o vale até finais do período clássico e,
como outras cidades mesoamericanas, perdeu o seu esplendor entre
os anos 700 e 1.200 d.C. No entanto, a cultura Zapoteca
permaneceu no vale de Oaxaca, Tabasco e Veracruz. São muitas e
variadas as peças arqueológicas encontradas no Monte Alban, a
primeira grande cidade do ocidente. Há edifícios, estádios de jogo
da bola, túmulos magníficos e peças valiosas, incluindo jóias em
ouro finamente trabalhada.
Outro Centro Cerimonial dos Zapotecas foi Mitla, do nahuatl
"Mictlan" que significa "Lugar dos Mortos“ e onde existem muitas
tumbas de reis, sacerdotes e nobres antigos. Os indígenas
acreditavam que as almas não morriam, mas descansavam em
“Mictlan”, onde não ficam aguardando um juízo nem sua
ressurreição, mas uma oportunidade para visitar os seus familiares
e pessoas queridas.
As ruínas de Mitla são do período de esplendor dos Zapotecas e do
Monte Alban (500 ªC - 800 dC), mas também sofreu influencia
Mixteca, entre (750 dC e 1521 dC, quando foi a capital Mixteca,
após o declínio da cultura Zapoteca.
A estrutura de poder em Mitla seguiu a mesma estrutura teocrática
do Monte Alban e serviu de moradia ao Alto Sacerdote Zapoteca,
considerado um profeta, juiz, oráculo e mediador com os mortos e a
quem o rei reverenciava diante de seu trono de Jaguar.
Mitla tinha cinco palácios principais.
Um para s ao Alto Sacerdote Zapoteca, aos sacerdotes secundários,
ao rei em visita e aos seus convidados e outro aos oficiais militares.
Atualmente as línguas Zapotecas constituem uma família de 15
línguas diferentes que se encontram em perigo de cair em desuso.
Juntos estes grupos totalizam cerca de 400.000 pessoas.
Vindos do norte, os Mixtecas tomaram o lugar dos Zapotecas em
Monte Alban e Tikal e mais tarde em Mitla. Em meados do século
XV, os Zapotecas e os Mixtecas lutaram para evitar o controle dos
Aztecas sobre as rotas comerciais em direção a Chiapas, Veracruz e
Guatemala. Sob o comando do rei Cosijoeza, os Zapotecas
agüentaram um longo sítio na montanha de Giengola, e mantiveram
o controle sobre Tehuantepec e a sua autonomia política, através de
uma aliança com os Aztecas, até à chegada dos espanhóis.
Apesar de convertidos ao catolicismo, sobrevivem ainda algumas das
suas práticas ancestrais, como o enterro dos mortos com dinheiro. O
Zapoteca mais famoso da era moderna foi o presidente do México
Benito Pablo Juárez García (1806 – 1872), um estadista liberal
presidente por cinco períodos (1858–1872). Resistiu à ocupação
francesa, derrubou o imperador, restaurou a república e
modernizou o país com uma considerável ajuda em dinheiro e armas
dos norte-americanos. Primeiro líder mexicano a não ter passado
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Mesoamerica III de IX - Zapotecas

  • 2. Zapotecas Os Zapotecas são um povo nativo do sul do México que, a partir do século IV, ocupou a região do México situada entre o istmo de Tehuantepec e Acapulco, na costa do Pacífico, fixando-se posteriormente em Oaxaca. Na época pré-colombiana foram uma das mais importantes civilizações mesoamericanas. Ao contrário da maioria dos povos indígenas da Mesoamérica, os Zapotecas não tinham nenhuma tradição ou lenda sobre a sua migração, mas tinham a crença de que nasceram diretamente das rochas, árvores e jaguares. Os primeiros Zapotecas eram sedentários, vivendo em povoados agrícolas. Adoravam um conjunto de deuses dos quais se destaca o deus da chuva, Cocijo, representando a fertilidade e que combinava os símbolos da terra (o Jaguar) e do céu (a serpente). Desenvolveram uma agricultura muito variada e para ter boas colheitas rendiam culto ao sol, à chuva, a terra e ao milho. As aldeias estavam obrigadas a entregar como tributo milho, perus, mel e feijão ao governo central.
  • 3. Alcançaram um elevado nível cultural tendo sido um dos povos mesoamericanos que desenvolveu um completo sistema de escrita, assim como os Maias. Os rituais religiosos, que incluíam sacrifícios humanos, eram exercidos por uma hierarquia sacerdotal. Os Zapotecas cultuavam seus antepassados e acreditavam em um mundo paradisíaco após a morte. São famosas as suas urnas funerárias em argila colocadas sobre os túmulos. As provas arqueológicas indicam que esta cultura surgiu há cerca de 2.500 anos. Em torno de 800 ªC, durante o período pré-clássico, os Zapotecas estabeleceram-se nos vales centrais da região de Oaxaca. Assim, enquanto Teotihuacan florescia no Planalto do México e as cidade-estado dos Maias no Yucatan, o Centro Cerimonial conhecido no século XVI como Monte Alban ou Danipaguache (Montanha Sagrada da Vida, em Zapoteco ou Ocelotepec, Montanha do Jaguar em Azteca) era o mais importante de Oaxaca.
  • 4. Alcançaram um elevado nível cultural tendo sido um dos povos mesoamericanos que desenvolveu um completo sistema de escrita, assim como os Maias. Os rituais religiosos, que incluíam sacrifícios humanos, eram exercidos por uma hierarquia sacerdotal. Os Zapotecas cultuavam seus antepassados e acreditavam em um mundo paradisíaco após a morte. São famosas as suas urnas funerárias em argila colocadas sobre os túmulos. As provas arqueológicas indicam que esta cultura surgiu há cerca de 2.500 anos. Em torno de 800 ªC, durante o período pré-clássico, os Zapotecas estabeleceram-se nos vales centrais da região de Oaxaca. Assim, enquanto Teotihuacan florescia no Planalto do México e as cidade-estado dos Maias no Yucatan, o Centro Cerimonial conhecido no século XVI como Monte Alban ou Danipaguache (Montanha Sagrada da Vida, em Zapoteco ou Ocelotepec, Montanha do Jaguar em Azteca) era o mais importante de Oaxaca.
  • 5. O Monte Alban foi ocupado em torno de 500 ªC provavelmente por colonos Olmecas. Essa montanha que fica entre duas cordilheiras, a 1.600m do nível do mar e 400m de altura do vale, teve seu topo aplainado. Seus monumentos e prédios foram utilizados por cinco culturas que deixaram seus vestígios, a última foi os Zapotecas. Foi construido um labirinto de passagens subterrâneas, canais para drenagem e armazenamento de água e pontes para interligação com as montanhas vizinhas. Nas encostas foram criados terraços onde habitava uma população de cerca de 35.000 pessoas espalhadas por uma área 65 hectares de área cultivada. O Monte Alban dominou o vale até finais do período clássico e, como outras cidades mesoamericanas, perdeu o seu esplendor entre os anos 700 e 1.200 d.C. No entanto, a cultura Zapoteca permaneceu no vale de Oaxaca, Tabasco e Veracruz. São muitas e variadas as peças arqueológicas encontradas no Monte Alban, a primeira grande cidade do ocidente. Há edifícios, estádios de jogo da bola, túmulos magníficos e peças valiosas, incluindo jóias em ouro finamente trabalhada.
  • 6. Outro Centro Cerimonial dos Zapotecas foi Mitla, do nahuatl "Mictlan" que significa "Lugar dos Mortos“ e onde existem muitas tumbas de reis, sacerdotes e nobres antigos. Os indígenas acreditavam que as almas não morriam, mas descansavam em “Mictlan”, onde não ficam aguardando um juízo nem sua ressurreição, mas uma oportunidade para visitar os seus familiares e pessoas queridas. As ruínas de Mitla são do período de esplendor dos Zapotecas e do Monte Alban (500 ªC - 800 dC), mas também sofreu influencia Mixteca, entre (750 dC e 1521 dC, quando foi a capital Mixteca, após o declínio da cultura Zapoteca. A estrutura de poder em Mitla seguiu a mesma estrutura teocrática do Monte Alban e serviu de moradia ao Alto Sacerdote Zapoteca, considerado um profeta, juiz, oráculo e mediador com os mortos e a quem o rei reverenciava diante de seu trono de Jaguar.
  • 7. Mitla tinha cinco palácios principais. Um para s ao Alto Sacerdote Zapoteca, aos sacerdotes secundários, ao rei em visita e aos seus convidados e outro aos oficiais militares. Atualmente as línguas Zapotecas constituem uma família de 15 línguas diferentes que se encontram em perigo de cair em desuso. Juntos estes grupos totalizam cerca de 400.000 pessoas.
  • 8. Vindos do norte, os Mixtecas tomaram o lugar dos Zapotecas em Monte Alban e Tikal e mais tarde em Mitla. Em meados do século XV, os Zapotecas e os Mixtecas lutaram para evitar o controle dos Aztecas sobre as rotas comerciais em direção a Chiapas, Veracruz e Guatemala. Sob o comando do rei Cosijoeza, os Zapotecas agüentaram um longo sítio na montanha de Giengola, e mantiveram o controle sobre Tehuantepec e a sua autonomia política, através de uma aliança com os Aztecas, até à chegada dos espanhóis. Apesar de convertidos ao catolicismo, sobrevivem ainda algumas das suas práticas ancestrais, como o enterro dos mortos com dinheiro. O Zapoteca mais famoso da era moderna foi o presidente do México Benito Pablo Juárez García (1806 – 1872), um estadista liberal presidente por cinco períodos (1858–1872). Resistiu à ocupação francesa, derrubou o imperador, restaurou a república e modernizou o país com uma considerável ajuda em dinheiro e armas dos norte-americanos. Primeiro líder mexicano a não ter passado militar e primeiro indígena presidente em mais de 300 anos de história.