Promovendo as competências de informação dos alunos
1. Módulo 4
O Modelo de Auto‐Avaliação da BE: Metodologias de Operacionalização (Parte I)
a) Selecção de um Domínio/Subdomínio
Subdomínio A.2.: Promoção das Literacias da Informação, Tecnológica e Digital
“Hoje a Internet já não é uma tecnologia experimental nem débil nas bibliotecas, ela é uma parte
integral dos serviços e assume diversas formas – uma extensão da colecção da biblioteca, uma
fonte de informação que funciona sob licença, um conteúdo digital, um portal de serviços em livre
acesso nos terminais, ou um meio sobre o qual os utilizadores podem interagir com a biblioteca,
em cada serviço, como referência digital.”
Melo, Luíza , Estatísticas e Avaliação da Qualidade e do Desempenho em Bibliotecas e Serviços de Informação
A opção, por este domínio está relacionada com o facto de um dos principais objectivo do Projecto
Educativo do Agrupamento ser melhorar as aprendizagens dos alunos e os seus resultados escolares que,
na minha opinião, pode ser atingido com o contributo da BE. Por outro lado, este é um domínio em relação
ao qual a equipa tem consciência de que há muito a fazer até que se verifiquem impactos positivos. Devido
a vários constrangimentos entre os quais se destaca a falta de tempo, não se procedeu ainda à promoção
de acções suficientes e eficazes neste âmbito, mas pretende‐se fazê‐lo no segundo período e após a
aprovação do Regimento da BE no Conselho Pedagógico.
b) Selecção de dois indicadores
A.2.1. Organização de actividades de formação de utilizadores na escola/agrupamento.
(indicador de Processo)
A.2.4. Impacto da BE nas competências tecnológicas, digitais e de informação dos alunos
na escola/agrupamento. (indicador de Impacto/Outcome)
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2. Módulo 4
O Modelo de Auto‐Avaliação da BE: Metodologias de Operacionalização (Parte I)
O primeiro indicador incide no processo, isto é, nas actividades e serviços da BE que contribuem para a
formação de utilizadores na escola/agrupamento. É indispensável o desenvolvimento de trabalho neste
domínio, uma vez que para tirar rentabilidade dos recursos da BE, os alunos precisam de conhecer as
regras de funcionamento da BE e a forma como os recursos de encontram organizados e podem ser
acedidos.
O segundo indicador incide no impacto da acção da BE nos alunos relativamente às competências
tecnológicas, digitais e de informação, permitindo conhecer o benefício para os utilizadores da sua
interacção com a biblioteca. É de referir que relativamente ao indicador A.2.4. será mais difícil proceder à
recolha de evidências, pois “a avaliação de impactos da BE no sucesso educativo é particularmente
complexa”, sendo “A questão mais crítica comummente apontada (…) a da recolha de evidências
demonstrativas do impacto da biblioteca”. (Texto da Sessão) A este respeito deve‐se, por isso:
‐ Clarificar adequadamente os objectivos da BE;
‐ Esclarecer os objectivos de aprendizagem dos alunos em relação com a biblioteca;
‐ Estabelecer os indicadores adequados para essas aprendizagens;
‐ Recolher as evidências apropriadas, lidando com dados de natureza quantitativa e qualitativa;
‐ Assegurar a realização do processo de recolha, tratamento, análise e comunicação dos dados.
De um modo geral, considero fundamental a colaboração dos docentes, a estreita ligação entre BE e sala de
aula para que a acção no âmbito deste subdomínio seja concretizada com sucesso.
c) Plano de Avaliação
Antes de se proceder à elaboração do Plano de Avaliação é necessário haver uma co‐responsabilização de
todos os intervenientes no processo de auto‐avaliação. Esta etapa será cumprida na reunião do CP de
Novembro de 2009 com a apresentação do PowerPoint sobre a Auto‐Avaliação da BE. O mesmo poderá
suceder nas reuniões de Departamento Curricular.
Após esta etapa, a equipa da BE, em conjunto com os PB, será chamada a conduzir o processo de auto‐
avaliação da BE. Para rentabilizar o trabalho, serão definidas e partilhadas as tarefas dentro do grupo. O
Director do Agrupamento deverá estar, igualmente, implicado neste processo.
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3. Módulo 4
O Modelo de Auto‐Avaliação da BE: Metodologias de Operacionalização (Parte I)
Problema/Diagnóstico
A BE encontra‐se numa fase ainda muito incipiente ao nível da organização/ funcionamento e do
cumprimento da sua missão. Havendo ainda muito trabalho a desenvolver na área da organização e gestão
da BE, um dos grandes constrangimentos é a falta de tempo para a equipa se dedicar à implementação de
acções nos restantes domínios. Em relação ao subdomínio A.2. verifica‐se que, apesar de se registar uma
grande afluência de alunos à BE, muitos ainda não são capazes de identificar o local onde se encontram os
livros das várias áreas temáticas, tendo dificuldade em encontrar a informação que procuram. Quando se
deslocam à BE com o objectivo de desenvolverem pesquisa nos recursos disponíveis, os alunos não trazem
qualquer orientação dos professores; muitas vezes, têm dificuldade em pesquisar informação na Internet
ou em obras de referência como dicionários e enciclopédias; além disso, ainda não dominam as diferentes
fases do processo de pesquisa, selecção e tratamento da informação, limitando‐se a copiar a informação
encontrada; do mesmo modo, não referem as fontes consultadas e não sabem elaborar uma bibliografia.
Reconhece‐se, assim, que é necessário promover actividades nesta área.
No início do ano lectivo a BE realizou sessões de formação de utilizadores para os alunos do 5º ano, uma
vez que estes se encontram na escola pela primeira vez. No entanto, a equipa tem dedicado grande parte
do trabalho à organização e gestão da Biblioteca, sendo esta considerada uma prioridade neste ano lectivo.
Como fruto deste trabalho, foi efectuada a revisão do Regimento das Bibliotecas do Agrupamento, de
acordo com os normativos legais em vigor, sendo assim necessário reforçar o trabalho iniciado ao longo do
ano lectivo, uma vez que se sentiu necessidade de alterar algumas regras com vista à melhoria do ambiente
e funcionamento da BE. Neste sentido, pretende‐se continuar a trabalhar para dotar os alunos e
professores de competências para o uso da BE que lhes permitam realizar as tarefas de pesquisa com maior
autonomia e qualidade. Na minha opinião os alunos que forem capazes de utilizar a BE de acordo com as
suas normas de funcionamento, mais facilmente chegarão à informação que precisam e só então
poderemos trabalhar no sentido de os dotar de competências que permitam a recolha, selecção e
tratamento da informação, uma área que também se considera prioritária, pois a elaboração de trabalhos e
o sucesso na sua concretização dependem da capacidade que os alunos demonstram em seleccionar a
informação e transformá‐la em conhecimento.
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4. Módulo 4
O Modelo de Auto‐Avaliação da BE: Metodologias de Operacionalização (Parte I)
PLANO DE AVALIAÇÃO (continuação)
Limitações /
Identificação do Objecto Tipo de Recolha de Instrumentos Tratamento de Comunicação da
Calendarização Intervenientes Levantamento
da avaliação avaliação Evidências a utilizar dados informação
das necessidades
A.2.1. Organização de
actividades de formação ‐ PA da BE A.
Limitações:
de utilizadores na ‐ qualitativa ‐ Registos de
‐Dificuldade em
escola/agrupamento e reuniões/Contactos * Relatórios ‐ Reflexão ‐ Discussão dos
rentabilizar os
quantitativa ‐ Guião de utilização de sobre os resultados da recursos humanos
(incompatibilidade
a) A BE realizou sessões de da BE actividades a) Setembro/ resultados e avaliação final no
de horários).
formação de utilizadores ‐ Relatórios de Outubro ‐ Equipa da BE identificação CP;
‐ Falta de recursos
para os alunos do 5º ano, actividades * Inquéritos do perfil de
materiais.
no início do ano lectivo, em ‐ Materiais ‐ Alunos desempenho; ‐ Elaboração de
‐Dificuldades em
articulação com os DTs. produzidos para as * Estatísticas uma súmula a
envolver os
b) Pretende‐se promover actividades b) Janeiro ‐ Professores integrar o diversos
intervenientes.
novas sessões de formação desenvolvidas * Grelhas de ‐Identificação relatório de
de utilizadores, uma vez ‐ Observação da Observação dos pontos avaliação da
que o Regimento da BE foi utilização da BE (O2) fortes e fracos; escola, que
reformulado e será servirá de
aprovado na reunião de CP orientação para a
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5. Módulo 4
O Modelo de Auto‐Avaliação da BE: Metodologias de Operacionalização (Parte I)
de Novembro. ‐ Definição e avaliação
Levantamento de
c) Pretende‐se realizar um c) Janeiro a priorização de externa;
necessidades:
“Bibliopaper” que permitirá Abril acções de
‐ Recursos
aos utilizadores um melhoria: ‐ Divulgação à
humanos:
contacto mais próximo com comunidade
‐ Equipa da BE
os recursos da BE nos Até à 2º (Departamentos,
vários formatos /adquirir semana de Alunos, EE…) na ‐ Professores
competências para a Maio plataforma ‐ Assistentes
utilização dos recursos da Moodle: Operacionais
BE. Junho (1ª e 2ª ‐ Alunos
d) Pretende‐se d) 2º período B. semanas)
‐ Recursos
disponibilizar o catálogo materiais/
informatizado da BE, para ‐ redacção do financeiros:
consulta nos computadores Relatório Final ‐ Fotocópias;
da BE e acessível na de Avaliação:
‐ Dossiês;
plataforma Moodle.
e) Produziu‐se o Guia do e) Janeiro Até final de ‐computadores
Utilizador no ano lectivo Maio ‐ Internet;
anterior; este será
‐ impressora;
actualizado e distribuído
aos alunos e professores ‐ pen/CD para
guardar a
informação.
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6. Módulo 4
O Modelo de Auto‐Avaliação da BE: Metodologias de Operacionalização (Parte I)
como forma de apoiar a
formação de utilizadores.
f) Pretende‐se rever a f) Janeiro a
sinalética da BE, Maio
completando e clarificando
a informação nas estantes
relativa às várias classes da
CDU; serão actualizados
cartazes nos diferentes
espaços da BE com
informação acerca do seu
funcionamento e acesso
aos serviços.
A.2.4. Impacto da BE nas
competências tecnológicas,
digitais e de informação
dos alunos na ‐ Observação da * Relatórios
escola/agrupamento utilização da BE (O1) de
‐ Trabalhos actividades
a) A equipa apoia e orienta escolares dos alunos a) Setembro a
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7. Módulo 4
O Modelo de Auto‐Avaliação da BE: Metodologias de Operacionalização (Parte I)
os alunos na realização de (T1) * Inquéritos Abril ‐ Equipa da BE
trabalhos de pesquisa. ‐ Estatísticas de
b) Pretende‐se trabalhar ‐ qualitativa utilização da BE * Estatísticas b) Janeiro a ‐ Alunos
em articulação com o e ‐ Questionário aos Abril
trabalho da sala de aula no quantitativa docentes (QD1) * Grelhas de ‐ Professores
sentido de orientar os ‐ Questionário aos observação
alunos para a pesquisa, alunos (QA1)
selecção e tratamento da ‐ Análise diacrónica
informação. das avaliações dos
c) Pretende‐se elaborar alunos c) Janeiro/
guiões de apoio à pesquisa Fevereiro
e utilização da informação (elaboração);
pelos alunos, em
articulação com os Fevereiro/Abril
docentes das várias (impacto)
disciplinas/áreas
curriculares não
disciplinares. Estes serão
disponibilizados na BE e na
plataforma Moodle.
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8. Módulo 4
O Modelo de Auto‐Avaliação da BE: Metodologias de Operacionalização (Parte I)
BIBLIOGRAFIA
Texto da Sessão (Disponível na Plataforma)
Melo, Luíza . Estatísticas e Avaliação da Qualidade e do Desempenho em Bibliotecas e Serviços de
Informação . Disponível em http://www.badinfo.apbad.pt/congresso/com20.pdf (Acedido a
28/11/09)
McNamara, Cárter (1997‐2008). Basic Guide to Program Evaluation. Disponível em:
http://www.managementhelp.org/evaluatn/fnl_eval.htm#anchor1585345 ( Acedido a 24/11/09).
US Department of Health and Human Services. The Program Manager’s Guide to Evaluation.
Disponível em:
http://www.acf.hhs.gov/programs/opre/other_resrch/pm_guide_eval/reports/pmguide/pmguide_
toc.html (Acedido a 28/11/09)
Gabinete da Rede de Bibliotecas Escolares. Modelo de Auto‐avaliação da Biblioteca Escolar. (12 de
Novembro de 2009)
Lurdes Silva – 28/11/2009
Práticas e Modelos de Auto-Avaliação das Bibliotecas Escolares 8