SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 99
Baixar para ler offline
Pesquisas em Epidemiologia do
       Envelhecimento
        Prof. Dalia E Romero M
Informação para Estudos
Epidemiológicos no Brasil
SISTEMAS DE INFORMAÇÃO POPULACIONAL E DE
                 SAÚDE NO BRASIL

    SISTEMAS CONTINUOS: ESTATÍSTICAS VITAIS



Registro de Nascimentos   Reg Internações    Registro de Óbitos
       SINASC                SIH/SUS               SIM

              SISTEMAS         PERÍODICOS



      CENSO                                 PNADs
Sistemas Contínuos do Ministério da
              Saúde
SIM


  SISTEMA DE INFORMAÇÃO SOBRE MORTALIDADE – SIM



 • Coleta dados sobre óbitos
 • Fornece informações sobre o perfil de mortalidade
 • Documento padrão é a declaração de óbito – D.O.
 • Criado em 1975
 • Em fase de descentralização (SES -> SMS)
SIM
      Objetivos:


• Permitir a elaboração de estatísticas necessárias para
  avaliação e planejamento de ações na área de saúde e
  outras áreas do conhecimento;
• Permitir o registro das informações exigidas por lei sobre
  todas as mortes;
• Possibilitar a medida do impacto de determinadas ações
  de saúde nas taxas de mortalidade;
• Servir de fonte de informação para vigilância
  epidemiológica;
• Possibilitar a construção de indicadores de saúde que
  respondem quando, onde, como e de que morrem;
SIM


                 Principais variáveis do SIM
•• Cartório, UF, data registro
    Cartório, UF, data registro            •• Óbito fetal ou menores de 11ano --
                                               Óbito fetal ou menores de ano
•• Identificação do falecido                  condições da gestação da mãe
                                               condições da gestação da mãe
    Identificação do falecido
  nome, filiação, data de nascimento,      •• Causa básica da morte
                                               Causa básica da morte
   nome, filiação, data de nascimento,
   idade, sexo, estado civil, ocupação,
    idade, sexo, estado civil, ocupação,   •• Identificação do médico
                                               Identificação do médico
   grau de instrução, raça/cor,
    grau de instrução, raça/cor,           •• Causas externas
                                               Causas externas
   naturalidade eelocal de residência
    naturalidade local de residência         descrição das condições de
                                              descrição das condições de
•• Data eelocal de ocorrência do óbito
    Data local de ocorrência do óbito         ocorrência eelocal do evento que
                                               ocorrência local do evento que
                                              gerou ooóbito
                                               gerou óbito
SIM         Possibilidades:

– Permitir traçar o perfil de mortalidade de forma ágil;

– Possibilitar a construção de indicadores que permitem uma
  aproximação da situação de saúde da população e do risco de morte;


– Permitir a observação de diferenciais de mortalidade dentro do
  município, através do georreferenciamento de óbitos segundo
  logradouros, bairros e distritos;

– Servir como base para o planejamento e adoção de medidas de
  enfrentamento do problemas detectados;
SIM   Limitações:

– Atraso no processamento dos dados, o que dificulta
  sua utilização para as ações de vigilância
  epidemiológica; essa limitação pode ser explicada pela
  complexidade do sistema de mortalidade, que exige de
  uma secretaria de saúde, técnicos treinados para todos
  os procedimentos operacionais. A defasagem entre a
  ocorrência do óbito e a disponibilidade dos dados a
  nível nacional é de 2 anos. (Carvalho, 1997).
- Cobertura e qualidade dos dados, principalmente em
  relação à causa básica do óbito.
- Completitude do preenchimento.
SIM         Limitações:
  - Acentuado número de óbitos por Sintomas e Sinais
    Mal-Definidos, que podem ser devidos à falta da
    avaliação das causas ou condições mórbidas que
    teriam levado ao óbito, levando a um diagnostico
    dúbio (Oliveira e Pereira, 1997).
  - Laurenti (1974) destaca que, por se considerar que um
    importante objetivo da saúde pública é prevenir a
    causa precipitante, optou-se por tabular, em todo o
    mundo, apenas a causa básica de morte e não as causas
    múltiplas de morte.
CARVALHO, D. M. 1997. Grandes sistemas nacionais de informação em saúde: revisão e discussão da
situação atual. Informe Epidemiológico do SUS, (4):8-46
OLIVEIRA, H. & PEREIRA, I. P. A. 1997. Estatística de mortalidade e nascidos vivos: considerações sobre
principais problemas. Informe Epidemiológico do SUS, VI(3):15-19
LAURENTI, R. 1974. A análise da mortalidade por causa básica e por causas múltiplas. Revista de Saúde
Pública, 8:421-35
SIM


      Proporção de causas mal definidas por região
R
                     on




                                    0,0
                                          10,0
                                                 20,0
                                                        30,0
                                                               40,0
                                                                      50,0
                                                                             60,0
                       d
                         ôn
                             ia
               A        A
                  m cre
                     az
                        on
                  R          a
                     or s
                        ai
                           m
                               a
                        P
                           ar
                     A         á
                       m
               T          a
                  oc pá
                      an
                M        ti
                            n
                   a
                     ra s
                        nh
R                            ão
  io                   P
     G                   ia
       ra                    u
          nd          C í
               e        ea
                  d          rá
                    o
                       N
                         or
                    P        t
           P          ar e
             er          aí
                 na         ba
                     m
                        bu
                   A        c
                     la o
                        go
                    S as
                      er
                         gi
                            pe
          M
            in Ba
                a          hi
        E          s
          sp         G a
              ír       e
                 it       ra
        R           o         is
          io          S
              d         an
                 e
                    Ja to
                       n
               S         e
                  ão iro
                       P
                        a
       S                   u
         an          P lo
   R                   ar
     io ta                an
        G         C            á
 M         ra ata
   a           nd        ri
     to
         G         e        na
           ro d o
               ss          S
                   o         ul
           M          d
             a          o
                to         S
                     G ul
                       ro
      D                   ss
        is                     o
           tr         G
              it
                 o       o
                           iá
                    F
                      ed s
                         e
                            ra
                                l
                                                                                    Brasil 2001. Proporção de DO de Idosos com causas mal definidas
SIM- Registro de Óbitos- RJ 2002

• 68. 536 óbitos de idosos Residentes de RJ em 2002



           Não Preencheram nas DO
 52% : a pergunta sobre assistência médica
 25% : a pergunta sobre escolaridade
  5% : a pergunta sobre raça
 31% : Se teve ou não exame complementar
Sistema de Informações Hospitalares
             SIH/ SUS
SIH / SUS
     Sistema de Informações Hospitalares AIH
Implantado em 1983 para os hospitais privados contratados
pelo INAMPS. Denominado Sistema SAHMPS.
Orientado para regular o pagamento de hospitalizações.
Estendido   aos   hospitais   Filantrópicos   em   1986,   aos
Universitários e de Ensino em 1987 e à Rede Pública em 1991.
Passou a ser denominado SIH.
Base de dados – Autorização de Internações Hospitalares
(AIH).
O que é o Sistema de Informações Hospitalares
                 (SIH/SUS)?

  O SIH/SUS é um complexo de programas de
processamento de dados, criados conforme as
normas do Ministério da Saúde e destinados a
auxiliar a operacionalização, controle e gestão do
atendimento hospitalar do Sistema Único de Saúde
– SUS.
Sistema de Informações Hospitalares (SIH/SUS)
             Características do Sistema
Abrangência
• Aproximadamente 70% das internações. (Travassos
• Tipos de Registros
• Formulários - total de registros
• Internações - registros tipo 1 (normal)
                   registros tipo 5 (longa permanência)
Disponibilização
• CD-ROM - produção mensal (arquivo MA)
              produção anual (arquivo reduzido)
• Internet – DATASUS, Secretaria Estadual de Saúde
TIPOS DE FORMULÁRIOS

AIH-7: FORMULÁRIO
• 1ª via será apresentada ao hospital pelo paciente ou seu
responsável e será anexada ao prontuário médico.
• 2ª via será arquivada no Órgão Emissor.

AIH-1:
• Cada AIH-1 permite a cobrança de até 45 diárias
AIH-5: LONGA PERMANÊNCIA
• A abertura da AIH-5 será sempre no primeiro dia do mês,
devendo ser emitidas quantas AIH-5 quanto necessárias, até a
alta, óbito ou transferência do paciente.
• Cada AIH-5 permite a cobrança de até 31 diárias
Qualidade do SIH
• “A constatação de que a qualidade das informações
  disponíveis no SIH/SUS é melhor do que a
  corriqueiramente imputada a este banco, pelo menos
  quanto ao infarto agudo do miocárdio no Município do
  Rio de Janeiro, aponta para a pertinência do seu uso como
  um instrumento de avaliação da qualidade da assistência
  hospitalar. Apesar das limitações inerentes ao fato de ser
  um banco administrativo, tem a grande vantagem de estar
  amplamente implantado e disponibilizado no país. É
  importante a avaliação crítica de suas potencialidades e
  limitações com respeito ao uso aplicado à área da
  avaliação da assistência hospitalar a este e outros agravos”
 ESCOSTEGUY, Claudia Caminha, PORTELA, Margareth Crisóstomo, MEDRONHO, Roberto de Andrade et al.
 Hospital admissions forms versus medical records to assess risk of in-hospital death from acute myocardial
 infarction in Rio de Janeiro, Brazil. Cad. Saúde Pública, July/Aug. 2005, vol.21, no.4, p.1065-1076
CENSO

• Ajuda a compor um retrato o
     mais fiel possível da
     população brasileira.
Fonte              - Censos demográficos (IBGE)
Periodicidade      decenal
Bases regulares    1940
desde:
Cobertura          nacional
Possibilidade de    municipal e setores censitários
desagregação
Observações        • introdução de amostragem em
                   1960 com ampliação do escopo
                   temático investigado
                   • 2000 - 65 quesitos -
                   características demográficas
                   sócio-econômicas dos domicílios
                   • 1991
Conteúdo do censo 2000
• Desde 1960, tem sido utilizada amostragem
  probabilística na coleta dos dados dos Censos
  Demográficos brasileiros
• Dois modelos de questionários, sendo que em
  cada domicílio é aplicado somente um dos
  modelos. Um deles, simplificado, que
  denominamos Questionário Básico e outro,
  bem mais extenso e complexo, denominado
  Questionário da Amostra,
• Q. da Amostra inclui temas como educação,
  religião, deficiência, migração, fecundidade,
  trabalho e rendimento, entre outros.
                                  •   Mostrar questionários -
Algumas perguntas do Censo 2000
       socioeconômicas
Algumas perguntas do Censo 2000
       socioeconômicas
Algumas perguntas do Censo 2000
       socioeconômicas




Arranjo Familiar
Algumas perguntas do Censo 2000
     Saúde: Incapacidades
Disponibilidade dos dados na Internet
     IBGE - Censo
O QUE É A PNAD?
    • Pesquisa feita pelo Instituto Brasileiro de
 Geografia e Estatística – IBGE em uma amostra
de domicílios brasileiros. Tem múltiplos objetivos
     Algumas das características investigadas:
    população, educação, trabalho, rendimento,
  habitação, previdência, migração, fecundidade,
    nupcialidade, saúde, nutrição etc., e outros
  temas que são incluídos na pesquisa de acordo
 com as necessidades de informação para o País.
    Suplementos Saúde: 1981, 1986, 1998, 2003.
Fonte           a) PNAD (IBGE)
Periodicidade      Anual (objetivo inicial de ser uma
                        pesquisa conjuntural)
Bases regulares 1976
desde:
Cobertura        nacional (exceto rural/Norte)
Possibilidade de UFs
desagregação
Observações      - suplementos distintos a cada ano
                 para aprofundamento de tema
                 específico
                 -plano amostral baseado nos censos
                 - mudanças metodológicas
                 importantes comprometendo
                 comparabilidade temporal
                 - permite acompanhamento das
                 coortes
ALGUNS TEMAS DE SAÚDE DA PNAD

  • AUTO-AVALIAÇÃO DO ESTADO DE SAÚDE
  • RESTRIÇÃO DAS ATIVIDADES HABITUAIS POR
    MOTIVO DE SAÚDE
  • Número de Dias de Restrição das Atividades Habituais
    por Motivo de Saúde
  • DOENÇA CRÔNICA
  • Doença de coluna ou costas -Artrite ou reumatismo -
    Câncer - Diabetes -Bronquite ou asma - Hipertensão
    (pressão alta) - Doença do coração - Doença renal
    crônica - Depressão - Tuberculose - Tendinite ou
    tenossinovite - Cirrose -
  • PLANO DE SAÚDE
ALGUNS TEMAS DE SAÚDE DA PNAD
  •   CONSULTAS MÉDICAS
  •   CONSULTA A DENTISTA
  •   Tempo decorrido desde a última consulta a dentista
  •   Procura de atendimento de serviço de saúde
  •   MOTIVO DA PROCURA DE ATENDIMENTO
      DE SAÚDE
  • MOTIVO DE NÃO TER OCORRIDO ATENDIMENTO
    DE SAÚDE NA PRIMEIRA VEZ QUE EM FOI
    PROCURADO
  • AVALIAÇÃO DO ATENDIMENTO DE SAÚDE
    RECEBIDO
  • MOTIVO DE NÃO TER PROCURADO ATENDIMENTO
    DE SAÚDE
  • OCORRÊNCIA DE INTERNAÇÃO
  • NÚMERO DE INTERNAÇÕES
Outras Pesquisas Amostrais
    Exemplo “SABE”
• Objetivos da SABE

• Descrever as condições de saúde dos idosos (60+) com
  respeito a condições crónicas e agudas, a deficiência, e a
  diminuição física e mental com atenção especial aos com
  mais de 80.
• Avaliar o acesso e o uso de serviços de saúde pelos idosos,
  incluindo os localizados fora do sistema médico formal.
• Avaliar a contribuição relativa de três fontes de apoio: as
  relações e redes familiares, a assistência pública, e os
  recursos privados (renda e patrimônio).
• Analisar as diferenças na auto-avaliação das condições de
  saúde, o acesso declarado a cuidado médico.
• história ocupacional, as condições sócio-econômicas, o
  sexo, e a faixa etária
• Executar análises comparativos entre países
CIDADES SABE
• O inquérito foi conduzido em Bridgetown
  (Barbados); Buenos Aires (Argentina);
• São Paulo (Brasil); Santiago (Chile);
  Havana (Cuba); Cidade do México
  (México) e Montevidéu (Uruguai), durante
  o período de outubro de 1999 a dezembro
  de 2000.
SABE- BRASIL
• A população de estudo é composta pelos
  indivíduos de 60 anos e mais residentes no
  ano de 2000, na área urbana do município
  de S.Paulo.
• PROBLEMA MAIS RELEVANTES NOS
  ESTUDIOS EPIDEMIOLOGICOS E NA
          SAÚDE PÚBLICA
1. DISTRIBUIÇAO GEOGRÁFICA




http://www.pnud.org.br/atlas/oque/index.php
2. POPULAÇÃO EXPOSTA AO RISCO -
   Percentual de Pessoas que Vivem em Domicílios com
   Acesso aos Serviços Básicos, 2000
             Estados da Região Nordeste
                                                          % de pessoas que
                                      % de pessoas que
              % de pessoas que vivem                     vivem em domicílios
                                     vivem em domicílios
     Estado   em domicílios com água                     urbanos com serviço
                                     com banheiro e água
                  encanada, 2000                           de coleta de lixo,
                                        encanada, 2000
                                                                 2000

   Brasil                    80,8           77,0                        91,2
   Maranhão                  32,8           26,9                        53,3
   Piauí                     48,1           42,4                        66,1
   Ceará                     59,5           51,0                        81,7
   Bahia                     60,3           56,0                        85,2
   Alagoas                   62,0           56,2                        91,0
   Rio Grande                67,7           61,9                        92,1
   Paraíba                   66,5           61,9                        88,0
   Pernambuc                 67,2           62,9                        84,7
   Sergipe                   71,5           67,6                        89,7
   Fonte: Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil
3. MORBIDADE
      Morbidade Hospitalar do SUS por Causas Externas - por local de residência – Brasil


      Internações por Grande Grup Causas

      Faixa Etária 1: 60 a 69 anos, 70 a 79 anos, 80 anos e
      mais


      Período:Mai/2005
      Grande Grup Causas                                      Internações
      V01-V99 Acidentes de transporte                                                      947

      W00-X59 Outras causas externas de lesões acident                                     6541
      X60-X84 Lesões autoprovocadas voluntariamente                                         64
      X85-Y09 Agressões                                                                    249
      Y10-Y34 Eventos cuja intenção é indeterminada                                        305

      Y35-Y36 Intervenções legais e operações de guerra                                      2
      Y40-Y84 Complic assistência médica e cirúrgica                                       722
      Y85-Y89 Seqüelas de causas externas                                                  196
      Y90-Y98 Fatores suplement relac outras causas                                         74
      Total                                                                                9100



Fonte: Ministério da Saúde - Sistema de Informações Hospitalares do SUS (SIH/SUS)
http://tabnet.datasus.gov.br/cgi/sih/ermap.htm
.. PROBLEMA DE SAÚDE PÚBLICA
   3. MORBIDADE

    Proporção de Morbidade
    Hospitalar por Doenças
    Infecciosas e parasitárias
    (Internações) do SUS - por
    município de residência -
    Rio de Janeiro. Abril 2005
.. PROBLEMA DE SAÚDE PÚBLICA
     3. MORBIDADE

        Proporção de Morbidade
        Hospitalar por Doenças
        Aparelho Circulatório do
        SUS de IDOSOS segundo
        município de residência -
        Rio de Janeiro. Abril 2005




 Fonte: Min.da Saúde - Sistema de Informações Hospitalares do SUS (SIH/SUS)
 http://tabnet.datasus.gov.br/
... PROBLEMA DE SAÚDE PÚBLICA
   4. MORTALIDADE

                  Mortalidade - Rio de Janeiro
               RJ Proporção de Óbitos segundo Capítulo CID-10
            de maiores de 20 anos segundo sexo, 2002
                          Capítulo CID-10                     Homens        Mulheres
            TOTAL                                               59157          47577
            IX. Doenças do aparelho circulatório                  28,8            34,7
            XX. Causas externas de morbidade e
            mortalidade                                             17,7           4,0

Mal definidos
            II. Neoplasias (tumores)
            XVIII.Sint sinais e achad anorm ex clín e
                                                                    13,6          16,0

            laborat                                                 10,7          11,6
            X. Doenças do aparelho respiratório                       9,9         11,7
            IV. Doenças endócrinas nutricionais e
            metabólicas                                               5,3          8,3
            I. Algumas doenças infecciosas e
            parasitárias                                              4,9          4,4
            XI. Doenças do aparelho digestivo                         4,9          3,6
            Fonte: MS/SVS/DASIS - Sistema de Informações
            Consulte o site da Secretaria Estadual de Saúde para mais
EXEMPLOS DE ESTUDOS
EPIDEMIOLOGICOS SOBRE
   A SAÚDE DOS IDOSO
 RELEVANTES NO BRASIL
EXEMPLO COM SABE
      828.488 IDOSOS NA ÁREA URBANA DO
            MUNICIPIO DE SÃO PAULO
   Observação      Indicador Causalidade
  339.734 homens                ???
                   Razão de   Exposição




                                                  Vigilância?
                                                  Prevenção?
  488.754 mulheres sexo=0.7   ao risco?
                                   Genética?
659.104 perderam       Proporção
mais da metade dos
dentes                   79%       Nutricional?
                                   Pobreza?
                                   Informação?
83.227 deles não usa   Proporção   Serviços?
ponte /dentadura/                  Recursos?
dentes postiços          12%
Estratégias a enfrentar
Informação a População, Médicos...
-reconhecimento da saúde oral como componente
importante da saúde geral do indivíduo
    • -
Recursos Humanos:
O cirurgião dentista atual necessita conhecer as
condições mais comumente associadas a Terceira
Idade
A carência de dentes afeta a saúde global dos idosos,
a capacidade para enfrentar doenças...pelo tanto,
deve-se considerar a avaliação odontológica nas
consultas geriátricas
Reformas Arquitetônicas ...
alterações aos consultórios para facilitar o
acesso do paciente
Ampliação da Cobertura dos Serviços
Os idosos mais debilitados são os que
geralmente apresentam os maiores problemas
com a saúde bucal, e são também os menos
capazes de pagar pelo tratamento
odontológico. Pelo tanto, o sistema público
deveria incorporar maior atenção bucal para
idosos.... Princípios do SUS: equidade...
Exemplo com Pesquisa
   Mundial de Saúde
    OMS-FIOCRUZ

Estimativas de Esperança de Vida
      Saudável aos 60 anos
ESPERANÇA DE VIDA
    SAUDAVEL

 Conceito que procura ir além da
 morte como indicador de saúde
Cómo afeta uma limitação, doença,
  agravo...a qualidade de vida?
Artigo: EXPECTATIVA DE VIDA
 SAUDÁVEL NO BRASIL: UMA
 APLICAÇÃO DO MÉTODO DE
           SULLIVAN.

Autores: Dalia Elena Romero, Iúri da Costa
 Leite e Célia Landmann Szwarcwald.
Objetivo – Fonte dados
• Apresentar uma técnica demográfica (proposta por
  Sullivan) para estimar a expectativa de vida
  saudável para o Brasil.
• Utilizam-se diferentes indicadores de “saúde” para
  mensurar o estado de vida saudável
• Fonte de Dados: Pesquisa Nacional de Saúde
  (PMS), inquérito realizado em 2003 com
  representatividade no nível nacional
  (FIOCRUZ/OMS)
Sobreviventes e sobreviventes com “saúde”
Survivors (%)
     100
      90
      80                                                     C
      70
                                               B
      60
      50                       A
      40
                          (Full health)

      30
      20
      10
       0
           0    10   20   30   40   50    60       70   80   90   100
                                Age (years)
Expectativa de Vida ao 60 anos-Brasil 2003

                                                                                                Vida
                                                                     Esperança Anos com
                                                           Esperança                            com
                                                                      de Vida     pobre
                        M étodos                            de Vida                            pobre
                                                                     Saudável     saúde
                                                              (ex)                             saúde
                                                                      (DFLE x) (disability)
                                                                                              (% DIS)

 Esperança de       Ambos os Sexos                           20,58
 Vida aos 60 anos   M1 (AAS ruim)                                       15,79       4,79       23,3
                    M2 (doenças com limitação)                          12,34       8,25       40,1
                    M3 (incapacidades)                                  15,38       5,21       25,3
                    M4 (presença de doença/incapacidade)                15,47       5,11       24,9
                    Mulheres                                 22,01
                    M1 (AAS ruim)                                       16,39       5,63       25,6
                    M2 (doenças com limitação)                          12,30       9,72       44,1
                    M3 (incapacidades)                                  15,75       6,26       28,4
                    M4 (presença de doença/incapacidade)                16,33       5,69       25,8
                    Homens                                   19,02
                    M1 (AAS ruim)                                       15,04       3,98       20,9
                    M2 (doenças com limitação)                          12,28       6,75       35,5
                    M3 (incapacidades)                                  14,86       4,16       21,9
                    M4 (presença de doença/incapacidade)                14,49       4,53       23,8
ESTUDO DE MORBIDADE E
      HOSPITALAZAÇÂO
• Amaral, Ana Claudia Santos, Coeli,
  Cláudia Medina, Costa, Maria do Carmo
  Esteves da et al. Perfil de morbidade e de
  mortalidade de pacientes idosos
  hospitalizados. Cad. Saúde Pública, Dez
  2004, vol.20, no.6, p.1617-1626
• http://www.scielo.br/cgi-bin/wxis.exe/iah/
• Os objetivos:
 analisar o perfil de morbi-mortalidade em idosos
   hospitalizados em dois hospitais universitários e dois não
   universitários, da Área de planejamento 2.2 da cidade do
   Rio de Janeiro, no ano de 1999.
Dados
Os dados utilizados foram extraídos de arquivos
   compactados, armazenados em CD-ROM do DATASUS,
   no ano de 1999
   (http://www.datasus.gov.br/arquivos/ftpdata.htm#dados.
Método
As variáveis estudadas foram: sexo; faixa etária
 (intervalos de cinco anos); especialidade da
 internação; diagnóstico primário, agregando as
 categorias e subcategorias dos capítulos da 10ª
 revisão da Classificação Estatística Internacional
 de Doenças e Problemas Relacionados à Saúde
 (CID-10) 13; e tempo de permanência.
modelo logístico ajustado incluindo as variáveis
 idade e diagnóstico primário, utilizado para
 calcular as taxas de mortalidade hospitalar
 ajustadas.
resumo
Resultados:
As internações hospitalares em idosos (n = 7.584)
  representaram 29,3% do total de 25.928 internações
  realizadas nessas unidades.
Catarata senil (7,8%) foi a causa mais freqüente, seguida de
  hiperplasia de próstata (4,7%), insuficiência cardíaca
  congestiva (2,9%) e bloqueio atrioventricular total
  (2,8%).
Os hospitais não universitários apresentaram taxas de
  mortalidade hospitalar maiores do que as dos hospitais
  universitários, mesmo depois do ajuste para diferenças no
  perfil de casos em relação à idade e diagnóstico principal.
Em relação ao total de hospitalizações, as internações em idosos
apresentaram uma distribuição de 28,4%, 24,5% e 29,3%, para a
Unidade 1, Unidade 2 e Unidade 3, respectivamente. Todas as
internações na Unidade 4 foram de pacientes idosos
Não foram observadas diferenças
significativas na mortalidade
hospitalar segundo sexo. Quanto à
distribuição segundo faixa etária foi
verificado um crescimento
significativo da mortalidade com o
envelhecimento, que é mais expressivo a
partir dos 75 anos de idade. Com
relação ao motivo da internação
pricipais são: as doenças infecciosas
e parasitárias, as doenças do
aparelho respiratório, os transtornos
mentais e comportamentais, as
doenças endócrinas nutricionais e
metabólicas,
REFLEXÃO...
• Com relação aos bancos de dados administrativos
  hospitalares, a Agency for Healthcare Research and
  Quality vem propondo a utilização de um conjunto de
  indicadores construídos a partir desses bancos que
  permitiriam o monitoramento do cuidado ambulatorial (por
  meio de um conjunto de condições cujas hospitalizações
  poderiam ser prevenidas pelo cuidado ambulatorial de
  qualidade) e do cuidado hospitalar (incluindo a
  mortalidade hospitalar, a freqüência e a adequação do uso
  de determinados procedimentos e a ocorrência de
  complicações durante a internação) .


 11. Agency for Healthcare Research and Quality. AHRQ Quality Indicators – guide to
 inpatient quality indicators: quality of care in hospitals – volume, mortality and
 utilization. Rockville: Agency for Healthcare Research and Quality; 2002. (AHRQ Pub.
 nº 02-RO204).
MORTALIDADE POR
          DESNUTRIÇÃO
• Otero, Ubirani Barros, Rozenfeld, Suely,
  Gadelha, Angela Maria Jourdan et al.
  Mortalidade por desnutrição em idosos,
  região Sudeste do Brasil, 1980-1997. Rev.
  Saúde Pública, Abr 2002, vol.36, no.2, p.141-
  148
• http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid
  =S0034-89102002000200004&lng=pt&nrm=iso
• OBJETIVO:
  Conhecer a freqüência da desnutrição como causa
  de morte na população idosa.
• MÉTODOS:
  Foram selecionados indivíduos com 60 anos ou
  mais de ambos os sexos, dos municípios da região
  Sudeste, entre 1980 e 1997.
• DADOS:
• As fontes de dados foram o registro de óbitos do
  Sistema de Informação Sobre Mortalidade (1980-
  1998) e a população estimada pelo Centro de
  Desenvolvimento e Planejamento Regional
  (Cedeplar).
• Para classificação dos óbitos, empregou-se a CID-
  9 (260 a 263.9), para os anos de 1980 até 1995, e a
  CID-10 (E40 a E46), para os anos mais recentes.
• RESULTADOS:
  No Brasil, entre 1980 e 1997, ocorreram 36.955
  óbitos por desnutrição em idosos. A região Sudeste
  concentrou o maior número ¾ 23.968 (64,9%) ¾
  dentre as demais regiões brasileiras. No Estado de
  São Paulo, ocorreram 11.067 óbitos por desnutrição
  em idosos, e, no Rio de Janeiro, 7.763, obtendo,
  esses dois estados em conjunto, os maiores valores
  da região. É maior a proporção de óbitos e maiores
  os coeficientes de mortalidade em indivíduos de 70
  anos ou mais do que em indivíduos da faixa etária
  de 60 a 69 anos, independentemente do sexo.
• .
• CONCLUSÃO:
  Os resultados preliminares do estudo levantam
  algumas questões: o papel da desnutrição como
  causa associada; a tendência de aumento dos
  óbitos por desnutrição na velhice; o comportamento
  diferenciado entre estados da mesma região.
  Análises estatísticas do tipo séries-temporais
  possivelmente conseguiriam explicar melhor os
  fenômenos apontados. Será preciso aprofundar o
  estudo do papel da desnutrição na população com
  60 anos ou mais para estabelecer estratégias de
  intervenção adequadas.
PNAD 1998 - IBGE

   Gênero e ciclo vital na
  Auto-avaliação da saúde.

Impacto da situação socioeconômica,
das doenças crônicas e as limitações
    Funcionais auto-reportadas.

                              Setembro 2004
Premissas
    Nas últimas três décadas tem se
 demonstrado que a autoavaliação da saúde da
 saúde (AAS) é um bom indicador da qualidade
 de vida e da morbidade assim como um
 importante preditor da subseqüente
 mortalidade (Manderbacka et al. 2002),
 especialmente para a população idosa (Mossey
 & Shapiro, 1982; Bryant et al., 2000).
AAS incorpora uma variedade de componentes
físicos, culturais e emocionais (Idler & Benyamini,
1997; Westerhof et al., 2001).


  O estudo da AAS não deve deixar de
incorporar (Lahelma et al., 1999) fatores que
caracterizem as desigualdades por sexo ante as
condições socioeconômicas e estruturais como,
por exemplo, às condições domésticas e a renda
familiar (Rahman, 1999; Bartley et al., 1992).
Perguntas principais desta
                 pesquisa
  Muitas pesquisas (nacionais e internacionais) mostram
que a mulher avalia sua saúde pior que o homem (Idler,
1993; Jylhä et al., 1998; Westerhof et al., 2001; Molarius &
Janson, 2002).


• Podemos confirmar esses achados?
• As doenças e as incapacidades funcionais afetam de
  igual maneira a AAS de mulheres e de homens?
• Como modifica o ciclo de vida as diferenças de
  gênero na AAS?
• Fonte : Microdados da Pesquisa Nacional por
  Amostra de Domicílios (PNAD) de 1998 (IBGE).
  A PNAD/98 é um inquérito representativo em
  nível nacional aplicado a 344.975 pessoas
  moradoras de 112.434 domicílios

• Selecionaram-se pessoas de 25 anos e mais o qual
  constitui o 50% da amostra
Principais Características
Prevalência das doenças reportadas
25-49           50-64               65 e +
              Descrição
                                 H         M      H            M      H             M
Doença de coluna ou de costas   22,0      26,7   38,5      45,5      42,5       48,2
Hipertensão                     9,0       13,5   27,6      40,5      37,9       51,3
Artrite ou reumatismo           5,4       9,6    19,6      31,7      32,7       45,7
Depressão                       4,2       9,9    7,0       15,3      8,1        14,9
Doença renal crônica            3,3       3,6    6,2           6,1   7,0            6,8
Bronquite ou asma               2,5       3,9    4,2           5,3   8,9            8,3
Doença do coração               2,4       3,9    9,7       13,7      18,3       22,8
Tendinite ou tenossinovite      1,6       3,3    3,2           5,8   3,4            5,4
Diabetes                        1,3       1,7    5,7           8,5   8,3        12,8
Cirrose                         0,3       0,1    0,7           0,2   0,4            0,2
Tuberculose                     0,1       0,1    0,3           0,2   0,3            0,1
Câncer                          0,1       0,3    0,6           0,6   1,5            1,0
25-49             50-64            65 e +
                   Descrição
                                                    H           M    H            M    H            M
Dificuldades da vida diária
         De alimentar-se, tomar banho ou ir ao     0,6      0,7     2,1       2,2     7,0           9,0
                                    banheiro
                     De abaixar-se, ajoelhar-se    2,9      4,6     10,7      17,8    27,3      39,1
Dificuldades instrumentais avançadas
       De empurrar mesa ou realizar consertos      1,8      3,0     6,7       11,3    20,1      30,6
                                  domésticos
      Dificuldade de andar cerca de 100 metros     1,0      1,3     3,5       4,9     12,3      18,4
   De correr, levantar objetos pesados, praticas   6,0      9,5     20,7      30,6    45,9      56,7
         esportes ou realizar trabalhos pesados

                     De subir ladeira ou escada    3,0      5,7     11,2      20,9    31,1      45,1

                       De andar mais de 1 KM       2,5      4,3     8,7       15,6    24,9      39,4
Informante
                                Própria pessoa     37,5     68,6    48,6      71,9    60,4      66,9
Comparação da Auto-avaliação
        da Saúde de:
    adulto jovem (25-49)
       adulto (50-64)
  adulto maior (65 e mais)
Auto-avaliação em saúde - 25 a 49 anos

            Homem       Mulher
90

80

70                                  Mulheres adultas jovens
60                                  avaliam pior a saúde que
50
                                            homens

40

30

20

10

0
     Muito bom ou bom            Regular      Ruim ou muito ruim
Auto-avaliação em saúde - 50 a 64 anos


90
            Homem       Mulher
80

70

60

50

40

30

20

10

 0
     Muito bom ou bom            Regular   Ruim ou muito ruim
Auto-avaliação em saúde - 65 anos e mais


90

80        Homem     Mulher

70                           Diminui a diferença de gênero na AAS
60

50

40

30

20

10

 0
     Muito bom ou bom        Regular      Ruim ou muito ruim
Como estão associadas as características
sociodemográficas, as doenças e as limitações
funcionais com a AAS?



        Razão de chance (OR) bruta da
         auto-avaliação ruim da saúde
          por gênero, tipo de doença,
            limitações, informante,
       escolaridade e renda familiar per
                 capita (RFPC)
Variáveis               OR (IC 95%)
Sociodemográficas
Sexo (masculino=1)
    Feminino                      1,35 (1,29;1,40)
Idade do morador                  1,06 (1,05;1,06)

Escolaridade (Mais de 5 anos=1)

  Sem instrução e < 1 ano         9,10 (8,52;9,73)
  1 a 5 anos                      3,62 (3,39;3,86)
RF percapita (Mais 3 SM=1)
   Até 1 Salário Mínimo           3,17 (2,94; 3,42)
   De 1 ate 3 SM                  2,49 (2,31; 2,69)
Variáveis                     OR (IC 95%)
Doenças crônicas
              Doença de coluna ou costas    3,78 (3,62;3,94)
                      Bronquite ou Asma     4,34 (4,06;4,64)
                             Hipertensão    4,73 (4,53;4,93)
                   Doença Renal Crônica     4,88 (4,58;5,19)
                                Diabetes    5,09 (4,76;5,44)
                               Depressão    5,25 (5,00;5,52)
                   Artrites ou reumatismo   5,99 (5,74;6,26)
                       Doença de coração    7,04 (6,69;7,40)
                                 Cirrose    7,44 (5,97;9,27)
                             Tuberculose    8,02 (5,98;10,74)
                                  Câncer    9,83 (8,28;11,68)
Variáveis                                 OR (IC 95%)

Dificuldades da vida diária

        De alimentar-se, tomar banho ou ir ao banheiro         21,16 (19,53;22,93)

                              De abaixar-se, ajoelhar-se ...   13,86 (13,24;14,51)

Dificuldades instrumentais avançadas

  De correr, levantar objetos pesados, práticas esportes
                                                               15,54 (14,83;16,29)
                          ou realizar trabalhos pesados

    De empurrar mesa ou realizar consertos domésticos          15,17 (14,45;15,94)

                               De subir ladeira ou escada      15,89 (15,18;16,63)

                                  De andar mais de 1 KM        14,80 (14,13;15,50)
Informante                                                      1,38 (1,32;1,44)

                        As Dificuldades afetam intensamente a AAS
Como conhecer a magnitude de cada variável
independente das outras?

Por exemplo, como conhecer o efeito do
gênero independentemente das doenças e das
limitações?
Modelo de análise
• Regressão Logística: Para a análise da
  associação entre a auto-avaliação negativa
  da saúde e indicadores do estado de saúde,
  do ciclo de vida, do gênero e das condições
  socioeconômicas, utilizaram-se as Razões
  de Chances ajustadas ou Odds Ratio (OR)
  com intervalos de confiança de 95%.
Variável dependente
• Compara-se a AAS (como variável dicotômica)



     AAS deficiente                  AAS satisfatória



 1= ruim e muito ruim              0= "muito boa", "boa",
                                            "regular"


     Na PNAD98, identifica-se a pessoa informante das perguntas
     relacionadas com avaliações subjetivas do estado de saúde.
Variáveis independentes
       Modelo 1          Modelo 2      Modelo 3

Idade contínua             Idem          Idem

Sexo                       Idem          Idem
Situação
socioeconômica:
                           Idem          Idem
         Escolaridade
                Renda


                        Doze Doenças
                                         Idem
                          Crônicas
                                       Limitações
Resultados
Razão de chances (OR) dos modelos
logísticos dos adultos com auto-avaliação
             negativa da saúde
OR (IC 95%)
       Variáveis
                           Modelo 1           Modelo 2           Modelo 3
Sociodemográficas
Sexo (masculino=1)
Feminino                1,27 (1,21;1,33)   0,97 (0,92;1,02)   0,83 (0,78;0,87)
Idade do morador        1,05 (1,05;1,05)   1,03 (1,03;1,03)   1,00 (1,00;1,01)
Escolaridade
   (Mais de 5 anos=1)
Menos de 1 ano          3,13 (2,88;3,41)   2,74 (2,52;2,99)   2,49 (2,28;2,72)
De 1 ano até 5 anos     1,99 (1,85;2,14)   1,71 (1,59;1,85)   1,70 (1,57;1,83)
RF per capita
   (Mais de 3 SM=1)
Até 1 S.M.              2,42 (2,22;2,64)   2,44 (2,23;2,68)   2,13 (1,94;2,35)
De 1 ate 3 S.M.         1,74 (1,60;1,89)   1,67 (1,53;1,82)   1,50 (1,37;1,65)
OR (IC 95%)
      Variáveis
                            Modelo 2            Modelo 3
Morbidades (não ter a
doença=1)
              Câncer     7,22 (5,62;9,28)   4,51 (3,47;5,87)
          Tuberculose    5,12 (3,34;7,84)   3,90 (2,52;6,05)
              Cirrose    4,14 (3,10;5,51)   3,33 (2,38;4,66)
            Depressão    2,97 (2,79;3,17)   2,38 (2,22;2,55)
             Coração     2,36 (2,21;2,52)   1,71 (1,59;1,84)
   Bronquite ou asma     2,14 (1,97;2,32)   1,76 (1,61;1,93)
              Diabete    2,03 (1,86;2,22)   1,74 (1,59;1,92)
Doença Renal Crônica     1,90 (1,75;2,05)   1,68 (1,54;1,83)

Artrite ou reumatismo    1,82 (1,72;1,93)   1,53 (1,44;1,62)

  Doença de coluna ou    1,61 (1,52;1,69)   1,40 (1,32;1,48)
             de costas
          Hipertensão    1,52 (1,44;1,61)   1,37 (1,29;1,45)
OR (IC 95%)
                 Variáveis
                                                   Modelo 1           Modelo 2           Modelo 3
Limitações funcionais (não ter a
dificuldade=1)
Da vida diária

       Dif. aliment., tomar banho ou ir ao
                                                                                      1,87 (1,67;2,09)
                                banheiro
             Dif. abaixar-se, ajoelhar-se ...                                         1,26 (1,16;1,36)
Instrumentais avançadas                                                               2,38 (2,22;2,55)
      De correr, levantar objetos pesados,
    práticas esportes ou realizar trabalhos                                           2,92 (2,70;3,15)
                                    pesados
  De empurrar mesa ou realizar consertos
                                                                                      1,44 (1,32;1,56)
                             domésticos
                 De subir ladeira ou escada                                           1,57 (1,43;1,71)
                   De andar mais de 1 KM                                              1,42 (1,31;1,54)
Informante do domicílio (a pessoa não                                                 1,53 (1,44;1,62)
informa=1)
                  Informa a mesma pessoa        1,09 (1,04;1,14)   0,93 (0,89;0,98)   1,04 (0,98;1,10)
Variação do odds ratio em relação a 1 das razões de chances
                           para o sexo feminino
0,30


                                Modelo 1:
0,25
                                   Sexo
                         Situação socioeconômica
0,20



0,15
                                                      Modelo 3:
                                                      Modelo 2
0,10
                                                          +
                                                Limitações funcionais
0,05



0,00



-0,05


                                 Modelo 2:
-0,10
                                 Modelo 1
                                    +
-0,15
                                 Doenças
-0,20
Testamos diversas interações para explicar
 a mudança do efeito do gênero na AAS
As interações mais significativas
foram:



 Idade / Sexo /


 Limitações                 A limitação mais fortemente
                            associada foi
                            De correr, levantar objetos
                            pesados, praticas esportes
                            ou realizar trabalhos pesados
Razão de chances (OR) dos modelos
  logísticos dos adultos com auto-
   avaliação negativa de sua saúde
            considerando:
as interações de idade, sexo e
dificuldade avançada de correr, levantar
objetos pesados, prática de esportes ou
realizar trabalhos pesados
Dificuldade avançada de correr, levantar objetos pesados,
           prática de esportes ou realizar trabalhos pesados


         Variáveis                OR (IC 95%)

Sexo feminino

                     30 anos     3,78 (3,33;4,29)   A chance de um
                                                    homem com
                     50 anos     2,47 (2,24;2,72)   dificuldade
                                                    avaliar
                     70 anos     1,61 (1,44;1,81)   negativamente
                                                    sua saúde é
Sexo masculino
                                                    quase 1,5 maior
                     30 anos     6,16 (5,43;7,00)   que das
                                                    mulheres
                     50 anos     4,03 (3,63;4,47)

                     70 anos     2,63 (2,32;2,99)
INTERAÇÕES:
       Probabilidade de auto-avaliar ruim o estado de saúde segundo
                   idade, sexo e dificuldade de correr...


0,10
                                                                                                          Com
0,09                                H                                                                     dificuldades
0,08

0,07

0,06
                   M

0,05                                                                                                     Sem
                                                                                  H
0,04                                               M                                                     dificuldades
0,03

0,02

0,01

0,00
       25 27 29 31 33 35 37 39 41 43 45 47 49 51 53 55 57 59 61 63 65 67 69 71 73 75 77 79 81 83 85 87
Conclusões
  Nossos resultados, com dados do Brasil, confirmam
  os observados por Arber & Cooper (1999) analisando
  dados da Inglaterra:

1. A idades mais avançadas homens e mulheres tendem
  a avaliar de maneira semelhante sua saúde

2. Que quando aparecem as limitações físicas as
   mulheres tendem a avaliar mais positivamente sua
   saúde
Como esses resultados podem
 ser utilizados na política de
       saúde do idoso?
Como pode ser incorporado na
      prática geriátrica?
PROPOSTAS DA TURMA
•   -
•   -
•   -
•   -
•   -
•   -

Mais conteúdo relacionado

Mais de agemais

Teorias Biologicas Do Envelhecimento
Teorias Biologicas Do EnvelhecimentoTeorias Biologicas Do Envelhecimento
Teorias Biologicas Do Envelhecimentoagemais
 
Gerenciamento De DoençAs Geriatria
Gerenciamento De DoençAs GeriatriaGerenciamento De DoençAs Geriatria
Gerenciamento De DoençAs Geriatriaagemais
 
Cost Of Illness
Cost Of IllnessCost Of Illness
Cost Of Illnessagemais
 
AnáLise EconôMica Em SaúDe
AnáLise EconôMica Em SaúDeAnáLise EconôMica Em SaúDe
AnáLise EconôMica Em SaúDeagemais
 
AnáLise EconôMica Em SaúDe
AnáLise EconôMica Em SaúDeAnáLise EconôMica Em SaúDe
AnáLise EconôMica Em SaúDeagemais
 
AnáLise EconôMica Em SaúDe
AnáLise EconôMica Em SaúDeAnáLise EconôMica Em SaúDe
AnáLise EconôMica Em SaúDeagemais
 
Conceitos Da Teoria EconôMica
Conceitos Da Teoria EconôMicaConceitos Da Teoria EconôMica
Conceitos Da Teoria EconôMicaagemais
 
Conceitos Da Teoria EconôMica
Conceitos Da Teoria EconôMicaConceitos Da Teoria EconôMica
Conceitos Da Teoria EconôMicaagemais
 
AnáLise EconôMica Em SaúDe
AnáLise EconôMica Em SaúDeAnáLise EconôMica Em SaúDe
AnáLise EconôMica Em SaúDeagemais
 
Módulo 6 - Aula 4
Módulo 6 - Aula 4Módulo 6 - Aula 4
Módulo 6 - Aula 4agemais
 
Módulo 4 - Aula 4
Módulo 4 - Aula 4Módulo 4 - Aula 4
Módulo 4 - Aula 4agemais
 
VirgíLio Garcia AvaliaçãO Funcional Aula VersãO Do Editor 02 02 2008
VirgíLio Garcia   AvaliaçãO Funcional   Aula   VersãO Do Editor   02 02 2008VirgíLio Garcia   AvaliaçãO Funcional   Aula   VersãO Do Editor   02 02 2008
VirgíLio Garcia AvaliaçãO Funcional Aula VersãO Do Editor 02 02 2008agemais
 
Módulo 3 - Aula 4
Módulo 3 - Aula 4Módulo 3 - Aula 4
Módulo 3 - Aula 4agemais
 
Módulo 3 - Aula 5
Módulo 3 - Aula 5Módulo 3 - Aula 5
Módulo 3 - Aula 5agemais
 
Módulo 3 - Aula 3
Módulo 3 - Aula 3Módulo 3 - Aula 3
Módulo 3 - Aula 3agemais
 
Módulo 3 - Aula 2 (parte 2)
Módulo 3 - Aula 2 (parte 2)Módulo 3 - Aula 2 (parte 2)
Módulo 3 - Aula 2 (parte 2)agemais
 
Módulo 3 - Aula 2
Módulo 3 - Aula 2Módulo 3 - Aula 2
Módulo 3 - Aula 2agemais
 
Módulo 3 - Aula 1
Módulo 3 - Aula 1Módulo 3 - Aula 1
Módulo 3 - Aula 1agemais
 
Módulo 2 - Aula 5
Módulo 2 - Aula 5Módulo 2 - Aula 5
Módulo 2 - Aula 5agemais
 
Módulo 2 - Aula 2
Módulo 2 - Aula 2Módulo 2 - Aula 2
Módulo 2 - Aula 2agemais
 

Mais de agemais (20)

Teorias Biologicas Do Envelhecimento
Teorias Biologicas Do EnvelhecimentoTeorias Biologicas Do Envelhecimento
Teorias Biologicas Do Envelhecimento
 
Gerenciamento De DoençAs Geriatria
Gerenciamento De DoençAs GeriatriaGerenciamento De DoençAs Geriatria
Gerenciamento De DoençAs Geriatria
 
Cost Of Illness
Cost Of IllnessCost Of Illness
Cost Of Illness
 
AnáLise EconôMica Em SaúDe
AnáLise EconôMica Em SaúDeAnáLise EconôMica Em SaúDe
AnáLise EconôMica Em SaúDe
 
AnáLise EconôMica Em SaúDe
AnáLise EconôMica Em SaúDeAnáLise EconôMica Em SaúDe
AnáLise EconôMica Em SaúDe
 
AnáLise EconôMica Em SaúDe
AnáLise EconôMica Em SaúDeAnáLise EconôMica Em SaúDe
AnáLise EconôMica Em SaúDe
 
Conceitos Da Teoria EconôMica
Conceitos Da Teoria EconôMicaConceitos Da Teoria EconôMica
Conceitos Da Teoria EconôMica
 
Conceitos Da Teoria EconôMica
Conceitos Da Teoria EconôMicaConceitos Da Teoria EconôMica
Conceitos Da Teoria EconôMica
 
AnáLise EconôMica Em SaúDe
AnáLise EconôMica Em SaúDeAnáLise EconôMica Em SaúDe
AnáLise EconôMica Em SaúDe
 
Módulo 6 - Aula 4
Módulo 6 - Aula 4Módulo 6 - Aula 4
Módulo 6 - Aula 4
 
Módulo 4 - Aula 4
Módulo 4 - Aula 4Módulo 4 - Aula 4
Módulo 4 - Aula 4
 
VirgíLio Garcia AvaliaçãO Funcional Aula VersãO Do Editor 02 02 2008
VirgíLio Garcia   AvaliaçãO Funcional   Aula   VersãO Do Editor   02 02 2008VirgíLio Garcia   AvaliaçãO Funcional   Aula   VersãO Do Editor   02 02 2008
VirgíLio Garcia AvaliaçãO Funcional Aula VersãO Do Editor 02 02 2008
 
Módulo 3 - Aula 4
Módulo 3 - Aula 4Módulo 3 - Aula 4
Módulo 3 - Aula 4
 
Módulo 3 - Aula 5
Módulo 3 - Aula 5Módulo 3 - Aula 5
Módulo 3 - Aula 5
 
Módulo 3 - Aula 3
Módulo 3 - Aula 3Módulo 3 - Aula 3
Módulo 3 - Aula 3
 
Módulo 3 - Aula 2 (parte 2)
Módulo 3 - Aula 2 (parte 2)Módulo 3 - Aula 2 (parte 2)
Módulo 3 - Aula 2 (parte 2)
 
Módulo 3 - Aula 2
Módulo 3 - Aula 2Módulo 3 - Aula 2
Módulo 3 - Aula 2
 
Módulo 3 - Aula 1
Módulo 3 - Aula 1Módulo 3 - Aula 1
Módulo 3 - Aula 1
 
Módulo 2 - Aula 5
Módulo 2 - Aula 5Módulo 2 - Aula 5
Módulo 2 - Aula 5
 
Módulo 2 - Aula 2
Módulo 2 - Aula 2Módulo 2 - Aula 2
Módulo 2 - Aula 2
 

Módulo 2 - Aula 4

  • 1. Pesquisas em Epidemiologia do Envelhecimento Prof. Dalia E Romero M
  • 3. SISTEMAS DE INFORMAÇÃO POPULACIONAL E DE SAÚDE NO BRASIL SISTEMAS CONTINUOS: ESTATÍSTICAS VITAIS Registro de Nascimentos Reg Internações Registro de Óbitos SINASC SIH/SUS SIM SISTEMAS PERÍODICOS CENSO PNADs
  • 4. Sistemas Contínuos do Ministério da Saúde
  • 5. SIM SISTEMA DE INFORMAÇÃO SOBRE MORTALIDADE – SIM • Coleta dados sobre óbitos • Fornece informações sobre o perfil de mortalidade • Documento padrão é a declaração de óbito – D.O. • Criado em 1975 • Em fase de descentralização (SES -> SMS)
  • 6. SIM Objetivos: • Permitir a elaboração de estatísticas necessárias para avaliação e planejamento de ações na área de saúde e outras áreas do conhecimento; • Permitir o registro das informações exigidas por lei sobre todas as mortes; • Possibilitar a medida do impacto de determinadas ações de saúde nas taxas de mortalidade; • Servir de fonte de informação para vigilância epidemiológica; • Possibilitar a construção de indicadores de saúde que respondem quando, onde, como e de que morrem;
  • 7. SIM Principais variáveis do SIM •• Cartório, UF, data registro Cartório, UF, data registro •• Óbito fetal ou menores de 11ano -- Óbito fetal ou menores de ano •• Identificação do falecido condições da gestação da mãe condições da gestação da mãe Identificação do falecido nome, filiação, data de nascimento, •• Causa básica da morte Causa básica da morte nome, filiação, data de nascimento, idade, sexo, estado civil, ocupação, idade, sexo, estado civil, ocupação, •• Identificação do médico Identificação do médico grau de instrução, raça/cor, grau de instrução, raça/cor, •• Causas externas Causas externas naturalidade eelocal de residência naturalidade local de residência descrição das condições de descrição das condições de •• Data eelocal de ocorrência do óbito Data local de ocorrência do óbito ocorrência eelocal do evento que ocorrência local do evento que gerou ooóbito gerou óbito
  • 8. SIM Possibilidades: – Permitir traçar o perfil de mortalidade de forma ágil; – Possibilitar a construção de indicadores que permitem uma aproximação da situação de saúde da população e do risco de morte; – Permitir a observação de diferenciais de mortalidade dentro do município, através do georreferenciamento de óbitos segundo logradouros, bairros e distritos; – Servir como base para o planejamento e adoção de medidas de enfrentamento do problemas detectados;
  • 9. SIM Limitações: – Atraso no processamento dos dados, o que dificulta sua utilização para as ações de vigilância epidemiológica; essa limitação pode ser explicada pela complexidade do sistema de mortalidade, que exige de uma secretaria de saúde, técnicos treinados para todos os procedimentos operacionais. A defasagem entre a ocorrência do óbito e a disponibilidade dos dados a nível nacional é de 2 anos. (Carvalho, 1997). - Cobertura e qualidade dos dados, principalmente em relação à causa básica do óbito. - Completitude do preenchimento.
  • 10. SIM Limitações: - Acentuado número de óbitos por Sintomas e Sinais Mal-Definidos, que podem ser devidos à falta da avaliação das causas ou condições mórbidas que teriam levado ao óbito, levando a um diagnostico dúbio (Oliveira e Pereira, 1997). - Laurenti (1974) destaca que, por se considerar que um importante objetivo da saúde pública é prevenir a causa precipitante, optou-se por tabular, em todo o mundo, apenas a causa básica de morte e não as causas múltiplas de morte. CARVALHO, D. M. 1997. Grandes sistemas nacionais de informação em saúde: revisão e discussão da situação atual. Informe Epidemiológico do SUS, (4):8-46 OLIVEIRA, H. & PEREIRA, I. P. A. 1997. Estatística de mortalidade e nascidos vivos: considerações sobre principais problemas. Informe Epidemiológico do SUS, VI(3):15-19 LAURENTI, R. 1974. A análise da mortalidade por causa básica e por causas múltiplas. Revista de Saúde Pública, 8:421-35
  • 11. SIM Proporção de causas mal definidas por região
  • 12. R on 0,0 10,0 20,0 30,0 40,0 50,0 60,0 d ôn ia A A m cre az on R a or s ai m a P ar A á m T a oc pá an M ti n a ra s nh R ão io P G ia ra u nd C í e ea d rá o N or P t P ar e er aí na ba m bu A c la o go S as er gi pe M in Ba a hi E s sp G a ír e it ra R o is io S d an e Ja to n S e ão iro P a S u an P lo R ar io ta an G C á M ra ata a nd ri to G e na ro d o ss S o ul M d a o to S G ul ro D ss is o tr G it o o iá F ed s e ra l Brasil 2001. Proporção de DO de Idosos com causas mal definidas
  • 13. SIM- Registro de Óbitos- RJ 2002 • 68. 536 óbitos de idosos Residentes de RJ em 2002 Não Preencheram nas DO 52% : a pergunta sobre assistência médica 25% : a pergunta sobre escolaridade 5% : a pergunta sobre raça 31% : Se teve ou não exame complementar
  • 14. Sistema de Informações Hospitalares SIH/ SUS
  • 15. SIH / SUS Sistema de Informações Hospitalares AIH Implantado em 1983 para os hospitais privados contratados pelo INAMPS. Denominado Sistema SAHMPS. Orientado para regular o pagamento de hospitalizações. Estendido aos hospitais Filantrópicos em 1986, aos Universitários e de Ensino em 1987 e à Rede Pública em 1991. Passou a ser denominado SIH. Base de dados – Autorização de Internações Hospitalares (AIH).
  • 16. O que é o Sistema de Informações Hospitalares (SIH/SUS)? O SIH/SUS é um complexo de programas de processamento de dados, criados conforme as normas do Ministério da Saúde e destinados a auxiliar a operacionalização, controle e gestão do atendimento hospitalar do Sistema Único de Saúde – SUS.
  • 17. Sistema de Informações Hospitalares (SIH/SUS) Características do Sistema Abrangência • Aproximadamente 70% das internações. (Travassos • Tipos de Registros • Formulários - total de registros • Internações - registros tipo 1 (normal) registros tipo 5 (longa permanência) Disponibilização • CD-ROM - produção mensal (arquivo MA) produção anual (arquivo reduzido) • Internet – DATASUS, Secretaria Estadual de Saúde
  • 18. TIPOS DE FORMULÁRIOS AIH-7: FORMULÁRIO • 1ª via será apresentada ao hospital pelo paciente ou seu responsável e será anexada ao prontuário médico. • 2ª via será arquivada no Órgão Emissor. AIH-1: • Cada AIH-1 permite a cobrança de até 45 diárias AIH-5: LONGA PERMANÊNCIA • A abertura da AIH-5 será sempre no primeiro dia do mês, devendo ser emitidas quantas AIH-5 quanto necessárias, até a alta, óbito ou transferência do paciente. • Cada AIH-5 permite a cobrança de até 31 diárias
  • 19. Qualidade do SIH • “A constatação de que a qualidade das informações disponíveis no SIH/SUS é melhor do que a corriqueiramente imputada a este banco, pelo menos quanto ao infarto agudo do miocárdio no Município do Rio de Janeiro, aponta para a pertinência do seu uso como um instrumento de avaliação da qualidade da assistência hospitalar. Apesar das limitações inerentes ao fato de ser um banco administrativo, tem a grande vantagem de estar amplamente implantado e disponibilizado no país. É importante a avaliação crítica de suas potencialidades e limitações com respeito ao uso aplicado à área da avaliação da assistência hospitalar a este e outros agravos” ESCOSTEGUY, Claudia Caminha, PORTELA, Margareth Crisóstomo, MEDRONHO, Roberto de Andrade et al. Hospital admissions forms versus medical records to assess risk of in-hospital death from acute myocardial infarction in Rio de Janeiro, Brazil. Cad. Saúde Pública, July/Aug. 2005, vol.21, no.4, p.1065-1076
  • 20. CENSO • Ajuda a compor um retrato o mais fiel possível da população brasileira.
  • 21. Fonte - Censos demográficos (IBGE) Periodicidade decenal Bases regulares 1940 desde: Cobertura nacional Possibilidade de municipal e setores censitários desagregação Observações • introdução de amostragem em 1960 com ampliação do escopo temático investigado • 2000 - 65 quesitos - características demográficas sócio-econômicas dos domicílios • 1991
  • 22. Conteúdo do censo 2000 • Desde 1960, tem sido utilizada amostragem probabilística na coleta dos dados dos Censos Demográficos brasileiros • Dois modelos de questionários, sendo que em cada domicílio é aplicado somente um dos modelos. Um deles, simplificado, que denominamos Questionário Básico e outro, bem mais extenso e complexo, denominado Questionário da Amostra, • Q. da Amostra inclui temas como educação, religião, deficiência, migração, fecundidade, trabalho e rendimento, entre outros. • Mostrar questionários -
  • 23. Algumas perguntas do Censo 2000 socioeconômicas
  • 24. Algumas perguntas do Censo 2000 socioeconômicas
  • 25. Algumas perguntas do Censo 2000 socioeconômicas Arranjo Familiar
  • 26. Algumas perguntas do Censo 2000 Saúde: Incapacidades
  • 27. Disponibilidade dos dados na Internet IBGE - Censo
  • 28.
  • 29. O QUE É A PNAD? • Pesquisa feita pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE em uma amostra de domicílios brasileiros. Tem múltiplos objetivos Algumas das características investigadas: população, educação, trabalho, rendimento, habitação, previdência, migração, fecundidade, nupcialidade, saúde, nutrição etc., e outros temas que são incluídos na pesquisa de acordo com as necessidades de informação para o País. Suplementos Saúde: 1981, 1986, 1998, 2003.
  • 30. Fonte a) PNAD (IBGE) Periodicidade Anual (objetivo inicial de ser uma pesquisa conjuntural) Bases regulares 1976 desde: Cobertura nacional (exceto rural/Norte) Possibilidade de UFs desagregação Observações - suplementos distintos a cada ano para aprofundamento de tema específico -plano amostral baseado nos censos - mudanças metodológicas importantes comprometendo comparabilidade temporal - permite acompanhamento das coortes
  • 31. ALGUNS TEMAS DE SAÚDE DA PNAD • AUTO-AVALIAÇÃO DO ESTADO DE SAÚDE • RESTRIÇÃO DAS ATIVIDADES HABITUAIS POR MOTIVO DE SAÚDE • Número de Dias de Restrição das Atividades Habituais por Motivo de Saúde • DOENÇA CRÔNICA • Doença de coluna ou costas -Artrite ou reumatismo - Câncer - Diabetes -Bronquite ou asma - Hipertensão (pressão alta) - Doença do coração - Doença renal crônica - Depressão - Tuberculose - Tendinite ou tenossinovite - Cirrose - • PLANO DE SAÚDE
  • 32. ALGUNS TEMAS DE SAÚDE DA PNAD • CONSULTAS MÉDICAS • CONSULTA A DENTISTA • Tempo decorrido desde a última consulta a dentista • Procura de atendimento de serviço de saúde • MOTIVO DA PROCURA DE ATENDIMENTO DE SAÚDE • MOTIVO DE NÃO TER OCORRIDO ATENDIMENTO DE SAÚDE NA PRIMEIRA VEZ QUE EM FOI PROCURADO • AVALIAÇÃO DO ATENDIMENTO DE SAÚDE RECEBIDO • MOTIVO DE NÃO TER PROCURADO ATENDIMENTO DE SAÚDE • OCORRÊNCIA DE INTERNAÇÃO • NÚMERO DE INTERNAÇÕES
  • 33. Outras Pesquisas Amostrais Exemplo “SABE”
  • 34.
  • 35. • Objetivos da SABE • Descrever as condições de saúde dos idosos (60+) com respeito a condições crónicas e agudas, a deficiência, e a diminuição física e mental com atenção especial aos com mais de 80. • Avaliar o acesso e o uso de serviços de saúde pelos idosos, incluindo os localizados fora do sistema médico formal. • Avaliar a contribuição relativa de três fontes de apoio: as relações e redes familiares, a assistência pública, e os recursos privados (renda e patrimônio). • Analisar as diferenças na auto-avaliação das condições de saúde, o acesso declarado a cuidado médico. • história ocupacional, as condições sócio-econômicas, o sexo, e a faixa etária • Executar análises comparativos entre países
  • 36. CIDADES SABE • O inquérito foi conduzido em Bridgetown (Barbados); Buenos Aires (Argentina); • São Paulo (Brasil); Santiago (Chile); Havana (Cuba); Cidade do México (México) e Montevidéu (Uruguai), durante o período de outubro de 1999 a dezembro de 2000.
  • 37. SABE- BRASIL • A população de estudo é composta pelos indivíduos de 60 anos e mais residentes no ano de 2000, na área urbana do município de S.Paulo.
  • 38. • PROBLEMA MAIS RELEVANTES NOS ESTUDIOS EPIDEMIOLOGICOS E NA SAÚDE PÚBLICA
  • 40. 2. POPULAÇÃO EXPOSTA AO RISCO - Percentual de Pessoas que Vivem em Domicílios com Acesso aos Serviços Básicos, 2000 Estados da Região Nordeste % de pessoas que % de pessoas que % de pessoas que vivem vivem em domicílios vivem em domicílios Estado em domicílios com água urbanos com serviço com banheiro e água encanada, 2000 de coleta de lixo, encanada, 2000 2000 Brasil 80,8 77,0 91,2 Maranhão 32,8 26,9 53,3 Piauí 48,1 42,4 66,1 Ceará 59,5 51,0 81,7 Bahia 60,3 56,0 85,2 Alagoas 62,0 56,2 91,0 Rio Grande 67,7 61,9 92,1 Paraíba 66,5 61,9 88,0 Pernambuc 67,2 62,9 84,7 Sergipe 71,5 67,6 89,7 Fonte: Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil
  • 41. 3. MORBIDADE Morbidade Hospitalar do SUS por Causas Externas - por local de residência – Brasil Internações por Grande Grup Causas Faixa Etária 1: 60 a 69 anos, 70 a 79 anos, 80 anos e mais Período:Mai/2005 Grande Grup Causas Internações V01-V99 Acidentes de transporte 947 W00-X59 Outras causas externas de lesões acident 6541 X60-X84 Lesões autoprovocadas voluntariamente 64 X85-Y09 Agressões 249 Y10-Y34 Eventos cuja intenção é indeterminada 305 Y35-Y36 Intervenções legais e operações de guerra 2 Y40-Y84 Complic assistência médica e cirúrgica 722 Y85-Y89 Seqüelas de causas externas 196 Y90-Y98 Fatores suplement relac outras causas 74 Total 9100 Fonte: Ministério da Saúde - Sistema de Informações Hospitalares do SUS (SIH/SUS) http://tabnet.datasus.gov.br/cgi/sih/ermap.htm
  • 42. .. PROBLEMA DE SAÚDE PÚBLICA 3. MORBIDADE Proporção de Morbidade Hospitalar por Doenças Infecciosas e parasitárias (Internações) do SUS - por município de residência - Rio de Janeiro. Abril 2005
  • 43. .. PROBLEMA DE SAÚDE PÚBLICA 3. MORBIDADE Proporção de Morbidade Hospitalar por Doenças Aparelho Circulatório do SUS de IDOSOS segundo município de residência - Rio de Janeiro. Abril 2005 Fonte: Min.da Saúde - Sistema de Informações Hospitalares do SUS (SIH/SUS) http://tabnet.datasus.gov.br/
  • 44. ... PROBLEMA DE SAÚDE PÚBLICA 4. MORTALIDADE Mortalidade - Rio de Janeiro RJ Proporção de Óbitos segundo Capítulo CID-10 de maiores de 20 anos segundo sexo, 2002 Capítulo CID-10 Homens Mulheres TOTAL 59157 47577 IX. Doenças do aparelho circulatório 28,8 34,7 XX. Causas externas de morbidade e mortalidade 17,7 4,0 Mal definidos II. Neoplasias (tumores) XVIII.Sint sinais e achad anorm ex clín e 13,6 16,0 laborat 10,7 11,6 X. Doenças do aparelho respiratório 9,9 11,7 IV. Doenças endócrinas nutricionais e metabólicas 5,3 8,3 I. Algumas doenças infecciosas e parasitárias 4,9 4,4 XI. Doenças do aparelho digestivo 4,9 3,6 Fonte: MS/SVS/DASIS - Sistema de Informações Consulte o site da Secretaria Estadual de Saúde para mais
  • 45. EXEMPLOS DE ESTUDOS EPIDEMIOLOGICOS SOBRE A SAÚDE DOS IDOSO RELEVANTES NO BRASIL
  • 46. EXEMPLO COM SABE 828.488 IDOSOS NA ÁREA URBANA DO MUNICIPIO DE SÃO PAULO Observação Indicador Causalidade 339.734 homens ??? Razão de Exposição Vigilância? Prevenção? 488.754 mulheres sexo=0.7 ao risco? Genética? 659.104 perderam Proporção mais da metade dos dentes 79% Nutricional? Pobreza? Informação? 83.227 deles não usa Proporção Serviços? ponte /dentadura/ Recursos? dentes postiços 12%
  • 47. Estratégias a enfrentar Informação a População, Médicos... -reconhecimento da saúde oral como componente importante da saúde geral do indivíduo • - Recursos Humanos: O cirurgião dentista atual necessita conhecer as condições mais comumente associadas a Terceira Idade A carência de dentes afeta a saúde global dos idosos, a capacidade para enfrentar doenças...pelo tanto, deve-se considerar a avaliação odontológica nas consultas geriátricas
  • 48. Reformas Arquitetônicas ... alterações aos consultórios para facilitar o acesso do paciente Ampliação da Cobertura dos Serviços Os idosos mais debilitados são os que geralmente apresentam os maiores problemas com a saúde bucal, e são também os menos capazes de pagar pelo tratamento odontológico. Pelo tanto, o sistema público deveria incorporar maior atenção bucal para idosos.... Princípios do SUS: equidade...
  • 49. Exemplo com Pesquisa Mundial de Saúde OMS-FIOCRUZ Estimativas de Esperança de Vida Saudável aos 60 anos
  • 50. ESPERANÇA DE VIDA SAUDAVEL Conceito que procura ir além da morte como indicador de saúde Cómo afeta uma limitação, doença, agravo...a qualidade de vida?
  • 51. Artigo: EXPECTATIVA DE VIDA SAUDÁVEL NO BRASIL: UMA APLICAÇÃO DO MÉTODO DE SULLIVAN. Autores: Dalia Elena Romero, Iúri da Costa Leite e Célia Landmann Szwarcwald.
  • 52. Objetivo – Fonte dados • Apresentar uma técnica demográfica (proposta por Sullivan) para estimar a expectativa de vida saudável para o Brasil. • Utilizam-se diferentes indicadores de “saúde” para mensurar o estado de vida saudável • Fonte de Dados: Pesquisa Nacional de Saúde (PMS), inquérito realizado em 2003 com representatividade no nível nacional (FIOCRUZ/OMS)
  • 53. Sobreviventes e sobreviventes com “saúde” Survivors (%) 100 90 80 C 70 B 60 50 A 40 (Full health) 30 20 10 0 0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 Age (years)
  • 54. Expectativa de Vida ao 60 anos-Brasil 2003 Vida Esperança Anos com Esperança com de Vida pobre M étodos de Vida pobre Saudável saúde (ex) saúde (DFLE x) (disability) (% DIS) Esperança de Ambos os Sexos 20,58 Vida aos 60 anos M1 (AAS ruim) 15,79 4,79 23,3 M2 (doenças com limitação) 12,34 8,25 40,1 M3 (incapacidades) 15,38 5,21 25,3 M4 (presença de doença/incapacidade) 15,47 5,11 24,9 Mulheres 22,01 M1 (AAS ruim) 16,39 5,63 25,6 M2 (doenças com limitação) 12,30 9,72 44,1 M3 (incapacidades) 15,75 6,26 28,4 M4 (presença de doença/incapacidade) 16,33 5,69 25,8 Homens 19,02 M1 (AAS ruim) 15,04 3,98 20,9 M2 (doenças com limitação) 12,28 6,75 35,5 M3 (incapacidades) 14,86 4,16 21,9 M4 (presença de doença/incapacidade) 14,49 4,53 23,8
  • 55. ESTUDO DE MORBIDADE E HOSPITALAZAÇÂO • Amaral, Ana Claudia Santos, Coeli, Cláudia Medina, Costa, Maria do Carmo Esteves da et al. Perfil de morbidade e de mortalidade de pacientes idosos hospitalizados. Cad. Saúde Pública, Dez 2004, vol.20, no.6, p.1617-1626 • http://www.scielo.br/cgi-bin/wxis.exe/iah/
  • 56. • Os objetivos: analisar o perfil de morbi-mortalidade em idosos hospitalizados em dois hospitais universitários e dois não universitários, da Área de planejamento 2.2 da cidade do Rio de Janeiro, no ano de 1999. Dados Os dados utilizados foram extraídos de arquivos compactados, armazenados em CD-ROM do DATASUS, no ano de 1999 (http://www.datasus.gov.br/arquivos/ftpdata.htm#dados.
  • 57. Método As variáveis estudadas foram: sexo; faixa etária (intervalos de cinco anos); especialidade da internação; diagnóstico primário, agregando as categorias e subcategorias dos capítulos da 10ª revisão da Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados à Saúde (CID-10) 13; e tempo de permanência. modelo logístico ajustado incluindo as variáveis idade e diagnóstico primário, utilizado para calcular as taxas de mortalidade hospitalar ajustadas.
  • 58. resumo Resultados: As internações hospitalares em idosos (n = 7.584) representaram 29,3% do total de 25.928 internações realizadas nessas unidades. Catarata senil (7,8%) foi a causa mais freqüente, seguida de hiperplasia de próstata (4,7%), insuficiência cardíaca congestiva (2,9%) e bloqueio atrioventricular total (2,8%). Os hospitais não universitários apresentaram taxas de mortalidade hospitalar maiores do que as dos hospitais universitários, mesmo depois do ajuste para diferenças no perfil de casos em relação à idade e diagnóstico principal.
  • 59. Em relação ao total de hospitalizações, as internações em idosos apresentaram uma distribuição de 28,4%, 24,5% e 29,3%, para a Unidade 1, Unidade 2 e Unidade 3, respectivamente. Todas as internações na Unidade 4 foram de pacientes idosos
  • 60. Não foram observadas diferenças significativas na mortalidade hospitalar segundo sexo. Quanto à distribuição segundo faixa etária foi verificado um crescimento significativo da mortalidade com o envelhecimento, que é mais expressivo a partir dos 75 anos de idade. Com relação ao motivo da internação pricipais são: as doenças infecciosas e parasitárias, as doenças do aparelho respiratório, os transtornos mentais e comportamentais, as doenças endócrinas nutricionais e metabólicas,
  • 61. REFLEXÃO... • Com relação aos bancos de dados administrativos hospitalares, a Agency for Healthcare Research and Quality vem propondo a utilização de um conjunto de indicadores construídos a partir desses bancos que permitiriam o monitoramento do cuidado ambulatorial (por meio de um conjunto de condições cujas hospitalizações poderiam ser prevenidas pelo cuidado ambulatorial de qualidade) e do cuidado hospitalar (incluindo a mortalidade hospitalar, a freqüência e a adequação do uso de determinados procedimentos e a ocorrência de complicações durante a internação) . 11. Agency for Healthcare Research and Quality. AHRQ Quality Indicators – guide to inpatient quality indicators: quality of care in hospitals – volume, mortality and utilization. Rockville: Agency for Healthcare Research and Quality; 2002. (AHRQ Pub. nº 02-RO204).
  • 62. MORTALIDADE POR DESNUTRIÇÃO • Otero, Ubirani Barros, Rozenfeld, Suely, Gadelha, Angela Maria Jourdan et al. Mortalidade por desnutrição em idosos, região Sudeste do Brasil, 1980-1997. Rev. Saúde Pública, Abr 2002, vol.36, no.2, p.141- 148 • http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid =S0034-89102002000200004&lng=pt&nrm=iso
  • 63. • OBJETIVO: Conhecer a freqüência da desnutrição como causa de morte na população idosa. • MÉTODOS: Foram selecionados indivíduos com 60 anos ou mais de ambos os sexos, dos municípios da região Sudeste, entre 1980 e 1997. • DADOS: • As fontes de dados foram o registro de óbitos do Sistema de Informação Sobre Mortalidade (1980- 1998) e a população estimada pelo Centro de Desenvolvimento e Planejamento Regional (Cedeplar). • Para classificação dos óbitos, empregou-se a CID- 9 (260 a 263.9), para os anos de 1980 até 1995, e a CID-10 (E40 a E46), para os anos mais recentes.
  • 64. • RESULTADOS: No Brasil, entre 1980 e 1997, ocorreram 36.955 óbitos por desnutrição em idosos. A região Sudeste concentrou o maior número ¾ 23.968 (64,9%) ¾ dentre as demais regiões brasileiras. No Estado de São Paulo, ocorreram 11.067 óbitos por desnutrição em idosos, e, no Rio de Janeiro, 7.763, obtendo, esses dois estados em conjunto, os maiores valores da região. É maior a proporção de óbitos e maiores os coeficientes de mortalidade em indivíduos de 70 anos ou mais do que em indivíduos da faixa etária de 60 a 69 anos, independentemente do sexo.
  • 65. • . • CONCLUSÃO: Os resultados preliminares do estudo levantam algumas questões: o papel da desnutrição como causa associada; a tendência de aumento dos óbitos por desnutrição na velhice; o comportamento diferenciado entre estados da mesma região. Análises estatísticas do tipo séries-temporais possivelmente conseguiriam explicar melhor os fenômenos apontados. Será preciso aprofundar o estudo do papel da desnutrição na população com 60 anos ou mais para estabelecer estratégias de intervenção adequadas.
  • 66. PNAD 1998 - IBGE Gênero e ciclo vital na Auto-avaliação da saúde. Impacto da situação socioeconômica, das doenças crônicas e as limitações Funcionais auto-reportadas. Setembro 2004
  • 67. Premissas Nas últimas três décadas tem se demonstrado que a autoavaliação da saúde da saúde (AAS) é um bom indicador da qualidade de vida e da morbidade assim como um importante preditor da subseqüente mortalidade (Manderbacka et al. 2002), especialmente para a população idosa (Mossey & Shapiro, 1982; Bryant et al., 2000).
  • 68. AAS incorpora uma variedade de componentes físicos, culturais e emocionais (Idler & Benyamini, 1997; Westerhof et al., 2001). O estudo da AAS não deve deixar de incorporar (Lahelma et al., 1999) fatores que caracterizem as desigualdades por sexo ante as condições socioeconômicas e estruturais como, por exemplo, às condições domésticas e a renda familiar (Rahman, 1999; Bartley et al., 1992).
  • 69. Perguntas principais desta pesquisa Muitas pesquisas (nacionais e internacionais) mostram que a mulher avalia sua saúde pior que o homem (Idler, 1993; Jylhä et al., 1998; Westerhof et al., 2001; Molarius & Janson, 2002). • Podemos confirmar esses achados? • As doenças e as incapacidades funcionais afetam de igual maneira a AAS de mulheres e de homens? • Como modifica o ciclo de vida as diferenças de gênero na AAS?
  • 70. • Fonte : Microdados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) de 1998 (IBGE). A PNAD/98 é um inquérito representativo em nível nacional aplicado a 344.975 pessoas moradoras de 112.434 domicílios • Selecionaram-se pessoas de 25 anos e mais o qual constitui o 50% da amostra
  • 73. 25-49 50-64 65 e + Descrição H M H M H M Doença de coluna ou de costas 22,0 26,7 38,5 45,5 42,5 48,2 Hipertensão 9,0 13,5 27,6 40,5 37,9 51,3 Artrite ou reumatismo 5,4 9,6 19,6 31,7 32,7 45,7 Depressão 4,2 9,9 7,0 15,3 8,1 14,9 Doença renal crônica 3,3 3,6 6,2 6,1 7,0 6,8 Bronquite ou asma 2,5 3,9 4,2 5,3 8,9 8,3 Doença do coração 2,4 3,9 9,7 13,7 18,3 22,8 Tendinite ou tenossinovite 1,6 3,3 3,2 5,8 3,4 5,4 Diabetes 1,3 1,7 5,7 8,5 8,3 12,8 Cirrose 0,3 0,1 0,7 0,2 0,4 0,2 Tuberculose 0,1 0,1 0,3 0,2 0,3 0,1 Câncer 0,1 0,3 0,6 0,6 1,5 1,0
  • 74. 25-49 50-64 65 e + Descrição H M H M H M Dificuldades da vida diária De alimentar-se, tomar banho ou ir ao 0,6 0,7 2,1 2,2 7,0 9,0 banheiro De abaixar-se, ajoelhar-se 2,9 4,6 10,7 17,8 27,3 39,1 Dificuldades instrumentais avançadas De empurrar mesa ou realizar consertos 1,8 3,0 6,7 11,3 20,1 30,6 domésticos Dificuldade de andar cerca de 100 metros 1,0 1,3 3,5 4,9 12,3 18,4 De correr, levantar objetos pesados, praticas 6,0 9,5 20,7 30,6 45,9 56,7 esportes ou realizar trabalhos pesados De subir ladeira ou escada 3,0 5,7 11,2 20,9 31,1 45,1 De andar mais de 1 KM 2,5 4,3 8,7 15,6 24,9 39,4 Informante Própria pessoa 37,5 68,6 48,6 71,9 60,4 66,9
  • 75. Comparação da Auto-avaliação da Saúde de: adulto jovem (25-49) adulto (50-64) adulto maior (65 e mais)
  • 76. Auto-avaliação em saúde - 25 a 49 anos Homem Mulher 90 80 70 Mulheres adultas jovens 60 avaliam pior a saúde que 50 homens 40 30 20 10 0 Muito bom ou bom Regular Ruim ou muito ruim
  • 77. Auto-avaliação em saúde - 50 a 64 anos 90 Homem Mulher 80 70 60 50 40 30 20 10 0 Muito bom ou bom Regular Ruim ou muito ruim
  • 78. Auto-avaliação em saúde - 65 anos e mais 90 80 Homem Mulher 70 Diminui a diferença de gênero na AAS 60 50 40 30 20 10 0 Muito bom ou bom Regular Ruim ou muito ruim
  • 79. Como estão associadas as características sociodemográficas, as doenças e as limitações funcionais com a AAS? Razão de chance (OR) bruta da auto-avaliação ruim da saúde por gênero, tipo de doença, limitações, informante, escolaridade e renda familiar per capita (RFPC)
  • 80. Variáveis OR (IC 95%) Sociodemográficas Sexo (masculino=1) Feminino 1,35 (1,29;1,40) Idade do morador 1,06 (1,05;1,06) Escolaridade (Mais de 5 anos=1) Sem instrução e < 1 ano 9,10 (8,52;9,73) 1 a 5 anos 3,62 (3,39;3,86) RF percapita (Mais 3 SM=1) Até 1 Salário Mínimo 3,17 (2,94; 3,42) De 1 ate 3 SM 2,49 (2,31; 2,69)
  • 81. Variáveis OR (IC 95%) Doenças crônicas Doença de coluna ou costas 3,78 (3,62;3,94) Bronquite ou Asma 4,34 (4,06;4,64) Hipertensão 4,73 (4,53;4,93) Doença Renal Crônica 4,88 (4,58;5,19) Diabetes 5,09 (4,76;5,44) Depressão 5,25 (5,00;5,52) Artrites ou reumatismo 5,99 (5,74;6,26) Doença de coração 7,04 (6,69;7,40) Cirrose 7,44 (5,97;9,27) Tuberculose 8,02 (5,98;10,74) Câncer 9,83 (8,28;11,68)
  • 82. Variáveis OR (IC 95%) Dificuldades da vida diária De alimentar-se, tomar banho ou ir ao banheiro 21,16 (19,53;22,93) De abaixar-se, ajoelhar-se ... 13,86 (13,24;14,51) Dificuldades instrumentais avançadas De correr, levantar objetos pesados, práticas esportes 15,54 (14,83;16,29) ou realizar trabalhos pesados De empurrar mesa ou realizar consertos domésticos 15,17 (14,45;15,94) De subir ladeira ou escada 15,89 (15,18;16,63) De andar mais de 1 KM 14,80 (14,13;15,50) Informante 1,38 (1,32;1,44) As Dificuldades afetam intensamente a AAS
  • 83. Como conhecer a magnitude de cada variável independente das outras? Por exemplo, como conhecer o efeito do gênero independentemente das doenças e das limitações?
  • 84. Modelo de análise • Regressão Logística: Para a análise da associação entre a auto-avaliação negativa da saúde e indicadores do estado de saúde, do ciclo de vida, do gênero e das condições socioeconômicas, utilizaram-se as Razões de Chances ajustadas ou Odds Ratio (OR) com intervalos de confiança de 95%.
  • 85. Variável dependente • Compara-se a AAS (como variável dicotômica) AAS deficiente AAS satisfatória 1= ruim e muito ruim 0= "muito boa", "boa", "regular" Na PNAD98, identifica-se a pessoa informante das perguntas relacionadas com avaliações subjetivas do estado de saúde.
  • 86. Variáveis independentes Modelo 1 Modelo 2 Modelo 3 Idade contínua Idem Idem Sexo Idem Idem Situação socioeconômica: Idem Idem Escolaridade Renda Doze Doenças Idem Crônicas Limitações
  • 88. Razão de chances (OR) dos modelos logísticos dos adultos com auto-avaliação negativa da saúde
  • 89. OR (IC 95%) Variáveis Modelo 1 Modelo 2 Modelo 3 Sociodemográficas Sexo (masculino=1) Feminino 1,27 (1,21;1,33) 0,97 (0,92;1,02) 0,83 (0,78;0,87) Idade do morador 1,05 (1,05;1,05) 1,03 (1,03;1,03) 1,00 (1,00;1,01) Escolaridade (Mais de 5 anos=1) Menos de 1 ano 3,13 (2,88;3,41) 2,74 (2,52;2,99) 2,49 (2,28;2,72) De 1 ano até 5 anos 1,99 (1,85;2,14) 1,71 (1,59;1,85) 1,70 (1,57;1,83) RF per capita (Mais de 3 SM=1) Até 1 S.M. 2,42 (2,22;2,64) 2,44 (2,23;2,68) 2,13 (1,94;2,35) De 1 ate 3 S.M. 1,74 (1,60;1,89) 1,67 (1,53;1,82) 1,50 (1,37;1,65)
  • 90. OR (IC 95%) Variáveis Modelo 2 Modelo 3 Morbidades (não ter a doença=1) Câncer 7,22 (5,62;9,28) 4,51 (3,47;5,87) Tuberculose 5,12 (3,34;7,84) 3,90 (2,52;6,05) Cirrose 4,14 (3,10;5,51) 3,33 (2,38;4,66) Depressão 2,97 (2,79;3,17) 2,38 (2,22;2,55) Coração 2,36 (2,21;2,52) 1,71 (1,59;1,84) Bronquite ou asma 2,14 (1,97;2,32) 1,76 (1,61;1,93) Diabete 2,03 (1,86;2,22) 1,74 (1,59;1,92) Doença Renal Crônica 1,90 (1,75;2,05) 1,68 (1,54;1,83) Artrite ou reumatismo 1,82 (1,72;1,93) 1,53 (1,44;1,62) Doença de coluna ou 1,61 (1,52;1,69) 1,40 (1,32;1,48) de costas Hipertensão 1,52 (1,44;1,61) 1,37 (1,29;1,45)
  • 91. OR (IC 95%) Variáveis Modelo 1 Modelo 2 Modelo 3 Limitações funcionais (não ter a dificuldade=1) Da vida diária Dif. aliment., tomar banho ou ir ao 1,87 (1,67;2,09) banheiro Dif. abaixar-se, ajoelhar-se ... 1,26 (1,16;1,36) Instrumentais avançadas 2,38 (2,22;2,55) De correr, levantar objetos pesados, práticas esportes ou realizar trabalhos 2,92 (2,70;3,15) pesados De empurrar mesa ou realizar consertos 1,44 (1,32;1,56) domésticos De subir ladeira ou escada 1,57 (1,43;1,71) De andar mais de 1 KM 1,42 (1,31;1,54) Informante do domicílio (a pessoa não 1,53 (1,44;1,62) informa=1) Informa a mesma pessoa 1,09 (1,04;1,14) 0,93 (0,89;0,98) 1,04 (0,98;1,10)
  • 92. Variação do odds ratio em relação a 1 das razões de chances para o sexo feminino 0,30 Modelo 1: 0,25 Sexo Situação socioeconômica 0,20 0,15 Modelo 3: Modelo 2 0,10 + Limitações funcionais 0,05 0,00 -0,05 Modelo 2: -0,10 Modelo 1 + -0,15 Doenças -0,20
  • 93. Testamos diversas interações para explicar a mudança do efeito do gênero na AAS As interações mais significativas foram: Idade / Sexo / Limitações A limitação mais fortemente associada foi De correr, levantar objetos pesados, praticas esportes ou realizar trabalhos pesados
  • 94. Razão de chances (OR) dos modelos logísticos dos adultos com auto- avaliação negativa de sua saúde considerando: as interações de idade, sexo e dificuldade avançada de correr, levantar objetos pesados, prática de esportes ou realizar trabalhos pesados
  • 95. Dificuldade avançada de correr, levantar objetos pesados, prática de esportes ou realizar trabalhos pesados Variáveis OR (IC 95%) Sexo feminino 30 anos 3,78 (3,33;4,29) A chance de um homem com 50 anos 2,47 (2,24;2,72) dificuldade avaliar 70 anos 1,61 (1,44;1,81) negativamente sua saúde é Sexo masculino quase 1,5 maior 30 anos 6,16 (5,43;7,00) que das mulheres 50 anos 4,03 (3,63;4,47) 70 anos 2,63 (2,32;2,99)
  • 96. INTERAÇÕES: Probabilidade de auto-avaliar ruim o estado de saúde segundo idade, sexo e dificuldade de correr... 0,10 Com 0,09 H dificuldades 0,08 0,07 0,06 M 0,05 Sem H 0,04 M dificuldades 0,03 0,02 0,01 0,00 25 27 29 31 33 35 37 39 41 43 45 47 49 51 53 55 57 59 61 63 65 67 69 71 73 75 77 79 81 83 85 87
  • 97. Conclusões Nossos resultados, com dados do Brasil, confirmam os observados por Arber & Cooper (1999) analisando dados da Inglaterra: 1. A idades mais avançadas homens e mulheres tendem a avaliar de maneira semelhante sua saúde 2. Que quando aparecem as limitações físicas as mulheres tendem a avaliar mais positivamente sua saúde
  • 98. Como esses resultados podem ser utilizados na política de saúde do idoso? Como pode ser incorporado na prática geriátrica?
  • 99. PROPOSTAS DA TURMA • - • - • - • - • - • -