SlideShare uma empresa Scribd logo
1
EQ-023 Manutenção para a Qualidade Total

MANUTENÇÃO DE MOTORES ELÉTRICOS DE INDUÇÃO

Trabalho da cadeira EQ-023 “ Manutenção
para a Qualidade Total” apresentado no PECE
Programa de Educação Continuada da Escola
Politécnica da Universidade de São Paulo,
para avaliação de aproveitamento do curso.

Cadeira: EQ-023 Manutenção para a
Qualidade total
Professor: Dr. Gilberto F. M. de Souza.
Alunos: Marcelo Gandra Falcone.

São Paulo
16 de janeiro de 2004
2
EQ-023 Manutenção para a Qualidade Total

MANUTENÇÃO DE MOTORES ELÉTRICOS DE INDUÇÃO

RESUMO

O presente trabalho visa avaliar o aproveitamento na cadeira EQ-023 – “Manutenção
para a Qualidade Total” do PECE - Programa de Educação Continuada da Escola
Politécnica da Universidade de São Paulo, ministrada pelo Professor Dr. Gilberto F.
M. de Souza. Além disto o trabalho pretende sugerir de maneira simples, para não
especialistas, conceitos de manutenção em motores elétricos de indução, para ser
aplicado como uma das ferramentas de gestão de manutenção na tendência das
exigências de mercado ou conhecimento de partes de sistemas que utilizam este tipo
de acionamento eletromecânico. O trabalho procura agregar coerência e
uniformidade de valores nas partes interessadas, para uso didático ou profissional.
3
EQ-023 Manutenção para a Qualidade Total

MAINTENANCE OF INDUCTION ELECTRIC MOTORS
ABSTRACT

The present paper seeks to valuation in the discipline EQ-023 ”Maintenance in Total
Quality Management " of PECE - Program of Continuous Education of the Escola
Politécnica da Universidade de São Paulo, learned by the Teacher Dr. Gilberto F. M.
of Souza. Besides the paper intends to suggest in a simple way, for no specialists,
concepts of End-Of-Life and Failure in electric motors of induction, to be applied as
one of the tools of maintenance administration in the tendency of the market
demands or knowledge of parts of systems that use this type of electrical machine.
The present paper made repair analyses in asynchronous electric motors into Total
Quality Management.
4
EQ-023 Manutenção para a Qualidade Total

SUMÁRIO
1- INTRODUÇÃO................................................................................................. 05
2- CONCEITOS..................................................................................................... 06
2.1. Conceitos Gerais............................................................................................... 06
2.2. Conceitos de manutenção em motores elétricos................................................08
2.3. Confiabilidade em motores elétricos................................................................ 10
2.3.1 Conjunto máquina (motor)............................................................................. 11
2.3.2 Tampas............................................................................................................ 12
2.3.3 Mancais .......................................................................................................... 12
2.3.4 Rotor............................................................................................................... 12
2.3.5 Estator............................................................................................................. 13
2.3.6 Enrolamento.................................................................................................... 13
2.4. Cuidados durante o processo de manutenção............... .................................... 14
2.4.1 Os defeitos das partes mecânicas.................................................................... 14
2.4.2 Os defeitos do processo de bobinagem........................................................... 14
2.4.3 Produto Acabado............................................................................................. 15
2.5. Vida Útil Efetiva dos Motores elétricos............................................................ 16
2.6. Taxa de falhas no motor de indução.................................................................. 17
2.6.1 Análise preliminar das falhas.......................................................................... 17
2.6.2 Análise das falhas e comportamento das mesmas........................................... 18
2.6.3 Taxa de falhas no motor de indução................................................................ 19
2.6.4 Distribuição de falhas e confiabilidade do motor de indução.......................... 20
3- ESTUDO DE CASO .......................................................................................... 22
3.1. Fluxo do processo levantado no campo.............................................................. 22
3.1.1 Processo de Recebimento - Análise preliminar das Falhas.............................. 22
3.1.2 Diagnose - Análise das falhas e comportamento das mesmas...........................25
3.1.3 Processo de conserto..........................................................................................25
3.1.4 Documentos envolvidos no processo.................................................................26
3.1.5 Recursos necessários para o processo................................................................27
3.1.6 Fluxograma do processo....................................................................................28
3.2. Definição da amostra........................................................................................... 30
3.3. Aquisição e dados utilizados no trabalho............................................................ 31
3.3.1 Dados compilados na oficina.............................................................................32
3.3.2m Dados e metas fornecidos pela manutenção do cliente.................................. 38
3.4 Análise dos dados obtidos.....................................................................................39
3.4.1 Disponibilidade..................................................................................................40
3.4.2 Tempo/custo médio do reparo...........................................................................40
3.4.3 Analise funcional dos efeitos das falhas............................................................40
3.4.4 Analise do modo e efeitos de falhas..................................................................41
3.4.5 Definição da Política de Manutenção................................................................42
4- CONCLUSÕES.................................................................................................. 43
5- BIBLIOGRAFIA.................................................................................................45
5
EQ-023 Manutenção para a Qualidade Total

MANUTENÇÃO DE MOTORES ELÉTRICOS DE INDUÇÃO
1- INTRODUÇÃO
O objetivo deste trabalho é determinar às políticas de manutenção para motores elétricos de
indução através de uma coleta de dados e análise de confiabilidade. O efeito prático sobre isto
se recai sobre o fato dos motores elétricos serem o principal meio de acionamento de
equipamentos industriais ou domésticos e através deste trabalho pretendemos observar de
maneira simples conceitos que podem ser aplicados como uma das ferramentas de gestão de
manutenção na tendência das exigências de mercado ou para conhecimento de partes de
sistemas que utilizam este tipo de acionamento eletromecânico.
No âmbito da qualidade é esperado da manutenção:
 Preservação de recursos financeiros ( Diminuição do custo de manutenção e
investimento em maquinário).
 Preservação dos recursos físicos (Diminuição do tempo de máquinas paradas e não
conformidades decorrentes de processo – atendimento, preço, prazo e características).
 Preservação de recursos Humanos (segurança de operação e facilidade de operação e
treinamento).
 Atendimento a legislação e meio ambiente (eliminação de multas decorrentes de falhas
de maquinário).
A ênfase do trabalho recai sobre os motores assíncronos de indução, particularmente os de
pequeno e médio portes até 600 Vac, pois são os mais encontrados na industria. Estes motores
atingem cerca 97% ou mais do meio de acionamento das máquinas e equipamentos instalados
na indústria. Eles são de construção simples, robustos e seguros, e menos suscetíveis às
agressões do meio ambiente.
O trabalho foi feito a partir da coleta de dados da manutenção de motores que apresentaram
falhas em algumas unidades de uma empresa Petrolífera/Petroquímica de grande porte. A
política de manutenção adotada nestas unidades organizacionais é de manutenção preditiva
baseado em monitoramento e análise de vibração e ruído.
6
EQ-023 Manutenção para a Qualidade Total

MANUTENÇÃO DE MOTORES ELÉTRICOS DE INDUÇÃO
2. CONCEITOS

2.1 Conceitos Gerais
Os motores elétricos de indução como dito na introdução são de construção simples, robustos
e seguros, mas nem por isso deixam de necessitar de certos cuidados e manutenção:
a) por cuidados iniciais entende-se um conjunto de verificações para concluir se o motor está
adequado e apto a ser instalado e executar os serviços a que se destina, tais como potencia,
tensão, freqüência, grau de proteção, efeitos de armazenamento (lubrificação, umidade,
contaminação), instalação elétrica (cablagem, chaves, reles de proteção, supervisório,
inversores, conversores, etc.), acoplamento, etc.;
b) por requisitos ambientais entende-se as verificações do local onde o motor será instalado
quanto à temperatura, pressão e agressividade química e mecânica do meio ambiente, visando
tanto a proteção do equipamento quanto a segurança, do ponto de vista elétrico e mecânico
das pessoas que trabalham com ele. É preciso verificar também o inverso, ou seja, o quanto o
motor agride o ambiente com emissão de gases, vapores, ruídos e vibrações. Neste ponto, os
motores elétricos são os mais favoráveis e, dentre eles, destacam-se os motores de indução,
que, quando bem projetados e construídos apresentam baixíssimo nível de vibração e tolerável
nível de ruído para a maioria das aplicações;
c) por manutenção periódica entende-se uma série de operações a que deve ser submetido o
motor, para que tenha sua durabilidade estatisticamente prolongada, ou seja, para que a
probabilidade de vida útil seja aumentada. Pode ser do tipo preditiva, preventiva ou corretiva,
tudo depende do custo benefício, que deve ser analisado em função do custo de manutenção e
do preço de aquisição do motor.
Não podemos esquecer que motores elétricos são máquinas rotativas e os mancais
(rolamentos ou deslizamento) são componentes de desgaste (vida curta comparada aos demais
componentes, ou seja, por volta de 12.000 horas enquanto o resto dos componentes tem vida
estimada por volta de 80.000 horas)
Estes itens lembram um pouco o que se costuma fazer com o atleta que é candidato a uma
competição ou campeonato. O item "a" seria o exame médico inicial, o "check-up" a que é
submetido antes da convocação, para verificar suas possibilidades. O item "b" corresponderia
ao exame técnico das condições das pistas, dos campos e do rigor e exigências da competição.
E o item "c" pode lembrar as concentrações ou internações periódicas, de um ou alguns dias,
em uma clínica especializada para tratamento, relaxamento e retomada da plena forma física e
mental. Acreditamos que estes três itens, se bem conduzidos, podem garantir o sucesso, não
só do motor, mas também de quem cuida dele.
Estes cuidados afetam diretamente a Confiabilidade e a Vida do motor. Veremos na parte
experimental que o numero de falhas aleatórias existem, mesmo que os motores sofram
manutenção preditiva..
7
EQ-023 Manutenção para a Qualidade Total

As partes estruturais de um motor, como carcaça, núcleos magnéticos (pacote), tampas, caixas
de ligação, eixo e o barramento da gaiola, desde que bem cuidadas e usadas dentro das
especificações, têm vida muito longa. Só abordaremos aqui os motores elétricos de baixa
tensão, até 600 V.
Costuma-se dizer que, se não houvesse acidentes, estas partes consideradas estruturais seriam
praticamente eternas, coisa que não ocorre com escovas e mancais (sejam de rolamento ou de
escorregamento), que são denominados componentes de desgaste e, portanto, renováveis
periodicamente. Assim, o grande limitador de vida do motor elétrico é o enrolamento, ou
melhor, a isolação do enrolamento, tanto dos condutores (fios) entre si, como daqueles para a
massa. Os fatores limitantes da vida do isolante são de natureza química, mecânica, elétrica e
térmica.
Os agentes químicos/ambientais: podem ser de natureza gasosa, líquida ou sólida e de
altitude (pressão atmosférica). Atacam o material isolante, destruindo-o em pouco tempo ou
diminuindo lentamente suas características (seu poder dielétrico). O isolante acaba sendo
perfurado, devido ao potencial elétrico a ele aplicado. A água é um agente pernicioso, não por
si só, mas porque dissolve sais e outras substâncias que vão agir de maneira maléfica sobre o
isolante.
Os agentes mecânicos: dentre os que afetam a isolação, destacam-se os choques e as
vibrações provocadas pelo próprio motor (desbalanceamento) ou transmitidas ao mesmo
pelas estruturas externas. Outro agente mecânico é a erosão causada por pós-abrasivos
lançados pelo ventilador.
As ações térmica e elétrica sobre os isolantes são temas excessivamente longos e complexos
para serem tratados neste trabalho. Portanto, o que estamos apresentando é apenas um resumo
do que interessa, de um ponto de vista prático.
Os agentes térmicos: pode-se construir um motor quase perfeito no que diz respeito à
proteção contra pó, água, agentes mecânicos e químicos, e utilizá-lo sem sobrecargas em um
local extremamente limpo. Porém, é impossível protegê-lo contra o agente térmico
(temperatura de funcionamento). Contra este mal não há remédio: nenhuma isolação é eterna.
Todo motor apresenta perdas de potência (Watts) internamente. Essas perdas se transformam
em calor que aquece o enrolamento, produzindo uma elevação de temperatura em relação ao
ambiente, pois sem isso, o calor não se escoaria para fora do motor. A elevação de
temperatura possui efeito pernicioso sobre os isolantes: é o fenômeno denominado
envelhecimento térmico do dielétrico, onde o material de isolação perde lentamente seu
poder dielétrico. O isolante acaba sendo rompido (perfurado), deixando passar corrente em
algum ponto (curto-circuito entre condutores ou para a massa), de tal modo que, se não
houver uma proteção de ação rápida, as conseqüências podem ser desastrosas, com estouros,
fusão de condutores e até fusão parcial do pacote de chapas magnéticas.
É claro que, se a temperatura de funcionamento for muito elevada, em função de sobrecargas
ou devido ao projeto ou construção inadequados, o enrolamento pode se queimar
rapidamente, muito antes do que ocorreria pelo fenômeno de envelhecimento térmico, que é,
por natureza, um fenômeno lento. Estes casos são denominados queima acelerada e não
envelhecimento térmico. Enfim, pelo fato de a temperatura ser um fator limitador inexorável,
os motores (tanto os abertos como os blindados) são projetados com sistema de dissipação
(ventilação), adequado para que a elevação de temperatura esteja de acordo com o isolante
utilizado. Para se ter uma idéia da grande importância da temperatura na vida de um
8
EQ-023 Manutenção para a Qualidade Total

enrolamento, é bom lembrar que apenas 10°C a mais de temperatura de funcionamento pode
reduzi-la à metade. Por exemplo: se o isolante utilizado é bom para suportar uma temperatura
contínua de 120°C, durante uma vida prevista de quatro anos, não se deve esperar mais que
dois anos de funcionamento se ele for submetido a 130°C.
Os agentes elétricos: é a sobretensão elétrica (tensão elétrica muito acima da nominal), que
pode ocorrer tanto de forma contínua (mais raro) como em forma de pulsos provocados por
oscilações na linha ou até por origem de descargas atmosféricas (raios). O potencial elétrico
aplicado ao isolante poderá ser de tal valor que ultrapasse o limite do poder dielétrico do
material, perfurando-o e provocando o curto-circuito.

2.2 Conceitos de manutenção em motores elétricos
Como visto no item 2.1 para um motor elétrico operar com sucesso sem falhas durante um
período é necessário que ele seja especificado corretamente para a utilização, nos requisitos
de ambiente físico que envolve o equipamento, manutenção adequada, instalação, operação e
qualidade do operador. Neste trabalho a definição de falha será no âmbito da qualidade, ou
seja, um equipamento apresenta falha quando interfere na qualidade do produto (prazo,
características, atendimento e preço)
As práticas de manutenção em motores elétricos são:
 Corretiva;
 Preventiva e
 Preditiva.
 Manutenção corretiva :
Define-se para a manutenção realizada quando ocorre uma falha não programada, que exige
intervenção de correção, ou seja, para operar é necessário fazer um reparo no motor elétrico.
No processo de manutenção além do reparo da parte sinistratada, procede-se uma peritagem
para determinar os serviços necessários para restabelecer as características originais da
máquina. Muito utilizada em equipamentos secundários de baixo valor nominal, que não
causam parada do processo produtivo, nem afetam a qualidade do produto. Para este tipo de
equipamento (motores padronizados de sistemas auxiliares até 60 CV) hoje em dia não
procede-se o reparo, geralmente faz-se a substituição por um novo.
 Manutenção Preventiva :
Define-se para a manutenção programada com freqüência e data determinada independente de
ocorrência de falhas. Normalmente neste tipo de manutenção procede-se troca dos elementos
de desgaste (mancais e terminais), limpeza geral, re-impregnação da isolação, balanceamento
dinâmico . Demais reparos se dão por necessidade verificada em peritagem (diagnose), para
restabelecer as características originais da máquina. Muito utilizada nos equipamentos que
afetam a qualidade a qualidade final do produto (prazo, características, atendimento e preço),
segurança e o meio ambiente.
 Manutenção Preditiva :
Define-se para a manutenção programada com data determinada através do monitoramento de
características, antecipando-se a ocorrência de falhas. Muito utilizada nos equipamentos que
afetam a qualidade a qualidade final do produto (prazo, características, atendimento e preço),
os recursos financeiros (alto valor nominal em caso de falha), segurança e o meio ambiente.
9
EQ-023 Manutenção para a Qualidade Total

Dá-se pelo monitoramento de características básicas tais como:
 Valor de Corrente e equilíbrio destas em máquinas trifásicas.
 Valor da Resistência de isolamento.
 Índice de Polarização do Dielétrico.
 Temperatura.
 Vibração.
 Nivel de Ruído
Existem processos diferentes de monitoramento, que permitem precisão maior, porém exigem
maiores histórico, treinamento, equipamentos e tecnologia tais como: - Análise de vibração,
que permite indicativos de falhas futuras em parte elétrica e mecânica. Pela análise do
espectro de vibração podemos verificar que tipo de falha vai ocorrer e em que parte da
máquina. É a mais utilizada, pois é a mais fácil de interpretar os valores obtidos. -Análise de
ruído, similar a anterior, porém mais precisa e permite monitoramento continuo mais simples,
pois basta um ponto de verificação, enquanto no anterior é necessário verificação em três
planos. Porém equipamentos que dispõe de dados para a análise tem valor muito
elevado. Análise térmica – Pouco utilizada em motores, mais utilizada em máquinas estáticas.
Os motores tem zonas com temperaturas diferentes que praticamente descartam a utilização
de equipamentos de fácil utilização, tais como emissores luminosos. Para um bom
monitoramento térmico é necessário utilização de sondas internas, tais como bimetais e semi
condutores. Nos motores elétricos, por serem máquinas rotativas, quando ocorre uma falha, a
temperatura aumenta abruptamente, portanto o monitoramento térmico funciona para
indicativo para sistemas de proteção e de manutenção corretiva do que preditiva.

2.3 Confiabilidade em motores elétricos.
10
EQ-023 Manutenção para a Qualidade Total

Como mencionado na introdução para um motor elétrico operar com sucesso sem falhas
durante um período é necessário que ele seja especificado corretamente para a utilização, nos
requisitos de ambiente físico que envolve o equipamento, manutenção adequada, instalação,
operação, operador. Uma vez estabelecido os conceitos de adequação e aderência as
especificações, definimos que confiabilidade de um motor elétrico é a probabilidade do
mesmo operar sem apresentar falhas por um período especifico, por exemplo, operar sem
falha alguma entre paradas programadas para re-lubrificação ou troca de rolamentos.
Abaixo na figura 1 podemos ver um desenho esquemático de um motor :

Figura 1 – Desenho esquemático de um motor, retirado do livro Máquinas de Corrente
Alternada, de Alfonso Martignoni, página 311.
2.3.1 Motor
Como podemos ver na figura um motor elétrico constitui-se basicamente de :
 Estator;
 Enrolamento;
 Rotor;
 Tampas;
 Mancais;
O conjunto motor elétrico tem como principais falhas (falhas mais comuns):
 Motor não arranca (não parte, ou não vira)
 Vibração ou ruído
 Perda de potencia ou velocidade
 Aquecimento
Na próxima pagina veremos na figura 2 uma tabela com as principais falhas e causas
possíveis
11
EQ-023 Manutenção para a Qualidade Total

Figura 2 – Tabela retirada da apostila “motores de indução volume II”, Ensaios e
Defeitos, de Aureo Gilberto Falcone e Marcelo Gandra Falcone, pagina 35.
12
EQ-023 Manutenção para a Qualidade Total

2.3.2 Tampas
Constituídas normalmente de:
 Tampa mancal principal (L.A. e L.O.A.);
 Tampinha externa do alojamento do mancal (L.A. e L.O.A.);
 Tampinha interna do alojamento do mancal (L.A. e L.O.A.).
O conjunto das tampas tem como principais falhas (falhas mais comuns):
 Quebra ou deformação mecânica dos rebaixos;
 Ovalização;
 Desgaste criando folgas excessivas;
 Quebras ou deformação.

2.3.3 Mancais:
Normalmente são:
 Buchas de deslizamento ou
 Rolamentos.
O conjunto mancais tem como principais falhas (falhas mais comuns):
 Desgaste;
 Vibração ou ruído;
 Oxidação;
 Falhas de lubrificação.
2.3.4 Rotor:
Como podemos ver na figura 3 um rotor constitui-se basicamente de:
 Eixo;
 Núcleo Magnético;
 Barramento;
 Anéis de curto circuito.

Figura 3 – Desenho esquemático de um rotor, retirado do livro Máquinas de Corrente
Alternada, de Alfonso Martignoni, página 185.
O conjunto rotor tem como principais falhas (falhas mais comuns):
 Quebra ou deformação mecânica do eixo;
 Vibração ou ruído magnético proveniente de núcleo solto;
 Abertura de solda ou fundição dos anéis de curto;
 Soltura dos pesos de Balanceamento
 Abertura ou rompimento de barras
 Desgaste dos colos de mancais.
13
EQ-023 Manutenção para a Qualidade Total

2.3.5 Estator:
Como podemos ver na figura 4 um estator constitui-se basicamente de :
 Carcaça;
 Núcleo Magnético;
 Caixa de Bornes;
 Enrolamento;

Figura 4 – Desenho esquemático de um motor, retirado do livro Máquinas de Corrente
Alternada, de Alfonso Martignoni, página 23.
O conjunto estator tem como principais falhas (falhas mais comuns):
 Quebra ou deformação mecânica da carcaça ou pés / falhas dimensionais
 Vibração ou ruído magnético
 Mau contato/quebra nos bornes
 Falhas de enrolamento

2.3.6 Enrolamento
Como podemos ver na figura 5 um Enrolamento constitui-se basicamente de :
 Condutores(fio esmaltado);
 Cunha de fechamento (esteca);
 Filme isolante para massa e entre camadas;
 Verniz;

Figura 5 – Ilustração de enrolamento retirada da apostila “motores de indução volume
II”, Ensaios e Defeitos, de Aureo Gilberto Falcone e Marcelo Gandra Falcone, pagina
35.
14
EQ-023 Manutenção para a Qualidade Total

O conjunto do enrolamento tem como principais falhas (falhas mais comuns):
 Ruptura do isolamento entre bobina e chapa do núcleo do estator;
 Variação na resistência;
 Solda aberta;
 Curto entre espiras;
 Curto entre fases;
 Condutor cortado ou interrompido;
 Isolamento danificado (trinca, fissuras)
 Protetor térmico danificado
 Fuga do protetor para o enrolamento
 Isolamento envelhecido por ação térmica;

2.4 Cuidados durante a fabricação e/ou manutenção:
A implementação de inspeções, testes e ensaios durante o processo de fabricação ou
manutenção visam o aumento da confiabilidade. A eficiência dos produtos na fabricação ou
na manutenção é extremamente necessária e inevitável para atingir índices de qualidade
(evitar retrabalho) e evitar falhas precoces.
2.4.1 Os defeitos das partes mecânicas (carcaça, núcleos magnéticos, tampas, tampinhas e
eixo) podem apresentar são:
Dimensionais em geral:
 Tolerâncias de ponta de eixo;
 Tolerâncias de rasgo de chaveta;
 Tolerâncias de chavetas;
 Tolerâncias e centralização de colos de mancais;
 Tolerâncias e centralização dos rebaixos, furação dos pés e altura até o centro da
carcaça;
 Tolerâncias e centralização de cubos das tampas;
 Tolerâncias e centralização de rebaixos das tampas;
 Tolerâncias e centralização do assento de mancais;
 Folga de tampinhas internas e externas.
Inspeção durante a fabricação de acordo com desenhos (dimensional).
Solda:
 Conformidade/Continuidade;
 Bolhas;
 Respingo.
Inspeções:
 Visual;
 Liquido penetrante.
Fundidos:
 Bolhas;
 Fissuras.
Inspeção por líquido penetrante após usinagem.
15
EQ-023 Manutenção para a Qualidade Total

Núcleo magnético:
 Dimensional,
 Perdas;
 Fixação.
Inspeção por alicate de perdas e dimensional padrão
Balanceamento:
 Vibração.
Inspeção feita no próprio processo ou nível de vibração em funcionamento.

Figura 6 – Máquina de Balanceamento “motores de indução volume I”, Manutenção e
Instalação” , de Aureo Gilberto Falcone e Marcelo Gandra Falcone, pagina 09.
2.4.2 Os defeitos do processo de bobinagem:
Choque (mau isolamento entre bobina e chapa do estator), variação na resistência, solda mal
feita, ligações invertidas, sentido de rotação errado, curto entre espiras, fio fora da ranhura,
curto entre fases, foi cortado ou interrompido, ligação errada, isolamento dobrado, isolamento
danificado, protetor térmico danificado, fuga do protetor para o enrolamento.
Os testes que são realizados estão descritos abaixo e estão na ordem de execução:
 Medição de resistência ôhmica;
 Teste de tensão aplicada AC (Hipot AC);
 Teste de tensão aplicada DC (Hipot DC);
 Teste de Surto Elétrico (Surge Test);
 Teste de protetor térmico;
 Teste do sentido de rotação.
2.4.3 Produto acabado
Após a montagem os ensaios de rotina que devem ser executados para verificação da
conformidade do produto com a especificação:
 Ensaio de Verificação da resistência ôhmica
 Ensaio de Resistência de Isolação
 Ensaio de determinação do Índice de polarização
 Ensaio de Tensão suportável
 Ensaio em Vazio
 Ensaio de Rotor bloqueado
 Ensaio de Pintura
 Verificação Visual final
16
EQ-023 Manutenção para a Qualidade Total

2.5 Vida útil efetiva dos motores elétricos:
Não podemos esquecer que motores elétricos são máquinas rotativas e os mancais
(rolamentos ou deslizamento) são componentes de desgaste (vida curta comparada aos demais
componentes, ou seja, por volta de 12.000 horas enquanto o resto dos componentes tem vida
estimada por volta de 80.000 horas).
Conforme mostrado até aqui, as causas e influências que dão origem ao envelhecimento do
sistema isolante dos motores de indução, são múltiplas
“Envelhecimento” significa uma mudança nociva à capacidade de isolar do sistema isolante.
A natureza desta mudança pode ser muito variada. As propriedades de um sistema isolante, as
quais são influenciadas pelo envelhecimento, dependem do tipo de esforço (stress) e do tipo
de material que está sendo usado. Os esforços que produzem envelhecimento, chamados de
“fatores de envelhecimento”, podem ser divididos normalmente em quatro tipos básicos:
Elétricos, térmicos, mecânicos e químicos, como já vistos neste trabalho. A falha efetiva do
sistema isolante significa o rompimento da rigidez dielétrica dos isolantes sólidos, colocando
em curto-circuito as partes energizadas. A vida útil efetiva pode ser determinada medindo o
tempo necessário para o rompimento completo do dielétrico do sistema isolante. Fazendo isto
em tempo real tornar-se-ia muito exaustivo, considerando que seja esperado uma duração
normal de alguns anos. Por isto, o processo de envelhecimento normalmente é acelerado em
laboratório de testes, para reduzir o tempo de vida.
Isto é feito usualmente aumentando a amplitude do tipo de um esforço (fator limitante da
vida) sob estudo. Quando são disponíveis dados suficientes de envelhecimento, aspectos
estatísticos podem ser considerados. Acelerando o processo de envelhecimento para um dado
tipo de esforço é possível que um outro tipo de esforço que também cause envelhecimento
passe a ser dominante, ou ainda que as mudanças no processo de envelhecimento sejam não
lineares em função do aumento da amplitude do esforço. Desta forma, as extrapolações devem
ser feitas com muita prudência, visto que podem conduzir a resultados errados. Os ensaios de
envelhecimento, diante das dificuldades apresentadas, são validos para efeito comparativo,
visto que nestes casos nenhuma extrapolação precisa ser feita e os materiais, métodos e
processos podem ser comparados em condições idênticas. Os sistemas isolantes, os quais são
expostos a diversos fatores limitantes da vida podem, adicionalmente ao envelhecimento
produzido por cada fator, experimentar o envelhecimento devido aos efeitos da sinergia. Os
efeitos da sinergia são devidos à interação entre os diferentes fatores limitantes.
Portanto, a estimativa do tempo de vida útil efetiva de um dado motor, em função da
multiplicidade de fatores limitantes, é uma tarefa altamente complexa, onde interagem os
efeitos devidos às variações nos processos construtivos, aqueles em função das reações físicoquímicas dos materiais isolantes envolvidos, a temperatura e todos os fatores ambientais
relacionados com as contaminações e umidade. Além disso, em função das inter-relações
entre os diversos fatores limitantes da vida, aparece o efeito da diminuição de tempo de vida
em função do aumento de componentes. Diversos modelos foram criados para representar o
comportamento de cada fator limitante da vida e permitir avaliar o tempo de vida esperado. O
cálculo teórico através da aplicação das equações que governam os diversos fatores limitantes,
em função da complexidade, se não permite exatamente estimar a vida útil esperada de forma
absoluta, pelo menos permite tirar conclusões comparativas valiosas, já que pode mostrar as
tendências esperadas para cada caso.
17
EQ-023 Manutenção para a Qualidade Total

2.6 Taxa de falhas no motor de indução.
Utilizando os conceitos apresentados no curso EQ-006 “Confiabilidade de Produtos e
Sistemas” do Programa de Educação Continuada da Escola Politécnica da Universidade de
São Paulo, do Prof. Dr. Gilberto Francisco Martha de Souza .
Os componentes básicos que podem gerar falhas críticas no motor são:
 Estator;
 Enrolamento;
 Rotor;
 Tampas;
 Mancais.

Utilizamos um modelo com os componentes dispostos em série conforme figura 7 abaixo:
Mancal

Estator

Rotor

Enrolo

Tampas

Figura 7 – Componentes do motor dispostos em série

As falhas dos componentes acima são independentes e a confiabilidade Rs(t) do sistema
motor é dada por:
, onde n=5.
2.6.1 Análise preliminar das falhas encontradas no
máquinas.

período de 2 anos em 2426

Figura 8 – Incidência dos tipos de falhas
18
n=
numero de falhas=
numero de falhas precoces(até 2 meses inclusive)=
numero de falhas até 12 meses=
numero de falhas até 24 meses=
isolação=
mancal=
rotor=
tampas=
estator=

EQ-023 Manutenção para a Qualidade Total
2426
% de falhas % rel de falhas
124
5,11% 100,00%
66
2,72%
53,23%
108
4,45%
87,10%
121
4,99%
97,58%
38
1,57%
30,65%
27
1,11%
21,77%
16
0,66%
12,90%
14
0,58%
11,29%
29
1,20%
23,39%

2.6.2 Análise das falhas e comportamento das mesmas no motor de indução:
T=horas nr falhas
23,76
9
180
12
239,76
14
360
22
720
46
1440
66
2160
72
2880
78
3600
86
4320
89
5040
92
5760
96
6480
100
7920
104
8640
108
9360
109
10080
112
10800
113
11520
116
12960
118
14400
119
15120
120
15840
121
20160
122
25920
124

Vemos um incremento inicial muito grande, o que pode indicar falhas precoces ou
prematuras. Analisando a tabela 2 dos dados experimentais vemos um numero muito grande
de falhas por erros de especificação (cliente comprou errado e quer que o fabricante resolva o
problema) ou problemas de processo ( 29 falhas até 1440 horas – 2 meses ) o que representa
19,35% do total de falhas apurados ou 44% das falhas consideradas precoces.. Também fica
evidente o numero de falhas iniciais até 3 meses inclusive, 72 falhas = 58% das falhas, que
são decorrentes principalmente da má analise de contratos de compra e venda e dos cuidados
iniciais (um conjunto de verificações para concluir se o motor está adequado e apto a ser
instalado e executar os serviços a que se destina, tais como potencia, tensão, freqüência, grau
de proteção, efeitos de armazenamento, instalação elétrica, acoplamento, etc.) e dos chamados
requisitos ambientais que entende-se as verificações do local onde o motor será instalado
quanto à temperatura, pressão e agressividade química e mecânica do meio ambiente, visando
19
EQ-023 Manutenção para a Qualidade Total

tanto a proteção do equipamento quanto a segurança, do ponto de vista elétrico e mecânico
das pessoas que trabalham com ele.

2.6.3 Taxa de falhas no motor de indução:
t=horas
23,76
180
239,76
360
720
1440
2160
2880
3600
4320
5040
5760
6480
7920
8640
9360
10080
10800
11520
12960
14400
15120
15840
20160
25920

t)=
0,378788
0,066667
0,058392
0,061111
0,063889
0,045833
0,033333
0,027083
0,023889
0,020602
0,018254
0,016667
0,015432
0,013131
0,0125
0,011645
0,011111
0,010463
0,010069
0,009105
0,008264
0,007937
0,007639
0,006052
0,004784

Fazendo uma análise do comportamento da taxa de falhas acumulada ao longo do tempo
vemos que ela obedece uma curva de Weibul com =0,5

Cabe agora partir para uma quarta análise de dados para determinar os parâmetros de uma
distribuição de Weibull que representam a distribuição dos tempos até a falha.

A amostra tem 2426 elementos sendo que 124 apresentam falhas.
20
EQ-023 Manutenção para a Qualidade Total

2.6.4 Distribuição de falhas e confiabilidade do motor de indução:

2426 motores em distribuição weibull -> N=2426
i
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
21
22
23
24
25
26
27
28
29
30
31
32
33
34
35
36
37
38
39
40
41
42
43
44
45
46
47
48
49
50
51
52
53
54
55
56
57
58
59
60
61
62
63
64
65
66
67
68
69
70
71

i/N+1
0,000412
0,000824
0,001236
0,001648
0,00206
0,002472
0,002884
0,003296
0,003708
0,00412
0,004532
0,004944
0,005356
0,005768
0,00618
0,006593
0,007005
0,007417
0,007829
0,008241
0,008653
0,009065
0,009477
0,009889
0,010301
0,010713
0,011125
0,011537
0,011949
0,012361
0,012773
0,013185
0,013597
0,014009
0,014421
0,014833
0,015245
0,015657
0,016069
0,016481
0,016893
0,017305
0,017717
0,018129
0,018541
0,018953
0,019365
0,019778
0,02019
0,020602
0,021014
0,021426
0,021838
0,02225
0,022662
0,023074
0,023486
0,023898
0,02431
0,024722
0,025134
0,025546
0,025958
0,02637
0,026782
0,027194
0,027606
0,028018
0,02843
0,028842
0,029254

ln(1-F(t)) ln(-ln(1-F(t)))
-0,00041 -7,7942052
-0,00082 -7,1008519
-0,00124 -6,6951806
-0,00165 -6,4072922
-0,00206 -6,1839423
-0,00248 -6,0014144
-0,00289 -5,8470572
-0,0033 -5,7133193
-0,00372 -5,5953296
-0,00413 -5,4897624
-0,00454 -5,3942455
-0,00496 -5,3070273
-0,00537 -5,2267776
-0,00579 -5,1524627
-0,0062 -5,0832628
-0,00661 -5,0185171
-0,00703 -4,9576853
-0,00744 -4,9003197
-0,00786 -4,8460451
-0,00827 -4,7945444
-0,00869 -4,7455468
-0,00911 -4,6988192
-0,00952 -4,6541598
-0,00994 -4,6113925
-0,01035 -4,5703627
-0,01077 -4,5309342
-0,01119
-4,492986
-0,0116 -4,4564103
-0,01202
-4,421111
-0,01244 -4,3870013
-0,01286 -4,3540033
-0,01327 -4,3220463
-0,01369 -4,2910663
-0,01411 -4,2610049
-0,01453 -4,2318089
-0,01494 -4,2034295
-0,01536 -4,1758218
-0,01578 -4,1489449
-0,0162 -4,1227606
-0,01662
-4,097234
-0,01704 -4,0723324
-0,01746 -4,0480259
-0,01788 -4,0242863
-0,0183 -4,0010877
-0,01872 -3,9784056
-0,01914 -3,9562174
-0,01956 -3,9345018
-0,01998
-3,913239
-0,0204 -3,8924102
-0,02082 -3,8719979
-0,02124 -3,8519856
-0,02166 -3,8323578
-0,02208 -3,8130998
-0,0225 -3,7941978
-0,02292 -3,7756387
-0,02334 -3,7574102
-0,02377 -3,7395005
-0,02419 -3,7218986
-0,02461 -3,7045939
-0,02503 -3,6875765
-0,02546 -3,6708368
-0,02588 -3,6543658
-0,0263 -3,6381549
-0,02672 -3,6221959
-0,02715
-3,606481
-0,02757 -3,5910028
-0,02799 -3,5757541
-0,02842 -3,5607281
-0,02884 -3,5459183
-0,02927 -3,5313185
-0,02969 -3,5169227

t-to
180
180
180
239,76
239,76
360
360
360
360
360
360
360
360
720
720
720
720
720
720
720
720
720
720
720
720
720
720
720
720
720
720
720
720
720
720
720
720
1440
1440
1440
1440
1440
1440
1440
1440
1440
1440
1440
1440
1440
1440
1440
1440
1440
1440
1440
1440
2160
2160
2160
2160
2160
2160
2880
2880
2880
2880
2880
2880
3600
3600

ln(t-to)
5,192957
5,192957
5,192957
5,479638
5,479638
5,886104
5,886104
5,886104
5,886104
5,886104
5,886104
5,886104
5,886104
6,579251
6,579251
6,579251
6,579251
6,579251
6,579251
6,579251
6,579251
6,579251
6,579251
6,579251
6,579251
6,579251
6,579251
6,579251
6,579251
6,579251
6,579251
6,579251
6,579251
6,579251
6,579251
6,579251
6,579251
7,272398
7,272398
7,272398
7,272398
7,272398
7,272398
7,272398
7,272398
7,272398
7,272398
7,272398
7,272398
7,272398
7,272398
7,272398
7,272398
7,272398
7,272398
7,272398
7,272398
7,677864
7,677864
7,677864
7,677864
7,677864
7,677864
7,965546
7,965546
7,965546
7,965546
7,965546
7,965546
8,188689
8,188689

beta=
interceptação=
-6,71851
ln(eta)=
=

0,725588
-9,54731
0,388952
17,27333
31747747
21
EQ-023 Manutenção para a Qualidade Total

Curva Distribuição de Weibull

0
4
4
2
6
2
4
8
9
2
5
1
5
9
4
4
9
2
2
4
4
1
8
6
56 10 10 51 51 51 51 51 98 98 98 98 63 45 89 89 61 92 75 57 08 39 73
-1
29 ,886 886 792 792 792 792 792 723 723 723 723 778 655 886 886 251 586 764 641 183 518 237
19 5
5, 6,5 6,5 6,5 6,5 6,5 7,2 7,2 7,2 7,2 7,6 7,9 8,1 8,1 8,5 8,6 8,7 9,0 9,2 9,3 9,6
5,

-2

Ln(-Ln(1-F(t)))

-3
-4
-5
-6
-7
-8
-9
Ln(t-to)

Definimos a função da confiabilidade como :
  t  
R(t )  exp    
 
   



onde:
beta= 0,523682
eta= 2639125

Portanto, para um período de 24 meses na amostra utilizada a confiabilidade do motor
elétrico operando dentro das especificações será :
R(t)= 0,997711803=99,77%
22
EQ-023 Manutenção para a Qualidade Total

3. ESTUDO DE CASO
3.1. Fluxo do processo de Reparo levantado no campo.
Objetivos e requisitos para a qualidade dos serviços na análise deste trabalho está relacionado
com as atividades envolvidas com o conserto de produtos e tem por missão:
 restabelecer as condições de funcionamento normal produto, colocando-o em acordo
com as especificações originais.
 alteração de características originais de produto (por solicitação do cliente),
colocando-as em acordo com determinadas especificações.
No fornecimento dos serviços, são determinados os seguintes processos operacionais,
envolvendo as seguintes atividades:
3.1.1 PROCESSO DE RECEBIMENTO E ANALISE PRELIMINAR DA FALHA
 conferencia da nota fiscal com o produto recebido;
 desembarque do produto;
 identificação do produto recebido;
 Verificação da solicitação do cliente interno ou externo conforme formulário (figura 9)
 vistoria superficial da Sala de Provas.

Figura 09 – Formulário de solicitação de Serviços/Reparos
23
EQ-023 Manutenção para a Qualidade Total

3.2.2. PROCESSO DE DIAGNOSE E ANALISE DE FALHAS/DEFEITOS
 registro do produto;
 desmanche;
 lavagem, se necessário
 levantamento para orçamento (figura 10);
 identificação das partes do produto;
 Relatório de Ocorrência / Análise de Falhas (figura 11).

Figura 10 – Relatório levantamento para orçamento e acompanhamento de Serviços
24
EQ-023 Manutenção para a Qualidade Total

RELATÓRIO DE OCORRÊNCIA
ANÁLISE DE FALHA
UNIDADE: KATTY

PI 7944-R-020

TAG MX 3228 A
MOTOR DE GAIOLA 37 kW, 440 V, 1710 RPM, CARCAÇA 200, MARCA BÚFALO
DATA DE INÍCIO: 29/07/03
SINTOMA:
1. Motor não Arranca

PRIMEIRO COMPONENTE A FALHAR
1. Mancal LOA

MODO FALHA:
1. Queima do enrolamento
2. Desgaste da tampa mancal LOA

CAUSA BÁSICA:
1.

Rolamento travado por falha de lubrificação

SOLUÇÃO:
1. Rebobinamento
2. Troca da tampa traseira
ORÇAMENTO:
Item 1.4.10. Rebobinamento: R$ 1.740,00
Item 2.2. Troca de tampa: R$ 155,42
Total: R$ 1.895,42

Assinatura: nonono
Figura 11- Relatório de Ocorrência / Análise de falha

DATA DE TÉRMINO: 19/08/03
25
EQ-023 Manutenção para a Qualidade Total

3.2.3. PROCESSO DE CONSERTO
 compras de partes e/ou matérias-primas;
 desenhos, se necessários;
 reparos e/ou reposições;
 montagem;
 testes e ensaios (ver figura 12);
 acabamento e pintura;
 embalagem;
 expedição.

Figura 12 – Relatório de testes e ensaios de Rotina em Motores de Indução.
26
EQ-023 Manutenção para a Qualidade Total

3.2.4. ESTÃO ENVOLVIDOS NO PROCESSO DE FORNECIMENTO DOS SERVIÇOS
OS SEGUINTES TIPOS DE DOCUMENTOS:
 documentos de origem do cliente e/ou de origem interna, que relatam informações
com relação ao produto envolvido com o serviço a ser fornecido (relatórios,
correspondências, atas, etc);
 notas fiscais;
 fichas de orçamentos (Levantamento de Serviços a Serem Executados – figura 10)
 pedidos internos;
 croquis.
3.2.5. PARA O PROCESSO DE FORNECIMENTO DOS SERVIÇOS DEVEM ESTAR
DISPONIBILIZADOS OS SEGUINTES RECURSOS:









mão de obra qualificada;
partes fabricadas internamente;
partes adquiridas externamente;
ferramentas;
dispositivos de montagem;
equipamentos de produção;
dispositivos de medição;
equipamentos de medição;

Durante a execução dos serviços devem ser verificadas se foram cumpridas as solicitações do
cliente e se a máquina atende os dados de placa segundo ABNT NBR 7094/1981. Após a
execução dos serviços, o produto deve ser encaminhado para os Ensaios onde devem ser
realizados as inspeções e ensaios conforme normas específicas, indicadas pelo cliente ou
determinadas pela área de Engenharia. Os critérios de aceitação devem ser aqueles
especificados nas respectivas normas. (ver figura 13)

Figura 13 – Ensaios aplicáveis após reparo / Parâmetros para Manutenção Preditiva
27
EQ-023 Manutenção para a Qualidade Total

3.2.6. REGISTROS DOS RESULTADOS DOS SERVIÇOS

Para registros dos resultados das análises dos serviços realizados devem ser utilizados os
respectivas relatórios, emitidas pela Sala de Provas. Estes registros devem ser mantidos na
Sala de Provas (figura 14) e, quando solicitados, cópias devem ser encaminhadas ao Cliente
ou interessado.

Figura 14 – Relatório dos resultados das análises dos serviços realizados
28
EQ-023 Manutenção para a Qualidade Total

3.2.7. FLUXOGRAMA LEVENTADO EM CAMPO

INÍCIO

SOLICITAÇÃO
DO
CLIENTE

CLIENTE

Qual o local de
peritagem ?

É REALIZADA
A
PERITAGEM PRÉVIA

SERVIÇOS
SEM ESCOPO
DEFINIDO

Qual o tipo de
solicitação ?

SERVIÇOS
COM ESCOPO
DEFINIDO

Reparador
REPARADOR
SOLICITA O MOTOR
PARA AVALIAÇÃO

PRODUÇÃO

É ELABORADA
A
PROPOSTA

A proposta foi
aprovada ?

NÃO

1
SIM
CLIENTE ENVIA O
MOTOR PARA
SERVIÇOS

1
O MOTOR É
ENVIADO PARA A
EQUACIONAL

2

MONTADO

O MOTOR
É
LAVADO

É REALIZADA
A
PERITAGEM

NÃO

A proposta já foi
elaborada ?

SIM
MOTOR
AGUARDA
NEGOCIAÇÕES

3

DESMONTADO

2

. É melhor lavar antes da peritagem ?

O MOTOR
É
DESMONTADO

É ELABORADA
A
PROPOSTA

Condições de
recebimento do motor

5

. Responsabilidade da solicitação
. Dados para iniciar a peritagem (dicas
do cliente)
. Serviços necessários
. Investigação de causa (informar o
cliente, orientar o conserto, eventuais
melhorias)
. Relação de componentes
. Medidas a serem feitas
. Registrar em foto (modelo para
montar, alertar problemas
constatados, justificar causas,
justificar custos)

FIM
29
EQ-023 Manutenção para a Qualidade Total

3

A proposta foi
aprovada ?

SIM

5

JUNTO A
PRODUÇÃO

OS PEDIDOS
INTERNOS SÃO
NEGOCIADOS

. Como ?

FIM

JUNTO AO
ALMOXARIFADO

Necessidades

JUNTO AO
CLIENTE

OS FORNECIMENTOS
SÃO ATENDIDOS

O MOTOR
É
MONTADO

Resultado dos testes

O MOTOR É
ENCAMINHADO
PARA PINTURA

O MOTOR
É
VERIFICADO

OS ITENS SÃO
REQUISITADOS AO
ALMOXARIFADO

É FEITA A
SOLICITAÇÃO DAS
NECESSIDADES

O MOTOR É
ENCAMINHADO
PARA TESTES

APROVADO

É PROVIDENCIADO O
RETORNO DO
MOTOR AO CLIENTE

OS SERVIÇOS
SÃO
INICIADOS

OS ITENS
SÃO
DISPONIBILIZADOS

4

NÃO

Existe a necessidade de
compra ?

OS ITENS
SÃO
SEPARADOS

NÃO

O MOTOR
É
DESMONTADO

OS ITENS
SÃO
DISPONIBILIZADOS

É REALIZADA
A
PERITAGEM

O MOTOR É
ENCAMINHADO
PARA EMBALAGEM

O MOTOR É
ENCAMINHADO
PARA EXPEDIÇÃO

É FEITA A
REQUISIÇÃO DE
COMPRA

OS ITENS
SÃO
ADQUIRIDOS

OS ITENS
SÃO
DISPONIBILIZADOS

REPROVADO

SIM

2

FIM

4
30
EQ-023 Manutenção para a Qualidade Total

3.2. Definição da Amostra
O trabalho foi feito a partir da coleta de dados da manutenção de motores que apresentaram
falhas em algumas unidades de uma empresa Petrolífera/Petroquímica de grande porte. A
política de manutenção adotada nestas unidades organizacionais é de manutenção preditiva
baseado em monitoramento e análise de vibração e ruído. Lembramos que o processo de
aquisição de dados não contempla a o tempo de funcionamento efetivo de cada motor e o
tempo de médio para reparo ( MTTR ) é considerado desde a parada do motor até o retorno ao
local de instalação. Como trata-se de empresa Petrolífera / Petroquímica os processos podem
ser assumidos por linhas paralelas enquanto se faz o reparo e quando não existe redundância
existem motores reserva que são utilizados até o retorno do motor titular.
Definimos a amostra conforme Quadro abaixo :

Figura 15 – Quadro das Amostras
A amostra é constituída apenas por motores de indução até 300 CV e de baixa tensão (até 600
Vca). A padronização foi possível, por tratar-se de dados exclusivos as unidades citadas, que
inclusive tem características de meio ambiente similar:
Temperatura ambiente entre 10 oC e 40 oC
Altitude entre 0 e 780 metros
Clima Tropical úmido
Ambiente classificado segundo NEC art 500 e ABNT – Classe II, Grupo D – Hexana,
ou seja, em locais abertos e ventilados o motor deve ser de segurança aumentada e nos
locais com possibilidade de acumulo de vapores inflamáveis os equipamentos elétricos
devem ser a prova de explosão, o que aumenta em muito a robustez mecânica e
portanto a durabilidade de carcaça, tampas e caixa de ligações.
 Período de coleta de dados analisados neste trabalho: 21 de julho até 4 de setembro de
2003




31
EQ-023 Manutenção para a Qualidade Total

3.3 Aquisição de Dados utilizados no trabalho.

Como descrito em 3.1 o cliente solicita o serviço de reparo. Os serviços passam a ser
executados conforme o fluxograma do item 3.2.7 paginas 28 e 29. Compilamos em uma
tabela 50 (cinqüenta) Relatórios de Ocorrência / Análise de Falha, preenchidos conforme
figura 11 da página 24. O relatório é preenchido na etapa de Diagnose, após recebimento e
avaliação das falhas e defeitos encontrados.

Figura 16 – Exemplo de equipamentos recebidos para serviços/reparos
32
EQ-023 Manutenção para a Qualidade Total

3.3.1 Dados Compilados na Oficina:
Tabela de Dados:
tag

tipo

sintoma component
e

inicio

fim

nr modo
dias

causa

solução

valor

tdf alea sistema eme
tori
de
rge
a detecção ncia
da causa
Rebobinam R$900,00 não sim medição não
ento
do
uído
de
envelheci
mento,
uído
de
polarizaçã
o, uído
e
vibração
Rebobinam R$457,00 não sim Ñ tem
não
ento e troca
de sensores

TAG
MB
45380
2A

MOTOR DE Motor
GAIOLA 15 não
CV, 460 V, arranca
3600 RPM,
CARCAÇA
160,
MARCA GE

enrolament
o

21/07/03 11/08/03

21 queima envelhe
cimento

TAG
VCA
15

MOTOR DE
GAIOLA 0,9
kW, 480 V,
1800 RPM,
CARCAÇA
90, MARCA
BERNARD
MOTOR DE
GAIOLA
0,25 kW, 440
V, 1710
RPM,
CARCAÇA
63, MARCA
WEG
MOTOR DE
GAIOLA
0,55 kW, 440
V, 1700
RPM,
CARCAÇA
71, MARCA
WEG
MOTOR DE
GAIOLA
2,208 kW,
440 V, 1720
RPM,
CARCAÇA
100,
MARCA
MICHELET
TO
MOTOR DE
GAIOLA 20
CV,
220/380/440
V, 3545
RPM,
CARCAÇA
132,
MARCA GE
MOTOR DE
GAIOLA 20
CV, 440 V,
3545 RPM,
CARCAÇA
160,
MARCA GE

Motor
não
arranca

sensor de
temperatura

29/07/03 05/08/03

7 sensor rompim
não atua ento dos
sensore
s

Motor
não
arranca

mancal LA

23/07/03 30/07/03

travame
nto do
rolamen
to

Motor
funciona
com
uído
anormal

mancais

23/07/03 28/07/03

7 queima
do
enrolam
ento e
desgast
e do
colo do
mancal
5 rolamen
to
blindad
o
desgast
ado

R$85,00 sim não vibração
ou ruido

sim

Motor
funciona
com
uído
anormal

mancais

23/07/03 28/07/03

5 rolamen
to
blindad
o
desgast
ado

fim da Rejuvenesc R$150,00 sim não vibração
vida da imento
ou ruido
lubrific
ação

sim

Motor
aquece
demais

mancais

23/07/03 30/07/03

7 rolamen
to
blindad
o
desgast
ado

fim da
vida da
lubrific
ação

Rejuvenesc R$439,94 sim não vibração
imento e
ou ruido
metalização
do colo
rolamento

não

Motor
funciona
com
uído
anormal

ventoinha

23/07/03 30/07/03

7 quebra
do
ventilad
or

impacto
de
objeto
externo

Rejuvenesc R$477,90 não sim não
imento e
troca do
ventilador

sim

TAG
M533
410 A

TAG
M533
407 B

TAG
VM
3609

TAG
M
3261
C

TAG
MB
3244

rebobiname R$271,62 sim sim vibração
nto e
ou ruido
metalização
do mancal
dianteiro

fim da Rejuvenesc
vida da imento
lubrific
ação

não
33
EQ-023 Manutenção para a Qualidade Total
tag

tipo

sintoma component
e

inicio

fim

TAG MOTOR DE Motor
VB
GAIOLA 40 funciona
06CD LBFT, 440
com
V, 3440
uído
RPM,
anormal
CARCAÇA
132,
MARCA
LIMITORQU
E
TAG MOTOR: DE Motor
VF06 GAIOLA 3,9 esquenta
BE
HP, 220/440
V, 1720
RPM,
CARCAÇA
132
TAG MOTOR DE Motor
MX
GAIOLA 50 funciona
3227 CV, 440 V, com
A
1760 RPM,
uído
CARCAÇA anormal
225,
MARCA
BÚFALO
TAG MOTOR DE Motor
MX
GAIOLA 50 funciona
3243 CV, 440 V, com
C
1760 RPM,
uído
CARCAÇA anormal
225,
MARCA
BÚFALO
TAG MOTOR DE Motor
MX
GAIOLA 50 funciona
3243 CV, 440 V, com
A
1760 RPM,
uído
CARCAÇA anormal
225,
MARCA
BÚFALO
TAG MOTOR DE Motor
M
GAIOLA 40 funciona
3218 CV, 220/440 com
A
V, 3560
uído
RPM,
anormal
CARCAÇA
225,
MARCA GE
TAG MOTOR DE motor não
VS
GAIOLA
arranca
102 A 14,7 kW, 440
V, 1740
RPM,
CARCAÇA
200,
MARCA
COESTER

ventoinha

23/07/03 30/07/03

Barra do
rotor
interrompid
a

13/08/03 03/09/03

mancais

TAG MOTOR DE Motor
GN31 GAIOLA 6,6 funciona
01 C HP, 440 V,
com
1680 RPM,
uído
CARCAÇA anormal
100,
MARCA
ROTORK

nr modo
dias

tdf alea sistema eme
tori
de
rge
a detecção ncia
da causa
7 quebra impacto Rejuvenesc R$444,12 não sim não
sim
do
de
imento e
ventilad objeto troca do
or
externo ventilador

21 Barra
do rotor
interro
mpida

causa

numero
excessi
vo de
partidas
consecu
tivas

solução

valor

Rejuvenesc R$960,00 sim sim proteção
imento e
uído
troca do
vibração
rotor
ou ruido

sim

24/07/03 31/07/03

7 rolamen falha de Rejuvenesc R$991,00 sim sim vibração
to
lubrific imento
ou ruido
desgast ação
ado

não

mancais

25/07/03 01/08/03

7 rolamen falha de
to
lubrific
desgast ação
ado

Rejuvenesc R$1.326, sim sim vibração
imento e
76
ou ruido
metalização
do colo
rolamento

sim

mancal
LOA

24/07/03 31/07/03

7 rolamen falha de
to
lubrific
desgast ação
ado

sim

mancais

25/07/03 01/08/03

Rejuvenesc R$1.509, sim sim vibração
imento
89
ou ruido
troca da
tampa LOA
e
metalização
do colo
rolamento
7 rolamen falha de Rejuvenesc R$1.326, sim sim vibração
to
lubrific imento e
76
ou ruido
desgast ação
metalização
ado
do colo
rolamento

enrolament
o

24/07/03 04/08/03

mancais

28/07/03 29/07/03

11 queima envelhe Rebobinam
cimento ento

sim

R$2.175, não sim medição não
00
do
uído
de
envelheci
mento,
uído de
polarizaçã
o, uído e
vibração
1 rolamen falha de Rejuvenesc R$178,38 sim sim vibração sim
to
lubrific imento e
ou ruido
desgast ação
metalização
ado
do colo
rolamento
34
EQ-023 Manutenção para a Qualidade Total
tag

tipo

TAG
MX
14041
A

sintoma component
e

inicio

fim

MOTOR DE
GAIOLA 20
CV, 440 V,
1760 RPM,
CARCAÇA
132,
MARCA
BÚFALO
TAG MOTOR DE
MVE GAIOLA 7,5
14010 CV, 440 V,
1
1720 RPM,
CARCAÇA
112,
MARCA
WEG
TAG MOTOR DE
MX
GAIOLA 37
3228 kW, 440 V,
A
1710 RPM,
CARCAÇA
200,
MARCA
BÚFALO

Motor
mancal
funciona LOA
com ruido
anormal

24/07/03 31/07/03

Motor
mancal
funciona LOA
com ruido
anormal

28/07/03 04/08/03

Motor
não
arranca

29/07/03 19/08/03

TAG
MB
3273

Motor
mancais
funciona
com ruido
anormal

29/07/03 05/08/03

Motor
não
arranca

enrolament
o

05/08/03 12/08/03

TAG MOTOR DE Motor
MB
GAIOLA 15 não
32218 CV, 440
arranca
V,1770 RPM,
CARCAÇA
160,
MARCA GE

enrolament
o

05/08/03 26/08/03

TAG
MB
68342
B

MOTOR: DE Motor
GAIOLA
não
0,33 kW,
arranca
220/380/440
V, 860 RPM,
CARCAÇA
80, MARCA
WEG

enrolament
o

05/08/03 12/08/03

TAG
MB
14040
4

MOTOR: DE Motor
GAIOLA 3 não
CV, 440 V, arranca
1800 RPM,
CARCAÇA
132,
MARCA
BÚFALO

mancal
LOA

07/08/03 28/08/03

TAG
VRA
J159
A

MOTOR DE
GAIOLA 10
CV, 440 V,
3480 RPM,
CARCAÇA
132,
MARCA
WEG
MOTOR DE
GAIOLA
1,66 HP, 440
V, 3600
RPM,
CARCAÇA
80, MARCA
ROTORK

mancal
LOA

nr modo
dias

causa

solução

valor

tdf alea sistema eme
tori
de
rge
a detecção ncia
da causa
7 eixo
corrosâ Rejuvenesc R$485,88 sim não vibração sim
desgast o
imento
ou ruido
ado
troca do
ventilador
metalização
do colo
rolamento
7 eixo
corrosâ Rejuvenesc R$776,86 sim não vibração
desgast o
imento
ou ruido
ado
troca do
ventilador
metalização
do colo
rolamento

21 queima
do
enrolam
ento e
desgast
e da
tampa
manca
loa
7 Folga
da
tampa

sim

rolamen Rebobinam
to
ento e troca
travado da tampa
traseira

R$1.895, não sim medição não
42
do indice
de
envelheci
mento,
indice de
polarizaçã
o, ruido e
vibração
desgast Rejuvenesc R$442,03 sim sim vibração não
e
imento
ou ruido
troca da
tampa

7 queima envelhe Rebobinam R$723,00 não sim medição
cimento ento
do indice
de
envelheci
mento,
indice de
polarizaçã
o, ruido e
vibração
21 queima envelhe Rebobinam R$900,00 não sim medição
cimento ento
do indice
de
envelheci
mento,
indice de
polarizaçã
o, ruido e
vibração
7 queima envelhe Rebobinam R$267,00 não sim medição
cimento ento
do indice
de
envelheci
mento,
indice de
polarizaçã
o, ruido e
vibração
21 queima rolamen Rebobinam R$1.016, sim não vibração
do
to
ento troca
91
ou ruido
enrolam travado do
ento e
ventilador e
desgast
troca da
e da
tampa
tampa
traseira
manca

não

não

não

não
35
EQ-023 Manutenção para a Qualidade Total
tipo
tag

TAG MOTOR: DE
M-TF- GAIOLA
8401 0,25 CV, 440
V, 1110
RPM,
CARCAÇA
71, MARCA
WEG
TAG MOTOR: DE
MJ421 GAIOLA 25
0A
CV, 440 V,
3530 RPM,
CARCAÇA
180,
MARCA GE
TAG MOTOR: DE
MB
GAIOLA 1
68324 CV, 440 V,
B
1082 RPM,
CARCAÇA
90, MARCA
WEG
TAG MOTOR: DE
MJ
GAIOLA 15
8411 CV, 440 V,
B
3500 RPM,
CARCAÇA
160,
MARCA
BÚFALO
TAG MOTOR: DE
MB
GAIOLA 20
453- CV, 440 V,
101B 3500 RPM,
CARCAÇA
160,
MARCA GE
TAG MOTOR: DE
MJ
GAIOLA 125
3436 CV, 440 V,
B
3565 RPM,
CARCAÇA
315,
MARCA
NEWMAN
TAG J MOTOR: DE
3910 GAIOLA 40
BM
CV, 440 V,
3550 RPM,
CARCAÇA
180,
MARCA GE
TAG J MOTOR: DE
377 A GAIOLA 1
CV,
220/380/440
V, 1730
RPM,
CARCAÇA
90, MARCA
WEG
TAG MOTOR: DE
MB
GAIOLA 75
22011 HP, 440 V,
A
3560 RPM,
CARCAÇA
250,
MARCA GE

sintoma component
e

inicio

fim

nr Modo
dias

causa

5 rolamen Alinha
to e
mento
eixo
desgast
ados

solução

valor

tdf alea sistema eme
tori
de
rge
a detecção ncia
da causa
Rejuvenesc R$557,08 sim não vibração não
imento e
ou ruido
metalização
do colo
rolamento

Motor
mancais
funciona
com ruido
anormal

08/08/03 13/08/03

Motor
mancal LA
funciona
com ruido
anormal

08/08/03 29/08/03

Motor
não
arranca

enrolament
o

08/08/03 15/08/03

7 Queima falta de Rebobinam R$391,60 não sim Não
fase
ento

não

motor não enrolament
arranca
o

11/08/03 19/08/03

8 Queima contami Rebobinam
nação ento
por
graxa

R$1.681, sim sim termico,
00
ruido,
vibração

sim

Motor
mancais
funciona
com ruido
anormal

12/08/03 19/08/03

7 rolamen falha de Rejuvenesc R$428,00 sim não vibração
to
lubrific imento
ou ruido
desgast ação
ado

não

Motor
mancais
funciona
com ruido
anormal

14/08/03 21/08/03

7 rolamen vibraçã Rejuvenesc
to
o
imento
desgast
ado

R$3.061, sim não vibração
00
ou ruido

não

Motor
mancais
funciona
com ruido
anormal

14/08/03 21/08/03

7 rolamen vibraçã Rejuvenesc
to
o
imento
desgast
ado

R$1.041, sim não vibração
00
ou ruido

não

Motor
não
arranca

enrolament
o

14/08/03 22/08/03

8 Queima falha do Rebobinam R$367,00 não sim tensão
conduto ento
aplicada
r

não

Motor
aquece
demais

cabos

19/08/03 21/08/03

2 rompim desgast Rejuvenesc
ento dos e
imento,
cabos e
troca de
folga na
cabos e
tampa
tampa.

sim

21 rolamen alinham Rejuvenesc R$1.041, sim não vibração
to e
ento
imento e
00
ou ruido
eixo
metalização
desgast
do colo
ados
rolamento

R$1.608, sim sim exame
37
visual ,
vibração
e ruido

não
36
EQ-023 Manutenção para a Qualidade Total
tag

tipo

sintoma component
e

inicio

fim

nr modo
dias

causa

solução

valor

envelhe
cimento
/
desgast
e

tdf alea sistema eme
tori
de
rge
a detecção ncia
da causa
não sim medição sim
do indice
de
envelheci
mento,
indice de
polarizaçã
o, ruido e
vibração
não não Resistenci não
a de
Isolament
o ou
indice de
polarizaçã
o
sim não vibração sim
ou ruido

TAG
MMP
21017
A

MOTOR: DE Motor
GAIOLA 20 não
CV, 440 V, arranca
1180 RPM,
CARCAÇA
180,
MARCA GE

enrolament
o

19/08/03 09/09/03

21 Queima
e folga
no
ventilad
or

Rebobinam
ento troca
do
ventilador

R$1.363,
55

TAG
MP
21030
F

MOTOR: DE
GAIOLA 30
CV, 440 V,
1180 RPM,
CARCAÇA
225,
MARCA GE
MOTOR: DE
GAIOLA 125
CV, 440 V,
3565 RPM,
CARCAÇA
315,
MARCA
NEWMAN
MOTOR: DE
GAIOLA 40
CV, 440 V,
3550 RPM,
CARCAÇA
180,
MARCA GE
MOTOR: DE
GAIOLA 1
CV,
220/380/440
V, 1730
RPM,
CARCAÇA
90, MARCA
WEG
MOTOR: DE
GAIOLA 75
HP, 440 V,
3560 RPM,
CARCAÇA
250,
MARCA GE
MOTOR: DE
INDUÇÃO
500 CV,
4000 V,
1780RPM,
CARCAÇA
8229P30,
MARCA
GEVISA
MOTOR: DE
INDUÇÃO
75 CV, 440
V, 1185
RPM,
CARCAÇA
250,
MARCA
WEG

enrolament
o

19/08/03 09/09/03

21 queima entrada Rebobinam
de agua ento

R$2.100,
00

Motor
mancais
funciona
com ruido
anormal

14/08/03 21/08/03

7 rolamen vibraçã Rejuvenesc
to
o
imento
desgast
ado

R$3.061,
00

Motor
mancais
funciona
com ruido
anormal

14/08/03 21/08/03

7 rolamen vibraçã Rejuvenesc
to
o
imento
desgast
ado

R$1.041, sim não vibração
00
ou ruido

Motor
não
arranca

enrolament
o

15/08/03 22/08/03

7 queima entrada Rebobinam R$367,00 não não Resistenci não
de agua ento
a de
Isolament
o ou
indice de
polarizaçã
o

Motor
aquece
demais

cabos

19/08/03 21/08/03

2 rompim desgast Rejuvenesc
ento dos e
imento,
cabos e
troca de
folga na
cabos e
tampa
tampa.

TAG
MB
3336
A

TAG
MM
322 B

TAG J
377 C

MB
22011
B

TAG
MJ
4231
A

TAG
AE
1801
C

Motor
não
arranca

Motor
acoplament
funciona o
com ruido
anormal

28/07/03 13/08/03

Motor
flutuador
funciona
com ruido
anormal

22/07/03 24/07/03

não

R$1.608, sim sim exame
37
visual ,
vibração
e ruido

sim

16 folga no desgast troca do
R$800,00 sim sim exame
acopla e
acoplament
visual ,
mento
o
vibração
e ruido

sim

2 entrand desgast troca do
o agua e
skid

R$240,00 não sim nivel

sim
37
EQ-023 Manutenção para a Qualidade Total
tag

TAG
AE
1802
G

tipo

MOTOR: DE
INDUÇÃO
75 CV, 440
V, 1185
RPM,
CARCAÇA
250,
MARCA
WEG
TAG MOTOR: DE
MJ
INDUÇÃO
4249 250 CV,
A
4000 V, 1780
RPM,
CARCAÇA
8119P,
MARCA GE
TAG MOTOR: DE
MJ
INDUÇÃO
8411 15 CV, 440
A
V, 3500RPM,
CARCAÇA
F160MT,
MARCA
BÚFALO
TAG MOTOR: DE
MJ
INDUÇÃO
3411 100 CV, 440
B
V,
CARCAÇA
405,
MARCA
ALLIS
TAG MOTOR: DE
VM- GAIOLA 7,5
RES1 CV, 480 V,
1720 RPM,
CARCAÇA
112,
MARCA
WEG

sintoma component
e

inicio

fim

nr modo
dias

causa

solução

valor

tdf alea sistema eme
tori
de
rge
a detecção ncia
da causa
R$160,00 não sim nivel
sim

Motor
flutuador
funciona
com ruido
anormal

30/07/03 31/07/03

1 entrand desgast troca do
o agua e
skid

Motor
acoplament
funciona o
com ruido
anormal

08/08/03 11/08/03

3 folga no desgast troca do
R$320,00 sim sim exame
acopla e
acoplament
visual ,
mento
o
vibração
e ruido

sim

Motor
acoplament
funciona o
com ruido
anormal

12/08/03 13/08/03

1 folga no desgast reaperto e
acopla e
alinhament
mento
o na base

R$160,00 sim sim exame
visual ,
vibração
e ruido

sim

Motor
acoplament
funciona o
com ruido
anormal

19/08/03 20/08/03

1 folga no desgast reaperto e
acopla e
alinhament
mento
o na base

R$160,00 sim sim exame
visual ,
vibração
e ruido

sim

Motor
não
arranca

enrolament
o

27/08/03 03/09/03

TAG MOTOR: DE Motor
VM- GAIOLA 7,5 não
RES2 CV, 480 V, arranca
1720 RPM,
CARCAÇA
112,
MARCA
WEG

enrolament
o

27/08/03 03/09/03

TAG MOTOR: DE Motor
VM- GAIOLA 7,5 não
RES3 CV, 480 V, arranca
1720 RPM,
CARCAÇA
112,
MARCA
WEG
TAG MOTOR: DE Motor
M-SF- GAIOLA
não
GV- 0,37 kW, 440 arranca
51326 V, 1680
0-08 RPM,
CARCAÇA
80, MARCA
SIEMENS

enrolament
o

27/08/03 03/09/03

enrolament
o

29/08/03 05/09/03

7 queima envelhe Rebobinam R$722,00 não sim medição
cimento ento
do indice
de
envelheci
mento,
indice de
polarizaçã
o, ruido e
vibração
7 queima envelhe Rebobinam R$722,00 não sim medição
cimento ento
do indice
de
envelheci
mento,
indice de
polarizaçã
o, ruido e
vibração
7 queima envelhe Rebobinam R$723,00 não sim medição
cimento ento
do indice
deenvelhe
cimento,
indice de
polarizaçã
o, ruido e
vibração
7 queima envelhe Rebobinam R$693,45 não sim medição
cimento ento
do indice
deenvelhe
cimento,
indice de
polarizaçã
o, ruido e
vibração

não

não

não

não
38
EQ-023 Manutenção para a Qualidade Total
tag

TAG
VM
01

tipo

MOTOR DE
GAIOLA
12,8 HP, 440
V, 3385
RPM,
CARCAÇA
112,
MARCA
RELIANCE
TAG MOTOR: DE
GV01 GAIOLA
8
0,55 kW, 220
V, 1700
RPM,
CARCAÇA
90, MARCA
SIEMENS

sintoma component
e

inicio

fim

Motor
mancais
funciona
com ruido
anormal

02/09/03 15/09/03

Motor
não
arranca

04/09/03 15/09/03

enrolament
o

nr modo
dias

causa

solução

valor

tdf alea sistema eme
tori
de
rge
a detecção ncia
da causa
13 rolamen vibraçã Rejuvenesc R$230,00 sim não vibração não
to
o
imento
ou ruido
desgast
ado

11 queima envelhe Rebobinam R$208,47 não sim medição não
cimento ento
do indice
de
envelheci
mento,
indice de
polarizaçã
o, ruido e
vibração

3.3.2 Dados e metas fornecidos pela manutenção do cliente
Amostra total:
Universo de motores
4 unidades de refino
que sofrem manutenção 6 terminais bombeamento
preventiva e estão
inclusos na amostra

12600 motores incluindo, as redundâncias,
os reservas e os motores secundários do
administrativo.

Os dados constantes das tabelas abaixo são validos para o somatório de todas unidades
envolvidas na amostra.
Metas de Manutenção:
252 falhas Valor esperado R$
esperadas 379.336,00 para o
por
gasto anual em
semestre consertos e reparos.

Total de horas esperado para Total de horas esperado para
manutenção não previstas manutenção programada
decorrentes de preditiva e
(prevestas)=70.000h
corretiva: 75.500h

Indicadores:
Disponibilidade das plantas
envolvidas

Tempo médio de reparo por
motor elétrico (MTTR)

Custo médio do reparo (media
de valor por unidade reparada
ao longo do tempo, um pelo
outro)

0,999315974 = 99,93%

200 horas

R$1.500,00

Indicadores de Manutenção Preventiva:
Preventiva ( 15 a estimado
15)
julho/agosto
agosto/setewmbro
outubro/novembro
novembro/dezemb
ro

R$39.104,00
R$39.104,00
R$39.104,00
R$39.104,00

executado
R$26.880,00
R$25.476,00
R$23.400,00
R$24.480,00

horas estimadas
5200
5200
5200
5200

Horas trabalhadas
2240
2123
1950
2040
39
EQ-023 Manutenção para a Qualidade Total

3.4 Análise dos Dados Obtidos
Os dados obtidos não disponibilizam o tempo entre manutenções realizadas nem o tempo de
funcionamento da máquina impossibilitando o calculo de confiabilidade. A importância de
atender este requisito reside no fato da manutenção procurar manter em níveis elevados a
confiabilidade do motor que é por volta de 99,77% conforme demonstrado no capítulo 2, item
2.6.4, pagina 21. Como também dispomos da vida útil estimada (por volta de 80.000 horas), o
valor da manutenção por motor e o preço do motor novo, poderíamos calcular o ponto de
sucateamento dos motores e fazer uma análise de manutenção baseado na confiabilidade.
Outro fato relevante que deve ser abordado é que o MTTR analisado compreende o tempo
desde a falha até o retorno, ou seja, pleiteia imnclusive o tempo de desacoplamento,
transporte, reparo, transporte e instalação.
Porém os dados constantes nos itens 3.3.1 e 3.3.2 (paginas de 32 até 38), nos permitiram fazer
as analises de:
 Disponibilidade;
 Tempo/custo médio do reparo;
 Analise funcional dos efeitos das falhas;
 Analise do modo e efeitos de falhas;
 Definição da Política de Manutenção.

A metodologia a ser utilizada para atingirmos o objetivo do trabalho, que é determinar às
políticas de manutenção para motores elétricos de indução através de uma coleta de dados e
análise de confiabilidade é definida conforme diagrama da figura 17:

Figura 13 – Diagrama de análise de definição de política de manutenção
40
EQ-023 Manutenção para a Qualidade Total

3.4.1 Disponibilidade:

3.4.2 Tempo/custo médio do reparo :

3.4.3 Analise funcional dos efeitos das falhas
41
EQ-023 Manutenção para a Qualidade Total

3.4.4 Analise do modo e efeitos de falhas
42
EQ-023 Manutenção para a Qualidade Total

3.4.5 Definição da Política de Manutenção

Diagrama de Decisão:
TDF/Estatística

Aleatórias

Não Aleatórias

Com TDF

PREDITIVA

PREDITIVA / PREVENTIVA

Sem TDF

CORRETIVA

PREVENTIVA

Diagrama de decisão obtido através dos dados analisados:

TDF/Estatistica
Com TDF
Sem TDF

Aleatórias
15
19

Não Aleatórias
14
2
43
EQ-023 Manutenção para a Qualidade Total

Escolha de política de manutenção:
 Preditiva 29 = 45,3 %
 Corretiva 19 = 29,7 %
 Preventiva 16 = 25 %
Relação das Falhas :
 Falhas Aleatórias
: 34 = 68%
 Falhas não Aleatórias : 16 = 32%

Destas Falhas temos como modo:
 Rolamentos 20 = 40%
 Isolamento 16 = 32%
 Outros
14 = 28%

Sistema utilizado hoje pela empresa cliente em questão:
 Manutenção Preditiva

4. CONCLUSÃO

Através da metodologia utilizada no trabalho, apesar do problema da falta de disponibilidade
do tempo entre manutenções realizadas nem o tempo de funcionamento da máquina
impossibilitando o calculo de confiabilidade, conseguimos atingir o objetivo final do trabalho,
que era determinar a política de manutenção para motores elétricos de indução através de uma
coleta de dados e análise de confiabilidade. A conclusão é que a metodologia a ser utilizada
deve ser a de manutenção preditiva, como a empresa em questão vem utilizando atualmente.
Os resultados demonstram que o método utilizado ainda apresenta um pequeno índice de falha
principalmente no que se refere as causas provenientes de falha de lubrificação.
Lembramos que no âmbito da Qualidade total esperávamos:
 Preservação de recursos financeiros (Diminuição do custo de manutenção e
investimento em maquinário).
 Preservação dos recursos físicos (Diminuição do tempo de máquinas paradas e não
conformidades decorrentes de processo – atendimento, preço, prazo e características).
 Preservação de recursos Humanos (segurança de operação e facilidade de operação e
treinamento).
 Atendimento a legislação e meio ambiente (eliminação de multas decorrentes de falhas
de maquinário).
Pelo trabalho podemos observar que os indicadores e as metas da qualidade foram atingidos e
superados, mostrando a eficiência da Política de Manutenção existente na empresa em
questão. As tabelas abaixo demonstram claramente esta afirmação
44
EQ-023 Manutenção para a Qualidade Total

Indicadores da Qualidade:
Indicador
Disponibilidade das
plantas envolvidas
Tempo médio de reparo
por motor elétrico
(MTTR)

Valor Estimado
0,999315974 = 99,93%

Valor realizado
0,999379252=99,93%

200 horas

188 horas

Custo médio do reparo
(media de valor por
unidade reparada ao longo
do tempo, um pelo outro)

R$1.500,00

R$861,13

Indicadores de Manutenção Preventiva:
Preventiva ( 15 a 15)

Estimado

julho/agosto
agosto/setembro
outubro/novembro
novembro/dezembro

executado

R$39.104,00
R$39.104,00
R$39.104,00
R$39.104,00

R$26.880,00
R$25.476,00
R$23.400,00
R$24.480,00

horas estimadas Horas executadas
5200
5200
5200
5200

2240
2123
1950
2040

Também pudemos observar conforme item pagina que o índice de falhas esperado
para:
Componente x Falha
Rolamento
Isolamento
Outros

Valor esperado
22 %
32 %
46 %

Valor obtido
40 %
32 %
28 %

O que demonstra claramente a afirmação feita no Primeiro parágrafo de existe um índice de
falha no programa de manutenção no que se refere falhas de lubrificação. Pesquisando a
fundo as causas das queimas (em 02 casos de 16) e do desgaste dos rolamentos (em 06 casos
de 20) foram por de falha de lubrificação. Verificando os serviços executados pudemos obter
a informação que nestes motores existe bico de lubrificação, mas não existe dreno de saída
para a graxa (os 08 casos acima mencionados), ou então, estavam sendo usados rolamentos
blindados inadequadamente (03 casos). A solução foi criar dreno de graxa nos motores e usar
rolamentos de única face blindada (um Z).

Esperamos ter contribuído para que além da avaliação de aproveitamento do curso, o trabalho
possa ter agregado conceitos de padronização, organização, planejamento, coerência na
definição de políticas de manutenção em programas voltados para a qualidade total
45
EQ-023 Manutenção para a Qualidade Total

5. BIBLIOGRAFIA
Souza , Prof. Dr. Gilberto F. M.. EQ023 – Manutenção para a Qualidade Total ,
INSTRUÇÕES PARA APRESENTAÇÃO DO TRABALHO, versão quarto bimestre de
2003. São Paulo, SP: Universidade de São Paulo, Escola Politécnica, PECE, dez. 2003.
Souza , Prof. Dr. Gilberto F. M.. EQ023 – Manutenção para a Qualidade Total , In
“TRANSPARÊNCIAS DE AULA”, versão quarto bimestre de 2003. São Paulo, SP:
Universidade de São Paulo, Escola Politécnica, PECE, dez. 2003.
Souza , Prof. Dr. Gilberto F. M. e Cardoso, Idalécio Alexandre Palheta. EQ023-Técnicas de
Manutenção para a Qualidade Total, In:“APOSTILA DO PECE”, versão segundo bimestre de
2003. São Paulo, SP: Universidade de São Paulo, Escola Politécnica, PECE, maio 2001.
Souza , Prof. Dr. Gilberto F. M.. EQ006-Confiabilidade de Produtos e Sistemas, In: Apostila
do PECE, versão segundo bimestre de 2003. São Paulo, SP: Universidade de São Paulo,
Escola Politécnica, PECE, Abr. 2003.
Martignoni, Alfonso. “MÁQUINAS DE CORRENTE ALTERNADA”, 5a edição, 1968.
Editora Globo S.A. Rio de Janeiro, RJ, 1968, 410p.
Falcone, Áureo Gilberto. “MOTORES DE INDUÇÃO: MANUTENÇÃO E INSTALAÇÃO”,
1 a edição, 1995. LBVA, São Paulo, SP, 47p.
Falcone, Áureo Gilberto e Marcelo Gandra Falcone. “MOTORES DE INDUÇÃO:
DEFEITOS E ENSAIOS”, 1 a edição, 1998. Pitágoras, São Paulo, SP, 49p.

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Apostila de instalação e manutenção de motores elétricos weg
Apostila de instalação e manutenção de motores elétricos wegApostila de instalação e manutenção de motores elétricos weg
Apostila de instalação e manutenção de motores elétricos weg
Claudio Arkan
 
Maquinas elétricas ( Senai )
Maquinas elétricas ( Senai )Maquinas elétricas ( Senai )
Maquinas elétricas ( Senai )
Ricardo Akerman
 
Nbr 5462 (2)
Nbr 5462 (2)Nbr 5462 (2)
Nbr 5462 (2)
eavargas2512
 
Instrumentação Analítica Industrial
Instrumentação Analítica IndustrialInstrumentação Analítica Industrial
Instrumentação Analítica Industrial
Anderson Pontes
 
Apostila comandos eletricos
Apostila comandos eletricosApostila comandos eletricos
Apostila comandos eletricos
Edson Lopes
 
Geradores de vapor
Geradores de vaporGeradores de vapor
Geradores de vapor
consultor tecnico
 
Projetos elétricos residenciais - Completo
Projetos elétricos residenciais  - CompletoProjetos elétricos residenciais  - Completo
Projetos elétricos residenciais - Completo
Sala da Elétrica
 
Módulo 8 – qualidade da energia elétrica
Módulo 8 – qualidade da energia elétricaMódulo 8 – qualidade da energia elétrica
Módulo 8 – qualidade da energia elétrica
renan_correa_moura
 
Nbr5419 4-sistema eletronicos.pdf
Nbr5419 4-sistema eletronicos.pdfNbr5419 4-sistema eletronicos.pdf
Nbr5419 4-sistema eletronicos.pdf
Paulo H Bueno
 
Lista de exercícios
Lista de exercíciosLista de exercícios
Lista de exercícios
olivema91
 
Dispositivos de Comandos elétricos
Dispositivos de Comandos elétricosDispositivos de Comandos elétricos
Dispositivos de Comandos elétricos
Eduardo Sacomano
 
Aula motores elétricos
Aula motores elétricosAula motores elétricos
Aula motores elétricos
Deyvide de Souza
 
Catalogo geral schneider franklin
Catalogo geral schneider franklinCatalogo geral schneider franklin
Catalogo geral schneider franklin
bene piscinas
 
Manual de instruções das bombas e motobombas
Manual de instruções das bombas e motobombasManual de instruções das bombas e motobombas
Manual de instruções das bombas e motobombas
Pool Shop Piscinas Ltda
 
Aula 08 pneumatica-unifei
Aula 08 pneumatica-unifeiAula 08 pneumatica-unifei
Aula 08 pneumatica-unifei
Cléber Lemos de Lima
 
Manual de manutenção industrial do senai
Manual de manutenção industrial do senaiManual de manutenção industrial do senai
Manual de manutenção industrial do senai
izaudaMonteiro
 
Motores cc
Motores ccMotores cc
Motores cc
Daiane Krupa
 
8.controle de-processo
8.controle de-processo8.controle de-processo
8.controle de-processo
Maria Lucia Machado Moraes
 
Rexroth calculos hidraulica e pneumatica, automação, formulas
Rexroth calculos hidraulica e pneumatica, automação, formulasRexroth calculos hidraulica e pneumatica, automação, formulas
Rexroth calculos hidraulica e pneumatica, automação, formulas
Marcio Martins
 
Exercícios pneumática solução
Exercícios pneumática    soluçãoExercícios pneumática    solução
Exercícios pneumática solução
Cynthia Janei
 

Mais procurados (20)

Apostila de instalação e manutenção de motores elétricos weg
Apostila de instalação e manutenção de motores elétricos wegApostila de instalação e manutenção de motores elétricos weg
Apostila de instalação e manutenção de motores elétricos weg
 
Maquinas elétricas ( Senai )
Maquinas elétricas ( Senai )Maquinas elétricas ( Senai )
Maquinas elétricas ( Senai )
 
Nbr 5462 (2)
Nbr 5462 (2)Nbr 5462 (2)
Nbr 5462 (2)
 
Instrumentação Analítica Industrial
Instrumentação Analítica IndustrialInstrumentação Analítica Industrial
Instrumentação Analítica Industrial
 
Apostila comandos eletricos
Apostila comandos eletricosApostila comandos eletricos
Apostila comandos eletricos
 
Geradores de vapor
Geradores de vaporGeradores de vapor
Geradores de vapor
 
Projetos elétricos residenciais - Completo
Projetos elétricos residenciais  - CompletoProjetos elétricos residenciais  - Completo
Projetos elétricos residenciais - Completo
 
Módulo 8 – qualidade da energia elétrica
Módulo 8 – qualidade da energia elétricaMódulo 8 – qualidade da energia elétrica
Módulo 8 – qualidade da energia elétrica
 
Nbr5419 4-sistema eletronicos.pdf
Nbr5419 4-sistema eletronicos.pdfNbr5419 4-sistema eletronicos.pdf
Nbr5419 4-sistema eletronicos.pdf
 
Lista de exercícios
Lista de exercíciosLista de exercícios
Lista de exercícios
 
Dispositivos de Comandos elétricos
Dispositivos de Comandos elétricosDispositivos de Comandos elétricos
Dispositivos de Comandos elétricos
 
Aula motores elétricos
Aula motores elétricosAula motores elétricos
Aula motores elétricos
 
Catalogo geral schneider franklin
Catalogo geral schneider franklinCatalogo geral schneider franklin
Catalogo geral schneider franklin
 
Manual de instruções das bombas e motobombas
Manual de instruções das bombas e motobombasManual de instruções das bombas e motobombas
Manual de instruções das bombas e motobombas
 
Aula 08 pneumatica-unifei
Aula 08 pneumatica-unifeiAula 08 pneumatica-unifei
Aula 08 pneumatica-unifei
 
Manual de manutenção industrial do senai
Manual de manutenção industrial do senaiManual de manutenção industrial do senai
Manual de manutenção industrial do senai
 
Motores cc
Motores ccMotores cc
Motores cc
 
8.controle de-processo
8.controle de-processo8.controle de-processo
8.controle de-processo
 
Rexroth calculos hidraulica e pneumatica, automação, formulas
Rexroth calculos hidraulica e pneumatica, automação, formulasRexroth calculos hidraulica e pneumatica, automação, formulas
Rexroth calculos hidraulica e pneumatica, automação, formulas
 
Exercícios pneumática solução
Exercícios pneumática    soluçãoExercícios pneumática    solução
Exercícios pneumática solução
 

Semelhante a Manutenção de motores de indução

Influência do fio esmaltado nos retornos em garantia de motores elétricos
Influência do fio esmaltado nos retornos em garantia de motores elétricosInfluência do fio esmaltado nos retornos em garantia de motores elétricos
Influência do fio esmaltado nos retornos em garantia de motores elétricos
Marcelo Gandra Falcone
 
Planejamento e manutenção em bomba
Planejamento e manutenção em bombaPlanejamento e manutenção em bomba
Planejamento e manutenção em bomba
Emanoelfarias
 
Monografia alex r_m_pessoa
Monografia alex r_m_pessoaMonografia alex r_m_pessoa
Monografia alex r_m_pessoa
Patrícia Machado Sebajos Vaz
 
Análise de Modo de falha - FMEA
Análise de Modo de falha - FMEAAnálise de Modo de falha - FMEA
Análise de Modo de falha - FMEA
Carolina Garreto
 
39559965 apostila-de-comandos-eletricos-131229182035-phpapp01
39559965 apostila-de-comandos-eletricos-131229182035-phpapp0139559965 apostila-de-comandos-eletricos-131229182035-phpapp01
39559965 apostila-de-comandos-eletricos-131229182035-phpapp01
Ricardo Povil
 
Alternadores stanford pv7
Alternadores stanford pv7Alternadores stanford pv7
Alternadores stanford pv7
clarimundo afonso
 
MAN-ENER-02 - MANUAL DO SISTEMA DE GESTAO INTEGRADA RV02.pdf
MAN-ENER-02 - MANUAL DO SISTEMA DE GESTAO INTEGRADA RV02.pdfMAN-ENER-02 - MANUAL DO SISTEMA DE GESTAO INTEGRADA RV02.pdf
MAN-ENER-02 - MANUAL DO SISTEMA DE GESTAO INTEGRADA RV02.pdf
WarleyMartins9
 
Catalogo treinamento 2009
Catalogo treinamento 2009Catalogo treinamento 2009
Catalogo treinamento 2009
lfdrb
 
Apostila instalação e manutenção de motores elétricos weg(excelente)
Apostila   instalação e manutenção de motores elétricos weg(excelente)Apostila   instalação e manutenção de motores elétricos weg(excelente)
Apostila instalação e manutenção de motores elétricos weg(excelente)
Operador10
 
Guia sge2
Guia sge2Guia sge2
Guia sge2
fran araujo
 
Ctc m8 v1_t
Ctc m8 v1_tCtc m8 v1_t
Ctc m8 v1_t
confidencial
 
Manual slc440 br
Manual slc440 brManual slc440 br
Manual slc440 br
Robson Melchiades
 
(2) apostila clp completa
(2) apostila clp completa(2) apostila clp completa
(2) apostila clp completa
Marcus Paiva
 
Manual do operador hyster h40 70 ft-s40-70ft
Manual do operador hyster h40 70 ft-s40-70ftManual do operador hyster h40 70 ft-s40-70ft
Manual do operador hyster h40 70 ft-s40-70ft
Treinar Desenvolvimento Pessoal
 
LuizAndre_DissertacaoMestrado
LuizAndre_DissertacaoMestradoLuizAndre_DissertacaoMestrado
LuizAndre_DissertacaoMestrado
Luiz Andre Moyses Lima
 
Iel eletrônica
Iel eletrônicaIel eletrônica
Iel eletrônica
Banda Arte
 
Docfoc.com manual treinamento-sigamnt
Docfoc.com manual treinamento-sigamntDocfoc.com manual treinamento-sigamnt
Docfoc.com manual treinamento-sigamnt
PAULA BRAZ
 
CV5 em Electricidade Industrial.pdf
CV5 em Electricidade Industrial.pdfCV5 em Electricidade Industrial.pdf
CV5 em Electricidade Industrial.pdf
Manuel Cardoso
 
Seguranca intrinseca
Seguranca intrinsecaSeguranca intrinseca
Seguranca intrinseca
Fernando Monteiro
 
22403989 seguranca-intrinseca-pdf
22403989 seguranca-intrinseca-pdf22403989 seguranca-intrinseca-pdf
22403989 seguranca-intrinseca-pdf
Fernando Monteiro
 

Semelhante a Manutenção de motores de indução (20)

Influência do fio esmaltado nos retornos em garantia de motores elétricos
Influência do fio esmaltado nos retornos em garantia de motores elétricosInfluência do fio esmaltado nos retornos em garantia de motores elétricos
Influência do fio esmaltado nos retornos em garantia de motores elétricos
 
Planejamento e manutenção em bomba
Planejamento e manutenção em bombaPlanejamento e manutenção em bomba
Planejamento e manutenção em bomba
 
Monografia alex r_m_pessoa
Monografia alex r_m_pessoaMonografia alex r_m_pessoa
Monografia alex r_m_pessoa
 
Análise de Modo de falha - FMEA
Análise de Modo de falha - FMEAAnálise de Modo de falha - FMEA
Análise de Modo de falha - FMEA
 
39559965 apostila-de-comandos-eletricos-131229182035-phpapp01
39559965 apostila-de-comandos-eletricos-131229182035-phpapp0139559965 apostila-de-comandos-eletricos-131229182035-phpapp01
39559965 apostila-de-comandos-eletricos-131229182035-phpapp01
 
Alternadores stanford pv7
Alternadores stanford pv7Alternadores stanford pv7
Alternadores stanford pv7
 
MAN-ENER-02 - MANUAL DO SISTEMA DE GESTAO INTEGRADA RV02.pdf
MAN-ENER-02 - MANUAL DO SISTEMA DE GESTAO INTEGRADA RV02.pdfMAN-ENER-02 - MANUAL DO SISTEMA DE GESTAO INTEGRADA RV02.pdf
MAN-ENER-02 - MANUAL DO SISTEMA DE GESTAO INTEGRADA RV02.pdf
 
Catalogo treinamento 2009
Catalogo treinamento 2009Catalogo treinamento 2009
Catalogo treinamento 2009
 
Apostila instalação e manutenção de motores elétricos weg(excelente)
Apostila   instalação e manutenção de motores elétricos weg(excelente)Apostila   instalação e manutenção de motores elétricos weg(excelente)
Apostila instalação e manutenção de motores elétricos weg(excelente)
 
Guia sge2
Guia sge2Guia sge2
Guia sge2
 
Ctc m8 v1_t
Ctc m8 v1_tCtc m8 v1_t
Ctc m8 v1_t
 
Manual slc440 br
Manual slc440 brManual slc440 br
Manual slc440 br
 
(2) apostila clp completa
(2) apostila clp completa(2) apostila clp completa
(2) apostila clp completa
 
Manual do operador hyster h40 70 ft-s40-70ft
Manual do operador hyster h40 70 ft-s40-70ftManual do operador hyster h40 70 ft-s40-70ft
Manual do operador hyster h40 70 ft-s40-70ft
 
LuizAndre_DissertacaoMestrado
LuizAndre_DissertacaoMestradoLuizAndre_DissertacaoMestrado
LuizAndre_DissertacaoMestrado
 
Iel eletrônica
Iel eletrônicaIel eletrônica
Iel eletrônica
 
Docfoc.com manual treinamento-sigamnt
Docfoc.com manual treinamento-sigamntDocfoc.com manual treinamento-sigamnt
Docfoc.com manual treinamento-sigamnt
 
CV5 em Electricidade Industrial.pdf
CV5 em Electricidade Industrial.pdfCV5 em Electricidade Industrial.pdf
CV5 em Electricidade Industrial.pdf
 
Seguranca intrinseca
Seguranca intrinsecaSeguranca intrinseca
Seguranca intrinseca
 
22403989 seguranca-intrinseca-pdf
22403989 seguranca-intrinseca-pdf22403989 seguranca-intrinseca-pdf
22403989 seguranca-intrinseca-pdf
 

Mais de Marcelo Gandra Falcone

Planejamento urbano com sustentabilidade final
Planejamento urbano com sustentabilidade finalPlanejamento urbano com sustentabilidade final
Planejamento urbano com sustentabilidade final
Marcelo Gandra Falcone
 
Motores de indução ensaios e defeitos
Motores de indução ensaios e defeitosMotores de indução ensaios e defeitos
Motores de indução ensaios e defeitos
Marcelo Gandra Falcone
 
Monografia marcelo eng seg
Monografia marcelo eng segMonografia marcelo eng seg
Monografia marcelo eng seg
Marcelo Gandra Falcone
 
Monografia usp fdte eng da qualidade
Monografia usp fdte eng da qualidadeMonografia usp fdte eng da qualidade
Monografia usp fdte eng da qualidade
Marcelo Gandra Falcone
 
Manutenção predial e avaliação de máquinas e equipamentos 2011
Manutenção predial e avaliação de máquinas e equipamentos 2011Manutenção predial e avaliação de máquinas e equipamentos 2011
Manutenção predial e avaliação de máquinas e equipamentos 2011
Marcelo Gandra Falcone
 
Levantamento apostila
Levantamento apostilaLevantamento apostila
Levantamento apostila
Marcelo Gandra Falcone
 
Laudo avaliatório gerador cc
Laudo avaliatório gerador ccLaudo avaliatório gerador cc
Laudo avaliatório gerador cc
Marcelo Gandra Falcone
 
Laudo avaliatório 11
Laudo avaliatório 11Laudo avaliatório 11
Laudo avaliatório 11
Marcelo Gandra Falcone
 
Laudo avaliatório 10
Laudo avaliatório 10Laudo avaliatório 10
Laudo avaliatório 10
Marcelo Gandra Falcone
 
Laudo avaliatório 9
Laudo avaliatório 9Laudo avaliatório 9
Laudo avaliatório 9
Marcelo Gandra Falcone
 
Laudo avaliatório 8
Laudo avaliatório 8Laudo avaliatório 8
Laudo avaliatório 8
Marcelo Gandra Falcone
 
Laudo avaliatório 7
Laudo avaliatório 7Laudo avaliatório 7
Laudo avaliatório 7
Marcelo Gandra Falcone
 
Laudo avaliatório 6
Laudo avaliatório 6Laudo avaliatório 6
Laudo avaliatório 6
Marcelo Gandra Falcone
 
Laudo avaliatório 5
Laudo avaliatório 5Laudo avaliatório 5
Laudo avaliatório 5
Marcelo Gandra Falcone
 
Laudo avaliatório 4
Laudo avaliatório 4Laudo avaliatório 4
Laudo avaliatório 4
Marcelo Gandra Falcone
 
Laudo avaliatório 3
Laudo avaliatório 3Laudo avaliatório 3
Laudo avaliatório 3
Marcelo Gandra Falcone
 
Laudo avaliatório 2
Laudo avaliatório 2Laudo avaliatório 2
Laudo avaliatório 2
Marcelo Gandra Falcone
 
Laudo avaliatório 1
Laudo avaliatório 1Laudo avaliatório 1
Laudo avaliatório 1
Marcelo Gandra Falcone
 
Integração de novos técnicos em um orgão publico
Integração de novos técnicos em um orgão publicoIntegração de novos técnicos em um orgão publico
Integração de novos técnicos em um orgão publico
Marcelo Gandra Falcone
 
Histórico da eletromáquinas anel
Histórico da eletromáquinas anelHistórico da eletromáquinas anel
Histórico da eletromáquinas anel
Marcelo Gandra Falcone
 

Mais de Marcelo Gandra Falcone (20)

Planejamento urbano com sustentabilidade final
Planejamento urbano com sustentabilidade finalPlanejamento urbano com sustentabilidade final
Planejamento urbano com sustentabilidade final
 
Motores de indução ensaios e defeitos
Motores de indução ensaios e defeitosMotores de indução ensaios e defeitos
Motores de indução ensaios e defeitos
 
Monografia marcelo eng seg
Monografia marcelo eng segMonografia marcelo eng seg
Monografia marcelo eng seg
 
Monografia usp fdte eng da qualidade
Monografia usp fdte eng da qualidadeMonografia usp fdte eng da qualidade
Monografia usp fdte eng da qualidade
 
Manutenção predial e avaliação de máquinas e equipamentos 2011
Manutenção predial e avaliação de máquinas e equipamentos 2011Manutenção predial e avaliação de máquinas e equipamentos 2011
Manutenção predial e avaliação de máquinas e equipamentos 2011
 
Levantamento apostila
Levantamento apostilaLevantamento apostila
Levantamento apostila
 
Laudo avaliatório gerador cc
Laudo avaliatório gerador ccLaudo avaliatório gerador cc
Laudo avaliatório gerador cc
 
Laudo avaliatório 11
Laudo avaliatório 11Laudo avaliatório 11
Laudo avaliatório 11
 
Laudo avaliatório 10
Laudo avaliatório 10Laudo avaliatório 10
Laudo avaliatório 10
 
Laudo avaliatório 9
Laudo avaliatório 9Laudo avaliatório 9
Laudo avaliatório 9
 
Laudo avaliatório 8
Laudo avaliatório 8Laudo avaliatório 8
Laudo avaliatório 8
 
Laudo avaliatório 7
Laudo avaliatório 7Laudo avaliatório 7
Laudo avaliatório 7
 
Laudo avaliatório 6
Laudo avaliatório 6Laudo avaliatório 6
Laudo avaliatório 6
 
Laudo avaliatório 5
Laudo avaliatório 5Laudo avaliatório 5
Laudo avaliatório 5
 
Laudo avaliatório 4
Laudo avaliatório 4Laudo avaliatório 4
Laudo avaliatório 4
 
Laudo avaliatório 3
Laudo avaliatório 3Laudo avaliatório 3
Laudo avaliatório 3
 
Laudo avaliatório 2
Laudo avaliatório 2Laudo avaliatório 2
Laudo avaliatório 2
 
Laudo avaliatório 1
Laudo avaliatório 1Laudo avaliatório 1
Laudo avaliatório 1
 
Integração de novos técnicos em um orgão publico
Integração de novos técnicos em um orgão publicoIntegração de novos técnicos em um orgão publico
Integração de novos técnicos em um orgão publico
 
Histórico da eletromáquinas anel
Histórico da eletromáquinas anelHistórico da eletromáquinas anel
Histórico da eletromáquinas anel
 

Último

TOO - TÉCNICAS DE ORIENTAÇÃO A OBJETOS aula 1.pdf
TOO - TÉCNICAS DE ORIENTAÇÃO A OBJETOS aula 1.pdfTOO - TÉCNICAS DE ORIENTAÇÃO A OBJETOS aula 1.pdf
TOO - TÉCNICAS DE ORIENTAÇÃO A OBJETOS aula 1.pdf
Momento da Informática
 
PRODUÇÃO E CONSUMO DE ENERGIA DA PRÉ-HISTÓRIA À ERA CONTEMPORÂNEA E SUA EVOLU...
PRODUÇÃO E CONSUMO DE ENERGIA DA PRÉ-HISTÓRIA À ERA CONTEMPORÂNEA E SUA EVOLU...PRODUÇÃO E CONSUMO DE ENERGIA DA PRÉ-HISTÓRIA À ERA CONTEMPORÂNEA E SUA EVOLU...
PRODUÇÃO E CONSUMO DE ENERGIA DA PRÉ-HISTÓRIA À ERA CONTEMPORÂNEA E SUA EVOLU...
Faga1939
 
Segurança Digital Pessoal e Boas Práticas
Segurança Digital Pessoal e Boas PráticasSegurança Digital Pessoal e Boas Práticas
Segurança Digital Pessoal e Boas Práticas
Danilo Pinotti
 
Logica de Progamacao - Aula (1) (1).pptx
Logica de Progamacao - Aula (1) (1).pptxLogica de Progamacao - Aula (1) (1).pptx
Logica de Progamacao - Aula (1) (1).pptx
Momento da Informática
 
Manual-de-Credenciamento ANATER 2023.pdf
Manual-de-Credenciamento ANATER 2023.pdfManual-de-Credenciamento ANATER 2023.pdf
Manual-de-Credenciamento ANATER 2023.pdf
WELITONNOGUEIRA3
 
História da Rádio- 1936-1970 século XIX .2.pptx
História da Rádio- 1936-1970 século XIX   .2.pptxHistória da Rádio- 1936-1970 século XIX   .2.pptx
História da Rádio- 1936-1970 século XIX .2.pptx
TomasSousa7
 
Escola Virtual - Fundação Bradesco - ITIL - Gabriel Faustino.pdf
Escola Virtual - Fundação Bradesco - ITIL - Gabriel Faustino.pdfEscola Virtual - Fundação Bradesco - ITIL - Gabriel Faustino.pdf
Escola Virtual - Fundação Bradesco - ITIL - Gabriel Faustino.pdf
Gabriel de Mattos Faustino
 

Último (7)

TOO - TÉCNICAS DE ORIENTAÇÃO A OBJETOS aula 1.pdf
TOO - TÉCNICAS DE ORIENTAÇÃO A OBJETOS aula 1.pdfTOO - TÉCNICAS DE ORIENTAÇÃO A OBJETOS aula 1.pdf
TOO - TÉCNICAS DE ORIENTAÇÃO A OBJETOS aula 1.pdf
 
PRODUÇÃO E CONSUMO DE ENERGIA DA PRÉ-HISTÓRIA À ERA CONTEMPORÂNEA E SUA EVOLU...
PRODUÇÃO E CONSUMO DE ENERGIA DA PRÉ-HISTÓRIA À ERA CONTEMPORÂNEA E SUA EVOLU...PRODUÇÃO E CONSUMO DE ENERGIA DA PRÉ-HISTÓRIA À ERA CONTEMPORÂNEA E SUA EVOLU...
PRODUÇÃO E CONSUMO DE ENERGIA DA PRÉ-HISTÓRIA À ERA CONTEMPORÂNEA E SUA EVOLU...
 
Segurança Digital Pessoal e Boas Práticas
Segurança Digital Pessoal e Boas PráticasSegurança Digital Pessoal e Boas Práticas
Segurança Digital Pessoal e Boas Práticas
 
Logica de Progamacao - Aula (1) (1).pptx
Logica de Progamacao - Aula (1) (1).pptxLogica de Progamacao - Aula (1) (1).pptx
Logica de Progamacao - Aula (1) (1).pptx
 
Manual-de-Credenciamento ANATER 2023.pdf
Manual-de-Credenciamento ANATER 2023.pdfManual-de-Credenciamento ANATER 2023.pdf
Manual-de-Credenciamento ANATER 2023.pdf
 
História da Rádio- 1936-1970 século XIX .2.pptx
História da Rádio- 1936-1970 século XIX   .2.pptxHistória da Rádio- 1936-1970 século XIX   .2.pptx
História da Rádio- 1936-1970 século XIX .2.pptx
 
Escola Virtual - Fundação Bradesco - ITIL - Gabriel Faustino.pdf
Escola Virtual - Fundação Bradesco - ITIL - Gabriel Faustino.pdfEscola Virtual - Fundação Bradesco - ITIL - Gabriel Faustino.pdf
Escola Virtual - Fundação Bradesco - ITIL - Gabriel Faustino.pdf
 

Manutenção de motores de indução

  • 1. 1 EQ-023 Manutenção para a Qualidade Total MANUTENÇÃO DE MOTORES ELÉTRICOS DE INDUÇÃO Trabalho da cadeira EQ-023 “ Manutenção para a Qualidade Total” apresentado no PECE Programa de Educação Continuada da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo, para avaliação de aproveitamento do curso. Cadeira: EQ-023 Manutenção para a Qualidade total Professor: Dr. Gilberto F. M. de Souza. Alunos: Marcelo Gandra Falcone. São Paulo 16 de janeiro de 2004
  • 2. 2 EQ-023 Manutenção para a Qualidade Total MANUTENÇÃO DE MOTORES ELÉTRICOS DE INDUÇÃO RESUMO O presente trabalho visa avaliar o aproveitamento na cadeira EQ-023 – “Manutenção para a Qualidade Total” do PECE - Programa de Educação Continuada da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo, ministrada pelo Professor Dr. Gilberto F. M. de Souza. Além disto o trabalho pretende sugerir de maneira simples, para não especialistas, conceitos de manutenção em motores elétricos de indução, para ser aplicado como uma das ferramentas de gestão de manutenção na tendência das exigências de mercado ou conhecimento de partes de sistemas que utilizam este tipo de acionamento eletromecânico. O trabalho procura agregar coerência e uniformidade de valores nas partes interessadas, para uso didático ou profissional.
  • 3. 3 EQ-023 Manutenção para a Qualidade Total MAINTENANCE OF INDUCTION ELECTRIC MOTORS ABSTRACT The present paper seeks to valuation in the discipline EQ-023 ”Maintenance in Total Quality Management " of PECE - Program of Continuous Education of the Escola Politécnica da Universidade de São Paulo, learned by the Teacher Dr. Gilberto F. M. of Souza. Besides the paper intends to suggest in a simple way, for no specialists, concepts of End-Of-Life and Failure in electric motors of induction, to be applied as one of the tools of maintenance administration in the tendency of the market demands or knowledge of parts of systems that use this type of electrical machine. The present paper made repair analyses in asynchronous electric motors into Total Quality Management.
  • 4. 4 EQ-023 Manutenção para a Qualidade Total SUMÁRIO 1- INTRODUÇÃO................................................................................................. 05 2- CONCEITOS..................................................................................................... 06 2.1. Conceitos Gerais............................................................................................... 06 2.2. Conceitos de manutenção em motores elétricos................................................08 2.3. Confiabilidade em motores elétricos................................................................ 10 2.3.1 Conjunto máquina (motor)............................................................................. 11 2.3.2 Tampas............................................................................................................ 12 2.3.3 Mancais .......................................................................................................... 12 2.3.4 Rotor............................................................................................................... 12 2.3.5 Estator............................................................................................................. 13 2.3.6 Enrolamento.................................................................................................... 13 2.4. Cuidados durante o processo de manutenção............... .................................... 14 2.4.1 Os defeitos das partes mecânicas.................................................................... 14 2.4.2 Os defeitos do processo de bobinagem........................................................... 14 2.4.3 Produto Acabado............................................................................................. 15 2.5. Vida Útil Efetiva dos Motores elétricos............................................................ 16 2.6. Taxa de falhas no motor de indução.................................................................. 17 2.6.1 Análise preliminar das falhas.......................................................................... 17 2.6.2 Análise das falhas e comportamento das mesmas........................................... 18 2.6.3 Taxa de falhas no motor de indução................................................................ 19 2.6.4 Distribuição de falhas e confiabilidade do motor de indução.......................... 20 3- ESTUDO DE CASO .......................................................................................... 22 3.1. Fluxo do processo levantado no campo.............................................................. 22 3.1.1 Processo de Recebimento - Análise preliminar das Falhas.............................. 22 3.1.2 Diagnose - Análise das falhas e comportamento das mesmas...........................25 3.1.3 Processo de conserto..........................................................................................25 3.1.4 Documentos envolvidos no processo.................................................................26 3.1.5 Recursos necessários para o processo................................................................27 3.1.6 Fluxograma do processo....................................................................................28 3.2. Definição da amostra........................................................................................... 30 3.3. Aquisição e dados utilizados no trabalho............................................................ 31 3.3.1 Dados compilados na oficina.............................................................................32 3.3.2m Dados e metas fornecidos pela manutenção do cliente.................................. 38 3.4 Análise dos dados obtidos.....................................................................................39 3.4.1 Disponibilidade..................................................................................................40 3.4.2 Tempo/custo médio do reparo...........................................................................40 3.4.3 Analise funcional dos efeitos das falhas............................................................40 3.4.4 Analise do modo e efeitos de falhas..................................................................41 3.4.5 Definição da Política de Manutenção................................................................42 4- CONCLUSÕES.................................................................................................. 43 5- BIBLIOGRAFIA.................................................................................................45
  • 5. 5 EQ-023 Manutenção para a Qualidade Total MANUTENÇÃO DE MOTORES ELÉTRICOS DE INDUÇÃO 1- INTRODUÇÃO O objetivo deste trabalho é determinar às políticas de manutenção para motores elétricos de indução através de uma coleta de dados e análise de confiabilidade. O efeito prático sobre isto se recai sobre o fato dos motores elétricos serem o principal meio de acionamento de equipamentos industriais ou domésticos e através deste trabalho pretendemos observar de maneira simples conceitos que podem ser aplicados como uma das ferramentas de gestão de manutenção na tendência das exigências de mercado ou para conhecimento de partes de sistemas que utilizam este tipo de acionamento eletromecânico. No âmbito da qualidade é esperado da manutenção:  Preservação de recursos financeiros ( Diminuição do custo de manutenção e investimento em maquinário).  Preservação dos recursos físicos (Diminuição do tempo de máquinas paradas e não conformidades decorrentes de processo – atendimento, preço, prazo e características).  Preservação de recursos Humanos (segurança de operação e facilidade de operação e treinamento).  Atendimento a legislação e meio ambiente (eliminação de multas decorrentes de falhas de maquinário). A ênfase do trabalho recai sobre os motores assíncronos de indução, particularmente os de pequeno e médio portes até 600 Vac, pois são os mais encontrados na industria. Estes motores atingem cerca 97% ou mais do meio de acionamento das máquinas e equipamentos instalados na indústria. Eles são de construção simples, robustos e seguros, e menos suscetíveis às agressões do meio ambiente. O trabalho foi feito a partir da coleta de dados da manutenção de motores que apresentaram falhas em algumas unidades de uma empresa Petrolífera/Petroquímica de grande porte. A política de manutenção adotada nestas unidades organizacionais é de manutenção preditiva baseado em monitoramento e análise de vibração e ruído.
  • 6. 6 EQ-023 Manutenção para a Qualidade Total MANUTENÇÃO DE MOTORES ELÉTRICOS DE INDUÇÃO 2. CONCEITOS 2.1 Conceitos Gerais Os motores elétricos de indução como dito na introdução são de construção simples, robustos e seguros, mas nem por isso deixam de necessitar de certos cuidados e manutenção: a) por cuidados iniciais entende-se um conjunto de verificações para concluir se o motor está adequado e apto a ser instalado e executar os serviços a que se destina, tais como potencia, tensão, freqüência, grau de proteção, efeitos de armazenamento (lubrificação, umidade, contaminação), instalação elétrica (cablagem, chaves, reles de proteção, supervisório, inversores, conversores, etc.), acoplamento, etc.; b) por requisitos ambientais entende-se as verificações do local onde o motor será instalado quanto à temperatura, pressão e agressividade química e mecânica do meio ambiente, visando tanto a proteção do equipamento quanto a segurança, do ponto de vista elétrico e mecânico das pessoas que trabalham com ele. É preciso verificar também o inverso, ou seja, o quanto o motor agride o ambiente com emissão de gases, vapores, ruídos e vibrações. Neste ponto, os motores elétricos são os mais favoráveis e, dentre eles, destacam-se os motores de indução, que, quando bem projetados e construídos apresentam baixíssimo nível de vibração e tolerável nível de ruído para a maioria das aplicações; c) por manutenção periódica entende-se uma série de operações a que deve ser submetido o motor, para que tenha sua durabilidade estatisticamente prolongada, ou seja, para que a probabilidade de vida útil seja aumentada. Pode ser do tipo preditiva, preventiva ou corretiva, tudo depende do custo benefício, que deve ser analisado em função do custo de manutenção e do preço de aquisição do motor. Não podemos esquecer que motores elétricos são máquinas rotativas e os mancais (rolamentos ou deslizamento) são componentes de desgaste (vida curta comparada aos demais componentes, ou seja, por volta de 12.000 horas enquanto o resto dos componentes tem vida estimada por volta de 80.000 horas) Estes itens lembram um pouco o que se costuma fazer com o atleta que é candidato a uma competição ou campeonato. O item "a" seria o exame médico inicial, o "check-up" a que é submetido antes da convocação, para verificar suas possibilidades. O item "b" corresponderia ao exame técnico das condições das pistas, dos campos e do rigor e exigências da competição. E o item "c" pode lembrar as concentrações ou internações periódicas, de um ou alguns dias, em uma clínica especializada para tratamento, relaxamento e retomada da plena forma física e mental. Acreditamos que estes três itens, se bem conduzidos, podem garantir o sucesso, não só do motor, mas também de quem cuida dele. Estes cuidados afetam diretamente a Confiabilidade e a Vida do motor. Veremos na parte experimental que o numero de falhas aleatórias existem, mesmo que os motores sofram manutenção preditiva..
  • 7. 7 EQ-023 Manutenção para a Qualidade Total As partes estruturais de um motor, como carcaça, núcleos magnéticos (pacote), tampas, caixas de ligação, eixo e o barramento da gaiola, desde que bem cuidadas e usadas dentro das especificações, têm vida muito longa. Só abordaremos aqui os motores elétricos de baixa tensão, até 600 V. Costuma-se dizer que, se não houvesse acidentes, estas partes consideradas estruturais seriam praticamente eternas, coisa que não ocorre com escovas e mancais (sejam de rolamento ou de escorregamento), que são denominados componentes de desgaste e, portanto, renováveis periodicamente. Assim, o grande limitador de vida do motor elétrico é o enrolamento, ou melhor, a isolação do enrolamento, tanto dos condutores (fios) entre si, como daqueles para a massa. Os fatores limitantes da vida do isolante são de natureza química, mecânica, elétrica e térmica. Os agentes químicos/ambientais: podem ser de natureza gasosa, líquida ou sólida e de altitude (pressão atmosférica). Atacam o material isolante, destruindo-o em pouco tempo ou diminuindo lentamente suas características (seu poder dielétrico). O isolante acaba sendo perfurado, devido ao potencial elétrico a ele aplicado. A água é um agente pernicioso, não por si só, mas porque dissolve sais e outras substâncias que vão agir de maneira maléfica sobre o isolante. Os agentes mecânicos: dentre os que afetam a isolação, destacam-se os choques e as vibrações provocadas pelo próprio motor (desbalanceamento) ou transmitidas ao mesmo pelas estruturas externas. Outro agente mecânico é a erosão causada por pós-abrasivos lançados pelo ventilador. As ações térmica e elétrica sobre os isolantes são temas excessivamente longos e complexos para serem tratados neste trabalho. Portanto, o que estamos apresentando é apenas um resumo do que interessa, de um ponto de vista prático. Os agentes térmicos: pode-se construir um motor quase perfeito no que diz respeito à proteção contra pó, água, agentes mecânicos e químicos, e utilizá-lo sem sobrecargas em um local extremamente limpo. Porém, é impossível protegê-lo contra o agente térmico (temperatura de funcionamento). Contra este mal não há remédio: nenhuma isolação é eterna. Todo motor apresenta perdas de potência (Watts) internamente. Essas perdas se transformam em calor que aquece o enrolamento, produzindo uma elevação de temperatura em relação ao ambiente, pois sem isso, o calor não se escoaria para fora do motor. A elevação de temperatura possui efeito pernicioso sobre os isolantes: é o fenômeno denominado envelhecimento térmico do dielétrico, onde o material de isolação perde lentamente seu poder dielétrico. O isolante acaba sendo rompido (perfurado), deixando passar corrente em algum ponto (curto-circuito entre condutores ou para a massa), de tal modo que, se não houver uma proteção de ação rápida, as conseqüências podem ser desastrosas, com estouros, fusão de condutores e até fusão parcial do pacote de chapas magnéticas. É claro que, se a temperatura de funcionamento for muito elevada, em função de sobrecargas ou devido ao projeto ou construção inadequados, o enrolamento pode se queimar rapidamente, muito antes do que ocorreria pelo fenômeno de envelhecimento térmico, que é, por natureza, um fenômeno lento. Estes casos são denominados queima acelerada e não envelhecimento térmico. Enfim, pelo fato de a temperatura ser um fator limitador inexorável, os motores (tanto os abertos como os blindados) são projetados com sistema de dissipação (ventilação), adequado para que a elevação de temperatura esteja de acordo com o isolante utilizado. Para se ter uma idéia da grande importância da temperatura na vida de um
  • 8. 8 EQ-023 Manutenção para a Qualidade Total enrolamento, é bom lembrar que apenas 10°C a mais de temperatura de funcionamento pode reduzi-la à metade. Por exemplo: se o isolante utilizado é bom para suportar uma temperatura contínua de 120°C, durante uma vida prevista de quatro anos, não se deve esperar mais que dois anos de funcionamento se ele for submetido a 130°C. Os agentes elétricos: é a sobretensão elétrica (tensão elétrica muito acima da nominal), que pode ocorrer tanto de forma contínua (mais raro) como em forma de pulsos provocados por oscilações na linha ou até por origem de descargas atmosféricas (raios). O potencial elétrico aplicado ao isolante poderá ser de tal valor que ultrapasse o limite do poder dielétrico do material, perfurando-o e provocando o curto-circuito. 2.2 Conceitos de manutenção em motores elétricos Como visto no item 2.1 para um motor elétrico operar com sucesso sem falhas durante um período é necessário que ele seja especificado corretamente para a utilização, nos requisitos de ambiente físico que envolve o equipamento, manutenção adequada, instalação, operação e qualidade do operador. Neste trabalho a definição de falha será no âmbito da qualidade, ou seja, um equipamento apresenta falha quando interfere na qualidade do produto (prazo, características, atendimento e preço) As práticas de manutenção em motores elétricos são:  Corretiva;  Preventiva e  Preditiva.  Manutenção corretiva : Define-se para a manutenção realizada quando ocorre uma falha não programada, que exige intervenção de correção, ou seja, para operar é necessário fazer um reparo no motor elétrico. No processo de manutenção além do reparo da parte sinistratada, procede-se uma peritagem para determinar os serviços necessários para restabelecer as características originais da máquina. Muito utilizada em equipamentos secundários de baixo valor nominal, que não causam parada do processo produtivo, nem afetam a qualidade do produto. Para este tipo de equipamento (motores padronizados de sistemas auxiliares até 60 CV) hoje em dia não procede-se o reparo, geralmente faz-se a substituição por um novo.  Manutenção Preventiva : Define-se para a manutenção programada com freqüência e data determinada independente de ocorrência de falhas. Normalmente neste tipo de manutenção procede-se troca dos elementos de desgaste (mancais e terminais), limpeza geral, re-impregnação da isolação, balanceamento dinâmico . Demais reparos se dão por necessidade verificada em peritagem (diagnose), para restabelecer as características originais da máquina. Muito utilizada nos equipamentos que afetam a qualidade a qualidade final do produto (prazo, características, atendimento e preço), segurança e o meio ambiente.  Manutenção Preditiva : Define-se para a manutenção programada com data determinada através do monitoramento de características, antecipando-se a ocorrência de falhas. Muito utilizada nos equipamentos que afetam a qualidade a qualidade final do produto (prazo, características, atendimento e preço), os recursos financeiros (alto valor nominal em caso de falha), segurança e o meio ambiente.
  • 9. 9 EQ-023 Manutenção para a Qualidade Total Dá-se pelo monitoramento de características básicas tais como:  Valor de Corrente e equilíbrio destas em máquinas trifásicas.  Valor da Resistência de isolamento.  Índice de Polarização do Dielétrico.  Temperatura.  Vibração.  Nivel de Ruído Existem processos diferentes de monitoramento, que permitem precisão maior, porém exigem maiores histórico, treinamento, equipamentos e tecnologia tais como: - Análise de vibração, que permite indicativos de falhas futuras em parte elétrica e mecânica. Pela análise do espectro de vibração podemos verificar que tipo de falha vai ocorrer e em que parte da máquina. É a mais utilizada, pois é a mais fácil de interpretar os valores obtidos. -Análise de ruído, similar a anterior, porém mais precisa e permite monitoramento continuo mais simples, pois basta um ponto de verificação, enquanto no anterior é necessário verificação em três planos. Porém equipamentos que dispõe de dados para a análise tem valor muito elevado. Análise térmica – Pouco utilizada em motores, mais utilizada em máquinas estáticas. Os motores tem zonas com temperaturas diferentes que praticamente descartam a utilização de equipamentos de fácil utilização, tais como emissores luminosos. Para um bom monitoramento térmico é necessário utilização de sondas internas, tais como bimetais e semi condutores. Nos motores elétricos, por serem máquinas rotativas, quando ocorre uma falha, a temperatura aumenta abruptamente, portanto o monitoramento térmico funciona para indicativo para sistemas de proteção e de manutenção corretiva do que preditiva. 2.3 Confiabilidade em motores elétricos.
  • 10. 10 EQ-023 Manutenção para a Qualidade Total Como mencionado na introdução para um motor elétrico operar com sucesso sem falhas durante um período é necessário que ele seja especificado corretamente para a utilização, nos requisitos de ambiente físico que envolve o equipamento, manutenção adequada, instalação, operação, operador. Uma vez estabelecido os conceitos de adequação e aderência as especificações, definimos que confiabilidade de um motor elétrico é a probabilidade do mesmo operar sem apresentar falhas por um período especifico, por exemplo, operar sem falha alguma entre paradas programadas para re-lubrificação ou troca de rolamentos. Abaixo na figura 1 podemos ver um desenho esquemático de um motor : Figura 1 – Desenho esquemático de um motor, retirado do livro Máquinas de Corrente Alternada, de Alfonso Martignoni, página 311. 2.3.1 Motor Como podemos ver na figura um motor elétrico constitui-se basicamente de :  Estator;  Enrolamento;  Rotor;  Tampas;  Mancais; O conjunto motor elétrico tem como principais falhas (falhas mais comuns):  Motor não arranca (não parte, ou não vira)  Vibração ou ruído  Perda de potencia ou velocidade  Aquecimento Na próxima pagina veremos na figura 2 uma tabela com as principais falhas e causas possíveis
  • 11. 11 EQ-023 Manutenção para a Qualidade Total Figura 2 – Tabela retirada da apostila “motores de indução volume II”, Ensaios e Defeitos, de Aureo Gilberto Falcone e Marcelo Gandra Falcone, pagina 35.
  • 12. 12 EQ-023 Manutenção para a Qualidade Total 2.3.2 Tampas Constituídas normalmente de:  Tampa mancal principal (L.A. e L.O.A.);  Tampinha externa do alojamento do mancal (L.A. e L.O.A.);  Tampinha interna do alojamento do mancal (L.A. e L.O.A.). O conjunto das tampas tem como principais falhas (falhas mais comuns):  Quebra ou deformação mecânica dos rebaixos;  Ovalização;  Desgaste criando folgas excessivas;  Quebras ou deformação. 2.3.3 Mancais: Normalmente são:  Buchas de deslizamento ou  Rolamentos. O conjunto mancais tem como principais falhas (falhas mais comuns):  Desgaste;  Vibração ou ruído;  Oxidação;  Falhas de lubrificação. 2.3.4 Rotor: Como podemos ver na figura 3 um rotor constitui-se basicamente de:  Eixo;  Núcleo Magnético;  Barramento;  Anéis de curto circuito. Figura 3 – Desenho esquemático de um rotor, retirado do livro Máquinas de Corrente Alternada, de Alfonso Martignoni, página 185. O conjunto rotor tem como principais falhas (falhas mais comuns):  Quebra ou deformação mecânica do eixo;  Vibração ou ruído magnético proveniente de núcleo solto;  Abertura de solda ou fundição dos anéis de curto;  Soltura dos pesos de Balanceamento  Abertura ou rompimento de barras  Desgaste dos colos de mancais.
  • 13. 13 EQ-023 Manutenção para a Qualidade Total 2.3.5 Estator: Como podemos ver na figura 4 um estator constitui-se basicamente de :  Carcaça;  Núcleo Magnético;  Caixa de Bornes;  Enrolamento; Figura 4 – Desenho esquemático de um motor, retirado do livro Máquinas de Corrente Alternada, de Alfonso Martignoni, página 23. O conjunto estator tem como principais falhas (falhas mais comuns):  Quebra ou deformação mecânica da carcaça ou pés / falhas dimensionais  Vibração ou ruído magnético  Mau contato/quebra nos bornes  Falhas de enrolamento 2.3.6 Enrolamento Como podemos ver na figura 5 um Enrolamento constitui-se basicamente de :  Condutores(fio esmaltado);  Cunha de fechamento (esteca);  Filme isolante para massa e entre camadas;  Verniz; Figura 5 – Ilustração de enrolamento retirada da apostila “motores de indução volume II”, Ensaios e Defeitos, de Aureo Gilberto Falcone e Marcelo Gandra Falcone, pagina 35.
  • 14. 14 EQ-023 Manutenção para a Qualidade Total O conjunto do enrolamento tem como principais falhas (falhas mais comuns):  Ruptura do isolamento entre bobina e chapa do núcleo do estator;  Variação na resistência;  Solda aberta;  Curto entre espiras;  Curto entre fases;  Condutor cortado ou interrompido;  Isolamento danificado (trinca, fissuras)  Protetor térmico danificado  Fuga do protetor para o enrolamento  Isolamento envelhecido por ação térmica; 2.4 Cuidados durante a fabricação e/ou manutenção: A implementação de inspeções, testes e ensaios durante o processo de fabricação ou manutenção visam o aumento da confiabilidade. A eficiência dos produtos na fabricação ou na manutenção é extremamente necessária e inevitável para atingir índices de qualidade (evitar retrabalho) e evitar falhas precoces. 2.4.1 Os defeitos das partes mecânicas (carcaça, núcleos magnéticos, tampas, tampinhas e eixo) podem apresentar são: Dimensionais em geral:  Tolerâncias de ponta de eixo;  Tolerâncias de rasgo de chaveta;  Tolerâncias de chavetas;  Tolerâncias e centralização de colos de mancais;  Tolerâncias e centralização dos rebaixos, furação dos pés e altura até o centro da carcaça;  Tolerâncias e centralização de cubos das tampas;  Tolerâncias e centralização de rebaixos das tampas;  Tolerâncias e centralização do assento de mancais;  Folga de tampinhas internas e externas. Inspeção durante a fabricação de acordo com desenhos (dimensional). Solda:  Conformidade/Continuidade;  Bolhas;  Respingo. Inspeções:  Visual;  Liquido penetrante. Fundidos:  Bolhas;  Fissuras. Inspeção por líquido penetrante após usinagem.
  • 15. 15 EQ-023 Manutenção para a Qualidade Total Núcleo magnético:  Dimensional,  Perdas;  Fixação. Inspeção por alicate de perdas e dimensional padrão Balanceamento:  Vibração. Inspeção feita no próprio processo ou nível de vibração em funcionamento. Figura 6 – Máquina de Balanceamento “motores de indução volume I”, Manutenção e Instalação” , de Aureo Gilberto Falcone e Marcelo Gandra Falcone, pagina 09. 2.4.2 Os defeitos do processo de bobinagem: Choque (mau isolamento entre bobina e chapa do estator), variação na resistência, solda mal feita, ligações invertidas, sentido de rotação errado, curto entre espiras, fio fora da ranhura, curto entre fases, foi cortado ou interrompido, ligação errada, isolamento dobrado, isolamento danificado, protetor térmico danificado, fuga do protetor para o enrolamento. Os testes que são realizados estão descritos abaixo e estão na ordem de execução:  Medição de resistência ôhmica;  Teste de tensão aplicada AC (Hipot AC);  Teste de tensão aplicada DC (Hipot DC);  Teste de Surto Elétrico (Surge Test);  Teste de protetor térmico;  Teste do sentido de rotação. 2.4.3 Produto acabado Após a montagem os ensaios de rotina que devem ser executados para verificação da conformidade do produto com a especificação:  Ensaio de Verificação da resistência ôhmica  Ensaio de Resistência de Isolação  Ensaio de determinação do Índice de polarização  Ensaio de Tensão suportável  Ensaio em Vazio  Ensaio de Rotor bloqueado  Ensaio de Pintura  Verificação Visual final
  • 16. 16 EQ-023 Manutenção para a Qualidade Total 2.5 Vida útil efetiva dos motores elétricos: Não podemos esquecer que motores elétricos são máquinas rotativas e os mancais (rolamentos ou deslizamento) são componentes de desgaste (vida curta comparada aos demais componentes, ou seja, por volta de 12.000 horas enquanto o resto dos componentes tem vida estimada por volta de 80.000 horas). Conforme mostrado até aqui, as causas e influências que dão origem ao envelhecimento do sistema isolante dos motores de indução, são múltiplas “Envelhecimento” significa uma mudança nociva à capacidade de isolar do sistema isolante. A natureza desta mudança pode ser muito variada. As propriedades de um sistema isolante, as quais são influenciadas pelo envelhecimento, dependem do tipo de esforço (stress) e do tipo de material que está sendo usado. Os esforços que produzem envelhecimento, chamados de “fatores de envelhecimento”, podem ser divididos normalmente em quatro tipos básicos: Elétricos, térmicos, mecânicos e químicos, como já vistos neste trabalho. A falha efetiva do sistema isolante significa o rompimento da rigidez dielétrica dos isolantes sólidos, colocando em curto-circuito as partes energizadas. A vida útil efetiva pode ser determinada medindo o tempo necessário para o rompimento completo do dielétrico do sistema isolante. Fazendo isto em tempo real tornar-se-ia muito exaustivo, considerando que seja esperado uma duração normal de alguns anos. Por isto, o processo de envelhecimento normalmente é acelerado em laboratório de testes, para reduzir o tempo de vida. Isto é feito usualmente aumentando a amplitude do tipo de um esforço (fator limitante da vida) sob estudo. Quando são disponíveis dados suficientes de envelhecimento, aspectos estatísticos podem ser considerados. Acelerando o processo de envelhecimento para um dado tipo de esforço é possível que um outro tipo de esforço que também cause envelhecimento passe a ser dominante, ou ainda que as mudanças no processo de envelhecimento sejam não lineares em função do aumento da amplitude do esforço. Desta forma, as extrapolações devem ser feitas com muita prudência, visto que podem conduzir a resultados errados. Os ensaios de envelhecimento, diante das dificuldades apresentadas, são validos para efeito comparativo, visto que nestes casos nenhuma extrapolação precisa ser feita e os materiais, métodos e processos podem ser comparados em condições idênticas. Os sistemas isolantes, os quais são expostos a diversos fatores limitantes da vida podem, adicionalmente ao envelhecimento produzido por cada fator, experimentar o envelhecimento devido aos efeitos da sinergia. Os efeitos da sinergia são devidos à interação entre os diferentes fatores limitantes. Portanto, a estimativa do tempo de vida útil efetiva de um dado motor, em função da multiplicidade de fatores limitantes, é uma tarefa altamente complexa, onde interagem os efeitos devidos às variações nos processos construtivos, aqueles em função das reações físicoquímicas dos materiais isolantes envolvidos, a temperatura e todos os fatores ambientais relacionados com as contaminações e umidade. Além disso, em função das inter-relações entre os diversos fatores limitantes da vida, aparece o efeito da diminuição de tempo de vida em função do aumento de componentes. Diversos modelos foram criados para representar o comportamento de cada fator limitante da vida e permitir avaliar o tempo de vida esperado. O cálculo teórico através da aplicação das equações que governam os diversos fatores limitantes, em função da complexidade, se não permite exatamente estimar a vida útil esperada de forma absoluta, pelo menos permite tirar conclusões comparativas valiosas, já que pode mostrar as tendências esperadas para cada caso.
  • 17. 17 EQ-023 Manutenção para a Qualidade Total 2.6 Taxa de falhas no motor de indução. Utilizando os conceitos apresentados no curso EQ-006 “Confiabilidade de Produtos e Sistemas” do Programa de Educação Continuada da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo, do Prof. Dr. Gilberto Francisco Martha de Souza . Os componentes básicos que podem gerar falhas críticas no motor são:  Estator;  Enrolamento;  Rotor;  Tampas;  Mancais. Utilizamos um modelo com os componentes dispostos em série conforme figura 7 abaixo: Mancal Estator Rotor Enrolo Tampas Figura 7 – Componentes do motor dispostos em série As falhas dos componentes acima são independentes e a confiabilidade Rs(t) do sistema motor é dada por: , onde n=5. 2.6.1 Análise preliminar das falhas encontradas no máquinas. período de 2 anos em 2426 Figura 8 – Incidência dos tipos de falhas
  • 18. 18 n= numero de falhas= numero de falhas precoces(até 2 meses inclusive)= numero de falhas até 12 meses= numero de falhas até 24 meses= isolação= mancal= rotor= tampas= estator= EQ-023 Manutenção para a Qualidade Total 2426 % de falhas % rel de falhas 124 5,11% 100,00% 66 2,72% 53,23% 108 4,45% 87,10% 121 4,99% 97,58% 38 1,57% 30,65% 27 1,11% 21,77% 16 0,66% 12,90% 14 0,58% 11,29% 29 1,20% 23,39% 2.6.2 Análise das falhas e comportamento das mesmas no motor de indução: T=horas nr falhas 23,76 9 180 12 239,76 14 360 22 720 46 1440 66 2160 72 2880 78 3600 86 4320 89 5040 92 5760 96 6480 100 7920 104 8640 108 9360 109 10080 112 10800 113 11520 116 12960 118 14400 119 15120 120 15840 121 20160 122 25920 124 Vemos um incremento inicial muito grande, o que pode indicar falhas precoces ou prematuras. Analisando a tabela 2 dos dados experimentais vemos um numero muito grande de falhas por erros de especificação (cliente comprou errado e quer que o fabricante resolva o problema) ou problemas de processo ( 29 falhas até 1440 horas – 2 meses ) o que representa 19,35% do total de falhas apurados ou 44% das falhas consideradas precoces.. Também fica evidente o numero de falhas iniciais até 3 meses inclusive, 72 falhas = 58% das falhas, que são decorrentes principalmente da má analise de contratos de compra e venda e dos cuidados iniciais (um conjunto de verificações para concluir se o motor está adequado e apto a ser instalado e executar os serviços a que se destina, tais como potencia, tensão, freqüência, grau de proteção, efeitos de armazenamento, instalação elétrica, acoplamento, etc.) e dos chamados requisitos ambientais que entende-se as verificações do local onde o motor será instalado quanto à temperatura, pressão e agressividade química e mecânica do meio ambiente, visando
  • 19. 19 EQ-023 Manutenção para a Qualidade Total tanto a proteção do equipamento quanto a segurança, do ponto de vista elétrico e mecânico das pessoas que trabalham com ele. 2.6.3 Taxa de falhas no motor de indução: t=horas 23,76 180 239,76 360 720 1440 2160 2880 3600 4320 5040 5760 6480 7920 8640 9360 10080 10800 11520 12960 14400 15120 15840 20160 25920 t)= 0,378788 0,066667 0,058392 0,061111 0,063889 0,045833 0,033333 0,027083 0,023889 0,020602 0,018254 0,016667 0,015432 0,013131 0,0125 0,011645 0,011111 0,010463 0,010069 0,009105 0,008264 0,007937 0,007639 0,006052 0,004784 Fazendo uma análise do comportamento da taxa de falhas acumulada ao longo do tempo vemos que ela obedece uma curva de Weibul com =0,5 Cabe agora partir para uma quarta análise de dados para determinar os parâmetros de uma distribuição de Weibull que representam a distribuição dos tempos até a falha. A amostra tem 2426 elementos sendo que 124 apresentam falhas.
  • 20. 20 EQ-023 Manutenção para a Qualidade Total 2.6.4 Distribuição de falhas e confiabilidade do motor de indução: 2426 motores em distribuição weibull -> N=2426 i 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36 37 38 39 40 41 42 43 44 45 46 47 48 49 50 51 52 53 54 55 56 57 58 59 60 61 62 63 64 65 66 67 68 69 70 71 i/N+1 0,000412 0,000824 0,001236 0,001648 0,00206 0,002472 0,002884 0,003296 0,003708 0,00412 0,004532 0,004944 0,005356 0,005768 0,00618 0,006593 0,007005 0,007417 0,007829 0,008241 0,008653 0,009065 0,009477 0,009889 0,010301 0,010713 0,011125 0,011537 0,011949 0,012361 0,012773 0,013185 0,013597 0,014009 0,014421 0,014833 0,015245 0,015657 0,016069 0,016481 0,016893 0,017305 0,017717 0,018129 0,018541 0,018953 0,019365 0,019778 0,02019 0,020602 0,021014 0,021426 0,021838 0,02225 0,022662 0,023074 0,023486 0,023898 0,02431 0,024722 0,025134 0,025546 0,025958 0,02637 0,026782 0,027194 0,027606 0,028018 0,02843 0,028842 0,029254 ln(1-F(t)) ln(-ln(1-F(t))) -0,00041 -7,7942052 -0,00082 -7,1008519 -0,00124 -6,6951806 -0,00165 -6,4072922 -0,00206 -6,1839423 -0,00248 -6,0014144 -0,00289 -5,8470572 -0,0033 -5,7133193 -0,00372 -5,5953296 -0,00413 -5,4897624 -0,00454 -5,3942455 -0,00496 -5,3070273 -0,00537 -5,2267776 -0,00579 -5,1524627 -0,0062 -5,0832628 -0,00661 -5,0185171 -0,00703 -4,9576853 -0,00744 -4,9003197 -0,00786 -4,8460451 -0,00827 -4,7945444 -0,00869 -4,7455468 -0,00911 -4,6988192 -0,00952 -4,6541598 -0,00994 -4,6113925 -0,01035 -4,5703627 -0,01077 -4,5309342 -0,01119 -4,492986 -0,0116 -4,4564103 -0,01202 -4,421111 -0,01244 -4,3870013 -0,01286 -4,3540033 -0,01327 -4,3220463 -0,01369 -4,2910663 -0,01411 -4,2610049 -0,01453 -4,2318089 -0,01494 -4,2034295 -0,01536 -4,1758218 -0,01578 -4,1489449 -0,0162 -4,1227606 -0,01662 -4,097234 -0,01704 -4,0723324 -0,01746 -4,0480259 -0,01788 -4,0242863 -0,0183 -4,0010877 -0,01872 -3,9784056 -0,01914 -3,9562174 -0,01956 -3,9345018 -0,01998 -3,913239 -0,0204 -3,8924102 -0,02082 -3,8719979 -0,02124 -3,8519856 -0,02166 -3,8323578 -0,02208 -3,8130998 -0,0225 -3,7941978 -0,02292 -3,7756387 -0,02334 -3,7574102 -0,02377 -3,7395005 -0,02419 -3,7218986 -0,02461 -3,7045939 -0,02503 -3,6875765 -0,02546 -3,6708368 -0,02588 -3,6543658 -0,0263 -3,6381549 -0,02672 -3,6221959 -0,02715 -3,606481 -0,02757 -3,5910028 -0,02799 -3,5757541 -0,02842 -3,5607281 -0,02884 -3,5459183 -0,02927 -3,5313185 -0,02969 -3,5169227 t-to 180 180 180 239,76 239,76 360 360 360 360 360 360 360 360 720 720 720 720 720 720 720 720 720 720 720 720 720 720 720 720 720 720 720 720 720 720 720 720 1440 1440 1440 1440 1440 1440 1440 1440 1440 1440 1440 1440 1440 1440 1440 1440 1440 1440 1440 1440 2160 2160 2160 2160 2160 2160 2880 2880 2880 2880 2880 2880 3600 3600 ln(t-to) 5,192957 5,192957 5,192957 5,479638 5,479638 5,886104 5,886104 5,886104 5,886104 5,886104 5,886104 5,886104 5,886104 6,579251 6,579251 6,579251 6,579251 6,579251 6,579251 6,579251 6,579251 6,579251 6,579251 6,579251 6,579251 6,579251 6,579251 6,579251 6,579251 6,579251 6,579251 6,579251 6,579251 6,579251 6,579251 6,579251 6,579251 7,272398 7,272398 7,272398 7,272398 7,272398 7,272398 7,272398 7,272398 7,272398 7,272398 7,272398 7,272398 7,272398 7,272398 7,272398 7,272398 7,272398 7,272398 7,272398 7,272398 7,677864 7,677864 7,677864 7,677864 7,677864 7,677864 7,965546 7,965546 7,965546 7,965546 7,965546 7,965546 8,188689 8,188689 beta= interceptação= -6,71851 ln(eta)= = 0,725588 -9,54731 0,388952 17,27333 31747747
  • 21. 21 EQ-023 Manutenção para a Qualidade Total Curva Distribuição de Weibull 0 4 4 2 6 2 4 8 9 2 5 1 5 9 4 4 9 2 2 4 4 1 8 6 56 10 10 51 51 51 51 51 98 98 98 98 63 45 89 89 61 92 75 57 08 39 73 -1 29 ,886 886 792 792 792 792 792 723 723 723 723 778 655 886 886 251 586 764 641 183 518 237 19 5 5, 6,5 6,5 6,5 6,5 6,5 7,2 7,2 7,2 7,2 7,6 7,9 8,1 8,1 8,5 8,6 8,7 9,0 9,2 9,3 9,6 5, -2 Ln(-Ln(1-F(t))) -3 -4 -5 -6 -7 -8 -9 Ln(t-to) Definimos a função da confiabilidade como :   t   R(t )  exp             onde: beta= 0,523682 eta= 2639125 Portanto, para um período de 24 meses na amostra utilizada a confiabilidade do motor elétrico operando dentro das especificações será : R(t)= 0,997711803=99,77%
  • 22. 22 EQ-023 Manutenção para a Qualidade Total 3. ESTUDO DE CASO 3.1. Fluxo do processo de Reparo levantado no campo. Objetivos e requisitos para a qualidade dos serviços na análise deste trabalho está relacionado com as atividades envolvidas com o conserto de produtos e tem por missão:  restabelecer as condições de funcionamento normal produto, colocando-o em acordo com as especificações originais.  alteração de características originais de produto (por solicitação do cliente), colocando-as em acordo com determinadas especificações. No fornecimento dos serviços, são determinados os seguintes processos operacionais, envolvendo as seguintes atividades: 3.1.1 PROCESSO DE RECEBIMENTO E ANALISE PRELIMINAR DA FALHA  conferencia da nota fiscal com o produto recebido;  desembarque do produto;  identificação do produto recebido;  Verificação da solicitação do cliente interno ou externo conforme formulário (figura 9)  vistoria superficial da Sala de Provas. Figura 09 – Formulário de solicitação de Serviços/Reparos
  • 23. 23 EQ-023 Manutenção para a Qualidade Total 3.2.2. PROCESSO DE DIAGNOSE E ANALISE DE FALHAS/DEFEITOS  registro do produto;  desmanche;  lavagem, se necessário  levantamento para orçamento (figura 10);  identificação das partes do produto;  Relatório de Ocorrência / Análise de Falhas (figura 11). Figura 10 – Relatório levantamento para orçamento e acompanhamento de Serviços
  • 24. 24 EQ-023 Manutenção para a Qualidade Total RELATÓRIO DE OCORRÊNCIA ANÁLISE DE FALHA UNIDADE: KATTY PI 7944-R-020 TAG MX 3228 A MOTOR DE GAIOLA 37 kW, 440 V, 1710 RPM, CARCAÇA 200, MARCA BÚFALO DATA DE INÍCIO: 29/07/03 SINTOMA: 1. Motor não Arranca PRIMEIRO COMPONENTE A FALHAR 1. Mancal LOA MODO FALHA: 1. Queima do enrolamento 2. Desgaste da tampa mancal LOA CAUSA BÁSICA: 1. Rolamento travado por falha de lubrificação SOLUÇÃO: 1. Rebobinamento 2. Troca da tampa traseira ORÇAMENTO: Item 1.4.10. Rebobinamento: R$ 1.740,00 Item 2.2. Troca de tampa: R$ 155,42 Total: R$ 1.895,42 Assinatura: nonono Figura 11- Relatório de Ocorrência / Análise de falha DATA DE TÉRMINO: 19/08/03
  • 25. 25 EQ-023 Manutenção para a Qualidade Total 3.2.3. PROCESSO DE CONSERTO  compras de partes e/ou matérias-primas;  desenhos, se necessários;  reparos e/ou reposições;  montagem;  testes e ensaios (ver figura 12);  acabamento e pintura;  embalagem;  expedição. Figura 12 – Relatório de testes e ensaios de Rotina em Motores de Indução.
  • 26. 26 EQ-023 Manutenção para a Qualidade Total 3.2.4. ESTÃO ENVOLVIDOS NO PROCESSO DE FORNECIMENTO DOS SERVIÇOS OS SEGUINTES TIPOS DE DOCUMENTOS:  documentos de origem do cliente e/ou de origem interna, que relatam informações com relação ao produto envolvido com o serviço a ser fornecido (relatórios, correspondências, atas, etc);  notas fiscais;  fichas de orçamentos (Levantamento de Serviços a Serem Executados – figura 10)  pedidos internos;  croquis. 3.2.5. PARA O PROCESSO DE FORNECIMENTO DOS SERVIÇOS DEVEM ESTAR DISPONIBILIZADOS OS SEGUINTES RECURSOS:         mão de obra qualificada; partes fabricadas internamente; partes adquiridas externamente; ferramentas; dispositivos de montagem; equipamentos de produção; dispositivos de medição; equipamentos de medição; Durante a execução dos serviços devem ser verificadas se foram cumpridas as solicitações do cliente e se a máquina atende os dados de placa segundo ABNT NBR 7094/1981. Após a execução dos serviços, o produto deve ser encaminhado para os Ensaios onde devem ser realizados as inspeções e ensaios conforme normas específicas, indicadas pelo cliente ou determinadas pela área de Engenharia. Os critérios de aceitação devem ser aqueles especificados nas respectivas normas. (ver figura 13) Figura 13 – Ensaios aplicáveis após reparo / Parâmetros para Manutenção Preditiva
  • 27. 27 EQ-023 Manutenção para a Qualidade Total 3.2.6. REGISTROS DOS RESULTADOS DOS SERVIÇOS Para registros dos resultados das análises dos serviços realizados devem ser utilizados os respectivas relatórios, emitidas pela Sala de Provas. Estes registros devem ser mantidos na Sala de Provas (figura 14) e, quando solicitados, cópias devem ser encaminhadas ao Cliente ou interessado. Figura 14 – Relatório dos resultados das análises dos serviços realizados
  • 28. 28 EQ-023 Manutenção para a Qualidade Total 3.2.7. FLUXOGRAMA LEVENTADO EM CAMPO INÍCIO SOLICITAÇÃO DO CLIENTE CLIENTE Qual o local de peritagem ? É REALIZADA A PERITAGEM PRÉVIA SERVIÇOS SEM ESCOPO DEFINIDO Qual o tipo de solicitação ? SERVIÇOS COM ESCOPO DEFINIDO Reparador REPARADOR SOLICITA O MOTOR PARA AVALIAÇÃO PRODUÇÃO É ELABORADA A PROPOSTA A proposta foi aprovada ? NÃO 1 SIM CLIENTE ENVIA O MOTOR PARA SERVIÇOS 1 O MOTOR É ENVIADO PARA A EQUACIONAL 2 MONTADO O MOTOR É LAVADO É REALIZADA A PERITAGEM NÃO A proposta já foi elaborada ? SIM MOTOR AGUARDA NEGOCIAÇÕES 3 DESMONTADO 2 . É melhor lavar antes da peritagem ? O MOTOR É DESMONTADO É ELABORADA A PROPOSTA Condições de recebimento do motor 5 . Responsabilidade da solicitação . Dados para iniciar a peritagem (dicas do cliente) . Serviços necessários . Investigação de causa (informar o cliente, orientar o conserto, eventuais melhorias) . Relação de componentes . Medidas a serem feitas . Registrar em foto (modelo para montar, alertar problemas constatados, justificar causas, justificar custos) FIM
  • 29. 29 EQ-023 Manutenção para a Qualidade Total 3 A proposta foi aprovada ? SIM 5 JUNTO A PRODUÇÃO OS PEDIDOS INTERNOS SÃO NEGOCIADOS . Como ? FIM JUNTO AO ALMOXARIFADO Necessidades JUNTO AO CLIENTE OS FORNECIMENTOS SÃO ATENDIDOS O MOTOR É MONTADO Resultado dos testes O MOTOR É ENCAMINHADO PARA PINTURA O MOTOR É VERIFICADO OS ITENS SÃO REQUISITADOS AO ALMOXARIFADO É FEITA A SOLICITAÇÃO DAS NECESSIDADES O MOTOR É ENCAMINHADO PARA TESTES APROVADO É PROVIDENCIADO O RETORNO DO MOTOR AO CLIENTE OS SERVIÇOS SÃO INICIADOS OS ITENS SÃO DISPONIBILIZADOS 4 NÃO Existe a necessidade de compra ? OS ITENS SÃO SEPARADOS NÃO O MOTOR É DESMONTADO OS ITENS SÃO DISPONIBILIZADOS É REALIZADA A PERITAGEM O MOTOR É ENCAMINHADO PARA EMBALAGEM O MOTOR É ENCAMINHADO PARA EXPEDIÇÃO É FEITA A REQUISIÇÃO DE COMPRA OS ITENS SÃO ADQUIRIDOS OS ITENS SÃO DISPONIBILIZADOS REPROVADO SIM 2 FIM 4
  • 30. 30 EQ-023 Manutenção para a Qualidade Total 3.2. Definição da Amostra O trabalho foi feito a partir da coleta de dados da manutenção de motores que apresentaram falhas em algumas unidades de uma empresa Petrolífera/Petroquímica de grande porte. A política de manutenção adotada nestas unidades organizacionais é de manutenção preditiva baseado em monitoramento e análise de vibração e ruído. Lembramos que o processo de aquisição de dados não contempla a o tempo de funcionamento efetivo de cada motor e o tempo de médio para reparo ( MTTR ) é considerado desde a parada do motor até o retorno ao local de instalação. Como trata-se de empresa Petrolífera / Petroquímica os processos podem ser assumidos por linhas paralelas enquanto se faz o reparo e quando não existe redundância existem motores reserva que são utilizados até o retorno do motor titular. Definimos a amostra conforme Quadro abaixo : Figura 15 – Quadro das Amostras A amostra é constituída apenas por motores de indução até 300 CV e de baixa tensão (até 600 Vca). A padronização foi possível, por tratar-se de dados exclusivos as unidades citadas, que inclusive tem características de meio ambiente similar: Temperatura ambiente entre 10 oC e 40 oC Altitude entre 0 e 780 metros Clima Tropical úmido Ambiente classificado segundo NEC art 500 e ABNT – Classe II, Grupo D – Hexana, ou seja, em locais abertos e ventilados o motor deve ser de segurança aumentada e nos locais com possibilidade de acumulo de vapores inflamáveis os equipamentos elétricos devem ser a prova de explosão, o que aumenta em muito a robustez mecânica e portanto a durabilidade de carcaça, tampas e caixa de ligações.  Período de coleta de dados analisados neste trabalho: 21 de julho até 4 de setembro de 2003    
  • 31. 31 EQ-023 Manutenção para a Qualidade Total 3.3 Aquisição de Dados utilizados no trabalho. Como descrito em 3.1 o cliente solicita o serviço de reparo. Os serviços passam a ser executados conforme o fluxograma do item 3.2.7 paginas 28 e 29. Compilamos em uma tabela 50 (cinqüenta) Relatórios de Ocorrência / Análise de Falha, preenchidos conforme figura 11 da página 24. O relatório é preenchido na etapa de Diagnose, após recebimento e avaliação das falhas e defeitos encontrados. Figura 16 – Exemplo de equipamentos recebidos para serviços/reparos
  • 32. 32 EQ-023 Manutenção para a Qualidade Total 3.3.1 Dados Compilados na Oficina: Tabela de Dados: tag tipo sintoma component e inicio fim nr modo dias causa solução valor tdf alea sistema eme tori de rge a detecção ncia da causa Rebobinam R$900,00 não sim medição não ento do uído de envelheci mento, uído de polarizaçã o, uído e vibração Rebobinam R$457,00 não sim Ñ tem não ento e troca de sensores TAG MB 45380 2A MOTOR DE Motor GAIOLA 15 não CV, 460 V, arranca 3600 RPM, CARCAÇA 160, MARCA GE enrolament o 21/07/03 11/08/03 21 queima envelhe cimento TAG VCA 15 MOTOR DE GAIOLA 0,9 kW, 480 V, 1800 RPM, CARCAÇA 90, MARCA BERNARD MOTOR DE GAIOLA 0,25 kW, 440 V, 1710 RPM, CARCAÇA 63, MARCA WEG MOTOR DE GAIOLA 0,55 kW, 440 V, 1700 RPM, CARCAÇA 71, MARCA WEG MOTOR DE GAIOLA 2,208 kW, 440 V, 1720 RPM, CARCAÇA 100, MARCA MICHELET TO MOTOR DE GAIOLA 20 CV, 220/380/440 V, 3545 RPM, CARCAÇA 132, MARCA GE MOTOR DE GAIOLA 20 CV, 440 V, 3545 RPM, CARCAÇA 160, MARCA GE Motor não arranca sensor de temperatura 29/07/03 05/08/03 7 sensor rompim não atua ento dos sensore s Motor não arranca mancal LA 23/07/03 30/07/03 travame nto do rolamen to Motor funciona com uído anormal mancais 23/07/03 28/07/03 7 queima do enrolam ento e desgast e do colo do mancal 5 rolamen to blindad o desgast ado R$85,00 sim não vibração ou ruido sim Motor funciona com uído anormal mancais 23/07/03 28/07/03 5 rolamen to blindad o desgast ado fim da Rejuvenesc R$150,00 sim não vibração vida da imento ou ruido lubrific ação sim Motor aquece demais mancais 23/07/03 30/07/03 7 rolamen to blindad o desgast ado fim da vida da lubrific ação Rejuvenesc R$439,94 sim não vibração imento e ou ruido metalização do colo rolamento não Motor funciona com uído anormal ventoinha 23/07/03 30/07/03 7 quebra do ventilad or impacto de objeto externo Rejuvenesc R$477,90 não sim não imento e troca do ventilador sim TAG M533 410 A TAG M533 407 B TAG VM 3609 TAG M 3261 C TAG MB 3244 rebobiname R$271,62 sim sim vibração nto e ou ruido metalização do mancal dianteiro fim da Rejuvenesc vida da imento lubrific ação não
  • 33. 33 EQ-023 Manutenção para a Qualidade Total tag tipo sintoma component e inicio fim TAG MOTOR DE Motor VB GAIOLA 40 funciona 06CD LBFT, 440 com V, 3440 uído RPM, anormal CARCAÇA 132, MARCA LIMITORQU E TAG MOTOR: DE Motor VF06 GAIOLA 3,9 esquenta BE HP, 220/440 V, 1720 RPM, CARCAÇA 132 TAG MOTOR DE Motor MX GAIOLA 50 funciona 3227 CV, 440 V, com A 1760 RPM, uído CARCAÇA anormal 225, MARCA BÚFALO TAG MOTOR DE Motor MX GAIOLA 50 funciona 3243 CV, 440 V, com C 1760 RPM, uído CARCAÇA anormal 225, MARCA BÚFALO TAG MOTOR DE Motor MX GAIOLA 50 funciona 3243 CV, 440 V, com A 1760 RPM, uído CARCAÇA anormal 225, MARCA BÚFALO TAG MOTOR DE Motor M GAIOLA 40 funciona 3218 CV, 220/440 com A V, 3560 uído RPM, anormal CARCAÇA 225, MARCA GE TAG MOTOR DE motor não VS GAIOLA arranca 102 A 14,7 kW, 440 V, 1740 RPM, CARCAÇA 200, MARCA COESTER ventoinha 23/07/03 30/07/03 Barra do rotor interrompid a 13/08/03 03/09/03 mancais TAG MOTOR DE Motor GN31 GAIOLA 6,6 funciona 01 C HP, 440 V, com 1680 RPM, uído CARCAÇA anormal 100, MARCA ROTORK nr modo dias tdf alea sistema eme tori de rge a detecção ncia da causa 7 quebra impacto Rejuvenesc R$444,12 não sim não sim do de imento e ventilad objeto troca do or externo ventilador 21 Barra do rotor interro mpida causa numero excessi vo de partidas consecu tivas solução valor Rejuvenesc R$960,00 sim sim proteção imento e uído troca do vibração rotor ou ruido sim 24/07/03 31/07/03 7 rolamen falha de Rejuvenesc R$991,00 sim sim vibração to lubrific imento ou ruido desgast ação ado não mancais 25/07/03 01/08/03 7 rolamen falha de to lubrific desgast ação ado Rejuvenesc R$1.326, sim sim vibração imento e 76 ou ruido metalização do colo rolamento sim mancal LOA 24/07/03 31/07/03 7 rolamen falha de to lubrific desgast ação ado sim mancais 25/07/03 01/08/03 Rejuvenesc R$1.509, sim sim vibração imento 89 ou ruido troca da tampa LOA e metalização do colo rolamento 7 rolamen falha de Rejuvenesc R$1.326, sim sim vibração to lubrific imento e 76 ou ruido desgast ação metalização ado do colo rolamento enrolament o 24/07/03 04/08/03 mancais 28/07/03 29/07/03 11 queima envelhe Rebobinam cimento ento sim R$2.175, não sim medição não 00 do uído de envelheci mento, uído de polarizaçã o, uído e vibração 1 rolamen falha de Rejuvenesc R$178,38 sim sim vibração sim to lubrific imento e ou ruido desgast ação metalização ado do colo rolamento
  • 34. 34 EQ-023 Manutenção para a Qualidade Total tag tipo TAG MX 14041 A sintoma component e inicio fim MOTOR DE GAIOLA 20 CV, 440 V, 1760 RPM, CARCAÇA 132, MARCA BÚFALO TAG MOTOR DE MVE GAIOLA 7,5 14010 CV, 440 V, 1 1720 RPM, CARCAÇA 112, MARCA WEG TAG MOTOR DE MX GAIOLA 37 3228 kW, 440 V, A 1710 RPM, CARCAÇA 200, MARCA BÚFALO Motor mancal funciona LOA com ruido anormal 24/07/03 31/07/03 Motor mancal funciona LOA com ruido anormal 28/07/03 04/08/03 Motor não arranca 29/07/03 19/08/03 TAG MB 3273 Motor mancais funciona com ruido anormal 29/07/03 05/08/03 Motor não arranca enrolament o 05/08/03 12/08/03 TAG MOTOR DE Motor MB GAIOLA 15 não 32218 CV, 440 arranca V,1770 RPM, CARCAÇA 160, MARCA GE enrolament o 05/08/03 26/08/03 TAG MB 68342 B MOTOR: DE Motor GAIOLA não 0,33 kW, arranca 220/380/440 V, 860 RPM, CARCAÇA 80, MARCA WEG enrolament o 05/08/03 12/08/03 TAG MB 14040 4 MOTOR: DE Motor GAIOLA 3 não CV, 440 V, arranca 1800 RPM, CARCAÇA 132, MARCA BÚFALO mancal LOA 07/08/03 28/08/03 TAG VRA J159 A MOTOR DE GAIOLA 10 CV, 440 V, 3480 RPM, CARCAÇA 132, MARCA WEG MOTOR DE GAIOLA 1,66 HP, 440 V, 3600 RPM, CARCAÇA 80, MARCA ROTORK mancal LOA nr modo dias causa solução valor tdf alea sistema eme tori de rge a detecção ncia da causa 7 eixo corrosâ Rejuvenesc R$485,88 sim não vibração sim desgast o imento ou ruido ado troca do ventilador metalização do colo rolamento 7 eixo corrosâ Rejuvenesc R$776,86 sim não vibração desgast o imento ou ruido ado troca do ventilador metalização do colo rolamento 21 queima do enrolam ento e desgast e da tampa manca loa 7 Folga da tampa sim rolamen Rebobinam to ento e troca travado da tampa traseira R$1.895, não sim medição não 42 do indice de envelheci mento, indice de polarizaçã o, ruido e vibração desgast Rejuvenesc R$442,03 sim sim vibração não e imento ou ruido troca da tampa 7 queima envelhe Rebobinam R$723,00 não sim medição cimento ento do indice de envelheci mento, indice de polarizaçã o, ruido e vibração 21 queima envelhe Rebobinam R$900,00 não sim medição cimento ento do indice de envelheci mento, indice de polarizaçã o, ruido e vibração 7 queima envelhe Rebobinam R$267,00 não sim medição cimento ento do indice de envelheci mento, indice de polarizaçã o, ruido e vibração 21 queima rolamen Rebobinam R$1.016, sim não vibração do to ento troca 91 ou ruido enrolam travado do ento e ventilador e desgast troca da e da tampa tampa traseira manca não não não não
  • 35. 35 EQ-023 Manutenção para a Qualidade Total tipo tag TAG MOTOR: DE M-TF- GAIOLA 8401 0,25 CV, 440 V, 1110 RPM, CARCAÇA 71, MARCA WEG TAG MOTOR: DE MJ421 GAIOLA 25 0A CV, 440 V, 3530 RPM, CARCAÇA 180, MARCA GE TAG MOTOR: DE MB GAIOLA 1 68324 CV, 440 V, B 1082 RPM, CARCAÇA 90, MARCA WEG TAG MOTOR: DE MJ GAIOLA 15 8411 CV, 440 V, B 3500 RPM, CARCAÇA 160, MARCA BÚFALO TAG MOTOR: DE MB GAIOLA 20 453- CV, 440 V, 101B 3500 RPM, CARCAÇA 160, MARCA GE TAG MOTOR: DE MJ GAIOLA 125 3436 CV, 440 V, B 3565 RPM, CARCAÇA 315, MARCA NEWMAN TAG J MOTOR: DE 3910 GAIOLA 40 BM CV, 440 V, 3550 RPM, CARCAÇA 180, MARCA GE TAG J MOTOR: DE 377 A GAIOLA 1 CV, 220/380/440 V, 1730 RPM, CARCAÇA 90, MARCA WEG TAG MOTOR: DE MB GAIOLA 75 22011 HP, 440 V, A 3560 RPM, CARCAÇA 250, MARCA GE sintoma component e inicio fim nr Modo dias causa 5 rolamen Alinha to e mento eixo desgast ados solução valor tdf alea sistema eme tori de rge a detecção ncia da causa Rejuvenesc R$557,08 sim não vibração não imento e ou ruido metalização do colo rolamento Motor mancais funciona com ruido anormal 08/08/03 13/08/03 Motor mancal LA funciona com ruido anormal 08/08/03 29/08/03 Motor não arranca enrolament o 08/08/03 15/08/03 7 Queima falta de Rebobinam R$391,60 não sim Não fase ento não motor não enrolament arranca o 11/08/03 19/08/03 8 Queima contami Rebobinam nação ento por graxa R$1.681, sim sim termico, 00 ruido, vibração sim Motor mancais funciona com ruido anormal 12/08/03 19/08/03 7 rolamen falha de Rejuvenesc R$428,00 sim não vibração to lubrific imento ou ruido desgast ação ado não Motor mancais funciona com ruido anormal 14/08/03 21/08/03 7 rolamen vibraçã Rejuvenesc to o imento desgast ado R$3.061, sim não vibração 00 ou ruido não Motor mancais funciona com ruido anormal 14/08/03 21/08/03 7 rolamen vibraçã Rejuvenesc to o imento desgast ado R$1.041, sim não vibração 00 ou ruido não Motor não arranca enrolament o 14/08/03 22/08/03 8 Queima falha do Rebobinam R$367,00 não sim tensão conduto ento aplicada r não Motor aquece demais cabos 19/08/03 21/08/03 2 rompim desgast Rejuvenesc ento dos e imento, cabos e troca de folga na cabos e tampa tampa. sim 21 rolamen alinham Rejuvenesc R$1.041, sim não vibração to e ento imento e 00 ou ruido eixo metalização desgast do colo ados rolamento R$1.608, sim sim exame 37 visual , vibração e ruido não
  • 36. 36 EQ-023 Manutenção para a Qualidade Total tag tipo sintoma component e inicio fim nr modo dias causa solução valor envelhe cimento / desgast e tdf alea sistema eme tori de rge a detecção ncia da causa não sim medição sim do indice de envelheci mento, indice de polarizaçã o, ruido e vibração não não Resistenci não a de Isolament o ou indice de polarizaçã o sim não vibração sim ou ruido TAG MMP 21017 A MOTOR: DE Motor GAIOLA 20 não CV, 440 V, arranca 1180 RPM, CARCAÇA 180, MARCA GE enrolament o 19/08/03 09/09/03 21 Queima e folga no ventilad or Rebobinam ento troca do ventilador R$1.363, 55 TAG MP 21030 F MOTOR: DE GAIOLA 30 CV, 440 V, 1180 RPM, CARCAÇA 225, MARCA GE MOTOR: DE GAIOLA 125 CV, 440 V, 3565 RPM, CARCAÇA 315, MARCA NEWMAN MOTOR: DE GAIOLA 40 CV, 440 V, 3550 RPM, CARCAÇA 180, MARCA GE MOTOR: DE GAIOLA 1 CV, 220/380/440 V, 1730 RPM, CARCAÇA 90, MARCA WEG MOTOR: DE GAIOLA 75 HP, 440 V, 3560 RPM, CARCAÇA 250, MARCA GE MOTOR: DE INDUÇÃO 500 CV, 4000 V, 1780RPM, CARCAÇA 8229P30, MARCA GEVISA MOTOR: DE INDUÇÃO 75 CV, 440 V, 1185 RPM, CARCAÇA 250, MARCA WEG enrolament o 19/08/03 09/09/03 21 queima entrada Rebobinam de agua ento R$2.100, 00 Motor mancais funciona com ruido anormal 14/08/03 21/08/03 7 rolamen vibraçã Rejuvenesc to o imento desgast ado R$3.061, 00 Motor mancais funciona com ruido anormal 14/08/03 21/08/03 7 rolamen vibraçã Rejuvenesc to o imento desgast ado R$1.041, sim não vibração 00 ou ruido Motor não arranca enrolament o 15/08/03 22/08/03 7 queima entrada Rebobinam R$367,00 não não Resistenci não de agua ento a de Isolament o ou indice de polarizaçã o Motor aquece demais cabos 19/08/03 21/08/03 2 rompim desgast Rejuvenesc ento dos e imento, cabos e troca de folga na cabos e tampa tampa. TAG MB 3336 A TAG MM 322 B TAG J 377 C MB 22011 B TAG MJ 4231 A TAG AE 1801 C Motor não arranca Motor acoplament funciona o com ruido anormal 28/07/03 13/08/03 Motor flutuador funciona com ruido anormal 22/07/03 24/07/03 não R$1.608, sim sim exame 37 visual , vibração e ruido sim 16 folga no desgast troca do R$800,00 sim sim exame acopla e acoplament visual , mento o vibração e ruido sim 2 entrand desgast troca do o agua e skid R$240,00 não sim nivel sim
  • 37. 37 EQ-023 Manutenção para a Qualidade Total tag TAG AE 1802 G tipo MOTOR: DE INDUÇÃO 75 CV, 440 V, 1185 RPM, CARCAÇA 250, MARCA WEG TAG MOTOR: DE MJ INDUÇÃO 4249 250 CV, A 4000 V, 1780 RPM, CARCAÇA 8119P, MARCA GE TAG MOTOR: DE MJ INDUÇÃO 8411 15 CV, 440 A V, 3500RPM, CARCAÇA F160MT, MARCA BÚFALO TAG MOTOR: DE MJ INDUÇÃO 3411 100 CV, 440 B V, CARCAÇA 405, MARCA ALLIS TAG MOTOR: DE VM- GAIOLA 7,5 RES1 CV, 480 V, 1720 RPM, CARCAÇA 112, MARCA WEG sintoma component e inicio fim nr modo dias causa solução valor tdf alea sistema eme tori de rge a detecção ncia da causa R$160,00 não sim nivel sim Motor flutuador funciona com ruido anormal 30/07/03 31/07/03 1 entrand desgast troca do o agua e skid Motor acoplament funciona o com ruido anormal 08/08/03 11/08/03 3 folga no desgast troca do R$320,00 sim sim exame acopla e acoplament visual , mento o vibração e ruido sim Motor acoplament funciona o com ruido anormal 12/08/03 13/08/03 1 folga no desgast reaperto e acopla e alinhament mento o na base R$160,00 sim sim exame visual , vibração e ruido sim Motor acoplament funciona o com ruido anormal 19/08/03 20/08/03 1 folga no desgast reaperto e acopla e alinhament mento o na base R$160,00 sim sim exame visual , vibração e ruido sim Motor não arranca enrolament o 27/08/03 03/09/03 TAG MOTOR: DE Motor VM- GAIOLA 7,5 não RES2 CV, 480 V, arranca 1720 RPM, CARCAÇA 112, MARCA WEG enrolament o 27/08/03 03/09/03 TAG MOTOR: DE Motor VM- GAIOLA 7,5 não RES3 CV, 480 V, arranca 1720 RPM, CARCAÇA 112, MARCA WEG TAG MOTOR: DE Motor M-SF- GAIOLA não GV- 0,37 kW, 440 arranca 51326 V, 1680 0-08 RPM, CARCAÇA 80, MARCA SIEMENS enrolament o 27/08/03 03/09/03 enrolament o 29/08/03 05/09/03 7 queima envelhe Rebobinam R$722,00 não sim medição cimento ento do indice de envelheci mento, indice de polarizaçã o, ruido e vibração 7 queima envelhe Rebobinam R$722,00 não sim medição cimento ento do indice de envelheci mento, indice de polarizaçã o, ruido e vibração 7 queima envelhe Rebobinam R$723,00 não sim medição cimento ento do indice deenvelhe cimento, indice de polarizaçã o, ruido e vibração 7 queima envelhe Rebobinam R$693,45 não sim medição cimento ento do indice deenvelhe cimento, indice de polarizaçã o, ruido e vibração não não não não
  • 38. 38 EQ-023 Manutenção para a Qualidade Total tag TAG VM 01 tipo MOTOR DE GAIOLA 12,8 HP, 440 V, 3385 RPM, CARCAÇA 112, MARCA RELIANCE TAG MOTOR: DE GV01 GAIOLA 8 0,55 kW, 220 V, 1700 RPM, CARCAÇA 90, MARCA SIEMENS sintoma component e inicio fim Motor mancais funciona com ruido anormal 02/09/03 15/09/03 Motor não arranca 04/09/03 15/09/03 enrolament o nr modo dias causa solução valor tdf alea sistema eme tori de rge a detecção ncia da causa 13 rolamen vibraçã Rejuvenesc R$230,00 sim não vibração não to o imento ou ruido desgast ado 11 queima envelhe Rebobinam R$208,47 não sim medição não cimento ento do indice de envelheci mento, indice de polarizaçã o, ruido e vibração 3.3.2 Dados e metas fornecidos pela manutenção do cliente Amostra total: Universo de motores 4 unidades de refino que sofrem manutenção 6 terminais bombeamento preventiva e estão inclusos na amostra 12600 motores incluindo, as redundâncias, os reservas e os motores secundários do administrativo. Os dados constantes das tabelas abaixo são validos para o somatório de todas unidades envolvidas na amostra. Metas de Manutenção: 252 falhas Valor esperado R$ esperadas 379.336,00 para o por gasto anual em semestre consertos e reparos. Total de horas esperado para Total de horas esperado para manutenção não previstas manutenção programada decorrentes de preditiva e (prevestas)=70.000h corretiva: 75.500h Indicadores: Disponibilidade das plantas envolvidas Tempo médio de reparo por motor elétrico (MTTR) Custo médio do reparo (media de valor por unidade reparada ao longo do tempo, um pelo outro) 0,999315974 = 99,93% 200 horas R$1.500,00 Indicadores de Manutenção Preventiva: Preventiva ( 15 a estimado 15) julho/agosto agosto/setewmbro outubro/novembro novembro/dezemb ro R$39.104,00 R$39.104,00 R$39.104,00 R$39.104,00 executado R$26.880,00 R$25.476,00 R$23.400,00 R$24.480,00 horas estimadas 5200 5200 5200 5200 Horas trabalhadas 2240 2123 1950 2040
  • 39. 39 EQ-023 Manutenção para a Qualidade Total 3.4 Análise dos Dados Obtidos Os dados obtidos não disponibilizam o tempo entre manutenções realizadas nem o tempo de funcionamento da máquina impossibilitando o calculo de confiabilidade. A importância de atender este requisito reside no fato da manutenção procurar manter em níveis elevados a confiabilidade do motor que é por volta de 99,77% conforme demonstrado no capítulo 2, item 2.6.4, pagina 21. Como também dispomos da vida útil estimada (por volta de 80.000 horas), o valor da manutenção por motor e o preço do motor novo, poderíamos calcular o ponto de sucateamento dos motores e fazer uma análise de manutenção baseado na confiabilidade. Outro fato relevante que deve ser abordado é que o MTTR analisado compreende o tempo desde a falha até o retorno, ou seja, pleiteia imnclusive o tempo de desacoplamento, transporte, reparo, transporte e instalação. Porém os dados constantes nos itens 3.3.1 e 3.3.2 (paginas de 32 até 38), nos permitiram fazer as analises de:  Disponibilidade;  Tempo/custo médio do reparo;  Analise funcional dos efeitos das falhas;  Analise do modo e efeitos de falhas;  Definição da Política de Manutenção. A metodologia a ser utilizada para atingirmos o objetivo do trabalho, que é determinar às políticas de manutenção para motores elétricos de indução através de uma coleta de dados e análise de confiabilidade é definida conforme diagrama da figura 17: Figura 13 – Diagrama de análise de definição de política de manutenção
  • 40. 40 EQ-023 Manutenção para a Qualidade Total 3.4.1 Disponibilidade: 3.4.2 Tempo/custo médio do reparo : 3.4.3 Analise funcional dos efeitos das falhas
  • 41. 41 EQ-023 Manutenção para a Qualidade Total 3.4.4 Analise do modo e efeitos de falhas
  • 42. 42 EQ-023 Manutenção para a Qualidade Total 3.4.5 Definição da Política de Manutenção Diagrama de Decisão: TDF/Estatística Aleatórias Não Aleatórias Com TDF PREDITIVA PREDITIVA / PREVENTIVA Sem TDF CORRETIVA PREVENTIVA Diagrama de decisão obtido através dos dados analisados: TDF/Estatistica Com TDF Sem TDF Aleatórias 15 19 Não Aleatórias 14 2
  • 43. 43 EQ-023 Manutenção para a Qualidade Total Escolha de política de manutenção:  Preditiva 29 = 45,3 %  Corretiva 19 = 29,7 %  Preventiva 16 = 25 % Relação das Falhas :  Falhas Aleatórias : 34 = 68%  Falhas não Aleatórias : 16 = 32% Destas Falhas temos como modo:  Rolamentos 20 = 40%  Isolamento 16 = 32%  Outros 14 = 28% Sistema utilizado hoje pela empresa cliente em questão:  Manutenção Preditiva 4. CONCLUSÃO Através da metodologia utilizada no trabalho, apesar do problema da falta de disponibilidade do tempo entre manutenções realizadas nem o tempo de funcionamento da máquina impossibilitando o calculo de confiabilidade, conseguimos atingir o objetivo final do trabalho, que era determinar a política de manutenção para motores elétricos de indução através de uma coleta de dados e análise de confiabilidade. A conclusão é que a metodologia a ser utilizada deve ser a de manutenção preditiva, como a empresa em questão vem utilizando atualmente. Os resultados demonstram que o método utilizado ainda apresenta um pequeno índice de falha principalmente no que se refere as causas provenientes de falha de lubrificação. Lembramos que no âmbito da Qualidade total esperávamos:  Preservação de recursos financeiros (Diminuição do custo de manutenção e investimento em maquinário).  Preservação dos recursos físicos (Diminuição do tempo de máquinas paradas e não conformidades decorrentes de processo – atendimento, preço, prazo e características).  Preservação de recursos Humanos (segurança de operação e facilidade de operação e treinamento).  Atendimento a legislação e meio ambiente (eliminação de multas decorrentes de falhas de maquinário). Pelo trabalho podemos observar que os indicadores e as metas da qualidade foram atingidos e superados, mostrando a eficiência da Política de Manutenção existente na empresa em questão. As tabelas abaixo demonstram claramente esta afirmação
  • 44. 44 EQ-023 Manutenção para a Qualidade Total Indicadores da Qualidade: Indicador Disponibilidade das plantas envolvidas Tempo médio de reparo por motor elétrico (MTTR) Valor Estimado 0,999315974 = 99,93% Valor realizado 0,999379252=99,93% 200 horas 188 horas Custo médio do reparo (media de valor por unidade reparada ao longo do tempo, um pelo outro) R$1.500,00 R$861,13 Indicadores de Manutenção Preventiva: Preventiva ( 15 a 15) Estimado julho/agosto agosto/setembro outubro/novembro novembro/dezembro executado R$39.104,00 R$39.104,00 R$39.104,00 R$39.104,00 R$26.880,00 R$25.476,00 R$23.400,00 R$24.480,00 horas estimadas Horas executadas 5200 5200 5200 5200 2240 2123 1950 2040 Também pudemos observar conforme item pagina que o índice de falhas esperado para: Componente x Falha Rolamento Isolamento Outros Valor esperado 22 % 32 % 46 % Valor obtido 40 % 32 % 28 % O que demonstra claramente a afirmação feita no Primeiro parágrafo de existe um índice de falha no programa de manutenção no que se refere falhas de lubrificação. Pesquisando a fundo as causas das queimas (em 02 casos de 16) e do desgaste dos rolamentos (em 06 casos de 20) foram por de falha de lubrificação. Verificando os serviços executados pudemos obter a informação que nestes motores existe bico de lubrificação, mas não existe dreno de saída para a graxa (os 08 casos acima mencionados), ou então, estavam sendo usados rolamentos blindados inadequadamente (03 casos). A solução foi criar dreno de graxa nos motores e usar rolamentos de única face blindada (um Z). Esperamos ter contribuído para que além da avaliação de aproveitamento do curso, o trabalho possa ter agregado conceitos de padronização, organização, planejamento, coerência na definição de políticas de manutenção em programas voltados para a qualidade total
  • 45. 45 EQ-023 Manutenção para a Qualidade Total 5. BIBLIOGRAFIA Souza , Prof. Dr. Gilberto F. M.. EQ023 – Manutenção para a Qualidade Total , INSTRUÇÕES PARA APRESENTAÇÃO DO TRABALHO, versão quarto bimestre de 2003. São Paulo, SP: Universidade de São Paulo, Escola Politécnica, PECE, dez. 2003. Souza , Prof. Dr. Gilberto F. M.. EQ023 – Manutenção para a Qualidade Total , In “TRANSPARÊNCIAS DE AULA”, versão quarto bimestre de 2003. São Paulo, SP: Universidade de São Paulo, Escola Politécnica, PECE, dez. 2003. Souza , Prof. Dr. Gilberto F. M. e Cardoso, Idalécio Alexandre Palheta. EQ023-Técnicas de Manutenção para a Qualidade Total, In:“APOSTILA DO PECE”, versão segundo bimestre de 2003. São Paulo, SP: Universidade de São Paulo, Escola Politécnica, PECE, maio 2001. Souza , Prof. Dr. Gilberto F. M.. EQ006-Confiabilidade de Produtos e Sistemas, In: Apostila do PECE, versão segundo bimestre de 2003. São Paulo, SP: Universidade de São Paulo, Escola Politécnica, PECE, Abr. 2003. Martignoni, Alfonso. “MÁQUINAS DE CORRENTE ALTERNADA”, 5a edição, 1968. Editora Globo S.A. Rio de Janeiro, RJ, 1968, 410p. Falcone, Áureo Gilberto. “MOTORES DE INDUÇÃO: MANUTENÇÃO E INSTALAÇÃO”, 1 a edição, 1995. LBVA, São Paulo, SP, 47p. Falcone, Áureo Gilberto e Marcelo Gandra Falcone. “MOTORES DE INDUÇÃO: DEFEITOS E ENSAIOS”, 1 a edição, 1998. Pitágoras, São Paulo, SP, 49p.