SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 34
Baixar para ler offline
Coletânea de Manuais
Técnicos de Bombeiros
PROTEÇÃO DE SALVADOS
18
COLETÂNEA DE MANUAIS
TÉCNICOS DE BOMBEIROS
MPS
MANUAL DE PROTEÇÃO DE
SALVADOS
1ª Edição
2006
Volume
18
PMESP
CCB
Os direitos autorais da presente obra
pertencem ao Corpo de Bombeiros da
Polícia Militar do Estado de São Paulo.
Permitida a reprodução parcial ou total
desde que citada a fonte.
COMISSÃO
Comandante do Corpo de Bombeiros
Cel PM Antonio dos Santos Antonio
Subcomandante do Corpo de Bombeiros
Cel PM Manoel Antônio da Silva Araújo
Chefe do Departamento de Operações
Ten Cel PM Marcos Monteiro de Farias
Comissão coordenadora dos Manuais Técnicos de Bombeiros
Ten Cel Res PM Silvio Bento da Silva
Ten Cel PM Marcos Monteiro de Farias
Maj PM Omar Lima Leal
Cap PM José Luiz Ferreira Borges
1º Ten PM Marco Antonio Basso
Comissão de elaboração do Manual
Cap PM Eduardo Vieira Cristo
Cap PM Marcelo Hamano
1º Ten PM Sergio Ferreira Bisterso
1º Ten PM Wellington Batista Vasco
1º Ten PM Andréia de Toledo
1º Ten PM Valdir Cardoso
Subtenente PM Ednilson Elias Rotondaro
1º Sgt PM Paulo Rodrigues da Silva
1º Sgt PM Sandra Aparecida da Rocha Lunardeli
2º Sgt PM Ed Paulo Zifirino da Silva
Comissão de Revisão de Português
1º Ten PM Fauzi Salim Katibe
1° Sgt PM Nelson Nascimento Filho
2º Sgt PM Davi Cândido Borja e Silva
Cb PM Fábio Roberto Bueno
Cb PM Carlos Alberto Oliveira
Sd PM Vitanei Jesus dos Santos
COLETÂNEA DE MANUAIS TÉCNICOS DE BOMBEIROS
PREFÁCIO - MTB
No início do século XXI, adentrando por um novo milênio, o Corpo de Bombeiros
da Polícia Militar do Estado de São Paulo vem confirmar sua vocação de bem servir, por
meio da busca incessante do conhecimento e das técnicas mais modernas e atualizadas
empregadas nos serviços de bombeiros nos vários países do mundo.
As atividades de bombeiros sempre se notabilizaram por oferecer uma
diversificada gama de variáveis, tanto no que diz respeito à natureza singular de cada uma
das ocorrências que desafiam diariamente a habilidade e competência dos nossos
profissionais, como relativamente aos avanços dos equipamentos e materiais especializados
empregados nos atendimentos.
Nosso Corpo de Bombeiros, bem por isso, jamais descuidou de contemplar a
preocupação com um dos elementos básicos e fundamentais para a existência dos serviços,
qual seja: o homem preparado, instruído e treinado.
Objetivando consolidar os conhecimentos técnicos de bombeiros, reunindo, dessa
forma, um espectro bastante amplo de informações que se encontravam esparsas, o
Comando do Corpo de Bombeiros determinou ao Departamento de Operações, a tarefa de
gerenciar o desenvolvimento e a elaboração dos novos Manuais Técnicos de Bombeiros.
Assim, todos os antigos manuais foram atualizados, novos temas foram
pesquisados e desenvolvidos. Mais de 400 Oficiais e Praças do Corpo de Bombeiros,
distribuídos e organizados em comissões, trabalharam na elaboração dos novos Manuais
Técnicos de Bombeiros - MTB e deram sua contribuição dentro das respectivas
especialidades, o que resultou em 48 títulos, todos ricos em informações e com excelente
qualidade de sistematização das matérias abordadas.
Na verdade, os Manuais Técnicos de Bombeiros passaram a ser contemplados na
continuação de outro exaustivo mister que foi a elaboração e compilação das Normas do
Sistema Operacional de Bombeiros (NORSOB), num grande esforço no sentido de evitar a
perpetuação da transmissão da cultura operacional apenas pela forma verbal, registrando e
consolidando esse conhecimento em compêndios atualizados, de fácil acesso e consulta, de
forma a permitir e facilitar a padronização e aperfeiçoamento dos procedimentos.
O Corpo de Bombeiros continua a escrever brilhantes linhas no livro de sua
história. Desta feita fica consignado mais uma vez o espírito de profissionalismo e
dedicação à causa pública, manifesto no valor dos que de forma abnegada desenvolveram e
contribuíram para a concretização de mais essa realização de nossa Organização.
Os novos Manuais Técnicos de Bombeiros - MTB são ferramentas
importantíssimas que vêm juntar-se ao acervo de cada um dos Policiais Militares que
servem no Corpo de Bombeiros.
Estudados e aplicados aos treinamentos, poderão proporcionar inestimável
ganho de qualidade nos serviços prestados à população, permitindo o emprego das
melhores técnicas, com menor risco para vítimas e para os próprios Bombeiros, alcançando
a excelência em todas as atividades desenvolvidas e o cumprimento da nossa missão de
proteção à vida, ao meio ambiente e ao patrimônio.
Parabéns ao Corpo de Bombeiros e a todos os seus integrantes pelos seus novos
Manuais Técnicos e, porque não dizer, à população de São Paulo, que poderá continuar
contando com seus Bombeiros cada vez mais especializados e preparados.
São Paulo, 02 de Julho de 2006.
Coronel PM ANTONIO DOS SANTOS ANTONIO
Comandante do Corpo de Bombeiros da Polícia Militar do Estado de São Paulo
APRESENTAÇÃO
Definição de PROTEÇÃO DE SALVADOS:
“É um conjunto de ações que visa diminuir os danos causados pelo
fogo, pela água e pela fumaça durante e após o combate ao incêndio”1
. Para esta
definição, acrescenta-se que a proteção de salvados visa proteger os materiais
dos danos provocados principalmente pela ação do fogo, da água, da fumaça, de
estruturas sinistradas e das ações dos próprios bombeiros antes, durante e após
o atendimento de uma ocorrência, quer de incêndio ou de salvamento”.
As ações acima mencionadas podem ser divididas em três fatores
básicos, sendo eles:
• Técnicas – As técnicas aplicadas na proteção de salvados serão
explicadas neste manual, passo a passo, com ilustrações e
comentários - (MTB-18);
• Vontade – A vontade de agir em prol dos sinistrados, preocupar-se
com pessoas e com seus pertences; é uma característica própria
dos Bombeiros, quando no exercício de suas missões;
• Criatividade – A criatividade na busca da melhor opção, nas
estratégias e meios, aplicada na utilização dos materiais e/ou
equipamentos disponíveis, é fator determinante no ato da prática da
proteção de salvados. Muitas vezes o improviso com matérias é
uma boa solução, protegendo com eficiência os pertences e o
patrimônio da vítima.
Trata-se de um ato de importância que tanto protege os materiais e
bens do sinistrado como eleva a imagem do Corpo de Bombeiros. Deve ser
explorado utilizando-se das técnicas aqui descritas, aliado à vontade de atender e
auxiliar a população, instinto próprio do Bombeiro, como a iniciativa e a
criatividade que cada caso requer.
Muitas vezes um simples ato de recolher pequenos objetos, tais como
uma fotografia sobre uma mesa prestes a danificar-se por ação do calor, fumaça
ou água, e, após entregá-la intacta ao proprietário, faz com que este simples
gesto seja tão lembrado e agradecido quanto o próprio ato de extinção do fogo,
por exemplo.
Após um estudo mais elaborado a respeito das atividades de proteção
de salvados, podemos observar que as perdas ocorridas em um incêndio são
1
Texto extraído do Manual de Fundamentos do Corpo de Bombeiros da PMESP
COLETÂNEA DE MANUAIS TÉCNICOS DE BOMBEIROS
APRESENTAÇÃO
muito variáveis. Mas, seja qual for o volume da perda, com ações eficientes de
proteção de salvados o sinistrado percebe, nos serviços prestados, muito mais
que um simples atendimento de ocorrência, mas um respeito aos seus pertences
e ao seu imóvel. Desta forma pode-se lembrar que hoje atende-se alguém em
necessidade, amanhã este alguém pode ser um de nós.
O controle das perdas em um incêndio está entre os componentes mais
importantes nas ações de Bombeiros, por valorizar o principal produto que sua
atividade pode oferecer: a prestação de um bom serviço. A grande maioria das
ocorrências oferece abundantes oportunidades de controle de perdas.
COLETÂNEA DE MANUAIS TÉCNICOS DE BOMBEIROS
ÍNDICE
1. Introdução 09
2. Objetivos 11
3. Conceitos 11
4. Planejamento e Ações de Proteção de Salvados 12
4.1. Fases de atuação 14
4.1.1. Antes do combate ao incêndio 15
4.1.2. Durante o combate ao incêndio 15
4.1.3. Após a extinção do incêndio 15
5. Materiais utilizados nas ações de proteção de salvados 16
5.1. Materiais e equipamentos utilizados nas entradas forçadas 16
5.2. Materiais de utilização específica 17
6. Métodos de utilização dos materiais de proteção de salvados 24
7. Distribuição dos materiais e equipamentos em viaturas e Unidades
Operacionais 28
8. Conclusão 30
9. Bibliografia 31
COLETÂNEA DE MANUAIS TÉCNICOS DE BOMBEIROS
MPS – MANUAL DE PROTEÇÃO DE SALVADOS
1. INTRODUÇÃO
O Corpo de Bombeiros do Estado de São Paulo, preocupado com a melhoria dos
serviços prestados à comunidade, tem investido constantemente na busca de novas
técnicas e treinamentos aos profissionais da área, para o aprimoramento das execuções dos
serviços de emergência.
Muito se têm treinado os Bombeiros nas atividades de combate à incêndio, busca
e salvamento, dando-se muita importância às fases táticas relacionadas com as ações
operacionais, colhendo resultados satisfatórios, com excelentes serviços prestados à
comunidade.
Vale ressaltar que, como em todos os demais serviços, tanto os privados como
públicos, a qualidade do desempenho na prestação do serviço resulta na valorização da
empresa e, conseqüentemente, de seus integrantes.
Nas atividades do Corpo de Bombeiros, este valor não é diferente; as ações
operacionais nos incêndios e nos salvamentos são essenciais, porém as atividades de
proteção de salvados aplicadas nessas ocorrências resultam em qualidade, marcando
positivamente as atuações do Bombeiro.
O serviço de proteção de salvados é muito mais que uma simples teoria ou um
ato obrigatório do profissional em exercício, é uma atuação profissional humana, com
propósito de preservação de bens, com uma grande abrangência de atuação,
compreendendo-se desde o escoamento das águas lançadas durante o combate ao
incêndio até o simples ato de se proteger uma fotografia envelhecida com um saco plástico,
entregando-a, sem danos, ao seu proprietário.
Certamente uma ocorrência atendida com a aplicação das técnicas de proteção
de salvados abordadas neste manual terá o reconhecimento da população.
Deve haver conhecimento das técnicas de entradas forçadas, ventilação e
extinção do fogo, por meios de ataque direto e indireto quando da extinção de incêndios em
edificações. As operações de proteção de salvados devem ser realizadas por pessoal
treinado e supervisionado por um Comandante qualificado, com conhecimento adequado a
respeito de padrões de construção e das diferentes ocupações, para que se possa conduzir
um serviço de proteção de salvados eficiente.
COLETÂNEA DE MANUAIS TÉCNICOS DE BOMBEIROS
9
MPS – MANUAL DE PROTEÇÃO DE SALVADOS
2. OBJETIVOS
O Manual Técnico de Bombeiros visa difundir aos integrantes da Corporação a
importância da prática da proteção de salvados, que devem ser aplicada em todas as
ocorrências atendidas pelo Corpo de Bombeiros, quer no incêndio como nos salvamentos.
Cabe salientar que se dará especial atenção aos casos de ocorrências de combate a incêndio,
visando reduzir os danos causados pelo fogo, pela água e pela fumaça.
Parte destes danos, que poderão ser minimizados, irão decorrer da perfeita
aplicação de técnicas quando do atendimento das ocorrências que são principalmente as
entradas forçadas, a de ventilação e a de combate à incêndio em local confinado. Nesses
casos, as proteções de salvados, denominadas proteção de salvados indireta, serão abordadas
em manuais próprios.
No decorrer do manual serão detalhadas as principais técnicas para a atuação da
proteção de salvados e ao final, uma proposta para a padronização de distribuição dos
equipamentos utilizados nas ocorrências do Corpo de Bombeiros. Para a distribuição dos
equipamentos estão previstos os tipos de materiais para cada tipo de viatura, como também
uma previsão de materiais que devem ficar nas Unidades Operacionais.
3. CONCEITOS
A Proteção de Salvados, também chamada de Salvatagem, são as operações
revestidas de métodos e procedimentos operacionais, que aperfeiçoam os trabalhos de
bombeiros, no sentido de reduzir e minimizar os danos causados pelo fogo pela água utilizada
no combate às chamas e pela fumaça resultante da combustão em ambiente de ventilação
insuficiente.
Os Danos são classificados em Primários e Secundários.
• Danos Primários são aqueles causados pelo fogo, e calor dele liberado, sobre
os bens móveis e imóveis.
• Danos Secundários são aqueles resultantes das ações diretas de combate ao
incêndio e dos agentes extintores aplicados.
Os serviços de proteção de salvados são classificados em:
• Proteção de salvados direta (ou Propriamente Dita) – São as proteções
provenientes de ações que visam proteger diretamente os bens; tais como o ato
de cobrir os bens próximos às chamas, o escoamento da água etc. Esses
procedimentos serão abordados detalhadamente neste manual.
• Proteção de salvados indireta – São as proteções provenientes de ações
técnicas específicas para atendimento e solução da ocorrência, tais como, a
COLETÂNEA DE MANUAIS TÉCNICOS DE BOMBEIROS
11
MPS – MANUAL DE PROTEÇÃO DE SALVADOS
perfeita técnica de uma entrada forçada, de uma ventilação ou de uma
extinção, que serão abordadas em manuais específicos. Essa proteção está
diretamente relacionada com os danos secundários.
4. PLANEJAMENTO E AÇÕES DE PROTEÇÃO DE SALVADOS:
As técnicas de proteção de salvados devem ser planejadas e treinadas visando a
diminuição dos danos provocados por um sinistro e a redução do tempo de restabelecimento
da ocupação de uma edificação. Profissionais treinados seguirão um líder com planos de ação
previamente elaborados para esse fim.
O planejamento consistirá em escolha dos profissionais que atuarão, definição de
ações genéricas de proteção, esquematização da atuação da equipe e da estratégia escolhida
pelo líder. O Corpo de Bombeiros pode trabalhar em conjunto com empresas, definindo
previamente suas ações e identificando pontos críticos de sua atividade como por exemplo a
proteção de estoque, a escolha de local para acondicionamento de material remanejado etc.
O treinamento é fundamental para uma atuação bem sucedida. O uso comedido e
racional do agente extintor favorece as ações de proteção de salvados, a seguir:
• Ventilação, evitando os danos por gases quentes e fuligem;
• Proteção contra danos decorrentes das operações de combate como o calor, a fumaça,
a condensação e a precipitação de andares superiores, através da organização e
cobertura dos bens com lonas impermeáveis fixadas por cabos;
• O local deverá ser deixado seco, limpo e em condições de habitabilidade;
• O direcionamento da água não vaporizada e/ou oriunda de andares superiores, através
de calhas montadas com lonas sustentadas por croques, cabos e escadas visando a
preservação. A água será conduzida para fora da edificação ou para tanques montados
com os mesmos recursos, permitindo seu reaproveitamento. (Figuras 01 e 02)
Figuras 01 e 02 – Água direcionada para fora da edificação.
COLETÂNEA DE MANUAIS TÉCNICOS DE BOMBEIROS
12
MPS – MANUAL DE PROTEÇÃO DE SALVADOS
O cobrimento de telhados, janelas e portas danificadas pelo fogo com a utilização de lonas
velhas, plásticos, pregos, martelo, sarrafos e pranchas de madeira protegerão a edificação
e os bens que não foram atingidos, depois de encerrado o atendimento ao sinistro, para
que condições climáticas adversas não danifiquem o que foi preservado.
• A reunião e transporte de objetos pequenos, sensíveis ou que não possam ser
protegidos no local com utilização de sacos plásticos, lonas, cobertores ou lençóis
disponíveis na própria edificação. (Figura 03)
Figura 03 – Reunião e proteção de pequenos objetos.
• Providenciar barreiras, diques ou a utilização de mangueiras de incêndio cheias com
pouca pressão e de preferência dobradas para desviar o curso da água,.
• Escoamento da água por bombas, redutores, rodos, vassouras e panos para limpeza e
secagem das instalações e utilização de mangueiras de incêndio para o arrastamento de
água, evitando-se os danos pela umidade.
• Ventilação do prédio para remoção da fumaça com o uso de ventiladores/exaustores,
de forma natural, por meio de aberturas existentes ou ainda com a utilização de
esguicho regulável removendo a fumaça por arrasto.
• Separação do material queimado do não queimado objetivando a recuperação de bens
de valor.
COLETÂNEA DE MANUAIS TÉCNICOS DE BOMBEIROS
13
MPS – MANUAL DE PROTEÇÃO DE SALVADOS
• Limpeza e retirada da umidade de superfícies metálicas evitando-se a ferrugem
• Outras ações que visem o restabelecimento das condições de segurança e conforto das
pessoas vitimadas pelo sinistro.
Como exemplo de ações de Proteção de Salvados pode ser verificado no Quadro
abaixo, extraído do livro Fires In Buildings1
, as ações efetuadas em um edifício.
Figura 04 - vários aspectos do trabalho de Salvatagem
1. Ar Fresco
2. Abertura no piso
3. Fogo
4. Água direcionada para a caixa de escada
5. Mangueiras cheias para direcionamento da água
6. Lonas suspensas em forma de calha para direcionar água através da janela
7. Estoque (bens) coberto por lonas ou outro tipo de cobertura
1
SYMPOSIUM, Luxembourg. Fires In Buildings, Proceedings of a European. Luxembourg: Edited by-
R.Mourareau and M. Thomas, 1984, p. 33.
COLETÂNEA DE MANUAIS TÉCNICOS DE BOMBEIROS
14
Fonte: Fires in Buildings of a European.
MPS – MANUAL DE PROTEÇÃO DE SALVADOS
8. Lonas suspensas (calha) para direcionar a água no interior da edificação
9. Bueiro; e
10. Bomba.
Para a perfeita execução das tarefas acima, é imprescindível que os profissionais
façam os treinamentos específicos de cada manobra.
4.1. FASES DE ATUAÇÃO:
A Proteção de Salvados é realizada em três fases: antes, durante e após as ações
de combate a incêndios, sendo elas:
4.1.1 ANTES DO COMBATE AO INCÊNDIO
As ações de proteção de salvados antes do combate ao incêndio pode consistir
principalmente na estratégia, podendo-se:
• Avaliar o local e separar os meios e materiais específicos como lona, croque,
panos secos, vassouras e rodos para a efetivação das ações
• Indicar os Bombeiros específicos para as ações de proteção de salvados pelo
Comandante da ocorrência no local.
4.1.2 DURANTE O INCÊNDIO
As ações de proteção de salvados podem se consistir nas seguintes:
• Separação e colocação de coberturas ou lonas protegendo os bens da ação
danosa da água e da fumaça;
• Utilização de material impermeável para a forração do piso impedindo a
infiltração e transposição da água, e
• Desvio e remoção da água da edificação.
4.1.3. APÓS A EXTINÇÃO DO INCÊNDIO
As ações de proteção de salvados, após a Extinção do Incêndio pode consistir das
seguintes:
• Remoção da água dos andares e porão (subsolo);
• Ventilação do prédio para remover fumaça remanescente;
• Separação e remoção de artigos de valor dos destroços;
• Secagem do maquinário, móveis e outros conteúdos;
• Limpeza e retirada da umidade de superfícies metálicas prevenindo ferrugem;
• Remoção dos destroços da edificação;
COLETÂNEA DE MANUAIS TÉCNICOS DE BOMBEIROS
15
MPS – MANUAL DE PROTEÇÃO DE SALVADOS
• Fechamento do registro de água visando a prevenção de vazamentos; e
• Cobertura temporária para o telhado e outras aberturas gerando proteção do interior da
edificação e seus conteúdos contra as ações do clima.
As ações de proteção de salvados além de garantir a preservação do patrimônio,
representam ações de cunho, pois se constituirá em algo a mais que a população receberá e
saberá valorizar. O local deixado com o máximo de zelo e limpeza possível é uma forma de
minimizar os efeitos do trauma que este tipo de ocorrência provoca aos ocupantes da
edificação.
As ações de proteção de salvados, praticadas após o combate, têm o propósito de
deixar o local em condições de habitabilidade conforme mencionado acima, exceto em casos
de crime ou suspeita de crime, onde o local deverá ser preservado para uma ação pericial, que
poderá, desta forma, auxiliar no esclarecimento da causa do sinistro, que em muitas vezes é de
extrema importância para o poder público ou mesmo para o responsável pelo local sinistrado.
A preservação do local de crime é prevista na resolução SSP-382, de 01/09/99 –
(Bol G PM 171/99).
5. MATERIAIS UTILIZADOS NAS AÇÕES DE PROTEÇÕES DE SALVADOS
Neste capítulo serão destacados os equipamentos que podem ser utilizados nas ações de
proteção de salvados. São eles:
5.1. MATERIAIS E EQUIPAMENTOS UTILIZADOS NAS ENTRADAS FORÇADAS
E ACESSOS
COLETÂNEA DE MANUAIS TÉCNICOS DE BOMBEIROS
16
MPS – MANUAL DE PROTEÇÃO DE SALVADOS
Figura 05 - Materiais e equipamentos utilizados nas entradas forçadas
Fonte Manual de Fundamentos de Bombeiros
• moto-gerador hidráulico (1)
• moto-abrasivo (2)
• eletro corte (3)
• oxicorte (4)
• extensor hidráulico (5)
• pinça ou cortador hidráulico (6)
• marreta (7)
• arco de serra (8)
• martelete pneumático e acessórios (9)
• martelete hidráulico e acessórios (10)
• alavanca Quic-bar ou Cyborg (11)
• punção (12)
• talhadeira (13)
• alavanca tipo "pé-de-cabra" (14)
• alavancas (15)
• chave de fenda (16)
• alicate (17)
• chave de grifo (18)
• chave inglesa (19)
• martelo (20)
• corta-a-frio (21)
• machado (22)
• malho (23)
• picareta (24)
• croque (25)
• extensão do croque (26)
• Escada de gancho (figura 06)
COLETÂNEA DE MANUAIS TÉCNICOS DE BOMBEIROS
17
MPS – MANUAL DE PROTEÇÃO DE SALVADOS
Figura 06 – Escada de gancho
5.2. DE UTILIZAÇÃO ESPECÍFICA
São aqueles com os quais se realizam as ações de salvatagem propriamente dita.
São classificados em materiais de cobertura, secagem, ventilação, evacuação de água, limpeza
e conservação e de escora.
Figura 07 - Materiais e equipamentos específicos
• Passadeiras de lona ou sintéticas em rolo (1)
• Cabos para fixação das lonas (2)
• Lona de fibra sintética c/ ilhoses (3)
• Lona de fibra natural c/ ilhoses (4)
• Sacos de lixo (5)
COLETÂNEA DE MANUAIS TÉCNICOS DE BOMBEIROS
18
MPS – MANUAL DE PROTEÇÃO DE SALVADOS
Figura 08 - Ganchos para contra peso ou fixação de lonas
COLETÂNEA DE MANUAIS TÉCNICOS DE BOMBEIROS
19
MPS – MANUAL DE PROTEÇÃO DE SALVADOS
Figura 09 - Coberturas Sintéticas
Figura 10 – Aspirador de água
Fonte Manual da IFSTA
COLETÂNEA DE MANUAIS TÉCNICOS DE BOMBEIROS
20
MPS – MANUAL DE PROTEÇÃO DE SALVADOS
Figura 11 – Materiais de sapa
• Enxada (1)
• Enxadão (2)
• Gadanho (3 e 4)
• Pá (5)
• Vassourão (6)
• Vassoura (7)
• Panos e esponjas (8)
• Tampões (9)
COLETÂNEA DE MANUAIS TÉCNICOS DE BOMBEIROS
21
MPS – MANUAL DE PROTEÇÃO DE SALVADOS
Figura 12 - Forcado
COLETÂNEA DE MANUAIS TÉCNICOS DE BOMBEIROS
22
MPS – MANUAL DE PROTEÇÃO DE SALVADOS
Figura 13 – Balde
Figura 14 - Equipamentos para Chuveiros Automáticos
COLETÂNEA DE MANUAIS TÉCNICOS DE BOMBEIROS
23
MPS – MANUAL DE PROTEÇÃO DE SALVADOS
Figura 15 – Utilização de rodos
Figura 16 - Equipamentos para utilização em escoamento
• Exaustores/Ventiladores (1)
• Bomba de escoamento para produtos perigosos (2)
• Bombas flutuantes para escoamento (3)
COLETÂNEA DE MANUAIS TÉCNICOS DE BOMBEIROS
24
MPS – MANUAL DE PROTEÇÃO DE SALVADOS
Figura 17 – Bombas elétricas de escoamento
Figura 18 – Material de escora
• Estacas (1)
• Calços (2)
• Pranchas (3)
• Cunha (4)
• Sarrafo de madeira (5)
• Macaco hidráulico (6)
COLETÂNEA DE MANUAIS TÉCNICOS DE BOMBEIROS
25
MPS – MANUAL DE PROTEÇÃO DE SALVADOS
Figura 19 - Grampeador tipo pistola
6. MÉTODOS DE UTILIZAÇÃO DOS MATERIAIS DE PROTEÇÃO DE
SALVADOS:
• Croque: haste com ponta metálica em forma de lança fisga, com
aproximadamente 3 metros, podendo ser de madeira ou de fibra (telescópica ou
não).
- serve para montagem de calhas, fechamento de aberturas nas edificações em
conjunto com as lonas ou serviço de remoção de objetos em altura.
• Escada simples ou de gancho, de alumínio, medindo de 4 a 5 metros
- serve para auxiliar no carregamento de objetos, para montagem de bolsões,
tanques d’água, calhas, para subir e caminhar em telhados e para auxiliar os Bombeiros a
colocarem coberturas sobre objetos à proteger.
COLETÂNEA DE MANUAIS TÉCNICOS DE BOMBEIROS
26
MPS – MANUAL DE PROTEÇÃO DE SALVADOS
Figura 20 – escada simples
Figura 21 - escada de gancho
• Esguicho regulável e universal com extensão: peça metálica adaptada à
extremidade da linha de mangueiras.
- que serve para dar forma, alcance e controlar jato d'água, considerado aqui
como material de salvatagem na medida que, possibilitando o controle de fluxo d’água, pode
também controlar o excesso e evitar maiores danos.
• Mangueira: condutor flexível destinado a transportar água.
- serve para conduzir a água ao combate do sinistro e também para montar
diques (de 65 mm cheias, com pouca pressão e dobradas) ou ainda para ser utilizada como
rodo quando puxada por 02 Bombeiros pelas extremidades (deve ter água no seu interior).
• Martelo: peça metálica com cabo de madeira possuindo numa extremidade uma
cabeça chata e na outra uma parte curva em forma de unha.
COLETÂNEA DE MANUAIS TÉCNICOS DE BOMBEIROS
27
MPS – MANUAL DE PROTEÇÃO DE SALVADOS
- serve para cravar pregos e despregar objetos inseridos em madeira, utilizado
para fechamento de aberturas através da fixação de lonas ou plásticos.
• Marreta ou Malho: peça de ferro mais pesada que o martelo, possuindo em
ambos os lados o mesmo formato achatado.
- serve para operações de entradas forçadas.
• Ponteiro: peça de aço com uma extremidade pontiaguda e outra chata.
- serve para fazer pequenos orifícios facilitando o escoamento de água sem
provocar grandes estragos e forçamento de fechaduras.
• Talhadeira: peça de aço, com uma extremidade chata e outra em forma de cunha
- serve para cortar objetos, fazer perfurações, abrir dobradiças etc.
• Tesoura: peça metálica em cruzamento (forma de X).
- serve para cortar panos e plásticos para as ações de salvatagem.
• Serra para cortar metais: instrumento cortante em forma de lâmina, com um
suporte em forma de arco.
- serve para cortar cadeados latas e outros metais.
• Corta a frio: aparelho que funciona como uma alavanca inter-fixa, ou seja, o
ponto de apoio se encontra entre a força de ação e a força de resistência.
- serve para cortar cadeados e grades metálicas, evitando técnicas mais
agressivas de entradas forçadas.
• Serrote: lâmina de aço de aproximadamente 50 cm de cumprimento, com um dos
gumes serrilhado.
- serve para cortar madeiras para fixação de coberturas de salvatagem,
fechamento de aberturas e operações de escoramento.
• Machado: instrumento que consiste em uma cunha de ferro cortante em um cabo
de madeira.
- serve para operações de entradas forçadas, retirada de dobradiças e outros.
• Moto-Abrasivo: tipo de serra com motor a explosão que emprega discos para
abrasão.
- serve para cortar cadeados e portas de aço (o corte da haste que trava a porta é
mais eficiente e provoca menores estragos que aqueles ocorridos na utilização de malhos e
outros alargadores).
• Grifo: ferramenta para aperto ou desaperto de peças rosqueadas.
- serve para trabalhos com canos a fim de conter vazamentos em tubulações de
água.
COLETÂNEA DE MANUAIS TÉCNICOS DE BOMBEIROS
28
MPS – MANUAL DE PROTEÇÃO DE SALVADOS
• Jogo de chaves de boca e estrela combinadas: ferramentas metálicas que servem
para a retirada de parafusos impedindo a destruição do material.
• Chave de boca ajustável: (chave inglesa) semelhante ao grifo.
- tem a mesma utilidade que a chave combinada.
• Chave de fenda: ferramenta metálica com empunhadura de um lado e haste
achatada em outra.
- serve para soltar peças aparafusadas sem causar danos ao material e forçar
fechaduras e dobradiças.
• Lonas de fibras naturais e sintéticas: impermeáveis medindo em média 3,00 x
4,00 ou 4,00 x 5,00 metros, com ilhoses laterais, utilizados para coberturas de
objetos, proteção de pisos sensíveis como passadeiras ou tapetes, cobertura de
telhados, fechamento de aberturas nas edificações feitas em decorrência do
combate, transporte de objetos, feitura de calhas para direcionar a água conforme
as necessidades operacionais, para montar diques de contenção impedindo a
passagem de água e para formar bolsões d’água para o seu reaproveitamento,
podendo serem imersos objetos aquecidos durante uma operação de rescaldo.
• Cabos: de fibras naturais ou sintéticas em diversos diâmetros e cumprimentos.
- serve para a fixação das lonas nas ações de salvatagem.
• Ganchos: de aço em forma de S.
- serve para fixar uma extremidade das lonas quando colocadas nos ilhoses e
suportando um contra peso (ajuda a esticar uma calha, por exemplo).
• Passadeiras: feitas com a própria lona ou em rolo de plástico.
- servem para que o Bombeiro caminhe sobre ela sem danificar pisos sensíveis,
tapetes e carpetes.
• Pregos e Parafusos: de metal.
- servem para fixar lonas e plásticos em aberturas e prender madeiras nas
operações de escoramento etc.
• Sacos de lixo: de plástico com capacidade para 50 ou 100 litros.
- serve para recolhimento de pequenos objetos e proteção para roupas contra os
efeitos da água e do vapor.
• Plásticos:
- servem para fechamento de pequenas aberturas em edificações e como
passadeiras.
• Grampeador tipo pistola:
COLETÂNEA DE MANUAIS TÉCNICOS DE BOMBEIROS
29
MPS – MANUAL DE PROTEÇÃO DE SALVADOS
- serve para fixar plástico nas operações de fechamento de aberturas. Podem
ser mecânicos, elétricos ou pneumáticos.
• Aspirador de pó e água: equipamento elétrico.
- serve para retirar o excesso de água de pisos, tapetes e carpetes, deixando o
local em perfeitas condições para o retorno do sinistrado.
• Pá, gadanho, forcado, enxada e enxadão: ferramentas metálicas de diversos
formatos.
- servem para mover e retirar materiais soltos e que devem ser protegidos,
separam material queimado do não queimado e facilitam o acesso a focos de incêndio que
estão sob os escombros.
• Vassoura, vassourão, rodo, balde e panos: materiais diversos de piaçava,
borracha, plástico e fibras naturais.
- servem para limpeza de ambientes antes de entregá-los ao sinistrado, para que
o local possa ser ocupado com segurança.
• Bomba flutuante e bomba submergível:
- servem para escoamento e/ou reaproveitamento de água utilizada em excesso
no combate.
• Equipamentos para chuveiros automáticos:
- servem para efetuar pequenos reparos, substituições ou fechamento de
chuveiros automáticos, que foram acionados e não são mais necessários, provocando
alagamentos nas estruturas.
• Tampões de madeira:
- servem para fechar vazamentos de água em tubulações evitando o desperdício
e outros danos provocados pela água.
• Calços: de madeira.
- servem de base para operações de escoramento.
• Pranchas: de madeira medindo 2 metros ou mais.
- servem para operações de escoramento e fechamento de aberturas.
• Estacas: de madeira ou de ferro.
- servem para operações de escoramento.
COLETÂNEA DE MANUAIS TÉCNICOS DE BOMBEIROS
30
MPS – MANUAL DE PROTEÇÃO DE SALVADOS
7. DISTRIBUIÇÃO DOS MATERIAIS E EQUIPAMENTOS EM VIATURAS E
UNIDADES OPERACIONAIS
Para o atendimento operacional, os materiais e equipamentos de proteção de
salvados devem estar distribuídos em viaturas e Unidades Operacionais, da seguinte maneira:
• No Auto Bomba:
a. Caixa de ferramentas contendo:
- Alicate universal isolado;
- Alicate de bico;
- Tesoura;
- Talhadeira;
- Chave de boca ajustável (inglesa);
- Jogo de chaves de boca combinada com estrela;
- Grifo;
- Martelo;
- Serra para cortar metais;
- Jogo de chaves de fenda;
- Pregos;
- Parafusos; e
- Equipamentos para chuveiros automáticos.
b. Outros materiais:
- 01 Moto abrasivo;
- 02 Machados;
- 01 Exaustor;
- 01 Corta a frio;
- 03 Lonas;
- 01 Rolo de plástico;
- 04 Cabos multi uso para fixação de lonas;
- 01 Grampeador tipo pistola;
- 03 Vassouras;
- 02 Vassourões;
- 03 Rodos;
- 02 Baldes; e
- 02 Litros de óleo lubrificante.
• No Auto Tanque e CM-RE:
COLETÂNEA DE MANUAIS TÉCNICOS DE BOMBEIROS
31
MPS – MANUAL DE PROTEÇÃO DE SALVADOS
- 01 Bomba flutuante;
- 02 Lonas;
- 02 Vassouras;
- 01 Vassourão;
- 02 Rodos;
- 01 caixa de ferramentas contendo os mesmos materiais da caixa do AB; e
- 02 Cabos multi uso.
• Na Unidade Operacional .
A Unidade Operacional deverá ter, estrategicamente em seu espaço físico, a relação
abaixo, com efetivo treinado para atuação imediata, os seguintes materiais:
• 20 lonas;
• 20 Vassouras;
• 10 Vassourões;
• 20 rodos;
• 20 sarrafos com 3 ou 4 metros;
• 20 calços;
• 20 pranchas;
• 10 estacas;
• 01 jogo de equipamentos para chuveiros automáticos;
• 02 exaustores / ventiladores;
• 01 bomba flutuante (motor a explosão);
• 01 bomba submergível (motor elétrico);
• panos e esponjas (grande quantidade);
• 05 litros de óleo lubrificante;
• 02 aspiradores de pó e água;
• 10 caixas de pregos e parafusos de diversos tamanhos;
• 01 grampeador tipo pistola; e
• 01 rolo de cobertura sintética com 50 metros de cumprimento, de folha
dobrada, com 1 metro de largura.
COLETÂNEA DE MANUAIS TÉCNICOS DE BOMBEIROS
32
MPS – MANUAL DE PROTEÇÃO DE SALVADOS
8. CONCLUSÃO
Neste manual verificou-se a importância, os métodos, as técnicas e táticas, bem
como os equipamentos referente às atividades de proteção de salvados no atendimento à
ocorrências de incêndio.
Foi abordado que a proteção de salvados deve ser aplicada antes, durante e após o
combate ao incêndio, usando as técnicas de proteção de salvados, que podem ser diretas ou
indiretas.
Os equipamentos para uso na proteção de salvados devem ser facilmente
identificados e utilizados conforme a maneira descrita, para se evitar possíveis acidentes ou
danos desnecessários.
Deixando o local sinistrado nas melhores condições possíveis de segurança e
habitabilidade, cumpre-se com excelência a missão de preservação de patrimônio, resultando
em reconhecimento e valorização da profissão.
Portanto, este manual constitui-se numa ferramenta necessária para bombeiros,
como forma de complementar os procedimentos operacionais padrão no atendimento à
ocorrências de incêndio.
9. BIBLIOGRAFIA
Manual de Fundamentos – Corpo de Bombeiros da Polícia militar do Estado de São Paulo –
Capítulo 9 – Salvatagem e Rescaldo, baseado do Essentials of Fire Fighting – Fourth Edition
– International Fire Service Training Association
COLETÂNEA DE MANUAIS TÉCNICOS DE BOMBEIROS
33
MPS – MANUAL DE PROTEÇÃO DE SALVADOS
Monografia do Cap PM ADILSON ALVES DE MORAIS, CAO II/97, PMESP –
“Equipamento Padrão de Salvatagem no Trem de Socorro”.
COLETÂNEA DE MANUAIS TÉCNICOS DE BOMBEIROS
34
O CONTEÚDO DESTE MANUAL TÉCNICO ENCONTRA-
SE SUJEITO À REVISÃO, DEVENDO SER DADO AMPLO
CONHECIMENTO A TODOS OS INTEGRANTES DO
CORPO DE BOMBEIROS, PARA APRESENTAÇÃO DE
SUGESTÕES POR MEIO DO ENDEREÇO ELETRÔNICO
CCBSSECINC@POLMIL.SP.GOV.BR

Mais conteúdo relacionado

Semelhante a Manual-18 Proteção de Salvados

Manual-42 Combate a Incêndio em Local Confinado
Manual-42 Combate a Incêndio em Local ConfinadoManual-42 Combate a Incêndio em Local Confinado
Manual-42 Combate a Incêndio em Local ConfinadoFalcão Brasil
 
ANTICHAMAS OU INGNIFUGAÇÃO RETARDANTE APLICAÇÃO (11)98950-3543
ANTICHAMAS OU INGNIFUGAÇÃO RETARDANTE APLICAÇÃO   (11)98950-3543ANTICHAMAS OU INGNIFUGAÇÃO RETARDANTE APLICAÇÃO   (11)98950-3543
ANTICHAMAS OU INGNIFUGAÇÃO RETARDANTE APLICAÇÃO (11)98950-3543Antichamas Ignifugacao
 
Manual-48 Segurança Contra Incêndio nas Edificações e Áreas de Risco
Manual-48 Segurança Contra Incêndio nas Edificações e Áreas de RiscoManual-48 Segurança Contra Incêndio nas Edificações e Áreas de Risco
Manual-48 Segurança Contra Incêndio nas Edificações e Áreas de RiscoFalcão Brasil
 
Manual-44 Treinamento Prático de Brigada de Incêndio
Manual-44 Treinamento Prático de Brigada de IncêndioManual-44 Treinamento Prático de Brigada de Incêndio
Manual-44 Treinamento Prático de Brigada de IncêndioFalcão Brasil
 
Brigada de incêndio
Brigada de incêndioBrigada de incêndio
Brigada de incêndioDelmo Ordones
 
Brigada de incêndio
Brigada de incêndioBrigada de incêndio
Brigada de incêndioElon Martins
 
Manual de Brigada de Combate a Incêndios
Manual de Brigada de Combate a IncêndiosManual de Brigada de Combate a Incêndios
Manual de Brigada de Combate a IncêndiosFelipeArago15
 
Brigada de incêndio
Brigada de incêndioBrigada de incêndio
Brigada de incêndioLuis Araujo
 
Manual-19 Pesquisas de Causas de Incêndio
Manual-19 Pesquisas de Causas de IncêndioManual-19 Pesquisas de Causas de Incêndio
Manual-19 Pesquisas de Causas de IncêndioFalcão Brasil
 
Manual-14 Ventilação Tática
Manual-14 Ventilação TáticaManual-14 Ventilação Tática
Manual-14 Ventilação TáticaFalcão Brasil
 
Manual-24 Análise de Risco em Incêndio Estrutural
Manual-24 Análise de Risco em Incêndio EstruturalManual-24 Análise de Risco em Incêndio Estrutural
Manual-24 Análise de Risco em Incêndio EstruturalFalcão Brasil
 
Manual-11 Manual do Guarda-Vidas
Manual-11 Manual do Guarda-VidasManual-11 Manual do Guarda-Vidas
Manual-11 Manual do Guarda-VidasFalcão Brasil
 
Mtb 14 - ventilação em incêndios
Mtb 14 - ventilação em incêndiosMtb 14 - ventilação em incêndios
Mtb 14 - ventilação em incêndiosDouglas Kerche
 
Manual-26 Salvamento em Altura
Manual-26 Salvamento em AlturaManual-26 Salvamento em Altura
Manual-26 Salvamento em AlturaFalcão Brasil
 
Mtb sp salvamento em altura
Mtb sp salvamento em alturaMtb sp salvamento em altura
Mtb sp salvamento em alturaTriplo Sof
 
Manual-25 Emergência em Vasos Pressurizados
Manual-25 Emergência em Vasos PressurizadosManual-25 Emergência em Vasos Pressurizados
Manual-25 Emergência em Vasos PressurizadosFalcão Brasil
 
Manual-20 Aberturas Forçadas
Manual-20 Aberturas ForçadasManual-20 Aberturas Forçadas
Manual-20 Aberturas ForçadasFalcão Brasil
 
Manual-34 Educação Pública nos Serviços de Bombeiros
Manual-34 Educação Pública nos Serviços de BombeirosManual-34 Educação Pública nos Serviços de Bombeiros
Manual-34 Educação Pública nos Serviços de BombeirosFalcão Brasil
 
Manual-16 Combate a Incêndio em Edifícios Altos
Manual-16 Combate a Incêndio em Edifícios AltosManual-16 Combate a Incêndio em Edifícios Altos
Manual-16 Combate a Incêndio em Edifícios AltosFalcão Brasil
 

Semelhante a Manual-18 Proteção de Salvados (20)

Manual-42 Combate a Incêndio em Local Confinado
Manual-42 Combate a Incêndio em Local ConfinadoManual-42 Combate a Incêndio em Local Confinado
Manual-42 Combate a Incêndio em Local Confinado
 
ANTICHAMAS OU INGNIFUGAÇÃO RETARDANTE APLICAÇÃO (11)98950-3543
ANTICHAMAS OU INGNIFUGAÇÃO RETARDANTE APLICAÇÃO   (11)98950-3543ANTICHAMAS OU INGNIFUGAÇÃO RETARDANTE APLICAÇÃO   (11)98950-3543
ANTICHAMAS OU INGNIFUGAÇÃO RETARDANTE APLICAÇÃO (11)98950-3543
 
Manual-48 Segurança Contra Incêndio nas Edificações e Áreas de Risco
Manual-48 Segurança Contra Incêndio nas Edificações e Áreas de RiscoManual-48 Segurança Contra Incêndio nas Edificações e Áreas de Risco
Manual-48 Segurança Contra Incêndio nas Edificações e Áreas de Risco
 
Brigada de incendio
Brigada de incendioBrigada de incendio
Brigada de incendio
 
Manual-44 Treinamento Prático de Brigada de Incêndio
Manual-44 Treinamento Prático de Brigada de IncêndioManual-44 Treinamento Prático de Brigada de Incêndio
Manual-44 Treinamento Prático de Brigada de Incêndio
 
Brigada de incêndio
Brigada de incêndioBrigada de incêndio
Brigada de incêndio
 
Brigada de incêndio
Brigada de incêndioBrigada de incêndio
Brigada de incêndio
 
Manual de Brigada de Combate a Incêndios
Manual de Brigada de Combate a IncêndiosManual de Brigada de Combate a Incêndios
Manual de Brigada de Combate a Incêndios
 
Brigada de incêndio
Brigada de incêndioBrigada de incêndio
Brigada de incêndio
 
Manual-19 Pesquisas de Causas de Incêndio
Manual-19 Pesquisas de Causas de IncêndioManual-19 Pesquisas de Causas de Incêndio
Manual-19 Pesquisas de Causas de Incêndio
 
Manual-14 Ventilação Tática
Manual-14 Ventilação TáticaManual-14 Ventilação Tática
Manual-14 Ventilação Tática
 
Manual-24 Análise de Risco em Incêndio Estrutural
Manual-24 Análise de Risco em Incêndio EstruturalManual-24 Análise de Risco em Incêndio Estrutural
Manual-24 Análise de Risco em Incêndio Estrutural
 
Manual-11 Manual do Guarda-Vidas
Manual-11 Manual do Guarda-VidasManual-11 Manual do Guarda-Vidas
Manual-11 Manual do Guarda-Vidas
 
Mtb 14 - ventilação em incêndios
Mtb 14 - ventilação em incêndiosMtb 14 - ventilação em incêndios
Mtb 14 - ventilação em incêndios
 
Manual-26 Salvamento em Altura
Manual-26 Salvamento em AlturaManual-26 Salvamento em Altura
Manual-26 Salvamento em Altura
 
Mtb sp salvamento em altura
Mtb sp salvamento em alturaMtb sp salvamento em altura
Mtb sp salvamento em altura
 
Manual-25 Emergência em Vasos Pressurizados
Manual-25 Emergência em Vasos PressurizadosManual-25 Emergência em Vasos Pressurizados
Manual-25 Emergência em Vasos Pressurizados
 
Manual-20 Aberturas Forçadas
Manual-20 Aberturas ForçadasManual-20 Aberturas Forçadas
Manual-20 Aberturas Forçadas
 
Manual-34 Educação Pública nos Serviços de Bombeiros
Manual-34 Educação Pública nos Serviços de BombeirosManual-34 Educação Pública nos Serviços de Bombeiros
Manual-34 Educação Pública nos Serviços de Bombeiros
 
Manual-16 Combate a Incêndio em Edifícios Altos
Manual-16 Combate a Incêndio em Edifícios AltosManual-16 Combate a Incêndio em Edifícios Altos
Manual-16 Combate a Incêndio em Edifícios Altos
 

Mais de Falcão Brasil

Centro de Instrução e Adestramento Aeronaval José Maria do Amaral Oliveira (C...
Centro de Instrução e Adestramento Aeronaval José Maria do Amaral Oliveira (C...Centro de Instrução e Adestramento Aeronaval José Maria do Amaral Oliveira (C...
Centro de Instrução e Adestramento Aeronaval José Maria do Amaral Oliveira (C...Falcão Brasil
 
Guia do Aluno do Curso Expedito Enfermagem Operativa (C-Exp-EnfOp)
Guia do Aluno do Curso Expedito Enfermagem Operativa (C-Exp-EnfOp)Guia do Aluno do Curso Expedito Enfermagem Operativa (C-Exp-EnfOp)
Guia do Aluno do Curso Expedito Enfermagem Operativa (C-Exp-EnfOp)Falcão Brasil
 
Orientação aos Candidatos do Curso de Busca e Salvamento (S.A.R.)
Orientação aos Candidatos do Curso de Busca e Salvamento (S.A.R.)Orientação aos Candidatos do Curso de Busca e Salvamento (S.A.R.)
Orientação aos Candidatos do Curso de Busca e Salvamento (S.A.R.)Falcão Brasil
 
Cursos dos Policias Federais na Academia Nacional de Polícia - ANP
Cursos dos Policias Federais na Academia Nacional de Polícia - ANPCursos dos Policias Federais na Academia Nacional de Polícia - ANP
Cursos dos Policias Federais na Academia Nacional de Polícia - ANPFalcão Brasil
 
Grupo de Instrução Tática e Especializada (GITE)
Grupo de Instrução Tática e Especializada (GITE)Grupo de Instrução Tática e Especializada (GITE)
Grupo de Instrução Tática e Especializada (GITE)Falcão Brasil
 
Tabela de Remuneração dos Servidores Públicos Federais Julho 2023 Vol83
Tabela de Remuneração dos Servidores Públicos Federais Julho 2023 Vol83Tabela de Remuneração dos Servidores Públicos Federais Julho 2023 Vol83
Tabela de Remuneração dos Servidores Públicos Federais Julho 2023 Vol83Falcão Brasil
 
Tabela de Remuneração dos Servidores Públicos Federais Fevereiro 2023 Vol82
Tabela de Remuneração dos Servidores Públicos Federais Fevereiro 2023 Vol82Tabela de Remuneração dos Servidores Públicos Federais Fevereiro 2023 Vol82
Tabela de Remuneração dos Servidores Públicos Federais Fevereiro 2023 Vol82Falcão Brasil
 
Tabela de Remuneração dos Servidores Públicos Federais Novembro 2021 Vol81
Tabela de Remuneração dos Servidores Públicos Federais Novembro 2021 Vol81Tabela de Remuneração dos Servidores Públicos Federais Novembro 2021 Vol81
Tabela de Remuneração dos Servidores Públicos Federais Novembro 2021 Vol81Falcão Brasil
 
Tabela de Remuneração dos Servidores Públicos Federais Janeiro 2020 Vol80
Tabela de Remuneração dos Servidores Públicos Federais Janeiro 2020 Vol80Tabela de Remuneração dos Servidores Públicos Federais Janeiro 2020 Vol80
Tabela de Remuneração dos Servidores Públicos Federais Janeiro 2020 Vol80Falcão Brasil
 
Centro Gestor e Operacional do Sistema de Proteção da Amazônia - CENSIPAM
Centro Gestor e Operacional do Sistema de Proteção da Amazônia - CENSIPAMCentro Gestor e Operacional do Sistema de Proteção da Amazônia - CENSIPAM
Centro Gestor e Operacional do Sistema de Proteção da Amazônia - CENSIPAMFalcão Brasil
 
Núcleo de Operações Especiais (NOE) da PRF
Núcleo de Operações Especiais (NOE) da PRFNúcleo de Operações Especiais (NOE) da PRF
Núcleo de Operações Especiais (NOE) da PRFFalcão Brasil
 
Manual de Mergulho Autonômo
Manual de Mergulho AutonômoManual de Mergulho Autonômo
Manual de Mergulho AutonômoFalcão Brasil
 
Atividades de Mergulho de Resgate
Atividades de Mergulho de ResgateAtividades de Mergulho de Resgate
Atividades de Mergulho de ResgateFalcão Brasil
 
Protocolo de Operações com Cilindro de Ar Comprimido
Protocolo de Operações com Cilindro de Ar ComprimidoProtocolo de Operações com Cilindro de Ar Comprimido
Protocolo de Operações com Cilindro de Ar ComprimidoFalcão Brasil
 
Protocolo para o Suporte Básico de Vida do CBMGO
Protocolo para o Suporte Básico de Vida do CBMGOProtocolo para o Suporte Básico de Vida do CBMGO
Protocolo para o Suporte Básico de Vida do CBMGOFalcão Brasil
 
Manual de Preenchimento de Relatório de Ocorrência
Manual de Preenchimento de Relatório de OcorrênciaManual de Preenchimento de Relatório de Ocorrência
Manual de Preenchimento de Relatório de OcorrênciaFalcão Brasil
 
Manual para Campanha de Arrecadação de Donativos
Manual para Campanha de Arrecadação de DonativosManual para Campanha de Arrecadação de Donativos
Manual para Campanha de Arrecadação de DonativosFalcão Brasil
 

Mais de Falcão Brasil (20)

Centro de Instrução e Adestramento Aeronaval José Maria do Amaral Oliveira (C...
Centro de Instrução e Adestramento Aeronaval José Maria do Amaral Oliveira (C...Centro de Instrução e Adestramento Aeronaval José Maria do Amaral Oliveira (C...
Centro de Instrução e Adestramento Aeronaval José Maria do Amaral Oliveira (C...
 
Guia do Aluno do Curso Expedito Enfermagem Operativa (C-Exp-EnfOp)
Guia do Aluno do Curso Expedito Enfermagem Operativa (C-Exp-EnfOp)Guia do Aluno do Curso Expedito Enfermagem Operativa (C-Exp-EnfOp)
Guia do Aluno do Curso Expedito Enfermagem Operativa (C-Exp-EnfOp)
 
Orientação aos Candidatos do Curso de Busca e Salvamento (S.A.R.)
Orientação aos Candidatos do Curso de Busca e Salvamento (S.A.R.)Orientação aos Candidatos do Curso de Busca e Salvamento (S.A.R.)
Orientação aos Candidatos do Curso de Busca e Salvamento (S.A.R.)
 
Cursos dos Policias Federais na Academia Nacional de Polícia - ANP
Cursos dos Policias Federais na Academia Nacional de Polícia - ANPCursos dos Policias Federais na Academia Nacional de Polícia - ANP
Cursos dos Policias Federais na Academia Nacional de Polícia - ANP
 
Revista A Defesa 2021
Revista A Defesa 2021Revista A Defesa 2021
Revista A Defesa 2021
 
Revista A Defesa 2022
Revista A Defesa 2022Revista A Defesa 2022
Revista A Defesa 2022
 
Revista A Defesa 2023
Revista A Defesa 2023Revista A Defesa 2023
Revista A Defesa 2023
 
Grupo de Instrução Tática e Especializada (GITE)
Grupo de Instrução Tática e Especializada (GITE)Grupo de Instrução Tática e Especializada (GITE)
Grupo de Instrução Tática e Especializada (GITE)
 
Tabela de Remuneração dos Servidores Públicos Federais Julho 2023 Vol83
Tabela de Remuneração dos Servidores Públicos Federais Julho 2023 Vol83Tabela de Remuneração dos Servidores Públicos Federais Julho 2023 Vol83
Tabela de Remuneração dos Servidores Públicos Federais Julho 2023 Vol83
 
Tabela de Remuneração dos Servidores Públicos Federais Fevereiro 2023 Vol82
Tabela de Remuneração dos Servidores Públicos Federais Fevereiro 2023 Vol82Tabela de Remuneração dos Servidores Públicos Federais Fevereiro 2023 Vol82
Tabela de Remuneração dos Servidores Públicos Federais Fevereiro 2023 Vol82
 
Tabela de Remuneração dos Servidores Públicos Federais Novembro 2021 Vol81
Tabela de Remuneração dos Servidores Públicos Federais Novembro 2021 Vol81Tabela de Remuneração dos Servidores Públicos Federais Novembro 2021 Vol81
Tabela de Remuneração dos Servidores Públicos Federais Novembro 2021 Vol81
 
Tabela de Remuneração dos Servidores Públicos Federais Janeiro 2020 Vol80
Tabela de Remuneração dos Servidores Públicos Federais Janeiro 2020 Vol80Tabela de Remuneração dos Servidores Públicos Federais Janeiro 2020 Vol80
Tabela de Remuneração dos Servidores Públicos Federais Janeiro 2020 Vol80
 
Centro Gestor e Operacional do Sistema de Proteção da Amazônia - CENSIPAM
Centro Gestor e Operacional do Sistema de Proteção da Amazônia - CENSIPAMCentro Gestor e Operacional do Sistema de Proteção da Amazônia - CENSIPAM
Centro Gestor e Operacional do Sistema de Proteção da Amazônia - CENSIPAM
 
Núcleo de Operações Especiais (NOE) da PRF
Núcleo de Operações Especiais (NOE) da PRFNúcleo de Operações Especiais (NOE) da PRF
Núcleo de Operações Especiais (NOE) da PRF
 
Manual de Mergulho Autonômo
Manual de Mergulho AutonômoManual de Mergulho Autonômo
Manual de Mergulho Autonômo
 
Atividades de Mergulho de Resgate
Atividades de Mergulho de ResgateAtividades de Mergulho de Resgate
Atividades de Mergulho de Resgate
 
Protocolo de Operações com Cilindro de Ar Comprimido
Protocolo de Operações com Cilindro de Ar ComprimidoProtocolo de Operações com Cilindro de Ar Comprimido
Protocolo de Operações com Cilindro de Ar Comprimido
 
Protocolo para o Suporte Básico de Vida do CBMGO
Protocolo para o Suporte Básico de Vida do CBMGOProtocolo para o Suporte Básico de Vida do CBMGO
Protocolo para o Suporte Básico de Vida do CBMGO
 
Manual de Preenchimento de Relatório de Ocorrência
Manual de Preenchimento de Relatório de OcorrênciaManual de Preenchimento de Relatório de Ocorrência
Manual de Preenchimento de Relatório de Ocorrência
 
Manual para Campanha de Arrecadação de Donativos
Manual para Campanha de Arrecadação de DonativosManual para Campanha de Arrecadação de Donativos
Manual para Campanha de Arrecadação de Donativos
 

Último

CRUZADINHA - Leitura e escrita dos números
CRUZADINHA   -   Leitura e escrita dos números CRUZADINHA   -   Leitura e escrita dos números
CRUZADINHA - Leitura e escrita dos números Mary Alvarenga
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...azulassessoria9
 
Bullying - Atividade com caça- palavras
Bullying   - Atividade com  caça- palavrasBullying   - Atividade com  caça- palavras
Bullying - Atividade com caça- palavrasMary Alvarenga
 
COMPETÊNCIA 4 NO ENEM: O TEXTO E SUAS AMARRACÕES
COMPETÊNCIA 4 NO ENEM: O TEXTO E SUAS AMARRACÕESCOMPETÊNCIA 4 NO ENEM: O TEXTO E SUAS AMARRACÕES
COMPETÊNCIA 4 NO ENEM: O TEXTO E SUAS AMARRACÕESEduardaReis50
 
VARIEDADES LINGUÍSTICAS - 1. pptx
VARIEDADES        LINGUÍSTICAS - 1. pptxVARIEDADES        LINGUÍSTICAS - 1. pptx
VARIEDADES LINGUÍSTICAS - 1. pptxMarlene Cunhada
 
Música Meu Abrigo - Texto e atividade
Música   Meu   Abrigo  -   Texto e atividadeMúsica   Meu   Abrigo  -   Texto e atividade
Música Meu Abrigo - Texto e atividadeMary Alvarenga
 
Slides Lição 5, Betel, Ordenança para uma vida de vigilância e oração, 2Tr24....
Slides Lição 5, Betel, Ordenança para uma vida de vigilância e oração, 2Tr24....Slides Lição 5, Betel, Ordenança para uma vida de vigilância e oração, 2Tr24....
Slides Lição 5, Betel, Ordenança para uma vida de vigilância e oração, 2Tr24....LuizHenriquedeAlmeid6
 
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdf
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdfENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdf
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdfLeloIurk1
 
Discurso Direto, Indireto e Indireto Livre.pptx
Discurso Direto, Indireto e Indireto Livre.pptxDiscurso Direto, Indireto e Indireto Livre.pptx
Discurso Direto, Indireto e Indireto Livre.pptxferreirapriscilla84
 
FASE 1 MÉTODO LUMA E PONTO. TUDO SOBRE REDAÇÃO
FASE 1 MÉTODO LUMA E PONTO. TUDO SOBRE REDAÇÃOFASE 1 MÉTODO LUMA E PONTO. TUDO SOBRE REDAÇÃO
FASE 1 MÉTODO LUMA E PONTO. TUDO SOBRE REDAÇÃOAulasgravadas3
 
Manual da CPSA_1_Agir com Autonomia para envio
Manual da CPSA_1_Agir com Autonomia para envioManual da CPSA_1_Agir com Autonomia para envio
Manual da CPSA_1_Agir com Autonomia para envioManuais Formação
 
CIÊNCIAS HUMANAS - ENSINO MÉDIO. 2024 2 bimestre
CIÊNCIAS HUMANAS - ENSINO MÉDIO. 2024 2 bimestreCIÊNCIAS HUMANAS - ENSINO MÉDIO. 2024 2 bimestre
CIÊNCIAS HUMANAS - ENSINO MÉDIO. 2024 2 bimestreElianeElika
 
2° ano_PLANO_DE_CURSO em PDF referente ao 2° ano do Ensino fundamental
2° ano_PLANO_DE_CURSO em PDF referente ao 2° ano do Ensino fundamental2° ano_PLANO_DE_CURSO em PDF referente ao 2° ano do Ensino fundamental
2° ano_PLANO_DE_CURSO em PDF referente ao 2° ano do Ensino fundamentalAntônia marta Silvestre da Silva
 
GEOGRAFIA - ENSINO FUNDAMENTAL ANOS FINAIS.pdf
GEOGRAFIA - ENSINO FUNDAMENTAL ANOS FINAIS.pdfGEOGRAFIA - ENSINO FUNDAMENTAL ANOS FINAIS.pdf
GEOGRAFIA - ENSINO FUNDAMENTAL ANOS FINAIS.pdfElianeElika
 
PRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdf
PRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdfPRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdf
PRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdfprofesfrancleite
 
o ciclo do contato Jorge Ponciano Ribeiro.pdf
o ciclo do contato Jorge Ponciano Ribeiro.pdfo ciclo do contato Jorge Ponciano Ribeiro.pdf
o ciclo do contato Jorge Ponciano Ribeiro.pdfCamillaBrito19
 
Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"
Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"
Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"Ilda Bicacro
 
Análise poema país de abril (Mauel alegre)
Análise poema país de abril (Mauel alegre)Análise poema país de abril (Mauel alegre)
Análise poema país de abril (Mauel alegre)ElliotFerreira
 

Último (20)

CRUZADINHA - Leitura e escrita dos números
CRUZADINHA   -   Leitura e escrita dos números CRUZADINHA   -   Leitura e escrita dos números
CRUZADINHA - Leitura e escrita dos números
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
 
Bullying - Atividade com caça- palavras
Bullying   - Atividade com  caça- palavrasBullying   - Atividade com  caça- palavras
Bullying - Atividade com caça- palavras
 
COMPETÊNCIA 4 NO ENEM: O TEXTO E SUAS AMARRACÕES
COMPETÊNCIA 4 NO ENEM: O TEXTO E SUAS AMARRACÕESCOMPETÊNCIA 4 NO ENEM: O TEXTO E SUAS AMARRACÕES
COMPETÊNCIA 4 NO ENEM: O TEXTO E SUAS AMARRACÕES
 
VARIEDADES LINGUÍSTICAS - 1. pptx
VARIEDADES        LINGUÍSTICAS - 1. pptxVARIEDADES        LINGUÍSTICAS - 1. pptx
VARIEDADES LINGUÍSTICAS - 1. pptx
 
Música Meu Abrigo - Texto e atividade
Música   Meu   Abrigo  -   Texto e atividadeMúsica   Meu   Abrigo  -   Texto e atividade
Música Meu Abrigo - Texto e atividade
 
Slides Lição 5, Betel, Ordenança para uma vida de vigilância e oração, 2Tr24....
Slides Lição 5, Betel, Ordenança para uma vida de vigilância e oração, 2Tr24....Slides Lição 5, Betel, Ordenança para uma vida de vigilância e oração, 2Tr24....
Slides Lição 5, Betel, Ordenança para uma vida de vigilância e oração, 2Tr24....
 
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdf
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdfENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdf
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdf
 
Discurso Direto, Indireto e Indireto Livre.pptx
Discurso Direto, Indireto e Indireto Livre.pptxDiscurso Direto, Indireto e Indireto Livre.pptx
Discurso Direto, Indireto e Indireto Livre.pptx
 
FASE 1 MÉTODO LUMA E PONTO. TUDO SOBRE REDAÇÃO
FASE 1 MÉTODO LUMA E PONTO. TUDO SOBRE REDAÇÃOFASE 1 MÉTODO LUMA E PONTO. TUDO SOBRE REDAÇÃO
FASE 1 MÉTODO LUMA E PONTO. TUDO SOBRE REDAÇÃO
 
Manual da CPSA_1_Agir com Autonomia para envio
Manual da CPSA_1_Agir com Autonomia para envioManual da CPSA_1_Agir com Autonomia para envio
Manual da CPSA_1_Agir com Autonomia para envio
 
CIÊNCIAS HUMANAS - ENSINO MÉDIO. 2024 2 bimestre
CIÊNCIAS HUMANAS - ENSINO MÉDIO. 2024 2 bimestreCIÊNCIAS HUMANAS - ENSINO MÉDIO. 2024 2 bimestre
CIÊNCIAS HUMANAS - ENSINO MÉDIO. 2024 2 bimestre
 
2° ano_PLANO_DE_CURSO em PDF referente ao 2° ano do Ensino fundamental
2° ano_PLANO_DE_CURSO em PDF referente ao 2° ano do Ensino fundamental2° ano_PLANO_DE_CURSO em PDF referente ao 2° ano do Ensino fundamental
2° ano_PLANO_DE_CURSO em PDF referente ao 2° ano do Ensino fundamental
 
GEOGRAFIA - ENSINO FUNDAMENTAL ANOS FINAIS.pdf
GEOGRAFIA - ENSINO FUNDAMENTAL ANOS FINAIS.pdfGEOGRAFIA - ENSINO FUNDAMENTAL ANOS FINAIS.pdf
GEOGRAFIA - ENSINO FUNDAMENTAL ANOS FINAIS.pdf
 
PRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdf
PRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdfPRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdf
PRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdf
 
o ciclo do contato Jorge Ponciano Ribeiro.pdf
o ciclo do contato Jorge Ponciano Ribeiro.pdfo ciclo do contato Jorge Ponciano Ribeiro.pdf
o ciclo do contato Jorge Ponciano Ribeiro.pdf
 
Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"
Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"
Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"
 
Bullying, sai pra lá
Bullying,  sai pra láBullying,  sai pra lá
Bullying, sai pra lá
 
CINEMATICA DE LOS MATERIALES Y PARTICULA
CINEMATICA DE LOS MATERIALES Y PARTICULACINEMATICA DE LOS MATERIALES Y PARTICULA
CINEMATICA DE LOS MATERIALES Y PARTICULA
 
Análise poema país de abril (Mauel alegre)
Análise poema país de abril (Mauel alegre)Análise poema país de abril (Mauel alegre)
Análise poema país de abril (Mauel alegre)
 

Manual-18 Proteção de Salvados

  • 1. Coletânea de Manuais Técnicos de Bombeiros PROTEÇÃO DE SALVADOS 18
  • 2. COLETÂNEA DE MANUAIS TÉCNICOS DE BOMBEIROS MPS MANUAL DE PROTEÇÃO DE SALVADOS 1ª Edição 2006 Volume 18 PMESP CCB Os direitos autorais da presente obra pertencem ao Corpo de Bombeiros da Polícia Militar do Estado de São Paulo. Permitida a reprodução parcial ou total desde que citada a fonte.
  • 3. COMISSÃO Comandante do Corpo de Bombeiros Cel PM Antonio dos Santos Antonio Subcomandante do Corpo de Bombeiros Cel PM Manoel Antônio da Silva Araújo Chefe do Departamento de Operações Ten Cel PM Marcos Monteiro de Farias Comissão coordenadora dos Manuais Técnicos de Bombeiros Ten Cel Res PM Silvio Bento da Silva Ten Cel PM Marcos Monteiro de Farias Maj PM Omar Lima Leal Cap PM José Luiz Ferreira Borges 1º Ten PM Marco Antonio Basso Comissão de elaboração do Manual Cap PM Eduardo Vieira Cristo Cap PM Marcelo Hamano 1º Ten PM Sergio Ferreira Bisterso 1º Ten PM Wellington Batista Vasco 1º Ten PM Andréia de Toledo 1º Ten PM Valdir Cardoso Subtenente PM Ednilson Elias Rotondaro 1º Sgt PM Paulo Rodrigues da Silva 1º Sgt PM Sandra Aparecida da Rocha Lunardeli 2º Sgt PM Ed Paulo Zifirino da Silva Comissão de Revisão de Português 1º Ten PM Fauzi Salim Katibe 1° Sgt PM Nelson Nascimento Filho 2º Sgt PM Davi Cândido Borja e Silva Cb PM Fábio Roberto Bueno Cb PM Carlos Alberto Oliveira Sd PM Vitanei Jesus dos Santos COLETÂNEA DE MANUAIS TÉCNICOS DE BOMBEIROS
  • 4. PREFÁCIO - MTB No início do século XXI, adentrando por um novo milênio, o Corpo de Bombeiros da Polícia Militar do Estado de São Paulo vem confirmar sua vocação de bem servir, por meio da busca incessante do conhecimento e das técnicas mais modernas e atualizadas empregadas nos serviços de bombeiros nos vários países do mundo. As atividades de bombeiros sempre se notabilizaram por oferecer uma diversificada gama de variáveis, tanto no que diz respeito à natureza singular de cada uma das ocorrências que desafiam diariamente a habilidade e competência dos nossos profissionais, como relativamente aos avanços dos equipamentos e materiais especializados empregados nos atendimentos. Nosso Corpo de Bombeiros, bem por isso, jamais descuidou de contemplar a preocupação com um dos elementos básicos e fundamentais para a existência dos serviços, qual seja: o homem preparado, instruído e treinado. Objetivando consolidar os conhecimentos técnicos de bombeiros, reunindo, dessa forma, um espectro bastante amplo de informações que se encontravam esparsas, o Comando do Corpo de Bombeiros determinou ao Departamento de Operações, a tarefa de gerenciar o desenvolvimento e a elaboração dos novos Manuais Técnicos de Bombeiros. Assim, todos os antigos manuais foram atualizados, novos temas foram pesquisados e desenvolvidos. Mais de 400 Oficiais e Praças do Corpo de Bombeiros, distribuídos e organizados em comissões, trabalharam na elaboração dos novos Manuais Técnicos de Bombeiros - MTB e deram sua contribuição dentro das respectivas especialidades, o que resultou em 48 títulos, todos ricos em informações e com excelente qualidade de sistematização das matérias abordadas. Na verdade, os Manuais Técnicos de Bombeiros passaram a ser contemplados na continuação de outro exaustivo mister que foi a elaboração e compilação das Normas do Sistema Operacional de Bombeiros (NORSOB), num grande esforço no sentido de evitar a perpetuação da transmissão da cultura operacional apenas pela forma verbal, registrando e consolidando esse conhecimento em compêndios atualizados, de fácil acesso e consulta, de forma a permitir e facilitar a padronização e aperfeiçoamento dos procedimentos.
  • 5. O Corpo de Bombeiros continua a escrever brilhantes linhas no livro de sua história. Desta feita fica consignado mais uma vez o espírito de profissionalismo e dedicação à causa pública, manifesto no valor dos que de forma abnegada desenvolveram e contribuíram para a concretização de mais essa realização de nossa Organização. Os novos Manuais Técnicos de Bombeiros - MTB são ferramentas importantíssimas que vêm juntar-se ao acervo de cada um dos Policiais Militares que servem no Corpo de Bombeiros. Estudados e aplicados aos treinamentos, poderão proporcionar inestimável ganho de qualidade nos serviços prestados à população, permitindo o emprego das melhores técnicas, com menor risco para vítimas e para os próprios Bombeiros, alcançando a excelência em todas as atividades desenvolvidas e o cumprimento da nossa missão de proteção à vida, ao meio ambiente e ao patrimônio. Parabéns ao Corpo de Bombeiros e a todos os seus integrantes pelos seus novos Manuais Técnicos e, porque não dizer, à população de São Paulo, que poderá continuar contando com seus Bombeiros cada vez mais especializados e preparados. São Paulo, 02 de Julho de 2006. Coronel PM ANTONIO DOS SANTOS ANTONIO Comandante do Corpo de Bombeiros da Polícia Militar do Estado de São Paulo
  • 6. APRESENTAÇÃO Definição de PROTEÇÃO DE SALVADOS: “É um conjunto de ações que visa diminuir os danos causados pelo fogo, pela água e pela fumaça durante e após o combate ao incêndio”1 . Para esta definição, acrescenta-se que a proteção de salvados visa proteger os materiais dos danos provocados principalmente pela ação do fogo, da água, da fumaça, de estruturas sinistradas e das ações dos próprios bombeiros antes, durante e após o atendimento de uma ocorrência, quer de incêndio ou de salvamento”. As ações acima mencionadas podem ser divididas em três fatores básicos, sendo eles: • Técnicas – As técnicas aplicadas na proteção de salvados serão explicadas neste manual, passo a passo, com ilustrações e comentários - (MTB-18); • Vontade – A vontade de agir em prol dos sinistrados, preocupar-se com pessoas e com seus pertences; é uma característica própria dos Bombeiros, quando no exercício de suas missões; • Criatividade – A criatividade na busca da melhor opção, nas estratégias e meios, aplicada na utilização dos materiais e/ou equipamentos disponíveis, é fator determinante no ato da prática da proteção de salvados. Muitas vezes o improviso com matérias é uma boa solução, protegendo com eficiência os pertences e o patrimônio da vítima. Trata-se de um ato de importância que tanto protege os materiais e bens do sinistrado como eleva a imagem do Corpo de Bombeiros. Deve ser explorado utilizando-se das técnicas aqui descritas, aliado à vontade de atender e auxiliar a população, instinto próprio do Bombeiro, como a iniciativa e a criatividade que cada caso requer. Muitas vezes um simples ato de recolher pequenos objetos, tais como uma fotografia sobre uma mesa prestes a danificar-se por ação do calor, fumaça ou água, e, após entregá-la intacta ao proprietário, faz com que este simples gesto seja tão lembrado e agradecido quanto o próprio ato de extinção do fogo, por exemplo. Após um estudo mais elaborado a respeito das atividades de proteção de salvados, podemos observar que as perdas ocorridas em um incêndio são 1 Texto extraído do Manual de Fundamentos do Corpo de Bombeiros da PMESP COLETÂNEA DE MANUAIS TÉCNICOS DE BOMBEIROS
  • 7. APRESENTAÇÃO muito variáveis. Mas, seja qual for o volume da perda, com ações eficientes de proteção de salvados o sinistrado percebe, nos serviços prestados, muito mais que um simples atendimento de ocorrência, mas um respeito aos seus pertences e ao seu imóvel. Desta forma pode-se lembrar que hoje atende-se alguém em necessidade, amanhã este alguém pode ser um de nós. O controle das perdas em um incêndio está entre os componentes mais importantes nas ações de Bombeiros, por valorizar o principal produto que sua atividade pode oferecer: a prestação de um bom serviço. A grande maioria das ocorrências oferece abundantes oportunidades de controle de perdas. COLETÂNEA DE MANUAIS TÉCNICOS DE BOMBEIROS
  • 8. ÍNDICE 1. Introdução 09 2. Objetivos 11 3. Conceitos 11 4. Planejamento e Ações de Proteção de Salvados 12 4.1. Fases de atuação 14 4.1.1. Antes do combate ao incêndio 15 4.1.2. Durante o combate ao incêndio 15 4.1.3. Após a extinção do incêndio 15 5. Materiais utilizados nas ações de proteção de salvados 16 5.1. Materiais e equipamentos utilizados nas entradas forçadas 16 5.2. Materiais de utilização específica 17 6. Métodos de utilização dos materiais de proteção de salvados 24 7. Distribuição dos materiais e equipamentos em viaturas e Unidades Operacionais 28 8. Conclusão 30 9. Bibliografia 31 COLETÂNEA DE MANUAIS TÉCNICOS DE BOMBEIROS
  • 9. MPS – MANUAL DE PROTEÇÃO DE SALVADOS 1. INTRODUÇÃO O Corpo de Bombeiros do Estado de São Paulo, preocupado com a melhoria dos serviços prestados à comunidade, tem investido constantemente na busca de novas técnicas e treinamentos aos profissionais da área, para o aprimoramento das execuções dos serviços de emergência. Muito se têm treinado os Bombeiros nas atividades de combate à incêndio, busca e salvamento, dando-se muita importância às fases táticas relacionadas com as ações operacionais, colhendo resultados satisfatórios, com excelentes serviços prestados à comunidade. Vale ressaltar que, como em todos os demais serviços, tanto os privados como públicos, a qualidade do desempenho na prestação do serviço resulta na valorização da empresa e, conseqüentemente, de seus integrantes. Nas atividades do Corpo de Bombeiros, este valor não é diferente; as ações operacionais nos incêndios e nos salvamentos são essenciais, porém as atividades de proteção de salvados aplicadas nessas ocorrências resultam em qualidade, marcando positivamente as atuações do Bombeiro. O serviço de proteção de salvados é muito mais que uma simples teoria ou um ato obrigatório do profissional em exercício, é uma atuação profissional humana, com propósito de preservação de bens, com uma grande abrangência de atuação, compreendendo-se desde o escoamento das águas lançadas durante o combate ao incêndio até o simples ato de se proteger uma fotografia envelhecida com um saco plástico, entregando-a, sem danos, ao seu proprietário. Certamente uma ocorrência atendida com a aplicação das técnicas de proteção de salvados abordadas neste manual terá o reconhecimento da população. Deve haver conhecimento das técnicas de entradas forçadas, ventilação e extinção do fogo, por meios de ataque direto e indireto quando da extinção de incêndios em edificações. As operações de proteção de salvados devem ser realizadas por pessoal treinado e supervisionado por um Comandante qualificado, com conhecimento adequado a respeito de padrões de construção e das diferentes ocupações, para que se possa conduzir um serviço de proteção de salvados eficiente. COLETÂNEA DE MANUAIS TÉCNICOS DE BOMBEIROS 9
  • 10. MPS – MANUAL DE PROTEÇÃO DE SALVADOS 2. OBJETIVOS O Manual Técnico de Bombeiros visa difundir aos integrantes da Corporação a importância da prática da proteção de salvados, que devem ser aplicada em todas as ocorrências atendidas pelo Corpo de Bombeiros, quer no incêndio como nos salvamentos. Cabe salientar que se dará especial atenção aos casos de ocorrências de combate a incêndio, visando reduzir os danos causados pelo fogo, pela água e pela fumaça. Parte destes danos, que poderão ser minimizados, irão decorrer da perfeita aplicação de técnicas quando do atendimento das ocorrências que são principalmente as entradas forçadas, a de ventilação e a de combate à incêndio em local confinado. Nesses casos, as proteções de salvados, denominadas proteção de salvados indireta, serão abordadas em manuais próprios. No decorrer do manual serão detalhadas as principais técnicas para a atuação da proteção de salvados e ao final, uma proposta para a padronização de distribuição dos equipamentos utilizados nas ocorrências do Corpo de Bombeiros. Para a distribuição dos equipamentos estão previstos os tipos de materiais para cada tipo de viatura, como também uma previsão de materiais que devem ficar nas Unidades Operacionais. 3. CONCEITOS A Proteção de Salvados, também chamada de Salvatagem, são as operações revestidas de métodos e procedimentos operacionais, que aperfeiçoam os trabalhos de bombeiros, no sentido de reduzir e minimizar os danos causados pelo fogo pela água utilizada no combate às chamas e pela fumaça resultante da combustão em ambiente de ventilação insuficiente. Os Danos são classificados em Primários e Secundários. • Danos Primários são aqueles causados pelo fogo, e calor dele liberado, sobre os bens móveis e imóveis. • Danos Secundários são aqueles resultantes das ações diretas de combate ao incêndio e dos agentes extintores aplicados. Os serviços de proteção de salvados são classificados em: • Proteção de salvados direta (ou Propriamente Dita) – São as proteções provenientes de ações que visam proteger diretamente os bens; tais como o ato de cobrir os bens próximos às chamas, o escoamento da água etc. Esses procedimentos serão abordados detalhadamente neste manual. • Proteção de salvados indireta – São as proteções provenientes de ações técnicas específicas para atendimento e solução da ocorrência, tais como, a COLETÂNEA DE MANUAIS TÉCNICOS DE BOMBEIROS 11
  • 11. MPS – MANUAL DE PROTEÇÃO DE SALVADOS perfeita técnica de uma entrada forçada, de uma ventilação ou de uma extinção, que serão abordadas em manuais específicos. Essa proteção está diretamente relacionada com os danos secundários. 4. PLANEJAMENTO E AÇÕES DE PROTEÇÃO DE SALVADOS: As técnicas de proteção de salvados devem ser planejadas e treinadas visando a diminuição dos danos provocados por um sinistro e a redução do tempo de restabelecimento da ocupação de uma edificação. Profissionais treinados seguirão um líder com planos de ação previamente elaborados para esse fim. O planejamento consistirá em escolha dos profissionais que atuarão, definição de ações genéricas de proteção, esquematização da atuação da equipe e da estratégia escolhida pelo líder. O Corpo de Bombeiros pode trabalhar em conjunto com empresas, definindo previamente suas ações e identificando pontos críticos de sua atividade como por exemplo a proteção de estoque, a escolha de local para acondicionamento de material remanejado etc. O treinamento é fundamental para uma atuação bem sucedida. O uso comedido e racional do agente extintor favorece as ações de proteção de salvados, a seguir: • Ventilação, evitando os danos por gases quentes e fuligem; • Proteção contra danos decorrentes das operações de combate como o calor, a fumaça, a condensação e a precipitação de andares superiores, através da organização e cobertura dos bens com lonas impermeáveis fixadas por cabos; • O local deverá ser deixado seco, limpo e em condições de habitabilidade; • O direcionamento da água não vaporizada e/ou oriunda de andares superiores, através de calhas montadas com lonas sustentadas por croques, cabos e escadas visando a preservação. A água será conduzida para fora da edificação ou para tanques montados com os mesmos recursos, permitindo seu reaproveitamento. (Figuras 01 e 02) Figuras 01 e 02 – Água direcionada para fora da edificação. COLETÂNEA DE MANUAIS TÉCNICOS DE BOMBEIROS 12
  • 12. MPS – MANUAL DE PROTEÇÃO DE SALVADOS O cobrimento de telhados, janelas e portas danificadas pelo fogo com a utilização de lonas velhas, plásticos, pregos, martelo, sarrafos e pranchas de madeira protegerão a edificação e os bens que não foram atingidos, depois de encerrado o atendimento ao sinistro, para que condições climáticas adversas não danifiquem o que foi preservado. • A reunião e transporte de objetos pequenos, sensíveis ou que não possam ser protegidos no local com utilização de sacos plásticos, lonas, cobertores ou lençóis disponíveis na própria edificação. (Figura 03) Figura 03 – Reunião e proteção de pequenos objetos. • Providenciar barreiras, diques ou a utilização de mangueiras de incêndio cheias com pouca pressão e de preferência dobradas para desviar o curso da água,. • Escoamento da água por bombas, redutores, rodos, vassouras e panos para limpeza e secagem das instalações e utilização de mangueiras de incêndio para o arrastamento de água, evitando-se os danos pela umidade. • Ventilação do prédio para remoção da fumaça com o uso de ventiladores/exaustores, de forma natural, por meio de aberturas existentes ou ainda com a utilização de esguicho regulável removendo a fumaça por arrasto. • Separação do material queimado do não queimado objetivando a recuperação de bens de valor. COLETÂNEA DE MANUAIS TÉCNICOS DE BOMBEIROS 13
  • 13. MPS – MANUAL DE PROTEÇÃO DE SALVADOS • Limpeza e retirada da umidade de superfícies metálicas evitando-se a ferrugem • Outras ações que visem o restabelecimento das condições de segurança e conforto das pessoas vitimadas pelo sinistro. Como exemplo de ações de Proteção de Salvados pode ser verificado no Quadro abaixo, extraído do livro Fires In Buildings1 , as ações efetuadas em um edifício. Figura 04 - vários aspectos do trabalho de Salvatagem 1. Ar Fresco 2. Abertura no piso 3. Fogo 4. Água direcionada para a caixa de escada 5. Mangueiras cheias para direcionamento da água 6. Lonas suspensas em forma de calha para direcionar água através da janela 7. Estoque (bens) coberto por lonas ou outro tipo de cobertura 1 SYMPOSIUM, Luxembourg. Fires In Buildings, Proceedings of a European. Luxembourg: Edited by- R.Mourareau and M. Thomas, 1984, p. 33. COLETÂNEA DE MANUAIS TÉCNICOS DE BOMBEIROS 14 Fonte: Fires in Buildings of a European.
  • 14. MPS – MANUAL DE PROTEÇÃO DE SALVADOS 8. Lonas suspensas (calha) para direcionar a água no interior da edificação 9. Bueiro; e 10. Bomba. Para a perfeita execução das tarefas acima, é imprescindível que os profissionais façam os treinamentos específicos de cada manobra. 4.1. FASES DE ATUAÇÃO: A Proteção de Salvados é realizada em três fases: antes, durante e após as ações de combate a incêndios, sendo elas: 4.1.1 ANTES DO COMBATE AO INCÊNDIO As ações de proteção de salvados antes do combate ao incêndio pode consistir principalmente na estratégia, podendo-se: • Avaliar o local e separar os meios e materiais específicos como lona, croque, panos secos, vassouras e rodos para a efetivação das ações • Indicar os Bombeiros específicos para as ações de proteção de salvados pelo Comandante da ocorrência no local. 4.1.2 DURANTE O INCÊNDIO As ações de proteção de salvados podem se consistir nas seguintes: • Separação e colocação de coberturas ou lonas protegendo os bens da ação danosa da água e da fumaça; • Utilização de material impermeável para a forração do piso impedindo a infiltração e transposição da água, e • Desvio e remoção da água da edificação. 4.1.3. APÓS A EXTINÇÃO DO INCÊNDIO As ações de proteção de salvados, após a Extinção do Incêndio pode consistir das seguintes: • Remoção da água dos andares e porão (subsolo); • Ventilação do prédio para remover fumaça remanescente; • Separação e remoção de artigos de valor dos destroços; • Secagem do maquinário, móveis e outros conteúdos; • Limpeza e retirada da umidade de superfícies metálicas prevenindo ferrugem; • Remoção dos destroços da edificação; COLETÂNEA DE MANUAIS TÉCNICOS DE BOMBEIROS 15
  • 15. MPS – MANUAL DE PROTEÇÃO DE SALVADOS • Fechamento do registro de água visando a prevenção de vazamentos; e • Cobertura temporária para o telhado e outras aberturas gerando proteção do interior da edificação e seus conteúdos contra as ações do clima. As ações de proteção de salvados além de garantir a preservação do patrimônio, representam ações de cunho, pois se constituirá em algo a mais que a população receberá e saberá valorizar. O local deixado com o máximo de zelo e limpeza possível é uma forma de minimizar os efeitos do trauma que este tipo de ocorrência provoca aos ocupantes da edificação. As ações de proteção de salvados, praticadas após o combate, têm o propósito de deixar o local em condições de habitabilidade conforme mencionado acima, exceto em casos de crime ou suspeita de crime, onde o local deverá ser preservado para uma ação pericial, que poderá, desta forma, auxiliar no esclarecimento da causa do sinistro, que em muitas vezes é de extrema importância para o poder público ou mesmo para o responsável pelo local sinistrado. A preservação do local de crime é prevista na resolução SSP-382, de 01/09/99 – (Bol G PM 171/99). 5. MATERIAIS UTILIZADOS NAS AÇÕES DE PROTEÇÕES DE SALVADOS Neste capítulo serão destacados os equipamentos que podem ser utilizados nas ações de proteção de salvados. São eles: 5.1. MATERIAIS E EQUIPAMENTOS UTILIZADOS NAS ENTRADAS FORÇADAS E ACESSOS COLETÂNEA DE MANUAIS TÉCNICOS DE BOMBEIROS 16
  • 16. MPS – MANUAL DE PROTEÇÃO DE SALVADOS Figura 05 - Materiais e equipamentos utilizados nas entradas forçadas Fonte Manual de Fundamentos de Bombeiros • moto-gerador hidráulico (1) • moto-abrasivo (2) • eletro corte (3) • oxicorte (4) • extensor hidráulico (5) • pinça ou cortador hidráulico (6) • marreta (7) • arco de serra (8) • martelete pneumático e acessórios (9) • martelete hidráulico e acessórios (10) • alavanca Quic-bar ou Cyborg (11) • punção (12) • talhadeira (13) • alavanca tipo "pé-de-cabra" (14) • alavancas (15) • chave de fenda (16) • alicate (17) • chave de grifo (18) • chave inglesa (19) • martelo (20) • corta-a-frio (21) • machado (22) • malho (23) • picareta (24) • croque (25) • extensão do croque (26) • Escada de gancho (figura 06) COLETÂNEA DE MANUAIS TÉCNICOS DE BOMBEIROS 17
  • 17. MPS – MANUAL DE PROTEÇÃO DE SALVADOS Figura 06 – Escada de gancho 5.2. DE UTILIZAÇÃO ESPECÍFICA São aqueles com os quais se realizam as ações de salvatagem propriamente dita. São classificados em materiais de cobertura, secagem, ventilação, evacuação de água, limpeza e conservação e de escora. Figura 07 - Materiais e equipamentos específicos • Passadeiras de lona ou sintéticas em rolo (1) • Cabos para fixação das lonas (2) • Lona de fibra sintética c/ ilhoses (3) • Lona de fibra natural c/ ilhoses (4) • Sacos de lixo (5) COLETÂNEA DE MANUAIS TÉCNICOS DE BOMBEIROS 18
  • 18. MPS – MANUAL DE PROTEÇÃO DE SALVADOS Figura 08 - Ganchos para contra peso ou fixação de lonas COLETÂNEA DE MANUAIS TÉCNICOS DE BOMBEIROS 19
  • 19. MPS – MANUAL DE PROTEÇÃO DE SALVADOS Figura 09 - Coberturas Sintéticas Figura 10 – Aspirador de água Fonte Manual da IFSTA COLETÂNEA DE MANUAIS TÉCNICOS DE BOMBEIROS 20
  • 20. MPS – MANUAL DE PROTEÇÃO DE SALVADOS Figura 11 – Materiais de sapa • Enxada (1) • Enxadão (2) • Gadanho (3 e 4) • Pá (5) • Vassourão (6) • Vassoura (7) • Panos e esponjas (8) • Tampões (9) COLETÂNEA DE MANUAIS TÉCNICOS DE BOMBEIROS 21
  • 21. MPS – MANUAL DE PROTEÇÃO DE SALVADOS Figura 12 - Forcado COLETÂNEA DE MANUAIS TÉCNICOS DE BOMBEIROS 22
  • 22. MPS – MANUAL DE PROTEÇÃO DE SALVADOS Figura 13 – Balde Figura 14 - Equipamentos para Chuveiros Automáticos COLETÂNEA DE MANUAIS TÉCNICOS DE BOMBEIROS 23
  • 23. MPS – MANUAL DE PROTEÇÃO DE SALVADOS Figura 15 – Utilização de rodos Figura 16 - Equipamentos para utilização em escoamento • Exaustores/Ventiladores (1) • Bomba de escoamento para produtos perigosos (2) • Bombas flutuantes para escoamento (3) COLETÂNEA DE MANUAIS TÉCNICOS DE BOMBEIROS 24
  • 24. MPS – MANUAL DE PROTEÇÃO DE SALVADOS Figura 17 – Bombas elétricas de escoamento Figura 18 – Material de escora • Estacas (1) • Calços (2) • Pranchas (3) • Cunha (4) • Sarrafo de madeira (5) • Macaco hidráulico (6) COLETÂNEA DE MANUAIS TÉCNICOS DE BOMBEIROS 25
  • 25. MPS – MANUAL DE PROTEÇÃO DE SALVADOS Figura 19 - Grampeador tipo pistola 6. MÉTODOS DE UTILIZAÇÃO DOS MATERIAIS DE PROTEÇÃO DE SALVADOS: • Croque: haste com ponta metálica em forma de lança fisga, com aproximadamente 3 metros, podendo ser de madeira ou de fibra (telescópica ou não). - serve para montagem de calhas, fechamento de aberturas nas edificações em conjunto com as lonas ou serviço de remoção de objetos em altura. • Escada simples ou de gancho, de alumínio, medindo de 4 a 5 metros - serve para auxiliar no carregamento de objetos, para montagem de bolsões, tanques d’água, calhas, para subir e caminhar em telhados e para auxiliar os Bombeiros a colocarem coberturas sobre objetos à proteger. COLETÂNEA DE MANUAIS TÉCNICOS DE BOMBEIROS 26
  • 26. MPS – MANUAL DE PROTEÇÃO DE SALVADOS Figura 20 – escada simples Figura 21 - escada de gancho • Esguicho regulável e universal com extensão: peça metálica adaptada à extremidade da linha de mangueiras. - que serve para dar forma, alcance e controlar jato d'água, considerado aqui como material de salvatagem na medida que, possibilitando o controle de fluxo d’água, pode também controlar o excesso e evitar maiores danos. • Mangueira: condutor flexível destinado a transportar água. - serve para conduzir a água ao combate do sinistro e também para montar diques (de 65 mm cheias, com pouca pressão e dobradas) ou ainda para ser utilizada como rodo quando puxada por 02 Bombeiros pelas extremidades (deve ter água no seu interior). • Martelo: peça metálica com cabo de madeira possuindo numa extremidade uma cabeça chata e na outra uma parte curva em forma de unha. COLETÂNEA DE MANUAIS TÉCNICOS DE BOMBEIROS 27
  • 27. MPS – MANUAL DE PROTEÇÃO DE SALVADOS - serve para cravar pregos e despregar objetos inseridos em madeira, utilizado para fechamento de aberturas através da fixação de lonas ou plásticos. • Marreta ou Malho: peça de ferro mais pesada que o martelo, possuindo em ambos os lados o mesmo formato achatado. - serve para operações de entradas forçadas. • Ponteiro: peça de aço com uma extremidade pontiaguda e outra chata. - serve para fazer pequenos orifícios facilitando o escoamento de água sem provocar grandes estragos e forçamento de fechaduras. • Talhadeira: peça de aço, com uma extremidade chata e outra em forma de cunha - serve para cortar objetos, fazer perfurações, abrir dobradiças etc. • Tesoura: peça metálica em cruzamento (forma de X). - serve para cortar panos e plásticos para as ações de salvatagem. • Serra para cortar metais: instrumento cortante em forma de lâmina, com um suporte em forma de arco. - serve para cortar cadeados latas e outros metais. • Corta a frio: aparelho que funciona como uma alavanca inter-fixa, ou seja, o ponto de apoio se encontra entre a força de ação e a força de resistência. - serve para cortar cadeados e grades metálicas, evitando técnicas mais agressivas de entradas forçadas. • Serrote: lâmina de aço de aproximadamente 50 cm de cumprimento, com um dos gumes serrilhado. - serve para cortar madeiras para fixação de coberturas de salvatagem, fechamento de aberturas e operações de escoramento. • Machado: instrumento que consiste em uma cunha de ferro cortante em um cabo de madeira. - serve para operações de entradas forçadas, retirada de dobradiças e outros. • Moto-Abrasivo: tipo de serra com motor a explosão que emprega discos para abrasão. - serve para cortar cadeados e portas de aço (o corte da haste que trava a porta é mais eficiente e provoca menores estragos que aqueles ocorridos na utilização de malhos e outros alargadores). • Grifo: ferramenta para aperto ou desaperto de peças rosqueadas. - serve para trabalhos com canos a fim de conter vazamentos em tubulações de água. COLETÂNEA DE MANUAIS TÉCNICOS DE BOMBEIROS 28
  • 28. MPS – MANUAL DE PROTEÇÃO DE SALVADOS • Jogo de chaves de boca e estrela combinadas: ferramentas metálicas que servem para a retirada de parafusos impedindo a destruição do material. • Chave de boca ajustável: (chave inglesa) semelhante ao grifo. - tem a mesma utilidade que a chave combinada. • Chave de fenda: ferramenta metálica com empunhadura de um lado e haste achatada em outra. - serve para soltar peças aparafusadas sem causar danos ao material e forçar fechaduras e dobradiças. • Lonas de fibras naturais e sintéticas: impermeáveis medindo em média 3,00 x 4,00 ou 4,00 x 5,00 metros, com ilhoses laterais, utilizados para coberturas de objetos, proteção de pisos sensíveis como passadeiras ou tapetes, cobertura de telhados, fechamento de aberturas nas edificações feitas em decorrência do combate, transporte de objetos, feitura de calhas para direcionar a água conforme as necessidades operacionais, para montar diques de contenção impedindo a passagem de água e para formar bolsões d’água para o seu reaproveitamento, podendo serem imersos objetos aquecidos durante uma operação de rescaldo. • Cabos: de fibras naturais ou sintéticas em diversos diâmetros e cumprimentos. - serve para a fixação das lonas nas ações de salvatagem. • Ganchos: de aço em forma de S. - serve para fixar uma extremidade das lonas quando colocadas nos ilhoses e suportando um contra peso (ajuda a esticar uma calha, por exemplo). • Passadeiras: feitas com a própria lona ou em rolo de plástico. - servem para que o Bombeiro caminhe sobre ela sem danificar pisos sensíveis, tapetes e carpetes. • Pregos e Parafusos: de metal. - servem para fixar lonas e plásticos em aberturas e prender madeiras nas operações de escoramento etc. • Sacos de lixo: de plástico com capacidade para 50 ou 100 litros. - serve para recolhimento de pequenos objetos e proteção para roupas contra os efeitos da água e do vapor. • Plásticos: - servem para fechamento de pequenas aberturas em edificações e como passadeiras. • Grampeador tipo pistola: COLETÂNEA DE MANUAIS TÉCNICOS DE BOMBEIROS 29
  • 29. MPS – MANUAL DE PROTEÇÃO DE SALVADOS - serve para fixar plástico nas operações de fechamento de aberturas. Podem ser mecânicos, elétricos ou pneumáticos. • Aspirador de pó e água: equipamento elétrico. - serve para retirar o excesso de água de pisos, tapetes e carpetes, deixando o local em perfeitas condições para o retorno do sinistrado. • Pá, gadanho, forcado, enxada e enxadão: ferramentas metálicas de diversos formatos. - servem para mover e retirar materiais soltos e que devem ser protegidos, separam material queimado do não queimado e facilitam o acesso a focos de incêndio que estão sob os escombros. • Vassoura, vassourão, rodo, balde e panos: materiais diversos de piaçava, borracha, plástico e fibras naturais. - servem para limpeza de ambientes antes de entregá-los ao sinistrado, para que o local possa ser ocupado com segurança. • Bomba flutuante e bomba submergível: - servem para escoamento e/ou reaproveitamento de água utilizada em excesso no combate. • Equipamentos para chuveiros automáticos: - servem para efetuar pequenos reparos, substituições ou fechamento de chuveiros automáticos, que foram acionados e não são mais necessários, provocando alagamentos nas estruturas. • Tampões de madeira: - servem para fechar vazamentos de água em tubulações evitando o desperdício e outros danos provocados pela água. • Calços: de madeira. - servem de base para operações de escoramento. • Pranchas: de madeira medindo 2 metros ou mais. - servem para operações de escoramento e fechamento de aberturas. • Estacas: de madeira ou de ferro. - servem para operações de escoramento. COLETÂNEA DE MANUAIS TÉCNICOS DE BOMBEIROS 30
  • 30. MPS – MANUAL DE PROTEÇÃO DE SALVADOS 7. DISTRIBUIÇÃO DOS MATERIAIS E EQUIPAMENTOS EM VIATURAS E UNIDADES OPERACIONAIS Para o atendimento operacional, os materiais e equipamentos de proteção de salvados devem estar distribuídos em viaturas e Unidades Operacionais, da seguinte maneira: • No Auto Bomba: a. Caixa de ferramentas contendo: - Alicate universal isolado; - Alicate de bico; - Tesoura; - Talhadeira; - Chave de boca ajustável (inglesa); - Jogo de chaves de boca combinada com estrela; - Grifo; - Martelo; - Serra para cortar metais; - Jogo de chaves de fenda; - Pregos; - Parafusos; e - Equipamentos para chuveiros automáticos. b. Outros materiais: - 01 Moto abrasivo; - 02 Machados; - 01 Exaustor; - 01 Corta a frio; - 03 Lonas; - 01 Rolo de plástico; - 04 Cabos multi uso para fixação de lonas; - 01 Grampeador tipo pistola; - 03 Vassouras; - 02 Vassourões; - 03 Rodos; - 02 Baldes; e - 02 Litros de óleo lubrificante. • No Auto Tanque e CM-RE: COLETÂNEA DE MANUAIS TÉCNICOS DE BOMBEIROS 31
  • 31. MPS – MANUAL DE PROTEÇÃO DE SALVADOS - 01 Bomba flutuante; - 02 Lonas; - 02 Vassouras; - 01 Vassourão; - 02 Rodos; - 01 caixa de ferramentas contendo os mesmos materiais da caixa do AB; e - 02 Cabos multi uso. • Na Unidade Operacional . A Unidade Operacional deverá ter, estrategicamente em seu espaço físico, a relação abaixo, com efetivo treinado para atuação imediata, os seguintes materiais: • 20 lonas; • 20 Vassouras; • 10 Vassourões; • 20 rodos; • 20 sarrafos com 3 ou 4 metros; • 20 calços; • 20 pranchas; • 10 estacas; • 01 jogo de equipamentos para chuveiros automáticos; • 02 exaustores / ventiladores; • 01 bomba flutuante (motor a explosão); • 01 bomba submergível (motor elétrico); • panos e esponjas (grande quantidade); • 05 litros de óleo lubrificante; • 02 aspiradores de pó e água; • 10 caixas de pregos e parafusos de diversos tamanhos; • 01 grampeador tipo pistola; e • 01 rolo de cobertura sintética com 50 metros de cumprimento, de folha dobrada, com 1 metro de largura. COLETÂNEA DE MANUAIS TÉCNICOS DE BOMBEIROS 32
  • 32. MPS – MANUAL DE PROTEÇÃO DE SALVADOS 8. CONCLUSÃO Neste manual verificou-se a importância, os métodos, as técnicas e táticas, bem como os equipamentos referente às atividades de proteção de salvados no atendimento à ocorrências de incêndio. Foi abordado que a proteção de salvados deve ser aplicada antes, durante e após o combate ao incêndio, usando as técnicas de proteção de salvados, que podem ser diretas ou indiretas. Os equipamentos para uso na proteção de salvados devem ser facilmente identificados e utilizados conforme a maneira descrita, para se evitar possíveis acidentes ou danos desnecessários. Deixando o local sinistrado nas melhores condições possíveis de segurança e habitabilidade, cumpre-se com excelência a missão de preservação de patrimônio, resultando em reconhecimento e valorização da profissão. Portanto, este manual constitui-se numa ferramenta necessária para bombeiros, como forma de complementar os procedimentos operacionais padrão no atendimento à ocorrências de incêndio. 9. BIBLIOGRAFIA Manual de Fundamentos – Corpo de Bombeiros da Polícia militar do Estado de São Paulo – Capítulo 9 – Salvatagem e Rescaldo, baseado do Essentials of Fire Fighting – Fourth Edition – International Fire Service Training Association COLETÂNEA DE MANUAIS TÉCNICOS DE BOMBEIROS 33
  • 33. MPS – MANUAL DE PROTEÇÃO DE SALVADOS Monografia do Cap PM ADILSON ALVES DE MORAIS, CAO II/97, PMESP – “Equipamento Padrão de Salvatagem no Trem de Socorro”. COLETÂNEA DE MANUAIS TÉCNICOS DE BOMBEIROS 34
  • 34. O CONTEÚDO DESTE MANUAL TÉCNICO ENCONTRA- SE SUJEITO À REVISÃO, DEVENDO SER DADO AMPLO CONHECIMENTO A TODOS OS INTEGRANTES DO CORPO DE BOMBEIROS, PARA APRESENTAÇÃO DE SUGESTÕES POR MEIO DO ENDEREÇO ELETRÔNICO CCBSSECINC@POLMIL.SP.GOV.BR