SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 16
Baixar para ler offline
Manual de
Arborização Urbana
Foto:FábioVieira
Especie: Paineira – Ceiba speciosa
Local: Praça Antônio Nader – Gopouva – Guarulhos/SP
Secretaria de Meio Ambiente
SUMÁRIO
APRESENTAÇÃO................................................................................. 02
GUARULHOS...................................................................................... 03
PROGRAMA ILHAS VERDES................................................................ 04
MAPA TERMAL DE GUARULHOS ........................................................ 05
CORREDORES ECOLÓGICOS............................................................... 06
BENEFÍCIOS DA ARBORIZAÇÃO.......................................................... 07
PLANEJANDO A ARBORIZAÇÃO URBANA........................................... 08
SUGESTÃO DE ESPECIES A SEREM UTILIZADAS NO PLANTIO.............. 09
CRITÉRIOS PARA EXECUÇÃO DO PLANTIO......................................... 10
PLANTIO EM CALÇADAS ................................................................... 12
GLOSSÁRIO...................................................................................... 13
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS........................................................ 14
01
APRESENTAÇÃO
Este manual visa reconhecer e valorizar o papel da arborização em
beneficio da comunidade e do meio ambiente, conscientizando a todos a necessidade da
arborização urbana, indicando a maneira mais adequada de desenvolvê-la e conservá-la.
A arborização é de suma importancia para a qualidade de vida humana.
Ela age simultaneamente sobre o lado físico e mental do homem, desempenhando funções
vitais para a saúde. As árvores purificam o ar, aumentam a umidade do ar, diminuem a
temperatura, absorvem os ruídos, sequestram o carbono, combatem as ilhas de calor,
entre outros serviços ambientais.
Sendo assim, este manual é uma ferramenta para consulta da população
de um modo geral, pois apresenta de forma prática e elucidativa os corretos
procedimentos e técnicas para o planejamento, execução e manutenção da arborização
urbana do município.
Foto:WellingtonOliveira
Especie: Ipê amarelo – Handroanthus ssp.
Local: Praça Com. Humberto Reis Costa – Centro – Guarulhos/SP.
02
GUARULHOS
O município de Guarulhos pertence à Região Metropolitana de São
Paulo e ocupa uma área de 319,191 km2, apresentando grande contraste de uso do solo, entre
a sua porção sul com densa ocupação urbana, Aeroporto Internacional e grandes eixos
rodoviários (Dutra, Ayrton Senna, Fernão Dias) e sua porção norte com vegetação com diversos
graus de cobertura.
A paisagem antiga de Guarulhos era totalmente coberta por
vegetação arborea, arbustiva e herbacea. Era formada por vegetação florestal, compreendendo
a Mata Atlântica; arbustiva ou cerrados e cerradinho; herbácea de campos e várzea, junto aos
rios. O uso rural, a mineração e a crescente urbanização da cidade mudaram quase totalmente
a situação inicial, restando em maior quantidade a floresta tropical na região serrana, onde
predominam a mata secundária, havendo apenas no Núcleo Cabuçu do Parque Estadual da
Cantareira a presença de mata primária, e extensas áreas de campos antrópicos. Com o
crescimento da cidade restou apenas a vegetação da Serra da Cantareira, a maior mata nativa
que sobrevive dentro do município. A Reserva Estadual da Cantareira possui uma área de 5.674
hectares, dividida entre a zona norte da Capital, parte de Guarulhos, Mairiporã e Franco da
Rocha. É formada por florestas latifoliadas tropicais, onde vivem serelepes, nhambus, tucanos e
outros animais. Quase um terço da extensão do município, é composto por áreas de proteção
aos mananciais, fontes ou nascentes e reservatórios de água que são protegidos por lei.
Diagnósticos mais recentes apontam que cerca de um terço do
Município é coberto por vegetação de porte arbóreo distribuído conforme as fisionomias
descritas. No entanto, esses remanescentes que em números absolutos são significativos, ainda
mais considerando-se o contexto da região Metropolitana na qual está inserido, encontram-se
heterogeneamente distribuídos pelo Município podendo ser verificado em alguns Bairros
baixíssima densidade de cobertura arbórea por habitante até índices mais elevados nas porções
Norte e Nordeste do Município.
O município de Guarulhos participa da Reserva da Biosfera do
Cinturão Verde de São Paulo (RBCV), outorgada pela Unesco como patrimônio mundial. A RBCV
fornece serviços ambientais importantes para o controle das ilhas de calor, redução de
enchentes, poluição atmosférica e produção de água para Guarulhos por meio dos seus
mananciais da Represa do Cabuçu, Tanque Grande.
03
PROGRAMA ILHAS VERDES
A Secretaria de Meio-Ambiente – Sema, desenvolve programa que
visa a intensificação da arborização urbana, com a implantação de maciços de árvores e
plantios lineares, para provocar a diminuição na intensidade das ilhas de calor na cidade,
concentradas majoritariamente na Cidade Industrial Satélite de Cumbica, no Aeroporto
Internacional de Cumbica, na região que vai do Centro até o Taboão, e na região de
Itapegica.
Além disso, as empresas serão incentivadas a implantar mini-
bosques e os chamados telhados verdes em suas propriedades.
As empresas e condomínios residenciais que forem instalar-se na
cidade terão de compensar a obra de alguma forma, seja com os mini-bosques, ou com os
telhados verdes ou com outro projeto de arborização discutido junto à Secretaria.
A Secretaria de Meio Ambiente já está fazendo a sua parte,
arborizando as principais vias da cidade, como Paulo Faccini, Tiradentes, Santos Dumont e
Baquirivu, também tem intensificado as compensações ambientais com vistas ao Programa
Ilhas Verdes, oriundas de empreendimentos que situam-se em ilhas de calor importantes.
As ilhas de calor sobre as quais a Secretaria Meio Ambiente
trabalha, foram identificadas através de análises do laboratório de Geoprocessamento da
UnG, com o desenvolvimento do mapa termal oriundo de imagem de satélite. O grupo de
estudos identificou uma grande diferença entre as áreas que são cobertas pela mata e
aquelas onde há apenas construções. No Aeroporto, por exemplo, onde existem as pistas
asfaltadas, em imagem termal foi verificada uma temperatura de 38°C na superfície,
enquanto que na mata da Base Aérea, a apenas alguns metros dali, a temperatura era de
28°C. Já na Cidade Satélite de Cumbica, ela voltava a 38°C.
"Esse é um programa inédito internacionalmente. Com ele, a
qualidade de vida da população certamente irá melhorar e sua implantação em outras
cidades será incentivada", disse o coordenador da Reserva da Biosfera do Cinturão Verde
de São Paulo.
Desde 2008, quando foi criado, o PIV já plantou mais de 50.000
árvores em diversos locais da cidade, a meta é plantar no mínimo 10.000 mudas por ano.
O principal objetivo do PIV é resgatar os serviços ambientais para o
bem estar humano, atendendo os objetivos da UNESCO, através do programa “O Homem e
a Biosfera”, sendo que através do nosso programa pretendemos diminuir as altas
temperaturas, aumentar a umidade do ar, aumentar o sequestro de carbono, entre outras
finalidades.
Em 2010 o PIV foi reconhecido internacionalmente através de um
livro publicado pela UNESCO em espanhol, distribuído em 140 países da Iberoamérica.
Possui várias ferramentas de educação ambiental, entre elas o
“Clube da Arvore”, o “Adote uma Árvore”, “Adote uma Ilha Verde”, parcerias com escolas,
ONG’s e empresas, com palestras e plantios agendados.
04
MAPA TERMAL DE GUARULHOS
O mapa termal de Guarulhos foi desenvolvido pelo Laboratório de
GeoProcessamento da Universidade Guarulhos com o objetivo de identificar as
áreas com ilhas de calor.
05
CORREDORES ECOLÓGICOS
Os corredores atravessam basicamente áreas residenciais e
comerciais, apresentando áreas verdes significativas. Eles visam ligar os Parque
ecológico do Tietê e Parque estadual da Cantareira por meios de fragmento de
vegetação.
A malha viária ecológica formada através do PIV (Programa
Ilhas Verdes) e dos corredores ecológicos urbanos resultará na formação de um
Ecoanel, envolvendo as principais ilhas de calor, que refletirá num micro-clima local
proporcionando um aumento da fauna urbana principalmente pássaros enriquecendo
a nossa biodiversidade.
EXEMPLO DE CORREDOR:
ANTES DEPOIS
Foto:WellingtonOliveira
06
BENEFÍCIOS DA ARBORIZAÇÃO
Além das funções ambientais vitais, a arborização é um
componente fundamental da paisagem urbana e faz parte da identidade local,
relacionando-se com aspectos sociais, culturais e históricos; sendo portanto
importante planejá-la de modo integrado ao cenário.
SERVIÇOS AMBIENTAIS PARA O BEM-ESTAR HUMANO
• Ameniza a radiação solar, suavizando a claridade intensa da radiação;
• Reduz as temperaturas, diminuindo a sensação térmica de pedestres e motoristas;
• Diminui o efeito das ilhas de calor, criando ilhas de conforto térmico regulando o
micro-clima urbano;
• Sequestra gás carbônico (CO²) e libera oxigênio, reduzindo a poluição atmosférica,
melhorando a qualidade do ar;
• Serve como alimento no caso de especies frutíferas;
• Uso medicinal;
• Aumenta a sensação de bem-estar e melhora nossa saúde física e mental.
• Aumenta a umidade relativa do ar e, consequentemente, a freqüência das chuvas;
• Reduz a velocidade dos ventos, amenizando o transporte de poeira e acidentes;
• Exerce a função de barreira de som;
• Serve como abrigo natural a pequenos e médios animais, necessário ao equilíbrio
ambiental;
• Protege o solo em áreas de risco e sujeitas a erosões;
• Favorece a infiltração das águas pluviais diminuindo erosões e enchentes.
A PAISAGEM
• Ajuda a organizar o ambiente urbano;
• Amplia os espaços;
• Minimiza a aridez da paisagem urbana;
• Embeleza e perfuma as ruas, avenidas e praças;
• Propicia variação de cor, forma e textura à cidade;
• Valoriza os imóveis.
07
PLANEJANDO A ARBORIZAÇÃO URBANA
Os benefícios da arborização urbana são mais proveitosos quando
bem planejados, e para isso, é necessário considerar alguns aspectos relevantes. É preciso levar
em conta a infra-estrutura urbana, seus equipamentos e serviços de forma que a arborização
esteja em harmonia com: o trânsito de veículos e pedestres, a rede de energia elétrica, a
iluminação pública, as redes subterrâneas (água, esgoto, gás, etc.), os afastamentos prediais e a
legislação do município.
Para os parques e canteiros centrais de avenidas, por exemplo,
podemos utilizar árvores de todos os portes. No entanto, a arborização de calçadas prescinde de
cuidados especiais, desde a escolha da especie até seu plantio e manutenção.
Para um plantio correto é importante observar os seguintes apontamentos:
PREFERIR:
• Especies rústicas e que apresentem
resistência natural a pragas e doenças,
para evitar o uso de fungicidas e
pesticidas, desaconselhável no meio
urbano;
• Especies de crescimento rápido;
• A diversidade de especies nativas;
• Em calçadas especies com o sistema
radicular pivotante, para evitar danos;
• Em paisagismo especies que
apresentem boa estética.
EVITAR:
• Especies que tenham espinhos ou acúleos
que possam ferir os pedestres;
• Especies que dêem frutos grandes, a fim
de evitar acidentes aos pedestres e
motoristas;
• Especies de porte incompatível com o
espaço disponível ao plantio;
• Especies de tronco frágil, caule e ramos
quebradiços, que possam ocasionar
queda em via publica;
• Especies que não sejam adaptadas ao
nosso clima;
• Em calçadas especies de raízes
superficiais que possam causar danos.
08
SUGESTÃO DE ESPECIES A SEREM UTILIZADAS NO PLANTIO
A escolha das especies é um fator de grande importancia no
planejamento da Arborização Urbana. Os aspectos relacionados com as características das
especies usadas serão indicadas exclusivamente pela Secretaria de Meio Ambiente:
Nº Nome Popular Nome Científico
1 Açaí Euterpe oleracea
2 Açoita cavalo Luehea grandiflora
3 Aldrago Pterocarpus violaceus
4 Alecrim de Campinas Holocalyx balansae
5 Algodão de praia Hibiscus pernambucensis
6 Angelim rosa Andira fraxinifolia
7 Angico do cerrado Anadenanthera falcata
8 Araçá Psidium guineense
9 Araribá-amarelo/ Araribá Centrolobium robustum
10 Araticum Annona cacans
11 Aroeira branca Lithraea molleoides
12 Aroeira mansa Schinus terebinthifolius
13 Aroeira salsa Schinus molle
14 Cassia Grande Cassia grandis
15 Babosa branca Cordia superba
16 Bacuri Attalea phalerata
17 Buriti Mauritia flexuosa
18 Cabeleira de velho Euphorbia leucocephala
19 Cabreuva Myroxylon peruiferum
20 Café de bugre Cordia ecalyculata
21 Cambuci Campomanesia phaea
22 Canafístula Peltophorum dubium
23 Canela sassafraz Ocotea pretiosa
24 Capitãozinho Terminalia triflora
25 Caroba Jacaranda cuspidifolia
26 Cedro Cedrela fissilis
27 Cereja do rio grande Eugenia involucrata
28 Copaíba Copaifera langsdorffii
29 Corticeira Erythrina crista-galli
30 Dedaleiro Lafoensia pacari
31 Embaúba branca Cecropia pachystachya
32 Guaçatonga Casearia sylvestris
33 Tápia Alchornea sidifolia
34 Falso-barbatimão Cassia leptophylla
35 Fedegoso/ Manduirana –Aleluia Senna macranthera
36 Goiabeira Psidium guajava
37 Grumixama Eugenia brasiliensis
38 Guabiroba Campomanesia xanthocarpa
39 Guapuruvu Schizolobium parahyba
40 Guarantã Esenbeckia leiocarpa
Nº Nome Popular Nome Científico
41 Guatambu Aspidosperma olivaceum
42 Ingá Inga cylindrica
43 Ipê amarelo Handroanthus chrysotrichus
44 Ipê branco Tabebuia roseo-alba
45 Ipê rosa anão Tabebuia avellanedae
46 Ipê roxo Handroanthus impetiginosus
47 Jaboticabeira Myrciaria cauliflora
48 Jatobá Hymenaea courbaril
49 Jequetibá rosa Cariniana legalis
50 Jerivá Syagrus romanzoffiana
51 Louro – pardo Cordia trichotoma
52 Tápia Alchornea triplinervia
53 Manacá da serra Tibouchina mutabilis
54 Manacá de cheiro Brunfelsia uniflora
55 Mirindiba rosa Lafoensia glyptocarpa
56 Pau branco Cordia oncocalyx
57 Palmito juçara Euterpe edulis
58 Canela amarga Drimys brasiliensis
59 Pau Brasil Caesalpinia echinata
60 Pau cigarra-Aleluia Senna multijuga
61 Pau ferro Caesalpinia ferrea
62 Pau formiga Triplaris brasiliana
63 Pau marfim Balfourodendron riedelianum
64 Pau mulato Calycophyllum spruceanum
65 Pau-jacaré Piptadenia gonoacantha
66 Pau-viola/ Pombeiro Citharexylum myrianthum
67 Peroba Aspidosperma cylindrocarpon
68 Peroba –rosa Aspidosperma polyneuron
69 Pindaíva Duguetia lanceolata
70 Pitanga Eugenia uniflora
71 Jacatirão Miconia cinnamomifolia
72 Capororoca Rapanea ferruginea
73 Quaresmeira Tibouchina granulosa
74 Casca d'anta Rauvolfia sellowii
75 Sangra d'água Croton urucurana
76 Sapucaia Lecythis pisonis
77 Sibipiruna Caesalpinia peltophoroides
78 Suinã Erythrina falcata
79 Candiuba Trema micrantha
80 Uvaia Eugenia pyriformis
09
CRITÉRIOS PARA EXECUÇÃO DO PLANTIO
LIMPEZA E ROÇADA
A operação de limpeza consiste na retirada de todos os entulhos e resíduos que possam interferir
no plantio.
São importantes algumas observações neste tipo de operação:
- Devem ser preservadas todas as plantas nativas pré-existentes, que tenham como característica
o porte arbustivo ou arbóreo, independente do tamanho em que se encontrem no local.
- Deve-se remover, através da roçada manual, o excesso de vegetação rasteira encontrada na
área a ser recomposta.
•EPI´s necessários de acordo com o método utilizado para limpeza e roçada, manual ou
mecanizada.
PREPARAÇÃO DO SOLO
É a operação que visa preparar adequadamente o terreno para oferecer às mudas a melhor
condição para o seu desenvolvimento, deverá estar livre de entulho e lixo. Caso o solo esteja
compactado é necessário revolvê-lo até a profundidade mínima de 60 cm, seguida da retirada de
torrões e/ou resíduos/lixo.
ABERTURA DOS BERÇOS
As dimensões mínimas dos berços garantem condições de nutrição para o desenvolvimento das
plantas, que devem ser de 0,60m X 0,60m, com profundidade de, pelo menos, 0,60m, separando-
se o solo superficial do solo de fundo, sendo recomendado ainda que ao redor das mudas
plantadas tenha uma área permeável de 2,0 m² que permita uma maior infiltração de água e
aeração do solo (ver FIG.1 e 2).
O colo da muda deve estar pouco abaixo do nível da superfície, para garantir retenção da água
por ocasião da rega (ver FIG.2).
Ao redor do berço não deverá ser feito acabamento com muretas ou qualquer barreira que
impeça o escoamento das águas das chuvas.
Em caso de plantio em calçada o entulho decorrente da quebra para abertura do berço deverá
ser recolhido e encaminhado ao PEV (Posto de Entrega Voluntário) mais próximo.
Na terra de preenchimento do berço deverão ser incorporados e misturados insumos da seguinte
forma, por muda/berço:
- 5 a 10 litros de adubo orgânico;
- 150 gramas de fosfato simples;
- 150 gramas de calcário;
- 150 gramas de torta de mamona.
ALTURA MÍNIMA DA ÁRVORE
A altura da muda a ser plantada é fator que influencia na consolidação e desenvolvimento da
mesma. A altura mínima recomendada é de 1,5 m, sendo que quanto maior a altura e o diâmetro
da mesma conferem maior resistência às agressões que, porventura, possa sofrer. As mudas
devem ter boa formação, livres de pragas e doenças, ter o sistema radicular bem formado e
consolidado na embalagem.
10
CRITÉRIOS PARA EXECUÇÃO DO PLANTIO
CONDIÇOES PARA UM PLANTIO CORRETO:
- A muda só deverá ser plantada se estiver isenta de doenças e lesões,
apresentando vigor em suas raízes, caule e folhas.
- Somente retirar a muda da embalagem no momento do plantio.
- No momento da retirada da muda não quebrar o torrão.
- Colocar em posição vertical, evitando inclinar a muda.
- Posicionar no centro do berço (ver FIG.1).
- Amparar a muda por tutor (haste de madeira ou bambu).
- O tutor não deve prejudicar o torrão onde estão as raízes, devendo ser
fincado no fundo do berço ao lado do mesmo obedecendo as seguintes
dimensões:
- Altura total igual ou maior que 2,30m ficando no mínimo 60 cm
enterrados e 4 cm de diâmetro, podendo o tutor ser retangular ou circular.
- Árvores com altura superior a 4m deverão ser amparadas por 3 tutores.
- A muda deve ser amarrada aos tutores com barbante, sisal ou similar, em
forma de 8 (oito) deitado, permitindo, porém, certa mobilidade (ver FIG.2).
- Deve ser feito o coroamento do berço após o plantio, com colocação de
uma camada de folhas secas ou composto orgânico sobre o berço de modo
a reter e manter melhor a umidade (ver FIG.3).
- A muda deverá ser irrigada frequentemente.
- Não pode ser feita a caiação ou pintura em qualquer parte da árvore,
bem como a fixação de publicidade.
MANUTENÇÃO DO PLANTIO
As novas condições do terreno após preparo e plantio, permitem também
o desenvolvimento de outras plantas que irão competir por luz, água e
nutrientes com as mudas de especies nativas. Dessa forma, há a
necessidade de um controle para inibir o crescimento dessas plantas,
através da aplicação de herbicidas, sempre de acordo com rígidos padrões
para evitar impactos ambientais.
- Os cuidados que devem ser adotados após os plantios concentram-se,
principalmente, no primeiro ano subseqüente, sendo importantes para o
desenvolvimento e consolidação das plantas. Destacando-se:
- “Coroamento” manual no entorno das mudas, num raio de
aproximadamente 0,50 m a cada 4 meses, no primeiro ano de plantio.
- Irrigação: deve ser realizada frequentemente, ao longo do primeiro ano
de plantio, visando o suprimento de água.
- Controle de formigas cortadeiras: monitorar constantemente o plantio,
caso haja presença procurar orientação para o controle adequado.
- Adubação: 150g de NPK 10-10-10.
11
PLANTIO EM CALÇADAS
ASPECTOS IMPORTANTES A SEREM OBSERVADOS PARA PLANTIO EM CALÇADAS
Não pode ser feito o plantio da árvore, quando existir sob a calçada instalações subterrâneas como redes de gás,
água, energia, telecomunicações, esgoto, drenagem, etc., bem como, garantir a acessibilidade de pedestres e
cadeirantes.
Distância mínima entre as árvores:
- 3 M ENTRE ESPECIES DE PEQUENO PORTE;
- 5 M ENTRE ESPECIES DE MÉDIO PORTE.
EQUIPAMENTOS URBANOS PRESENTES NA CALÇADA
As árvores deverão ser plantadas respeitando as distâncias abaixo
- 4m de postes de fiação e iluminação;
- 5m de esquinas;
- 3m de placas de sinalização de transito;
- 6m de semáforos;
- 1,5m de bocas-de–lobo, caixa de inspeção e bueiros;
- 1,5m de guias rebaixadas Manutenção do plantio.
ESPECIES A SEREM UTILIZADAS NO PLANTIO
Serão indicados dois grupos de árvores para plantio.
Pequeno Porte: compreende aquelas que deverão ser plantadas sob rede elétrica;
Médio Porte: em calçadas onde não há rede elétrica.
A escolha das especies é um fator de grande importancia no planejamento da
Arborização Urbana. Os aspectos relacionados com as características das especies usadas serão indicadas
exclusivamente pela Secretaria de Meio Ambiente:
Serão consideradas para o plantio:
- Especies prioritariamente nativa regional;
- Especies adaptadas ao clima;
- Especies de forma e tamanho da copa compatível ao espaço físico.
PEQUENO PORTE (sob rede elétrica)
Nome Popular Nome Científico
Algodão de praia Hibiscus pernambucensis
Arariba Simira sampaioana
Aroeira Salsa Schinus molle
Babosa Branca Cordia superba
Barbatimão Stryphnodendron adstringens
Canela Amarga Drimys brasiliensis
Canela-poca Styrax camporum
Caroba Jacaranda cuspidifolia
Caroba do Campo Tabebuia aurea
Carobinha Jacaranda puberula
Cerejeira- Rio Gde Eugenia involucrata
Cerejeira-do-Rio-Grande Hexachlamys edulis
Esponja- de –Ouro Stifftia chrysantha
Grumixama Eugenia brasiliensis
Guabiroba Campomanesia rhombea
Guaçatonga Casearia sylvestris
Guamirim Myrcia guianensis
Guamixinga Galipea Jasminiflora
Ipê Amarelo Handroanthus chrysotrichus
Ipê Branco Cerrado Tabebuia insignis
Jasmim-grado Rauvolfia sellowii
Murta Myrcia bella
Pau – Branco Cordia oncocalyx
Pêssego do Mato Eugenia myrcianthes
Tamanqueira Pera glabrata
Tingui-preto Dictyoloma vandellianum
MÉDIO PORTE
Nome Popular Nome Científico
Angelim-doce Andira fraxinifolia
Aroeira Pimenteira Schinus terebinthifolia
Aroeira-branca Lithraea molleoides
Canela Amarela Ocotea velutina
Dedaleiro Lafoensia pacari
Ipê Amarelo Tabebuia serratifolia
Ipê Amarelo do Brejo Tabebuia umbellata
Ipê Branco Tabebuia roseoalba
Ipê Roxo Handroanthus impetiginosus
Ipê-cascudo Handroanthus ochraceus
Mirindiba Lafoensia glyptocarpa
Pau-Brasil Caesalpinia echinata
Pau-de-tamanco Dendropanax cuneatus
Pau-terra Qualea grandiflora
Pitangueira Eugenia uniflora
Quaresmeira Tibouchina granulosa
Sabão-de-Soldado Sapindus saponaria
Sapucaia Lecythis pisonis
Uvaia Eugenia pyriformis
12
GLOSSÁRIO
ACÚLEOS – É uma projeção na superfície da planta, sobretudo no caule, semelhante a um
espinho.
ARBORIZAÇÃO - Plantação de árvores.
RAÍZ PIVOTANTE - Aquela que desenvolve uma raiz principal e radicular, a principal cresce
diretamente para baixo, dando origem as ramificações.
REMANESCENTES - Que remanesce; que sobra. S. m. Resto, sobejo. Portanto, remanescente é o
que sobrou, o que restou, o que sobreviveu.
SISTEMA RADICULAR - Sistema radicular e constituído das raízes, que são órgãos especializados
em fixação, absorção, reserva e condução. A extensão do sistema radicular depende de vários
fatores, mas a grande massa de raízes de nutrição se encontra nos metros mais próximos à
superfície da terra.
BERÇO - Abertura (buraco) feita no solo onde será plantada a muda.
CAIAÇÃO - Pintura a base de cal.
COROAMENTO - Consiste numa capina ao redor da árvore, num raio de no mínimo 50
centímetros, devendo ser repetida tantas vezes quanto necessária, com a finalidade de se evitar
a competição das arvores com as plantas invasoras.
ESPINHO - É um órgão axial ou apendicular, duro e pontiagudo. Geralmente espinhos são
estruturas modificadas.
ECOLÓGICO - Relação entre o homem e a natureza.
SEQUESTRO DE CARBONO - É um processo de remoção de gás carbônico, que ocorre
principalmente em oceanos, florestas e outros locais onde os organismos por meio de
fotossíntese, capturam o carbono e lançam oxigênio na atmosfera.
MATA ATLÂNTICA - É um bioma presente na maior parte no território brasileiro. As florestas
atlânticas são ecossistemas que apresentam árvores com folhas largas e perenes. Abriga árvores
que atingem de vinte a trinta metros de altura.
MANANCIAL - São as fontes de água, superficiais ou subterrâneas, utilizadas para
abastecimento humano e manutenção de atividades econômicas. As áreas de mananciais
compreendem as porções do território percorridas e drenadas pelos cursos d’água, desde as
nascentes até os rios e represas.
MATA NATIVA - São áreas que não sofreram a interferência humana ou seja, ambientes que
continuam com sua vegetação original preservada com especies nativas da região.
ÁGUAS PLUVIAIS - É a água provinda das chuvas, que é coletada pelos sistemas urbanos de
saneamento básico nas chamadas galerias de águas pluviais ou esgotos pluviais e que pode ter
tubulações próprias , sendo posteriormente lançadas nos cursos d'água, lagos, lagoas, baías ou
no mar.
EROSÕES - É a destruição do solo e das rochas e seu transporte, em geral feito pela água da
chuva, pelo vento ou, ainda, pela ação do gelo, quando este atua expandindo o material no qual
se infiltra a água congelada. A erosão destrói as estruturas (areias, argilas, óxidos e húmus) que
compõem o solo. Estas são transportados para as partes mais baixas dos relevos e em geral vão
assorear cursos d'água.
13
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS E CONSULTAS
- LORENZI, H. ÁRVORES BRASILEIRAS : Manual de identificação e cultivo de plantas arbóreas
nativas do Brasil. Vol.1, 5 ed. Nova Odessa, SP: Instituto Plantarum, 2008.
-CAMPO GRANDE. Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Desenvolvimento Urbano.
Arborização Urbana: Guia Prático. Campo Grande, MS, 2010.
-SÃO PAULO. Secretaria Municipal de Meio Ambiente. Manual de Arborização Urbana em
calçadas, 2011.
-PREFEITURA MUNICIPAL DE GUARULHOS. Memorial descritivo de Arborização, 2011.
- Guarulhos: espaço de muitos povos. – São Paulo: Noovha América, 2007. – (Série conto,
canto e encanto com a minha história...)
Sites consultados
http://pt.wikipedia.org/wiki/Wikipédia
14
INSTITUCIONAL
SECRETARIA DE MEIO AMBIENTE
DEPARTAMENTO DE RELAÇÕES DE MEIO AMBIENTE
Gerência Técnica de Arborização Urbana e Florestal
Rua Antonio Vita, nº 253 – Cidade Maia – Guarulhos/SP
Fone: (11) 2475-9858
Centro de Educação Ambiental Virginia Ranali
Centro de Arborização Urbana
Avenida Papa João XXIII, 219 – Cidade Maia – Guarulhos/SP
Acesse: www.pivguarulhos.uniblog.com.br
E-mail: pivguarulhos@gmail.com
twitter: @pivguarulhos
Fone: (11) 2441-4696 / 2457-2112
Horto Florestal Burle Marx
Estrada do Morro Grande, nº 3.888 – Água Azul – Guarulhos/SP
E-mail: hortoescola.piv@gmail.com
Fone: (11) 2436-1329

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Revista Gestão Agroecológica do Camping do Parque Estadual do Rio Vermelho
Revista Gestão Agroecológica do Camping do Parque Estadual do Rio VermelhoRevista Gestão Agroecológica do Camping do Parque Estadual do Rio Vermelho
Revista Gestão Agroecológica do Camping do Parque Estadual do Rio VermelhoCamping PAERVE
 
Nota de esclarecimento
Nota de esclarecimentoNota de esclarecimento
Nota de esclarecimentoguesta63c2a
 
Manual residuos solidos
Manual residuos solidosManual residuos solidos
Manual residuos solidosRobson Peixoto
 
Apresentação Programa Serviços Ambientais
Apresentação Programa Serviços AmbientaisApresentação Programa Serviços Ambientais
Apresentação Programa Serviços AmbientaisReservadaBiosferadaM
 
Revista Gestão Agroecológica do Camping do PAERVE
Revista Gestão Agroecológica do Camping do PAERVE Revista Gestão Agroecológica do Camping do PAERVE
Revista Gestão Agroecológica do Camping do PAERVE Camping PAERVE
 
Apresentação PAISAGISMO E MATA ATLÂNTICA + Manifesto-Paisagismo e M A 2019
Apresentação PAISAGISMO E MATA ATLÂNTICA + Manifesto-Paisagismo e M A 2019Apresentação PAISAGISMO E MATA ATLÂNTICA + Manifesto-Paisagismo e M A 2019
Apresentação PAISAGISMO E MATA ATLÂNTICA + Manifesto-Paisagismo e M A 2019ReservadaBiosferadaM
 
Botucatu apresentacao
Botucatu apresentacaoBotucatu apresentacao
Botucatu apresentacaoMara Pedroso
 
Madeira - Uso Sustentável na Construção Civil
Madeira - Uso Sustentável na Construção CivilMadeira - Uso Sustentável na Construção Civil
Madeira - Uso Sustentável na Construção Civilguest6ea8913
 
11ºano _Espaço Urbano/Espaço rural, o que distingue?
11ºano _Espaço Urbano/Espaço rural, o que distingue?11ºano _Espaço Urbano/Espaço rural, o que distingue?
11ºano _Espaço Urbano/Espaço rural, o que distingue?Idalina Leite
 
Relação entre a exploração da madeira na floresta do Mundundo e o desenvolvim...
Relação entre a exploração da madeira na floresta do Mundundo e o desenvolvim...Relação entre a exploração da madeira na floresta do Mundundo e o desenvolvim...
Relação entre a exploração da madeira na floresta do Mundundo e o desenvolvim...Luis Borges de Sousa Silva
 
Manual de recuperação de áreas degradadas
Manual de recuperação de áreas degradadasManual de recuperação de áreas degradadas
Manual de recuperação de áreas degradadasDiogo Brodt
 
Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos - Alternativa Vi...
Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos - Alternativa Vi...Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos - Alternativa Vi...
Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos - Alternativa Vi...PauloSergioGomes7
 
Projeto hidroambiental ute rio curimatai
Projeto hidroambiental   ute rio curimataiProjeto hidroambiental   ute rio curimatai
Projeto hidroambiental ute rio curimataiCBH Rio das Velhas
 

Mais procurados (19)

Revista Gestão Agroecológica do Camping do Parque Estadual do Rio Vermelho
Revista Gestão Agroecológica do Camping do Parque Estadual do Rio VermelhoRevista Gestão Agroecológica do Camping do Parque Estadual do Rio Vermelho
Revista Gestão Agroecológica do Camping do Parque Estadual do Rio Vermelho
 
Nota de esclarecimento
Nota de esclarecimentoNota de esclarecimento
Nota de esclarecimento
 
Correio Popular
Correio PopularCorreio Popular
Correio Popular
 
AP_Restoration_Pact_mar_2011
AP_Restoration_Pact_mar_2011AP_Restoration_Pact_mar_2011
AP_Restoration_Pact_mar_2011
 
Manual residuos solidos
Manual residuos solidosManual residuos solidos
Manual residuos solidos
 
Apresentação Programa Serviços Ambientais
Apresentação Programa Serviços AmbientaisApresentação Programa Serviços Ambientais
Apresentação Programa Serviços Ambientais
 
Revista Gestão Agroecológica do Camping do PAERVE
Revista Gestão Agroecológica do Camping do PAERVE Revista Gestão Agroecológica do Camping do PAERVE
Revista Gestão Agroecológica do Camping do PAERVE
 
Cartilha residuos-lampadas
Cartilha residuos-lampadasCartilha residuos-lampadas
Cartilha residuos-lampadas
 
Apresentação PAISAGISMO E MATA ATLÂNTICA + Manifesto-Paisagismo e M A 2019
Apresentação PAISAGISMO E MATA ATLÂNTICA + Manifesto-Paisagismo e M A 2019Apresentação PAISAGISMO E MATA ATLÂNTICA + Manifesto-Paisagismo e M A 2019
Apresentação PAISAGISMO E MATA ATLÂNTICA + Manifesto-Paisagismo e M A 2019
 
Botucatu apresentacao
Botucatu apresentacaoBotucatu apresentacao
Botucatu apresentacao
 
Madeira - Uso Sustentável na Construção Civil
Madeira - Uso Sustentável na Construção CivilMadeira - Uso Sustentável na Construção Civil
Madeira - Uso Sustentável na Construção Civil
 
11ºano _Espaço Urbano/Espaço rural, o que distingue?
11ºano _Espaço Urbano/Espaço rural, o que distingue?11ºano _Espaço Urbano/Espaço rural, o que distingue?
11ºano _Espaço Urbano/Espaço rural, o que distingue?
 
Relação entre a exploração da madeira na floresta do Mundundo e o desenvolvim...
Relação entre a exploração da madeira na floresta do Mundundo e o desenvolvim...Relação entre a exploração da madeira na floresta do Mundundo e o desenvolvim...
Relação entre a exploração da madeira na floresta do Mundundo e o desenvolvim...
 
Serie corredores 1
Serie corredores 1Serie corredores 1
Serie corredores 1
 
Manual de recuperação de áreas degradadas
Manual de recuperação de áreas degradadasManual de recuperação de áreas degradadas
Manual de recuperação de áreas degradadas
 
Educação e gestão ambiental
Educação e gestão ambientalEducação e gestão ambiental
Educação e gestão ambiental
 
Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos - Alternativa Vi...
Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos - Alternativa Vi...Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos - Alternativa Vi...
Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos - Alternativa Vi...
 
Apresentação Secretaria Meio Ambiente
Apresentação Secretaria Meio AmbienteApresentação Secretaria Meio Ambiente
Apresentação Secretaria Meio Ambiente
 
Projeto hidroambiental ute rio curimatai
Projeto hidroambiental   ute rio curimataiProjeto hidroambiental   ute rio curimatai
Projeto hidroambiental ute rio curimatai
 

Destaque (20)

Untitled Presentation
Untitled PresentationUntitled Presentation
Untitled Presentation
 
Ebay Today
Ebay TodayEbay Today
Ebay Today
 
ระบบ
ระบบระบบ
ระบบ
 
Lecture 9
Lecture 9Lecture 9
Lecture 9
 
Malware
MalwareMalware
Malware
 
Doc1
Doc1Doc1
Doc1
 
ตาราง
ตารางตาราง
ตาราง
 
Pasquale & ulisses gramática da língua portuguesa - nova edição
Pasquale & ulisses   gramática da língua portuguesa - nova ediçãoPasquale & ulisses   gramática da língua portuguesa - nova edição
Pasquale & ulisses gramática da língua portuguesa - nova edição
 
ทั่วไป
ทั่วไปทั่วไป
ทั่วไป
 
ความรู้
ความรู้ความรู้
ความรู้
 
Situation sorter presentation
Situation sorter presentationSituation sorter presentation
Situation sorter presentation
 
Summary - The Road to Global Prosperity
Summary - The Road to Global ProsperitySummary - The Road to Global Prosperity
Summary - The Road to Global Prosperity
 
Presentation1
Presentation1Presentation1
Presentation1
 
Thrust block
Thrust blockThrust block
Thrust block
 
Appilicious
AppiliciousAppilicious
Appilicious
 
Presidential Service Award
Presidential Service AwardPresidential Service Award
Presidential Service Award
 
FMS Spring Appeal 2014
FMS Spring Appeal 2014FMS Spring Appeal 2014
FMS Spring Appeal 2014
 
Slide11 icc2015
Slide11 icc2015Slide11 icc2015
Slide11 icc2015
 
Korovai or wedding bread
Korovai or wedding breadKorovai or wedding bread
Korovai or wedding bread
 
Ppt pik sistem peredaran
Ppt pik sistem peredaranPpt pik sistem peredaran
Ppt pik sistem peredaran
 

Semelhante a Manual de Arborizacao Urbana

Atividade colaborativa responsabilidade social e meio ambiente- paulo rogér...
Atividade colaborativa   responsabilidade social e meio ambiente- paulo rogér...Atividade colaborativa   responsabilidade social e meio ambiente- paulo rogér...
Atividade colaborativa responsabilidade social e meio ambiente- paulo rogér...Cisco Kunsagi
 
Projeto adote uma arvore
Projeto adote uma arvoreProjeto adote uma arvore
Projeto adote uma arvorePortalCabo
 
Nota de esclarecimento
Nota de esclarecimentoNota de esclarecimento
Nota de esclarecimentovfalcao
 
Apresentação projeto de revitalização ambiental na bacia hidrográfica dos có...
Apresentação  projeto de revitalização ambiental na bacia hidrográfica dos có...Apresentação  projeto de revitalização ambiental na bacia hidrográfica dos có...
Apresentação projeto de revitalização ambiental na bacia hidrográfica dos có...Rafael Oliveira
 
Economia e meio ambiente apa do pratigi
Economia e meio ambiente   apa do pratigiEconomia e meio ambiente   apa do pratigi
Economia e meio ambiente apa do pratigiRoque Fraga
 
Áreas verdes de londrina
Áreas verdes de londrinaÁreas verdes de londrina
Áreas verdes de londrinaBruno Carvalho
 
Manual recupareas degradadas
Manual recupareas degradadasManual recupareas degradadas
Manual recupareas degradadasMarlos Nogueira
 
Manual recuperação áreas degradadas
Manual recuperação áreas degradadasManual recuperação áreas degradadas
Manual recuperação áreas degradadasJorge Henrique Silva
 
Manual de educação ambiental vol 2
Manual de educação ambiental vol 2Manual de educação ambiental vol 2
Manual de educação ambiental vol 2Ananda Helena
 
Pacto pela Restauração da Mata Atlântica - Conceitos e ações de restauração f...
Pacto pela Restauração da Mata Atlântica - Conceitos e ações de restauração f...Pacto pela Restauração da Mata Atlântica - Conceitos e ações de restauração f...
Pacto pela Restauração da Mata Atlântica - Conceitos e ações de restauração f...Guellity Marcel
 
Pacto pela Restauração da Mata Atlântica
Pacto pela Restauração da Mata AtlânticaPacto pela Restauração da Mata Atlântica
Pacto pela Restauração da Mata AtlânticaUrialisson Queiroz
 
Cartilha alternativas agricultura familiar
Cartilha alternativas agricultura familiarCartilha alternativas agricultura familiar
Cartilha alternativas agricultura familiarPolpas
 
Cartilha alternativas agricultura familiar
Cartilha alternativas agricultura familiarCartilha alternativas agricultura familiar
Cartilha alternativas agricultura familiarPolpas
 

Semelhante a Manual de Arborizacao Urbana (20)

Atividade colaborativa responsabilidade social e meio ambiente- paulo rogér...
Atividade colaborativa   responsabilidade social e meio ambiente- paulo rogér...Atividade colaborativa   responsabilidade social e meio ambiente- paulo rogér...
Atividade colaborativa responsabilidade social e meio ambiente- paulo rogér...
 
Cuta
CutaCuta
Cuta
 
Projeto 20 Doc
Projeto 20 DocProjeto 20 Doc
Projeto 20 Doc
 
Projeto adote uma arvore
Projeto adote uma arvoreProjeto adote uma arvore
Projeto adote uma arvore
 
Nota de esclarecimento
Nota de esclarecimentoNota de esclarecimento
Nota de esclarecimento
 
Apresentação projeto de revitalização ambiental na bacia hidrográfica dos có...
Apresentação  projeto de revitalização ambiental na bacia hidrográfica dos có...Apresentação  projeto de revitalização ambiental na bacia hidrográfica dos có...
Apresentação projeto de revitalização ambiental na bacia hidrográfica dos có...
 
Economia e meio ambiente apa do pratigi
Economia e meio ambiente   apa do pratigiEconomia e meio ambiente   apa do pratigi
Economia e meio ambiente apa do pratigi
 
Áreas verdes de londrina
Áreas verdes de londrinaÁreas verdes de londrina
Áreas verdes de londrina
 
Proposta esec bita.e.utinga
Proposta esec bita.e.utingaProposta esec bita.e.utinga
Proposta esec bita.e.utinga
 
Manual recupareas degradadas
Manual recupareas degradadasManual recupareas degradadas
Manual recupareas degradadas
 
Manual de RAD - SP
Manual de RAD - SPManual de RAD - SP
Manual de RAD - SP
 
Manual recuperação áreas degradadas
Manual recuperação áreas degradadasManual recuperação áreas degradadas
Manual recuperação áreas degradadas
 
Manual de educação ambiental vol 2
Manual de educação ambiental vol 2Manual de educação ambiental vol 2
Manual de educação ambiental vol 2
 
Pacto pela Restauração da Mata Atlântica - Conceitos e ações de restauração f...
Pacto pela Restauração da Mata Atlântica - Conceitos e ações de restauração f...Pacto pela Restauração da Mata Atlântica - Conceitos e ações de restauração f...
Pacto pela Restauração da Mata Atlântica - Conceitos e ações de restauração f...
 
Pacto pela Restauração da Mata Atlântica
Pacto pela Restauração da Mata AtlânticaPacto pela Restauração da Mata Atlântica
Pacto pela Restauração da Mata Atlântica
 
Educacao ambiental
Educacao ambientalEducacao ambiental
Educacao ambiental
 
Palestra unesp 09 2011
Palestra unesp 09 2011Palestra unesp 09 2011
Palestra unesp 09 2011
 
El Cambioclimatico En Lap
El Cambioclimatico En LapEl Cambioclimatico En Lap
El Cambioclimatico En Lap
 
Cartilha alternativas agricultura familiar
Cartilha alternativas agricultura familiarCartilha alternativas agricultura familiar
Cartilha alternativas agricultura familiar
 
Cartilha alternativas agricultura familiar
Cartilha alternativas agricultura familiarCartilha alternativas agricultura familiar
Cartilha alternativas agricultura familiar
 

Mais de Aline Naue

Trabalho de infraestrutura urbana- UFF
Trabalho de infraestrutura urbana- UFFTrabalho de infraestrutura urbana- UFF
Trabalho de infraestrutura urbana- UFFAline Naue
 
Manual arquiteto descalço
Manual arquiteto descalçoManual arquiteto descalço
Manual arquiteto descalçoAline Naue
 
Cidades do Amanhã
Cidades do Amanhã Cidades do Amanhã
Cidades do Amanhã Aline Naue
 
A cidade como um jogo de cartas - Carlos Nelson
A cidade como um jogo de cartas -  Carlos NelsonA cidade como um jogo de cartas -  Carlos Nelson
A cidade como um jogo de cartas - Carlos NelsonAline Naue
 
O Urbanismo - de Françoise Choay
O Urbanismo - de Françoise ChoayO Urbanismo - de Françoise Choay
O Urbanismo - de Françoise ChoayAline Naue
 
Xian - declaração de 2005
Xian - declaração de 2005Xian - declaração de 2005
Xian - declaração de 2005Aline Naue
 
Recomendação de Paris 2003 imaterial
Recomendação de Paris 2003 imaterialRecomendação de Paris 2003 imaterial
Recomendação de Paris 2003 imaterialAline Naue
 
Recomendação de Nairobi 1976
Recomendação de Nairobi 1976Recomendação de Nairobi 1976
Recomendação de Nairobi 1976Aline Naue
 
Normas de Quito 1967
Normas de Quito 1967Normas de Quito 1967
Normas de Quito 1967Aline Naue
 
Declaracao de Amsterda 1975
Declaracao de Amsterda 1975Declaracao de Amsterda 1975
Declaracao de Amsterda 1975Aline Naue
 
Conferência de Nara 1994
Conferência de Nara 1994Conferência de Nara 1994
Conferência de Nara 1994Aline Naue
 
Carta de veneza
Carta de venezaCarta de veneza
Carta de venezaAline Naue
 
Carta de washington
Carta de washingtonCarta de washington
Carta de washingtonAline Naue
 
Carta de petrópolis
Carta de petrópolis Carta de petrópolis
Carta de petrópolis Aline Naue
 
Carta de Florença
Carta de Florença Carta de Florença
Carta de Florença Aline Naue
 
Carta de Atenas II
Carta de Atenas IICarta de Atenas II
Carta de Atenas IIAline Naue
 
Carta de Atenas
Carta de AtenasCarta de Atenas
Carta de AtenasAline Naue
 
A Paisagem Urbana
A Paisagem UrbanaA Paisagem Urbana
A Paisagem UrbanaAline Naue
 
NBR 9050 ATUALIZADA
NBR 9050 ATUALIZADANBR 9050 ATUALIZADA
NBR 9050 ATUALIZADAAline Naue
 
A Paisagem Urbana - de Gordon Cullen
A Paisagem Urbana - de Gordon Cullen A Paisagem Urbana - de Gordon Cullen
A Paisagem Urbana - de Gordon Cullen Aline Naue
 

Mais de Aline Naue (20)

Trabalho de infraestrutura urbana- UFF
Trabalho de infraestrutura urbana- UFFTrabalho de infraestrutura urbana- UFF
Trabalho de infraestrutura urbana- UFF
 
Manual arquiteto descalço
Manual arquiteto descalçoManual arquiteto descalço
Manual arquiteto descalço
 
Cidades do Amanhã
Cidades do Amanhã Cidades do Amanhã
Cidades do Amanhã
 
A cidade como um jogo de cartas - Carlos Nelson
A cidade como um jogo de cartas -  Carlos NelsonA cidade como um jogo de cartas -  Carlos Nelson
A cidade como um jogo de cartas - Carlos Nelson
 
O Urbanismo - de Françoise Choay
O Urbanismo - de Françoise ChoayO Urbanismo - de Françoise Choay
O Urbanismo - de Françoise Choay
 
Xian - declaração de 2005
Xian - declaração de 2005Xian - declaração de 2005
Xian - declaração de 2005
 
Recomendação de Paris 2003 imaterial
Recomendação de Paris 2003 imaterialRecomendação de Paris 2003 imaterial
Recomendação de Paris 2003 imaterial
 
Recomendação de Nairobi 1976
Recomendação de Nairobi 1976Recomendação de Nairobi 1976
Recomendação de Nairobi 1976
 
Normas de Quito 1967
Normas de Quito 1967Normas de Quito 1967
Normas de Quito 1967
 
Declaracao de Amsterda 1975
Declaracao de Amsterda 1975Declaracao de Amsterda 1975
Declaracao de Amsterda 1975
 
Conferência de Nara 1994
Conferência de Nara 1994Conferência de Nara 1994
Conferência de Nara 1994
 
Carta de veneza
Carta de venezaCarta de veneza
Carta de veneza
 
Carta de washington
Carta de washingtonCarta de washington
Carta de washington
 
Carta de petrópolis
Carta de petrópolis Carta de petrópolis
Carta de petrópolis
 
Carta de Florença
Carta de Florença Carta de Florença
Carta de Florença
 
Carta de Atenas II
Carta de Atenas IICarta de Atenas II
Carta de Atenas II
 
Carta de Atenas
Carta de AtenasCarta de Atenas
Carta de Atenas
 
A Paisagem Urbana
A Paisagem UrbanaA Paisagem Urbana
A Paisagem Urbana
 
NBR 9050 ATUALIZADA
NBR 9050 ATUALIZADANBR 9050 ATUALIZADA
NBR 9050 ATUALIZADA
 
A Paisagem Urbana - de Gordon Cullen
A Paisagem Urbana - de Gordon Cullen A Paisagem Urbana - de Gordon Cullen
A Paisagem Urbana - de Gordon Cullen
 

Manual de Arborizacao Urbana

  • 1. Manual de Arborização Urbana Foto:FábioVieira Especie: Paineira – Ceiba speciosa Local: Praça Antônio Nader – Gopouva – Guarulhos/SP Secretaria de Meio Ambiente
  • 2. SUMÁRIO APRESENTAÇÃO................................................................................. 02 GUARULHOS...................................................................................... 03 PROGRAMA ILHAS VERDES................................................................ 04 MAPA TERMAL DE GUARULHOS ........................................................ 05 CORREDORES ECOLÓGICOS............................................................... 06 BENEFÍCIOS DA ARBORIZAÇÃO.......................................................... 07 PLANEJANDO A ARBORIZAÇÃO URBANA........................................... 08 SUGESTÃO DE ESPECIES A SEREM UTILIZADAS NO PLANTIO.............. 09 CRITÉRIOS PARA EXECUÇÃO DO PLANTIO......................................... 10 PLANTIO EM CALÇADAS ................................................................... 12 GLOSSÁRIO...................................................................................... 13 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS........................................................ 14 01
  • 3. APRESENTAÇÃO Este manual visa reconhecer e valorizar o papel da arborização em beneficio da comunidade e do meio ambiente, conscientizando a todos a necessidade da arborização urbana, indicando a maneira mais adequada de desenvolvê-la e conservá-la. A arborização é de suma importancia para a qualidade de vida humana. Ela age simultaneamente sobre o lado físico e mental do homem, desempenhando funções vitais para a saúde. As árvores purificam o ar, aumentam a umidade do ar, diminuem a temperatura, absorvem os ruídos, sequestram o carbono, combatem as ilhas de calor, entre outros serviços ambientais. Sendo assim, este manual é uma ferramenta para consulta da população de um modo geral, pois apresenta de forma prática e elucidativa os corretos procedimentos e técnicas para o planejamento, execução e manutenção da arborização urbana do município. Foto:WellingtonOliveira Especie: Ipê amarelo – Handroanthus ssp. Local: Praça Com. Humberto Reis Costa – Centro – Guarulhos/SP. 02
  • 4. GUARULHOS O município de Guarulhos pertence à Região Metropolitana de São Paulo e ocupa uma área de 319,191 km2, apresentando grande contraste de uso do solo, entre a sua porção sul com densa ocupação urbana, Aeroporto Internacional e grandes eixos rodoviários (Dutra, Ayrton Senna, Fernão Dias) e sua porção norte com vegetação com diversos graus de cobertura. A paisagem antiga de Guarulhos era totalmente coberta por vegetação arborea, arbustiva e herbacea. Era formada por vegetação florestal, compreendendo a Mata Atlântica; arbustiva ou cerrados e cerradinho; herbácea de campos e várzea, junto aos rios. O uso rural, a mineração e a crescente urbanização da cidade mudaram quase totalmente a situação inicial, restando em maior quantidade a floresta tropical na região serrana, onde predominam a mata secundária, havendo apenas no Núcleo Cabuçu do Parque Estadual da Cantareira a presença de mata primária, e extensas áreas de campos antrópicos. Com o crescimento da cidade restou apenas a vegetação da Serra da Cantareira, a maior mata nativa que sobrevive dentro do município. A Reserva Estadual da Cantareira possui uma área de 5.674 hectares, dividida entre a zona norte da Capital, parte de Guarulhos, Mairiporã e Franco da Rocha. É formada por florestas latifoliadas tropicais, onde vivem serelepes, nhambus, tucanos e outros animais. Quase um terço da extensão do município, é composto por áreas de proteção aos mananciais, fontes ou nascentes e reservatórios de água que são protegidos por lei. Diagnósticos mais recentes apontam que cerca de um terço do Município é coberto por vegetação de porte arbóreo distribuído conforme as fisionomias descritas. No entanto, esses remanescentes que em números absolutos são significativos, ainda mais considerando-se o contexto da região Metropolitana na qual está inserido, encontram-se heterogeneamente distribuídos pelo Município podendo ser verificado em alguns Bairros baixíssima densidade de cobertura arbórea por habitante até índices mais elevados nas porções Norte e Nordeste do Município. O município de Guarulhos participa da Reserva da Biosfera do Cinturão Verde de São Paulo (RBCV), outorgada pela Unesco como patrimônio mundial. A RBCV fornece serviços ambientais importantes para o controle das ilhas de calor, redução de enchentes, poluição atmosférica e produção de água para Guarulhos por meio dos seus mananciais da Represa do Cabuçu, Tanque Grande. 03
  • 5. PROGRAMA ILHAS VERDES A Secretaria de Meio-Ambiente – Sema, desenvolve programa que visa a intensificação da arborização urbana, com a implantação de maciços de árvores e plantios lineares, para provocar a diminuição na intensidade das ilhas de calor na cidade, concentradas majoritariamente na Cidade Industrial Satélite de Cumbica, no Aeroporto Internacional de Cumbica, na região que vai do Centro até o Taboão, e na região de Itapegica. Além disso, as empresas serão incentivadas a implantar mini- bosques e os chamados telhados verdes em suas propriedades. As empresas e condomínios residenciais que forem instalar-se na cidade terão de compensar a obra de alguma forma, seja com os mini-bosques, ou com os telhados verdes ou com outro projeto de arborização discutido junto à Secretaria. A Secretaria de Meio Ambiente já está fazendo a sua parte, arborizando as principais vias da cidade, como Paulo Faccini, Tiradentes, Santos Dumont e Baquirivu, também tem intensificado as compensações ambientais com vistas ao Programa Ilhas Verdes, oriundas de empreendimentos que situam-se em ilhas de calor importantes. As ilhas de calor sobre as quais a Secretaria Meio Ambiente trabalha, foram identificadas através de análises do laboratório de Geoprocessamento da UnG, com o desenvolvimento do mapa termal oriundo de imagem de satélite. O grupo de estudos identificou uma grande diferença entre as áreas que são cobertas pela mata e aquelas onde há apenas construções. No Aeroporto, por exemplo, onde existem as pistas asfaltadas, em imagem termal foi verificada uma temperatura de 38°C na superfície, enquanto que na mata da Base Aérea, a apenas alguns metros dali, a temperatura era de 28°C. Já na Cidade Satélite de Cumbica, ela voltava a 38°C. "Esse é um programa inédito internacionalmente. Com ele, a qualidade de vida da população certamente irá melhorar e sua implantação em outras cidades será incentivada", disse o coordenador da Reserva da Biosfera do Cinturão Verde de São Paulo. Desde 2008, quando foi criado, o PIV já plantou mais de 50.000 árvores em diversos locais da cidade, a meta é plantar no mínimo 10.000 mudas por ano. O principal objetivo do PIV é resgatar os serviços ambientais para o bem estar humano, atendendo os objetivos da UNESCO, através do programa “O Homem e a Biosfera”, sendo que através do nosso programa pretendemos diminuir as altas temperaturas, aumentar a umidade do ar, aumentar o sequestro de carbono, entre outras finalidades. Em 2010 o PIV foi reconhecido internacionalmente através de um livro publicado pela UNESCO em espanhol, distribuído em 140 países da Iberoamérica. Possui várias ferramentas de educação ambiental, entre elas o “Clube da Arvore”, o “Adote uma Árvore”, “Adote uma Ilha Verde”, parcerias com escolas, ONG’s e empresas, com palestras e plantios agendados. 04
  • 6. MAPA TERMAL DE GUARULHOS O mapa termal de Guarulhos foi desenvolvido pelo Laboratório de GeoProcessamento da Universidade Guarulhos com o objetivo de identificar as áreas com ilhas de calor. 05
  • 7. CORREDORES ECOLÓGICOS Os corredores atravessam basicamente áreas residenciais e comerciais, apresentando áreas verdes significativas. Eles visam ligar os Parque ecológico do Tietê e Parque estadual da Cantareira por meios de fragmento de vegetação. A malha viária ecológica formada através do PIV (Programa Ilhas Verdes) e dos corredores ecológicos urbanos resultará na formação de um Ecoanel, envolvendo as principais ilhas de calor, que refletirá num micro-clima local proporcionando um aumento da fauna urbana principalmente pássaros enriquecendo a nossa biodiversidade. EXEMPLO DE CORREDOR: ANTES DEPOIS Foto:WellingtonOliveira 06
  • 8. BENEFÍCIOS DA ARBORIZAÇÃO Além das funções ambientais vitais, a arborização é um componente fundamental da paisagem urbana e faz parte da identidade local, relacionando-se com aspectos sociais, culturais e históricos; sendo portanto importante planejá-la de modo integrado ao cenário. SERVIÇOS AMBIENTAIS PARA O BEM-ESTAR HUMANO • Ameniza a radiação solar, suavizando a claridade intensa da radiação; • Reduz as temperaturas, diminuindo a sensação térmica de pedestres e motoristas; • Diminui o efeito das ilhas de calor, criando ilhas de conforto térmico regulando o micro-clima urbano; • Sequestra gás carbônico (CO²) e libera oxigênio, reduzindo a poluição atmosférica, melhorando a qualidade do ar; • Serve como alimento no caso de especies frutíferas; • Uso medicinal; • Aumenta a sensação de bem-estar e melhora nossa saúde física e mental. • Aumenta a umidade relativa do ar e, consequentemente, a freqüência das chuvas; • Reduz a velocidade dos ventos, amenizando o transporte de poeira e acidentes; • Exerce a função de barreira de som; • Serve como abrigo natural a pequenos e médios animais, necessário ao equilíbrio ambiental; • Protege o solo em áreas de risco e sujeitas a erosões; • Favorece a infiltração das águas pluviais diminuindo erosões e enchentes. A PAISAGEM • Ajuda a organizar o ambiente urbano; • Amplia os espaços; • Minimiza a aridez da paisagem urbana; • Embeleza e perfuma as ruas, avenidas e praças; • Propicia variação de cor, forma e textura à cidade; • Valoriza os imóveis. 07
  • 9. PLANEJANDO A ARBORIZAÇÃO URBANA Os benefícios da arborização urbana são mais proveitosos quando bem planejados, e para isso, é necessário considerar alguns aspectos relevantes. É preciso levar em conta a infra-estrutura urbana, seus equipamentos e serviços de forma que a arborização esteja em harmonia com: o trânsito de veículos e pedestres, a rede de energia elétrica, a iluminação pública, as redes subterrâneas (água, esgoto, gás, etc.), os afastamentos prediais e a legislação do município. Para os parques e canteiros centrais de avenidas, por exemplo, podemos utilizar árvores de todos os portes. No entanto, a arborização de calçadas prescinde de cuidados especiais, desde a escolha da especie até seu plantio e manutenção. Para um plantio correto é importante observar os seguintes apontamentos: PREFERIR: • Especies rústicas e que apresentem resistência natural a pragas e doenças, para evitar o uso de fungicidas e pesticidas, desaconselhável no meio urbano; • Especies de crescimento rápido; • A diversidade de especies nativas; • Em calçadas especies com o sistema radicular pivotante, para evitar danos; • Em paisagismo especies que apresentem boa estética. EVITAR: • Especies que tenham espinhos ou acúleos que possam ferir os pedestres; • Especies que dêem frutos grandes, a fim de evitar acidentes aos pedestres e motoristas; • Especies de porte incompatível com o espaço disponível ao plantio; • Especies de tronco frágil, caule e ramos quebradiços, que possam ocasionar queda em via publica; • Especies que não sejam adaptadas ao nosso clima; • Em calçadas especies de raízes superficiais que possam causar danos. 08
  • 10. SUGESTÃO DE ESPECIES A SEREM UTILIZADAS NO PLANTIO A escolha das especies é um fator de grande importancia no planejamento da Arborização Urbana. Os aspectos relacionados com as características das especies usadas serão indicadas exclusivamente pela Secretaria de Meio Ambiente: Nº Nome Popular Nome Científico 1 Açaí Euterpe oleracea 2 Açoita cavalo Luehea grandiflora 3 Aldrago Pterocarpus violaceus 4 Alecrim de Campinas Holocalyx balansae 5 Algodão de praia Hibiscus pernambucensis 6 Angelim rosa Andira fraxinifolia 7 Angico do cerrado Anadenanthera falcata 8 Araçá Psidium guineense 9 Araribá-amarelo/ Araribá Centrolobium robustum 10 Araticum Annona cacans 11 Aroeira branca Lithraea molleoides 12 Aroeira mansa Schinus terebinthifolius 13 Aroeira salsa Schinus molle 14 Cassia Grande Cassia grandis 15 Babosa branca Cordia superba 16 Bacuri Attalea phalerata 17 Buriti Mauritia flexuosa 18 Cabeleira de velho Euphorbia leucocephala 19 Cabreuva Myroxylon peruiferum 20 Café de bugre Cordia ecalyculata 21 Cambuci Campomanesia phaea 22 Canafístula Peltophorum dubium 23 Canela sassafraz Ocotea pretiosa 24 Capitãozinho Terminalia triflora 25 Caroba Jacaranda cuspidifolia 26 Cedro Cedrela fissilis 27 Cereja do rio grande Eugenia involucrata 28 Copaíba Copaifera langsdorffii 29 Corticeira Erythrina crista-galli 30 Dedaleiro Lafoensia pacari 31 Embaúba branca Cecropia pachystachya 32 Guaçatonga Casearia sylvestris 33 Tápia Alchornea sidifolia 34 Falso-barbatimão Cassia leptophylla 35 Fedegoso/ Manduirana –Aleluia Senna macranthera 36 Goiabeira Psidium guajava 37 Grumixama Eugenia brasiliensis 38 Guabiroba Campomanesia xanthocarpa 39 Guapuruvu Schizolobium parahyba 40 Guarantã Esenbeckia leiocarpa Nº Nome Popular Nome Científico 41 Guatambu Aspidosperma olivaceum 42 Ingá Inga cylindrica 43 Ipê amarelo Handroanthus chrysotrichus 44 Ipê branco Tabebuia roseo-alba 45 Ipê rosa anão Tabebuia avellanedae 46 Ipê roxo Handroanthus impetiginosus 47 Jaboticabeira Myrciaria cauliflora 48 Jatobá Hymenaea courbaril 49 Jequetibá rosa Cariniana legalis 50 Jerivá Syagrus romanzoffiana 51 Louro – pardo Cordia trichotoma 52 Tápia Alchornea triplinervia 53 Manacá da serra Tibouchina mutabilis 54 Manacá de cheiro Brunfelsia uniflora 55 Mirindiba rosa Lafoensia glyptocarpa 56 Pau branco Cordia oncocalyx 57 Palmito juçara Euterpe edulis 58 Canela amarga Drimys brasiliensis 59 Pau Brasil Caesalpinia echinata 60 Pau cigarra-Aleluia Senna multijuga 61 Pau ferro Caesalpinia ferrea 62 Pau formiga Triplaris brasiliana 63 Pau marfim Balfourodendron riedelianum 64 Pau mulato Calycophyllum spruceanum 65 Pau-jacaré Piptadenia gonoacantha 66 Pau-viola/ Pombeiro Citharexylum myrianthum 67 Peroba Aspidosperma cylindrocarpon 68 Peroba –rosa Aspidosperma polyneuron 69 Pindaíva Duguetia lanceolata 70 Pitanga Eugenia uniflora 71 Jacatirão Miconia cinnamomifolia 72 Capororoca Rapanea ferruginea 73 Quaresmeira Tibouchina granulosa 74 Casca d'anta Rauvolfia sellowii 75 Sangra d'água Croton urucurana 76 Sapucaia Lecythis pisonis 77 Sibipiruna Caesalpinia peltophoroides 78 Suinã Erythrina falcata 79 Candiuba Trema micrantha 80 Uvaia Eugenia pyriformis 09
  • 11. CRITÉRIOS PARA EXECUÇÃO DO PLANTIO LIMPEZA E ROÇADA A operação de limpeza consiste na retirada de todos os entulhos e resíduos que possam interferir no plantio. São importantes algumas observações neste tipo de operação: - Devem ser preservadas todas as plantas nativas pré-existentes, que tenham como característica o porte arbustivo ou arbóreo, independente do tamanho em que se encontrem no local. - Deve-se remover, através da roçada manual, o excesso de vegetação rasteira encontrada na área a ser recomposta. •EPI´s necessários de acordo com o método utilizado para limpeza e roçada, manual ou mecanizada. PREPARAÇÃO DO SOLO É a operação que visa preparar adequadamente o terreno para oferecer às mudas a melhor condição para o seu desenvolvimento, deverá estar livre de entulho e lixo. Caso o solo esteja compactado é necessário revolvê-lo até a profundidade mínima de 60 cm, seguida da retirada de torrões e/ou resíduos/lixo. ABERTURA DOS BERÇOS As dimensões mínimas dos berços garantem condições de nutrição para o desenvolvimento das plantas, que devem ser de 0,60m X 0,60m, com profundidade de, pelo menos, 0,60m, separando- se o solo superficial do solo de fundo, sendo recomendado ainda que ao redor das mudas plantadas tenha uma área permeável de 2,0 m² que permita uma maior infiltração de água e aeração do solo (ver FIG.1 e 2). O colo da muda deve estar pouco abaixo do nível da superfície, para garantir retenção da água por ocasião da rega (ver FIG.2). Ao redor do berço não deverá ser feito acabamento com muretas ou qualquer barreira que impeça o escoamento das águas das chuvas. Em caso de plantio em calçada o entulho decorrente da quebra para abertura do berço deverá ser recolhido e encaminhado ao PEV (Posto de Entrega Voluntário) mais próximo. Na terra de preenchimento do berço deverão ser incorporados e misturados insumos da seguinte forma, por muda/berço: - 5 a 10 litros de adubo orgânico; - 150 gramas de fosfato simples; - 150 gramas de calcário; - 150 gramas de torta de mamona. ALTURA MÍNIMA DA ÁRVORE A altura da muda a ser plantada é fator que influencia na consolidação e desenvolvimento da mesma. A altura mínima recomendada é de 1,5 m, sendo que quanto maior a altura e o diâmetro da mesma conferem maior resistência às agressões que, porventura, possa sofrer. As mudas devem ter boa formação, livres de pragas e doenças, ter o sistema radicular bem formado e consolidado na embalagem. 10
  • 12. CRITÉRIOS PARA EXECUÇÃO DO PLANTIO CONDIÇOES PARA UM PLANTIO CORRETO: - A muda só deverá ser plantada se estiver isenta de doenças e lesões, apresentando vigor em suas raízes, caule e folhas. - Somente retirar a muda da embalagem no momento do plantio. - No momento da retirada da muda não quebrar o torrão. - Colocar em posição vertical, evitando inclinar a muda. - Posicionar no centro do berço (ver FIG.1). - Amparar a muda por tutor (haste de madeira ou bambu). - O tutor não deve prejudicar o torrão onde estão as raízes, devendo ser fincado no fundo do berço ao lado do mesmo obedecendo as seguintes dimensões: - Altura total igual ou maior que 2,30m ficando no mínimo 60 cm enterrados e 4 cm de diâmetro, podendo o tutor ser retangular ou circular. - Árvores com altura superior a 4m deverão ser amparadas por 3 tutores. - A muda deve ser amarrada aos tutores com barbante, sisal ou similar, em forma de 8 (oito) deitado, permitindo, porém, certa mobilidade (ver FIG.2). - Deve ser feito o coroamento do berço após o plantio, com colocação de uma camada de folhas secas ou composto orgânico sobre o berço de modo a reter e manter melhor a umidade (ver FIG.3). - A muda deverá ser irrigada frequentemente. - Não pode ser feita a caiação ou pintura em qualquer parte da árvore, bem como a fixação de publicidade. MANUTENÇÃO DO PLANTIO As novas condições do terreno após preparo e plantio, permitem também o desenvolvimento de outras plantas que irão competir por luz, água e nutrientes com as mudas de especies nativas. Dessa forma, há a necessidade de um controle para inibir o crescimento dessas plantas, através da aplicação de herbicidas, sempre de acordo com rígidos padrões para evitar impactos ambientais. - Os cuidados que devem ser adotados após os plantios concentram-se, principalmente, no primeiro ano subseqüente, sendo importantes para o desenvolvimento e consolidação das plantas. Destacando-se: - “Coroamento” manual no entorno das mudas, num raio de aproximadamente 0,50 m a cada 4 meses, no primeiro ano de plantio. - Irrigação: deve ser realizada frequentemente, ao longo do primeiro ano de plantio, visando o suprimento de água. - Controle de formigas cortadeiras: monitorar constantemente o plantio, caso haja presença procurar orientação para o controle adequado. - Adubação: 150g de NPK 10-10-10. 11
  • 13. PLANTIO EM CALÇADAS ASPECTOS IMPORTANTES A SEREM OBSERVADOS PARA PLANTIO EM CALÇADAS Não pode ser feito o plantio da árvore, quando existir sob a calçada instalações subterrâneas como redes de gás, água, energia, telecomunicações, esgoto, drenagem, etc., bem como, garantir a acessibilidade de pedestres e cadeirantes. Distância mínima entre as árvores: - 3 M ENTRE ESPECIES DE PEQUENO PORTE; - 5 M ENTRE ESPECIES DE MÉDIO PORTE. EQUIPAMENTOS URBANOS PRESENTES NA CALÇADA As árvores deverão ser plantadas respeitando as distâncias abaixo - 4m de postes de fiação e iluminação; - 5m de esquinas; - 3m de placas de sinalização de transito; - 6m de semáforos; - 1,5m de bocas-de–lobo, caixa de inspeção e bueiros; - 1,5m de guias rebaixadas Manutenção do plantio. ESPECIES A SEREM UTILIZADAS NO PLANTIO Serão indicados dois grupos de árvores para plantio. Pequeno Porte: compreende aquelas que deverão ser plantadas sob rede elétrica; Médio Porte: em calçadas onde não há rede elétrica. A escolha das especies é um fator de grande importancia no planejamento da Arborização Urbana. Os aspectos relacionados com as características das especies usadas serão indicadas exclusivamente pela Secretaria de Meio Ambiente: Serão consideradas para o plantio: - Especies prioritariamente nativa regional; - Especies adaptadas ao clima; - Especies de forma e tamanho da copa compatível ao espaço físico. PEQUENO PORTE (sob rede elétrica) Nome Popular Nome Científico Algodão de praia Hibiscus pernambucensis Arariba Simira sampaioana Aroeira Salsa Schinus molle Babosa Branca Cordia superba Barbatimão Stryphnodendron adstringens Canela Amarga Drimys brasiliensis Canela-poca Styrax camporum Caroba Jacaranda cuspidifolia Caroba do Campo Tabebuia aurea Carobinha Jacaranda puberula Cerejeira- Rio Gde Eugenia involucrata Cerejeira-do-Rio-Grande Hexachlamys edulis Esponja- de –Ouro Stifftia chrysantha Grumixama Eugenia brasiliensis Guabiroba Campomanesia rhombea Guaçatonga Casearia sylvestris Guamirim Myrcia guianensis Guamixinga Galipea Jasminiflora Ipê Amarelo Handroanthus chrysotrichus Ipê Branco Cerrado Tabebuia insignis Jasmim-grado Rauvolfia sellowii Murta Myrcia bella Pau – Branco Cordia oncocalyx Pêssego do Mato Eugenia myrcianthes Tamanqueira Pera glabrata Tingui-preto Dictyoloma vandellianum MÉDIO PORTE Nome Popular Nome Científico Angelim-doce Andira fraxinifolia Aroeira Pimenteira Schinus terebinthifolia Aroeira-branca Lithraea molleoides Canela Amarela Ocotea velutina Dedaleiro Lafoensia pacari Ipê Amarelo Tabebuia serratifolia Ipê Amarelo do Brejo Tabebuia umbellata Ipê Branco Tabebuia roseoalba Ipê Roxo Handroanthus impetiginosus Ipê-cascudo Handroanthus ochraceus Mirindiba Lafoensia glyptocarpa Pau-Brasil Caesalpinia echinata Pau-de-tamanco Dendropanax cuneatus Pau-terra Qualea grandiflora Pitangueira Eugenia uniflora Quaresmeira Tibouchina granulosa Sabão-de-Soldado Sapindus saponaria Sapucaia Lecythis pisonis Uvaia Eugenia pyriformis 12
  • 14. GLOSSÁRIO ACÚLEOS – É uma projeção na superfície da planta, sobretudo no caule, semelhante a um espinho. ARBORIZAÇÃO - Plantação de árvores. RAÍZ PIVOTANTE - Aquela que desenvolve uma raiz principal e radicular, a principal cresce diretamente para baixo, dando origem as ramificações. REMANESCENTES - Que remanesce; que sobra. S. m. Resto, sobejo. Portanto, remanescente é o que sobrou, o que restou, o que sobreviveu. SISTEMA RADICULAR - Sistema radicular e constituído das raízes, que são órgãos especializados em fixação, absorção, reserva e condução. A extensão do sistema radicular depende de vários fatores, mas a grande massa de raízes de nutrição se encontra nos metros mais próximos à superfície da terra. BERÇO - Abertura (buraco) feita no solo onde será plantada a muda. CAIAÇÃO - Pintura a base de cal. COROAMENTO - Consiste numa capina ao redor da árvore, num raio de no mínimo 50 centímetros, devendo ser repetida tantas vezes quanto necessária, com a finalidade de se evitar a competição das arvores com as plantas invasoras. ESPINHO - É um órgão axial ou apendicular, duro e pontiagudo. Geralmente espinhos são estruturas modificadas. ECOLÓGICO - Relação entre o homem e a natureza. SEQUESTRO DE CARBONO - É um processo de remoção de gás carbônico, que ocorre principalmente em oceanos, florestas e outros locais onde os organismos por meio de fotossíntese, capturam o carbono e lançam oxigênio na atmosfera. MATA ATLÂNTICA - É um bioma presente na maior parte no território brasileiro. As florestas atlânticas são ecossistemas que apresentam árvores com folhas largas e perenes. Abriga árvores que atingem de vinte a trinta metros de altura. MANANCIAL - São as fontes de água, superficiais ou subterrâneas, utilizadas para abastecimento humano e manutenção de atividades econômicas. As áreas de mananciais compreendem as porções do território percorridas e drenadas pelos cursos d’água, desde as nascentes até os rios e represas. MATA NATIVA - São áreas que não sofreram a interferência humana ou seja, ambientes que continuam com sua vegetação original preservada com especies nativas da região. ÁGUAS PLUVIAIS - É a água provinda das chuvas, que é coletada pelos sistemas urbanos de saneamento básico nas chamadas galerias de águas pluviais ou esgotos pluviais e que pode ter tubulações próprias , sendo posteriormente lançadas nos cursos d'água, lagos, lagoas, baías ou no mar. EROSÕES - É a destruição do solo e das rochas e seu transporte, em geral feito pela água da chuva, pelo vento ou, ainda, pela ação do gelo, quando este atua expandindo o material no qual se infiltra a água congelada. A erosão destrói as estruturas (areias, argilas, óxidos e húmus) que compõem o solo. Estas são transportados para as partes mais baixas dos relevos e em geral vão assorear cursos d'água. 13
  • 15. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS E CONSULTAS - LORENZI, H. ÁRVORES BRASILEIRAS : Manual de identificação e cultivo de plantas arbóreas nativas do Brasil. Vol.1, 5 ed. Nova Odessa, SP: Instituto Plantarum, 2008. -CAMPO GRANDE. Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Desenvolvimento Urbano. Arborização Urbana: Guia Prático. Campo Grande, MS, 2010. -SÃO PAULO. Secretaria Municipal de Meio Ambiente. Manual de Arborização Urbana em calçadas, 2011. -PREFEITURA MUNICIPAL DE GUARULHOS. Memorial descritivo de Arborização, 2011. - Guarulhos: espaço de muitos povos. – São Paulo: Noovha América, 2007. – (Série conto, canto e encanto com a minha história...) Sites consultados http://pt.wikipedia.org/wiki/Wikipédia 14
  • 16. INSTITUCIONAL SECRETARIA DE MEIO AMBIENTE DEPARTAMENTO DE RELAÇÕES DE MEIO AMBIENTE Gerência Técnica de Arborização Urbana e Florestal Rua Antonio Vita, nº 253 – Cidade Maia – Guarulhos/SP Fone: (11) 2475-9858 Centro de Educação Ambiental Virginia Ranali Centro de Arborização Urbana Avenida Papa João XXIII, 219 – Cidade Maia – Guarulhos/SP Acesse: www.pivguarulhos.uniblog.com.br E-mail: pivguarulhos@gmail.com twitter: @pivguarulhos Fone: (11) 2441-4696 / 2457-2112 Horto Florestal Burle Marx Estrada do Morro Grande, nº 3.888 – Água Azul – Guarulhos/SP E-mail: hortoescola.piv@gmail.com Fone: (11) 2436-1329