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Livro de magia
O que é magia branca – Introdução
Os conceitos de Magia, Esoterismo, Espiritualismo etc., sempre estiveram ligados à Humanidade ao
longo da história. As doutrinas esotéricas não eram motivo de estudos de ignorantes, supersticiosos e
medrosos, como quer que se acredite e aceite na atualidade, mas por uma ―nobreza‖que tem mantido
a chama de um Conhecimento Superior. É essa mesma Tocha do supremo conhecimento espiritual a
que sempre foi barreira contra a ignorância, as trevas, o caos, a intolerância.
A própria definição de Magia expressa bem sua verdadeira finalidade. Do persa Magh, que significa
Sábio, essa palavra originou outras, como Magister, Magistério e Magnum. Portanto, Magia vem
significar, basicamente, a sabedoria de todo o conhecimento que capacita o homem a desvendar e
dominar o Universo, a Natureza e a si próprio.
Outro termo para Magia é a aplicação da Consciência e da Vontade
sobre todas as forças da Natureza, não só as físicas, tridimensionais, mas aquelas que estão fora da
esfera de nossos cinco sentidos. Em síntese, é a aplicação da ciência e da vontade sobre as diversas
manifestações da vida. É a Ciência Total…
Origens Fantásticas daMagia
Em seu livro apócrifo, o profeta Enoch nos fala sobre as origens de muitos ramos do
conhecimento: ―Quando os filhos dos homens se multiplicaram naqueles dias, aconteceu que lhes
nasceram filhas elegantes e belas‖.
E quando os Anjos, os Filhos dos Céus, as viram, ficaram apaixonados por elas… ―E escolheram cada
qual uma mulher; e delas se aproximaram e coabitaram com elas; e lhes ensinaram a feitiçaria, os
encantamentos e as propriedades das raízes e das árvores.
E continua Enoch, afirmando que os Anjos caídos, ainda com bastante Conhecimento, ensinaram a
arte de resolver os sortilégios, observar as estrelas, os caracteres mágicos, os movimentos da Lua, a
arte de interpretar os signos, confeccionar talismãs etc. (VideLivro de Enoch, cap. 8). Que época é
essa, citada por Enoch?
Em sua portentosa obra O Timeu, Platão nos comenta que ouvira falar de uma legendária e poderosa
civilização, a atlante, da boca de seu avô Crisitos, o qual ouvira do próprio Sólon ensinamentos dados
a ele por sacerdotes-magos do templo egípcio de Saís.
Segundo nos repassa Platão, essa civilização, a Atlântida, foi um conjunto de sete gigantescas ilhas
que ficavam além das Colunas de Hércules, quer dizer, no Oceano Atlântico. Para o sábio discípulo de
Sócrates, a origem de todo o conhecimento espiritual e
mágico foi atlante. Numa passagem do Timeu, lê-se: ―Os atlantes eram uma raça de Deuses que
degenerou da sua origem celeste porque se aliou frequentemente com as filhas dos mortais; por isso,
Júpiter os puniu, destruindo o país que habitavam‖.
Ou seja, a origem de todo o Conhecimento remonta à Atlântida, aos arcaicos períodos de nossa
história, em nada aceitos pela ciência materialista de hoje. Temos como fiéis 4 depositários dos
atlantes os egípcios (os quais, por meio dos gregos e depois dos árabes, foram a base de toda a
magia ocidental). Temos também como filhos dessa tradição esotérica atlante os indianos e chineses,
pelo lado oriental, e os maias, incas e astecas, nas Américas.
Estudando-se as raízes linguísticas de muitos povos que oficialmente nada têm em comum,
percebemos muitas palavras semelhantes, senão, idênticas. Temos como exemplo o maia e o chinês
mandarim, onde foram achadas mais de 50 palavras de pronúncia e significado idênticos.
AMagiano Oriente
O Yoga indiano e suas sete modalidades e as artes marciais têm algo em comum, que é atlante. Eram
considerados como disciplinas que permitiam dominar o corpo físico e seus canais de energia para um
pleno reconhecimento e manipulação da Alma. Os sete Yogas são: Hatha (físico), Raja (mecanismos
mentais), Mantra (palavras de poder), Bhakti (devoção e serenidade), Jnana (conhecimento superior-
gnose), Karma (direitos e deveres sociais e morais) e Tantra (o mais elevado de todos).
O termo Yoga é o mesmo que religião, religare, ou seja, a arte de recriar aquele elo entre o humano e
o divino, em todos os seus aspectos. Quanto às tradições marciais, sabe-se que elas foram
recompiladas e reorganizadas por Bodydharma, um dos principais discípulos de Buda, que
―evangelizou‖ a China. O Kung Fu, que originou as múltiplas técnicas marciais, tinha como finalidade
dominar e movimentar as energias interiores e elementais, além, é claro, da mera defesa pessoal.
Segundo certas tradições, algumas das linhas marciais, organizadas por Bodydharma, foram: os
caminhos do Dragão, da Serpente, do Macaco, da Águia, do Bêbado etc. (há mais de 360 caminhos no
Kung Fu), muito semelhantes às Ordens guerreiras das culturas americanas, como veremos logo em
seguida. Além disso tudo vemos a magia e o conhecimento esotérico inseridos em outros ciclos,
encabeçados por Fo-Hi e Lao-Tzu na China, Son-Mon e o Xintoísmo no Japão, Kumbu na Tailândia e
Camboja, o Xamanismo original ao norte da Ásia e o Budismo tântrico tibetano de Marpa, Tsong-Kapa,
Milarepa e outros.
AMagianas Américas
Os astecas, incas e maias são as culturas que mais se expandiram nas Américas. Diz-se que foram
colônias atlantes e por isso eram possuidores de altíssimo e complexo domínio da matemática,
astronomia, religião e agricultura. Ainda hoje suas ordens esotéricas são um mistério. Quase todos
seus escritos, estátuas sagradas e mesmo seus templos e sábios, foram destruídos pelos ávidos
conquistadores europeus.
Vemos algumas Ordens monástico-militares que se dedicaram ao pleno desenvolvimento das artes
mágicas e de todos os poderes humanos e divinos. Entre os astecas e maias, temos os Cavaleiros
Tigres e os Cavaleiros Águias (cujo lema mágico era ―Nós nos Dominamos‖) e entre os incas sabemos
da presença dos sagrados Cavaleiros Condores. Esses sacerdotes índios nos legaram práticas
misteriosas e fantásticas, tais como a Magia Elemental, o Nagualismo (estudaremos esse tema mais
adiante), o domínio da psicologia interior etc.
As tradições orientais e americanas são muito complexas e de difícil compreensão e aprendizagem.
Não obstante, os princípios de suas Ciências Mágicas eram os mesmos, somente o modo de expressá-
los é que difere.
Plantas dePoder
Esse é um tema bastante espinhoso, dadas as suas implicações legais e morais nos dias de hoje, além
da espantosa proliferação e mau uso, pela juventude, de alguns produtos sintetizados. Sob
circunstâncias rigorosamente controladas, os Magos de todo o mundo, principalmente americanos,
aceleravam o desenvolvimento dos poderes paranormais de seus discípulos, a fim de fazê-lo
reconhecer o Mundo Oculto. Essas Plantas de Poder têm a capacidade de alterar o sistema endócrino,
ativando assim todos os Chacras da Anatomia Oculta do Homem, despertando seus sentidos
paranormais.
Certas ervas, raízes, cogumelos, cipós etc., possuem um poder elemental e bioquímico capazes de
mostrar um mundo totalmente novo aos olhos de nossa Consciência. Esse foi um legado da Magia
primitiva, infelizmente adulterado na atualidade.
AMagiano Ocidente
Um dos maiores depositários da sabedoria egípcio-atlante foi certamente Hermes Trismegisto. Certas
tradições gnósticas dizem que Metraton, Enoch, Íbis de Toth e o próprio Hermes eram o mesmo
Mestre, o mesmo Ser. Atribui-se a Enoch a criação dos alfabetos egípcio e hebraico, A Tábua de
Esmeralda e a organização e codificação da Alquimia. Foi o fiel depositário da tradição espiritual no
Tarô e na Cabala (Torá), além de ser o organizador dos Axiomas Herméticos.
Os egípcios conseguiram fecundar maravilhosamente a magia e as religiões dos hebreus, gregos,
romanos e árabes. Com a posterior decadência, o Egito entregou seu conhecimento às correntes
esotéricas dos árabes, denominadas de Sufismo. A expansão do islamismo por todo o Oriente, norte
da África e depois pela Península Ibérica, leva a uma revalorização do esoterismo europeu.
A maioria dos sábios e ordens esotéricas na Europa bebeu da fonte súfi: os Templários, Cátaros, Rosa-
cruzes, Maçons, Dante Alighieri, Roger Bacon, Francisco de Assis, São Malaquias, Paracelso, Arnaldo
de Villanueva etc.
Os princípios religiosos e a magia
Todos temos lido em obras místicas de diversas linhas sobre a abundância da vida criada por Deus.
Diversos tratadistas de ocultismo nos relataram suas experiências com entidades conhecidas no
âmbito do folclore, das crenças e mitos populares. Vemos em quase todos os povos lindas histórias
acerca de fantásticas manifestações da vida.
Quem de nós não ouviu uma história que fala de seres que vivem dentro de pedras, árvores, rios,
cavernas, lagos, despenhadeiros, rios etc.? Essas formas de vida, chamadas no esoterismo de
Elementais, fazem parte ativa de culturas extremamente místicas, como os gauleses e seus Druidas,
os tibetanos, os anglos e saxões, os povos pré-colombianos, os chineses, japoneses e outros tantos.
Esses povos conservaram uma visão Panteísta, ou seja, conseguiam intuir a Vida Universal permeando
todas e quaisquer formas de manifestação, visível e invisível. Apesar de terem grandes conhecimentos,
tais como matemática, astronomia, engenharia, medicina e complexos sistemas de psicologia, ainda
assim gostavam de viver cercados por um ambiente natural e de alta espiritualidade.
Penetravam em seus bosques e rendiam culto às suas
árvores sagradas; realizavam portentosas procissões, onde oferendavam os primeiros frutos de suas
colheitas aos Deuses Santos; oravam profundamente aos Guardiães das cavernas e lagos encantados.
Enfim, tinham uma visão do sagrado em todas as coisas, não conseguiam apartar o Divino do
cotidiano humano.
Com o passar dessa Idade de Ouro, esse Panteísmo foi se transformando, graças a uma mentalidade
cada vez menos intuitiva, dando lugar a um Politeísmo que conseguimos reconhecer em algumas
culturas, como a grega, romana, persa etc., as quais afastaram a Divindade de nosso cotidiano, pois
Ela passa a residir agora nos céus, nas mais altas montanhas do mundo, no mais profundo dos sete
mares, enfim, em todos os lugares inacessíveis à presença do homem.
Entretanto, ainda se percebe, nessa duas formas religiosas uma conexão muito grande entre Deus e a
Mãe Natureza. Deus é visto ao mesmo tempo como Pai e Mãe, suas múltiplas manifestações, poderes
e virtudes são representados na presença dos Deuses do
Olimpo, do Valhalla, do Aztlan: temos então, uma Minerva-Sabedoria, um Balder-Inspiração, uma
Vênus-Amor, um Odin-Curador, um Kukulkán-Força etc.
Assim como colocamos uma roupa nova diariamente, conforme nossas necessidades, os princípios
religiosos também necessitaram adaptar-se ao nível de Consciência da humanidade. O Politeísmo,
quando começou a entrar em sua fase decadente, foi caindo num descrédito cada vez maior, como foi
o caso da religião romana, com seus Deuses cada vez mais ridicularizados pelos chamados ―livres-
pensadores‖(na verdade, abutres materialistas): teatrólogos, filósofos e escritores. Antes, porém, de
dar seu último suspiro, o Politeísmo viu crescerem novas visões da Divindade, não mais manifestada
de maneira múltipla, como no caso dos 22 Deuses olímpicos.
Começa a aparecer o Monoteísmo, com um só Deus supremo, obedecido por um séquito de Anjos,
Arcanjos, Querubins, Serafins, Profetas, Santos e Beatos. Essas três formas religiosas que se
sucederam umas às outras foram necessárias em seu tempo. Devemos refletir, entretanto, que
sempre existiu UMA ÚNICA RELIGIÃO, mais precisamente um princípio mágico, um espírito religioso,
que mostrou o Conhecimento (Gnose) necessário para o homem trilhar o Caminho para Deus.
Concordo quando se afirma que a religião do futuro (eternamente presente) é uma forma de
Politeísmo Monista, uma espécie de Unidade Múltipla Perfeita, os Vários formando (e sendo) o Uno. E
essa Religião não se diferenciará daquilo chamado pelos antigos de MAGIA.
O Caminho Dévico
Do ponto de vista iniciático, a realização completa e perfeita do trabalho alquímico e mágico pode nos
levar a ver três Caminhos de Realização espiritual. Vêm a ser:
1. Senda Nirvânica, escolhida por aqueles que trabalham com os mundos paradisíacos dos Budas; é
o caminho do Êxtase.
2. Senda Direta, escolhida pelos Mestres que desejam encarnar o Cristo Cósmico e perder-se
completamente no Absoluto de Deus.
3. Senda Dévica, ou Caminho Angélico, responsável pela manutenção da Grande Obra da Natureza;
a esse Caminho escolheram os Seres que decidiram unir-se à evolução dos anjos e ser discípulos dos
grandes Deuses, chamados de Gurus-Devas, os Supremos Construtores. É a esse Caminho que
trataremos um pouco mais no GnosisOnline.
Prática
Sente-se ou deite-se de forma confortável, procurando ficar numa posição imóvel. Relaxe o corpo e
solte toda tensão muscular. Sinta a vida que se manifesta em cada parte de seu corpo. Depois de
relaxado o corpo, imagine que de várias partes dele se estendem raízes que penetram por muitos
quilômetros no interior da terra. Sinta que a terra é o corpo de um ser gigantesco que alimenta e
fortalece seu corpo físico com luz, vida, força e alegria de viver.
Enquanto realiza este exercício, sinta que os mais sinceros sentimentos que brotam de seu coração se
espalham, auxiliando na cura do planeta. Sinta que é uma troca. Você recebe e dá ao mesmo tempo.
Finalmente, vocalize, ou mentalize somente, o mantra AOM por 3 vezes, agradecendo à Divina Mãe
Natureza pela vida, saúde, harmonia e paz em sua vida.
Pantáculos e símbolos mágicos
Eliphas Levi ensinou: ―Por trás de toda alegoria mística ou das doutrinas antigas, por trás das
estranhas ordens de todos os iniciados, sob o escudo de todos os escritos sagrados, sob a ruína de
Nínive ou Tebas, ou das pedras dos velhos templos e da visão das esfinges assírias ou egípcias, nas
monstruosas e maravilhosas pinturas que interpretam para a fé da Índia as inspiradas páginas dos
Vedas, nos emblemas dos nossos velhos livros de alquimia, nas cerimônias praticadas como recepção
por todas as sociedades secretas, são encontradas indicações sobre a doutrina que em todo lugar é a
mesma e em todo lugar respeitada‖.
Assim existe na natureza ―uma força que é incomensurável e que um homem, que saiba adaptá-la e
dirigi-la, poderá conhecer todo um mundo.
Essa força era conhecida dos antigos: é o agente universal, a primeira matéria, a Grande Obra‖.
Sagrado Pantáculo do Sol, símbolo de Poder, Prosperidade e Saúde. Um dos símbolos do Arcanjo Michael (ou
Miguel), Rei do Sol e do Raio.Saiba mais, Clique aqui.
Nos tratados de magia, dá-se o nome de Pantáculo a um selo mágico, impresso em diversos materiais,
como peles de animais, tecidos e metais preciosos e pedras. Considera-se que os Pentáculos têm
relação com determinadas realidades invisíveis, cujos poderes eles permitem compartilhar.
Eles simbolizam, captam e mobilizam, ao mesmo tempo, poderes ocultos, tanto do Cosmo, dos
planetas e estrelas, da Natureza e especialmente dos Mundos Internos do próprio homem, pois se
sabe que a energia contida no macrocosmo-galáxia é a mesma contida no microcosmo-homem,
lembrando-nos a frase hermética: ―O que está em cima é como o que está embaixo, e vice-versa‖.
Os Pantáculos são canais de receptividade da Energia Cósmica. Eles são também símbolos gráficos dos
planetas e dos seres espirituais, que regem e dirigem esses corpos planetários. Tais seres podem ser
chamados de Anjos, Arcanjos, Querubins, Potestades etc.
Devemos lembrar que o que era magia hoje é ciência. O que era religião hoje pode se transformar em
fato científico. Hoje, utilizam-se diversos Pentáculos para curar e encontrar pessoas, para a defesa
psíquica e harmonia de ambientes. Esses símbolos são hoje estudados pela Radiônica, Radiestesia e
Feng Shui.
De acordo com essas ―novas‖ ciências, pela Lei de Ressonância, os Pentáculos possibilitam criar
estados internos e eventos externos afins aos símbolos contidos neles. Existem Pentáculos para Curar,
Harmonizar, Fortalecer Virtudes, Proteger etc.
Existem diversas maneiras de usarmos esses símbolos sagrados: pode-se realizar uma simples oração
e meditação colocando o símbolo em nosso coração, ou ao lado da cama ou ainda em nosso altar;
pode-se também usá-los em complexos rituais para que a Força Magnética desse talismã mágico seja
altamente potencializada.
Eis alguns dos símbolos mágicos que podemos utilizar em nossas práticas sagradas, os quais foram
tirados de antigos tratados de Cabala e Magia, tais como As Clavículas de Salomão, o Tarô egípcio e as
pinturas do grande pintor-Iniciado Johfra. Também retiramos tais símbolos das obras de grandes
Iniciados, como o Abade Tritemo, Paracelso, Cornélio Agrippa, Eliphas Levi e, na atualidade, o grande
mestre gnóstico Samael Aun Weor.
Chacras e a 4ª dimensão
(Conferência do Venerável Mestre Samael sobre o desenvolvimento dos chacras e explicação do
mundo tetradimensional)
Senhoras e Senhores, dirijo-me a vocês esta noite com o propósito de falar sobre poderes psíquicos,
sobre psicologia experimental levada à prática.
Começaremos fazendo uma breve análise a respeito do que seja o mundo físico no qual vivemos.
Einstein disse: ―Energia é igual à massa multiplicada pela velocidade da luz ao quadrado‖. ―A massa se
transforma em energia, a energia se transforma em massa.‖ Sem dúvida, o mundo tridimensional de
Euclides se encontra limitado por essa fórmula básica de Einstein.
Contudo, mais além dessa fórmula de Einstein existe algo, quero referir-me enfaticamente à quarta
coordenada, à quarta vertical. Vejamos por exemplo esta mesa, que tem largura, comprimento e
altura; estas são as três dimensões. Mas, há quanto tempo foi construída esta mesa? Eis aqui a quarta
vertical, o tempo.
Além desta quarta vertical existe a quinta coordenada que é, em si mesma e por si mesma, a
eternidade. Muitíssimo além da quinta vertical temos a sexta dimensão, que em si mesma transcende
o tempo e a eternidade. E por último existe a dimensão zero desconhecida, a sétima dimensão.
Vivemos então em um mundo multidimensional.
Infelizmente, as pessoas só percebem o mundo de três dimensões,
sendo necessário desenvolver outras faculdades que nos permitam conhecer a quarta vertical.
Felizmente, na anatomia oculta do ser humano se encontram em estado latente os sentidos que
convenientemente desenvolvidos, de forma científica, podem dar-nos acesso não apenas à quarta
vertical, mas também à quinta, sexta e sétima dimensões.
Obviamente, na espinha dorsal dos seres humanos existem poderes divinos em estado latente. No
cóccix existe um centro magnético especial, um ―chacra‖, falando em estilo oriental. Dentro desse
centro subjaz um poder elétrico formidável, quero referir-me enfaticamente a Devi Kundalini Shakti, a
serpente ígnea de nossos mágicos poderes. Os hindus dizem que essa serpente está encerrada no
Chacra coccígeo, afirmam que se encontra aí, enroscada com três voltas e meia.
Nós temos poderes latentes, e um deles é precisamente o da Kundalini. Algumas escolas temem o
despertar do Kundalini; é um poder explosivo, maravilhoso. Quem conseguir despertar a serpente
ígnea de nossos mágicos poderes, poderá sair de uma caixa hermeticamente fechada; quem conseguir
despertar esse poder ígneo, flamígero, pode caminhar sobre as águas sem afundar, voar pelos ares
como fizeram muitos ascetas místicos, tanto no oriente como no ocidente do mundo.
Temos de despertar esse poder ígneo, flamígero que, como já disse, subjaz dentro de certo centro
magnético do cóccix.
No Apocalipse de São João, esse centro magnético coccígeo é denominado Igreja de Éfeso. Despertar,
colocar em atividade esse centro flamígero é algo grandioso. Quem o desperte, adquirirá poder sobre
o elemento terra; poderá fazer cair uma rocha com sua vontade, poderá dominar os terremotos com
sua vontade, etc. segundo poder flamígero latente na espinha dorsal do homem encontra-se situado à
altura da próstata; no Apocalipse de São João esse centro é denominado Igreja de Esmirna.
Bem sabem os ascetas místicos que com despertar dessa maravilhosa faculdade se adquire poder
sobre as águas, então poderemos dominar as tempestades do oceano, ou desatá-las à vontade.
terceiro poder existente na espinha dorsal do homem está situado exatamente sobre o plexo solar, na
altura do umbigo.
No Apocalipse de São João este centro é denominado esotericamente de Igreja de Pérgamo. Os
iogues hindus que despertaram esse maravilhoso poder podem ordenar aos vulcões em erupção que
cessem sua atividade e eles obedecerão. O asceta que conseguiu dominar esse centro pode manejar
as potências da vida universal; pode enterrar-se vivo durante meses inteiros e quando for tirado se
descobrirá que não recebeu dano algum.
No plexo solar, na região umbilical, está também o centro telepático. Esse centro telepático pe rtence
certamente às funções da Igreja de Pérgamo. O quarto poder existente na espinha dorsal se acha
situado exatamente à altura do coração; no Apocalipse de São João esse centro é denominado Igreja
de Tiátira. Quem consiga despertar esse maravilhoso poder flamígero do coração realizará prodígios.
É indispensável despertar esse centro, porque com ele adquirimos faculdades como o desdobramento
astral, os estados de Jinas, etc. Nas obras de Mário Roso de Luna se fala muito sobre os estados de
Jinas e é necessário rever, ainda que sucintamente, esse assunto ―Jinas‖. Em nome da verdade, quero
que vocês saibam que não é só aqui neste mundo das três dimensões que existe uma humanidade.
Na quarta vertical certamente existe determinada raça humana, gente que ainda vive no Éden, gente
que não saiu do paraíso, pessoas de carne e osso como nós, mas que não se degeneraram como nós,
pessoas físicas com poderes extraordinários. Por certo não falam inglês, nem francês, nem espanhol,
nem alemão; mas falam na língua primitiva que como um rio de ouro corre sob a selva espessa do Sol.
Nós podemos visitar o Éden, isto é, a quarta vertical. Isto é possível desenvolvendo os poderes do
Cárdias. Muitos são os céticos que dizem: ―Ninguém foi ao outro mundo para depois voltar e nos
contar o que é que existe lá do outro lado‖. Mas, em nome da verdade, eu digo a vocês que se
desenvolvemos os poderes do Cárdias, certamente é possível ir até o outro mundo em carne e osso.
É indispensável penetrar na quarta vertical, mas a ciência atual se encontra estagnada em matéria de
Física. A Física contemporânea é regressiva, retardatária, reacionária, não serve. Quando os cientistas
abandonarem o dogma tridimensional de Euclides, poderá surgir uma Física revolucionária, com naves
capazes de viajar por dentro da quarta vertical.
É indispensável sair do dogma tridimensional de Euclides. É inadiável, improrrogável, estudar mais
profundamente o átomo; no átomo encontraremos a linha da quarta vertical. Quando se possa traçar
a quarta vertical, então será elaborada uma geometria revolucionária, tetradimensional; com uma tal
geometria será possível construir uma física de quatro dimensões.
Uma Física assim servirá de embasamento para fabricar naves capazes de atravessar
instantaneamente a barreira da velocidade da luz e entrar na quarta dimensão. Se uma nave consegue
atravessar instantaneamente a barreira da velocidade da luz, pode viajar por dentro da quarta vertical
através do infinito. Então a conquista do espaço será um fato definitivo.
Esses foguetes atuais lançados por ―gregos e troianos‖ impulsionados por combustível líquido, esse
foguetório barato que tanto impressiona os incautos; parece mais coisa de circo, com cinquenta mil
acrobacias para descer na Lua.
A conquista do espaço é possível com uma Física tetradimensional. Quando tal Física exista, e quando
também nos tenhamos apropriado da energia solar e saibamos utilizá-la, a possibilidade de viajar
através do infinito será um fato concreto, claro e definitivo.
Naves viajando pela quarta vertical, impulsionadas por energia solar; eis aí as naves do Super-Homem,
naves que verdadeiramente podem viajar através do espaço estrelado, de galáxia em galáxia!
Infelizmente, a Física contemporânea continua estagnada; é necessário romper de uma vez e para
sempre com o dogma tridimensional de Euclides Nós temos procedimentos íntimos, particulares, para
meter o corpo físico dentro da quarta coordenada.
Se estudamos cuidadosamente os sábios orientais, veremos que eles sabem como meter o corpo físico
dentro da quarta dimensão. Dizia um sábio oriental: ―Praticando um samyasin sobre o corpo físico, ele
se torna como de algodão e pode caminhar sobre as águas, voar pelos ares, atravessar uma
montanha de lado a lado ou caminhar sobre brasas de carvão sem nada sofrer‖.
Prática Jinas deHarpócrates e as práticas Jinas
Um samyasin tem três partes: a primeira a concentração, a segunda a meditação e a terceira o êxtase.
Se primeiro nos concentramos no corpo físico e depois meditamos nele, em suas células, em suas
moléculas, na construção de seus átomos, etc. e por último chegamos à adoração, ao êxtase, então o
corpo físico penetrará na quarta dimensão e poderá viajar através do mundo da quarta vertical.
Nesta região poderemos encontrar uma outra humanidade que vive ao lado da nossa; que dorme, que
come e que vive, mas que não sofre como todos nós estamos sofrendo. Existem diferentes
procedimentos para colocar o corpo físico na quarta vertical.
Na sabedoria antiga se menciona a Harpócrates. Mas, isso que estou dizendo não tem valor algum
para os céticos, para esses que estão engarrafados pela dialética materialista, para os reacionários,
para os conservadores e retardatários. O que estou dizendo é revolucionário demais para ser aceito
pelos que estão presos ao dogma tridimensional de Euclides. Harpócrates! Nome grego extraordinário,
maravilhoso. Os místicos dos mistérios de Elêusis pronunciavam esse nome da seguinte maneira:
Har-po-crat-is…
Eles faziam certas práticas muito engenhosas que bem vale a pena comentar. Essas práticas
pertencem aos mistérios gregos, aos mistérios que foram conhecidos em Atenas, Elêusis etc.
Deitado em decúbito dorsal (barriga para cima), ou de lado, preferivelmente, com a cabeça na palma
da mão esquerda, o asceta grego se imaginava ser um pintinho dentro da casca do ovo, se
concentrava intensamente em Harpócrates, chamando-o:
Har-po-crat-is…
E quando, já entre sonhos, começasse a sentir cócegas pelo corpo, armado de grande vontade, não
levava as mãos ao mesmo para não perder o estado psicológico especial em que estava e depois se
levantava suavemente da cama e pronunciava esta frase ritual: ―Harpócrates, ajude-me que vou com
meu corpo‖. E com toda confiança saía do quarto, dando posteriormente um saltinho com o propósito
de penetrar violentamente dentro da quarta vertical.
Segundo velhas tradições, que se perdem na noite aterradora de todas as idades, era então que o
asceta realmente viajava com o corpo físico pela dimensão desconhecida, era então que o místico de
Elêusis conversava com os Deuses Santos, com os seres inefáveis. Estou comentando algo que
pertence à Grécia antiga, mas é claro que quem quiser fazer a mesma pratica agora neste século
vinte, poderá evidenciá-lo por si mesmo. Contudo, os gregos se exercitavam muito com este sistema,
até conseguir realmente penetrar na quarta vertical …
No México antigo, temos os cavaleiros-tigres. Infelizmente, nos sentimos tão ―modernos‖ que nos
esquecemos da tradição milenar, apesar de amarmos nossa pátria mexicana. Chegou a hora de
entender um pouco mais o que foram as ordens dos Cavaleiros-Tigres e dos Cavaleiros-Águias.
Segundo velhos códices de Anahuac, deitados sobre peles daquele felino, invocavam os anjos
protetores dos mesmos, imaginavam por um instante serem tigres de verdade…
A psicologia experimental e a alta magia nos dizem que a imaginação é feminina e a vontade é
masculina; a chave do poder está em unir a imaginação e a vontade em vibrante harmonia. Os
Cavaleiros-Tigres se sentiam completamente identificados com aquele felino (sabemos que no México
antigo o tigre era sagrado) e, cheios de fé, se punham a caminhar em quatro pés, dizendo: ―Nós nos
pertencemos.‖
Assim contam os códices antigos, isto não é invenção minha; lendo os códices, vocês poderão
evidenciar que transformados em tigres, viajando pela quarta vertical, chegavam ao Templo de
Chapultepec. Existem pinturas murais nas quais o que estou dizendo está devidamente demonstrado.
E em seguida, afirmam os códices de Anahuac, aqueles cavaleiros assumiam novamente sua figura
humana e penetravam no templo.
Realmente, aqui no México, em Chapultepec, temos um templo de Jinas, um templo situado na quarta
dimensão. Eu conheço esse templo, sou membro ativo desse templo, não estou afirmando algo que
não tenha experimentado. É um templo formidável, maravilhoso; suas colunas, seus muros, são de
ouro puro da melhor qualidade. Ali se cultiva em segredo a doutrina secreta dos Nahuatls. Não sou o
único membro ativo desse templo, há outros senhores que, como eu, pertencem ao mesmo; e
também algumas senhoras da sociedade mexicana pertencem a esse templo.
Assim, o Templo de Chapultepec realmente existe. Que alguns riam ou que isso se torne motivo de
piadas para os céticos que não acreditam, não tem a menor importância para a ciência ou para nós.
Está escrito que: ―quem ri do que não conhece está a caminho de ser idiota.‖ Viajar com o corpo físico
dentro da quarta vertical é possível, mas temos que abandonar o asqueroso ceticismo que desde o
século XVIII está corroendo a mente dessa humanidade degenerada e perversa.
Em outros tempos, dizem as tradições, podia-se ver desde a costa da Espanha a ilha chamada
―Nontrabada‖, uma ilha extraordinária, formidável. Em certa ocasião, um capitão se extraviou com seu
navio no tempestuoso oceano e foi parar nessa ilha; ali viu e ouviu coisas formidáveis, extraordinárias.
Certo sacerdote católico havia ouvido falar muito sobre a ―Nontrabada‖.
Dizem os historiadores que uma vez, quando estava oficiando a santa missa, ele e seus fiéis viram a
―Nontrabada‖. O bom cura a exorcizou e ela desapareceu por trás de uma nuvem. Hoje em dia
ninguém fala da ―Nontrabada‖. Haverá deixado de existir? Que aconteceu com ela? Ninguém sabe,
mas é óbvio que se submergiu definitivamente na quarta vertical, e isso aconteceu desde que se
iniciou a era horripilante do ceticismo materialista. ceticismo tem como causa fundamental a mentira,
a farsa.
Quando a mente é mentirosa, quando está sempre dizendo embustes, quando é farsante, está
falseada em si mesma, e já não pode acreditar em nada. Os estados de Jinas são extraordinários.
Existem lagos de Jinas, lagos na quarta vertical. Me contaram um caso extraordinário, maravilhoso,
sobre um povoado em Honduras (não o conheço, mas me falaram) onde, em determinada data exata,
chovem peixes do céu e as pessoas correm para recolhê-los em pratos, cestos, balaios etc. O lugar
está longe do mar, porque caem ali? De onde saem? É óbvio que saem da quarta vertical.
Assim, a quarta vertical é uma tremenda realidade. Infelizmente, muitos são os que negam essa
realidade, muitos tontos intelectuais debocham dessas coisas; mas a crisálida também acha que a
folha em que está vivendo é tudo, a crisálida não suspeita que essa folha é uma das tantas folhas da
árvore da vida. Assim é o homem intelectual; acredita que esse mundo tridimensional de Euclides é
tudo, não se dá conta de que esse mundo de três dimensões é um dos tantos mundos da árvore da
vida.
Eu também experimentei com a ciência Jinas. Seguindo os procedimentos indicados, trabalhei com
Harpócrates. Não é um exagero dizer, em forma enfática, ainda que as pessoas debochem de mim,
que lutei muito para aprender a colocar o corpo físico dentro da quarta dimensão, mas consegui.
Experimentando de noite, muitas vezes tive que abandonar o leito 15 ou 16 vezes contadas, sem
resultado algum. Mas depois de certo tempo e com paciência tenaz, qualquer noite dessas tantas, meu
corpo físico penetrou realmente na quarta dimensão, então flutuou deliciosamente e abandonei aquela
casa.
É verdade que saí à rua e me encontrei com muitas pessoas que, como eu, sabiam utilizar o estado de
Jinas. Pessoas de carne e osso, vivas e muito vivas, vivendo na quarta dimensão. Não nego que viajei
através do tempestuoso oceano e não senti temor algum, ainda que bem sabia que se por um instante
houvesse saído desse mundo de quatro dimensões, da quarta vertical, cairia nas ondas do furioso mar
e pereceria. Mas não tive temor e viajei pelas terras da Europa com o corpo dentro da quarta vertical;
cheguei onde tinha que chegar, em certo lugar no qual tinha interesse e depois regressei ao ponto de
partida original sem nada sofrer.
Tenho o valor de fazer essa declaração, não me importo com deboches porque não tenho temor. O
que poderia me acontecer? Se estivéssemos na época da Inquisição, quando muito me queimariam
vivo, como bruxo. Felizmente nesta época não existe Inquisição, o máximo que poderia receber seriam
os sarcasmos, as ironias e nada mais, e essas nem sequer me fazem cócegas nos pés.
Assim, a realidade Jinas existe. Se vocês querem comprová-la, façam a experiência com vocês
mesmos, porque eu não sou ―porquinho da Índia‖, não sou ―coelho de laboratório‖. Vocês quereriam
que eu o fizesse aqui diante de vocês e eu lhes respondo que não sou ―coelho de laboratório‖,
experimentem em sua própria pele. Além disso, de nada serviria que eu colocasse o corpo dentro da
quarta vertical aqui diante de vocês, pois também não acreditariam, porque ninguém consegue
convencer o cético. Vocês diriam que eu os hipnotizei e isso é tudo. Acreditariam? Nada! Assim, isso é
para que vocês experimentem na própria pele.
Obviamente, os santos dos tempos antigos levitavam. Quem poderia negar que São Francisco de
Assis, aquele místico cristão, levitava ? Muitas vezes seu discípulo mais amado ia levar-lhe comida e o
santo estava a tal altura do solo que o discípulo não podia dar-lhe a comida. E conta a história que
São Francisco se afastava então por um bosque e, flutuando, desaparecia na dimensão desconhecida.
Está escrito que Felipe flutuava na atmosfera. Felipe, o discípulo do Cristo, também caminhava sobre
as águas e aparecia e desaparecia à vontade. O evangelho de Felipe é esse. Felipe sabe ajudar aos
que o invocam. Quando Gautama, o Buda Sakiamuni, abandonou o corpo físico para submergir-se no
Nirvana, dizem as tradições que seus discípulos foram submetidos a provas pelas multidões. Cada um
deles devia, de acordo com certo conselho examinador, atravessar uma rocha de lado a lado. Todos
assim o fizeram menos um, Ananda, seu discípulo mais amado. O pobre não podia; quando tentava
atravessar a rocha, feria miseravelmente a testa e sangrava…
Mas finalmente, cheio de uma fé espantosa, praticou um samyasin sobre seu corpo físico; se
concentrou nele, meditou nele, entrou em êxtase, se desesperou e por último atravessou a rocha de
lado a lado. Tudo isso tem documentação. Não dizem que Pedro foi tirado da prisão por um Anjo? É
óbvio que o Anjo ajudou Pedro a entrar na quarta vertical e assim ele pôde abandonar a prisão na
véspera de sua execução, pois estava condenado à pena de morte. Desenvolvendo os poderes do
Cárdias, os poderes do coração, tudo isso é possível.
Continuação daexplicação sobreos chacras,Músicadas Esferas e
práticaparadespertaraClarividência
Continuando com esta análise dos centros magnéticos da espinha
dorsal, chegamos à altura das glândulas tiroide que, como bem sabemos, segrega o iodo biológico, tão
necessário para o organismo humano. Existe um centro magnético na glândula tiroide; quero referir-
me, de forma enfática, à Igreja de Sardis, tal como é mencionada no Apocalipse de São João.
Desenvolvendo esse centro magnético adquirimos a Clariaudiência, o poder de ouvir à distância, o
poder de ouvir a música das esferas, o poder de ouvir as criaturas que vivem nas dimensões
superiores da natureza e do cosmos.
Esse poder extraordinário pode ser desenvolvido se nos propomos a isso. Se, nas horas da
madrugada, nos concentramos na música das esferas com o propósito de escutá-la, chegará o dia em
que poderemos escutar realmente essas melodias insonoras que ressoam no coral maravilhoso do
infinito. Obviamente, todos os sons que se produzem no planeta Terra dão uma nota síntese; todos os
sons que se produzem no planeta Vênus dão também sua nota síntese; todos os sons que se
produzem em Marte dão sua nota síntese.
O conjunto de sons de todos os mundos que povoam o espaço estrelado formam a Música das
Esferas, citada por Plotino, o grande filósofo grego. Melodias inefáveis vibram no espaço estrelado,
melodias impossíveis de descrever com palavras, deliciosas sinfonias dentro dos ritmos do Mahavan e
do Chotavan, que sustentam o Universo firme em sua marcha.
Com justa razão diz o Apocalipse de São João que ―no princípio era o Verbo, e o Verbo era Deus, e o
Verbo estava com Deus; por ele todas as coisas foram feitas e sem Ele nada do que foi feito teria sido
feito‖. A Música das Esferas é uma tremenda realidade; tudo que é, tudo que foi e tudo que será vibra
deliciosamente no infinito estrelado.
A flor do belo jardim perfumado reflete a luz da Lua e entre a flor e a Lua há um colóquio de melodias
deliciosas que nenhum ser humano poderia compreender. A sinfonia que escapa da fonte cantarina faz
vibrar completamente os átomos que pululam ao seu redor, logo repercute pelas entranhas dos
bosques e se precipita como uma catarata de sinfonias no céu estrelado.
Assim, a música é a base de toda a criação. Quando alguém desperta o centro da tiroide, pode escutar
as sinfonias deliciosas do grande coral cósmico; quando alguém desperta esse centro maravilhoso,
adquire também o sintetismo conceitual; quando alguém desperta esse centro mágico formidável, se
faz mais inteligente, mais compreensivo, mais sábio.
Continuando um pouco mais para cima, chegamos ao centro frontal. Na altura do entrecenho, na
espinha dorsal, existe outro centro magnético formidável; quero referir-me claramente à Igreja de
Filadélfia. Quem desperte esse centro formidável, se faz Clarividente; poderá ver, por si mesmo e em
forma direta, a quarta, a quinta, a sexta e a sétima dimensão, e então terá conceitos diferentes.
Atualmente, a humanidade com seus olhos físicos apenas consegue perceber as coisas do mundo
físico, e não tudo; mas quem desperte os poderes da Igreja de Filadélfia poderá ver o que existe
realmente dentro do corpo físico e então compreenderá que nem tudo ali é carne, osso e ―manteiga‖.
Verá que existe algo mais, verá um corpo vital penetrando o corpo físico e lhe servindo de base para
todos os processos biomecânicos, fisiológicos, calóricos, perceptivos, etc. Se extraíssemos
definitivamente o corpo vital de uma pessoa, é claro que est a morreria.
Em certa ocasião, um médium espírita que estava em transe projetou fora de si mesmo o corpo vital,
que se fez visível ante os assistentes, parecia um fantasma. Um jornalista presente sacou sua pistola e
atirou contra o tal ―fantasma‘. Curiosamente, a bala apareceu exatamente no coração da vítima que, é
claro, morreu. Mas, como se produziu esse fenômeno? Por que, estando o corpo físico aqui, projeta
seu vital a certa distância? E por que ao se dar um tiro nesse corpo vital que está do lado oposto a
bala aparece no coração do corpo físico? É óbvio que se trata de um fenômeno da quarta vertical, um
fenômeno Jinas, fenômenos que não são conhecidos aqui neste mundo de três dimensões.
Se pegamos um copo na quarta vertical, um copo que esteja no mundo de três dimensões, se o
pegamos para passá-lo à quarta vertical e logo o transportamos a outro lugar, é claro que esse copo
regressará aqui a seu ponto de partida original. Se alguém, viajando com o corpo físico pela quarta
dimensão, abre uma porta, esta volta a fechar-se por si mesma. Contudo, há exceções; uma vez abri
uma porta que ficou aberta, quando regressei daquela viagem descobri que estava aberta e, como era
a da rua, não tive outra escolha que fechá-la.
Assim, os fenômenos Jinas são extraordinários, maravilhosos. Com a Clarividência, com os poderes da
Igreja de Filadélfia, podemos ver o corpo vital, ver as terras de Jinas, ver todos esses tipos de
fenômenos; ver o que se esconde dentro do organismo humano, ver o corpo vital, que serve de
fundamento ao corpo físico (esse corpo vital é a parte tetradimensional do corpo de carne e osso).
Esse corpo que é estudado nos laboratórios científicos não poderia existir se lhe extraíssemos o corpo
vital. Atualmente já existem aparelhos com lentes poderosas para ver esse corpo vital; essas lentes se
aperfeiçoarão e chegará o dia em que poderemos ver totalmente a quarta dimensão. No momento
atual, fechar-se a essas verdades é ser reacionário e conservador e a própria ciência oficial destroçará
os conceitos intelectuais dos conservadores regressivos e retardatários.
Além do centro da Clarividência, tão indispensável para conhecer por nós mesmos e de forma direta o
que acontece quando alguém morre, ou quando alguém nasce, o que são os mistérios da vida e da
morte, etc., existe ainda outro centro extraordinário; refiro-me agora ao centro da glândula pineal, ao
centro que no Apocalipse é chamado de Igreja de Laodiceia.
Quem consiga despertar esse centro tão maravilhoso, se tornará intuitivo em alto grau. Mas há que
saber distinguir entre os processos racionais e os processos intuitivos. A razão se fundamenta no
processo da opção; o intuitivo não necessita raciocinar, sabe tudo ―porque sim‖, porque sabe, sem o
processo deprimente da opção. A Clarividência e a Intuição são faculdades superiores que estão bem
além das ―velhacarias‖ do intelecto e que podem transformar-nos radicalmente.
Existem exercícios para o desenvolvimento da Clarividência. Tenho aqui em minha presença um copo
com água. Se colocamos este copo a certa distância dos olhos, podemos fazer um exercício
formidável. Deve-se concentrar o olhar exatamente no centro do círculo aquático, avista deve
atravessar o cristal, a concentração deve ser profunda. Esse exercício, praticado por dez minutos
diários, nos dará a Clarividência.
Com 15 ou 20 dias de prática, veremos a água com cores; se um carro passa pela rua, veremos uma
faixa de luz na água (esta é a rua) e veremos o carro se deslizando sobre essa faixa. Quem tenha
paciência para praticar esse exercício do copo com água durante três anos, se tornará Clarividente.
Mas é necessário ter continuidade de propósitos, só assim poderá desenvolver-se o centro da
Clarividência.
Com o microscópio, nós podemos ver os micróbios e os átomos. Mas a Clarividência vai além do
microscópio, com ela podemos ver a quarta vertical, a quinta, a sexta e a sétima. Com ela podemos
conhecer diretamente isso que as pessoas chamam de ―o além‖; com ela podemos ver os seres
inefáveis, chamem-se Anjos ou Devas ou seja como queiramos chamá-los. Tais seres existem e
podemos vê-los com a Clarividência.
Estou falando de poderes psíquicos, de psicologia experimental revolucionária e transcendente. Esta
noite vim para isso, para conversar com vocês, porque quero que vocês se elevem ao estado do
Super-Homem. Chegou a hora de lutar de verdade por uma transformação radical.
Dentro de nós, em estado latente, existem poderes formidáveis, mas é necessário despertá-los e sair
desse estado de debilidade em que nos encontramos. Assim como estamos, somos vítimas das
circunstâncias, não sabemos dirigir circunstâncias, somos vítimas e nada mais que isso, vítimas.
Necessitamos transformar-nos totalmente, apelar a nossos poderes psíquicos, pois os temos e seria
uma lástima se continuássemos assim como estamos. Isto seria tão absurdo como alguém, que
sabendo que existe um tesouro enterrado, estando seguro da existência do mesmo, não o tirasse
jamais.
Meditação e Vazio Iluminador
Paz Inverencial! Torna-se urgente que se compreendam a fundo as técnicas da meditação. Hoje
falaremos sobre o Vazio Iluminador.
Ao iniciar este tema, vejo-me obrigado a narrar de forma direta aquilo que sobre o particular pude
verificar experimentalmente. Creio que os que me escutam estão informados sobre a maravilhosa Lei
da Reencarnação. Pois, nela, eu fundamento o relato seguinte:
Quando a Segunda Sub-Raça da nossa atual raça ariana floresceu na antiga China, estive ali
reencarnado e me chamei Chou Li. Obviamente, fui membro da dinastia Chou. Naquela existência, fiz-
me membro ativo da Ordem do Dragão Amarelo. Claro que em tal ordem pude aprender claramente a
ciência da meditação. Ainda mantenho na memória aquele maravilhoso instrumento denominado Aya-
Atapan, o qual tinha 49 notas. Bem sabemos o que é a sagrada Lei do Eterno Hept aparaparshinok, ou
seja, a Lei do Sete. Indubitavelmente, sete são as notas das escalas musicais, e se multiplicarmos sete
por sete obteremos 49 notas colocadas em sete oitavas.
Nós, os irmãos, reuníamo-nos na sala da meditação, sentávamos ao estilo oriental com as pernas
cruzadas e púnhamos as palmas das mãos de forma que a direita ficava sobre a esquerda.
Sentávamos em círculo no centro da sala, fechávamos os olhos e em seguida púnhamos toda a
atenção na música que certo irmão brindava ao Cosmo e a nós. Quando o artista fazia vibrar a
primeira nota, estava em dó, todos se concentravam.
Quando fazia vibrar a nota seguinte, em ré, a
concentração tornava-se mais profunda. Lutávamos com os diversos elementos subjetivos que
carregávamos no interior, podíamos recriminá-los e fazê-los ver a necessidade de guardarem silêncio
absoluto. Não será demais, queridos irmãos, lembrá-los de que esses elementos indesejáveis
constituem o eu, o Ego, o mim mesmo, o si mesmo … são a seu modo entidades diversas
personificando erros.
Quando vibrava a nota mi, entrávamos na terceira zona do subconsciente e enfrentávamos toda essa
multiplicidade de agregados psíquicos que em desordem fervilham em nosso interior, que impedem a
quietude e o silêncio da mente; nós os recriminávamos e tratávamos de compreendê-los. Quando o
conseguíamos, entrávamos ainda mais fundo com a nota fá. É óbvio que novas lutas nos esperavam,
pois amordaçar todos esses demônios do desejo não é tão fácil. Obrigá-los a guardar silêncio e
quietude não é coisa simples, porém, com paciência o conseguíamos. Assim, prosseguíamos com cada
uma das notas da escala musical.
Em uma oitava mais elevada, continuávamos com o mesmo esforço, e assim, pouco a pouco,
enfrentando os diversos elementos infra-humanos que carregávamos em nosso interior conseguíamos
por fim amordaçá-los todos nos 49 níveis do subconsciente e a mente ficava quieta, no mais profundo
silêncio. Esse era o momento em que a Essência, a Alma, aquilo que ternos de mais puro, escapava
para experimentar o Real. Assim, entrávamos no Vazio Iluminador. Assim, o Vazio Iluminador irrompia
em nós. Movendo-nos no Vazio Iluminador conseguíamos conhecer as leis da natureza em si mesmas
tais quais são e não corno aparentemente são.
Neste tridimensional mundo de Euclides só se conhecem causas e efeitos mecânicos, jamais as leis
naturais em si mesmas. Assim, no Vazio Iluminador, elas surgem diante de nós corno realmente são.
Nesse estado, podíamos perceber com a Essência, com os sentidos superlativos do Ser, as coisas em
si tais quais são. No mundo dos fenômenos físicos, a realidade… só percebemos a aparência das
coisas: ângulos, superfícies… nunca um corpo inteiro de forma integral. O pouco que percebemos é
fugaz. Ninguém poderia perceber a quantidade de átomos, por exemplo, que uma mesa ou uma
cadeira tem… Porém, no Vazio Iluminador percebemos as coisas em si tais quais são… integralmente!
Enquanto nos achávamos submersos no grande Vazio Iluminador, podíamos escutar a voz do Pai que
está em segredo. Fora de dúvida, nos achávamos num estado de arroubo que se podia denominar de
Êxtase. A personalidade ficava ali, sentada, em estado passivo, na sala de meditação. Os centros
emocional e motor integravam-se ao centro intelectual, formando um todo único e receptivo. De forma
que as ondas de tudo aquilo que vivenciávamos no Vazio Iluminador circulavam pelo Cordão de Prata
e eram recebidas pelos três centros: emocional, intelectual e motor.
Quando o Samadhi terminava, voltávamos ao interior do corpo, conservando a lembrança de tudo
aquilo que tínhamos visto e ouvido. No entanto, hei de lhes dizer que a primeira coisa que se tem de
abandonar para submergir por longo tempo no Vazio Iluminador é o medo. O eu do temor precisa ser
compreendido … Já sabemos que sua desintegração faz-se possível quando se suplica à Divina Mãe
Kundalini de forma veemente. Ela eliminará o eu do medo.
Um dia qualquer, não importa qual foi, achando-me no Vazio Iluminador, além da personalidade, do
eu e da individualidade, submerso nisso que se poderia chamar ―O NÃO‖, ―AQUILO‖, senti que eu era
tudo o que foi e será. Experimentei a unidade da vida, livre em seu movimento. Era a flor, o rio que,
cristalino, corria no seu leito de pedras, cantando delícias na sua linguagem, a ave que se precipitava
nos abismos insondáveis, era o peixe que nadava deliciosamente nas águas, era a Lua, os mundos…
era tudo o que é, foi e será. Houve temor, os sentimentos do mim mesmo, do eu… Senti que me
aniquilava, que deixava de existir corno indivíduo, que era tudo menos um indivíduo, que o mim
mesmo tendia a morrer para sempre.
Obviamente, enchi-me de indizível terror e voltei à forma física. Outros esforços permitiram-me que o
Vazio Iluminador irrompesse novamente e tornei a me sentir confundido com tudo; corno indivíduo,
corno pessoa, corno eu, tinha deixado de existir. Esse estado de consciência fazia-se cada vez mais
profundo; de tal forma que qualquer possibilidade para existir, para a existência individual, se
acabava, tendia a desaparecer definitivamente. Não pude resistir mais e voltei à forma física. Numa
terceira tentativa, tampouco pude resistir e voltei à forma. A partir de então, sei que para alguém
experimentar o Vazio Iluminador, para sentir o TAO em si mesmo, terá de eliminar o eu do temor; e
isso é indubitável.
Entre os irmãos da Ordem do Dragão Amarelo, o que mais se distinguiu foi meu amigo Chang. Hoje,
ele vive num desses ―planetas do Cristo‖, onde a natureza não é imperecedora e jamais muda. Há
duas naturezas: a perecedora, mutável etc., e a imperecível, a que jamais muda, imutável. Nos
planetas do Cristo existe a natureza eterna, imperecível e imutável. Chang vive num desses mundos
onde o Cristo resplandece. Libertou-se há várias idades e vive ali naquele longínquo planeta com um
grupo de irmãos que como ele também se libertaram.
Então, eu gostaria de lhes ensinar os sete segredos da Ordem do Dragão Amarelo, porém, com grande
dor me dou conta que os irmãos de todas as latitudes ainda não estão preparados para poder recebê -
los; e isso é lamentável.
Também é certo que hoje não é mais possível se utilizarem os 49 sons do aya-atapan, porque esse
instrumento já não existe mais. Muitas involuções desse instrumento ocorreram; já não possuem mais
as sete oitavas. Involuções dele são todos os instrumentos de corda: violino, guitarra, o próprio piano
etc. No entanto, é possível chegar-se à experiência do Vazio Iluminador com um sistema prático e
simples que todos os irmãos podem praticar. Vou ditar a técnica agora mesmo. Prestem atenção:
ATécnica
Sentem-se ao estilo oriental com as pernas cruzadas … Devido a que sois ocidentais, essa posição
resultará muito cansativa para vós, então sentai-vos em uma cômoda cadeira ao estilo ocidental.
Colocai a palma da mão esquerda aberta e a direita sobre a esquerda. Quero dizer, o dorso da palma
da mão direita sobre a palma da mão esquerda. Relaxai o corpo ao máximo possível.
A seguir, inalai profundamente e muito devagar. Ao inalarem, imaginai que a energia criadora sobe
pelos canais espermáticos até o cérebro. Exalai curto e rápido. Ao inalar, pronunciai o mantra HAM.
Ao exalar, pronunciai o mantra SAH. Indubitavelmente, inala-se pelo nariz e exala-se pela boca. Ao
inalar, vocalizai a sílaba sagrada HAM mentalmente, pois estais inalando pelo nariz. Mas, ao exalarem,
articulai a sílaba SAH de forma sonora.
O H soa sempre aspirado. Faz-se a inalação lenta e a exalação curta e rápida. Obviamente, a energia
criadora flui em todas as pessoas de dentro para fora, isto é, de forma centrífuga. Nós devemos
inverter essa ordem com objetivos de superação espiritual. Nossa energia deve fluir de forma
centrípeta, de fora para dentro.
Fora de dúvida, se inalamos devagar, lentamente, a energia criadora fluirá de forma centrípeta de fora
para dentro. Se exalarmos curto e rápido, essa energia far-se-á cada vez mais centrípeta.
Durante a prática, não se deve pensar absolutamente em nada. Os olhos ficam firmemente fechados e
em nossa mente só vibrará oHAM SAH e nada mais. À medida que se pratique, a inalação vai se
tornando mais funda e a exalação muito curta e rápida.
Os grandes mestres da meditação chegam a tornar a respiração pura inalação… a respiração fica
suspensa. Isto é impossível para os cientistas, porém, real para os místicos. Em tal estado, o mestre
participa do Nirvikalpa Samadhi ou Maha Samadhi e vem a irrupção do vazio Iluminador. Ele precipita-
se nesse grande vazio onde ninguém vive e onde somente se ouve a palavra do Pai que está em
segredo. Com esta prática, consegue-se a irrupção do vazio iluminador sob a condição de não se
pensar absolutamente em nada. Não se admitirá na mente pensamento algum, nenhum desejo,
nenhuma lembrança …
A mente tem de ficar completamente quieta por dentro, por fora e no centro. Aqui, o pensamento, por
insignificante que seja, é obstáculo para o Samadhi, para o êxtase. Esta ciência da meditação
combinada com a respiração produz efeitos extraordinários.
Normalmente, as pessoas padecem disso que se chama poluções noturnas. Homens e mulheres
sofrem tal situação. Têm sonhos eróticos, os eus copulam uns com os outros, a vibração passa pelo
cordão de prata até o físico e sobrevém o orgasmo com a perda da energia criadora. Isso acontece
quando a energia sexual flui de dentro para fora de forma centrífuga. Quando a energia sexual flui de
fora para dentro de forma centrípeta, as poluções noturnas terminam, o que vem em benefício da
saúde.
Bem, propicia-se o Samadhi durante a prática de meditação graças a que as energias criadoras,
fluindo de fora para dentro, impregnam a consciência e terminam por possibilitar seu abandono do
Ego e do corpo. A consciência desengarrafada do Ego, na ausência do Ego, fora do corpo físico, entra
no Vazio Iluminador e recebe o TAO. Aquele que eliminou o eu do medo, do temor, poderá
permanecer no Vazio Iluminador sem preocupação alguma.
Sentirá que seu aspecto individual vai se dissolvendo, sentirá a si mesmo vivendo na pedra, na rocha,
na longínqua estrela ou na ave canora de qualquer mundo planetário; não terá medo. Se não tiver
medo, por fim gravitará até sua origem, convertendo-se a consciência, a Essência, em uma criatura
terrivelmente divina para além do bem e do mal. Poderá pousar no Sagrado Sol Absoluto e ali, nesse
Sol, como estrela microcósmica, conhecerá todos os mistérios do universo.
É bom saber que o universo em si mesmo, todo o nosso sistema solar, existe na Inteligência do
Sagrado Sol Absoluto como um instante eterno. Todos os fenômenos da natureza processam-se
dentro de um instante eterno na Inteligência do Sagrado Sol Absoluto. Se tiver medo, perder-se-á o
êxtase e haverá o retorno à forma densa.
Queridos irmãos que me escutam, precisam abandonar o temor. Não basta dizer: deixarei de temer.
Há necessidade de se eliminar o eu do temor, sim … e ele é dissolvido estritamente pelo poder da
Divina Mãe Kundalini Shakti. Primeiro temos de analisá-lo, compreendê-lo e depois invocar Devi
Kundalini, nossa Divina Mãe Cósmica particular, pedindo para que Ela desintegre o eu do temor.
Somente assim alguém consegue submergir no Vazio Iluminador de forma absoluta. Quem o conseguir
gravitará para o Sagrado Sol Absoluto e conhecerá as maravilhas do universo.
Nossos irmãos precisam, pois, praticar essa técnica de meditação tal como a demos. Não se esquecer
de que o corpo precisa ficar bem relaxado, e isso é indispensável. HAM SAH é o grande alento, HAM
SAH é a nossa alma, HAM SAH é também um mantra que transmuta as energias criadoras. A
meditação combinada com o tantrismo é formidável. HAM SAH é a chave.
Bem sabemos que a energia criadora serve para o despertar da consciência. Combinada com a
meditação, tira inquestionavelmente a consciência de dentro do elemento egoico e a submerge no
vazio iluminador. É óbvio que o vazio iluminador está além do corpo, dos afetos e da mente.
Em uma sala de meditação oriental, um monge perguntou ao Mestre: que é o vazio iluminador? Dizem
os textos que o Mestre deu-lhe um pontapé no estômago e o discípulo caiu desmaiado. Depois, o
discípulo levantou-se e abraçou o Mestre: obrigado, Mestre, experimentei o Vazio Iluminador. Absurdo,
declararão muitos, porém não é bem assim. O que acontece é que fenômenos muito especiais se
apresentam para o Vazio Iluminador.
Um pintinho está pronto para sair do ovo. Sua mãe o ajuda ou o auxilia picando também ela a casca.
O pintinho segue picando e com sua ajuda sai do ovo. Assim, quando alguém amadureceu, recebe
ajuda de sua Divina Mãe Kundalini. Fura o cascão do Ego e da personalidade e sai para experimentar o
Vazio Iluminador.
O Segredo: Meditação Combinadacomo Sono
No entanto, há que se perseverar na meditação, há que se saber combinar inteligentemente a
concentração com o sono; sono e concentração misturados produzem iluminação.
Muitos esoteristas pensam que a meditação não deve de modo algum ser combinada com o sono do
corpo. Aqueles que pensam assim estão equivocados, porque a meditação sem sono arruína o
cérebro. Deve-se sempre utilizar o sono em combinação com a técnica da meditação, porém, um sono
controlado, um sono voluntário, não um sono sem controle, um sono absurdo… sono e meditação
combinados inteligentemente.
Devemos montar no sono e não deixar que o sono
monte em nós. Se aprendermos a montar no sono, teremos triunfado. Se o sono monta em nós,
fracassamos. Portanto, usar o sono; meditação combinada com o sono… Essa técnica leva os
praticantes ao Samadhi, à experiência do Vazio Iluminador.
Há que se praticar diariamente. A que hora? No momento em que nos sintamos com ânimo para
executá-Ia e especialmente quando estivermos com sono. Se seguirem essas indicações, um dia
poderão receber o TAO, poderão experimentar a verdade.
Obviamente, há dois tipos de dialética: a dialética racional do intelecto e a dialética da consciência.
Durante o Satori, trabalha a dialética da consciência, e tudo entendemos por intuição, através de
palavras ou figuras simbólicas, na linguagem das parábolas do evangelho cristão, na linguagem viva
da consciência superlativa do Ser. No Ser, a dialética da consciência se adianta sempre à dialética do
raciocínio.
A um monge zen foi perguntado: por que o bodidharma veio do oeste? Resposta: quem está no jardim
é o cipreste. Qualquer um diria que isso não tem concordância alguma. No entanto, tem sim. É uma
resposta que se adianta à dialética do raciocínio; sai da essência. O cipreste, a árvore da vida, está em
todas as partes, não interessa oriente ou ocidente. Este é o sentido da resposta. No vazio iluminador
se sabe tudo por experiência direta da verdade.
O estudante terá de se familiarizar com a dialética da consciência. Infelizmente, o poder formulativo
de conceitos lógicos, por mais brilhante que seja, por mais útil que seja nos aspectos da vida prática,
resulta em obstáculo para a dialética da consciência. Não quero com isso descartar o poder
formulativo dos conceitos lógicos, pois todos precisam dele no terreno dos fatos práticos da existência.
Porém, cada faculdade tem inquestionavelmente a sua órbita particular em que é útil, fora dela resulta
sem utilidade e prejudicial. Deixemos o poder formulativo de conceitos dentro de sua órbita. No
Samadhi ou no Pansamadhi da meditação devemos sempre vivenciar, captar, a dialética da
consciência. Isso é questão de experiência que o discípulo irá adquirindo à medida que pratica a
técnica da meditação.
AImpaciência
O caminho da meditação profunda implica muita paciência. Os impacientes jamais conseguirão
triunfar. Impossível vivenciar a experiência do vazio iluminador enquanto exista a impaciência em nós.
O eu da impaciência tem de ser e eliminado , depois de ter sido compreendido. Que se entenda isto
com clareza! Se assim se age, se recebe o TAO; isso é óbvio. A experiência do real jamais poderia
chegar a nós enquanto a consciência continuasse embutida no Ego. O Ego em si mesmo é tempo.
Toda essa multiplicidade de elementos fantasmagóricos que constituem o mim mesmo são um
compêndio de tempo. A experiência do vazio iluminador é sua antítese; ele é atemporal, ele está além
do tempo e da mente. O tempo é toda essa multiplicidade de eus; o eu é o tempo. Assim, pois, o
tempo é subjetivo, incoerente, torpe, pesado e não tem realidade objetiva.
Quando alguém senta em uma sala de meditação ou simples ente em sua casa a fim de meditar, se
quiser praticar essa técnica deverá esquecer o conceito de tempo e viver dentro de um instante
eterno. Aqueles que se dedicam à meditação dependentes do relógio, obviamente não conseguem a
experiência do Vazio Iluminador. Se me perguntassem quantos minutos diários devem ser utilizados
na meditação, se meia hora, uma ou duas horas, não haveria resposta.
Se alguém entra em meditação e está dependente do tempo não pode experimentar o Vazio
Iluminador porque este não é do tempo. Seria algo similar a uma ave que tentasse voar e que
estivesse amarrada por uma pata a um pau; não poderia voar … haveria uma trava. Para experimentar
o vazio iluminador, temos de nos livrar de qualquer trava.
O importante é certamente experimentar a verdade e a verdade está no Vazio Iluminador. Quando a
Jesus, o grande Cabir, perguntaram o que é a verdade, o Mestre guardou profundo silêncio. Quando a
Gautama Sakiamuni fizeram a mesma pergunta, ele deu as costas e retirou-se. A verdade não pode
ser descrita, não pode ser explicada, cada um tem de experimentá-la por si próprio através da técnica
da meditação.
No vazio iluminador, experimentamos a verdade. Esse é um elemento que nos transforma
radicalmente. Há que se perseverar, há que se ser tenaz … Pode acontecer que no princípio não se
consiga nada, porém à medida que o tempo for passando iremos sentindo que nos vamos fazendo
cada vez mais profundos. Um dia qualquer irromperá em nossa mente a experiência do vazio
iluminador.
Inquestionavelmente, o vazio iluminador em si mesmo é o santo Okidanok, o Ativo Okidanok,
onipresente, onipenetrante, onisciente, que emana de si mesmo, o Sagrado Sol Absoluto. Feliz de
quem consiga precipitar-se no vazio Iluminador , onde não vive criatura alguma, porque será
precisamente ali onde experimentará o real, a verdade. Perseverança faz-se indispensável… Há que se
trabalhar afundo diariamente até se conseguir o triunfo total. A experiência da verdade através da
meditação resulta prodigiosa. Ao se experimentar a verdade, a gente sente-se com força para
perseverar no trabalho sobre si mesmo.
Brilhantes autores falaram sobre o trabalho em si mesmo, sobre o eu, sobre o mim mesmo. Fizeram
muito bem ao falarem assim, mas esqueceram-se de uma coisa: a experiência da verdade. Enquanto
alguém não tenha experimentado o real, não se sente reconfortado e não se sente com força
suficiente para trabalhar sobre si mesmo, sobre o próprio eu. Quando alguém de verdade passou por
tal experiência mística, é diferente, nada poderá o deter em sua aspiração de libertação. Trabalhará
incansavelmente sobre si mesmo para conseguir de verdade uma mudança radical, total e definitiva.
Agora, meus queridos amigos, vocês compreenderão por que as salas de meditação são
indispensáveis. Francamente, sinto tristeza ao ver que, apesar de tanto haver escrito
sobre a meditação em diferentes Mensagens de Natal em anos anteriores, ainda não há
salas de meditação nos países centro e sul-americanos, quando já deveriam existir.
O que se passou? Existe indolência. Por quê? Por falta de compreensão! Faz-se necessário entender! O
pobre animal intelectual equivocadamente chamado homem precisa de alento, precisa de algo que o
anime na luta, estímulo para o trabalho sobre si mesmo… Sei que o pobre animal intelectual é dé bil
por natureza e encontra-se numa situação completamente desvantajosa. O Ego é demasiadamente
forte e a personalidade terrivelmente débil. Como deixá-lo se assim apenas consegue caminhar? Ele
precisa de algo que o anime no trabalho, precisa de um apoio íntimo. Isso só se torna possível através
da meditação.
Não quero dizer que todos de uma só ceifada irão experimentar o Vazio Iluminador. Obviamente, se
chegará a essa experiência através de diferentes graus. O devoto entenderá cada vez mais o impulso
íntimo do Ser e terá diversas vivências mais ou menos lúcidas. Dia chegará em que terá a melhor das
vivências: a experiência direta da grande realidade; então receberá o TAO.
Todos aqueles que me escutam devem pesar bem minhas palavras. Reflitam, não basta simplesmente
ouvir. Há que se saber escutar, o que é diferente. Porém, o que escuta a palavra e não a faz – diz o
apóstolo Santiago na Epístola Universal – se parece com o homem que se olha no espelho e depois dá
as costas e se vai.
Há que se viver a palavra dentro de si próprio. Não basta que me escutem. É necessário que se
converta esse ensinamento em carne, sangue e vida, se é que se pretende a transformação radical.
Há que se perseverar! Até aqui, minhas palavras.
Paz Inverencial
Os 5 centros e suas disfunções
A questão do funcionamento equivocado dos Centros é um tema que exige um estudo de toda a vida,
através da observação de ―si mesmo‖ em ação e do exame rigoroso dos sonhos.
Não é possível chegarem, num instante, à compreensão dos centros. Necessitamos de infinita
paciência para compreender suas formas incorretas de trabalhar.
Toda a vida se desenvolve em razão dos Centros e é controlada por eles. Nossos pensamentos,
sentimentos, esperanças, temores, amores, ódios, ações, sensações, prazeres, satisfações, frustrações
etc. encontram-se nos Centros.
O descobrimento de algum elemento inumano em qualquer um dos Centros deve ser motivo mais do
que suficiente para trabalhá-lo esotericamente.
É necessário compreender o que é a mente e o que são o sentimento e o sentimentalismo. Se
estudarmos o Ser cuidadosamente, veremos que a mente não é o Ser. Na Teosofia fala-se muito do
corpo Mmntal e as diversas escolas de pensamento o citam. Não queremos com isso dizer que todos
os ―humanoides‖ já possuam o veículo mental. Haverá manas, como se diz em sânscrito, ou seja,
substância mental, depositada em cada um de nós, porém, isso não é possuir realmente o veículo da
mente.
Em todo caso, a mente, se é que o ser humano já possui tal veículo ou que está começando a criá-lo,
e mesmo que ainda não o tenha, não é mais que um instrumento de manifestação, mas não é o Ser.
O sentimento tampouco é o Ser. No passado, senti-me inclinado a crer que o sentimento, em si
mesmo, correspondia ao Ser.
Mais tarde, depois de severas análises, vi-me na necessidade de retificar tal conceito. Obviamente, o
sentimento advém do corpo astral nos seres humanos. Poderiam objetar-me dizendo que nem todos
possuem este precioso veículo kedsjano e nisso estamos de acordo, mas existe a emoção, a
substância astral correspondente em cada um de nós.
De fato, quer tenhamos o veículo sideral quer não, surge evidentemente isso que se chama
sentimento. Em seu aspecto negativo, o sentimentalismo nos converte em entes demasiadamente
negativos, mas o sentimento tampouco é o Ser, pode pertencer ao centro emocional, porém não é o
Ser.
A mente tem o seu Centro (o Centro Intelectual), mas não é o Ser. O Centro da Mente, o Intelectual,
está localizado no cérebro – isto é obvio –, porém não é o Ser. O sentimento corresponde ao Centro
Emocional, localiza-se na região do plexo solar e abarca os centros nervosos simpáticos e o coração,
porém não é o Ser.
O Ser é o Ser, e a razão do ser do Ser é o mesmo Ser…
Por que temos de nos deixar levar pelos Centros da máquina? Por que permitimos que o Centro
Intelectual ou o Emocional nos controlem? Por que temos de ser escravos desta maquinaria? Devemos
aprender a controlar todos os Centros da máquina, devemos nos converter em seus senhores.
Há cinco Centros na máquina, e isto é óbvio: o Intelectual, primeiro; o Emocional,
segundo; o Motor, terceiro; o Instintivo, quarto; e o Sexual, quinto.
Mas, os Centros da máquina não são o Ser; podem estar a serviço do Ser, porém não são o Ser.
Assim, pois, nem a mente nem o sentimento são o Ser.
Por que sofrem os seres humanos? Porque permitem que o pensamento e o sentimento intervenham
nas diversas circunstâncias da vida. Se nos insultam, reagimos de imediato, se ferem nosso amor
próprio, sofremos e até nos encolerizamos.
Quando contemplamos todo o panorama da vida, podemos evidenciar claramente que temos sido,
diríamos, como pedaços de madeira no oceano, graças precisamente a que temos permitido que a
mente e o sentimento se intrometam nas diversas circunstâncias da existência.
Não temos dado oportunidade à Essência, ao Ser, para que se expresse através de nós. Temos
sempre tentado resolver as coisas por nossa conta, reagimos ante qualquer palavra dura, qualquer
problema ou qualquer dificuldade. Sentimos-no feridos quando alguém nos fere, ou contentes quando
alguém nos agrada.
Temos sido, dissemos, como pedaços de madeira entre as embravecidas ondas do grande oceano, não
temos sido senhores de nós mesmos.
Por que nos preocupamos? Pergunto a mim mesmo e pergunto a vocês. Por causa dos ―problemas‖,
me diriam. A preocupação, meus caros irmãos, é um hábito de muito mau gosto, de nada serve, nada
resolve. Uma pessoa tem de aprender a viver de instante em instante, de momento ao momento. Por
que haverá alguém de se preocupar?
Assim, não devemos permitir que a mente e os sentimento se intrometam nas diversas circunstâncias
da vida. A personalidade humana deve tornar-se passiva, tranquila. Isto implica, de fato, uma
tremenda atividade da consciência, isso significa aprender a viver conscientemente, isso significa
dispor a base para o despertar.
Para Saber Mais:
Disfunções no trabalho do centro intelectual
Disfunções no trabalho do centro emocional
Disfunções no trabalho do centro motor
Disfunções no trabalho do centro instintivo
Disfunções no trabalho do centro sexual
Como acessar o centro emocional superior
Disfunções no trabalho do centro
intelectual
―É lamentável que, por falta de sabedoria, os seres humanos estejam fabricando nos cinco cilindros da
máquina orgânica inumeráveis Eus-Demônios que roubam parte de sua consciência e de suas vidas.‖
Se estudarmos judiciosamente o porquê do trabalho equivocado dos Centros, encontramos a resposta
nos múltiplos eus-defeitos que se encontram ali e os controlam. No que se refere ao Centro
Intelectual, vemos que os agregados psíquicos aproveitam os conhecimentos adquiridos para
autoafirmar e fortalecer-se. Quando algum conhecimento não é submetido à meditação profunda,
então o Eu da psicologia utiliza essas informações, originando, consequentemente, uma forma muito
peculiar de intelectualismo.
Os conhecimentos não prejudicam ninguém, mas quando são capturados pelo Ego, produzem
consequências por si só bastante graves, porque o Eu se torna mais astuto, cauteloso e formula os
piores crimes, busca maneiras de explorar o homem pelo homem, destrói as diversas manifestações
científicas, artísticas, filosóficas e religiosas.
O Eu de que a Psicologia Profunda fala, armado de conhecimentos intelectuais, sabota os valores que
sempre têm sustentado a humanidade, trata de tirar os valores espirituais do ser humano, destrói a
obra dos grandes homens.
O intelectualismo é o polo oposto da Inteligência e é muito diferente da Intelecção Iluminada. O
intelectualismo é uma mescla de Eu Psicológico com a informação adquirida através dos sentidos
externos. A Inteligência é um atributo do Ser, é uma faculdade da Consciência Superlativa do Ser.
A humanidade consciente trabalha com a inteligência, a humanidade mecânica e tenebrosa consegue
seus níveis de prestígio social, político e econômico, trabalhando com a astúcia intelectual, trabalhando
com a parte mecânica do Centro Intelectual, ou seja, com a pior parte de si mesma.
Em realidade, nas atuais condições o ser humano não é um verdadeiro indivíduo pensante, não tem
mente individual. Do Centro Intelectual surtem diversos pensamentos que provêm não de um Eu
permanente, como supõem os ignorantes ilustrados, mas dos diferentes Eus em cada um de nós.
No entanto, quando pensa, o homem crê firmemente que em si mesmo e por si mesmo está
pensando. O pobre mamífero intelectual não quer se dar conta de que os múltiplos pensamentos que
passam por seu entendimento têm sua origem nos distintos Eus que leva dentro de si.
Um trabalho sério e continuado sobre o Centro Intelectual inclui a não identificação com tal ou qual
pensamento negativo e prejudicial, porque todos os pensamentos desse tipo provêm deste ou daquele
Eu que, em um momento dado, utiliza abusivamente nosso Centro Intelectual.
Vista essa questão desse ângulo pluralizado de Pensadores e Pensamentos, o que ocorre é que cada
um dos Eus que carregamos em nossa psique é de fato um pensador diferente. Não obstante, cada
um desses eus-pensadores, apesar de constituir só uma parte, se crê o todo em um momento dado.
Assim, por exemplo, quando surge em nós um pensamento de ódio contra determinada pessoa,
cremos que a totalidade de nós está odiando, com o que não só nos autonegamos, senão que ainda
fortalecemos o Eu autor do correspondente pensamento negativo através dos processos de
identificações.
Obviamente, quem não vive em estado de alerta novidade, em estado de percepção alerta, isto é,
quem não observa os processos de seu Centro Intelectual e ―pensa que está pensando‖, se identifica
facilmente com qualquer pensamento negativo. Se aceitarmos estes pensamentos, estes ―eus-
pensadores‖ que num momento qualquer controlam nosso Centro Intelectual seremos então,
incapazes de nos liberar de seus resultados.
Não devemos nunca esquecer que esses Eus negativos e briguentos se apoderam facilmente dos
conhecimentos que não tenham sido devidamente compreendidos e dos conceitos adquiridos por
imitação mecânica, ou seja, se apoderam dos ―rolos mentais‖ armazenados em nosso Centro
Intelectual, originando correntes mentais nocivas e prejudiciais.
Quando uma informação foi devidamente compreendida, não apenas no nível intelectual, mas também
em todos os departamentos da mente, passa a formar parte da Essência ou Consciência, e então o Ser
utiliza essa sabedoria para determinar circunstâncias no mundo físico.
Segundo a Gnose, eliminado o Ego deixamos de ser vítimas das circunstâncias e da maldade do
próximo e nos advém a Intelecção Iluminada, que é a mesma Razão Objetiva com Intuição. Com essa
poderosa chave em nossa mente, poderíamos abrir, sem temor algum, a porta que conduz aos
Mundos Superiores e investigar os Mistérios da Vida e da Morte.
Daí a importância de descobrir o Ego em ação porque, no que se refere ao Centro Intelectual, quando
a pessoa já aprendeu a viver em estado de alerta, os eus-pensadores não podem enganá-la, pois
compreende que uma parte de si mesma quer levá-la, por exemplo, ao adultério, ao orgulho místico,
aos ciúmes, ou pretende afastá-la dos ensinamentos gnósticos.
Inquestionavelmente, quando uma pessoa observa, compreende e a seguir elimina o Eu a que se
refere a Psicologia Experimental e Revolucionária, cessam os autosenganos, termina o trabalho
equivocado dos Centros.
Disfunções no trabalho do centro
emocional
―Como poderia existir em nós o real sentimento de nosso verdadeiro Ser quando esses Eus estão
sentindo e pensando por nós? O mais grave desta tragédia é que a pessoa pensa que está pensando,
sente que está sentindo, quando é outro que em dado momento pensa com o nosso martirizado
cérebro e sente com nosso dolorido coração.
Infelizes de nós: quantas vezes cremos estar amando e o que acontece é que outro dentro de nós
mesmos, cheio de luxúria, utiliza o centro do coração! Somos uns infelizes, confundimos a paixão
animal com o amor e, entretanto, é outro dentro de nós mesmos, dentro de nossa personalidade que
passa por tais confusões!‖
A transformação do Centro Emocional Inferior está intimamente relacionada com a não-expressão de
emoções negativas. Quando cometemos o erro de esquecer de nós mesmos e nos ident ificamos com o
mundo dos sentido externos, novos eus vêm à existência e se fortalecem os que já vivem em nosso
espaço psicológico.
No Plexo Solar ou Centro Emocional, sabiamente colocado pela Natureza na região do umbigo, os
―agregados psíquicos‖ se expressam sentimentalmente, quase sempre com um sentimentalismo
mórbido que a nada conduz.
Concretamente, as emoções negativas têm sua causa-raiz nas associações mecânicas e na
identificação consigo mesmo e com os demais.
O animal intelectual olha a vida através das informações armazenadas nos Centros, e, quando um
evento exterior não coincide com determinada informação, o resultado é uma emoção negativa. As
ideias falsas que temos sobre nós mesmos provocam sempre emoções inferiores.
Quando alguém se identifica com essas falsas ideias, então ama demasiado a si mesmo, se
autoconsidera e pensa que sempre tem se portado bem com fulano, com beltrano, com a mulher ou o
marido, com seus filhos, e supõe que ninguém tem sabido apreciá-lo. Ou seja, a emoção negativa da
autoconsideração conduz de maneira inevitável à autocomiseração.
É claro que a falsa educação, somada à pobreza espiritual, criou no animal intelectual formas
estereotipadas de reagir, maneiras equivocadas de pensar e de sentir, mecanismos que se manifestam
como pensamentos negativos e emoções inferiores.
A psicologia gnóstica ensina o método exato para transformar ou purificar o Centro Emocional e, a
este respeito, assinala: ―É necessário aprender a ver o pondo de vista alheio, precisamos aprender a
nos colocar no lugar dos outros, é necessário aprender a receber com agrado as manifestações
desagradáveis de nossos semelhantes‖.
A presença de um sentimento negativo não deve ser condenada nem justificada, mas auto-observada
em um ato de ―recordação de si‖. Quando fizermos isso, podemos então conhecer nossos estados
equivocados de consciência.
A energia consciente, que se acumula com cada ato de ―recordação de si‖, cristaliza -se finalmente
num Centro Permanente de Consciência, capacitando-nos a receber as influências do Ser através dos
Centros Superiores (Intelectual e Emocional).
Mas se vivemos lamentando o perdido, chorando pelo que desprezamos, recordando os velhos
tropeços e calamidades, sentindo piedade por nós mesmos, manifestando um amor-próprio
exagerado, nos preocupando com o que os outros possam pensar de nós, nada poderá crescer em
nosso interior, nunca podermos passar a um Nível Superior do Ser.
Na luta contra essas fraquezas, um preceito deve ser urgentemente posto em prática: ―Se queremos
nos modificar radicalmente, devemos sacrificar nossos próprios sofrimentos‖.
Estabeleçamos uma exata diferenciação entre sofrimentos mecânicos e padecimentos voluntários. Os
sofrimentos mecânicos apresentam-se por causa de nossa consciência adormecida, por nossa própria
culpa, graças a nossos erros e defeitos psicológicos. Os padecimentos voluntários são aqueles que o
aspirante gnóstico impõe a si mesmo, para poder aniquilar o Ego animal, para alcançar a Alta Iniciação
e ―perder-se no Ser‖.
As pessoas que trabalharam muito na vida sem obter o que desejam, aqueles que sofreram muito e
que obviamente se sentem enganados, os que pensam que a vida lhes deve aquilo que nunca foram
capazes de conseguir, normalmente sentem uma tristeza interior, uma sensação de monotonia e tédio
espantosos, um cansaço íntimo ou frustração em cujo redor se amontoam os pensamentos.
O sentimento de que nos devem honras e satisfações, a dor que sentimos pelos males que outros nos
causaram etc., detêm todo o progresso interior da Alma. Os que são incapazes de sacrificar seus
próprios sofrimentos criam diariamente Eus muitos perversos, Eus ressentidos, Eus que odeiam e
estão muito perto da maldição. Pessoas assim, incapazes de sacrificar os sofrimentos mecânicos, estão
de fato ―mortas‖ para o trabalho esotérico, fecham o caminho para Autorrealização do Ser.
Em nossa tão cacarejada civilização moderna, a humanidade inteira vive identificada com as emoções
inferiores, a ponto de não poder existir sem elas. As emoções inferiores constituem-se hoje numa
enfermidade terrível e difícil de curar. Por isso, o aspirante gnóstico não deve admitir sentimentos de
vingança, ressentimento, ansiedades pelos males que outros lhe tenham causado ou emoções
negativas de violência, inveja, ciúmes, medo, desconfiança de si mesmo e dos demais etc.
Só assim, sacrificando nossos próprios sofrimentos, poderemos conseguir o objetivo fundamental dos
estudos gnóstico, isto é, converter-nos em seres diferentes.
Disfunções no trabalho do centro
motor
―Transformar reações mecânicas é possível mediante a confrontação lógica e a Autorrealização Íntima
do Ser. É evidente que as pessoas reagem mecanicamente diante das diversas circunstâncias da vida.
Pobres pessoas, costumam sempre se converter em vítimas! Quando alguém as adula, sorriem, e
quando as humilha, sofrem; insultam se são insultadas, ferem se são feridas. Nunca são livres, seus
semelhantes têm poder para levá-las da alegria à tristeza, da esperança ao desespero.‖ (Samael Aun
Weor, Psicologia Revolucionária)
Quando uma pessoa estuda a si mesma sabe muito bem que o ponto de gravidade do Centro Motor
está situado na parte superior da espinha dorsal e conhece também a notória influência deste Centro
sobre todo o organismo.
Para trabalhar seriamente sobre o Centro Motor e corrigir seu mau funcionamento, é necessário
exercitar o sentido da auto-observação psicológica, colocando a atenção dinâmica ou voluntária em
todas as atividades relacionadas a este Centro. As atividades do Centro Motor são as seguintes:
. A imitação mecânica.
. A criação de autoimagens, com a cumplicidade da fantasia (a infraimaginação
e o sonho).
. Os hábitos.
. As tensões musculares desnecessárias, os movimentos inconscientes, as ações
automáticas.
. A conversação insubstancial de fala ambígua, o palavreado inútil, o ―falar por
falar‖ etc.
Devemos entender, em princípio, que os ―humanoides intelectuais‖ nada podem fazer, tudo nos
acontece, tal como quando chove, troveja ou relampeja. O animal intelectual é uma máquina, porém,
uma máquina muito especial, porque pode deixar de sê-lo, se a isso se propõe e se conhece o método
exato.
Assim, a primeira coisa que o estudante deve compreender e eliminar é a sua própria mecanicidade,
se é que realmente almeja o despertar da Consciência.
Todas as nossas ações são
completamente mecânicas. Isto ocorre por que o Ego se apodera do Centro Motor para nos obrigar a
realizar movimentos de todo tipo, convertendo-nos em simples marionetes, em míseros bonecos
acionados por diferente Eus. Entretanto, com o auxílio do terceiro estado de Consciência – que é o da
Íntima Recordação de Si Mesmo –, podemos ir eliminando uma a uma as possibilidades de
mecanicidade em todas as atividades do Centro Motor.
Personalidade Mecânica ou Falsa Personalidade, que pertence ao inframundo das 96 leis, é formada
precisamente por todas as coisas que adquirimos ou aprendemos durante a vida, ou seja, modos de
pensar, sentir e atuar meramente mecânico.
Sem sombra de dúvida, o homem-máquina, o robô-humanoide, perde desde criança essa faculdade
conhecida como Percepção Instintiva das Verdades Cósmicas, e fica sujeito, graças a uma educação
equivocada, a atuar em razão dos múltiplos eventos exteriores e de choques acidentais que originam
em seu interior determinadas mudanças, quase sempre errôneas ou não coincidentes com o
acontecimento em questão.
Os Eus que desde cedo assumem o controle dos Centros da máquina orgânica vêm à existência por
causa da pressão dos dramas, tragédias e comédias que, quer queira quer não, o animal intelectual,
acontecem na escola da vida.
Por culpa de nossa própria mecanicidade, a Essência perdeu suas possibilidades de manifestações, já
que toda forma de ação consciente foi substituída pelo automatismo, a materialidade grosseira e a
ignorância do que realmente somos. O Eu a que se refere a psicologia gnóstica, ao não transformar as
impressões, desenha novas autoimagens, nova série de hábitos, costumes, movimentos, ilusões,
palavras etc., que finalmente servem para nos converter em autômatos com a consciência
profundamente adormecida.
Quando uma impressão entra na máquina orgânica sem ser transformada, é imediatamente
interceptada pela personalidade mecânica e, mediante certos dispositivos, enviada a lugares ou
Centros equivocados, prejudicando o funcionamento normal dos Centros e adormecendo ainda mais a
Consciência.
Obviamente, quando uma impressão é captada sem a intervenção do terceiro estado de Consciência,
ou seja, quando a pessoa está em estado de identificação, os diversos elementos psicológicos movem-
se sem controle algum, reagindo mecanicamente. A auto-observação permite que a luz da Consciência
ilumine esses aspectos mecânicos de si mesmo, tendo como resultado o Autoconhecimento.
As primeiras tentativas de auto-observação do Centro Motor encontram um sério obstáculo nos
automatismo inconsciente, especialmente nos hábitos e costumes ligados à Falsa Personalidade.
Certamente, nunca é tarefa fácil perder toda identificação com os acontecimentos de nossa própria
vida. No entanto, se queremos corrigir o trabalho equivocado do Centro Motor, devemos nos despojar
de certar atuações mecânicas que comumente adotamos por imitação, mas que são na realidade
inúteis e prejudiciais.
A tendência a imitar os gestos e atitudes dos outros é uma característica muito marcante no animal
intelectual equivocadamente chamado Homem.
Os esportes violentos (boxe, futebol, levantamento de peso, caratê etc.) constituem-se num atentado
contra o Centro Motor, pois esgotam os valores energéticos que a Natureza colocou nesse cilindro.
Note-se, entretanto, como se têm massificado esses esportes brutais, graças precisamente à imitação.
Tampouco escapam do derrame de energia motora os artistas de cinema e da tevê, os fanáticos de
todos os esportes, os que abusam do trabalho físico, os que se deixam dominar pela ira corporal e
pela cólera ou ira da língua, os que não podem deixar de falar nem um só momento, os que vivem sob
tensões desnecessárias etc.
A luta contra o automatismo só pode ter sucesso com a ajuda da atenção consciente, plena, natural,
espontânea, ante cada movimento que realizamos. Porém, o controle definitivo sobre as infinitas
possibilidades desse Centro somente pode ser adquirido com a aniquilação total do Eu psicológico.
As práticas gnósticas, a vocalização, meditação e oração conscientes colocam o Centro Motor em plena
harmonia com o Infinito, obtendo-se então estados de relaxamento voluntário que ajudam a equilibrá-
lo.
Finalmente, na vida diária é necessário aprender a relaxar conscientemente o corpo físico, tratando de
recordar-se de si mesmo, assim com aprender a não gritar, a não gesticular, tudo com o propósito de
se autoconhecer e de economizar energia motora
Disfunções no trabalho do centro
instintivo
―O corpo planetário ou corpo físico às vezes se encontra doente, às vezes são e assim sucessivamente.
Cremos sempre ter algum conhecimento de nosso corpo físico, mas, na realidade, nem os melhores
cientistas do mundo sabem muita coisa sobre o corpo de carne e osso. Não há dúvida de que o corpo
físico, dado sua tremenda complicada organização, está muito além de nossa compreensão.
Pode acontecer o caso concreto de que estejamos equivocadamente relacionados com o corpo físico e,
em consequência disso, ficamos doentes. Quando uma pessoa se dá o ‗choque da recordação de si‘,
produz-se realmente uma mudança milagrosa em todo o trabalho do corpo, de modo que as células
recebem um alimento diferente‖.
O centro de gravidade deste cilindro encontra-se na parte inferior da espinha dorsal, entretanto, sua
influência abarca todo o organismo humano.
As funções específicas do Centro Instintivo não devem ser confundidas com as do Centro Motor, pois
são diferentes, mesmo quando, conjuntamente com o Centro Sexual, estão destinadas a trabalhar
coordenada e harmoniosamente. Por isso, no Gnosticismo Universal, fala-se dos TRÊS CÉREBROS, a
saber: Cérebro intelectual, Cérebro Emocional e Cérebro Motor-Instintivo-Sexual.
Deve-se ter em conta, no entanto, que as funções motrizes são adquiridas, devem ser aprendidas, ao
passo que as funções instintivas são inatas. As funções do Centro Instintivo são: a respiração,
circulação sanguínea, a digestão e, em geral, todo trabalho interno do organismo, além dos reflexos,
que também pertencem a ele.
O instinto sexual, o instinto de conservação da vida e outras funções instintivas normais estão
lamentavelmente adulteradas. O Centro Instintivo trabalha de forma independente e possui, em si
mesmo, as condições necessárias para enfrentar a vida.
A Consciência deveria manejar as funções instintivas, pois
tem poder para fazê-lo, porém, nas atuais condições do ―humanoide‖, essas funções realizam-se sem
a intervenção da Vontade e da Consciência. Convém assinalar que toda enfermidade física é
provocada pelo trabalho equivocado em todos os Centros, pelo domínio que sobre eles exerce o Eu da
psicologia experimental.
Os impactos do Eu adoecem o Corpo Vital e o danificam, com repercussão imediata em todos os
Centros, muito particularmente no Instintivo.
À medida que esse e todos os Centros vão ficando a serviço da Essência, toda possibilidade de
enfermidade desaparecerá. Trabalhar esotericamente sobre o Centro Instintivo implica auto-observar
as sensações, questão esta de suma importância, dado que as impressões chegam até nós pela via
dos cinco sentidos.
Ao Centro Instintivo corresponde o papel principal na ciência da transformação das impressões. Em
outras palavras, o trabalho equivocado dos Centros não pode ser corrigido se não se estudam, se
compreendem e eliminam as atividades errôneas do Centro Instintivo, o que de fato exige um saber
adequado e um método que permita seu desenvolvimento harmônico.
Nos momentos de inconsciência total, as funções normais do Centro Instintivo entram num processo
involutivo, descendente, infranormal, e as impressões que se recebem do mundo exterior não são
transformadas. Ao tratar de se adaptar às condições desfavoráveis para a vida, este Centro traz à
existência alguns Eus infra-instintivos, terrivelmente negativos.
O estudante gnóstico que almeja estabelecer o equilíbrio deste Centro deverá trabalhar na e liminação
de certas formas bestiais, infra-humanas e infraconscientes, como a brutalidade instintiva, os instintos
criminosos, o ódio, a luxúria, as psicopatias etc.
Qualquer ego pode ocasionar graves danos em algum dos cilindros, porém, os que provocam
explosões difíceis de controlar são precisamente os ―agregados‖ que se situam no Centro Instintivo, o
qual é 30 mil vezes mais rápido que o Centro Intelectual.
Os eus instintivos são a representação real da parte animalesca de cada um de nós, vale dizer, são
entidades que se desenvolvem no estado de Eikasia, ou sono absoluto da Consciência. Por isso, os
sonhos relacionados com este Centro são demasiado confusos, quase impossíveis de decifrar. Algumas
dessas entidades ou eus provocam, ao se manifestarem, os crimes mais espantosos: estupros, paixões
sangrentas etc.
Tais defeitos psicológicos, que tergiversam os instintos normais do ser humano, têm sua origem
no Órgão Kundartiguador, inserido precisamente no Centro Instintivo. Resta dizer que o estudo da
função instintiva, assim como o dos outros Centros, escapa sempre às análises normais do
racionalismo especulativo e aos métodos intelectuais da psicologia ocidental. Nunca devemos
esquecer, neste sentido, que o autoconhecimento, ou autognose, é um atributo da Consciência
Superlativa do Ser.
Num passado remoto, a humanidade possuía a Razão Objetica, elaborava seus conceitos com os
dados da Consciência, que, por sua vez, utilizava um Centro Instintivo absolutamente perfeito. Então,
não existia o Ego, e o Ser percebia o mundo e seus fenômenos através de uma Consciência iluminada
e desperta.
Restituir essa pureza original é o objetivo do trabalho sobre os cinco Centros da máquina orgânica,
muito especialmente do Instintivo. A degeneração dos cinco sentidos, somada ao fato de que o animal
intelectual elabora seus conceitos a partir das percepções externas, explica por que foram adulteradas
as diferentes manifestações da Ciência, da Arte, da Filosofia e da Religião.
O SENTIDO DE NOVIDADE, a CAPACIDADE DE ASSOMBRO, o OLHAR tudo de uma maneira nova, ou
seja, em estado de PERCEPÇÃO-ALERTA, é um auxílio extraordinário para a percepção correta do
mundo físico.
Obviamente, quando aprendemos a olhar a vida sem nenhum tipo de associações, as impressões são
transformadas e atingem diretamente a Consciência. O trabalho correto sobre o Centro Instintivo
consiste, então, em capturar as impressões sem traduzi-las. Há que aprender a ver, degustar, ouvir,
cheirar e apalpar em estado de profunda concentração, em estado de ―Recordação de Si‖, o que
somente é possível observando o ponto por onde entram as impressões e utilizando, como já
dissemos, o Primeiro Choque Consciente.
A ação do Ego através do Centro Instintivo se dá mediante nas sensações e a satisfações dos desejos.
Primeiro vem a sensação, ou seja, o impacto do mundo externo através dos cinco sentidos. A seguir
vem o desejo, produzido pela identificação do sujeito com o objeto. O eu pluralizado busca sempre
aquelas sensações que lhe possam dar a tão almejada satisfação. O Ego deseja riquezas, poder luxo.
O Ego busca, sobretudo, sensações e satisfações instintivo-sexuais.
Quando uma pessoa aprende a se dividir entre observador e observado, pode então conhecer a causa
dos desejos.
Para autocomprazer-se, o Ego busca sensações cada vez mais fortes: drogas, paraquedismo, corridas
de automóveis etc., o que sem dúvida o fortalece terrivelmente e degenera ainda mais o Centro
Instintivo. O estudante gnóstico deve autoexplorar seu próprio Ego, a fim de compreender o que são
os desejos e as vontades enfrascados nos Eus.
Essas vontades nos obrigam a satisfazer os desejos, convertendo-nos em criaturas impotentes, fracas,
miseráveis, incapazes de se sobrepor às circunstâncias.
Por outra parte, as condições inadequadas e desumanas nas quais se devolve a vida moderna, os
alimentos artificiais e contaminados com produtos químicos, o empilhamento nas grandes metrópoles,
a fumaça, o escasso contato com natureza etc., fazem difícil a regeneração definitiva e profunda do
Centro Instintivo.
No entanto, mediante um processo de seleção das impressões, ingestão de alimentos puros e ar
igualmente puro, é possível criar as energias necessárias ao bom funcionamento do Centro Instintivo.
Disfunções no trabalho do centro
sexual
―Cada Centro da máquina deve funcionar com sua própria energia, porém, infelizmente, os outros
Centros roubam a energia do sexo. Quando os Centros Intelectual, Emocional, Motor e Instintivo
funcionam erradamente, roubam a energia do sexo, e existe então o abuso sexual. O abuso sexual
finaliza quando estabelecemos dentro de nós mesmos um Centro de Gravidade Permanente. O sexo
trabalha, então, com sua própria energia.‖
Segundo a Gnose de ontem, de hoje e de sempre, no Centro Sexual encontra-se poder que pode
facilmente escravizar ou libertar o homem. Todos os Centros da máquina são fundamentais para a
existência. O Centro Sexual, porém, é o mais importante, pois ali se encontram as próprias raízes de
nossa vida.
Os Centros da máquina humana são ao mesmo tempo positivos e negativos. Isto significa que no
Centro Sexual, por exemplo, se apresenta a luta entre Eros e Anteros, entre a castidade científica e a
luxúria, entre a transmutação alquímica e o derrame do ens seminis.
Naturalmente, o Centro Sexual é o ponto físico onde se elabora o Hidrogênio Sexual Si-12 (após a
leitura deste texto, leia o texto sobre este tema, clicando no link ao final), síntese maravilhosa do que
comemos, do ar que respiramos e do alimento das impressões. Sob o ponto de vista transcendental e
gnóstico, destacam-se as seguintes atividades do Centro Sexual:
- A reprodução da espécie humana.
- A transmutação da ―libido genética‖ ou libido sexual, ou seja, da Alma Metálica
do Esperma Sagrado.
- A criação dos Corpos Existenciais Superiores do Ser.
- A eliminação dos defeitos psicológicos com o auxílio da Lança de Eros,
empunhada eficientemente por Devi-Kundalini, nossa Mãe Divina.
Inquestionavelmente, o Centro Sexual pode servir como instrumento de manifestação do Ser, sempre
e quando nos liberemos dos diferentes agregados psíquicos ou eus-defeitos. O trabalho equivocado do
referido Centro é provocado pelos elementos indesejáveis (eus, ego ou agregados psíquicos) da
luxúria, do adultério secreto ou manifesto, do homossexualismo, do lesbianismo e, em geral, todo tipo
de psicopatia sexual.
Quando os Eus infrainstintivos obstaculizam os delicados mecanismos do Centro Sexual, provocam
toda classe de perversões que o degeneram. O sexo pode, portanto, GERAR novas criaturas, pode
REGENERAR, mas pode também DEGENERAR.
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MAGIA

  • 1. Livro de magia O que é magia branca – Introdução Os conceitos de Magia, Esoterismo, Espiritualismo etc., sempre estiveram ligados à Humanidade ao longo da história. As doutrinas esotéricas não eram motivo de estudos de ignorantes, supersticiosos e medrosos, como quer que se acredite e aceite na atualidade, mas por uma ―nobreza‖que tem mantido a chama de um Conhecimento Superior. É essa mesma Tocha do supremo conhecimento espiritual a que sempre foi barreira contra a ignorância, as trevas, o caos, a intolerância. A própria definição de Magia expressa bem sua verdadeira finalidade. Do persa Magh, que significa Sábio, essa palavra originou outras, como Magister, Magistério e Magnum. Portanto, Magia vem significar, basicamente, a sabedoria de todo o conhecimento que capacita o homem a desvendar e dominar o Universo, a Natureza e a si próprio. Outro termo para Magia é a aplicação da Consciência e da Vontade sobre todas as forças da Natureza, não só as físicas, tridimensionais, mas aquelas que estão fora da esfera de nossos cinco sentidos. Em síntese, é a aplicação da ciência e da vontade sobre as diversas manifestações da vida. É a Ciência Total… Origens Fantásticas daMagia Em seu livro apócrifo, o profeta Enoch nos fala sobre as origens de muitos ramos do conhecimento: ―Quando os filhos dos homens se multiplicaram naqueles dias, aconteceu que lhes nasceram filhas elegantes e belas‖. E quando os Anjos, os Filhos dos Céus, as viram, ficaram apaixonados por elas… ―E escolheram cada qual uma mulher; e delas se aproximaram e coabitaram com elas; e lhes ensinaram a feitiçaria, os encantamentos e as propriedades das raízes e das árvores. E continua Enoch, afirmando que os Anjos caídos, ainda com bastante Conhecimento, ensinaram a arte de resolver os sortilégios, observar as estrelas, os caracteres mágicos, os movimentos da Lua, a arte de interpretar os signos, confeccionar talismãs etc. (VideLivro de Enoch, cap. 8). Que época é essa, citada por Enoch? Em sua portentosa obra O Timeu, Platão nos comenta que ouvira falar de uma legendária e poderosa civilização, a atlante, da boca de seu avô Crisitos, o qual ouvira do próprio Sólon ensinamentos dados a ele por sacerdotes-magos do templo egípcio de Saís. Segundo nos repassa Platão, essa civilização, a Atlântida, foi um conjunto de sete gigantescas ilhas que ficavam além das Colunas de Hércules, quer dizer, no Oceano Atlântico. Para o sábio discípulo de Sócrates, a origem de todo o conhecimento espiritual e
  • 2. mágico foi atlante. Numa passagem do Timeu, lê-se: ―Os atlantes eram uma raça de Deuses que degenerou da sua origem celeste porque se aliou frequentemente com as filhas dos mortais; por isso, Júpiter os puniu, destruindo o país que habitavam‖. Ou seja, a origem de todo o Conhecimento remonta à Atlântida, aos arcaicos períodos de nossa história, em nada aceitos pela ciência materialista de hoje. Temos como fiéis 4 depositários dos atlantes os egípcios (os quais, por meio dos gregos e depois dos árabes, foram a base de toda a magia ocidental). Temos também como filhos dessa tradição esotérica atlante os indianos e chineses, pelo lado oriental, e os maias, incas e astecas, nas Américas. Estudando-se as raízes linguísticas de muitos povos que oficialmente nada têm em comum, percebemos muitas palavras semelhantes, senão, idênticas. Temos como exemplo o maia e o chinês mandarim, onde foram achadas mais de 50 palavras de pronúncia e significado idênticos. AMagiano Oriente O Yoga indiano e suas sete modalidades e as artes marciais têm algo em comum, que é atlante. Eram considerados como disciplinas que permitiam dominar o corpo físico e seus canais de energia para um pleno reconhecimento e manipulação da Alma. Os sete Yogas são: Hatha (físico), Raja (mecanismos mentais), Mantra (palavras de poder), Bhakti (devoção e serenidade), Jnana (conhecimento superior- gnose), Karma (direitos e deveres sociais e morais) e Tantra (o mais elevado de todos). O termo Yoga é o mesmo que religião, religare, ou seja, a arte de recriar aquele elo entre o humano e o divino, em todos os seus aspectos. Quanto às tradições marciais, sabe-se que elas foram recompiladas e reorganizadas por Bodydharma, um dos principais discípulos de Buda, que ―evangelizou‖ a China. O Kung Fu, que originou as múltiplas técnicas marciais, tinha como finalidade dominar e movimentar as energias interiores e elementais, além, é claro, da mera defesa pessoal. Segundo certas tradições, algumas das linhas marciais, organizadas por Bodydharma, foram: os caminhos do Dragão, da Serpente, do Macaco, da Águia, do Bêbado etc. (há mais de 360 caminhos no Kung Fu), muito semelhantes às Ordens guerreiras das culturas americanas, como veremos logo em seguida. Além disso tudo vemos a magia e o conhecimento esotérico inseridos em outros ciclos, encabeçados por Fo-Hi e Lao-Tzu na China, Son-Mon e o Xintoísmo no Japão, Kumbu na Tailândia e Camboja, o Xamanismo original ao norte da Ásia e o Budismo tântrico tibetano de Marpa, Tsong-Kapa, Milarepa e outros. AMagianas Américas Os astecas, incas e maias são as culturas que mais se expandiram nas Américas. Diz-se que foram colônias atlantes e por isso eram possuidores de altíssimo e complexo domínio da matemática, astronomia, religião e agricultura. Ainda hoje suas ordens esotéricas são um mistério. Quase todos seus escritos, estátuas sagradas e mesmo seus templos e sábios, foram destruídos pelos ávidos conquistadores europeus.
  • 3. Vemos algumas Ordens monástico-militares que se dedicaram ao pleno desenvolvimento das artes mágicas e de todos os poderes humanos e divinos. Entre os astecas e maias, temos os Cavaleiros Tigres e os Cavaleiros Águias (cujo lema mágico era ―Nós nos Dominamos‖) e entre os incas sabemos da presença dos sagrados Cavaleiros Condores. Esses sacerdotes índios nos legaram práticas misteriosas e fantásticas, tais como a Magia Elemental, o Nagualismo (estudaremos esse tema mais adiante), o domínio da psicologia interior etc. As tradições orientais e americanas são muito complexas e de difícil compreensão e aprendizagem. Não obstante, os princípios de suas Ciências Mágicas eram os mesmos, somente o modo de expressá- los é que difere. Plantas dePoder Esse é um tema bastante espinhoso, dadas as suas implicações legais e morais nos dias de hoje, além da espantosa proliferação e mau uso, pela juventude, de alguns produtos sintetizados. Sob circunstâncias rigorosamente controladas, os Magos de todo o mundo, principalmente americanos, aceleravam o desenvolvimento dos poderes paranormais de seus discípulos, a fim de fazê-lo reconhecer o Mundo Oculto. Essas Plantas de Poder têm a capacidade de alterar o sistema endócrino, ativando assim todos os Chacras da Anatomia Oculta do Homem, despertando seus sentidos paranormais. Certas ervas, raízes, cogumelos, cipós etc., possuem um poder elemental e bioquímico capazes de mostrar um mundo totalmente novo aos olhos de nossa Consciência. Esse foi um legado da Magia primitiva, infelizmente adulterado na atualidade. AMagiano Ocidente Um dos maiores depositários da sabedoria egípcio-atlante foi certamente Hermes Trismegisto. Certas tradições gnósticas dizem que Metraton, Enoch, Íbis de Toth e o próprio Hermes eram o mesmo Mestre, o mesmo Ser. Atribui-se a Enoch a criação dos alfabetos egípcio e hebraico, A Tábua de Esmeralda e a organização e codificação da Alquimia. Foi o fiel depositário da tradição espiritual no Tarô e na Cabala (Torá), além de ser o organizador dos Axiomas Herméticos. Os egípcios conseguiram fecundar maravilhosamente a magia e as religiões dos hebreus, gregos, romanos e árabes. Com a posterior decadência, o Egito entregou seu conhecimento às correntes esotéricas dos árabes, denominadas de Sufismo. A expansão do islamismo por todo o Oriente, norte da África e depois pela Península Ibérica, leva a uma revalorização do esoterismo europeu. A maioria dos sábios e ordens esotéricas na Europa bebeu da fonte súfi: os Templários, Cátaros, Rosa- cruzes, Maçons, Dante Alighieri, Roger Bacon, Francisco de Assis, São Malaquias, Paracelso, Arnaldo de Villanueva etc. Os princípios religiosos e a magia Todos temos lido em obras místicas de diversas linhas sobre a abundância da vida criada por Deus. Diversos tratadistas de ocultismo nos relataram suas experiências com entidades conhecidas no âmbito do folclore, das crenças e mitos populares. Vemos em quase todos os povos lindas histórias acerca de fantásticas manifestações da vida. Quem de nós não ouviu uma história que fala de seres que vivem dentro de pedras, árvores, rios, cavernas, lagos, despenhadeiros, rios etc.? Essas formas de vida, chamadas no esoterismo de
  • 4. Elementais, fazem parte ativa de culturas extremamente místicas, como os gauleses e seus Druidas, os tibetanos, os anglos e saxões, os povos pré-colombianos, os chineses, japoneses e outros tantos. Esses povos conservaram uma visão Panteísta, ou seja, conseguiam intuir a Vida Universal permeando todas e quaisquer formas de manifestação, visível e invisível. Apesar de terem grandes conhecimentos, tais como matemática, astronomia, engenharia, medicina e complexos sistemas de psicologia, ainda assim gostavam de viver cercados por um ambiente natural e de alta espiritualidade. Penetravam em seus bosques e rendiam culto às suas árvores sagradas; realizavam portentosas procissões, onde oferendavam os primeiros frutos de suas colheitas aos Deuses Santos; oravam profundamente aos Guardiães das cavernas e lagos encantados. Enfim, tinham uma visão do sagrado em todas as coisas, não conseguiam apartar o Divino do cotidiano humano. Com o passar dessa Idade de Ouro, esse Panteísmo foi se transformando, graças a uma mentalidade cada vez menos intuitiva, dando lugar a um Politeísmo que conseguimos reconhecer em algumas culturas, como a grega, romana, persa etc., as quais afastaram a Divindade de nosso cotidiano, pois Ela passa a residir agora nos céus, nas mais altas montanhas do mundo, no mais profundo dos sete mares, enfim, em todos os lugares inacessíveis à presença do homem. Entretanto, ainda se percebe, nessa duas formas religiosas uma conexão muito grande entre Deus e a Mãe Natureza. Deus é visto ao mesmo tempo como Pai e Mãe, suas múltiplas manifestações, poderes e virtudes são representados na presença dos Deuses do Olimpo, do Valhalla, do Aztlan: temos então, uma Minerva-Sabedoria, um Balder-Inspiração, uma Vênus-Amor, um Odin-Curador, um Kukulkán-Força etc. Assim como colocamos uma roupa nova diariamente, conforme nossas necessidades, os princípios religiosos também necessitaram adaptar-se ao nível de Consciência da humanidade. O Politeísmo, quando começou a entrar em sua fase decadente, foi caindo num descrédito cada vez maior, como foi o caso da religião romana, com seus Deuses cada vez mais ridicularizados pelos chamados ―livres- pensadores‖(na verdade, abutres materialistas): teatrólogos, filósofos e escritores. Antes, porém, de dar seu último suspiro, o Politeísmo viu crescerem novas visões da Divindade, não mais manifestada de maneira múltipla, como no caso dos 22 Deuses olímpicos. Começa a aparecer o Monoteísmo, com um só Deus supremo, obedecido por um séquito de Anjos, Arcanjos, Querubins, Serafins, Profetas, Santos e Beatos. Essas três formas religiosas que se
  • 5. sucederam umas às outras foram necessárias em seu tempo. Devemos refletir, entretanto, que sempre existiu UMA ÚNICA RELIGIÃO, mais precisamente um princípio mágico, um espírito religioso, que mostrou o Conhecimento (Gnose) necessário para o homem trilhar o Caminho para Deus. Concordo quando se afirma que a religião do futuro (eternamente presente) é uma forma de Politeísmo Monista, uma espécie de Unidade Múltipla Perfeita, os Vários formando (e sendo) o Uno. E essa Religião não se diferenciará daquilo chamado pelos antigos de MAGIA. O Caminho Dévico Do ponto de vista iniciático, a realização completa e perfeita do trabalho alquímico e mágico pode nos levar a ver três Caminhos de Realização espiritual. Vêm a ser: 1. Senda Nirvânica, escolhida por aqueles que trabalham com os mundos paradisíacos dos Budas; é o caminho do Êxtase. 2. Senda Direta, escolhida pelos Mestres que desejam encarnar o Cristo Cósmico e perder-se completamente no Absoluto de Deus. 3. Senda Dévica, ou Caminho Angélico, responsável pela manutenção da Grande Obra da Natureza; a esse Caminho escolheram os Seres que decidiram unir-se à evolução dos anjos e ser discípulos dos grandes Deuses, chamados de Gurus-Devas, os Supremos Construtores. É a esse Caminho que trataremos um pouco mais no GnosisOnline. Prática Sente-se ou deite-se de forma confortável, procurando ficar numa posição imóvel. Relaxe o corpo e solte toda tensão muscular. Sinta a vida que se manifesta em cada parte de seu corpo. Depois de relaxado o corpo, imagine que de várias partes dele se estendem raízes que penetram por muitos quilômetros no interior da terra. Sinta que a terra é o corpo de um ser gigantesco que alimenta e fortalece seu corpo físico com luz, vida, força e alegria de viver. Enquanto realiza este exercício, sinta que os mais sinceros sentimentos que brotam de seu coração se espalham, auxiliando na cura do planeta. Sinta que é uma troca. Você recebe e dá ao mesmo tempo. Finalmente, vocalize, ou mentalize somente, o mantra AOM por 3 vezes, agradecendo à Divina Mãe Natureza pela vida, saúde, harmonia e paz em sua vida. Pantáculos e símbolos mágicos
  • 6. Eliphas Levi ensinou: ―Por trás de toda alegoria mística ou das doutrinas antigas, por trás das estranhas ordens de todos os iniciados, sob o escudo de todos os escritos sagrados, sob a ruína de Nínive ou Tebas, ou das pedras dos velhos templos e da visão das esfinges assírias ou egípcias, nas monstruosas e maravilhosas pinturas que interpretam para a fé da Índia as inspiradas páginas dos Vedas, nos emblemas dos nossos velhos livros de alquimia, nas cerimônias praticadas como recepção por todas as sociedades secretas, são encontradas indicações sobre a doutrina que em todo lugar é a mesma e em todo lugar respeitada‖. Assim existe na natureza ―uma força que é incomensurável e que um homem, que saiba adaptá-la e dirigi-la, poderá conhecer todo um mundo. Essa força era conhecida dos antigos: é o agente universal, a primeira matéria, a Grande Obra‖. Sagrado Pantáculo do Sol, símbolo de Poder, Prosperidade e Saúde. Um dos símbolos do Arcanjo Michael (ou Miguel), Rei do Sol e do Raio.Saiba mais, Clique aqui. Nos tratados de magia, dá-se o nome de Pantáculo a um selo mágico, impresso em diversos materiais, como peles de animais, tecidos e metais preciosos e pedras. Considera-se que os Pentáculos têm relação com determinadas realidades invisíveis, cujos poderes eles permitem compartilhar. Eles simbolizam, captam e mobilizam, ao mesmo tempo, poderes ocultos, tanto do Cosmo, dos planetas e estrelas, da Natureza e especialmente dos Mundos Internos do próprio homem, pois se sabe que a energia contida no macrocosmo-galáxia é a mesma contida no microcosmo-homem, lembrando-nos a frase hermética: ―O que está em cima é como o que está embaixo, e vice-versa‖. Os Pantáculos são canais de receptividade da Energia Cósmica. Eles são também símbolos gráficos dos planetas e dos seres espirituais, que regem e dirigem esses corpos planetários. Tais seres podem ser chamados de Anjos, Arcanjos, Querubins, Potestades etc. Devemos lembrar que o que era magia hoje é ciência. O que era religião hoje pode se transformar em fato científico. Hoje, utilizam-se diversos Pentáculos para curar e encontrar pessoas, para a defesa psíquica e harmonia de ambientes. Esses símbolos são hoje estudados pela Radiônica, Radiestesia e Feng Shui. De acordo com essas ―novas‖ ciências, pela Lei de Ressonância, os Pentáculos possibilitam criar estados internos e eventos externos afins aos símbolos contidos neles. Existem Pentáculos para Curar, Harmonizar, Fortalecer Virtudes, Proteger etc. Existem diversas maneiras de usarmos esses símbolos sagrados: pode-se realizar uma simples oração e meditação colocando o símbolo em nosso coração, ou ao lado da cama ou ainda em nosso altar; pode-se também usá-los em complexos rituais para que a Força Magnética desse talismã mágico seja altamente potencializada.
  • 7. Eis alguns dos símbolos mágicos que podemos utilizar em nossas práticas sagradas, os quais foram tirados de antigos tratados de Cabala e Magia, tais como As Clavículas de Salomão, o Tarô egípcio e as pinturas do grande pintor-Iniciado Johfra. Também retiramos tais símbolos das obras de grandes Iniciados, como o Abade Tritemo, Paracelso, Cornélio Agrippa, Eliphas Levi e, na atualidade, o grande mestre gnóstico Samael Aun Weor.
  • 8. Chacras e a 4ª dimensão (Conferência do Venerável Mestre Samael sobre o desenvolvimento dos chacras e explicação do mundo tetradimensional) Senhoras e Senhores, dirijo-me a vocês esta noite com o propósito de falar sobre poderes psíquicos, sobre psicologia experimental levada à prática. Começaremos fazendo uma breve análise a respeito do que seja o mundo físico no qual vivemos. Einstein disse: ―Energia é igual à massa multiplicada pela velocidade da luz ao quadrado‖. ―A massa se transforma em energia, a energia se transforma em massa.‖ Sem dúvida, o mundo tridimensional de Euclides se encontra limitado por essa fórmula básica de Einstein. Contudo, mais além dessa fórmula de Einstein existe algo, quero referir-me enfaticamente à quarta coordenada, à quarta vertical. Vejamos por exemplo esta mesa, que tem largura, comprimento e altura; estas são as três dimensões. Mas, há quanto tempo foi construída esta mesa? Eis aqui a quarta vertical, o tempo. Além desta quarta vertical existe a quinta coordenada que é, em si mesma e por si mesma, a eternidade. Muitíssimo além da quinta vertical temos a sexta dimensão, que em si mesma transcende o tempo e a eternidade. E por último existe a dimensão zero desconhecida, a sétima dimensão. Vivemos então em um mundo multidimensional. Infelizmente, as pessoas só percebem o mundo de três dimensões, sendo necessário desenvolver outras faculdades que nos permitam conhecer a quarta vertical. Felizmente, na anatomia oculta do ser humano se encontram em estado latente os sentidos que convenientemente desenvolvidos, de forma científica, podem dar-nos acesso não apenas à quarta vertical, mas também à quinta, sexta e sétima dimensões. Obviamente, na espinha dorsal dos seres humanos existem poderes divinos em estado latente. No cóccix existe um centro magnético especial, um ―chacra‖, falando em estilo oriental. Dentro desse centro subjaz um poder elétrico formidável, quero referir-me enfaticamente a Devi Kundalini Shakti, a serpente ígnea de nossos mágicos poderes. Os hindus dizem que essa serpente está encerrada no Chacra coccígeo, afirmam que se encontra aí, enroscada com três voltas e meia. Nós temos poderes latentes, e um deles é precisamente o da Kundalini. Algumas escolas temem o despertar do Kundalini; é um poder explosivo, maravilhoso. Quem conseguir despertar a serpente ígnea de nossos mágicos poderes, poderá sair de uma caixa hermeticamente fechada; quem conseguir despertar esse poder ígneo, flamígero, pode caminhar sobre as águas sem afundar, voar pelos ares como fizeram muitos ascetas místicos, tanto no oriente como no ocidente do mundo.
  • 9. Temos de despertar esse poder ígneo, flamígero que, como já disse, subjaz dentro de certo centro magnético do cóccix. No Apocalipse de São João, esse centro magnético coccígeo é denominado Igreja de Éfeso. Despertar, colocar em atividade esse centro flamígero é algo grandioso. Quem o desperte, adquirirá poder sobre o elemento terra; poderá fazer cair uma rocha com sua vontade, poderá dominar os terremotos com sua vontade, etc. segundo poder flamígero latente na espinha dorsal do homem encontra-se situado à altura da próstata; no Apocalipse de São João esse centro é denominado Igreja de Esmirna. Bem sabem os ascetas místicos que com despertar dessa maravilhosa faculdade se adquire poder sobre as águas, então poderemos dominar as tempestades do oceano, ou desatá-las à vontade. terceiro poder existente na espinha dorsal do homem está situado exatamente sobre o plexo solar, na altura do umbigo. No Apocalipse de São João este centro é denominado esotericamente de Igreja de Pérgamo. Os iogues hindus que despertaram esse maravilhoso poder podem ordenar aos vulcões em erupção que cessem sua atividade e eles obedecerão. O asceta que conseguiu dominar esse centro pode manejar as potências da vida universal; pode enterrar-se vivo durante meses inteiros e quando for tirado se descobrirá que não recebeu dano algum. No plexo solar, na região umbilical, está também o centro telepático. Esse centro telepático pe rtence certamente às funções da Igreja de Pérgamo. O quarto poder existente na espinha dorsal se acha situado exatamente à altura do coração; no Apocalipse de São João esse centro é denominado Igreja de Tiátira. Quem consiga despertar esse maravilhoso poder flamígero do coração realizará prodígios. É indispensável despertar esse centro, porque com ele adquirimos faculdades como o desdobramento astral, os estados de Jinas, etc. Nas obras de Mário Roso de Luna se fala muito sobre os estados de Jinas e é necessário rever, ainda que sucintamente, esse assunto ―Jinas‖. Em nome da verdade, quero que vocês saibam que não é só aqui neste mundo das três dimensões que existe uma humanidade. Na quarta vertical certamente existe determinada raça humana, gente que ainda vive no Éden, gente que não saiu do paraíso, pessoas de carne e osso como nós, mas que não se degeneraram como nós, pessoas físicas com poderes extraordinários. Por certo não falam inglês, nem francês, nem espanhol, nem alemão; mas falam na língua primitiva que como um rio de ouro corre sob a selva espessa do Sol. Nós podemos visitar o Éden, isto é, a quarta vertical. Isto é possível desenvolvendo os poderes do Cárdias. Muitos são os céticos que dizem: ―Ninguém foi ao outro mundo para depois voltar e nos contar o que é que existe lá do outro lado‖. Mas, em nome da verdade, eu digo a vocês que se desenvolvemos os poderes do Cárdias, certamente é possível ir até o outro mundo em carne e osso. É indispensável penetrar na quarta vertical, mas a ciência atual se encontra estagnada em matéria de Física. A Física contemporânea é regressiva, retardatária, reacionária, não serve. Quando os cientistas abandonarem o dogma tridimensional de Euclides, poderá surgir uma Física revolucionária, com naves
  • 10. capazes de viajar por dentro da quarta vertical. É indispensável sair do dogma tridimensional de Euclides. É inadiável, improrrogável, estudar mais profundamente o átomo; no átomo encontraremos a linha da quarta vertical. Quando se possa traçar a quarta vertical, então será elaborada uma geometria revolucionária, tetradimensional; com uma tal geometria será possível construir uma física de quatro dimensões. Uma Física assim servirá de embasamento para fabricar naves capazes de atravessar instantaneamente a barreira da velocidade da luz e entrar na quarta dimensão. Se uma nave consegue atravessar instantaneamente a barreira da velocidade da luz, pode viajar por dentro da quarta vertical através do infinito. Então a conquista do espaço será um fato definitivo. Esses foguetes atuais lançados por ―gregos e troianos‖ impulsionados por combustível líquido, esse foguetório barato que tanto impressiona os incautos; parece mais coisa de circo, com cinquenta mil acrobacias para descer na Lua. A conquista do espaço é possível com uma Física tetradimensional. Quando tal Física exista, e quando também nos tenhamos apropriado da energia solar e saibamos utilizá-la, a possibilidade de viajar através do infinito será um fato concreto, claro e definitivo. Naves viajando pela quarta vertical, impulsionadas por energia solar; eis aí as naves do Super-Homem, naves que verdadeiramente podem viajar através do espaço estrelado, de galáxia em galáxia! Infelizmente, a Física contemporânea continua estagnada; é necessário romper de uma vez e para sempre com o dogma tridimensional de Euclides Nós temos procedimentos íntimos, particulares, para meter o corpo físico dentro da quarta coordenada. Se estudamos cuidadosamente os sábios orientais, veremos que eles sabem como meter o corpo físico dentro da quarta dimensão. Dizia um sábio oriental: ―Praticando um samyasin sobre o corpo físico, ele se torna como de algodão e pode caminhar sobre as águas, voar pelos ares, atravessar uma montanha de lado a lado ou caminhar sobre brasas de carvão sem nada sofrer‖. Prática Jinas deHarpócrates e as práticas Jinas
  • 11. Um samyasin tem três partes: a primeira a concentração, a segunda a meditação e a terceira o êxtase. Se primeiro nos concentramos no corpo físico e depois meditamos nele, em suas células, em suas moléculas, na construção de seus átomos, etc. e por último chegamos à adoração, ao êxtase, então o corpo físico penetrará na quarta dimensão e poderá viajar através do mundo da quarta vertical. Nesta região poderemos encontrar uma outra humanidade que vive ao lado da nossa; que dorme, que come e que vive, mas que não sofre como todos nós estamos sofrendo. Existem diferentes procedimentos para colocar o corpo físico na quarta vertical. Na sabedoria antiga se menciona a Harpócrates. Mas, isso que estou dizendo não tem valor algum para os céticos, para esses que estão engarrafados pela dialética materialista, para os reacionários, para os conservadores e retardatários. O que estou dizendo é revolucionário demais para ser aceito pelos que estão presos ao dogma tridimensional de Euclides. Harpócrates! Nome grego extraordinário, maravilhoso. Os místicos dos mistérios de Elêusis pronunciavam esse nome da seguinte maneira: Har-po-crat-is… Eles faziam certas práticas muito engenhosas que bem vale a pena comentar. Essas práticas pertencem aos mistérios gregos, aos mistérios que foram conhecidos em Atenas, Elêusis etc. Deitado em decúbito dorsal (barriga para cima), ou de lado, preferivelmente, com a cabeça na palma da mão esquerda, o asceta grego se imaginava ser um pintinho dentro da casca do ovo, se concentrava intensamente em Harpócrates, chamando-o: Har-po-crat-is… E quando, já entre sonhos, começasse a sentir cócegas pelo corpo, armado de grande vontade, não levava as mãos ao mesmo para não perder o estado psicológico especial em que estava e depois se levantava suavemente da cama e pronunciava esta frase ritual: ―Harpócrates, ajude-me que vou com meu corpo‖. E com toda confiança saía do quarto, dando posteriormente um saltinho com o propósito de penetrar violentamente dentro da quarta vertical. Segundo velhas tradições, que se perdem na noite aterradora de todas as idades, era então que o asceta realmente viajava com o corpo físico pela dimensão desconhecida, era então que o místico de Elêusis conversava com os Deuses Santos, com os seres inefáveis. Estou comentando algo que pertence à Grécia antiga, mas é claro que quem quiser fazer a mesma pratica agora neste século vinte, poderá evidenciá-lo por si mesmo. Contudo, os gregos se exercitavam muito com este sistema, até conseguir realmente penetrar na quarta vertical … No México antigo, temos os cavaleiros-tigres. Infelizmente, nos sentimos tão ―modernos‖ que nos esquecemos da tradição milenar, apesar de amarmos nossa pátria mexicana. Chegou a hora de entender um pouco mais o que foram as ordens dos Cavaleiros-Tigres e dos Cavaleiros-Águias. Segundo velhos códices de Anahuac, deitados sobre peles daquele felino, invocavam os anjos protetores dos mesmos, imaginavam por um instante serem tigres de verdade… A psicologia experimental e a alta magia nos dizem que a imaginação é feminina e a vontade é masculina; a chave do poder está em unir a imaginação e a vontade em vibrante harmonia. Os Cavaleiros-Tigres se sentiam completamente identificados com aquele felino (sabemos que no México antigo o tigre era sagrado) e, cheios de fé, se punham a caminhar em quatro pés, dizendo: ―Nós nos pertencemos.‖ Assim contam os códices antigos, isto não é invenção minha; lendo os códices, vocês poderão evidenciar que transformados em tigres, viajando pela quarta vertical, chegavam ao Templo de
  • 12. Chapultepec. Existem pinturas murais nas quais o que estou dizendo está devidamente demonstrado. E em seguida, afirmam os códices de Anahuac, aqueles cavaleiros assumiam novamente sua figura humana e penetravam no templo. Realmente, aqui no México, em Chapultepec, temos um templo de Jinas, um templo situado na quarta dimensão. Eu conheço esse templo, sou membro ativo desse templo, não estou afirmando algo que não tenha experimentado. É um templo formidável, maravilhoso; suas colunas, seus muros, são de ouro puro da melhor qualidade. Ali se cultiva em segredo a doutrina secreta dos Nahuatls. Não sou o único membro ativo desse templo, há outros senhores que, como eu, pertencem ao mesmo; e também algumas senhoras da sociedade mexicana pertencem a esse templo. Assim, o Templo de Chapultepec realmente existe. Que alguns riam ou que isso se torne motivo de piadas para os céticos que não acreditam, não tem a menor importância para a ciência ou para nós. Está escrito que: ―quem ri do que não conhece está a caminho de ser idiota.‖ Viajar com o corpo físico dentro da quarta vertical é possível, mas temos que abandonar o asqueroso ceticismo que desde o século XVIII está corroendo a mente dessa humanidade degenerada e perversa. Em outros tempos, dizem as tradições, podia-se ver desde a costa da Espanha a ilha chamada ―Nontrabada‖, uma ilha extraordinária, formidável. Em certa ocasião, um capitão se extraviou com seu navio no tempestuoso oceano e foi parar nessa ilha; ali viu e ouviu coisas formidáveis, extraordinárias. Certo sacerdote católico havia ouvido falar muito sobre a ―Nontrabada‖. Dizem os historiadores que uma vez, quando estava oficiando a santa missa, ele e seus fiéis viram a ―Nontrabada‖. O bom cura a exorcizou e ela desapareceu por trás de uma nuvem. Hoje em dia ninguém fala da ―Nontrabada‖. Haverá deixado de existir? Que aconteceu com ela? Ninguém sabe, mas é óbvio que se submergiu definitivamente na quarta vertical, e isso aconteceu desde que se iniciou a era horripilante do ceticismo materialista. ceticismo tem como causa fundamental a mentira, a farsa. Quando a mente é mentirosa, quando está sempre dizendo embustes, quando é farsante, está falseada em si mesma, e já não pode acreditar em nada. Os estados de Jinas são extraordinários. Existem lagos de Jinas, lagos na quarta vertical. Me contaram um caso extraordinário, maravilhoso, sobre um povoado em Honduras (não o conheço, mas me falaram) onde, em determinada data exata, chovem peixes do céu e as pessoas correm para recolhê-los em pratos, cestos, balaios etc. O lugar está longe do mar, porque caem ali? De onde saem? É óbvio que saem da quarta vertical. Assim, a quarta vertical é uma tremenda realidade. Infelizmente, muitos são os que negam essa realidade, muitos tontos intelectuais debocham dessas coisas; mas a crisálida também acha que a folha em que está vivendo é tudo, a crisálida não suspeita que essa folha é uma das tantas folhas da árvore da vida. Assim é o homem intelectual; acredita que esse mundo tridimensional de Euclides é tudo, não se dá conta de que esse mundo de três dimensões é um dos tantos mundos da árvore da vida. Eu também experimentei com a ciência Jinas. Seguindo os procedimentos indicados, trabalhei com Harpócrates. Não é um exagero dizer, em forma enfática, ainda que as pessoas debochem de mim, que lutei muito para aprender a colocar o corpo físico dentro da quarta dimensão, mas consegui. Experimentando de noite, muitas vezes tive que abandonar o leito 15 ou 16 vezes contadas, sem resultado algum. Mas depois de certo tempo e com paciência tenaz, qualquer noite dessas tantas, meu corpo físico penetrou realmente na quarta dimensão, então flutuou deliciosamente e abandonei aquela casa.
  • 13. É verdade que saí à rua e me encontrei com muitas pessoas que, como eu, sabiam utilizar o estado de Jinas. Pessoas de carne e osso, vivas e muito vivas, vivendo na quarta dimensão. Não nego que viajei através do tempestuoso oceano e não senti temor algum, ainda que bem sabia que se por um instante houvesse saído desse mundo de quatro dimensões, da quarta vertical, cairia nas ondas do furioso mar e pereceria. Mas não tive temor e viajei pelas terras da Europa com o corpo dentro da quarta vertical; cheguei onde tinha que chegar, em certo lugar no qual tinha interesse e depois regressei ao ponto de partida original sem nada sofrer. Tenho o valor de fazer essa declaração, não me importo com deboches porque não tenho temor. O que poderia me acontecer? Se estivéssemos na época da Inquisição, quando muito me queimariam vivo, como bruxo. Felizmente nesta época não existe Inquisição, o máximo que poderia receber seriam os sarcasmos, as ironias e nada mais, e essas nem sequer me fazem cócegas nos pés. Assim, a realidade Jinas existe. Se vocês querem comprová-la, façam a experiência com vocês mesmos, porque eu não sou ―porquinho da Índia‖, não sou ―coelho de laboratório‖. Vocês quereriam que eu o fizesse aqui diante de vocês e eu lhes respondo que não sou ―coelho de laboratório‖, experimentem em sua própria pele. Além disso, de nada serviria que eu colocasse o corpo dentro da quarta vertical aqui diante de vocês, pois também não acreditariam, porque ninguém consegue convencer o cético. Vocês diriam que eu os hipnotizei e isso é tudo. Acreditariam? Nada! Assim, isso é para que vocês experimentem na própria pele. Obviamente, os santos dos tempos antigos levitavam. Quem poderia negar que São Francisco de Assis, aquele místico cristão, levitava ? Muitas vezes seu discípulo mais amado ia levar-lhe comida e o santo estava a tal altura do solo que o discípulo não podia dar-lhe a comida. E conta a história que São Francisco se afastava então por um bosque e, flutuando, desaparecia na dimensão desconhecida. Está escrito que Felipe flutuava na atmosfera. Felipe, o discípulo do Cristo, também caminhava sobre as águas e aparecia e desaparecia à vontade. O evangelho de Felipe é esse. Felipe sabe ajudar aos que o invocam. Quando Gautama, o Buda Sakiamuni, abandonou o corpo físico para submergir-se no Nirvana, dizem as tradições que seus discípulos foram submetidos a provas pelas multidões. Cada um deles devia, de acordo com certo conselho examinador, atravessar uma rocha de lado a lado. Todos assim o fizeram menos um, Ananda, seu discípulo mais amado. O pobre não podia; quando tentava atravessar a rocha, feria miseravelmente a testa e sangrava… Mas finalmente, cheio de uma fé espantosa, praticou um samyasin sobre seu corpo físico; se concentrou nele, meditou nele, entrou em êxtase, se desesperou e por último atravessou a rocha de lado a lado. Tudo isso tem documentação. Não dizem que Pedro foi tirado da prisão por um Anjo? É óbvio que o Anjo ajudou Pedro a entrar na quarta vertical e assim ele pôde abandonar a prisão na véspera de sua execução, pois estava condenado à pena de morte. Desenvolvendo os poderes do Cárdias, os poderes do coração, tudo isso é possível. Continuação daexplicação sobreos chacras,Músicadas Esferas e práticaparadespertaraClarividência
  • 14. Continuando com esta análise dos centros magnéticos da espinha dorsal, chegamos à altura das glândulas tiroide que, como bem sabemos, segrega o iodo biológico, tão necessário para o organismo humano. Existe um centro magnético na glândula tiroide; quero referir- me, de forma enfática, à Igreja de Sardis, tal como é mencionada no Apocalipse de São João. Desenvolvendo esse centro magnético adquirimos a Clariaudiência, o poder de ouvir à distância, o poder de ouvir a música das esferas, o poder de ouvir as criaturas que vivem nas dimensões superiores da natureza e do cosmos. Esse poder extraordinário pode ser desenvolvido se nos propomos a isso. Se, nas horas da madrugada, nos concentramos na música das esferas com o propósito de escutá-la, chegará o dia em que poderemos escutar realmente essas melodias insonoras que ressoam no coral maravilhoso do infinito. Obviamente, todos os sons que se produzem no planeta Terra dão uma nota síntese; todos os sons que se produzem no planeta Vênus dão também sua nota síntese; todos os sons que se produzem em Marte dão sua nota síntese. O conjunto de sons de todos os mundos que povoam o espaço estrelado formam a Música das Esferas, citada por Plotino, o grande filósofo grego. Melodias inefáveis vibram no espaço estrelado, melodias impossíveis de descrever com palavras, deliciosas sinfonias dentro dos ritmos do Mahavan e do Chotavan, que sustentam o Universo firme em sua marcha. Com justa razão diz o Apocalipse de São João que ―no princípio era o Verbo, e o Verbo era Deus, e o Verbo estava com Deus; por ele todas as coisas foram feitas e sem Ele nada do que foi feito teria sido feito‖. A Música das Esferas é uma tremenda realidade; tudo que é, tudo que foi e tudo que será vibra deliciosamente no infinito estrelado. A flor do belo jardim perfumado reflete a luz da Lua e entre a flor e a Lua há um colóquio de melodias deliciosas que nenhum ser humano poderia compreender. A sinfonia que escapa da fonte cantarina faz vibrar completamente os átomos que pululam ao seu redor, logo repercute pelas entranhas dos bosques e se precipita como uma catarata de sinfonias no céu estrelado. Assim, a música é a base de toda a criação. Quando alguém desperta o centro da tiroide, pode escutar as sinfonias deliciosas do grande coral cósmico; quando alguém desperta esse centro maravilhoso, adquire também o sintetismo conceitual; quando alguém desperta esse centro mágico formidável, se faz mais inteligente, mais compreensivo, mais sábio. Continuando um pouco mais para cima, chegamos ao centro frontal. Na altura do entrecenho, na espinha dorsal, existe outro centro magnético formidável; quero referir-me claramente à Igreja de Filadélfia. Quem desperte esse centro formidável, se faz Clarividente; poderá ver, por si mesmo e em forma direta, a quarta, a quinta, a sexta e a sétima dimensão, e então terá conceitos diferentes.
  • 15. Atualmente, a humanidade com seus olhos físicos apenas consegue perceber as coisas do mundo físico, e não tudo; mas quem desperte os poderes da Igreja de Filadélfia poderá ver o que existe realmente dentro do corpo físico e então compreenderá que nem tudo ali é carne, osso e ―manteiga‖. Verá que existe algo mais, verá um corpo vital penetrando o corpo físico e lhe servindo de base para todos os processos biomecânicos, fisiológicos, calóricos, perceptivos, etc. Se extraíssemos definitivamente o corpo vital de uma pessoa, é claro que est a morreria. Em certa ocasião, um médium espírita que estava em transe projetou fora de si mesmo o corpo vital, que se fez visível ante os assistentes, parecia um fantasma. Um jornalista presente sacou sua pistola e atirou contra o tal ―fantasma‘. Curiosamente, a bala apareceu exatamente no coração da vítima que, é claro, morreu. Mas, como se produziu esse fenômeno? Por que, estando o corpo físico aqui, projeta seu vital a certa distância? E por que ao se dar um tiro nesse corpo vital que está do lado oposto a bala aparece no coração do corpo físico? É óbvio que se trata de um fenômeno da quarta vertical, um fenômeno Jinas, fenômenos que não são conhecidos aqui neste mundo de três dimensões. Se pegamos um copo na quarta vertical, um copo que esteja no mundo de três dimensões, se o pegamos para passá-lo à quarta vertical e logo o transportamos a outro lugar, é claro que esse copo regressará aqui a seu ponto de partida original. Se alguém, viajando com o corpo físico pela quarta dimensão, abre uma porta, esta volta a fechar-se por si mesma. Contudo, há exceções; uma vez abri uma porta que ficou aberta, quando regressei daquela viagem descobri que estava aberta e, como era a da rua, não tive outra escolha que fechá-la. Assim, os fenômenos Jinas são extraordinários, maravilhosos. Com a Clarividência, com os poderes da Igreja de Filadélfia, podemos ver o corpo vital, ver as terras de Jinas, ver todos esses tipos de fenômenos; ver o que se esconde dentro do organismo humano, ver o corpo vital, que serve de fundamento ao corpo físico (esse corpo vital é a parte tetradimensional do corpo de carne e osso). Esse corpo que é estudado nos laboratórios científicos não poderia existir se lhe extraíssemos o corpo vital. Atualmente já existem aparelhos com lentes poderosas para ver esse corpo vital; essas lentes se aperfeiçoarão e chegará o dia em que poderemos ver totalmente a quarta dimensão. No momento atual, fechar-se a essas verdades é ser reacionário e conservador e a própria ciência oficial destroçará os conceitos intelectuais dos conservadores regressivos e retardatários. Além do centro da Clarividência, tão indispensável para conhecer por nós mesmos e de forma direta o que acontece quando alguém morre, ou quando alguém nasce, o que são os mistérios da vida e da morte, etc., existe ainda outro centro extraordinário; refiro-me agora ao centro da glândula pineal, ao centro que no Apocalipse é chamado de Igreja de Laodiceia. Quem consiga despertar esse centro tão maravilhoso, se tornará intuitivo em alto grau. Mas há que saber distinguir entre os processos racionais e os processos intuitivos. A razão se fundamenta no processo da opção; o intuitivo não necessita raciocinar, sabe tudo ―porque sim‖, porque sabe, sem o processo deprimente da opção. A Clarividência e a Intuição são faculdades superiores que estão bem além das ―velhacarias‖ do intelecto e que podem transformar-nos radicalmente. Existem exercícios para o desenvolvimento da Clarividência. Tenho aqui em minha presença um copo com água. Se colocamos este copo a certa distância dos olhos, podemos fazer um exercício formidável. Deve-se concentrar o olhar exatamente no centro do círculo aquático, avista deve atravessar o cristal, a concentração deve ser profunda. Esse exercício, praticado por dez minutos diários, nos dará a Clarividência.
  • 16. Com 15 ou 20 dias de prática, veremos a água com cores; se um carro passa pela rua, veremos uma faixa de luz na água (esta é a rua) e veremos o carro se deslizando sobre essa faixa. Quem tenha paciência para praticar esse exercício do copo com água durante três anos, se tornará Clarividente. Mas é necessário ter continuidade de propósitos, só assim poderá desenvolver-se o centro da Clarividência. Com o microscópio, nós podemos ver os micróbios e os átomos. Mas a Clarividência vai além do microscópio, com ela podemos ver a quarta vertical, a quinta, a sexta e a sétima. Com ela podemos conhecer diretamente isso que as pessoas chamam de ―o além‖; com ela podemos ver os seres inefáveis, chamem-se Anjos ou Devas ou seja como queiramos chamá-los. Tais seres existem e podemos vê-los com a Clarividência. Estou falando de poderes psíquicos, de psicologia experimental revolucionária e transcendente. Esta noite vim para isso, para conversar com vocês, porque quero que vocês se elevem ao estado do Super-Homem. Chegou a hora de lutar de verdade por uma transformação radical. Dentro de nós, em estado latente, existem poderes formidáveis, mas é necessário despertá-los e sair desse estado de debilidade em que nos encontramos. Assim como estamos, somos vítimas das circunstâncias, não sabemos dirigir circunstâncias, somos vítimas e nada mais que isso, vítimas. Necessitamos transformar-nos totalmente, apelar a nossos poderes psíquicos, pois os temos e seria uma lástima se continuássemos assim como estamos. Isto seria tão absurdo como alguém, que sabendo que existe um tesouro enterrado, estando seguro da existência do mesmo, não o tirasse jamais. Meditação e Vazio Iluminador Paz Inverencial! Torna-se urgente que se compreendam a fundo as técnicas da meditação. Hoje falaremos sobre o Vazio Iluminador. Ao iniciar este tema, vejo-me obrigado a narrar de forma direta aquilo que sobre o particular pude verificar experimentalmente. Creio que os que me escutam estão informados sobre a maravilhosa Lei da Reencarnação. Pois, nela, eu fundamento o relato seguinte: Quando a Segunda Sub-Raça da nossa atual raça ariana floresceu na antiga China, estive ali reencarnado e me chamei Chou Li. Obviamente, fui membro da dinastia Chou. Naquela existência, fiz- me membro ativo da Ordem do Dragão Amarelo. Claro que em tal ordem pude aprender claramente a ciência da meditação. Ainda mantenho na memória aquele maravilhoso instrumento denominado Aya- Atapan, o qual tinha 49 notas. Bem sabemos o que é a sagrada Lei do Eterno Hept aparaparshinok, ou seja, a Lei do Sete. Indubitavelmente, sete são as notas das escalas musicais, e se multiplicarmos sete por sete obteremos 49 notas colocadas em sete oitavas. Nós, os irmãos, reuníamo-nos na sala da meditação, sentávamos ao estilo oriental com as pernas cruzadas e púnhamos as palmas das mãos de forma que a direita ficava sobre a esquerda. Sentávamos em círculo no centro da sala, fechávamos os olhos e em seguida púnhamos toda a atenção na música que certo irmão brindava ao Cosmo e a nós. Quando o artista fazia vibrar a primeira nota, estava em dó, todos se concentravam.
  • 17. Quando fazia vibrar a nota seguinte, em ré, a concentração tornava-se mais profunda. Lutávamos com os diversos elementos subjetivos que carregávamos no interior, podíamos recriminá-los e fazê-los ver a necessidade de guardarem silêncio absoluto. Não será demais, queridos irmãos, lembrá-los de que esses elementos indesejáveis constituem o eu, o Ego, o mim mesmo, o si mesmo … são a seu modo entidades diversas personificando erros. Quando vibrava a nota mi, entrávamos na terceira zona do subconsciente e enfrentávamos toda essa multiplicidade de agregados psíquicos que em desordem fervilham em nosso interior, que impedem a quietude e o silêncio da mente; nós os recriminávamos e tratávamos de compreendê-los. Quando o conseguíamos, entrávamos ainda mais fundo com a nota fá. É óbvio que novas lutas nos esperavam, pois amordaçar todos esses demônios do desejo não é tão fácil. Obrigá-los a guardar silêncio e quietude não é coisa simples, porém, com paciência o conseguíamos. Assim, prosseguíamos com cada uma das notas da escala musical. Em uma oitava mais elevada, continuávamos com o mesmo esforço, e assim, pouco a pouco, enfrentando os diversos elementos infra-humanos que carregávamos em nosso interior conseguíamos por fim amordaçá-los todos nos 49 níveis do subconsciente e a mente ficava quieta, no mais profundo silêncio. Esse era o momento em que a Essência, a Alma, aquilo que ternos de mais puro, escapava para experimentar o Real. Assim, entrávamos no Vazio Iluminador. Assim, o Vazio Iluminador irrompia em nós. Movendo-nos no Vazio Iluminador conseguíamos conhecer as leis da natureza em si mesmas tais quais são e não corno aparentemente são. Neste tridimensional mundo de Euclides só se conhecem causas e efeitos mecânicos, jamais as leis naturais em si mesmas. Assim, no Vazio Iluminador, elas surgem diante de nós corno realmente são. Nesse estado, podíamos perceber com a Essência, com os sentidos superlativos do Ser, as coisas em si tais quais são. No mundo dos fenômenos físicos, a realidade… só percebemos a aparência das coisas: ângulos, superfícies… nunca um corpo inteiro de forma integral. O pouco que percebemos é fugaz. Ninguém poderia perceber a quantidade de átomos, por exemplo, que uma mesa ou uma cadeira tem… Porém, no Vazio Iluminador percebemos as coisas em si tais quais são… integralmente! Enquanto nos achávamos submersos no grande Vazio Iluminador, podíamos escutar a voz do Pai que está em segredo. Fora de dúvida, nos achávamos num estado de arroubo que se podia denominar de Êxtase. A personalidade ficava ali, sentada, em estado passivo, na sala de meditação. Os centros emocional e motor integravam-se ao centro intelectual, formando um todo único e receptivo. De forma que as ondas de tudo aquilo que vivenciávamos no Vazio Iluminador circulavam pelo Cordão de Prata e eram recebidas pelos três centros: emocional, intelectual e motor. Quando o Samadhi terminava, voltávamos ao interior do corpo, conservando a lembrança de tudo aquilo que tínhamos visto e ouvido. No entanto, hei de lhes dizer que a primeira coisa que se tem de abandonar para submergir por longo tempo no Vazio Iluminador é o medo. O eu do temor precisa ser
  • 18. compreendido … Já sabemos que sua desintegração faz-se possível quando se suplica à Divina Mãe Kundalini de forma veemente. Ela eliminará o eu do medo. Um dia qualquer, não importa qual foi, achando-me no Vazio Iluminador, além da personalidade, do eu e da individualidade, submerso nisso que se poderia chamar ―O NÃO‖, ―AQUILO‖, senti que eu era tudo o que foi e será. Experimentei a unidade da vida, livre em seu movimento. Era a flor, o rio que, cristalino, corria no seu leito de pedras, cantando delícias na sua linguagem, a ave que se precipitava nos abismos insondáveis, era o peixe que nadava deliciosamente nas águas, era a Lua, os mundos… era tudo o que é, foi e será. Houve temor, os sentimentos do mim mesmo, do eu… Senti que me aniquilava, que deixava de existir corno indivíduo, que era tudo menos um indivíduo, que o mim mesmo tendia a morrer para sempre. Obviamente, enchi-me de indizível terror e voltei à forma física. Outros esforços permitiram-me que o Vazio Iluminador irrompesse novamente e tornei a me sentir confundido com tudo; corno indivíduo, corno pessoa, corno eu, tinha deixado de existir. Esse estado de consciência fazia-se cada vez mais profundo; de tal forma que qualquer possibilidade para existir, para a existência individual, se acabava, tendia a desaparecer definitivamente. Não pude resistir mais e voltei à forma física. Numa terceira tentativa, tampouco pude resistir e voltei à forma. A partir de então, sei que para alguém experimentar o Vazio Iluminador, para sentir o TAO em si mesmo, terá de eliminar o eu do temor; e isso é indubitável. Entre os irmãos da Ordem do Dragão Amarelo, o que mais se distinguiu foi meu amigo Chang. Hoje, ele vive num desses ―planetas do Cristo‖, onde a natureza não é imperecedora e jamais muda. Há duas naturezas: a perecedora, mutável etc., e a imperecível, a que jamais muda, imutável. Nos planetas do Cristo existe a natureza eterna, imperecível e imutável. Chang vive num desses mundos onde o Cristo resplandece. Libertou-se há várias idades e vive ali naquele longínquo planeta com um grupo de irmãos que como ele também se libertaram. Então, eu gostaria de lhes ensinar os sete segredos da Ordem do Dragão Amarelo, porém, com grande dor me dou conta que os irmãos de todas as latitudes ainda não estão preparados para poder recebê - los; e isso é lamentável. Também é certo que hoje não é mais possível se utilizarem os 49 sons do aya-atapan, porque esse instrumento já não existe mais. Muitas involuções desse instrumento ocorreram; já não possuem mais as sete oitavas. Involuções dele são todos os instrumentos de corda: violino, guitarra, o próprio piano etc. No entanto, é possível chegar-se à experiência do Vazio Iluminador com um sistema prático e simples que todos os irmãos podem praticar. Vou ditar a técnica agora mesmo. Prestem atenção: ATécnica Sentem-se ao estilo oriental com as pernas cruzadas … Devido a que sois ocidentais, essa posição resultará muito cansativa para vós, então sentai-vos em uma cômoda cadeira ao estilo ocidental. Colocai a palma da mão esquerda aberta e a direita sobre a esquerda. Quero dizer, o dorso da palma da mão direita sobre a palma da mão esquerda. Relaxai o corpo ao máximo possível. A seguir, inalai profundamente e muito devagar. Ao inalarem, imaginai que a energia criadora sobe pelos canais espermáticos até o cérebro. Exalai curto e rápido. Ao inalar, pronunciai o mantra HAM. Ao exalar, pronunciai o mantra SAH. Indubitavelmente, inala-se pelo nariz e exala-se pela boca. Ao
  • 19. inalar, vocalizai a sílaba sagrada HAM mentalmente, pois estais inalando pelo nariz. Mas, ao exalarem, articulai a sílaba SAH de forma sonora. O H soa sempre aspirado. Faz-se a inalação lenta e a exalação curta e rápida. Obviamente, a energia criadora flui em todas as pessoas de dentro para fora, isto é, de forma centrífuga. Nós devemos inverter essa ordem com objetivos de superação espiritual. Nossa energia deve fluir de forma centrípeta, de fora para dentro. Fora de dúvida, se inalamos devagar, lentamente, a energia criadora fluirá de forma centrípeta de fora para dentro. Se exalarmos curto e rápido, essa energia far-se-á cada vez mais centrípeta. Durante a prática, não se deve pensar absolutamente em nada. Os olhos ficam firmemente fechados e em nossa mente só vibrará oHAM SAH e nada mais. À medida que se pratique, a inalação vai se tornando mais funda e a exalação muito curta e rápida. Os grandes mestres da meditação chegam a tornar a respiração pura inalação… a respiração fica suspensa. Isto é impossível para os cientistas, porém, real para os místicos. Em tal estado, o mestre participa do Nirvikalpa Samadhi ou Maha Samadhi e vem a irrupção do vazio Iluminador. Ele precipita- se nesse grande vazio onde ninguém vive e onde somente se ouve a palavra do Pai que está em segredo. Com esta prática, consegue-se a irrupção do vazio iluminador sob a condição de não se pensar absolutamente em nada. Não se admitirá na mente pensamento algum, nenhum desejo, nenhuma lembrança … A mente tem de ficar completamente quieta por dentro, por fora e no centro. Aqui, o pensamento, por insignificante que seja, é obstáculo para o Samadhi, para o êxtase. Esta ciência da meditação combinada com a respiração produz efeitos extraordinários. Normalmente, as pessoas padecem disso que se chama poluções noturnas. Homens e mulheres sofrem tal situação. Têm sonhos eróticos, os eus copulam uns com os outros, a vibração passa pelo cordão de prata até o físico e sobrevém o orgasmo com a perda da energia criadora. Isso acontece quando a energia sexual flui de dentro para fora de forma centrífuga. Quando a energia sexual flui de fora para dentro de forma centrípeta, as poluções noturnas terminam, o que vem em benefício da saúde. Bem, propicia-se o Samadhi durante a prática de meditação graças a que as energias criadoras, fluindo de fora para dentro, impregnam a consciência e terminam por possibilitar seu abandono do Ego e do corpo. A consciência desengarrafada do Ego, na ausência do Ego, fora do corpo físico, entra no Vazio Iluminador e recebe o TAO. Aquele que eliminou o eu do medo, do temor, poderá permanecer no Vazio Iluminador sem preocupação alguma. Sentirá que seu aspecto individual vai se dissolvendo, sentirá a si mesmo vivendo na pedra, na rocha, na longínqua estrela ou na ave canora de qualquer mundo planetário; não terá medo. Se não tiver medo, por fim gravitará até sua origem, convertendo-se a consciência, a Essência, em uma criatura terrivelmente divina para além do bem e do mal. Poderá pousar no Sagrado Sol Absoluto e ali, nesse Sol, como estrela microcósmica, conhecerá todos os mistérios do universo.
  • 20. É bom saber que o universo em si mesmo, todo o nosso sistema solar, existe na Inteligência do Sagrado Sol Absoluto como um instante eterno. Todos os fenômenos da natureza processam-se dentro de um instante eterno na Inteligência do Sagrado Sol Absoluto. Se tiver medo, perder-se-á o êxtase e haverá o retorno à forma densa. Queridos irmãos que me escutam, precisam abandonar o temor. Não basta dizer: deixarei de temer. Há necessidade de se eliminar o eu do temor, sim … e ele é dissolvido estritamente pelo poder da Divina Mãe Kundalini Shakti. Primeiro temos de analisá-lo, compreendê-lo e depois invocar Devi Kundalini, nossa Divina Mãe Cósmica particular, pedindo para que Ela desintegre o eu do temor. Somente assim alguém consegue submergir no Vazio Iluminador de forma absoluta. Quem o conseguir gravitará para o Sagrado Sol Absoluto e conhecerá as maravilhas do universo. Nossos irmãos precisam, pois, praticar essa técnica de meditação tal como a demos. Não se esquecer de que o corpo precisa ficar bem relaxado, e isso é indispensável. HAM SAH é o grande alento, HAM SAH é a nossa alma, HAM SAH é também um mantra que transmuta as energias criadoras. A meditação combinada com o tantrismo é formidável. HAM SAH é a chave. Bem sabemos que a energia criadora serve para o despertar da consciência. Combinada com a meditação, tira inquestionavelmente a consciência de dentro do elemento egoico e a submerge no vazio iluminador. É óbvio que o vazio iluminador está além do corpo, dos afetos e da mente. Em uma sala de meditação oriental, um monge perguntou ao Mestre: que é o vazio iluminador? Dizem os textos que o Mestre deu-lhe um pontapé no estômago e o discípulo caiu desmaiado. Depois, o discípulo levantou-se e abraçou o Mestre: obrigado, Mestre, experimentei o Vazio Iluminador. Absurdo, declararão muitos, porém não é bem assim. O que acontece é que fenômenos muito especiais se apresentam para o Vazio Iluminador. Um pintinho está pronto para sair do ovo. Sua mãe o ajuda ou o auxilia picando também ela a casca. O pintinho segue picando e com sua ajuda sai do ovo. Assim, quando alguém amadureceu, recebe ajuda de sua Divina Mãe Kundalini. Fura o cascão do Ego e da personalidade e sai para experimentar o Vazio Iluminador. O Segredo: Meditação Combinadacomo Sono No entanto, há que se perseverar na meditação, há que se saber combinar inteligentemente a concentração com o sono; sono e concentração misturados produzem iluminação. Muitos esoteristas pensam que a meditação não deve de modo algum ser combinada com o sono do corpo. Aqueles que pensam assim estão equivocados, porque a meditação sem sono arruína o cérebro. Deve-se sempre utilizar o sono em combinação com a técnica da meditação, porém, um sono controlado, um sono voluntário, não um sono sem controle, um sono absurdo… sono e meditação combinados inteligentemente.
  • 21. Devemos montar no sono e não deixar que o sono monte em nós. Se aprendermos a montar no sono, teremos triunfado. Se o sono monta em nós, fracassamos. Portanto, usar o sono; meditação combinada com o sono… Essa técnica leva os praticantes ao Samadhi, à experiência do Vazio Iluminador. Há que se praticar diariamente. A que hora? No momento em que nos sintamos com ânimo para executá-Ia e especialmente quando estivermos com sono. Se seguirem essas indicações, um dia poderão receber o TAO, poderão experimentar a verdade. Obviamente, há dois tipos de dialética: a dialética racional do intelecto e a dialética da consciência. Durante o Satori, trabalha a dialética da consciência, e tudo entendemos por intuição, através de palavras ou figuras simbólicas, na linguagem das parábolas do evangelho cristão, na linguagem viva da consciência superlativa do Ser. No Ser, a dialética da consciência se adianta sempre à dialética do raciocínio. A um monge zen foi perguntado: por que o bodidharma veio do oeste? Resposta: quem está no jardim é o cipreste. Qualquer um diria que isso não tem concordância alguma. No entanto, tem sim. É uma resposta que se adianta à dialética do raciocínio; sai da essência. O cipreste, a árvore da vida, está em todas as partes, não interessa oriente ou ocidente. Este é o sentido da resposta. No vazio iluminador se sabe tudo por experiência direta da verdade. O estudante terá de se familiarizar com a dialética da consciência. Infelizmente, o poder formulativo de conceitos lógicos, por mais brilhante que seja, por mais útil que seja nos aspectos da vida prática, resulta em obstáculo para a dialética da consciência. Não quero com isso descartar o poder formulativo dos conceitos lógicos, pois todos precisam dele no terreno dos fatos práticos da existência. Porém, cada faculdade tem inquestionavelmente a sua órbita particular em que é útil, fora dela resulta sem utilidade e prejudicial. Deixemos o poder formulativo de conceitos dentro de sua órbita. No Samadhi ou no Pansamadhi da meditação devemos sempre vivenciar, captar, a dialética da consciência. Isso é questão de experiência que o discípulo irá adquirindo à medida que pratica a técnica da meditação. AImpaciência O caminho da meditação profunda implica muita paciência. Os impacientes jamais conseguirão triunfar. Impossível vivenciar a experiência do vazio iluminador enquanto exista a impaciência em nós. O eu da impaciência tem de ser e eliminado , depois de ter sido compreendido. Que se entenda isto com clareza! Se assim se age, se recebe o TAO; isso é óbvio. A experiência do real jamais poderia chegar a nós enquanto a consciência continuasse embutida no Ego. O Ego em si mesmo é tempo. Toda essa multiplicidade de elementos fantasmagóricos que constituem o mim mesmo são um compêndio de tempo. A experiência do vazio iluminador é sua antítese; ele é atemporal, ele está além
  • 22. do tempo e da mente. O tempo é toda essa multiplicidade de eus; o eu é o tempo. Assim, pois, o tempo é subjetivo, incoerente, torpe, pesado e não tem realidade objetiva. Quando alguém senta em uma sala de meditação ou simples ente em sua casa a fim de meditar, se quiser praticar essa técnica deverá esquecer o conceito de tempo e viver dentro de um instante eterno. Aqueles que se dedicam à meditação dependentes do relógio, obviamente não conseguem a experiência do Vazio Iluminador. Se me perguntassem quantos minutos diários devem ser utilizados na meditação, se meia hora, uma ou duas horas, não haveria resposta. Se alguém entra em meditação e está dependente do tempo não pode experimentar o Vazio Iluminador porque este não é do tempo. Seria algo similar a uma ave que tentasse voar e que estivesse amarrada por uma pata a um pau; não poderia voar … haveria uma trava. Para experimentar o vazio iluminador, temos de nos livrar de qualquer trava. O importante é certamente experimentar a verdade e a verdade está no Vazio Iluminador. Quando a Jesus, o grande Cabir, perguntaram o que é a verdade, o Mestre guardou profundo silêncio. Quando a Gautama Sakiamuni fizeram a mesma pergunta, ele deu as costas e retirou-se. A verdade não pode ser descrita, não pode ser explicada, cada um tem de experimentá-la por si próprio através da técnica da meditação. No vazio iluminador, experimentamos a verdade. Esse é um elemento que nos transforma radicalmente. Há que se perseverar, há que se ser tenaz … Pode acontecer que no princípio não se consiga nada, porém à medida que o tempo for passando iremos sentindo que nos vamos fazendo cada vez mais profundos. Um dia qualquer irromperá em nossa mente a experiência do vazio iluminador. Inquestionavelmente, o vazio iluminador em si mesmo é o santo Okidanok, o Ativo Okidanok, onipresente, onipenetrante, onisciente, que emana de si mesmo, o Sagrado Sol Absoluto. Feliz de quem consiga precipitar-se no vazio Iluminador , onde não vive criatura alguma, porque será precisamente ali onde experimentará o real, a verdade. Perseverança faz-se indispensável… Há que se trabalhar afundo diariamente até se conseguir o triunfo total. A experiência da verdade através da meditação resulta prodigiosa. Ao se experimentar a verdade, a gente sente-se com força para perseverar no trabalho sobre si mesmo. Brilhantes autores falaram sobre o trabalho em si mesmo, sobre o eu, sobre o mim mesmo. Fizeram muito bem ao falarem assim, mas esqueceram-se de uma coisa: a experiência da verdade. Enquanto alguém não tenha experimentado o real, não se sente reconfortado e não se sente com força suficiente para trabalhar sobre si mesmo, sobre o próprio eu. Quando alguém de verdade passou por tal experiência mística, é diferente, nada poderá o deter em sua aspiração de libertação. Trabalhará incansavelmente sobre si mesmo para conseguir de verdade uma mudança radical, total e definitiva. Agora, meus queridos amigos, vocês compreenderão por que as salas de meditação são indispensáveis. Francamente, sinto tristeza ao ver que, apesar de tanto haver escrito sobre a meditação em diferentes Mensagens de Natal em anos anteriores, ainda não há salas de meditação nos países centro e sul-americanos, quando já deveriam existir. O que se passou? Existe indolência. Por quê? Por falta de compreensão! Faz-se necessário entender! O pobre animal intelectual equivocadamente chamado homem precisa de alento, precisa de algo que o anime na luta, estímulo para o trabalho sobre si mesmo… Sei que o pobre animal intelectual é dé bil por natureza e encontra-se numa situação completamente desvantajosa. O Ego é demasiadamente forte e a personalidade terrivelmente débil. Como deixá-lo se assim apenas consegue caminhar? Ele
  • 23. precisa de algo que o anime no trabalho, precisa de um apoio íntimo. Isso só se torna possível através da meditação. Não quero dizer que todos de uma só ceifada irão experimentar o Vazio Iluminador. Obviamente, se chegará a essa experiência através de diferentes graus. O devoto entenderá cada vez mais o impulso íntimo do Ser e terá diversas vivências mais ou menos lúcidas. Dia chegará em que terá a melhor das vivências: a experiência direta da grande realidade; então receberá o TAO. Todos aqueles que me escutam devem pesar bem minhas palavras. Reflitam, não basta simplesmente ouvir. Há que se saber escutar, o que é diferente. Porém, o que escuta a palavra e não a faz – diz o apóstolo Santiago na Epístola Universal – se parece com o homem que se olha no espelho e depois dá as costas e se vai. Há que se viver a palavra dentro de si próprio. Não basta que me escutem. É necessário que se converta esse ensinamento em carne, sangue e vida, se é que se pretende a transformação radical. Há que se perseverar! Até aqui, minhas palavras. Paz Inverencial Os 5 centros e suas disfunções A questão do funcionamento equivocado dos Centros é um tema que exige um estudo de toda a vida, através da observação de ―si mesmo‖ em ação e do exame rigoroso dos sonhos. Não é possível chegarem, num instante, à compreensão dos centros. Necessitamos de infinita paciência para compreender suas formas incorretas de trabalhar. Toda a vida se desenvolve em razão dos Centros e é controlada por eles. Nossos pensamentos, sentimentos, esperanças, temores, amores, ódios, ações, sensações, prazeres, satisfações, frustrações etc. encontram-se nos Centros. O descobrimento de algum elemento inumano em qualquer um dos Centros deve ser motivo mais do que suficiente para trabalhá-lo esotericamente. É necessário compreender o que é a mente e o que são o sentimento e o sentimentalismo. Se estudarmos o Ser cuidadosamente, veremos que a mente não é o Ser. Na Teosofia fala-se muito do corpo Mmntal e as diversas escolas de pensamento o citam. Não queremos com isso dizer que todos os ―humanoides‖ já possuam o veículo mental. Haverá manas, como se diz em sânscrito, ou seja, substância mental, depositada em cada um de nós, porém, isso não é possuir realmente o veículo da mente. Em todo caso, a mente, se é que o ser humano já possui tal veículo ou que está começando a criá-lo, e mesmo que ainda não o tenha, não é mais que um instrumento de manifestação, mas não é o Ser. O sentimento tampouco é o Ser. No passado, senti-me inclinado a crer que o sentimento, em si mesmo, correspondia ao Ser. Mais tarde, depois de severas análises, vi-me na necessidade de retificar tal conceito. Obviamente, o sentimento advém do corpo astral nos seres humanos. Poderiam objetar-me dizendo que nem todos possuem este precioso veículo kedsjano e nisso estamos de acordo, mas existe a emoção, a substância astral correspondente em cada um de nós.
  • 24. De fato, quer tenhamos o veículo sideral quer não, surge evidentemente isso que se chama sentimento. Em seu aspecto negativo, o sentimentalismo nos converte em entes demasiadamente negativos, mas o sentimento tampouco é o Ser, pode pertencer ao centro emocional, porém não é o Ser. A mente tem o seu Centro (o Centro Intelectual), mas não é o Ser. O Centro da Mente, o Intelectual, está localizado no cérebro – isto é obvio –, porém não é o Ser. O sentimento corresponde ao Centro Emocional, localiza-se na região do plexo solar e abarca os centros nervosos simpáticos e o coração, porém não é o Ser. O Ser é o Ser, e a razão do ser do Ser é o mesmo Ser… Por que temos de nos deixar levar pelos Centros da máquina? Por que permitimos que o Centro Intelectual ou o Emocional nos controlem? Por que temos de ser escravos desta maquinaria? Devemos aprender a controlar todos os Centros da máquina, devemos nos converter em seus senhores. Há cinco Centros na máquina, e isto é óbvio: o Intelectual, primeiro; o Emocional, segundo; o Motor, terceiro; o Instintivo, quarto; e o Sexual, quinto. Mas, os Centros da máquina não são o Ser; podem estar a serviço do Ser, porém não são o Ser. Assim, pois, nem a mente nem o sentimento são o Ser. Por que sofrem os seres humanos? Porque permitem que o pensamento e o sentimento intervenham nas diversas circunstâncias da vida. Se nos insultam, reagimos de imediato, se ferem nosso amor próprio, sofremos e até nos encolerizamos. Quando contemplamos todo o panorama da vida, podemos evidenciar claramente que temos sido, diríamos, como pedaços de madeira no oceano, graças precisamente a que temos permitido que a mente e o sentimento se intrometam nas diversas circunstâncias da existência. Não temos dado oportunidade à Essência, ao Ser, para que se expresse através de nós. Temos sempre tentado resolver as coisas por nossa conta, reagimos ante qualquer palavra dura, qualquer problema ou qualquer dificuldade. Sentimos-no feridos quando alguém nos fere, ou contentes quando alguém nos agrada. Temos sido, dissemos, como pedaços de madeira entre as embravecidas ondas do grande oceano, não temos sido senhores de nós mesmos. Por que nos preocupamos? Pergunto a mim mesmo e pergunto a vocês. Por causa dos ―problemas‖, me diriam. A preocupação, meus caros irmãos, é um hábito de muito mau gosto, de nada serve, nada
  • 25. resolve. Uma pessoa tem de aprender a viver de instante em instante, de momento ao momento. Por que haverá alguém de se preocupar? Assim, não devemos permitir que a mente e os sentimento se intrometam nas diversas circunstâncias da vida. A personalidade humana deve tornar-se passiva, tranquila. Isto implica, de fato, uma tremenda atividade da consciência, isso significa aprender a viver conscientemente, isso significa dispor a base para o despertar. Para Saber Mais: Disfunções no trabalho do centro intelectual Disfunções no trabalho do centro emocional Disfunções no trabalho do centro motor Disfunções no trabalho do centro instintivo Disfunções no trabalho do centro sexual Como acessar o centro emocional superior Disfunções no trabalho do centro intelectual ―É lamentável que, por falta de sabedoria, os seres humanos estejam fabricando nos cinco cilindros da máquina orgânica inumeráveis Eus-Demônios que roubam parte de sua consciência e de suas vidas.‖ Se estudarmos judiciosamente o porquê do trabalho equivocado dos Centros, encontramos a resposta nos múltiplos eus-defeitos que se encontram ali e os controlam. No que se refere ao Centro Intelectual, vemos que os agregados psíquicos aproveitam os conhecimentos adquiridos para autoafirmar e fortalecer-se. Quando algum conhecimento não é submetido à meditação profunda, então o Eu da psicologia utiliza essas informações, originando, consequentemente, uma forma muito peculiar de intelectualismo. Os conhecimentos não prejudicam ninguém, mas quando são capturados pelo Ego, produzem consequências por si só bastante graves, porque o Eu se torna mais astuto, cauteloso e formula os piores crimes, busca maneiras de explorar o homem pelo homem, destrói as diversas manifestações científicas, artísticas, filosóficas e religiosas. O Eu de que a Psicologia Profunda fala, armado de conhecimentos intelectuais, sabota os valores que sempre têm sustentado a humanidade, trata de tirar os valores espirituais do ser humano, destrói a obra dos grandes homens. O intelectualismo é o polo oposto da Inteligência e é muito diferente da Intelecção Iluminada. O intelectualismo é uma mescla de Eu Psicológico com a informação adquirida através dos sentidos externos. A Inteligência é um atributo do Ser, é uma faculdade da Consciência Superlativa do Ser. A humanidade consciente trabalha com a inteligência, a humanidade mecânica e tenebrosa consegue seus níveis de prestígio social, político e econômico, trabalhando com a astúcia intelectual, trabalhando com a parte mecânica do Centro Intelectual, ou seja, com a pior parte de si mesma.
  • 26. Em realidade, nas atuais condições o ser humano não é um verdadeiro indivíduo pensante, não tem mente individual. Do Centro Intelectual surtem diversos pensamentos que provêm não de um Eu permanente, como supõem os ignorantes ilustrados, mas dos diferentes Eus em cada um de nós. No entanto, quando pensa, o homem crê firmemente que em si mesmo e por si mesmo está pensando. O pobre mamífero intelectual não quer se dar conta de que os múltiplos pensamentos que passam por seu entendimento têm sua origem nos distintos Eus que leva dentro de si. Um trabalho sério e continuado sobre o Centro Intelectual inclui a não identificação com tal ou qual pensamento negativo e prejudicial, porque todos os pensamentos desse tipo provêm deste ou daquele Eu que, em um momento dado, utiliza abusivamente nosso Centro Intelectual. Vista essa questão desse ângulo pluralizado de Pensadores e Pensamentos, o que ocorre é que cada um dos Eus que carregamos em nossa psique é de fato um pensador diferente. Não obstante, cada um desses eus-pensadores, apesar de constituir só uma parte, se crê o todo em um momento dado. Assim, por exemplo, quando surge em nós um pensamento de ódio contra determinada pessoa, cremos que a totalidade de nós está odiando, com o que não só nos autonegamos, senão que ainda fortalecemos o Eu autor do correspondente pensamento negativo através dos processos de identificações. Obviamente, quem não vive em estado de alerta novidade, em estado de percepção alerta, isto é, quem não observa os processos de seu Centro Intelectual e ―pensa que está pensando‖, se identifica facilmente com qualquer pensamento negativo. Se aceitarmos estes pensamentos, estes ―eus- pensadores‖ que num momento qualquer controlam nosso Centro Intelectual seremos então, incapazes de nos liberar de seus resultados. Não devemos nunca esquecer que esses Eus negativos e briguentos se apoderam facilmente dos conhecimentos que não tenham sido devidamente compreendidos e dos conceitos adquiridos por imitação mecânica, ou seja, se apoderam dos ―rolos mentais‖ armazenados em nosso Centro Intelectual, originando correntes mentais nocivas e prejudiciais. Quando uma informação foi devidamente compreendida, não apenas no nível intelectual, mas também em todos os departamentos da mente, passa a formar parte da Essência ou Consciência, e então o Ser utiliza essa sabedoria para determinar circunstâncias no mundo físico. Segundo a Gnose, eliminado o Ego deixamos de ser vítimas das circunstâncias e da maldade do próximo e nos advém a Intelecção Iluminada, que é a mesma Razão Objetiva com Intuição. Com essa poderosa chave em nossa mente, poderíamos abrir, sem temor algum, a porta que conduz aos Mundos Superiores e investigar os Mistérios da Vida e da Morte. Daí a importância de descobrir o Ego em ação porque, no que se refere ao Centro Intelectual, quando a pessoa já aprendeu a viver em estado de alerta, os eus-pensadores não podem enganá-la, pois
  • 27. compreende que uma parte de si mesma quer levá-la, por exemplo, ao adultério, ao orgulho místico, aos ciúmes, ou pretende afastá-la dos ensinamentos gnósticos. Inquestionavelmente, quando uma pessoa observa, compreende e a seguir elimina o Eu a que se refere a Psicologia Experimental e Revolucionária, cessam os autosenganos, termina o trabalho equivocado dos Centros. Disfunções no trabalho do centro emocional ―Como poderia existir em nós o real sentimento de nosso verdadeiro Ser quando esses Eus estão sentindo e pensando por nós? O mais grave desta tragédia é que a pessoa pensa que está pensando, sente que está sentindo, quando é outro que em dado momento pensa com o nosso martirizado cérebro e sente com nosso dolorido coração. Infelizes de nós: quantas vezes cremos estar amando e o que acontece é que outro dentro de nós mesmos, cheio de luxúria, utiliza o centro do coração! Somos uns infelizes, confundimos a paixão animal com o amor e, entretanto, é outro dentro de nós mesmos, dentro de nossa personalidade que passa por tais confusões!‖ A transformação do Centro Emocional Inferior está intimamente relacionada com a não-expressão de emoções negativas. Quando cometemos o erro de esquecer de nós mesmos e nos ident ificamos com o mundo dos sentido externos, novos eus vêm à existência e se fortalecem os que já vivem em nosso espaço psicológico. No Plexo Solar ou Centro Emocional, sabiamente colocado pela Natureza na região do umbigo, os ―agregados psíquicos‖ se expressam sentimentalmente, quase sempre com um sentimentalismo mórbido que a nada conduz. Concretamente, as emoções negativas têm sua causa-raiz nas associações mecânicas e na identificação consigo mesmo e com os demais. O animal intelectual olha a vida através das informações armazenadas nos Centros, e, quando um evento exterior não coincide com determinada informação, o resultado é uma emoção negativa. As ideias falsas que temos sobre nós mesmos provocam sempre emoções inferiores. Quando alguém se identifica com essas falsas ideias, então ama demasiado a si mesmo, se autoconsidera e pensa que sempre tem se portado bem com fulano, com beltrano, com a mulher ou o marido, com seus filhos, e supõe que ninguém tem sabido apreciá-lo. Ou seja, a emoção negativa da autoconsideração conduz de maneira inevitável à autocomiseração. É claro que a falsa educação, somada à pobreza espiritual, criou no animal intelectual formas estereotipadas de reagir, maneiras equivocadas de pensar e de sentir, mecanismos que se manifestam como pensamentos negativos e emoções inferiores. A psicologia gnóstica ensina o método exato para transformar ou purificar o Centro Emocional e, a este respeito, assinala: ―É necessário aprender a ver o pondo de vista alheio, precisamos aprender a nos colocar no lugar dos outros, é necessário aprender a receber com agrado as manifestações desagradáveis de nossos semelhantes‖.
  • 28. A presença de um sentimento negativo não deve ser condenada nem justificada, mas auto-observada em um ato de ―recordação de si‖. Quando fizermos isso, podemos então conhecer nossos estados equivocados de consciência. A energia consciente, que se acumula com cada ato de ―recordação de si‖, cristaliza -se finalmente num Centro Permanente de Consciência, capacitando-nos a receber as influências do Ser através dos Centros Superiores (Intelectual e Emocional). Mas se vivemos lamentando o perdido, chorando pelo que desprezamos, recordando os velhos tropeços e calamidades, sentindo piedade por nós mesmos, manifestando um amor-próprio exagerado, nos preocupando com o que os outros possam pensar de nós, nada poderá crescer em nosso interior, nunca podermos passar a um Nível Superior do Ser. Na luta contra essas fraquezas, um preceito deve ser urgentemente posto em prática: ―Se queremos nos modificar radicalmente, devemos sacrificar nossos próprios sofrimentos‖. Estabeleçamos uma exata diferenciação entre sofrimentos mecânicos e padecimentos voluntários. Os sofrimentos mecânicos apresentam-se por causa de nossa consciência adormecida, por nossa própria culpa, graças a nossos erros e defeitos psicológicos. Os padecimentos voluntários são aqueles que o aspirante gnóstico impõe a si mesmo, para poder aniquilar o Ego animal, para alcançar a Alta Iniciação e ―perder-se no Ser‖. As pessoas que trabalharam muito na vida sem obter o que desejam, aqueles que sofreram muito e que obviamente se sentem enganados, os que pensam que a vida lhes deve aquilo que nunca foram capazes de conseguir, normalmente sentem uma tristeza interior, uma sensação de monotonia e tédio espantosos, um cansaço íntimo ou frustração em cujo redor se amontoam os pensamentos. O sentimento de que nos devem honras e satisfações, a dor que sentimos pelos males que outros nos causaram etc., detêm todo o progresso interior da Alma. Os que são incapazes de sacrificar seus próprios sofrimentos criam diariamente Eus muitos perversos, Eus ressentidos, Eus que odeiam e estão muito perto da maldição. Pessoas assim, incapazes de sacrificar os sofrimentos mecânicos, estão de fato ―mortas‖ para o trabalho esotérico, fecham o caminho para Autorrealização do Ser. Em nossa tão cacarejada civilização moderna, a humanidade inteira vive identificada com as emoções inferiores, a ponto de não poder existir sem elas. As emoções inferiores constituem-se hoje numa enfermidade terrível e difícil de curar. Por isso, o aspirante gnóstico não deve admitir sentimentos de vingança, ressentimento, ansiedades pelos males que outros lhe tenham causado ou emoções negativas de violência, inveja, ciúmes, medo, desconfiança de si mesmo e dos demais etc.
  • 29. Só assim, sacrificando nossos próprios sofrimentos, poderemos conseguir o objetivo fundamental dos estudos gnóstico, isto é, converter-nos em seres diferentes. Disfunções no trabalho do centro motor ―Transformar reações mecânicas é possível mediante a confrontação lógica e a Autorrealização Íntima do Ser. É evidente que as pessoas reagem mecanicamente diante das diversas circunstâncias da vida. Pobres pessoas, costumam sempre se converter em vítimas! Quando alguém as adula, sorriem, e quando as humilha, sofrem; insultam se são insultadas, ferem se são feridas. Nunca são livres, seus semelhantes têm poder para levá-las da alegria à tristeza, da esperança ao desespero.‖ (Samael Aun Weor, Psicologia Revolucionária) Quando uma pessoa estuda a si mesma sabe muito bem que o ponto de gravidade do Centro Motor está situado na parte superior da espinha dorsal e conhece também a notória influência deste Centro sobre todo o organismo. Para trabalhar seriamente sobre o Centro Motor e corrigir seu mau funcionamento, é necessário exercitar o sentido da auto-observação psicológica, colocando a atenção dinâmica ou voluntária em todas as atividades relacionadas a este Centro. As atividades do Centro Motor são as seguintes: . A imitação mecânica. . A criação de autoimagens, com a cumplicidade da fantasia (a infraimaginação e o sonho). . Os hábitos. . As tensões musculares desnecessárias, os movimentos inconscientes, as ações automáticas. . A conversação insubstancial de fala ambígua, o palavreado inútil, o ―falar por falar‖ etc. Devemos entender, em princípio, que os ―humanoides intelectuais‖ nada podem fazer, tudo nos acontece, tal como quando chove, troveja ou relampeja. O animal intelectual é uma máquina, porém, uma máquina muito especial, porque pode deixar de sê-lo, se a isso se propõe e se conhece o método exato. Assim, a primeira coisa que o estudante deve compreender e eliminar é a sua própria mecanicidade, se é que realmente almeja o despertar da Consciência.
  • 30. Todas as nossas ações são completamente mecânicas. Isto ocorre por que o Ego se apodera do Centro Motor para nos obrigar a realizar movimentos de todo tipo, convertendo-nos em simples marionetes, em míseros bonecos acionados por diferente Eus. Entretanto, com o auxílio do terceiro estado de Consciência – que é o da Íntima Recordação de Si Mesmo –, podemos ir eliminando uma a uma as possibilidades de mecanicidade em todas as atividades do Centro Motor. Personalidade Mecânica ou Falsa Personalidade, que pertence ao inframundo das 96 leis, é formada precisamente por todas as coisas que adquirimos ou aprendemos durante a vida, ou seja, modos de pensar, sentir e atuar meramente mecânico. Sem sombra de dúvida, o homem-máquina, o robô-humanoide, perde desde criança essa faculdade conhecida como Percepção Instintiva das Verdades Cósmicas, e fica sujeito, graças a uma educação equivocada, a atuar em razão dos múltiplos eventos exteriores e de choques acidentais que originam em seu interior determinadas mudanças, quase sempre errôneas ou não coincidentes com o acontecimento em questão. Os Eus que desde cedo assumem o controle dos Centros da máquina orgânica vêm à existência por causa da pressão dos dramas, tragédias e comédias que, quer queira quer não, o animal intelectual, acontecem na escola da vida. Por culpa de nossa própria mecanicidade, a Essência perdeu suas possibilidades de manifestações, já que toda forma de ação consciente foi substituída pelo automatismo, a materialidade grosseira e a ignorância do que realmente somos. O Eu a que se refere a psicologia gnóstica, ao não transformar as impressões, desenha novas autoimagens, nova série de hábitos, costumes, movimentos, ilusões, palavras etc., que finalmente servem para nos converter em autômatos com a consciência profundamente adormecida. Quando uma impressão entra na máquina orgânica sem ser transformada, é imediatamente interceptada pela personalidade mecânica e, mediante certos dispositivos, enviada a lugares ou Centros equivocados, prejudicando o funcionamento normal dos Centros e adormecendo ainda mais a Consciência. Obviamente, quando uma impressão é captada sem a intervenção do terceiro estado de Consciência, ou seja, quando a pessoa está em estado de identificação, os diversos elementos psicológicos movem- se sem controle algum, reagindo mecanicamente. A auto-observação permite que a luz da Consciência ilumine esses aspectos mecânicos de si mesmo, tendo como resultado o Autoconhecimento. As primeiras tentativas de auto-observação do Centro Motor encontram um sério obstáculo nos automatismo inconsciente, especialmente nos hábitos e costumes ligados à Falsa Personalidade.
  • 31. Certamente, nunca é tarefa fácil perder toda identificação com os acontecimentos de nossa própria vida. No entanto, se queremos corrigir o trabalho equivocado do Centro Motor, devemos nos despojar de certar atuações mecânicas que comumente adotamos por imitação, mas que são na realidade inúteis e prejudiciais. A tendência a imitar os gestos e atitudes dos outros é uma característica muito marcante no animal intelectual equivocadamente chamado Homem. Os esportes violentos (boxe, futebol, levantamento de peso, caratê etc.) constituem-se num atentado contra o Centro Motor, pois esgotam os valores energéticos que a Natureza colocou nesse cilindro. Note-se, entretanto, como se têm massificado esses esportes brutais, graças precisamente à imitação. Tampouco escapam do derrame de energia motora os artistas de cinema e da tevê, os fanáticos de todos os esportes, os que abusam do trabalho físico, os que se deixam dominar pela ira corporal e pela cólera ou ira da língua, os que não podem deixar de falar nem um só momento, os que vivem sob tensões desnecessárias etc. A luta contra o automatismo só pode ter sucesso com a ajuda da atenção consciente, plena, natural, espontânea, ante cada movimento que realizamos. Porém, o controle definitivo sobre as infinitas possibilidades desse Centro somente pode ser adquirido com a aniquilação total do Eu psicológico. As práticas gnósticas, a vocalização, meditação e oração conscientes colocam o Centro Motor em plena harmonia com o Infinito, obtendo-se então estados de relaxamento voluntário que ajudam a equilibrá- lo. Finalmente, na vida diária é necessário aprender a relaxar conscientemente o corpo físico, tratando de recordar-se de si mesmo, assim com aprender a não gritar, a não gesticular, tudo com o propósito de se autoconhecer e de economizar energia motora Disfunções no trabalho do centro instintivo ―O corpo planetário ou corpo físico às vezes se encontra doente, às vezes são e assim sucessivamente. Cremos sempre ter algum conhecimento de nosso corpo físico, mas, na realidade, nem os melhores cientistas do mundo sabem muita coisa sobre o corpo de carne e osso. Não há dúvida de que o corpo físico, dado sua tremenda complicada organização, está muito além de nossa compreensão. Pode acontecer o caso concreto de que estejamos equivocadamente relacionados com o corpo físico e, em consequência disso, ficamos doentes. Quando uma pessoa se dá o ‗choque da recordação de si‘, produz-se realmente uma mudança milagrosa em todo o trabalho do corpo, de modo que as células recebem um alimento diferente‖. O centro de gravidade deste cilindro encontra-se na parte inferior da espinha dorsal, entretanto, sua influência abarca todo o organismo humano. As funções específicas do Centro Instintivo não devem ser confundidas com as do Centro Motor, pois são diferentes, mesmo quando, conjuntamente com o Centro Sexual, estão destinadas a trabalhar coordenada e harmoniosamente. Por isso, no Gnosticismo Universal, fala-se dos TRÊS CÉREBROS, a saber: Cérebro intelectual, Cérebro Emocional e Cérebro Motor-Instintivo-Sexual.
  • 32. Deve-se ter em conta, no entanto, que as funções motrizes são adquiridas, devem ser aprendidas, ao passo que as funções instintivas são inatas. As funções do Centro Instintivo são: a respiração, circulação sanguínea, a digestão e, em geral, todo trabalho interno do organismo, além dos reflexos, que também pertencem a ele. O instinto sexual, o instinto de conservação da vida e outras funções instintivas normais estão lamentavelmente adulteradas. O Centro Instintivo trabalha de forma independente e possui, em si mesmo, as condições necessárias para enfrentar a vida. A Consciência deveria manejar as funções instintivas, pois tem poder para fazê-lo, porém, nas atuais condições do ―humanoide‖, essas funções realizam-se sem a intervenção da Vontade e da Consciência. Convém assinalar que toda enfermidade física é provocada pelo trabalho equivocado em todos os Centros, pelo domínio que sobre eles exerce o Eu da psicologia experimental. Os impactos do Eu adoecem o Corpo Vital e o danificam, com repercussão imediata em todos os Centros, muito particularmente no Instintivo. À medida que esse e todos os Centros vão ficando a serviço da Essência, toda possibilidade de enfermidade desaparecerá. Trabalhar esotericamente sobre o Centro Instintivo implica auto-observar as sensações, questão esta de suma importância, dado que as impressões chegam até nós pela via dos cinco sentidos. Ao Centro Instintivo corresponde o papel principal na ciência da transformação das impressões. Em outras palavras, o trabalho equivocado dos Centros não pode ser corrigido se não se estudam, se compreendem e eliminam as atividades errôneas do Centro Instintivo, o que de fato exige um saber adequado e um método que permita seu desenvolvimento harmônico. Nos momentos de inconsciência total, as funções normais do Centro Instintivo entram num processo involutivo, descendente, infranormal, e as impressões que se recebem do mundo exterior não são transformadas. Ao tratar de se adaptar às condições desfavoráveis para a vida, este Centro traz à existência alguns Eus infra-instintivos, terrivelmente negativos. O estudante gnóstico que almeja estabelecer o equilíbrio deste Centro deverá trabalhar na e liminação de certas formas bestiais, infra-humanas e infraconscientes, como a brutalidade instintiva, os instintos criminosos, o ódio, a luxúria, as psicopatias etc. Qualquer ego pode ocasionar graves danos em algum dos cilindros, porém, os que provocam explosões difíceis de controlar são precisamente os ―agregados‖ que se situam no Centro Instintivo, o qual é 30 mil vezes mais rápido que o Centro Intelectual.
  • 33. Os eus instintivos são a representação real da parte animalesca de cada um de nós, vale dizer, são entidades que se desenvolvem no estado de Eikasia, ou sono absoluto da Consciência. Por isso, os sonhos relacionados com este Centro são demasiado confusos, quase impossíveis de decifrar. Algumas dessas entidades ou eus provocam, ao se manifestarem, os crimes mais espantosos: estupros, paixões sangrentas etc. Tais defeitos psicológicos, que tergiversam os instintos normais do ser humano, têm sua origem no Órgão Kundartiguador, inserido precisamente no Centro Instintivo. Resta dizer que o estudo da função instintiva, assim como o dos outros Centros, escapa sempre às análises normais do racionalismo especulativo e aos métodos intelectuais da psicologia ocidental. Nunca devemos esquecer, neste sentido, que o autoconhecimento, ou autognose, é um atributo da Consciência Superlativa do Ser. Num passado remoto, a humanidade possuía a Razão Objetica, elaborava seus conceitos com os dados da Consciência, que, por sua vez, utilizava um Centro Instintivo absolutamente perfeito. Então, não existia o Ego, e o Ser percebia o mundo e seus fenômenos através de uma Consciência iluminada e desperta. Restituir essa pureza original é o objetivo do trabalho sobre os cinco Centros da máquina orgânica, muito especialmente do Instintivo. A degeneração dos cinco sentidos, somada ao fato de que o animal intelectual elabora seus conceitos a partir das percepções externas, explica por que foram adulteradas as diferentes manifestações da Ciência, da Arte, da Filosofia e da Religião. O SENTIDO DE NOVIDADE, a CAPACIDADE DE ASSOMBRO, o OLHAR tudo de uma maneira nova, ou seja, em estado de PERCEPÇÃO-ALERTA, é um auxílio extraordinário para a percepção correta do mundo físico. Obviamente, quando aprendemos a olhar a vida sem nenhum tipo de associações, as impressões são transformadas e atingem diretamente a Consciência. O trabalho correto sobre o Centro Instintivo consiste, então, em capturar as impressões sem traduzi-las. Há que aprender a ver, degustar, ouvir, cheirar e apalpar em estado de profunda concentração, em estado de ―Recordação de Si‖, o que somente é possível observando o ponto por onde entram as impressões e utilizando, como já dissemos, o Primeiro Choque Consciente. A ação do Ego através do Centro Instintivo se dá mediante nas sensações e a satisfações dos desejos. Primeiro vem a sensação, ou seja, o impacto do mundo externo através dos cinco sentidos. A seguir vem o desejo, produzido pela identificação do sujeito com o objeto. O eu pluralizado busca sempre aquelas sensações que lhe possam dar a tão almejada satisfação. O Ego deseja riquezas, poder luxo. O Ego busca, sobretudo, sensações e satisfações instintivo-sexuais. Quando uma pessoa aprende a se dividir entre observador e observado, pode então conhecer a causa dos desejos. Para autocomprazer-se, o Ego busca sensações cada vez mais fortes: drogas, paraquedismo, corridas de automóveis etc., o que sem dúvida o fortalece terrivelmente e degenera ainda mais o Centro Instintivo. O estudante gnóstico deve autoexplorar seu próprio Ego, a fim de compreender o que são os desejos e as vontades enfrascados nos Eus. Essas vontades nos obrigam a satisfazer os desejos, convertendo-nos em criaturas impotentes, fracas, miseráveis, incapazes de se sobrepor às circunstâncias. Por outra parte, as condições inadequadas e desumanas nas quais se devolve a vida moderna, os alimentos artificiais e contaminados com produtos químicos, o empilhamento nas grandes metrópoles,
  • 34. a fumaça, o escasso contato com natureza etc., fazem difícil a regeneração definitiva e profunda do Centro Instintivo. No entanto, mediante um processo de seleção das impressões, ingestão de alimentos puros e ar igualmente puro, é possível criar as energias necessárias ao bom funcionamento do Centro Instintivo. Disfunções no trabalho do centro sexual ―Cada Centro da máquina deve funcionar com sua própria energia, porém, infelizmente, os outros Centros roubam a energia do sexo. Quando os Centros Intelectual, Emocional, Motor e Instintivo funcionam erradamente, roubam a energia do sexo, e existe então o abuso sexual. O abuso sexual finaliza quando estabelecemos dentro de nós mesmos um Centro de Gravidade Permanente. O sexo trabalha, então, com sua própria energia.‖ Segundo a Gnose de ontem, de hoje e de sempre, no Centro Sexual encontra-se poder que pode facilmente escravizar ou libertar o homem. Todos os Centros da máquina são fundamentais para a existência. O Centro Sexual, porém, é o mais importante, pois ali se encontram as próprias raízes de nossa vida. Os Centros da máquina humana são ao mesmo tempo positivos e negativos. Isto significa que no Centro Sexual, por exemplo, se apresenta a luta entre Eros e Anteros, entre a castidade científica e a luxúria, entre a transmutação alquímica e o derrame do ens seminis. Naturalmente, o Centro Sexual é o ponto físico onde se elabora o Hidrogênio Sexual Si-12 (após a leitura deste texto, leia o texto sobre este tema, clicando no link ao final), síntese maravilhosa do que comemos, do ar que respiramos e do alimento das impressões. Sob o ponto de vista transcendental e gnóstico, destacam-se as seguintes atividades do Centro Sexual: - A reprodução da espécie humana. - A transmutação da ―libido genética‖ ou libido sexual, ou seja, da Alma Metálica do Esperma Sagrado. - A criação dos Corpos Existenciais Superiores do Ser. - A eliminação dos defeitos psicológicos com o auxílio da Lança de Eros, empunhada eficientemente por Devi-Kundalini, nossa Mãe Divina. Inquestionavelmente, o Centro Sexual pode servir como instrumento de manifestação do Ser, sempre e quando nos liberemos dos diferentes agregados psíquicos ou eus-defeitos. O trabalho equivocado do referido Centro é provocado pelos elementos indesejáveis (eus, ego ou agregados psíquicos) da luxúria, do adultério secreto ou manifesto, do homossexualismo, do lesbianismo e, em geral, todo tipo de psicopatia sexual. Quando os Eus infrainstintivos obstaculizam os delicados mecanismos do Centro Sexual, provocam toda classe de perversões que o degeneram. O sexo pode, portanto, GERAR novas criaturas, pode REGENERAR, mas pode também DEGENERAR.