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Tema: vigilância epidemiológica
• Biossegurança
• Limpeza hospitalar
Nomes:
Leonardo Agostinho Jessen
Laila Izel
Yara Abdul Nibire
A vigilância epidemiológica
A Vigilância Epidemiológica é definida pela Lei n° 8.080/90 como “um conjunto de
ações que proporciona o conhecimento, a deteção ou prevenção de qualquer mudança
nos fatores determinantes e condicionantes de saúde individual ou coletiva, com a
finalidade de recomendar e adotar as medidas de prevenção e controle das doenças ou
agravos
Tem, como propósito, fornecer orientação técnica permanente para os responsáveis
pela decisão e execução de ações de controlo de doenças e agravos. Para subsidiar
esta atividade, deve tornar disponíveis informações atualizadas sobre a ocorrência
dessas doenças ou agravos, bem como dos seus fatores condicionantes, em uma área
geográfica ou população determinada.
Cont…
Segundo Moreira (2003). A vigilância epidemiológica constitui-se, ainda, em importante instrumento para o planejamento, a
organização e a operacionalização dos serviços de saúde, como também para a normatização de atividades técnicas correlatas.
Sua operacionalização compreende um ciclo completo de funções específicas e intercomplementares que devem ser,
necessariamente, desenvolvidas de modo contínuo, de modo a possibilitar conhecer, a cada momento, o comportamento
epidemiológico da doença ou agravo que se apresente como alvo das ações, para que as medidas de intervenção pertinentes possam
ser desencadeadas com oportunidade e eficácia.
Funções da vigilância epidemiológica
 Coleta de dados;
 Processamento de dados coletados;
 Análise e interpretação dos dados processados;
 Recomendação das medidas de controlo apropriadas;
 Promoção das ações de controlo indicadas;
 Avaliação da eficácia e efetividade das medidas adotadas;
 Divulgação de informações pertinentes
Sistema Nacional de Vigilância
Epidemiológica
O Sistema Nacional de Vigilância Epidemiológica (SNVE) integra instituições do
setor público e privado, sendo o componente do Sistema Único de Saúde (SUS)
responsável pela notificação de agravos e doenças, prestação de serviços a grupos
populacionais ou pela orientação de condutas a serem tomadas.
Segundo Oliveira MLW (2009). Dentro do Sistema Nacional de Vigilância
Epidemiológica, municípios, estados e a União possuem competências específicas.
Aos municípios, cabe a execução das ações, que exige conhecimento analítico da
situação de saúde local. Sobre os estados e sobre a União recaem as funções
relacionadas ao caráter estratégico, de coordenação em seu âmbito de ação, além da
atuação de forma complementar ou suplementar aos demais níveis.
Fontes e tipos de dados da vigilância epidemiológica
Segundo Mendonça SCF, Souza (2004). Os dados e as informações que alimentam o
Sistema Nacional de Vigilância Epidemiológica são provenientes dos sistemas de
informação em saúde, de resultados de exames laboratoriais, de investigações
epidemiológicas, da imprensa, dos estudos epidemiológicos, dos serviços sentinela e
das notificações, sendo a Notificação Compulsória a principal fonte de dados.
Segundo Mendonça SCF, Souza (2004). São monitorados pela Vigilância
Epidemiológica:
 Dados demográficos, ambientais e socioeconômicos;
 Dados de morbidade;
 Dados de mortalidade;
 Notificação de emergências de saúde pública, surtos e epidemias.
Sistemas de Informação em Saúde
Os Sistemas de Informação em Saúde são parte da estrutura dos Sistemas de Saúde e
têm como propósito geral facilitar a formulação e avaliação das políticas, planos e
programas de saúde, subsidiando a tomada de decisões.
Entre os sistemas nacionais de informação em saúde existentes, alguns se destacam
em razão de sua maior relevância para a vigilância Epidemiológica.
Segundo Mendes TF, Pitella AM. São eles:
 Sistema Nacional de Agravos de Notificação (Sinan);
 Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM);
 Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos (Sinasc);
 Sistema de Informações Hospitalares (SIH/SUS);
 Sistema de Informações Ambulatoriais do SUS (SIA/SUS);
Sistema Nacional de Agravos de
Notificação (Sinan)
É o mais importante para a Vigilância Epidemiológica. Registra dados indispensáveis ao cálculo dos
principais indicadores relacionados a doenças de importância epidemiológica, surtos, endemias e
epidemias, tais como as taxas de incidência, letalidade e mortalidade, coeficiente de prevalência,
entre outros. Tem como principal fonte de informação a ficha de notificação compulsória.
Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM)
Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM)
Os dados do SIM permitem construir indicadores importantes para conhecer o perfil de saúde de uma
região. A partir das informações nele contidas, pode-se obter mortalidade proporcional por causas,
faixa etária, sexo, local de ocorrência e residência, letalidade dos agravos de incidência conhecida,
bem como taxas de mortalidade geral, infantil, materna ou por qualquer outra variável contida na
declaração de óbito. Tem como fonte de informação a Declaração de Óbito
Sistema de Informações sobre
Nascidos Vivos (Sinasc)
As informações sobre os nascidos vivos permitem a construção de indicadores voltados para as condições
e o perfil de nascimento, bem como para a avaliação de riscos à saúde materno-infantil. Através dessas
informações é possível direcionar medidas para combater problemas como baixo peso ao nascer, morte
perinatal, acompanhar a taxa de crescimento populacional, dentre outros indicadores. Tem como fonte de
informação a Declaração de Nascido Vivo.
 Sistema de Informações Hospitalares (SIH/SUS)
Reúne informações sobre internamentos hospitalares realizados no país, o que permite
identificar os agravos à saúde que necessitam de internação, contribuindo para o
conhecimento da situação de saúde e da gestão dos serviços. O Instrumento de coleta
de dados é a autorização de internação hospitalar.
Sistema de Informações Ambulatórias
do SUS (SIA/SUS)
Embora não possa ser utilizado para fins epidemiológicos, é um importante sistema,
pois permite o conhecimento dos procedimentos utilizados na rede ambulatorial do
SUS, além de conter a relação dos serviços da rede própria, contratada e conveniada
dos estados e municípios, e informações sobre profissionais por especialidade. Tem
como fontes de dados as informações do Cadastro Nacional de Estabelecimentos de
Saúde (CNES) e os boletins de produção ambulatorial.
Alguns sistemas de informação possuem informações complementares de relevância
para as ações de Vigilância Epidemiológica e, através do cruzamento de dados com
outros sistemas, auxiliam na investigação epidemiológica, no conhecimento das
condições de saúde da população e possibilitam, assim, a adoção de medidas melhor
articuladas.
Cont…
Dentre essas fontes, se destacam:
 Sistema de Informações sobre a Atenção Básica (SIAB);
 Sistema de Informações de Vigilância Alimentar e Nutricional (Sisvan);
 Sistema de Informações do Programa Nacional de Imunizações (SI-PNI);
 Sistema de Informação de Vigilância da Qualidade da Água para Consumo
Humano – (Sisagua);
Segundo Miller BR. A Lei Orgânica da Saúde conceitua vigilância epidemiológica
como um “conjunto de ações que proporciona o conhecimento, a detecção ou
prevenção de qualquer mudança nos fatores determinantes e condicionantes da saúde
individual ou coletiva, com a finalidade de recomendar e adotar as medidas de
prevenção e controle das doenças ou agravos
Propósitos da vigilância epidemiológica
Fornecer orientação técnica permanente para os que têm a responsabilidade de decidir
sobre a execução de ações de controle de doenças e agravos. Sua operacionalização
compreende um ciclo completo de funções específicas e inter-complementares, que
devem ser desenvolvidas de modo contínuo, permitindo conhecer, a cada momento, o
comportamento epidemiológico da doença ou agravo escolhido como alvo das ações,
para que as intervenções pertinentes possam ser desencadeadas com oportunidade e
efetividade.
É importante salientar que todos os profissionais de saúde (da rede pública, privada e
conveniada), bem como os diversos níveis do sistema (municipal, estadual, federal),
têm atribuições de Vigilância Epidemiológica.
Coleta de dados
Segundo Souza WJS (1982). A Vigilância epidemiológica desencadeia suas atividades
a partir da ocorrência de um evento sanitário de caso suspeito ou confirmado de
doença sob vigilância. A coleta de dados ocorre em todos os níveis (municipal,
estadual e federal) de atuação do sistema de saúde.
A força e valor da informação (que é o dado analisado) dependem da qualidade e
fidedignidade com que a mesma é gerada. Para isso, faz- se necessário que os
responsáveis pela coleta estejam bem preparados para diagnosticar corretamente o
caso, bem como realizar uma boa investigação epidemiológica, com anotações claras
e confiáveis.
• Fontes de dados da Vigilância Epidemiológica
Notificação compulsória de doenças
 Segundo Moreira MBR (1983). É uma das principais fontes da Vigilância
Epidemiológica, a partir da qual, na maioria das vezes, se desencadeia o
processo de informação – decisão – ação. A lista nacional das doenças de
notificação vigente encontra-se neste Guia.
 Sua seleção baseia-se na magnitude (medida pela frequência), potencial
de disseminação, transcendência (medida pela letalidade, severidade,
relevância social e econômica), vulnerabilidade (existência de
instrumentos de prevenção), compromissos internacionais de erradicação,
eliminação ou controle, epidemias, surtos e agravos inusitados – critérios
que são observados e analisados em conjunto:
Cont…
 Resultados de exames laboratoriais;
 Declarações de óbitos;
 Maternidades (nascidos vivos);
 Hospitais e ambulatórios;
 Investigações epidemiológicas;
 Estudos epidemiológicos especiais;
 Sistemas sentinela;
 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE);
A Importância da Vigilância
Epidemiológica
Segundo Neves J, Lambertucci JR (1989). A epidemiologia é uma das áreas
fundamentais na elaboração das estratégias públicas de combate e
prevenção às patologias que acometem a sociedade, É de suma importância
que sejam investidos mais recursos e capital humano na área
epidemiológica, o levantamento de dados precisos e integração desses
dados de maneira funcional é o melhor caminho na construção de um
sistema de saúde eficiente.
Biossegurança
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), "a biossegurança é uma
abordagem estratégica e integrada para analisar e gerenciar os riscos relevantes para a
vida e a saúde humana, animal e vegetal e os riscos associados para o meio ambiente.
Baseia-se no reconhecimento dos vínculos críticos entre setores e na possibilidade de
que as ameaças se movam dentro dos mesmos e entre eles com consequências para
todo o sistema
Em linha com seu objetivo de eliminar ou minimizar a poluição biológica, cabe
destacar três conceitos no campo da biossegurança:
 Risco biológico;
 Confinamento biológico;
 Bio proteção;
Cont…
 Risco biológico: é aquele suscetível de ser produzido por uma exposição não
controlada a agentes biológicos causadores de doenças.
 Confinamento biológico: são as medidas utilizadas para evitar a saída de doenças
infeciosas de centros de pesquisa ou de qualquer lugar capaz de originá-las.
 Bio proteção: é o conjunto de medidas destinadas a reduzir o risco de perda,
roubo, uso incorreto ou liberação intencional de agentes patogênicos ou toxinas,
incluídas as relativas ao acesso às instalações, armazenamento de materiais e
dados e políticas de publicação.
Princípios e elementos da
biossegurança
Segundo Nossal GJV (1987). A biossegurança é uma disciplina complexa e que não
está isenta de perigos. Por esta razão, o conjunto de regras e barreiras destinadas a
prevenir o risco biológico derivado da exposição a agentes biológicos infeciosos é
fundamental. De maneira general, os princípios e elementos da biossegurança podem
ser resumidos em:
 Regras;
 Universalidade;
 Barreiras;
 Eliminação;
 Barreiras;
Regras
 Os trabalhadores que manipulam agentes biológicos potencialmente infectados devem
saber os riscos e dominar as práticas e técnicas requeridas para manejá-los de forma
segura.
 Universalidade
 As medidas de biossegurança devem ser cumpridas por todos pois qualquer pessoa é
suscetível de portar microorganismos patogênicos.
 Eliminação
 Qualquer resíduo gerado deve ser descartado, seguindo de forma estrita determinados
procedimentos específicos em função de sua tipologia.
 Barreiras
Os elementos utilizados como contenção contra a contaminação biológica costumam ser
divididos em dois grupos: por um lado, a imunização (vacinas) e, por outro, as barreiras
primárias (equipamentos de segurança: luvas, macacões ou máscaras) e as barreiras
secundárias (desde áreas de trabalho isoladas até lavatórios ou sistemas de ventilação).
Níveis de biossegurança nos laboratórios.
Os Centers for Disease Controlo and Prevention (CDC) dos Estados Unidos
classificaram em 1974 os agentes patogênicos em quatro grupos de risco. Mais
tarde, a OMS atualizou dita classificação, favorecendo assim a hierarquização
dos laboratórios em função do grupo de risco dos agentes patogênicos que
manipulam. Nomeadamente:
 Grupo de risco 1 (risco individual e populacional baixo);
 Grupo de risco 2 (risco individual moderado, risco populacional baixo);
 Grupo de risco 3 (risco individual alto e populacional baixo);
 Grupo de risco 4 (risco individual e populacional elevados);
Aplicações da biossegurança
Enquanto o mundo combate o SARS-CoV-2, nos laboratórios de biossegurança não só se pesquisa como conter este vírus. A seguir,
revisamos outras aplicações da biossegurança:
 Alimentação
 De acordo com a Organização a alimentação e Agricultura a biossegurança permite analisar e gerenciar os riscos relativos à
inocuidade dos alimentos, melhorando as sinergias entre setores, favorecendo a segurança alimentar e facilitando o comércio.
 Agricultura e pecuária
No caso das fazendas dedicadas à pecuária e agrícolas, a biossegurança é usada tanto para prevenir que entrem doenças e se difundam
em seu interior quanto que se estendam para outras explorações ou à sociedade.
 Meio ambiente
Neste campo, a biossegurança é responsável pelas pragas vegetais, pragas e doenças animais, zoonoses (doenças transmitidas de
animais a humanos), organismos geneticamente modificados e seus produtos, e pela gestão de genótipos e espécies exóticas invasoras.
 No entanto, também preza pelo meio ambiente, sociedade, bem-estar e redução de riscos de pacientes, uma vez que ignorar essas
medidas pode ocasionar problemas públicos, como epidemias.
Cont…
Em relação às instituições e seus integrantes, a biossegurança cuida de:
 Instalações e infraestrutura adequadas;
 Boas práticas em hospitais e laboratórios;
 Exposição de profissionais a agentes biológicos;
 Qualificação e treinamento de equipe.
Trata-se de regras que toda a equipe do hospital deve seguir, buscando reduzir ou
prevenir acidentes que possam prejudicar a saúde das pessoas e dos seus próximos.
Entre os principais acidentes, podemos destacar a contaminação por agentes
biológicos e a contração de doenças.
Objetivo da biossegurança
Segundo Onorato IM (1987). A biossegurança na enfermagem tem um papel crucial no
treinamento de equipes e na infraestrutura de todo ambiente. Afinal, hospitais podem ser
ambientes que abrigam vírus, bactérias e outros agentes bastante nocivos à saúde das pessoas,
especialmente a dos profissionais.
Além disso, instrumentos médicos cortantes também podem ser fatores de risco, e por isso,
colocam em alerta os profissionais em relação aos cuidados para não comprometer a segurança
dos colegas e pacientes. Práticas como a administração da farmácia hospitalar, a higienização
das mãos e o descarte correto de materiais podem parecer óbvias, mas é preciso atenção.
Se esses cuidados não forem reforçados e tratados com rigor, as consequências podem ser
desastrosas para a saúde de médicos, enfermeiros e pacientes.
Cont…
Os objetivos são:
 Minimizar riscos;
 Proteger o profissional;
 Garantir a saúde da população;
 Preservação do meio ambiente;
Vantagens de seguir as normas de
biossegurança
 Redução dos riscos à saúde dos trabalhadores;
 Minimização de acidentes em laboratórios;
 Preservação do meio ambiente e da sociedade;
 Aumento da qualificação profissional dos envolvidos;
Importância da biossegurança e seus efeitos
A importância da biossegurança engloba diversos aspectos distintos e não se dá apenas pelo
alto risco a que os mais variados profissionais podem ser expostos. Como também pelos seus
inúmeros impactos possíveis no meio ambiente e na sociedade como um todo. Do ponto de
vista da saúde do trabalho, os acidentes mais comuns envolvem ferimentos com agulhas ou
bisturis.
Quando isso acontece, pode haver contato com sangue contaminado, principalmente entre os
profissionais de .Entretanto, a ausência de procedimentos de biossegurança poderia levar os
riscos para fora do âmbito hospitalar. Como epidemias, contaminação do solo e da água e
disseminação de doenças raras ou erradicadas, atingindo o restante da população.
Cont…
Diante dessa importância da biossegurança, podemos resumir os principais efeitos da
sua aplicação com alguns exemplos:
 Prevenção e proteção da saúde dos trabalhadores de clínicas, hospitais,
laboratórios e outros serviços de saúde;
 Redução dos riscos nas áreas de desenvolvimento tecnológico e pesquisa
científica;
 Minimização dos riscos na prestação de serviços, evitando a contaminação de
pacientes e dos casos de infecção hospitalar;
 Preservação do meio ambiente, no sentido de erradicar a contaminação por
agentes químicos, por exemplo;
 Defesa à saúde dos animais, evitando a contaminação de hospedeiros e criação de
novas vias epidêmicas;
Limpeza hospitalar
A limpeza hospitalar, assim como nos demais segmentos de condomínios, shoppings e indústrias, tem
papel ainda mais fundamental em épocas de contaminação e pandemia, como estamos enfrentando no
momento.
Segundo Maria Helena Peraccini (1987). A limpeza nos tempos de COVID-19 é essencial em
qualquer área, mas principalmente naquelas de alto contato. Temos que reforçar a higiene desses
espaços com produtos que inativam o Coronavírus.
O papel essencial da limpeza hospitalar
A limpeza hospitalar remove a sujidade dos diversos ambientes e reduz o número de microrganismos
existentes, preservando a população do local, sejam pacientes ou funcionários. “Um desses
procedimentos mais importantes e que temos reforçado com a nossa equipe é aumentar o número de
vezes em que as áreas de alto contato são limpas.
 Nesse caso, trata-se de:
 Maçanetas;
 Interruptores de luz;
 Corrimãos;
 Grades de apoio;
Cont…
 Botões de elevadores internos e externos;
 Torneiras;
 Corta-papel higiênico,
 Saboneteiras,
 Papeleiras,
 Bancadas.
Tipos de limpeza hospitalar
A higienização de hospitais conta com detalhes próprios e começa a partir de uma observação minuciosa. “Toda
vez que alguém for higienizar uma área, é preciso observar se existe matéria orgânica naquele local,
independentemente do ambiente. Isso se chama descontaminação, que é a primeira etapa”
 Segundo Pereira GFM (1999). Os tipos de limpeza são:
 Limpeza concorrente;
 Limpeza terminal;
 Limpeza imediata;
Limpeza concorrente
A limpeza concorrente é feita todo dia nas diversas áreas de um hospital. “Trata-se da higienização diária para
manutenção dos diversos ambientes de uma instituição de saúde”, explica a diretora do Grupo Verzani. Faz parte
da limpeza concorrente o cuidado com as áreas de alto contato, que falamos anteriormente.
Limpeza terminal
Ela é realizada de tempos em tempos para garantir a limpeza e conservação de acordo com a criticidade da área. É
mais profunda e abrange toda a parte de teto, parede, piso e mobiliário. A limpeza terminal acontece todas as
vezes em que ocorre a alta de um paciente ou quando ele sai do quarto.
Também existe a terminal programada, que é realizada em outras áreas de acordo com a sua criticidade. Por
exemplo, no centro cirúrgico, a cada sete dias. Em áreas semicríticas, a cada 15 dias e em uma área não crítica, a
cada 30 dias.
Cont…
Limpeza imediata
Significa a descontaminação, ou seja, é a limpeza realizada imediatamente após o derramamento de
alguma secreção corpórea. Se o paciente chegou passando mal ou sangrando na porta do hospital, isso
requer uma limpeza imediata dessa área para que as próximas etapas aconteçam.
A limpeza também é feita de acordo com a criticidade dos ambientes:
Locais não críticos: são aqueles não ocupados por pacientes e nos quais não é realizado nenhum
procedimento de assistência. Por exemplo, recepção, salas de espera, áreas comuns e administrativas
Locais semicríticos: quando o potencial de transmissão quase inexiste. São áreas ocupadas por
pacientes, como quarto, leito, sala de inalação, etc;
Locais críticos: são as áreas com muito potencial de transmitir infeções para as pessoas, tantos
funcionários, médicos e enfermeiros. “Podem ser centros cirúrgicos ou mesmo as lavandeiras, quando o
enxoval sujo é depositado.
Os cuidados com produtos e como
evitar erros na limpeza
Ao buscar a terceirização para a limpeza hospitalar, é sempre importante contar com
uma empresa prestadora de serviços que tenha experiência e know-how técnico para
garantir que não exista nenhum tipo de falha.
Esses erros, na verdade, são sempre cometidos por falhas humanas. Por isso a
importância de uma equipe treinada e orientada que vá observar a presença de matéria
orgânica no ambiente hospitalar e ter a técnica correta ou seja, limpar sempre de cima
para baixo, do mais limpo para o mais sujo e do fundo para a porta.
Há ainda mais dois pontos que garantem o sucesso da limpeza hospitalar: o uso
correto dos equipamentos de proteção individual (EPIs) e as concentrações acertadas
de cada produto utilizado. “É importantíssimo que os produtos sejam registrados na
Anvisa.
Muito obrigado pela
atenção dispensada.

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  • 1. Tema: vigilância epidemiológica • Biossegurança • Limpeza hospitalar Nomes: Leonardo Agostinho Jessen Laila Izel Yara Abdul Nibire
  • 2. A vigilância epidemiológica A Vigilância Epidemiológica é definida pela Lei n° 8.080/90 como “um conjunto de ações que proporciona o conhecimento, a deteção ou prevenção de qualquer mudança nos fatores determinantes e condicionantes de saúde individual ou coletiva, com a finalidade de recomendar e adotar as medidas de prevenção e controle das doenças ou agravos Tem, como propósito, fornecer orientação técnica permanente para os responsáveis pela decisão e execução de ações de controlo de doenças e agravos. Para subsidiar esta atividade, deve tornar disponíveis informações atualizadas sobre a ocorrência dessas doenças ou agravos, bem como dos seus fatores condicionantes, em uma área geográfica ou população determinada.
  • 3. Cont… Segundo Moreira (2003). A vigilância epidemiológica constitui-se, ainda, em importante instrumento para o planejamento, a organização e a operacionalização dos serviços de saúde, como também para a normatização de atividades técnicas correlatas. Sua operacionalização compreende um ciclo completo de funções específicas e intercomplementares que devem ser, necessariamente, desenvolvidas de modo contínuo, de modo a possibilitar conhecer, a cada momento, o comportamento epidemiológico da doença ou agravo que se apresente como alvo das ações, para que as medidas de intervenção pertinentes possam ser desencadeadas com oportunidade e eficácia. Funções da vigilância epidemiológica  Coleta de dados;  Processamento de dados coletados;  Análise e interpretação dos dados processados;  Recomendação das medidas de controlo apropriadas;  Promoção das ações de controlo indicadas;  Avaliação da eficácia e efetividade das medidas adotadas;  Divulgação de informações pertinentes
  • 4. Sistema Nacional de Vigilância Epidemiológica O Sistema Nacional de Vigilância Epidemiológica (SNVE) integra instituições do setor público e privado, sendo o componente do Sistema Único de Saúde (SUS) responsável pela notificação de agravos e doenças, prestação de serviços a grupos populacionais ou pela orientação de condutas a serem tomadas. Segundo Oliveira MLW (2009). Dentro do Sistema Nacional de Vigilância Epidemiológica, municípios, estados e a União possuem competências específicas. Aos municípios, cabe a execução das ações, que exige conhecimento analítico da situação de saúde local. Sobre os estados e sobre a União recaem as funções relacionadas ao caráter estratégico, de coordenação em seu âmbito de ação, além da atuação de forma complementar ou suplementar aos demais níveis.
  • 5. Fontes e tipos de dados da vigilância epidemiológica Segundo Mendonça SCF, Souza (2004). Os dados e as informações que alimentam o Sistema Nacional de Vigilância Epidemiológica são provenientes dos sistemas de informação em saúde, de resultados de exames laboratoriais, de investigações epidemiológicas, da imprensa, dos estudos epidemiológicos, dos serviços sentinela e das notificações, sendo a Notificação Compulsória a principal fonte de dados. Segundo Mendonça SCF, Souza (2004). São monitorados pela Vigilância Epidemiológica:  Dados demográficos, ambientais e socioeconômicos;  Dados de morbidade;  Dados de mortalidade;  Notificação de emergências de saúde pública, surtos e epidemias.
  • 6. Sistemas de Informação em Saúde Os Sistemas de Informação em Saúde são parte da estrutura dos Sistemas de Saúde e têm como propósito geral facilitar a formulação e avaliação das políticas, planos e programas de saúde, subsidiando a tomada de decisões. Entre os sistemas nacionais de informação em saúde existentes, alguns se destacam em razão de sua maior relevância para a vigilância Epidemiológica. Segundo Mendes TF, Pitella AM. São eles:  Sistema Nacional de Agravos de Notificação (Sinan);  Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM);  Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos (Sinasc);  Sistema de Informações Hospitalares (SIH/SUS);  Sistema de Informações Ambulatoriais do SUS (SIA/SUS);
  • 7. Sistema Nacional de Agravos de Notificação (Sinan) É o mais importante para a Vigilância Epidemiológica. Registra dados indispensáveis ao cálculo dos principais indicadores relacionados a doenças de importância epidemiológica, surtos, endemias e epidemias, tais como as taxas de incidência, letalidade e mortalidade, coeficiente de prevalência, entre outros. Tem como principal fonte de informação a ficha de notificação compulsória. Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM) Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM) Os dados do SIM permitem construir indicadores importantes para conhecer o perfil de saúde de uma região. A partir das informações nele contidas, pode-se obter mortalidade proporcional por causas, faixa etária, sexo, local de ocorrência e residência, letalidade dos agravos de incidência conhecida, bem como taxas de mortalidade geral, infantil, materna ou por qualquer outra variável contida na declaração de óbito. Tem como fonte de informação a Declaração de Óbito
  • 8. Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos (Sinasc) As informações sobre os nascidos vivos permitem a construção de indicadores voltados para as condições e o perfil de nascimento, bem como para a avaliação de riscos à saúde materno-infantil. Através dessas informações é possível direcionar medidas para combater problemas como baixo peso ao nascer, morte perinatal, acompanhar a taxa de crescimento populacional, dentre outros indicadores. Tem como fonte de informação a Declaração de Nascido Vivo.  Sistema de Informações Hospitalares (SIH/SUS) Reúne informações sobre internamentos hospitalares realizados no país, o que permite identificar os agravos à saúde que necessitam de internação, contribuindo para o conhecimento da situação de saúde e da gestão dos serviços. O Instrumento de coleta de dados é a autorização de internação hospitalar.
  • 9. Sistema de Informações Ambulatórias do SUS (SIA/SUS) Embora não possa ser utilizado para fins epidemiológicos, é um importante sistema, pois permite o conhecimento dos procedimentos utilizados na rede ambulatorial do SUS, além de conter a relação dos serviços da rede própria, contratada e conveniada dos estados e municípios, e informações sobre profissionais por especialidade. Tem como fontes de dados as informações do Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (CNES) e os boletins de produção ambulatorial. Alguns sistemas de informação possuem informações complementares de relevância para as ações de Vigilância Epidemiológica e, através do cruzamento de dados com outros sistemas, auxiliam na investigação epidemiológica, no conhecimento das condições de saúde da população e possibilitam, assim, a adoção de medidas melhor articuladas.
  • 10. Cont… Dentre essas fontes, se destacam:  Sistema de Informações sobre a Atenção Básica (SIAB);  Sistema de Informações de Vigilância Alimentar e Nutricional (Sisvan);  Sistema de Informações do Programa Nacional de Imunizações (SI-PNI);  Sistema de Informação de Vigilância da Qualidade da Água para Consumo Humano – (Sisagua); Segundo Miller BR. A Lei Orgânica da Saúde conceitua vigilância epidemiológica como um “conjunto de ações que proporciona o conhecimento, a detecção ou prevenção de qualquer mudança nos fatores determinantes e condicionantes da saúde individual ou coletiva, com a finalidade de recomendar e adotar as medidas de prevenção e controle das doenças ou agravos
  • 11. Propósitos da vigilância epidemiológica Fornecer orientação técnica permanente para os que têm a responsabilidade de decidir sobre a execução de ações de controle de doenças e agravos. Sua operacionalização compreende um ciclo completo de funções específicas e inter-complementares, que devem ser desenvolvidas de modo contínuo, permitindo conhecer, a cada momento, o comportamento epidemiológico da doença ou agravo escolhido como alvo das ações, para que as intervenções pertinentes possam ser desencadeadas com oportunidade e efetividade. É importante salientar que todos os profissionais de saúde (da rede pública, privada e conveniada), bem como os diversos níveis do sistema (municipal, estadual, federal), têm atribuições de Vigilância Epidemiológica.
  • 12. Coleta de dados Segundo Souza WJS (1982). A Vigilância epidemiológica desencadeia suas atividades a partir da ocorrência de um evento sanitário de caso suspeito ou confirmado de doença sob vigilância. A coleta de dados ocorre em todos os níveis (municipal, estadual e federal) de atuação do sistema de saúde. A força e valor da informação (que é o dado analisado) dependem da qualidade e fidedignidade com que a mesma é gerada. Para isso, faz- se necessário que os responsáveis pela coleta estejam bem preparados para diagnosticar corretamente o caso, bem como realizar uma boa investigação epidemiológica, com anotações claras e confiáveis.
  • 13. • Fontes de dados da Vigilância Epidemiológica Notificação compulsória de doenças  Segundo Moreira MBR (1983). É uma das principais fontes da Vigilância Epidemiológica, a partir da qual, na maioria das vezes, se desencadeia o processo de informação – decisão – ação. A lista nacional das doenças de notificação vigente encontra-se neste Guia.  Sua seleção baseia-se na magnitude (medida pela frequência), potencial de disseminação, transcendência (medida pela letalidade, severidade, relevância social e econômica), vulnerabilidade (existência de instrumentos de prevenção), compromissos internacionais de erradicação, eliminação ou controle, epidemias, surtos e agravos inusitados – critérios que são observados e analisados em conjunto:
  • 14. Cont…  Resultados de exames laboratoriais;  Declarações de óbitos;  Maternidades (nascidos vivos);  Hospitais e ambulatórios;  Investigações epidemiológicas;  Estudos epidemiológicos especiais;  Sistemas sentinela;  Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE);
  • 15. A Importância da Vigilância Epidemiológica Segundo Neves J, Lambertucci JR (1989). A epidemiologia é uma das áreas fundamentais na elaboração das estratégias públicas de combate e prevenção às patologias que acometem a sociedade, É de suma importância que sejam investidos mais recursos e capital humano na área epidemiológica, o levantamento de dados precisos e integração desses dados de maneira funcional é o melhor caminho na construção de um sistema de saúde eficiente.
  • 16. Biossegurança De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), "a biossegurança é uma abordagem estratégica e integrada para analisar e gerenciar os riscos relevantes para a vida e a saúde humana, animal e vegetal e os riscos associados para o meio ambiente. Baseia-se no reconhecimento dos vínculos críticos entre setores e na possibilidade de que as ameaças se movam dentro dos mesmos e entre eles com consequências para todo o sistema Em linha com seu objetivo de eliminar ou minimizar a poluição biológica, cabe destacar três conceitos no campo da biossegurança:  Risco biológico;  Confinamento biológico;  Bio proteção;
  • 17. Cont…  Risco biológico: é aquele suscetível de ser produzido por uma exposição não controlada a agentes biológicos causadores de doenças.  Confinamento biológico: são as medidas utilizadas para evitar a saída de doenças infeciosas de centros de pesquisa ou de qualquer lugar capaz de originá-las.  Bio proteção: é o conjunto de medidas destinadas a reduzir o risco de perda, roubo, uso incorreto ou liberação intencional de agentes patogênicos ou toxinas, incluídas as relativas ao acesso às instalações, armazenamento de materiais e dados e políticas de publicação.
  • 18. Princípios e elementos da biossegurança Segundo Nossal GJV (1987). A biossegurança é uma disciplina complexa e que não está isenta de perigos. Por esta razão, o conjunto de regras e barreiras destinadas a prevenir o risco biológico derivado da exposição a agentes biológicos infeciosos é fundamental. De maneira general, os princípios e elementos da biossegurança podem ser resumidos em:  Regras;  Universalidade;  Barreiras;  Eliminação;  Barreiras;
  • 19. Regras  Os trabalhadores que manipulam agentes biológicos potencialmente infectados devem saber os riscos e dominar as práticas e técnicas requeridas para manejá-los de forma segura.  Universalidade  As medidas de biossegurança devem ser cumpridas por todos pois qualquer pessoa é suscetível de portar microorganismos patogênicos.  Eliminação  Qualquer resíduo gerado deve ser descartado, seguindo de forma estrita determinados procedimentos específicos em função de sua tipologia.  Barreiras Os elementos utilizados como contenção contra a contaminação biológica costumam ser divididos em dois grupos: por um lado, a imunização (vacinas) e, por outro, as barreiras primárias (equipamentos de segurança: luvas, macacões ou máscaras) e as barreiras secundárias (desde áreas de trabalho isoladas até lavatórios ou sistemas de ventilação).
  • 20. Níveis de biossegurança nos laboratórios. Os Centers for Disease Controlo and Prevention (CDC) dos Estados Unidos classificaram em 1974 os agentes patogênicos em quatro grupos de risco. Mais tarde, a OMS atualizou dita classificação, favorecendo assim a hierarquização dos laboratórios em função do grupo de risco dos agentes patogênicos que manipulam. Nomeadamente:  Grupo de risco 1 (risco individual e populacional baixo);  Grupo de risco 2 (risco individual moderado, risco populacional baixo);  Grupo de risco 3 (risco individual alto e populacional baixo);  Grupo de risco 4 (risco individual e populacional elevados);
  • 21. Aplicações da biossegurança Enquanto o mundo combate o SARS-CoV-2, nos laboratórios de biossegurança não só se pesquisa como conter este vírus. A seguir, revisamos outras aplicações da biossegurança:  Alimentação  De acordo com a Organização a alimentação e Agricultura a biossegurança permite analisar e gerenciar os riscos relativos à inocuidade dos alimentos, melhorando as sinergias entre setores, favorecendo a segurança alimentar e facilitando o comércio.  Agricultura e pecuária No caso das fazendas dedicadas à pecuária e agrícolas, a biossegurança é usada tanto para prevenir que entrem doenças e se difundam em seu interior quanto que se estendam para outras explorações ou à sociedade.  Meio ambiente Neste campo, a biossegurança é responsável pelas pragas vegetais, pragas e doenças animais, zoonoses (doenças transmitidas de animais a humanos), organismos geneticamente modificados e seus produtos, e pela gestão de genótipos e espécies exóticas invasoras.  No entanto, também preza pelo meio ambiente, sociedade, bem-estar e redução de riscos de pacientes, uma vez que ignorar essas medidas pode ocasionar problemas públicos, como epidemias.
  • 22. Cont… Em relação às instituições e seus integrantes, a biossegurança cuida de:  Instalações e infraestrutura adequadas;  Boas práticas em hospitais e laboratórios;  Exposição de profissionais a agentes biológicos;  Qualificação e treinamento de equipe. Trata-se de regras que toda a equipe do hospital deve seguir, buscando reduzir ou prevenir acidentes que possam prejudicar a saúde das pessoas e dos seus próximos. Entre os principais acidentes, podemos destacar a contaminação por agentes biológicos e a contração de doenças.
  • 23. Objetivo da biossegurança Segundo Onorato IM (1987). A biossegurança na enfermagem tem um papel crucial no treinamento de equipes e na infraestrutura de todo ambiente. Afinal, hospitais podem ser ambientes que abrigam vírus, bactérias e outros agentes bastante nocivos à saúde das pessoas, especialmente a dos profissionais. Além disso, instrumentos médicos cortantes também podem ser fatores de risco, e por isso, colocam em alerta os profissionais em relação aos cuidados para não comprometer a segurança dos colegas e pacientes. Práticas como a administração da farmácia hospitalar, a higienização das mãos e o descarte correto de materiais podem parecer óbvias, mas é preciso atenção. Se esses cuidados não forem reforçados e tratados com rigor, as consequências podem ser desastrosas para a saúde de médicos, enfermeiros e pacientes.
  • 24. Cont… Os objetivos são:  Minimizar riscos;  Proteger o profissional;  Garantir a saúde da população;  Preservação do meio ambiente;
  • 25. Vantagens de seguir as normas de biossegurança  Redução dos riscos à saúde dos trabalhadores;  Minimização de acidentes em laboratórios;  Preservação do meio ambiente e da sociedade;  Aumento da qualificação profissional dos envolvidos; Importância da biossegurança e seus efeitos A importância da biossegurança engloba diversos aspectos distintos e não se dá apenas pelo alto risco a que os mais variados profissionais podem ser expostos. Como também pelos seus inúmeros impactos possíveis no meio ambiente e na sociedade como um todo. Do ponto de vista da saúde do trabalho, os acidentes mais comuns envolvem ferimentos com agulhas ou bisturis. Quando isso acontece, pode haver contato com sangue contaminado, principalmente entre os profissionais de .Entretanto, a ausência de procedimentos de biossegurança poderia levar os riscos para fora do âmbito hospitalar. Como epidemias, contaminação do solo e da água e disseminação de doenças raras ou erradicadas, atingindo o restante da população.
  • 26. Cont… Diante dessa importância da biossegurança, podemos resumir os principais efeitos da sua aplicação com alguns exemplos:  Prevenção e proteção da saúde dos trabalhadores de clínicas, hospitais, laboratórios e outros serviços de saúde;  Redução dos riscos nas áreas de desenvolvimento tecnológico e pesquisa científica;  Minimização dos riscos na prestação de serviços, evitando a contaminação de pacientes e dos casos de infecção hospitalar;  Preservação do meio ambiente, no sentido de erradicar a contaminação por agentes químicos, por exemplo;  Defesa à saúde dos animais, evitando a contaminação de hospedeiros e criação de novas vias epidêmicas;
  • 27. Limpeza hospitalar A limpeza hospitalar, assim como nos demais segmentos de condomínios, shoppings e indústrias, tem papel ainda mais fundamental em épocas de contaminação e pandemia, como estamos enfrentando no momento. Segundo Maria Helena Peraccini (1987). A limpeza nos tempos de COVID-19 é essencial em qualquer área, mas principalmente naquelas de alto contato. Temos que reforçar a higiene desses espaços com produtos que inativam o Coronavírus. O papel essencial da limpeza hospitalar A limpeza hospitalar remove a sujidade dos diversos ambientes e reduz o número de microrganismos existentes, preservando a população do local, sejam pacientes ou funcionários. “Um desses procedimentos mais importantes e que temos reforçado com a nossa equipe é aumentar o número de vezes em que as áreas de alto contato são limpas.  Nesse caso, trata-se de:  Maçanetas;  Interruptores de luz;  Corrimãos;  Grades de apoio;
  • 28. Cont…  Botões de elevadores internos e externos;  Torneiras;  Corta-papel higiênico,  Saboneteiras,  Papeleiras,  Bancadas. Tipos de limpeza hospitalar A higienização de hospitais conta com detalhes próprios e começa a partir de uma observação minuciosa. “Toda vez que alguém for higienizar uma área, é preciso observar se existe matéria orgânica naquele local, independentemente do ambiente. Isso se chama descontaminação, que é a primeira etapa”  Segundo Pereira GFM (1999). Os tipos de limpeza são:  Limpeza concorrente;  Limpeza terminal;  Limpeza imediata;
  • 29. Limpeza concorrente A limpeza concorrente é feita todo dia nas diversas áreas de um hospital. “Trata-se da higienização diária para manutenção dos diversos ambientes de uma instituição de saúde”, explica a diretora do Grupo Verzani. Faz parte da limpeza concorrente o cuidado com as áreas de alto contato, que falamos anteriormente. Limpeza terminal Ela é realizada de tempos em tempos para garantir a limpeza e conservação de acordo com a criticidade da área. É mais profunda e abrange toda a parte de teto, parede, piso e mobiliário. A limpeza terminal acontece todas as vezes em que ocorre a alta de um paciente ou quando ele sai do quarto. Também existe a terminal programada, que é realizada em outras áreas de acordo com a sua criticidade. Por exemplo, no centro cirúrgico, a cada sete dias. Em áreas semicríticas, a cada 15 dias e em uma área não crítica, a cada 30 dias.
  • 30. Cont… Limpeza imediata Significa a descontaminação, ou seja, é a limpeza realizada imediatamente após o derramamento de alguma secreção corpórea. Se o paciente chegou passando mal ou sangrando na porta do hospital, isso requer uma limpeza imediata dessa área para que as próximas etapas aconteçam. A limpeza também é feita de acordo com a criticidade dos ambientes: Locais não críticos: são aqueles não ocupados por pacientes e nos quais não é realizado nenhum procedimento de assistência. Por exemplo, recepção, salas de espera, áreas comuns e administrativas Locais semicríticos: quando o potencial de transmissão quase inexiste. São áreas ocupadas por pacientes, como quarto, leito, sala de inalação, etc; Locais críticos: são as áreas com muito potencial de transmitir infeções para as pessoas, tantos funcionários, médicos e enfermeiros. “Podem ser centros cirúrgicos ou mesmo as lavandeiras, quando o enxoval sujo é depositado.
  • 31. Os cuidados com produtos e como evitar erros na limpeza Ao buscar a terceirização para a limpeza hospitalar, é sempre importante contar com uma empresa prestadora de serviços que tenha experiência e know-how técnico para garantir que não exista nenhum tipo de falha. Esses erros, na verdade, são sempre cometidos por falhas humanas. Por isso a importância de uma equipe treinada e orientada que vá observar a presença de matéria orgânica no ambiente hospitalar e ter a técnica correta ou seja, limpar sempre de cima para baixo, do mais limpo para o mais sujo e do fundo para a porta. Há ainda mais dois pontos que garantem o sucesso da limpeza hospitalar: o uso correto dos equipamentos de proteção individual (EPIs) e as concentrações acertadas de cada produto utilizado. “É importantíssimo que os produtos sejam registrados na Anvisa.