O documento discute o que é o Iluminismo de acordo com Kant. Segundo Kant, o Iluminismo é a saída do homem da sua menoridade, ou seja, da incapacidade de pensar por si mesmo sem a orientação de outrem. Kant defende que cada homem deve ter a coragem de usar seu próprio entendimento e raciocinar livremente, desde que faça um uso público da razão. O uso privado da razão em certas funções pode ser restringido, mas nunca o uso público, que promove a ilustração.
Este documento apresenta o ensaio "Resposta à pergunta: Que é o Iluminismo?" de Immanuel Kant. Kant define Iluminismo como a saída do homem da sua menoridade e a coragem de usar o próprio entendimento sem a orientação de outrem. Ele argumenta que a liberdade de expressão e pensamento são essenciais para que o público se ilumine, e que o uso público da razão deve ser livre.
KANT, Imannuel- Resposta à pergunta: O que é iluminismoRomario Moreira
O documento é um resumo de um ensaio de Kant sobre o Iluminismo. Kant define Iluminismo como a saída do homem da sua menoridade, ou seja, a capacidade de pensar por si mesmo sem a orientação de outrem. Ele argumenta que a liberdade de expressão e uso público da razão são essenciais para a ilustração, mas o uso privado da razão pode ser restringido em certas funções sem impedir o progresso da ilustração. Kant também afirma que nenhuma instituição pode comprometer-se a um símbolo im
Sobre a expressão corrente: Isto é correcto na teoria, mas não vale nada na p...Romario Moreira
Kant discute a relação entre teoria e prática na moral em resposta a objeções de Garve. Ele defende que a teoria moral fornece a lei e o dever a priori, enquanto a prática depende da teoria. Embora a felicidade não seja o motivo da ação moral, o cumprimento do dever não exige renunciar à felicidade. A teoria moral oferece um guia seguro para os juízos práticos.
KANT, Imannuel. Que significa orientar-se no pensamentoRomario Moreira
O documento discute o conceito de "orientar-se no pensamento" segundo Kant. Kant argumenta que orientar-se no pensamento significa determinar juízos segundo um princípio subjetivo da razão, em vez de princípios objetivos, quando a razão se estende para além dos limites da experiência. Isso porque a razão sente uma necessidade interna de julgar, mesmo sem conhecimento completo. O princípio subjetivo é o sentimento da necessidade própria da razão.
KANT, Immanuel. Ideia de uma história universal com um propósito cosmopolitaRomario Moreira
1) Kant discute a ideia de que, embora as ações humanas sejam determinadas pela natureza, a história como um todo pode revelar um curso regular e o desenvolvimento gradual da humanidade.
2) Ele argumenta que as disposições naturais humanas, como a razão, só podem se desenvolver completamente na espécie humana ao longo de gerações, e não no indivíduo.
3) A natureza dotou o homem de razão e livre arbítrio para que ele desenvolva tudo por si mesmo através do esforço,
1. O autor discute as idéias de governo direto, legislação direta e governo simplificado propostas por outros pensadores como Rittinghausen, Considerant e Ledru-Rollin. Ele argumenta que essas idéias na verdade não superam o princípio do governo, apenas o reduzem ao absurdo.
2. A sociedade está progredindo para além da necessidade de qualquer forma de governo, seja ele direto ou indireto, devido ao avanço das idéias e complexidade dos interesses humanos.
3. Ao negar completamente o gover
1. O documento apresenta um livro sobre a transição do corpo-máquina para o corpo-informação e o horizonte pós-humano trazido pela biotecnologia.
2. Aborda temas como a governamentalização do corpo moderno e as novas possibilidades abertas pelas tecnologias para a modificação do corpo e da condição humana.
3. Analisa como a convergência da cibernética com a biologia molecular e as novas tecnologias de informação têm desfazendo a noção do que é ser
Este documento apresenta o ensaio "Resposta à pergunta: Que é o Iluminismo?" de Immanuel Kant. Kant define Iluminismo como a saída do homem da sua menoridade e a coragem de usar o próprio entendimento sem a orientação de outrem. Ele argumenta que a liberdade de expressão e pensamento são essenciais para que o público se ilumine, e que o uso público da razão deve ser livre.
KANT, Imannuel- Resposta à pergunta: O que é iluminismoRomario Moreira
O documento é um resumo de um ensaio de Kant sobre o Iluminismo. Kant define Iluminismo como a saída do homem da sua menoridade, ou seja, a capacidade de pensar por si mesmo sem a orientação de outrem. Ele argumenta que a liberdade de expressão e uso público da razão são essenciais para a ilustração, mas o uso privado da razão pode ser restringido em certas funções sem impedir o progresso da ilustração. Kant também afirma que nenhuma instituição pode comprometer-se a um símbolo im
Sobre a expressão corrente: Isto é correcto na teoria, mas não vale nada na p...Romario Moreira
Kant discute a relação entre teoria e prática na moral em resposta a objeções de Garve. Ele defende que a teoria moral fornece a lei e o dever a priori, enquanto a prática depende da teoria. Embora a felicidade não seja o motivo da ação moral, o cumprimento do dever não exige renunciar à felicidade. A teoria moral oferece um guia seguro para os juízos práticos.
KANT, Imannuel. Que significa orientar-se no pensamentoRomario Moreira
O documento discute o conceito de "orientar-se no pensamento" segundo Kant. Kant argumenta que orientar-se no pensamento significa determinar juízos segundo um princípio subjetivo da razão, em vez de princípios objetivos, quando a razão se estende para além dos limites da experiência. Isso porque a razão sente uma necessidade interna de julgar, mesmo sem conhecimento completo. O princípio subjetivo é o sentimento da necessidade própria da razão.
KANT, Immanuel. Ideia de uma história universal com um propósito cosmopolitaRomario Moreira
1) Kant discute a ideia de que, embora as ações humanas sejam determinadas pela natureza, a história como um todo pode revelar um curso regular e o desenvolvimento gradual da humanidade.
2) Ele argumenta que as disposições naturais humanas, como a razão, só podem se desenvolver completamente na espécie humana ao longo de gerações, e não no indivíduo.
3) A natureza dotou o homem de razão e livre arbítrio para que ele desenvolva tudo por si mesmo através do esforço,
1. O autor discute as idéias de governo direto, legislação direta e governo simplificado propostas por outros pensadores como Rittinghausen, Considerant e Ledru-Rollin. Ele argumenta que essas idéias na verdade não superam o princípio do governo, apenas o reduzem ao absurdo.
2. A sociedade está progredindo para além da necessidade de qualquer forma de governo, seja ele direto ou indireto, devido ao avanço das idéias e complexidade dos interesses humanos.
3. Ao negar completamente o gover
1. O documento apresenta um livro sobre a transição do corpo-máquina para o corpo-informação e o horizonte pós-humano trazido pela biotecnologia.
2. Aborda temas como a governamentalização do corpo moderno e as novas possibilidades abertas pelas tecnologias para a modificação do corpo e da condição humana.
3. Analisa como a convergência da cibernética com a biologia molecular e as novas tecnologias de informação têm desfazendo a noção do que é ser
08. Filosofia Para Crianças. Ano I, Nº 08 - Volume I - Porto Velho - Junho/2001.estevaofernandes
O documento discute a história da filosofia para crianças no Brasil desde a década de 1980, quando o programa foi introduzido no país. Ele descreve como o programa surgiu durante um período de abertura política após a ditadura militar e como seus promotores tiveram que superar resistências iniciais devido a desconfianças em relação a influências estrangeiras. O documento também explica os princípios e objetivos do programa de estimular habilidades de raciocínio e pensamento crítico em crianças.
1) O documento discute o mito da caverna de Platão e como ele ilustra a necessidade constante de buscar conhecimento através da educação.
2) A educação é vista como um processo de libertação, personalização e socialização que leva ao amadurecimento humano de forma qualitativa.
3) Os processos de socialização, personalização e libertação são analisados em detalhe como formas pelas quais a educação pode promover o desenvolvimento do indivíduo.
François hartog 02 08 tempo e patrimônioDany Pereira
O documento discute como a memória e o patrimônio refletem nossa relação com o tempo e como um novo "regime de historicidade" centrado no presente pode estar se formando. O autor argumenta que vivemos em um "presentismo" onde há uma amnésia do passado e uma vontade de não esquecer nada. Berlim é usada como exemplo de como lidar com o passado após grandes mudanças históricas.
1) O documento apresenta um livro de José Ortega y Gasset chamado "A Rebelião das Massas" que discute temas como individualismo, poder do Estado, história e modernidade.
2) O autor reconhece que algumas ideias podem ser extremamente provocativas, como suas visões sobre escravidão, guerra e feminismo.
3) Ortega y Gasset defende suas concepções com lógica, mas deixa espaço para que leitores repensem suas ideias à luz dos tempos atuais.
O documento discute a necessidade de uma ciência com consciência de si mesma e dos impactos sociais de seus avanços. Aborda como a especialização e o controle econômico da ciência levam à irresponsabilidade generalizada e como a razão fechada rejeita aspectos complexos da realidade. Defende um pensamento complexo que reconheça o irracional e dialogue com ele, ao invés de rejeitá-lo.
O documento discute a metáfora da modernidade líquida proposta por Zygmunt Bauman para descrever a sociedade contemporânea. A modernidade líquida é caracterizada pela fluidez, ausência de estruturas sólidas e incerteza em relação ao futuro. Bauman analisa como as relações humanas e a própria noção de identidade estão se tornando cada vez mais fluidas e passageiras nesta era.
1. O documento discute a educação após o Holocausto e como evitar sua repetição. Ele argumenta que a educação deve se concentrar em promover a auto-reflexão crítica e conscientização dos mecanismos psicológicos que tornam as pessoas capazes de cometer tais atrocidades.
2. Também defende que apelar para valores eternos ou esclarecer sobre as vítimas não é suficiente - é necessário entender os agressores e como suas características se formam desde a primeira infância.
3. Alertar para as for
Este documento apresenta um prefácio para o livro "Lições sobre Sartre" de Walter Matias Lima. O prefácio elogia o trabalho do autor e descreve brevemente alguns dos principais conceitos da filosofia de Jean-Paul Sartre abordados no livro, como liberdade, contingência, projeto e negação. O prefácio também encoraja o leitor a refletir criticamente sobre as ideias de Sartre e a fazer contrapontos com outros pensadores.
A rebelião das massas jose ortega y gasset livroMarcos Silvabh
I. O documento apresenta um livro de José Ortega y Gasset chamado "A Rebelião das Massas" e discute alguns de seus principais pontos e ideias controversas.
II. Ortega y Gasset argumenta que a linguagem tem limitações em transmitir totalmente os pensamentos de alguém e que é essencial considerar o emissor e receptor da mensagem.
III. A obra original data de 1926 e reflete as grandes transformações do século XX na Europa, especialmente o crescimento das massas urbanas, e discute temas como individualismo, história, gu
O documento apresenta uma biografia do autor José Ortega y Gasset e discute seu livro "A Rebelião das Massas". No prólogo, Ortega y Gasset reflete sobre como as ideias em livros podem se tornar ultrapassadas com o tempo e como a linguagem tem limitações para expressar pensamentos completamente. Ele também destaca a importância de se ter um leitor específico ao se comunicar através da escrita.
Este documento discute a noção de normalidade e os riscos de estabelecer padrões para julgar a humanidade. O autor argumenta que sentimentos como o amor podem levar a atos prejudiciais, enquanto aqueles sem sentimentos podem viver de forma pacífica. Ele também explora como figuras antissociais são retratadas de forma positiva na ficção.
O documento descreve o Iluminismo francês e seus principais pensadores Voltaire, Montesquieu e Diderot. Discutiu como o Renascimento e novos descobrimentos levaram ao questionamento dos sistemas tradicionais e ao surgimento do racionalismo. Também explicou como a desigualdade social e o absolutismo do rei na França inspiraram esses filósofos a promover mudanças através de suas ideias iluministas.
1) Latour critica as abordagens dicotômicas entre natureza e sociedade nos estudos da ciência, propondo uma fusão dos polos onde ambos se tornam mediadores na construção do conhecimento científico.
2) Ele defende uma "Constituição Não-Moderna" onde não há separação entre objetivo e subjetivo, e sim uma pluralidade de atores que constroem o conhecimento sem se enquadrarem nessas categorias.
3) Isso permite entender fenômenos científicos como híbridos socion
O documento discute os desafios da ciência moderna. A ciência trouxe avanços, mas também problemas como a fragmentação do conhecimento e o descolamento da ciência da realidade social. A ciência precisa se autoanalisar e promover a interdisciplinaridade para enfrentar esses problemas de forma ética.
O documento é um resumo de um ensaio de Kant sobre o Iluminismo. Kant define Iluminismo como a saída do homem da sua menoridade, ou seja, a capacidade de pensar por si mesmo sem a orientação de outrem. Ele argumenta que a liberdade de expressão e uso público da razão são essenciais para progredir a ilustração, embora o uso privado da razão deva às vezes ser restringido por motivos práticos. Kant também defende que nenhuma instituição pode restringir permanentemente a liberdade intelectual das g
1) Kant define Esclarecimento como a saída do homem de sua própria minoridade, ou seja, sua capacidade de pensar por si mesmo sem a tutela de outrem.
2) Ele argumenta que a preguiça e a covardia fazem com que muitos permaneçam em estado de minoridade, aceitando ter outros pensando por eles.
3) Kant defende a liberdade de expressão e uso público da razão como essenciais para o progresso do Esclarecimento na sociedade.
O documento apresenta três pontos principais:
1) Discute a obra e as questões fundamentais abordadas por Immanuel Kant em suas Críticas, notadamente sobre o que podemos saber, fazer, esperar e sobre o homem.
2) Apresenta brevemente a obra de Henry David Thoreau e como ele se aproxima de Kant ao defender a desobediência civil e a liberdade do indivíduo em relação às leis do Estado.
3) Explana sobre o texto de Kant "Resposta à pergunta: o que é o Esclarecimento?", no qual ele defende
O documento discute as ideias de Immanuel Kant sobre o esclarecimento. Kant acreditava que o homem precisava sair de um estado de "menoridade" e usar seu próprio entendimento, em vez de depender de outras pessoas. Ele incentivava as pessoas a "ousar saber" e cultivar a liberdade e autocontrole. Embora o progresso fosse difícil devido à preguiça e medo, Kant acreditava que uma "revolução de pensamento" traria mais benefícios do que uma mera troca de governo.
Errico Malatesta, Revolta e Ética anarquista - Nildo AvelinoBlackBlocRJ
Este documento discute a trajetória do anarquismo e as contribuições de suas principais figuras históricas como Proudhon, Bakunin, Kropotkin e Malatesta. O autor argumenta que o anarquismo evoluiu de um sentimento intuitivo da vida com Proudhon para uma sistematização com Kropotkin, perdendo seu elemento ético original, que foi recuperado por Malatesta ao fundamentar o anarquismo em bases éticas e políticas.
08. Filosofia Para Crianças. Ano I, Nº 08 - Volume I - Porto Velho - Junho/2001.estevaofernandes
O documento discute a história da filosofia para crianças no Brasil desde a década de 1980, quando o programa foi introduzido no país. Ele descreve como o programa surgiu durante um período de abertura política após a ditadura militar e como seus promotores tiveram que superar resistências iniciais devido a desconfianças em relação a influências estrangeiras. O documento também explica os princípios e objetivos do programa de estimular habilidades de raciocínio e pensamento crítico em crianças.
1) O documento discute o mito da caverna de Platão e como ele ilustra a necessidade constante de buscar conhecimento através da educação.
2) A educação é vista como um processo de libertação, personalização e socialização que leva ao amadurecimento humano de forma qualitativa.
3) Os processos de socialização, personalização e libertação são analisados em detalhe como formas pelas quais a educação pode promover o desenvolvimento do indivíduo.
François hartog 02 08 tempo e patrimônioDany Pereira
O documento discute como a memória e o patrimônio refletem nossa relação com o tempo e como um novo "regime de historicidade" centrado no presente pode estar se formando. O autor argumenta que vivemos em um "presentismo" onde há uma amnésia do passado e uma vontade de não esquecer nada. Berlim é usada como exemplo de como lidar com o passado após grandes mudanças históricas.
1) O documento apresenta um livro de José Ortega y Gasset chamado "A Rebelião das Massas" que discute temas como individualismo, poder do Estado, história e modernidade.
2) O autor reconhece que algumas ideias podem ser extremamente provocativas, como suas visões sobre escravidão, guerra e feminismo.
3) Ortega y Gasset defende suas concepções com lógica, mas deixa espaço para que leitores repensem suas ideias à luz dos tempos atuais.
O documento discute a necessidade de uma ciência com consciência de si mesma e dos impactos sociais de seus avanços. Aborda como a especialização e o controle econômico da ciência levam à irresponsabilidade generalizada e como a razão fechada rejeita aspectos complexos da realidade. Defende um pensamento complexo que reconheça o irracional e dialogue com ele, ao invés de rejeitá-lo.
O documento discute a metáfora da modernidade líquida proposta por Zygmunt Bauman para descrever a sociedade contemporânea. A modernidade líquida é caracterizada pela fluidez, ausência de estruturas sólidas e incerteza em relação ao futuro. Bauman analisa como as relações humanas e a própria noção de identidade estão se tornando cada vez mais fluidas e passageiras nesta era.
1. O documento discute a educação após o Holocausto e como evitar sua repetição. Ele argumenta que a educação deve se concentrar em promover a auto-reflexão crítica e conscientização dos mecanismos psicológicos que tornam as pessoas capazes de cometer tais atrocidades.
2. Também defende que apelar para valores eternos ou esclarecer sobre as vítimas não é suficiente - é necessário entender os agressores e como suas características se formam desde a primeira infância.
3. Alertar para as for
Este documento apresenta um prefácio para o livro "Lições sobre Sartre" de Walter Matias Lima. O prefácio elogia o trabalho do autor e descreve brevemente alguns dos principais conceitos da filosofia de Jean-Paul Sartre abordados no livro, como liberdade, contingência, projeto e negação. O prefácio também encoraja o leitor a refletir criticamente sobre as ideias de Sartre e a fazer contrapontos com outros pensadores.
A rebelião das massas jose ortega y gasset livroMarcos Silvabh
I. O documento apresenta um livro de José Ortega y Gasset chamado "A Rebelião das Massas" e discute alguns de seus principais pontos e ideias controversas.
II. Ortega y Gasset argumenta que a linguagem tem limitações em transmitir totalmente os pensamentos de alguém e que é essencial considerar o emissor e receptor da mensagem.
III. A obra original data de 1926 e reflete as grandes transformações do século XX na Europa, especialmente o crescimento das massas urbanas, e discute temas como individualismo, história, gu
O documento apresenta uma biografia do autor José Ortega y Gasset e discute seu livro "A Rebelião das Massas". No prólogo, Ortega y Gasset reflete sobre como as ideias em livros podem se tornar ultrapassadas com o tempo e como a linguagem tem limitações para expressar pensamentos completamente. Ele também destaca a importância de se ter um leitor específico ao se comunicar através da escrita.
Este documento discute a noção de normalidade e os riscos de estabelecer padrões para julgar a humanidade. O autor argumenta que sentimentos como o amor podem levar a atos prejudiciais, enquanto aqueles sem sentimentos podem viver de forma pacífica. Ele também explora como figuras antissociais são retratadas de forma positiva na ficção.
O documento descreve o Iluminismo francês e seus principais pensadores Voltaire, Montesquieu e Diderot. Discutiu como o Renascimento e novos descobrimentos levaram ao questionamento dos sistemas tradicionais e ao surgimento do racionalismo. Também explicou como a desigualdade social e o absolutismo do rei na França inspiraram esses filósofos a promover mudanças através de suas ideias iluministas.
1) Latour critica as abordagens dicotômicas entre natureza e sociedade nos estudos da ciência, propondo uma fusão dos polos onde ambos se tornam mediadores na construção do conhecimento científico.
2) Ele defende uma "Constituição Não-Moderna" onde não há separação entre objetivo e subjetivo, e sim uma pluralidade de atores que constroem o conhecimento sem se enquadrarem nessas categorias.
3) Isso permite entender fenômenos científicos como híbridos socion
O documento discute os desafios da ciência moderna. A ciência trouxe avanços, mas também problemas como a fragmentação do conhecimento e o descolamento da ciência da realidade social. A ciência precisa se autoanalisar e promover a interdisciplinaridade para enfrentar esses problemas de forma ética.
O documento é um resumo de um ensaio de Kant sobre o Iluminismo. Kant define Iluminismo como a saída do homem da sua menoridade, ou seja, a capacidade de pensar por si mesmo sem a orientação de outrem. Ele argumenta que a liberdade de expressão e uso público da razão são essenciais para progredir a ilustração, embora o uso privado da razão deva às vezes ser restringido por motivos práticos. Kant também defende que nenhuma instituição pode restringir permanentemente a liberdade intelectual das g
1) Kant define Esclarecimento como a saída do homem de sua própria minoridade, ou seja, sua capacidade de pensar por si mesmo sem a tutela de outrem.
2) Ele argumenta que a preguiça e a covardia fazem com que muitos permaneçam em estado de minoridade, aceitando ter outros pensando por eles.
3) Kant defende a liberdade de expressão e uso público da razão como essenciais para o progresso do Esclarecimento na sociedade.
O documento apresenta três pontos principais:
1) Discute a obra e as questões fundamentais abordadas por Immanuel Kant em suas Críticas, notadamente sobre o que podemos saber, fazer, esperar e sobre o homem.
2) Apresenta brevemente a obra de Henry David Thoreau e como ele se aproxima de Kant ao defender a desobediência civil e a liberdade do indivíduo em relação às leis do Estado.
3) Explana sobre o texto de Kant "Resposta à pergunta: o que é o Esclarecimento?", no qual ele defende
O documento discute as ideias de Immanuel Kant sobre o esclarecimento. Kant acreditava que o homem precisava sair de um estado de "menoridade" e usar seu próprio entendimento, em vez de depender de outras pessoas. Ele incentivava as pessoas a "ousar saber" e cultivar a liberdade e autocontrole. Embora o progresso fosse difícil devido à preguiça e medo, Kant acreditava que uma "revolução de pensamento" traria mais benefícios do que uma mera troca de governo.
Errico Malatesta, Revolta e Ética anarquista - Nildo AvelinoBlackBlocRJ
Este documento discute a trajetória do anarquismo e as contribuições de suas principais figuras históricas como Proudhon, Bakunin, Kropotkin e Malatesta. O autor argumenta que o anarquismo evoluiu de um sentimento intuitivo da vida com Proudhon para uma sistematização com Kropotkin, perdendo seu elemento ético original, que foi recuperado por Malatesta ao fundamentar o anarquismo em bases éticas e políticas.
CLASTRES, Pierre. Arqueologia da Violência.pdfVIEIRA RESENDE
Este documento é um prefácio para o livro "Arqueologia da violência: pesquisas de antropologia política" de Pierre Clastres. O prefácio descreve o itinerário intelectual de Clastres, começando com sua formação em filosofia e entrada na etnologia influenciado por Lévi-Strauss. Clastres questionou visões dominantes da época sobre sociedades primitivas e poder, abrindo caminho para novas reflexões sobre tempo, história e política. Seu trabalho evoluiu da etnografia para uma crítica da antropologia
1. O documento discute o Iluminismo, um movimento intelectual do século XVIII que promoveu a razão, a liberdade de expressão e o pensamento crítico.
2. O Iluminismo surgiu no "Século das Luzes" e defendia que os seres humanos deveriam usar a razão, em vez da tradição ou religião, para entender o mundo.
3. As características do Iluminismo incluem a confiança na razão, a recusa da tradição e a defesa dos direitos naturais como igual
Artigo Popper_vida do autor_textos centraisLusFrancisco9
1) O documento discute as ideias de Karl Popper sobre a sociedade aberta versus sociedade fechada, onde a primeira valoriza a liberdade crítica e questionamento das leis e a segunda vê as leis como inquestionáveis.
2) Popper via a transição da sociedade fechada para a aberta como um processo iniciado na Grécia Antiga que ainda não terminou, devido à tentação de regressar à não-crítica.
3) O documento fornece um breve resumo da vida e obra de Popper, incluindo suas críticas
O documento discute a desobediência como forma de resistir a sistemas hierárquicos e promover a construção de redes. Ele encoraja a desobedecer a ensinadores, codificadores, aprisionadores de corpos, construtores de pirâmides, fabricantes de guerras e condutores de rebanhos. A desobediência é vista como forma de aprender livremente, pensar com autonomia e evitar ser manipulado ou controlado por outros.
O documento discute a propriedade e afirma que ela é um roubo. O autor argumenta que nem o trabalho, a ocupação ou a lei podem criar propriedade de forma legítima, já que ela é um direito natural do homem. Ele também critica a noção de comunidade, afirmando que ela viola a autonomia individual e a igualdade.
O documento discute três temas principais:
1) A liberdade e como a ignorância e falta de conhecimento podem reduzir a liberdade interior de um indivíduo.
2) O pudor e como a exposição indevida da intimidade e a exposição prematura de crianças a cenas impróprias podem comprometer a felicidade e o desenvolvimento moral.
3) A importância da estabilidade social e jurídica e como leis duradouras e decisões judiciais consistentes podem promover a paz social.
1. O documento discute a educação após o Holocausto e como evitar sua repetição. Ele argumenta que a educação deve focar na auto-reflexão crítica para desmascarar os mecanismos psicológicos que levam ao genocídio e impedir que as pessoas se tornem capazes de cometer tais atos novamente.
2. Também discute que apesar da aparência de integração da sociedade, há tendências desagregadoras que enfraquecem a identidade e capacidade de resistência dos indivíduos, tornando-
O documento discute a percepção atual da filosofia no mundo. A filosofia é respeitada por tradição, mas desprezada no fundo e vista como inútil. Muitos a veem como algo complexo demais ou fora de seu alcance. A filosofia é perigosa pois pode levar alguém a mudar de vida. Ela também é atacada por aqueles que querem substituí-la.
O documento discute a importância da educação para prevenir outro evento como o Holocausto. Adorno argumenta que (1) a educação deve focar em prevenir a repetição de Auschwitz, (2) é necessário entender os mecanismos psicológicos que tornam as pessoas capazes de cometer tais atrocidades, e (3) a educação deve focar na primeira infância e criar um clima que torne os motivos para o horror conscientes.
1) O documento é um livro escrito por Pierre Clastres que estuda a violência nas sociedades primitivas através de uma perspectiva antropológica e política.
2) O livro contém 11 capítulos que discutem tópicos como mitos, ritos, poder, economia e guerra em sociedades indígenas da América do Sul.
3) O autor argumenta que essas sociedades desenvolveram mecanismos para impedir a emergência de uma figura de poder centralizada e manter a liberdade coletiva
1) O documento discute a presença da ideologia nos Estados, não apenas de forma explícita, mas também de forma oculta e dissimulada.
2) A ideologia está presente em todos os Estados através das opções constitucionais e legais que impõem determinadas ideologias dominantes.
3) Embora alguns Estados assumam explicitamente uma ideologia de Estado totalitária, a maioria impõe ideologias de forma mais sutil através das estruturas e instituições derivadas das leis.
Sócrates nasceu em Atenas em 470 a.C. e morreu em 399 a.C., condenado por "impiedade". Ele acreditava ter uma missão divina de ensinar os homens a cuidar de suas almas por meio do diálogo e questionamento. Sua filosofia enfatizava a psiché (alma) como a essência do homem e usava métodos como a ironia e a maiêutica para levar as pessoas a um autoconhecimento.
Semelhante a Kant resposta-o-que-e-o-iluminismo anexo ziller (20)
Sistema de Bibliotecas UCS - Chronica do emperador Clarimundo, donde os reis ...Biblioteca UCS
A biblioteca abriga, em seu acervo de coleções especiais o terceiro volume da obra editada em Lisboa, em 1843. Sua exibe
detalhes dourados e vermelhos. A obra narra um romance de cavalaria, relatando a
vida e façanhas do cavaleiro Clarimundo,
que se torna Rei da Hungria e Imperador
de Constantinopla.
3. i
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Apresentação
O opúsculo de I. Kant Resposta à pergunta: Que é o iluminismo? (1784)
é, como se sabe, um texto clássico. Por razões várias.
- É um dos manifestos mais ‘interessantes’ da Ilustração europeia. Como
tal, figura não só como um dos mais contundentes apelos ao exercício autó-
nomo da razão, à liberdade de pensamento, mas constitui ainda uma expressão
sintomática de um momento fundamental na estruturação da consciência mo-
derna, com o seu afâ de novidade, de expansão e conquista do mundo e da
natureza, de destruição da ordem estática das sociedades, mas também com o
seu desprezo da tradição, com a vertigem do solipsismo.
- É, por outro lado, um texto-alvo no recente debate sobre o projecto da
modernidade e a reacção pós-moderna (assim na obra de M. Foucault e de J.
Habermas, entre outros).
- Propõe ainda, de certo modo, um ideal imperativo e inatingível – pre-
cisamente a consecução da genuína e plena ilustração intelectual – e disso
Kant parece dar-se conta no final do ensaio, embora permaneça, contra o que
promove, enredado nos preconceitos da sua época, a saber, uma versão algo
abstracta da razão arrancada ao húmus da história, encarada sem os nexos re-
lacionais que ligam os seres humanos no seu destino; a inatenção ao papel
quase transcendental da linguagem na estruturação do pensamento; a falta de
consideração do vínculo entre razão e autoridade (nas suas múltiplas formas),
além da pedante convicção de que as idades anteriores aos tempos modernos
mergulhavam na ‘menoridade culpada’.
Estas observações, e muitas outras que se poderiam aduzir, não serão um
obstáculo para apreciar a luminosidade deste opúsculo, merecidamente fa-
moso; mesmo apesar dos seus limites, encerra ainda uma exigência moral de
auto-iluminação, que nunca é bastante.
Artur Morão
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[A481] Resposta à pergunta: “Que é o
Iluminismo?”
(1784)
(3 Dez., 1783, p. 516)∗
I. KANT
lluminismo é a saída do homem da sua menoridade de que ele próprio é
culpado. A menoridade é a incapacidade de se servir do entendimento sem
a orientação de outrem. Tal menoridade é por culpa própria, se a sua causa
não residir na carência de entendimento, mas na falta de decisão e de coragem
em se servir de si mesmo, sem a guia de outrem. Sapere aude! Tem a cora-
gem de te servires do teu próprio entendimento! Eis a palavra de ordem do
Iluminismo.
A preguiça e a cobardia são as causas de os homens em tão grande parte,
após a natureza os ter há muito libertado do controlo alheio (naturaliter mai-
orennes),[482] continuarem, todavia, de bom grado menores durante toda a
vida; e também de a outros se tornar tão fácil assumir-se como seus tutores. É
tão cómodo ser menor. Se eu tiver um livro que tem entendimento por mim,
um director espiritual que em vez de mim tem consciência moral, um mé-
dico que por mim decide da dieta, etc., então não preciso de eu próprio me
esforçar. Não me é forçoso pensar, quando posso simplesmente pagar; ou-
tros empreenderão por mim essa tarefa aborrecida. Porque a imensa maioria
dos homens (inclusive todo o belo sexo) considera a passagem à maioridade
difícil e também muito perigosa é que os tutores de bom grado tomaram a
seu cargo a superintendência deles. Depois de terem, primeiro, embrutecido
∗
A indicação da página da “Berlinische Monatsschrift” refere-se à seguinte nota na frase:
“Será aconselhável ratificar posteriormente o vínculo conjugal por meio da religião?” do Sr.
Preg. Zöllner: “Que é o Iluminismo?” Esta pergunta, quase tão importante como esta “Que é
a Verdade?”, deveria receber uma resposta antes de se começar a esclarecer! E, no entanto, em
nenhum lugar a vi ainda respondida”.
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2 I. KANT
os seus animais domésticos e evitado cuidadosamente que estas criaturas pa-
cíficas ousassem dar um passo para fora da carroça em que as encerraram,
mostram-lhes em seguida o perigo que as ameaça, se tentarem andar sozi-
nhas. Ora, este perigo não é assim tão grande, pois acabariam por aprender
muito bem a andar. Só que um tal exemplo intimida e, em geral, gera pavor
perante todas as tentativas ulteriores.
É, pois, difícil a cada homem desprender-se da menoridade que para ele
se tomou [483] quase uma natureza. Até lhe ganhou amor e é por agora re-
almente incapaz de se servir do seu próprio entendimento, porque nunca se
lhe permitiu fazer semelhante tentativa. Preceitos e fórmulas, instrumentos
mecânicos do uso racional, ou antes, do mau uso dos seus dons naturais são
os grilhões de uma menoridade perpétua. Mesmo quem deles se soltasse só
daria um salto inseguro sobre o mais pequeno fosso, porque não está habitu-
ado ao movimento livre. São, pois, muito poucos apenas os que conseguiram
mediante a transformação do seu espírito arrancar-se à menoridade e encetar
então um andamento seguro.
Mas é perfeitamente possível que um público a si mesmo se esclareça.
Mais ainda, é quase inevitável, se para tal lhe for concedida a liberdade. Sem-
pre haverá, de facto, alguns que pensam por si, mesmo entre os tutores estabe-
lecidos da grande massa que, após terem arrojado de si o jugo da menoridade,
espalharão à sua volta o espírito de uma estimativa racional do próprio valor e
da vocação de cada homem para pensar por si mesmo. Importante aqui é que
o público, antes por eles sujeito a este jugo, os obriga doravante a permanecer
sob ele quando por alguns dos seus tutores, pessoalmente incapazes de qual-
quer ilustração, é a isso [484] incitado. Semear preconceitos é muito danoso,
porque acabam por se vingar dos que pessoalmente, ou os seus predecessores,
foram os seus autores. Por conseguinte, um público só muito lentamente con-
segue chegar à ilustração. Por meio de uma revolução talvez se possa levar a
cabo a queda do despotismo pessoal e da opressão gananciosa ou dominadora,
mas nunca uma verdadeira reforma do modo de pensar. Novos preconceitos,
justamente como os antigos, servirão de rédeas à grande massa destituída de
pensamento.
Mas, para esta ilustração, nada mais se exige do que a liberdade; e, claro
está, a mais inofensiva entre tudo o que se pode chamar liberdade, a saber, a
de fazer um uso público da sua razão em todos os elementos. Agora, porém,
de todos os lados ouço gritar: não raciocines! Diz o oficial: não raciocines,
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Resposta à pergunta: “Que é o Iluminismo?” 3
mas faz exercícios! Diz o funcionário de Finanças: não raciocines, paga! E
o clérigo: não raciocines, acredita! (Apenas um único senhor no mundo diz:
raciocinai tanto quanto quiserdes e sobre o que quiserdes, mas obedecei!) Por
toda a parte se depara com a restrição da liberdade. Mas qual é a restrição que
se opõe ao Iluminismo? Qual a restrição que o não impede, antes o fomenta?
Respondo: o uso público da própria razão deve sempre ser livre e só ele pode,
entre os homens, levar a cabo a ilustração [485]; mas o uso privado da razão
pode, muitas vezes, coarctar-se fortemente sem que, no entanto, se entrave as-
sim notavelmente o progresso da ilustração. Por uso público da própria razão
entendo aquele que qualquer um, enquanto erudito, dela faz perante o grande
público do mundo letrado. Chamo uso privado àquele que alguém pode fa-
zer da sua razão num certo cargo público ou função a ele confiado. Ora, em
muitos assuntos que têm a ver com o interesse da comunidade, é necessário
um certo mecanismo em virtude do qual alguns membros da comunidade se
comportarão de um modo puramente passivo com o propósito de, mediante
uma unanimidade artificial, serem orientados pelo governo para fins públicos
ou de, pelo menos, serem impedidos de destruir tais fins. Neste caso, não
é decerto permitido raciocinar, mas tem de se obedecer. Na medida, porém,
em que esta parte da máquina se considera também como elemento de uma
comunidade total, e até da sociedade civil mundial, portanto, na qualidade de
um erudito que se dirige por escrito a um público em entendimento genuíno,
pode certamente raciocinar sem que assim sofram qualquer dano os negó-
cios a que, em parte, como membro passivo, se encontra sujeito. Seria, pois,
muito pernicioso se um oficial, a quem o seu superior ordenou algo, quisesse
em serviço sofismar em voz alta [486] acerca da inconveniência ou utilidade
dessa ordem; tem de obedecer, mas não se lhe pode impedir de um modo
justo, enquanto perito, fazer observações sobre os erros do serviço militar e
expô-las ao seu público para que as julgue. O cidadão não pode recusar-se a
pagar os impostos que lhe são exigidos; e uma censura impertinente de tais
obrigações, se por ele devem ser cumpridas, pode mesmo punir-se como um
escândalo (que poderia causar uma insubordinação geral). Mas, apesar disso,
não age contra o dever de um cidadão se, como erudito, ele expuser as suas
ideias contra a inconveniência ou também a injustiça de tais prescrições. Do
mesmo modo, um clérigo está obrigado a ensinar os instruendos de catecismo
e a sua comunidade em conformidade com o símbolo da Igreja, a cujo ser-
viço se encontra, pois ele foi admitido com esta condição. Mas, como erudito,
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tem plena liberdade e até a missão de participar ao público todos os seus pen-
samentos cuidadosamente examinados e bem-intencionados sobre o que de
erróneo há naquele símbolo, e as propostas para uma melhor regulamentação
das matérias que respeitam à religião e à Igreja. Nada aqui existe que possa
constituir um peso na consciência. Com efeito, o que ele ensina em virtude da
sua função, como ministro da Igreja, expõe-no como algo em relação [487]
ao qual não tem o livre poder de ensinar segundo a sua opinião própria, mas
está obrigado a expor segundo a prescrição e em nome de outrem. Dirá: a
nossa Igreja ensina isto ou aquilo; são estes os argumentos comprovativos de
que ela se serve. Em seguida, ele extrai toda a utilidade prática para a sua co-
munidade de preceitos que ele próprio não subscreveria com plena convicção,
mas a cuja exposição se pode, no entanto, comprometer, porque não é de todo
impossível que neles resida alguma verdade oculta. De qualquer modo, po-
rém, não deve neles haver coisa alguma que se oponha à religião interior, pois
se julgasse encontrar aí semelhante contradição, então não poderia em cons-
ciência desempenhar o seu ministério; teria de renunciar. Por conseguinte, o
uso que um professor contratado faz da sua razão perante a sua comunidade é
apenas um uso privado, porque ela, por maior que seja, é sempre apenas uma
assembleia doméstica; e no tocante a tal uso, ele como sacerdote não é livre
e também o não pode ser, porque exerce uma incumbência alheia. Em con-
trapartida, como erudito que, mediante escritos, fala a um público genuíno,
a saber, ao mundo, por conseguinte, o clérigo, no uso público da sua razão,
goza de uma liberdade ilimitada de se servir da própria razão e de falar em seu
nome próprio. É, de facto, um absurdo, que leva à perpetuação dos absurdos,
que os tutores do povo [488] (em coisas espirituais) tenham de ser, por sua
vez, menores.
Mas não deveria uma sociedade de clérigos, por exemplo, uma assembleia
eclesiástica ou uma venerável classis (como a si mesma se denomina entre os
Holandeses) estar autorizada sob juramento a comprometer-se entre si com
um certo símbolo imutável para assim se instituir uma interminável supertu-
tela sobre cada um dos seus membros e, por meio deles, sobre o povo, e deste
modo a eternizar? Digo: isso é de todo impossível. Semelhante contrato, que
decidiria excluir para sempre toda a ulterior ilustração do género humano, é
absolutamente nulo e sem validade, mesmo que fosse confirmado pela auto-
ridade suprema por parlamentos e pelos mais solenes tratados de paz. Uma
época não se pode coligar e conjurar para colocar a seguinte num estado em
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Resposta à pergunta: “Que é o Iluminismo?” 5
que se tornará impossível a ampliação dos seus conhecimentos (sobretudo os
mais urgentes), a purificação dos erros e, em geral, o avanço progressivo na
ilustração. Isso seria um crime contra a natureza humana, cuja determinação
original consiste justamente neste avanço. E os vindouros têm toda a legiti-
midade para recusar essas resoluções decretadas de um modo incompetente
e criminoso. A pedra de toque [489] de tudo o que se pode decretar como
lei sobre um povo reside na pergunta: poderia um povo impor a si próprio
essa lei? Seria decerto possível, na expectativa, por assim dizer, de uma lei
melhor, por um determinado e curto prazo, para introduzir uma certa ordem.
Ao mesmo tempo, facultar-se-ia a cada cidadão, em especial ao clérigo, na
qualidade de erudito, fazer publicamente, isto é, por escritos, as suas observa-
ções sobre o que há de erróneo nas instituições anteriores; entretanto, a ordem
introduzida continuaria em vigência até que o discernimento da natureza de
tais coisas se tivesse de tal modo difundido e testado publicamente que os ci-
dadãos, unindo as suas vozes (embora não todas), poderiam apresentar a sua
proposta diante do trono a fim de protegerem as comunidades que, de acordo
com o seu conceito do melhor discernimento, se teriam coadunado numa or-
ganização religiosa modificada, sem todavia impedir os que quisessem ater-se
à antiga. Mas é de todo interdito coadunar-se numa constituição religiosa per-
tinaz, por ninguém posta publicamente em dúvida, mesmo só durante o tempo
de vida de um homem e deste modo aniquilar, por assim dizer, um período de
tempo no progresso da humanidade para o melhor e torná-lo infecundo e pre-
judicial para a posteridade. Um homem, para a sua pessoa, [490] e mesmo
então só por algum tempo, pode, no que lhe incumbe saber, adiar a ilustração;
mas renunciar a ela, quer seja para si, quer ainda mais para a descendência,
significa lesar e calcar aos pés o sagrado direito da humanidade. O que não
é lícito a um povo decidir em relação a si mesmo menos o pode ainda um
monarca decidir sobre o povo, pois a sua autoridade legislativa assenta pre-
cisamente no facto de na sua vontade unificar a vontade conjunta do povo.
Quando ele vê que toda a melhoria verdadeira ou presumida coincide com a
ordem civil, pode então permitir que em tudo o mais os seus súbditos façam
por si mesmos o que julguem necessário fazer para a salvação da sua alma.
Não é isso que lhe importa, mas compete-lhe obstar a que alguém impeça à
força outrem de trabalhar segundo toda a sua capacidade na determinação e
fomento da mesma. Constitui até um dano para a sua majestade imiscuir-se
em tais assuntos,ao honrar com a inspecção do seu governo os escritos em que
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os seus súbditos procuram clarificar as suas ideias, quer quando ele faz isso
a partir do seu discernimento superior, pelo que se sujeita à censura ‘Caesar
non est supra grammaticos’ 1 quer também, e ainda mais, quando rebaixa o
seu poder supremo a ponto de, no seu Estado, apoiar o despotismo espiritual
de alguns tiranos [491] contra os demais súbditos.
Se, pois, se fizer a pergunta – Vivemos nós agora numa época esclarecida?
– a resposta é: não. Mas vivemos numa época do Iluminismo. Falta ainda
muito para que os homens tomados em conjunto, da maneira como as coisas
agora estão, se encontrem já numa situação ou nela se possam apenas vir a pôr
de, em matéria de religião, se servirem bem e com segurança do seu próprio
entendimento, sem a orientação de outrem. Temos apenas claros indícios de
que se lhes abre agora o campo em que podem actuar livremente, e diminuem
pouco a pouco os obstáculos à ilustração geral ou à saída dos homens da
menoridade de que são culpados. Assim considerada, esta época é a época
do Iluminismo, ou o século de Frederico.
Um príncipe que não acha indigno de si dizer que tem por dever nada
prescrever aos homens em matéria de religião, mas deixar-lhes aí a plena li-
berdade, que, por conseguinte, recusa o arrogante nome de tolerância, é efec-
tivamente esclarecido e merece ser encomiado pelo mundo grato e pela poste-
ridade como aquele que, pela primeira vez, libertou o género humano da me-
noridade, pelo menos por parte do governo, e concedeu a cada qual a liberdade
de se [492] servir da própria razão em tudo o que é assunto da consciência.
Sob o seu auspício, clérigos veneráveis podem, sem prejuízo do seu dever mi-
nisterial e na qualidade de eruditos, expor livre e publicamente ao mundo para
que este examine os seus juízos e as suas ideias que, aqui ou além, se afastam
do símbolo admitido; mas, mais permitido é ainda a quem não está limitado
por nenhum dever de ofício. Este espírito de liberdade difunde-se também no
exterior, mesmo onde entra em conflito com obstáculos externos de um go-
verno que a si mesmo se compreende mal. Com efeito, perante tal governo
brilha um exemplo de que, no seio da liberdade, não há o mínimo a recear pela
ordem pública e pela unidade da comunidade. Os homens libertam-se pouco
a pouco da brutalidade, quando de nenhum modo se procura, de propósito,
conservá-los nela.
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“César não está acima dos gramáticos.”
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Resposta à pergunta: “Que é o Iluminismo?” 7
Apresentei o ponto central do Iluminismo, a saída do homem da sua me-
noridade culpada, sobretudo nas coisas de religião, porque em relação às artes
e às ciências os nossos governantes não têm interesse algum em exercer a tu-
tela sobre os seus súbditos; por outro lado, a tutela religiosa, além de ser mais
prejudicial, é também a mais desonrosa de todas. Mas o modo de pensar de
um chefe de Estado, que favorece a primeira, vai ainda mais além e discerne
que mesmo no tocante à sua legislação [493] não há perigo em permitir aos
seus súbditos fazer uso público da sua própria razão e expor publicamente
ao mundo as suas ideias sobre a sua melhor formulação, inclusive por meio
de uma ousada crítica da legislação que já existe; um exemplo brilhante que
temos é que nenhum monarca superou aquele que admiramos.
Mas também só aquele que, já esclarecido, não receia as sombras e que,
ao mesmo tempo, dispõe de um exército bem disciplinado e numeroso para
garantir a ordem pública – pode dizer o que a um Estado livre não é permi-
tido ousar: raciocinai tanto quanto quiserdes e sobre o que quiserdes; mas
obedecei! Revela-se aqui um estranho e não esperado curso das coisas hu-
manas; como, aliás, quando ele se considera em conjunto, quase tudo nele é
paradoxal. Um grau maior da liberdade civil afigura-se vantajosa para a liber-
dade do espírito do povo e, no entanto, estabelece-lhe limites intransponíveis;
um grau menor cria-lhe, pelo contrário, o espaço para ela se alargar segundo
toda a sua capacidade. Se a natureza, sob este duro invólucro, desenvolveu
o germe de que delicadamente cuida, a saber, a tendência e a vocação para
o pensamento livre, então ela actua também gradualmente sobre o modo do
sentir do povo (pelo que este se tornará cada vez mais [494] capaz de agir
segundo a liberdade) e, por fim, até mesmo sobre os princípios do governo
que acha salutar para si próprio tratar o homem, que agora é mais do que uma
máquina, segundo a sua dignidade2
Königsberg na Prússia, 30 de Setembro de 1784.
I. Kant
2
Na publicação semanal Notícias de Büsching de 13 de Setembro, leio hoje, dia 30 do
mesmo mês, o anúncio da “Berlinische Monatsschrift” deste mês, onde se inseriu a resposta do
senhor Mendelssohn à mesma pergunta. Esta ainda não me chegou às mãos; de outro modo,
teria retido a presente resposta que, agora, apenas se pode encontrar aqui como tentativa de
mostrar até que ponto o acaso originou uma coincidência dos pensamentos.
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8 I. KANT
[Nota do Tradutor]
O número entre parêntesis recto indica a página da edição alemã. O texto
original pode encontrar-se nos electro-sítios seguintes:
– http://www2.fh-augsburg.de/ Harsch/germanica/Chronologie/18Jh/Kant/kan_aufk.html
– http://gutenberg.spiegel.de/?id=5&xid=1366&kapitel=1
– http://wings.buffalo.edu/litgloss/kant/text.shtml
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