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Quinta-Feira10deDezembrode2015-Ediçãonº2098
Quinta-Feira, 10 de Dezembro de 2015- Edição nº2098
1
Dhlakama rompe silêncio e diz que vai tomar
poder no centro e norte de Moçambique
O líder da oposição moçambica-
na, Afonso Dhlakama, que esta-
va há quase dois meses em si-
lêncio, disse que vai sair depois
da quadra de Natal do lugar
desconhecido onde se encontra
e governar o centro e norte do
país.
O presidente da Renamo (Resis-
tência Nacional Moçambicana)
realizou um discurso por telefo-
ne durante uma reunião da Liga
da Juventude do seu partido
realizada em Maputo no dia 30
de Novembro, e cuja gravação
foi difundida na imprensa mo-
çambicana e redes sociais."Não
vamos fazer a guerra, eu prome-
to, vamos passar bem as festas
da quadra de Natal e a seguir
vamos tomar posse", disse Afon-
so Dhlakama, referindo-se à ini-
ciativa do seu partido de gover-
nar nos círculos onde reclama
vitória eleitoral, no centro e nor-
te do país, através de um modelo
de autarquias provinciais já re-
jeitado pela maioria da Frelimo
(Frente de Libertação de Mo-
çambique) no parlamento.
No seu discurso de pouco mais de
sete minutos, o líder da Renamo
referiu-se justamente ao projec-
to de revisão pontual da Consti-
tuição, para acomodar as autar-
quias provinciais, e que naquele
30 de Novembro recebeu parecer
negativo das comissões especia-
lizadas do parlamento e foi for-
malmente chumbado em sessão
plenária na segunda-feira.
Apesar disso, Dhlakama disse
que não vai recuar e que o seu
partido tomará posse nas seis
províncias que reivindica, como
forma de ultrapassar o que ale-
ga ter sido uma fraude nas elei-
ções gerais de 15 de Outubro de
Frelimo.
"Se for preciso vamos tomar Ma-
puto também", ameaçou, numa
referência à capital do país e
fora da lista de territórios que o
partido ambiciona governar.
Passam hoje dois meses desde
que o líder da Renamo não é
visto em público, após as forças
de defesa e segurança cercarem
a sua residência na Beira, a 09
de Outubro, numa operação de
recolha de armas em posse da
guarda de Dhlakama.
Na mensagem à reunião da Liga
da Juventude, o líder da oposi-
-
-
do silêncio.
"Estou a preparar-me para obri-
gar o Governo da Frelimo a cair
de uma vez por todas", declarou
Dhlakama, voltando a apelar
para o respeito do Acordo Geral
da guerra civil em Moçambique,
alegando que "se o Acordo de
Roma está caducado, a democra-
cia está caducada".
Insistindo que não deseja a
guerra, o líder do maior partido
de oposição disse que o seu par-
tido vai tomar o poder nas pro-
víncias do centro e norte "sem
derramamento de sangue", mas
aconselhou as autoridades a não
responderem ou "vão receber
porrada" e que, se puserem blin-
dados nas ruas, "a Renamo vai
destruir tudo".
Nenhuma informação sobre
o paradeiro de Dhlakama foi
partido, que garante que seu lí-
der "está muito bem de saúde e
tem trabalhado para o enrique-
cimento da democracia no país".
Entretanto o gabinete do líder
da Renamo disse que está a ser
preparada uma conferência de
imprensa de Dhlakama para
breve, mas não é a primeira vez
que este propósito é anunciado
e sem concretização até ao mo-
mento.
A operação policial na Beira
ocorreu um dia depois de o líder
da oposição ter reaparecido na
duas semanas em parte incerta,
na sequência de dois incidentes
na província de Manica envol-
vendo a sua comitiva em Chiba-
ta (12 de Setembro) e Zimpinga
(25 de Setembro), onde as au-
toridades dizem ter morrido 25
homens da Renamo.
Após o cerco da Beira, as forças
de defesa e segurança iniciaram
uma operação de recolha coerci-
va de armas em posse da Rena-
mo, que acabou em confrontos
em algumas regiões do país,
mas entretanto suspensa pelo
Presidente moçambicano, Filipe
Nyusi, para dar espaço ao diá-
logo.
Afonso Dhlakama esteve igual-
mente em parte incerta duran-
te 17 meses, depois de as forças
estatais tomarem de assalto a
base de Sadjundjira (Gorongosa)
e o desalojarem a 21 de Outubro
de 2013, tendo reaparecido para
a assinatura do Acordo de Ces-
sação de Hostilidades Militares,
a 05 de Setembro de 2014, com
o Presidente cessante, Armando
Guebuza. (Agência)
A diminuição dos níveis de
corrupção é necessária para
o aumento dos recursos dis-
poníveis para os serviços
básicos no geral e em parti-
cular no sector da saúde.
Quinta-Feira10deDezembrode2015-Ediçãonº2098
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Governo diz que abrandamento da economia chinesa
e indiana irá afectar a economia moçambicana
Egipto pretende estabelecer câmara de comércio
com Moçambique
O ministro da Economia e Finan-
-
tem na Assembleia da República
(AR), em Maputo, que a econo-
mia moçambicana será afetada
pelo abrandamento na China e
estagnação da economia india-
na, que vão retrair a procura das
matérias-primas.
"Para 2016, a atividade econó-
mica e social no nosso país será
-
nos associados às perspetivas de
crescimento económico mundial
de que somos parte", assinalou
Adriano Maleiane, durante a
apresentação do Plano Económi-
co e Social (PES) e do Orçamento
do Estado (OE) de 2016.
Nesse sentido, o país será afeta-
do pela desaceleração da econo-
mia mundial, abrandamento da
economia chinesa e pela estagna-
ção na Índia, o que irá reduzir a
procura dos principais produtos
principalmente o gás, enfatizou
o ministro da Economia e Finan-
ças.
O PES e OE que o Governo mo-
çambicano apresentou à AR
-
to económico de 7,8% para 7%
e projetam uma despesa de 246
mil milhões de meticais. O minis-
tro da Economia e Finanças jus-
do Produto Interno Bruto (PIB)
com a contínua queda do preço
das matérias-primas no mercado
internacional e a depreciação da
O Egipto pretende estabelecer no
país uma câmara de comércio Mo-
çambique Egipto, para fortalecera
cooperação bilateral em diversos
campos de desenvolvimento, com
-
drocarbonetos, gás e sector agríco-
la.
A pretensão foi manifestada on-
egípcio em Moçambique, Karim
Sharif, depois de ter sido recebi-
do pelo presidente moçambicano,
Filipe Nyusi, para a apresentação
das cartas credenciais, num en-
moeda nacional, metical, devido
ao fortalecimento do dólar.
Adriano Maleiane adiantou que
o PES e o OE de 2016 preveem
74,8% por recursos internos e em
quais 40% por donativos e 60%
-
leiane.
"Tendo em conta a envolvente da
-
posta do OE para 2016 é pruden-
te e assenta em objetivos como
um maior rigor na gestão de fun-
dos públicos, como forma de as-
segurar uma maior transparên-
cia na sua afetação e utilização,
e prosseguimento de reformas
e incremento na afetação de re-
ceitas do Estado", prosseguiu o
ministro.
A despesa do Estado em 2016,
continuou Adriano Maleiane,
vai priorizar os setores sociais e
económicos que contribuem para
o reforço da provisão de serviços
públicos essenciais à população,
incluindo para programas de
proteção social.
Falando na AR sobre o PES e o
OE, o primeiro-ministro moçam-
bicano, Carlos Agostinho do Ro-
sário, disse que a previsão das
estimativa inicial de 4,6 mil mi-
lhões de dólares (4,2 mil milhões
de euros) para 3,6 mil milhões de
contro que contou com a presença
do ministro dos negócios estran-
geiros moçambicano, Oldemiro
Baloi.
Falando à margem do encontro,
-
de também estabelecer relações de
cooperação com Moçambique nas
áreas de saúde, educação, função
pública e outros sectores de impor-
tância para o desenvolvimento do
país.
O Egipto pretende estabelecer
uma câmara de comércio, Moçam-
bique -Egipto, para criar relações
dólares. Os produtos tradicionais
nomeadamente camarão, tabaco,
castanha de caju e açúcar, vão
-
ções dos megaprojetos, designa-
vão sofrer uma queda de 5,4%,
declarou Rosário.
O primeiro-ministro moçambi-
cano considerou que o abranda-
mento do crescimento económico
está a provocar a redução da co-
leta de receitas e conduzirá a um
ajustamento da despesa pública,
para fazer face ao pagamento
-
rior e aos encargos da dívida.
"Apesar do ajustamento na des-
pesa pública, o Governo salva-
guardou a afetação de recursos
para os sectores económicos e
sociais que contribuem para o
reforço da provisão de serviços
sociais básicos para o bem-estar
da população", destacou Carlos
Agostinho do Rosário.
O PIB de 7% que o Governo mo-
çambicano contrasta com a pre-
visão avançada pelo Fundo Mo-
netário Internacional (FMI), que
-
6,3% este ano e 6,5% em 2016,
-
cisivas de política económica".O
PES e o OE apresentados ontem
pelo Governo serão votados esta
quinta-feira pela AR. (AU)
em diversos campos de desenvol-
vimento, com destaque para o sec-
tor económico e empresarial, as-
nas áreas de saúde, função públi-
ca, educação e outras áreas.
Baloi disse ainda que a postura
do presidente da República, no
que diz respeito aos objectivos do
Egipto como parceiro de coopera-
ção com Moçambique são bem vis-
tos e devem ser encorajados tendo
do país, principalmente no sector
Quinta-Feira10deDezembrode2015-Ediçãonº2098
3
Egipto pretende estabelecer câmara de comércio...
do gás. Dada a situação em que se
encontro o Egipto, actualmente,
caracterizada pela instabilidade
dos países que se circunvizinham,
o governo daquela nação árabe
tem-se contido localmente com o
intuito de resolver distúrbios in-
ternos, dai que, segundo Baloi,
esse motivo fez com que o país não
manifestasse as suas pretensões
em matérias de cooperação para o
desenvolvimento.
O Egipto, por causa da sua locali-
zação, entre Ásia e norte de Áfri-
ca, encontra-se numa situação não
muito equilibrada para alicerçar
alguns objectivos de desenvolvi-
mento, mas agora, coma situação
a tender a normalização acredita-
mos que muito ainda se pode apro-
campo do desenvolvimento econó-
mico e empresarial'.
-
seu mandado, o cessante Fawzy
Mohammed El-Ashmawy, que
até esta data.
As relações entre Moçambique e
60, altura em que aquela nação
garantiu a logística de alguns mo-
vimentos de libertação, incluindo
a Frelimo, e apoiou tecnicamente
na preparação para a luta contra o
colonialismo, tendo posteriormen-
te sido um dos primeiros países
a reconhecer a independência de
Moçambique em 1975 e a abrir re-
presentação diplomática no país.
(AIM)
EUliberam 1,2 mil milhões de USD a Moçambique
Comércio entre a China e os países de língua por-
tuguesa caiu 25,71% até Outubro
Desembolso faz parte do acordo
de ajuda do governo norte-ame-
ricano para investimento em me-
lhorias sociais, econômicas e do
meio ambiente
O governo dos Estados Unidos
mil milhões de dólares a Moçam-
bique, no âmbito de cooperação
econômica previsto até 2018. O
valor será direcionado à melho-
ria da saúde, educação e para
As trocas comerciais entre a Chi-
na e os países de língua portu-
guesa caíram 25,71% entre Ja-
84,17 mil milhões de dólares,
Dados dos Serviços de Alfândega
da China – publicados no por-
tal do Fórum Macau – indicam
que, nos primeiros dez meses do
ano, a China comprou aos países
de língua portuguesa bens ava-
liados em 53,04 mil milhões de
dólares– menos 30,22% – e ven-
deu produtos no valor de 31,13
mil milhões de dólares, menos
16,52%.
O Brasil manteve-se como o
principal parceiro económico da
China, com o volume das trocas
comerciais bilaterais a cifrar-se
em 61,1 mil milhões de dólares
até Outubro, menos 18,63% face
a igual período do ano passado.
o Brasil atingiram 23,7 mil mi-
lhões de dólares, traduzindo
uma quebra de 17,20%, enquan-
to as importações chinesas to-
talizaram 37,4 mil milhões de
-
mento, especialmente nas zonas
rurais.
A liberação dos recursos foi as-
sinada ontem, quarta-feira em
Estados Unidos em Moçambique,
dos Negócios Estrangeiros mo-
çambicano, Oldemiro Baloi.
O valor faz parte dos desembol-
sos quinquenais iniciados em
de 19,5% em termos anuais ho-
mólogos.
Com Angola, o segundo parcei-
ro chinês no universo da lusofo-
nia, as trocas comerciais caíram
44,7%, para 17,1 mil milhões de
dólares, entre Janeiro e Outubro.
Pequim vendeu a Luanda pro-
dutos avaliados em 3,20 mil mi-
lhões de dólares– menos 28,74%
– e comprou mercadorias avalia-
das em 13,9 mil milhões de dóla-
res, ou seja, menos 47,49% com-
parativamente aos primeiros dez
meses de 2014.
Já com Portugal, terceiro parcei-
ro da China no universo de paí-
ses de língua portuguesa, o co-
mércio bilateral ascendeu a 3,6
mil milhões de dólares– menos
7,06% –, numa balança comer-
cial favorável a Pequim que ven-
deu a Lisboa bens na ordem de
2,42 mil milhões de dólares– me-
nos 5,80% – e comprou produtos
avaliados em 1,26 mil milhões de
dólares, menos 9,37%.
O comércio sino-lusófono en-
contra-se em rota descendente
2014, desembolsado no âmbito
da estratégia quinquenal norte
-americana de apoio a Moçambi-
que, iniciada em 2014.
A liberação de ontem é uma con-
tinuação da estratégia quinque-
nal que prevê 166 milhões de
USD de desembolso para ajudar
Moçambique a combater a Sida,
no que diz respeito a projetos de
prevenção e no tratamento da
doença. (Angop)
desde o início do ano, somando
quebras anuais homólogas con-
secutivas até Outubro.A China
estabeleceu a Região Adminis-
trativa Especial de Macau como
a sua plataforma para o reforço
da cooperação económica e co-
mercial com os países de língua
portuguesa em 2003, ano em que
criou o Fórum Macau, que reúne
ao nível ministerial de três em
três anos. (Lusa)
Jornal Alternativa
Temos Novo Fax: 210 10217
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DE Segunda a Sexta - Editor: Sérgio Massinga
Propriedade: CConserv - GABINFO - Registo - 027/GABINFO-DEC-2006
Redacção: Av. Eduardo Mondlane, Nº 1478, Maputo - Moçambique
Telefone: 21328353 Fax: 21010217 Cell: 828312360
Email: alternativa@cconserv.com/cconserv@tdm.co.mz
Países da região da África Aus-
tral estão a aumentar as suas
trocas comerciais, apesar da
falta de infraestruturas ade-
quadas em forma de estradas e
linhas férreas.
A ministra angolana do Comér-
cio, Rosa Pacavira, diz que o
seu país vai comprar milho mo-
çambicano e vender batata reno
a Moçambique.
Pacavira considera que o pacote
O novo Presidente tanzania-
no John Magufuli juntou-se
à população como um cidadão
comum ontem, quarta-feira,
-
te da campanha de limpeza
realizada, âmbito das festivi-
dades anuais de Independên-
cia.
Sob olhar de centenas espec-
tadores, pegou na pá com uma
dúzia de pescadores para re-
perto do palácio presidencial
de Dar-Es- Salaam, a capital
económica, constatou um fotó-
grafo da AFP.
"Trabalhamos em conjunto
financeiro de 60 mil milhões de
dólares anunciado pela China
na cimeira de Joanesburgo vai
ajudar os países da SADC e ou-
tros a resolverem o problema da
falta de infraestruturas.
Os países com graves proble-
mas de infraestruturas, como
Moçambique, poderão receber
uma fatia maior do pacote fi-
nanceiro chinês.
A falta de infraestruturas como
para manter nosso país, nos-
sas cidades, nossas casas e
nossos próprios locais de tra-
balho", disse o presidente sor-
rindo, na recolha de resíduos
com as mãos.
As operações de limpeza foram
realizadas na capital econó-
mica, onde nuvens de fumaça
se elevaram no ar, pilhas de
Poucos dias após assumir o
cargo no início de Novembro,
o presidente Magufuli decidiu
anular as festividades anuais
da Independência - normal-
mente comemoradas com
grande pompa - para economi-
zar dinheiro e gastá-lo nesta
estradas, pontes e linhas fér-
reas é considerado um grande
impedimento ao desenvolvi-
mento do comércio nacional, re-
gional e continental.
Os países da SADC tentam fa-
zer um "milagre" no meio deste
desafio.
Entretanto, Angola ainda não
aderiu ao processo regional de
livre comércio, do qual Moçam-
bique faz parte. (Agência)
campanha de limpeza para lu-
tar contra a cólera.
"É simplesmente vergonho-
so que nós gastamos tanto
dinheiro para comemorar 54
anos de independência, quan-
do o nosso povo está a morrer
de cólera", uma doença que já
matou 150 pessoas nos últi-
mos três meses, na Tanzânia,
de acordo com a Organização
Mundial de Saúde, disse. "A
Tanzânia mudou, é uma nova
Tanzânia", observou Anyitike
Mwakitalima, um morador de
Dar-Es-Salaam, que estava a
ter uma pausa, após a limpeza
na cidade. (Angop)
Países da África Austral aumentam trocas comerciais
Presidente tanzaniano junta-se à população para
limpar a cidade

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  • 1. Quinta-Feira10deDezembrode2015-Ediçãonº2098 Quinta-Feira, 10 de Dezembro de 2015- Edição nº2098 1 Dhlakama rompe silêncio e diz que vai tomar poder no centro e norte de Moçambique O líder da oposição moçambica- na, Afonso Dhlakama, que esta- va há quase dois meses em si- lêncio, disse que vai sair depois da quadra de Natal do lugar desconhecido onde se encontra e governar o centro e norte do país. O presidente da Renamo (Resis- tência Nacional Moçambicana) realizou um discurso por telefo- ne durante uma reunião da Liga da Juventude do seu partido realizada em Maputo no dia 30 de Novembro, e cuja gravação foi difundida na imprensa mo- çambicana e redes sociais."Não vamos fazer a guerra, eu prome- to, vamos passar bem as festas da quadra de Natal e a seguir vamos tomar posse", disse Afon- so Dhlakama, referindo-se à ini- ciativa do seu partido de gover- nar nos círculos onde reclama vitória eleitoral, no centro e nor- te do país, através de um modelo de autarquias provinciais já re- jeitado pela maioria da Frelimo (Frente de Libertação de Mo- çambique) no parlamento. No seu discurso de pouco mais de sete minutos, o líder da Renamo referiu-se justamente ao projec- to de revisão pontual da Consti- tuição, para acomodar as autar- quias provinciais, e que naquele 30 de Novembro recebeu parecer negativo das comissões especia- lizadas do parlamento e foi for- malmente chumbado em sessão plenária na segunda-feira. Apesar disso, Dhlakama disse que não vai recuar e que o seu partido tomará posse nas seis províncias que reivindica, como forma de ultrapassar o que ale- ga ter sido uma fraude nas elei- ções gerais de 15 de Outubro de Frelimo. "Se for preciso vamos tomar Ma- puto também", ameaçou, numa referência à capital do país e fora da lista de territórios que o partido ambiciona governar. Passam hoje dois meses desde que o líder da Renamo não é visto em público, após as forças de defesa e segurança cercarem a sua residência na Beira, a 09 de Outubro, numa operação de recolha de armas em posse da guarda de Dhlakama. Na mensagem à reunião da Liga da Juventude, o líder da oposi- - - do silêncio. "Estou a preparar-me para obri- gar o Governo da Frelimo a cair de uma vez por todas", declarou Dhlakama, voltando a apelar para o respeito do Acordo Geral da guerra civil em Moçambique, alegando que "se o Acordo de Roma está caducado, a democra- cia está caducada". Insistindo que não deseja a guerra, o líder do maior partido de oposição disse que o seu par- tido vai tomar o poder nas pro- víncias do centro e norte "sem derramamento de sangue", mas aconselhou as autoridades a não responderem ou "vão receber porrada" e que, se puserem blin- dados nas ruas, "a Renamo vai destruir tudo". Nenhuma informação sobre o paradeiro de Dhlakama foi partido, que garante que seu lí- der "está muito bem de saúde e tem trabalhado para o enrique- cimento da democracia no país". Entretanto o gabinete do líder da Renamo disse que está a ser preparada uma conferência de imprensa de Dhlakama para breve, mas não é a primeira vez que este propósito é anunciado e sem concretização até ao mo- mento. A operação policial na Beira ocorreu um dia depois de o líder da oposição ter reaparecido na duas semanas em parte incerta, na sequência de dois incidentes na província de Manica envol- vendo a sua comitiva em Chiba- ta (12 de Setembro) e Zimpinga (25 de Setembro), onde as au- toridades dizem ter morrido 25 homens da Renamo. Após o cerco da Beira, as forças de defesa e segurança iniciaram uma operação de recolha coerci- va de armas em posse da Rena- mo, que acabou em confrontos em algumas regiões do país, mas entretanto suspensa pelo Presidente moçambicano, Filipe Nyusi, para dar espaço ao diá- logo. Afonso Dhlakama esteve igual- mente em parte incerta duran- te 17 meses, depois de as forças estatais tomarem de assalto a base de Sadjundjira (Gorongosa) e o desalojarem a 21 de Outubro de 2013, tendo reaparecido para a assinatura do Acordo de Ces- sação de Hostilidades Militares, a 05 de Setembro de 2014, com o Presidente cessante, Armando Guebuza. (Agência) A diminuição dos níveis de corrupção é necessária para o aumento dos recursos dis- poníveis para os serviços básicos no geral e em parti- cular no sector da saúde.
  • 2. Quinta-Feira10deDezembrode2015-Ediçãonº2098 2 Governo diz que abrandamento da economia chinesa e indiana irá afectar a economia moçambicana Egipto pretende estabelecer câmara de comércio com Moçambique O ministro da Economia e Finan- - tem na Assembleia da República (AR), em Maputo, que a econo- mia moçambicana será afetada pelo abrandamento na China e estagnação da economia india- na, que vão retrair a procura das matérias-primas. "Para 2016, a atividade econó- mica e social no nosso país será - nos associados às perspetivas de crescimento económico mundial de que somos parte", assinalou Adriano Maleiane, durante a apresentação do Plano Económi- co e Social (PES) e do Orçamento do Estado (OE) de 2016. Nesse sentido, o país será afeta- do pela desaceleração da econo- mia mundial, abrandamento da economia chinesa e pela estagna- ção na Índia, o que irá reduzir a procura dos principais produtos principalmente o gás, enfatizou o ministro da Economia e Finan- ças. O PES e OE que o Governo mo- çambicano apresentou à AR - to económico de 7,8% para 7% e projetam uma despesa de 246 mil milhões de meticais. O minis- tro da Economia e Finanças jus- do Produto Interno Bruto (PIB) com a contínua queda do preço das matérias-primas no mercado internacional e a depreciação da O Egipto pretende estabelecer no país uma câmara de comércio Mo- çambique Egipto, para fortalecera cooperação bilateral em diversos campos de desenvolvimento, com - drocarbonetos, gás e sector agríco- la. A pretensão foi manifestada on- egípcio em Moçambique, Karim Sharif, depois de ter sido recebi- do pelo presidente moçambicano, Filipe Nyusi, para a apresentação das cartas credenciais, num en- moeda nacional, metical, devido ao fortalecimento do dólar. Adriano Maleiane adiantou que o PES e o OE de 2016 preveem 74,8% por recursos internos e em quais 40% por donativos e 60% - leiane. "Tendo em conta a envolvente da - posta do OE para 2016 é pruden- te e assenta em objetivos como um maior rigor na gestão de fun- dos públicos, como forma de as- segurar uma maior transparên- cia na sua afetação e utilização, e prosseguimento de reformas e incremento na afetação de re- ceitas do Estado", prosseguiu o ministro. A despesa do Estado em 2016, continuou Adriano Maleiane, vai priorizar os setores sociais e económicos que contribuem para o reforço da provisão de serviços públicos essenciais à população, incluindo para programas de proteção social. Falando na AR sobre o PES e o OE, o primeiro-ministro moçam- bicano, Carlos Agostinho do Ro- sário, disse que a previsão das estimativa inicial de 4,6 mil mi- lhões de dólares (4,2 mil milhões de euros) para 3,6 mil milhões de contro que contou com a presença do ministro dos negócios estran- geiros moçambicano, Oldemiro Baloi. Falando à margem do encontro, - de também estabelecer relações de cooperação com Moçambique nas áreas de saúde, educação, função pública e outros sectores de impor- tância para o desenvolvimento do país. O Egipto pretende estabelecer uma câmara de comércio, Moçam- bique -Egipto, para criar relações dólares. Os produtos tradicionais nomeadamente camarão, tabaco, castanha de caju e açúcar, vão - ções dos megaprojetos, designa- vão sofrer uma queda de 5,4%, declarou Rosário. O primeiro-ministro moçambi- cano considerou que o abranda- mento do crescimento económico está a provocar a redução da co- leta de receitas e conduzirá a um ajustamento da despesa pública, para fazer face ao pagamento - rior e aos encargos da dívida. "Apesar do ajustamento na des- pesa pública, o Governo salva- guardou a afetação de recursos para os sectores económicos e sociais que contribuem para o reforço da provisão de serviços sociais básicos para o bem-estar da população", destacou Carlos Agostinho do Rosário. O PIB de 7% que o Governo mo- çambicano contrasta com a pre- visão avançada pelo Fundo Mo- netário Internacional (FMI), que - 6,3% este ano e 6,5% em 2016, - cisivas de política económica".O PES e o OE apresentados ontem pelo Governo serão votados esta quinta-feira pela AR. (AU) em diversos campos de desenvol- vimento, com destaque para o sec- tor económico e empresarial, as- nas áreas de saúde, função públi- ca, educação e outras áreas. Baloi disse ainda que a postura do presidente da República, no que diz respeito aos objectivos do Egipto como parceiro de coopera- ção com Moçambique são bem vis- tos e devem ser encorajados tendo do país, principalmente no sector
  • 3. Quinta-Feira10deDezembrode2015-Ediçãonº2098 3 Egipto pretende estabelecer câmara de comércio... do gás. Dada a situação em que se encontro o Egipto, actualmente, caracterizada pela instabilidade dos países que se circunvizinham, o governo daquela nação árabe tem-se contido localmente com o intuito de resolver distúrbios in- ternos, dai que, segundo Baloi, esse motivo fez com que o país não manifestasse as suas pretensões em matérias de cooperação para o desenvolvimento. O Egipto, por causa da sua locali- zação, entre Ásia e norte de Áfri- ca, encontra-se numa situação não muito equilibrada para alicerçar alguns objectivos de desenvolvi- mento, mas agora, coma situação a tender a normalização acredita- mos que muito ainda se pode apro- campo do desenvolvimento econó- mico e empresarial'. - seu mandado, o cessante Fawzy Mohammed El-Ashmawy, que até esta data. As relações entre Moçambique e 60, altura em que aquela nação garantiu a logística de alguns mo- vimentos de libertação, incluindo a Frelimo, e apoiou tecnicamente na preparação para a luta contra o colonialismo, tendo posteriormen- te sido um dos primeiros países a reconhecer a independência de Moçambique em 1975 e a abrir re- presentação diplomática no país. (AIM) EUliberam 1,2 mil milhões de USD a Moçambique Comércio entre a China e os países de língua por- tuguesa caiu 25,71% até Outubro Desembolso faz parte do acordo de ajuda do governo norte-ame- ricano para investimento em me- lhorias sociais, econômicas e do meio ambiente O governo dos Estados Unidos mil milhões de dólares a Moçam- bique, no âmbito de cooperação econômica previsto até 2018. O valor será direcionado à melho- ria da saúde, educação e para As trocas comerciais entre a Chi- na e os países de língua portu- guesa caíram 25,71% entre Ja- 84,17 mil milhões de dólares, Dados dos Serviços de Alfândega da China – publicados no por- tal do Fórum Macau – indicam que, nos primeiros dez meses do ano, a China comprou aos países de língua portuguesa bens ava- liados em 53,04 mil milhões de dólares– menos 30,22% – e ven- deu produtos no valor de 31,13 mil milhões de dólares, menos 16,52%. O Brasil manteve-se como o principal parceiro económico da China, com o volume das trocas comerciais bilaterais a cifrar-se em 61,1 mil milhões de dólares até Outubro, menos 18,63% face a igual período do ano passado. o Brasil atingiram 23,7 mil mi- lhões de dólares, traduzindo uma quebra de 17,20%, enquan- to as importações chinesas to- talizaram 37,4 mil milhões de - mento, especialmente nas zonas rurais. A liberação dos recursos foi as- sinada ontem, quarta-feira em Estados Unidos em Moçambique, dos Negócios Estrangeiros mo- çambicano, Oldemiro Baloi. O valor faz parte dos desembol- sos quinquenais iniciados em de 19,5% em termos anuais ho- mólogos. Com Angola, o segundo parcei- ro chinês no universo da lusofo- nia, as trocas comerciais caíram 44,7%, para 17,1 mil milhões de dólares, entre Janeiro e Outubro. Pequim vendeu a Luanda pro- dutos avaliados em 3,20 mil mi- lhões de dólares– menos 28,74% – e comprou mercadorias avalia- das em 13,9 mil milhões de dóla- res, ou seja, menos 47,49% com- parativamente aos primeiros dez meses de 2014. Já com Portugal, terceiro parcei- ro da China no universo de paí- ses de língua portuguesa, o co- mércio bilateral ascendeu a 3,6 mil milhões de dólares– menos 7,06% –, numa balança comer- cial favorável a Pequim que ven- deu a Lisboa bens na ordem de 2,42 mil milhões de dólares– me- nos 5,80% – e comprou produtos avaliados em 1,26 mil milhões de dólares, menos 9,37%. O comércio sino-lusófono en- contra-se em rota descendente 2014, desembolsado no âmbito da estratégia quinquenal norte -americana de apoio a Moçambi- que, iniciada em 2014. A liberação de ontem é uma con- tinuação da estratégia quinque- nal que prevê 166 milhões de USD de desembolso para ajudar Moçambique a combater a Sida, no que diz respeito a projetos de prevenção e no tratamento da doença. (Angop) desde o início do ano, somando quebras anuais homólogas con- secutivas até Outubro.A China estabeleceu a Região Adminis- trativa Especial de Macau como a sua plataforma para o reforço da cooperação económica e co- mercial com os países de língua portuguesa em 2003, ano em que criou o Fórum Macau, que reúne ao nível ministerial de três em três anos. (Lusa) Jornal Alternativa Temos Novo Fax: 210 10217 Qu arta -Fe ira, 10 de Dez em bro de 201 4-Edi ção nº 187 0 Qu art a-F eir a, 10 de De ze mb ro de 20 14 - Ed içã o nº1 87 0 1 - - - - - - - - - - - - - - - - - - - ED M é, de fac to , um a fon te de ne gó cio pa ra eli tes po lít ica s - - - - - - - - - - - - - - com a E D M Qu art a-F eir a,1 0 de De zem bro de 201 4 -Ed içã o nº 187 0 Qu ar ta -F eir a, 10 de De ze m br o de 20 14 - Ed içã o nº 18 70 1 - - - - - - - - - - - - - - - - - - - ED M é, de fa ct o, um a fo nt e de ne gó ci o pa ra el ite s po lít ic as - - - - - - - - - - - - - - co m a E D M Quarta-Feira,10deDezembrode2014-Ediçãonº1870 Quarta-Feira, 10 de Dezembro de 2014 - Edição nº1870 1 - - - - - - - - - - - - - - - - - - - EDM é, de facto, uma fonte de negócio para elites políticas - - - - - - - - - - - - - - com a EDM Qua rta-F eira ,10 de Dez emb ro de 201 4 - Ediç ão nº 187 0 Qu art a-F eir a, 10 de De zem bro de 201 4-Ed içã onº1 870 1 - - - - - - - - - - - - - - - - - - -ED M é,de fac to, um afon te de ne góc io pa ra eli tes po líti cas - - - - - - - - - - - - - - com a EDM Qua rta-F eira, 10 de Deze mbro de 2014 -Ediç ão nº 1870 Qua rta- Fei ra, 10 de Dez em bro de 201 4-Edi ção nº1 870 1 - - - - - - - - - - - - - - - - - - - ED Mé,de fac to, um afon tede neg óci opar aelit es pol ític as - - - - - - - - - - - - - - com aEDM Jornal Eletrônico Diário Sai de Segunda á Sexta
  • 4. Quinta-Feira10deDezembrode2015-Ediçãonº2098 4 Faça Hoje Assinatura do Jornal Alternativa Quarta-Feira,10deDezembrode2014-Ediçãonº1870 Quarta-Feira, 10 de Dezembro de 2014 - Edição nº1870 1 - - - - - - - - - - - - - - - - - - - EDM é, de facto, uma fonte de negócio para elites políticas - - - - - - - - - - - - - - com a EDM Quarta-Feira,10deDezembrode2014-Ediçãonº1870 Quarta-Feira, 10 de Dezembro de 2014 - Edição nº1870 1 - - - - - - - - - - - - - - - - - - - EDM é, de facto, uma fonte de negócio para elites políticas - - - - - - - - - - - - - - com a EDM Faça Hoje Assinatura do Jornal Alternativa Jornal Eletrônico Diário Sai de Segunda á Sexta Diário Diário Diário Diário Diário Diário Diário Jornal Eletrônico Jornal Eletrônico Jornal Eletrônico DE Segunda a Sexta - Editor: Sérgio Massinga Propriedade: CConserv - GABINFO - Registo - 027/GABINFO-DEC-2006 Redacção: Av. Eduardo Mondlane, Nº 1478, Maputo - Moçambique Telefone: 21328353 Fax: 21010217 Cell: 828312360 Email: alternativa@cconserv.com/cconserv@tdm.co.mz Países da região da África Aus- tral estão a aumentar as suas trocas comerciais, apesar da falta de infraestruturas ade- quadas em forma de estradas e linhas férreas. A ministra angolana do Comér- cio, Rosa Pacavira, diz que o seu país vai comprar milho mo- çambicano e vender batata reno a Moçambique. Pacavira considera que o pacote O novo Presidente tanzania- no John Magufuli juntou-se à população como um cidadão comum ontem, quarta-feira, - te da campanha de limpeza realizada, âmbito das festivi- dades anuais de Independên- cia. Sob olhar de centenas espec- tadores, pegou na pá com uma dúzia de pescadores para re- perto do palácio presidencial de Dar-Es- Salaam, a capital económica, constatou um fotó- grafo da AFP. "Trabalhamos em conjunto financeiro de 60 mil milhões de dólares anunciado pela China na cimeira de Joanesburgo vai ajudar os países da SADC e ou- tros a resolverem o problema da falta de infraestruturas. Os países com graves proble- mas de infraestruturas, como Moçambique, poderão receber uma fatia maior do pacote fi- nanceiro chinês. A falta de infraestruturas como para manter nosso país, nos- sas cidades, nossas casas e nossos próprios locais de tra- balho", disse o presidente sor- rindo, na recolha de resíduos com as mãos. As operações de limpeza foram realizadas na capital econó- mica, onde nuvens de fumaça se elevaram no ar, pilhas de Poucos dias após assumir o cargo no início de Novembro, o presidente Magufuli decidiu anular as festividades anuais da Independência - normal- mente comemoradas com grande pompa - para economi- zar dinheiro e gastá-lo nesta estradas, pontes e linhas fér- reas é considerado um grande impedimento ao desenvolvi- mento do comércio nacional, re- gional e continental. Os países da SADC tentam fa- zer um "milagre" no meio deste desafio. Entretanto, Angola ainda não aderiu ao processo regional de livre comércio, do qual Moçam- bique faz parte. (Agência) campanha de limpeza para lu- tar contra a cólera. "É simplesmente vergonho- so que nós gastamos tanto dinheiro para comemorar 54 anos de independência, quan- do o nosso povo está a morrer de cólera", uma doença que já matou 150 pessoas nos últi- mos três meses, na Tanzânia, de acordo com a Organização Mundial de Saúde, disse. "A Tanzânia mudou, é uma nova Tanzânia", observou Anyitike Mwakitalima, um morador de Dar-Es-Salaam, que estava a ter uma pausa, após a limpeza na cidade. (Angop) Países da África Austral aumentam trocas comerciais Presidente tanzaniano junta-se à população para limpar a cidade